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1 7Wi UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU A AÇÃO DO SUPERVISOR NA CONSTRUÇÃO DAS PRÁTICAS AVALIATIVAS. EMANCIPATÓRIAS / COMPROMETIDAS COM A APRENDIZAGEM DO ALUNO Rita de Cássia da Rocha ORIENTADOR: Prof.Dr. Vilson Sérgio de Carvalho Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A AÇÃO DO SUPERVISOR NA CONSTRUÇÃO DAS

PRÁTICAS AVALIATIVAS.

EMANCIPATÓRIAS / COMPROMETIDAS COM A

APRENDIZAGEM DO ALUNO

Rita de Cássia da Rocha

ORIENTADOR: Prof.Dr. Vilson Sérgio de Carvalho

Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Administração e Supervisão Escolar.

Rio de Janeiro 2012

A AÇÃO DO SUPERVISOR NA CONSTRUÇÃO DAS

PRÁTICAS AVALIATIVAS.

EMANCIPATÓRIAS / COMPROMETIDAS COM A

APRENDIZAGEM DO ALUNO

Rita de Cássia da Rocha

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela proteção que sempre tive e a orientação dos professores, em especial, a professora Geni Lima pelo carinho e atenção que sempre dedicou a turma ajudando a todos com boa vontade.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus filhos e marido que sempre estiveram me apoiando durante todo o ano do curso.

5

RESUMO

Esta monografia enfoca a ação do supervisor na construção das

práticas avaliativas emancipatórias comprometidas com a aprendizagem do

aluno dentro do contexto escolar.

O primeiro capítulo busca enfatizar a ação do supervisor face aos

desafios do cotidiano docente das escolas.

O segundo capítulo propõe melhorias no sistema atual de ensino,

visando a uma avaliação mais formativa, de forma que ajude não só o aluno a

aprender, mas também o próprio professor a ensinar, o que de fato mostra

cada vez mais a interdependência existente entre as práticas de avaliação.

O terceiro capítulo aborda a perspectiva de construção de práticas

avaliativas favorecedoras do processo ensino-aprendizagem, na qual estão

confrontadas, de um lado, as pedagogias que pretendem a conservação da

sociedade, propondo e praticando a adaptação e o enquadramento dos

educandos no modelo social vigente e, do outro, as pedagogias que

pretendem oferecer ao educando meios pelos quais ele possa ser sujeito desse

processo e não apenas objeto de ajustamento.

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METODOLOGIA

A proposta apresentada neste trabalho surgiu de experiências

profissionais ao longo da trajetória do magistério em escolas municipais e

estaduais das quais fiz parte. A metodologia empregada neste trabalho decorre

de pesquisas teórico-bibliográficas sobre as práticas avaliativas comprometidas

com a aprendizagem do aluno.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

A Ação Supervisora e as Práticas Avaliativas 09

CAPÍTULO II

Avaliação: Uma Abordagem Sistêmica da Mudança 14

CAPÍTULO III

Perspectiva de Construção e Práticas Avaliativas Favorecedoras do

Processo de Ensino-Aprendizagem 21

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA 38 WEBGRAFIA 39 ÍNDICE 40

8

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa pretende investigar a ação do supervisor na

construção das práticas avaliativas emancipatórias comprometidas com a

aprendizagem do aluno, focalizando como problema central a presença de um

supervisor que acompanhe todos os aspectos envolvidos na prática de

avaliação na instituição escolar. Ciente da dificuldade em manter uma unidade

técnica e metodológica envolvendo diversos docentes diferentes durante os

processos de avaliação.

A importância deste trabalho Justifica-se pelo recente

questionamento às práticas avaliativas, as quais podem tornar-se autoritárias

e unilaterais dependendo do histórico da instituição e formação de seu corpo

docente.

Neste cenário, ressalta-se o trabalho do supervisor no

acompanhamento e construção de práticas de crescimento e desenvolvimento

da aprendizagem, identificando boas práticas e ações de supervisão

pedagógica para melhor acompanhar o desempenho avaliativo dos docentes.

Esta pesquisa objetiva ainda evidenciar avaliação da aprendizagem

como um processo e não como é algo meramente técnico, posicionando o

supervisor educacional no lugar da promoção de ação-reflexão/análise entre

professores e demais componentes da comunidade escolar, sobre a

concepção de avaliação, metodologias e os critérios utilizados na avaliação da

aprendizagem escolar dos educandos, a fim de assegurar uma perspectiva

vitalizadora de possibilidades para o processo de ensino-aprendizagem.

9

CAPÍTULO I

A AÇÃO SUPERVISORA E AS PRÁTICAS AVALIATIVAS

A ação supervisora face as práticas avaliativas tem se constituído

como alvo de discussão no cotidiano de diversas instituições de ensino.

Atualmente, a tônica desta discussão tornou-se cada vez mais crescente,

considerando a urgência dos resultados e do estabelecimento de metas como

exigência da pós-modernidade e do mercado de trabalho. Entretanto a

dinâmica da avaliação continua semelhante à utilizada nos séculos passados, a

qual enfatiza a sua função meramente classificatória, sem levar em

consideração o caráter processual da aprendizagem, desta forma a

pontualidade se estabelece como principal verdade a se considerar no ato de

avaliar.

Para superar estas práticas retrógradas, o supervisor deverá

comprometer-se com a ruptura paradigmática de tais práticas avaliativas, para

isso deverá integrar toda a comunidade escolar, promovendo a discussão dos

problemas e situações encontradas, de modo a oferecer orientação para que o

trabalho avaliativo se desenvolva de forma satisfatória.

1.1. A Ação Supervisora e os Desafios do Cotidiano Escolar

Pensar a prática da supervisão é, sobretudo, examiná-la nas grandes funções em que se desenvolva. È analisá-la desde o planejamento do currículo, procedido de adequada diagnose, ao acompanhamento de sua execução, com tudo que representa de orientação e controle, e ao seu aperfeiçoamento, considerados os recursos humanos, materiais e técnicos empenhados (BOAS, 2006, p. 65).

A ação supervisora enfrenta como desafio cotidiano a demanda de

instrumentalizar os professores para que estes utilizem práticas avaliativas

emancipatórias. Segundo Perrenoud (1999) a maioria das escolas no mundo

enfrenta a inovação dos procedimentos de avaliação como obstáculo à

inovação pedagógica. No Brasil, somos herdeiros de uma educação liberal,

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comprometida com a reprodução, assim as inovações procedimentais surgem

como alvo de grandes resistências dos professores e das instituições.

Conforme a análise realizada por Perrenoud, sete mecanismos

complementares sustentam a lógica das práticas avaliativas mais tradicionais:

1. A avaliação frequentemente absorve a melhor parte da energia

dos alunos e professores e não sobra muito para inovar.

2. O sistema clássico de avaliação favorece uma relação utilitarista

com o saber. Os alunos trabalham “pela nota”: todas as tentativas

de implantação de novas pedagogias se chocam com esse

minimalismo.

3. O sistema tradicional de avaliação participa de uma espécie de

chantagem, de uma relação de força mais ou menos explícita, que

coloca professores e alunos e, mais geralmente, jovens e adultos,

em campos opostos, impedindo sua cooperação.

4. A necessidade de regularmente dar notas ou fazer apreciações

qualitativas baseadas em uma avaliação padronizada favorece

uma transposição didática conservadora.

5. O trabalho escolar tende a privilegiar atividades fechadas,

estruturadas, desgastadas, que podem ser retomadas no quadro

de uma avaliação clássica.

6. O sistema clássico de avaliação força os professores a preferir os

conhecimentos isoláveis e cifráveis às competências de alto nível

(raciocínio, comunicação), difíceis de delimitar em uma prova

escrita ou em tarefas individuais.

7. Sob a aparência de exatidão, a avaliação tradicional esconde uma

grande arbitrariedade, difícil de alcançar unanimidade em uma

equipe pedagógica: como se entender quando não se sabe nem

explicitar, nem justificar o que realmente se avalia?

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LUCKESI (1999) ainda anuncia que a avaliação proposta nas

escolas apresenta estruturas punitivas, de ressentimento e de culpa. Assinala

ainda que as notas sejam usadas para fundamentar necessidades de

classificação de alunos, onde são comparados desempenhos e não objetivos

que se deseja atingir.

Os currículos de nossas escolas são considerados arbitrários

culturais, que se impõem a realidade dos nossos alunos. Os currículos, neste

contexto são indicados para atender a massificação do ensino. Assim, não se

planeja para cada aluno, mas para muitas turmas de alunos numa hierarquia

de séries, por idade, não investimos, muito menos reconhecemos as

individualidade, mas, esperamos do coletivo, ou seja de uma classe com 30 ou

40 alunos, uma única resposta certa.

Segundo Perrenoud, em torno da avaliação se estabelecem

competições, estresses, sentimentos de injustiça e temores em relação aos

pais, ao futuro, à auto-imagem. A avaliação implica as famílias e mobiliza

também suas esperanças e suas angústias, que pesam direta e indiretamente

sobre os alunos e professores.

Percebemos que a avaliação oculta o tempo escolar de um modo

pouco incompatível com os ritmos da inovação. Ora, nessa perspectiva a

avaliação se traduz como pontual, entretanto, as demandas do processo de

ensino-aprendizagem necessitam que se configure como processual.

O tempo é uma das grandes urgências da modernidade e em

nossas escolas se apresenta como uma unidade abstrata que não se adapta a

realidade, assim obtém por conseqüência uma formação aligeirada e uma

avaliação bastante comprometida. Uma avaliação mais formativa não toma

menos tempo, mas dá informações identifica e explica erros, indica explicações

quanto ás estratégias e atitudes dos alunos e, portanto, fomenta a ação

pedagógica, ao passo que o tempo e a energia gastos na avaliação tradicional

excluem da invenção e da inovação.

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1.2. A Ação Do Supervisor Face As Práticas Avaliativas

Deve-se parar de confundir avaliação de aprendizagem com exames. A avaliação da aprendizagem, por ser avaliação, é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva, diversa dos exames, que não são amorosas, são excludentes, não são construtivas, classificatórias (LUCKESI,1998).

Durante muitos anos, a escola se apropriou de uma confusão

conceitua que não discernia a avaliação da aprendizagem dos famosos

exames. O processo de aprendizagem abrange os exames, porém os exames

não se traduzem como avaliação da aprendizagem. A avaliação da

aprendizagem apresenta-se num nível mais global, qualitativo, processual e

continua, já os exames se apresentam como um instrumento da avaliação, de

caráter classificatório, pontual e quantitativo.

LUCKESI (1996), ainda nos alerta que a “a avaliação com função

classificatória não auxilia em nada o avanço e o crescimento do aluno e

professor, pois constitui-se num instrumento estático e frenador de todo o

processo educativo”

1.2.1. O Que é Avaliação?

A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação, essa, que nos

impulsiona a novas reflexões. Reflexões permanentes do educador sobre sua

realidade, e acompanhamento passo a passo, do educando, na sua trajetória

de construção do conhecimento (Jussara Hoffmann).

Segundo, LUCKESI (1978), a avaliação é um julgamento de valor

sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de

decisão.

Kraemer apud Luckesi, afirma ainda que a avaliação é parte

integrante do processo ensino/aprendizagem e que, demanda preparo técnico

e capacidade de observação dos profissionais envolvidos.

A partir desta concepção, que revela um novo paradigma, a

avaliação da aprendizagem, se estabelece como um processo mediador na

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construção do currículo que a todo o tempo dialoga a gestão da aprendizagem

dos alunos.

1.2.2. Tipos de Avaliação

• Diagnóstica;

• Formativa;

• Somativa;

• Cumulativa.

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CAPÍTULO II

AVALIAÇÃO: UMA ABORDAGEM SISTÊMICA DA

MUDANÇA

Durante muito tempo, o sistema brasileiro de ensino esteve

arraigado a uma concepção de avaliação fixada em modelos e referenciais

quantitativos, onde os procedimentos utilizados revelavam falsamente todo o

processo.

Segundo Perrenoud (1999), para mudar as práticas no sentido de

uma avaliação mais formativa, menos seletiva, talvez se deva mudar a escola.

Nenhum sistema de ensino, nenhuma prática de ensino, nem mesmo nenhuma

legislação educacional é capaz de provocar mudanças estruturais na avaliação,

pois tal mudança deverá se dá no âmbito conceitual, para que assim alcance

os âmbitos procedimentais e atitudinais. A avaliação está no centro do sistema

didático e do sistema de ensino, compõe a estrutura sistêmica do ato de

educar. Propor mudança no modo de avaliar provocará reestrutura das práticas

pedagógicas e o do funcionamento da escola. Nesta perspectiva, de evolução

das práticas no sentido de uma avaliação formativa, pretende-se alcançar uma

avaliação que ajude o aluno a aprender e o professor a ensinar.

2.1. Relações entre as Famílias e a Escola

O ideário que os pais apresentam sobre a escola, visualiza as lições

e as provas como valores seguros e dado a inserção de todos (ou quase todos)

num determinado momento das suas vidas na escola, cada um pensa ser

capaz de compreender como funciona o cotidiano escolar.

Embora a nossa compreensão sobre avaliação, nos conduza ao

entendimento de que a mesma se dá como um ato corriqueiro, pois a todo

tempo avaliamos, que sofre com as variáveis do tempo, da cultura, da política,

da economia, enfim da própria história humana. Neste cenário, a avaliação,

bem como o entendimento do sistema de avaliação, apresenta muita

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proximidade com aquilo que os pais e os avós conheceram quando estudavam,

que já era considerada ultrapassada enquanto metodologia, visto que muitas

destas práticas eram oriundas Ratio Studiorum, onde os jesuítas propunham

práticas docentes no século XV e também da Didática Magna, proposta por

Comenius, que anunciava uma forma de ensinar tudo a todos, no século XVI.

Tal referencial nos permitiu naturalizar o fracasso escolar e nos habituar com o

caráter excludente da avaliação.

A mudança do o sistema de avaliação remete a privar uma boa

parte dos pais/responsáveis e das famílias de seus pontos de referência

habituais, instituindo ao mesmo tempo incertezas e angústias. A manutenção

das estruturas e procedimentos avaliativos significaria um obstáculo à inovação

pedagógica.

Conforme Weiss (1992b,1993) esse obstáculo não é

intransponível, mas a mudança das práticas de avaliação, em um sentido mais

formativo, qualitativo e interativo . Essa mudança será viabilizada pela analise

cuidadosa dos paradigmas de ruptura em continuidade, também por uma

mudança das representações e por uma reconstrução do contrato implícito

entre família e a escola. Ora se foram construídas e reafirmadas relações de

confiança, esclarecimentos poderão ser dados, os pais/responsáveis

compreenderão o verdadeiro e amplo sentido da avaliação, independente das

notas e do caráter formativo.

Montandon e Perrenoud (1994), afirmam que se o diálogo entre a

escola e a família for invalidado, nos distanciaremos das possibilidades Temos

urgência em focalizarmos os temores e as oposições dos pais as praticas,

procedimentos e instrumentos avaliativos para que através de um diálogo

autêntico, a escola se organize para enfrentamento de tais oposições.

2.2. Organização das Turmas e Possibilidades de Individualização

Uma avaliação formativa, no sentido mais amplo do termo, não

funciona sem regulação individualizada das aprendizagens. A mudança das

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práticas da avaliação é então acompanhar por uma transformação de ensino,

da gestão da aula, do cuidado com os alunos em dificuldade

Uma avaliação formativa coloca à disposição do professor

informações mais precisas, mais qualitativas, sobre os processos de

aprendizagem, as atitudes e as aquisições dos alunos.

Quando se trata de diferenciação do ensino, incriminam-se

geralmente os efeitos das turmas. Eles têm sua importância, mas pensar

apenas em termos de números de alunos é negligenciar muitos outros

parâmetros.

Perrenoud (1996) anuncia que a escola, nas séries iniciais, dispõe, a

esse respeito, de numerosos recursos, que tornam ao menos possível uma

diferenciação integrada do ensino. Para ir em direção a uma individualização

dos percursos de formação, deve-se, contudo mudar a organização das

turmas, perceber e reconhecer as individualidades na coletividade.

2.3. Didática e Métodos de Ensino

O conceito de avaliação formativa ampliou-se no quadro da

pedagogia de domínio ou de outras formas de pedagogia diferenciada,

relativamente pouco preocupadas com os conteúdos específicos dos ensinos e

das aprendizagens. O destaque era dado às adaptações, ou seja, a uma

organização mais individualizada dos destinos da aprendizagem,

fundamentados em objetivos mais claros, coletas de informação mais

qualitativas e regulares e intervenções mais diversificadas.

Bain apud Perrenoud, assegura que a identificação dos erros e dos

funcionamentos do aluno e a natureza das adaptações dependem da estrutura

e do conteúdo dos conhecimentos e das competências a serem adquiridos.

Ainda propôs, reconstruir a avaliação formativa no campo da didática de modo

a integrar as regulações a uma abordagem precisa e baseada, de um

lado,em uma parte dos saberes e competências a adquirir e, de outro,

nos funcionamentos do aluno.

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Os meios de ensino não são, em sua maioria, idealizados por

uma pedagogia diferenciada decorrente de uma avaliação formativa, por

essa razão deve-se então aceitar um grande investimento na criação ou

na adaptação de instrumentos didáticos, que resultará numa reformulação

curricular.

2.4. Contrato Didático, Relação Pedagógica e Ofício de Aluno

A opção por uma avaliação mais formativa significa transformar

consideravelmente as regras do jogo dentro da sala de aula. Se numa

avaliação tradicional, o aluno esforça-se para iludir, mascarar suas falhas e

acentuar seus pontos fortes, o ofício de aluno consistiria em desmontar as

armadilhas colocadas pelo professor, decodificar suas expectativas, fazer

escolhas econômicas durante a preparação e a realização das provas, saber

negociar ajuda, correções mais favoráveis ou a anulação de uma prova

malsucedida.

Qualquer avaliação formativa firma-se na aposta bastante otimista

de que o aprendente deseja auxílio para isso, isto é, que está pronto

para expor suas ambigüidades, suas lacunas, suas dificuldades de

compreensão a tarefa.

Nesta direção à avaliação formativa seria a recusa à seleção, a

construção permanente da relação pedagógica, não permitindo que os

alunos vivam sob ameaça da reprovação ou da relegação para

orientações menos exigentes. Entretanto isso não basta: deve-se considerar

uma mudança importante do contrato didático, no tocante a substituição

de uma relação cooperativa por uma relação que, sem ser agressiva, é

hoje, nos sistemas tradicionais liberais, de natureza fundamentalmente

conflitual.

2.5. Acordo, Controle, Política Institucional

A avaliação formativa não se constitui na individualidade, a

articulação do coletivo é imprescindível. Apenas se pode avançar nesse

18

sentido modificando bastante profundamente cultura da organização escolar,

não só em escala de sala de aula, mas também de estabelecimento. Um

professor que recebe novos alunos a cada ano não pode esperar, em algumas

semanas, modificar radicalmente suas atitudes e suas representações para

que entrem no jogo da avaliação formativa, sabendo que, alguns meses mais

tarde, eles irão para outra turma e deverão retornar às suas estratégias

anteriores. Do mesmo modo, dirigir-se para um ensino mais individualizado

exige hábitos de trabalho diferentes, mais tempo passado em equipe ou

trabalhando individualmente, o professor funcionando como pessoa-recurso.

Contraditoriamente, uma avaliação formativa poderia dar à

supervisão e a gestão escolar mais controle sobre a qualidade e a harmonia

do ensino de uns e de outros. Certamente, limitaria a parcela das informações

assinaladas, mas conduziria a representações mais precisas daquilo que os

alunos sabem fazer realmente. Ao invés de comparar taxas de fracassos ou

médias de turmas, poderíamos comparar as conquistas reais e, portanto balizar

mais claramente os professores mais e menos eficientes, a fim de realizarmos

o investimento necessário.

Talvez fosse mais aceitável estabelecer como princípio que a

avaliação formativa forneceria informações que continuam sendo propriedade

do professor e de seus alunos. Compete a eles definirem o que esperam

transmitir aos pais e à equipe técnico-pedagógica. O ideal, segundo Perenoud

(op. cit), seria caminhar para uma prática reflexiva e uma profissionalização do

ofício, ambicionando que o controle da qualidade de ensino fosse exercido por

cada professor e seus pares, no de forma que funcionasse na perspectiva da

auto-avaliação.

2.6. Programas, Objetivos, Exigências

Com efeito, a diferenciação introduz nas práticas didáticas, um acréscimo de complexidade e ela somente é tolerável casso se baseie em um trabalho prévio de ‘simplificação’. Deve-se, portanto, sem qualquer dúvida, repensar nossos programas de ensino... Mas isso nada tem a ver com abandono fácil de uma parte destes, nem mesmo com um exame superficial de seu conteúdo para separar o que ainda é atual daquilo que se

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teria tornado ultrapassado. A identificação dos objetivos centrais requer um trabalho didático em profundidade em cada disciplina, a identificação precisa das tarefas que serão solicitadas aos alunos em cada nível de ensino e dos problemas que eles deverão resolver para realizá-las corretamente (MEIRIEU,1990, pp. 181-182).

A escolha metodológica pela avaliação formativa está na contramão

da produção de tantas desigualdades. Enquanto alternativa metodológica, a

alternativa formativa, sugere criar os meios para diminuir as dificuldades dos

alunos mais lentos, mais fracos. Ora, é indispensável, para lutar contra o

fracasso escolar, deter-se no essencial, no cerne dos programas, renunciando

a todos os tipos de noções e de saberes que não são indispensáveis, ao

menos não para todos os alunos.

Existe uma segunda razão para que a avaliação formativa altere a

transformação dos programas: estes últimos não são, na maioria são escritos

em termos de objetivos de domínio; apresentam-se, antes, como inventários de

“conteúdos a serem ensinados”. O modo de escrever os planos de estudo

sujeita os professores a se orientarem por uma avaliação formativa e uma

pedagogia diferenciada a um importante trabalho de elucidação dos objetivos,

que frequentemente ultrapassa suas potencialidades. Embora a reescrita

institucional dos programas em termos de objetivos não dispensará os

professores de um trabalho pessoal de elaboração e de apropriação do

currículo.

2.7. Sistema de Seleção e de Orientação

Bain, Dudu-Bellat, (et alli.), considera o sistema de seleção e de

orientação como estruturas que se permite que as famílias e os alunos

assumam suas responsabilidades, incorporando o risco de uma orientação

demasiadamente ambiciosa e, portanto, de um fracasso algum tempo mais

tarde. A escola estaria, no momento da decisão, em uma relação mais de ajuda

do que de autoridade. Seu papel não seria mais de impedir de entrar em

determinada habilitação difícil ou de progredir no curso, mas dar conselhos,

informações, indicações a partir das quais os alunos e suas famílias se

determinariam com conhecimento d causa. “Os professores sabem que as

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notas não são confiáveis, que não dariam a mesma nota à mesma prova caso

lhe fosse apresentada algumas semanas mais tarde e que seus colegas

dariam todos notas diferentes a essa prova. Sabem que não são incapazes

de precisar, mesmo para si mesmos, seus objetivos e critério de

correção.Sabem que não sabem em que consiste o “nível” que permite

“passar”. Sabem que dividir pela média é absurdo.Conhecem os efeitos de

estereotipia e de aura. Sabem, mas não querem saber que sabem. Sabem

inconscientemente. E é por ISS que podem, com toda boa fé, colocar à frente

sua consciência profissional. De fato, ela é inocente: é de inconsciente que se

trata! “Mas por quê? O que defendem com essa resistência?”(Ranjard, 1984,

p.93).

Nesse caso, ao invés de se opor à avaliação formativa, a avaliação

seletiva a prolongaria, na mesma lógica cooperativa: quando não é mais tempo

de aprender, quando se deve fazer um balanço e tomar decisões, restam

conselhos a dar, regulações a operar. A escola poderia assistir aos pais e

crianças em sua negociação da orientação , mais do que decidi-la em seu

lugar, do que propor a intervenção se estabelecer como lugar da mediação.

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CAPÍTULO III

PERSPECTIVA DE CONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS

AVALIATIVAS FAVORECEDORAS DO PROCESSO DE

ENSINO-APRENDIZAGEM

Os professores sabem que as notas não são confiáveis, que não dariam a mesma nota à mesma prova caso lhe fosse apresentada algumas semanas mais tarde e que seus colegas dariam todos notas diferentes a essa prova. Sabem que não são incapazes de precisar, mesmo para si mesmos, seus objetivos e critério de correção.Sabem que não sabem em que consiste o “nível” que permite “passar”. Sabem que dividir pela média é absurdo.Conhecem os efeitos de estereotipia e de aura. Sabem, mas não querem saber que sabem. Sabem inconscientemente. E é por ISS que podem, com toda boa fé, colocar à frente sua consciência profissional. De fato, ela é inocente: é de inconsciente que se trata! Mas por quê? O que defendem com essa resistência? (RANJARD, 1984, p.93)

3.1. Práticas da Avaliação Educacional

A avaliação da aprendizagem escolar hoje no Brasil está a serviço

de uma pedagogia dominante, pertencente à corrente liberal, que por sua vez,

serve a um modelo dominante, o qual pode ser identificado como modelo social

liberal conservador.

Segundo Luckesi (1994) a corrente liberal, está comprometida com a

manutenção do status quo, desta forma demanda que enquanto modelo

conservador da sociedade produzisse três pedagogias diferentes: A pedagogia

liberal tradicional, centrada no intelecto, na transmissão de conteúdo e na

pessoa do professor; a pedagogia liberal renovada, centrada nos sentimentos,

na espontaneidade da produção do conhecimento e no educando com suas

diferenças individuais; na pedagogia liberal tecnicista, centrada na

exacerbação dos meios técnicos de transmissão e apreensão dos conteúdos e

no princípio de rendimento.

22

Na tentativa de traduzir este projeto histórico em prática

educacional, numa estrutura de enfrentamento é anunciada, na atualidade a

corrente progressista, com a pedagogia progressista libertadora, fundada e

representada pelo pensamento e pela prática pedagógica inspirada nas

atividades do professor Paulo Freire.Também pela Pedagogia Progressista

Libertária, marcada pela idéia de que a transformação virá pela emancipação

das camadas populares, que define-se pelo processo de conscientização

cultural e política fora dos muros da escola;e por último a Pedagogia Crítica

Social dos conteúdos representada pelo Libâneo, centrada na idéia de

igualdade, de oportunidade para todos no processo de educação e na

compreensão de que a prática educacional se faz pela transmissão e

assimilação dos conteúdos.

A avaliação da aprendizagem escolar hoje no Brasil, está a serviço

de uma pedagogia dominante que por sua vez, serve a um modelo dominante,

o qual, pode ser identificado como modelo social liberal conservador, que

culminaram na Revolução Francesa.

O modelo liberal conservador da sociedade produziu três

pedagogias diferentes: A pedagogia tradicional centrada no intelecto, na

transmissão de conteúdo e na pessoa do professor; a renovada, centrada nos

sentimentos, na espontaneidade da produção do conhecimento e no educando

com suas diferenças individuais; e a pedagogia tecnicista, centrada na

exacerbação dos meios técnicos de transmissão e apreensão dos conteúdos e

no princípio de rendimento.

Tentando traduzir este projeto histórico em prática educacional, já

contamos, hoje, em nosso meio, com a pedagogia libertadora, fundada e

representada pelo pensamento e pela prática pedagógica inspirada nas

atividades do professor Paulo Freire.Pedagogia esta marcada pela ideia de

que a transformação virá pela emancipação das camadas populares, que

define-se pelo processo de conscientização cultural e política fora dos muros

da escola;e por último a pedagogia dos conteúdos socioculturais, representada

pelo grupo do professor Dermeval Saviani, centrada na ideia de igualdade, de

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oportunidade para todos no processo de educação e na compreensão de que

a prática educacional se faz pela transmissão e assimilação dos conteúdos

É estabelecido assim, um novo paradigma, onde o erro cometido

pelo aluno apresenta-se numa perspectiva construtiva. As práticas escolares

preservavam na sua cultura, a culpa e o castigo, com forma de garantir o

controle, tanto no passado como no presente. O castigo não desapareceu da

escola, ele se manifesta de muitas maneiras, uma forma de castigar um pouco

mais sutil , é a prática pela qual o professor cria um clima de medo, tensão e

ansiedade entre os alunos, que com certeza serve para garantir uma

submissão internalizada.

Além da violência simbólica, preserva o clima de culpa, castigo e

medo, como elementos que se amalgama a prática docente, constituindo-se

num dos fatores que impedem a escola e a sala de aula de serem um ambiente

de alegria, satisfação e vida feliz.

É preciso, antes de mais nada, observar, para depois julgar. Nossa

prática, entretanto, tem sido inversa: primeiro colocamos a barreira do

julgamento, e só depois tentamos observar os fatos. Nesse caso, a observação

fica “borrada” pelo julgamento. Certamente, não é fácil observar primeiro para

depois julgar, mas é preciso aprender esta conduta, se queremos usar o erro

como fonte de virtude, ou seja, de crescimento (Luckesi, 1994)

3.2. O Erro e a Avaliação da Aprendizagem

O erro, de acordo com a corrente liberal, obedece à perspectiva de

pontualidade, de finalização em relação aquisição de determinado

conhecimento ou habilidade, por meio de uma conduta, subordinada a um

padrão existente. Assim o erro se revela quando contraria o padrão

estabelecido.

Porém, a padronização não justifica o livre desenvolvimento do

sujeito. O não reconhecermos das diferenças perpetua a desigualdade. Ora, se

a conduta da escola for a de castigar pela ocorrência do erro, não haverá

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oportunidade de reorientação e o aluno não tem a chance de crescer, corrigir

os seus erros e aprender com os mesmos.

Neste sentido, Hoffmam (2003), afirma que a escola brasileira não

avalia, apenas verifica a aprendizagem, Tal afirmação oferece um caminho de

reflexão sobre a inação da escola frente a avaliação, reduzindo a sua ação a

mera sinalização do erro.

Luckesi (1994), adverte para que diante do insucesso e do erro não

devem acumular a culpa e o castigo. Com a incidência do insucesso ou o erro,

devemos a retirar deles os melhores e os mais significativos benefícios, mas

não façamos deles uma trilha necessária de nossas vidas. Eles devem ser

considerados percalços de travessia, com os quais podemos positivamente

aprender e evoluir, mas nunca alvos a serem buscados.

3.3. Avaliação do Aluno a Favor ou Contra a Democratização

do Ensino

3.3.1. Democratização do Ensino e da Avaliação do Aluno

O autor (op.cit, 1994) entende que a democratização do ensino

implica, em primeiro lugar, com a democratização do acesso à educação

escolar e a permanência do educando na escola, conseqüente terminalidade

escolar.

As estatísticas educacionais são as mais alarmantes e comprovam

que nem no que se refere à permanência nem à terminalidade há

democratização do ensino, torna-se menor ainda colocados diante dos dados

de evasão e de repetência escolar.

Para que a escola de organize como um espaço democrático será

necessário garantir a todos os educandos que nela tiverem acesso uma

apropriação ativa dos conteúdos escolares. Um ensino e uma aprendizagem de

má qualidade são antidemocráticos, uma vez que não possibilitarão aos

educandos nenhum processo de emancipação.

25

A atual prática da avaliação escolar tem se colocado contra a

democratização do ensino, na medida em que ela não tem colaborado para a

permanência do aluno na escola e a sua promoção qualitativa.

3.3.2. A Atual Prática da Avaliação e da Democratização do

Ensino

Na atualidade o processo de avaliação educacional se processa em

uma macro dimensão, mas ainda se reafirma pelo uso/utilização dos

instrumentos avaliativos, no domínio da sala de aula, após um período de aulas

e exercícios escolares, denominado normalmente é denominado avaliação da

aprendizagem escolar.

Esses instrumentos de avaliação são construídos da seguinte

maneira. Próximo do final da unidade de ensino, o professor formula o seu

instrumento de avaliação, a partir de diversas variáveis: conteúdo ensinado

efetivamente; conteúdo que o professor não ensinou, mas que deu por suposto

ter ensinado; conteúdos “extras” que o professor inclui no momento da

elaboração do teste, para torná-lo mais difícil; o humor do professor em relação

a turma de alunos que ele tem pela frente; a disciplina ou a indisciplina social

desses alunos; uma certa “patologia magisterial permanente”, que define que o

professor não pode aprovar todos os alunos, uma vez que não é possível que

todos os alunos tenham aprendido suficientemente todos os conteúdos e

habilidades propostos. (Ibdem, 1994)

Apesar de extremamente antigos os rituais da avaliação é mais ou

menos este em todas as escolas brasileiras, de norte a sul, de leste a oeste,

com poucas adaptações.

O entendimento da avaliação como juízo de qualidade sobre dados

relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão é bem simples: para

compreendê-las Luckesi (1994) propôs três variáveis que devem estar sempre

juntas para que o ato de avaliar cumpra o seu papel:

26

• O primeiro é o “juízo de qualidade” Como a “qualidade” de a um

juízo de qualidade é variável em função do padrão que se tenha

para julgar a qualidade do objeto, há a possibilidade de múltiplas

variações, na medida mesma em que se amplie ou se reduza o

padrão ideal. Se o padrão for mais alto, a qualidade exigida do

objeto que está sendo julgado deverá ser maior; contudo, se o

padrão for mais baixo, a qualidade a ser exigida do objeto

também será menor. Em relação a essa primeira variável, que

define a avaliação, a conduta dos professores em nossas escolas

tem sido anti-democrática, na medida em que , no geral, sem

esse padrão de qualidade, julgam os alunos a bel-prazer do seu

estado de humor; com isso, não criam condições de possibilitar o

crescimento dos educandos por meio de um processo de auto-

compreensão.

• A segunda variável: “dados relevantes da realidade” O juízo de

qualidade, para não ser arbitrário, deverá incidir sobre dados

relevantes da realidade, frente ao objetivo que se tem com o

objeto a ser avaliado; propriamente, ante o “uso” desse objeto.

Assim sendo, para o avaliador ser relativamente verdadeiro no

juízo de qualidade, há que tomar como seu fundamento aqueles

caracteres da realidade que dizem respeito ao objetivo que tem

ao proceder a avaliação. A definição de dados relevantes e sua

utilização evitarão o arbítrio momentâneo e emergente do

professor no instante de construção e utilização dos instrumentos

e, consequentemente, evitará o arbítrio na qualificação do aluno,

tendo em vista sua aprovação ou reprovação. Com esse tipo de

prática avaliativa, a escola nega-se a si mesma, pois, em vez de

propor e trazer o prazer da elevação cultural, estiola essa

possibilidade, na medida mesma em que destrói dentro da criança

o prazer de entender melhor o mundo e crescer em compreensão

e visão da realidade.

27

• O terceiro e último elemento da avaliação “tomada de decisão”.

No caso da avaliação da aprendizagem, essa tomada de decisão

se refere à decisão do que fazer com o aluno, quando a sua

aprendizagem se manifesta satisfatória ou insatisfatória. Se não

se tomar uma decisão sobre isso, o ato de avaliar não completou

seu ciclo constitutivo. No cotidiano escolar, a única decisão que

se tem tomado sobre o aluno tem sido a de classificá-lo num

determinado nível de aprendizagem, a partir de menções, sejam

elas em notações numéricas ou em notações verbais.

Na contramão das práticas emancipatórias as práticas

classificatórias da avaliação se estabelecem como antidemocrática, uma vez

que não conduz a tomada de decisão para a emancipação. Essa prática

classificatória da avaliação confirma a nossa hipótese inicial de que a atual

prática de avaliação do aluno é uma prática antidemocrática no que se refere

ao ensino. E essa questão da prática classificatória da avaliação torna-se mais

grave quando verificamos que um aluno pode ser reprovado e que os efeitos

perversos da reprovação comprometem o desenvolvimento do aprendente.

Desta forma, a avaliação da aprendizagem não tem contribuído para

garantir a permanência das crianças, jovens e adultos na escola, bem como

não tem colaborado para a ascensão do seu patamar cultural, por meio de um

ensino de boa qualidade.

3.3.3. A Avaliação Diagnóstica

Para que a avaliação sirva à democratização do ensino, inicialmente

deve-se alterar a utilização do tipo de avaliação, de classificatória para

diagnóstica. Por conseguinte, a avaliação deverá ser assumida como um

instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra

o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatória para que

possa progredir no seu processo de aprendizagem.

28

Ora avaliação diagnóstica não se sugere e nem permanece de uma

forma independente. É a condição de sua experiência a articulação com uma

concepção pedagógica progressista.

3.4. A Escola Opera com Verificação e não com Avaliação da

Aprendizagem

Conforme Hoffman (2002), a avaliação, desigualmente da

verificação, abrange um ato que excede a aquisição da configuração do

objeto, determinando a decisão do que fazer antes, durante ou após. A

verificação é uma ação que “congela” o objeto; a avaliação, por sua vez,

direciona o objeto numa trilha dinâmica de ação.

A prática educacional brasileira estabelece quase na maioria das

instituições escolares a verificação da aprendizagem. Assim, as instituições

não visualizam possibilidades de subtrair do processo de aferição as

conseqüências mais significativas para a melhoria da qualidade e do nível de

aprendizagem dos alunos. Ao contrário, sob a forma de verificação, tem se

empregado no processo de aferição da aprendizagem de uma negativa, à

medida que tem servido para desenvolver o ciclo do medo nas crianças e

jovens, pela constante ameaça da reprovação.

A avaliação do aproveitamento escolar para ser praticada como

uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem dos alunos

precisará conter na base seus aspectos essenciais e, como objetivo final,

uma tomada de decisão que direcione o aprendizado e, consequentemente, o

desenvolvimento do aluno, para garantir o afastamento do aspecto

classificatório que, sob a configuração de verificação, tem envolvido a aferição

do aproveitamento escolar.

Aprender a olhar além do simples universo da avaliação

classificatória talvez seja o desafio de avaliar bem. Conforme a autora (ibdem,

2002), avaliar nesse novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação-

reflexão, num acompanhamento permanente do professor.

29

Nesse sentido, Luckesi reafirma que o professor deverá coletar,

analisar e sintetizar, da forma mais objetiva possível, as manifestações das

condutas- cognitivas, afetivas, psicomotoras- dos educandos, causando uma

configuração do efetivamente aprendido. Além disso, deve-se conferir uma

qualidade a essa configuração da aprendizagem, a partir do nível de

expectativa, preestabelecido e aprovado como verdadeiro pela comunidade

dos educadores e especialistas dos conteúdos que estejam sendo trabalhados;

a partir dessa qualificação, tomar uma decisão sobre as condutas docentes e

discentes:

§ A reorientação imediata da aprendizagem, caso sua

qualidade se mostre insatisfatória e caso o conteúdo,

habilidade ou hábito, que esteja sendo ensinado e aprendido,

seja efetivamente essencial para a formação do educando;

§ O encaminhamento dos educandos para passos

subsequentes da aprendizagem, caso se considere que,

qualitativamente, atingiram um nível satisfatório no que estava

sendo trabalhado.

Portanto, a principal meta da aferição do aproveitamento escolar

não será a aprovação ou reprovação do educando, mas o direcionamento da

aprendizagem e seu conseqüente desenvolvimento. Para que se utilize

corretamente a avaliação no processo ensino-aprendizagem no contexto

escolar, vale estabelecer um padrão mínimo de conhecimentos, habilidades e

hábitos que o aluno deverá adquirir, e não uma média mínima de notas, como

ocorre hoje na prática escolar. Devemos utilizar também condições de garantir

que os alunos fiquem aquém do mínimo necessário de conhecimentos,

habilidades e hábitos que delineiem as possibilidades do seu desenvolvimento.

A avaliação gera a retomada do curso de ação, se ele não tiver sido

satisfatória, ou a sua reorientação, caso esteja se afastando. Por isso, a

avaliação é considerada um diagnóstico da qualidade dos resultados

intermediários ou finais; a verificação é uma configuração dos resultados

parciais ou finais. A primeira é dinâmica, já a segunda, estática.

30

3.5. Planejamento e Avaliação na Escola

O ato de planejar tal qual a avaliação, se caracterizam como a

atividades marcadas pela intencionalidade pelas quais se projetam fins e se

estabelecem meios para atingi-los.

Vasconcellos (2004), garante que o planejamento não será nem

exclusivamente um ato político-filosófico, nem exclusivamente um ato técnico;

será sim, um ato ao mesmo tempo político-social, científico e técnico: político-

social, na medida em que está empenhado com as finalidades sociais e

políticas; científico, na medida em que não se pode planejar sem um

conhecimento da realidade; técnico, na medida em que o planejamento exige

uma definição de meios eficientes para se obter os resultados.

3.5.1. Definição Geral de Planejamento

Dentre as definições de planejamento apresentadas por Luckesi

(1994), como:

a) É um conjunto de ações coordenadas entre si, que concorrem

para a obtenção de um certo resultado desejado;

b) É um processo que consiste em preparar um conjunto de

decisões tendo em vista agir, posteriormente, para atingir

determinados objetivos;

c) É uma tomada de decisões, dentre possíveis alternativas,

visando atingir os resultados previstos de forma mais eficiente

e econômica.

O planejamento pedagógico demonstra-se como um modo de

dimensionar política, científica e tecnicamente a atividade escolar, deve ser

resultado da contribuição de todos aqueles que compõem o corpo profissional

da escola. Não será o diretor que realizará o planejamento ou fará imposição

sobre os outros; ele será, sim, o supervisor escolar de uma determinação

coletiva para a escola, que também deverá ser gerenciada coletivamente.

31

Enquanto o planejamento dimensiona o que se vai construir, a avaliação

subsidia essa construção, porque motiva novas decisões.

A avaliação é um constante olhar crítico sobre o que se está

fazendo. Esse olhar possibilita que se decida sobre os modos de como

melhorar a construção do projeto no qual estamos trabalhando. Aqui, a

avaliação contribui para identificar impasses e encontrar caminhos para

superá-los; ela subsidia o acréscimo de soluções alternativas, se necessárias,

para um determinado percurso de ação.

Para que a avaliação seja uma crítica de movimento, é

imprescindível que todos envolvidos na construção do projeto comum e, para

isso, contribuir, analisando, observando pontos de estrangulamento,

recomendando, se comprometendo. O supervisor escolar, como líder de um

processo, deverá trabalhar para coordenar essa dinâmica de construção da

crítica. Para isso, deverá saber ouvir, dialogar, trabalhar, para que se chegue a

um consenso do que vai ser levantado coletivamente e, então, a partir daí, ele

terá de ser o pólo de coordenação dessa atividade.

Enquanto o planejamento é o ato pelo qual definimos o que

construir, a avaliação é um ato crítico que nos subsidia na verificação de como

estamos construindo o nosso projeto. A avaliação é uma ferramenta da qual o

ser humano não se livra. Ela faz parte de sua maneira de atuar e, por isso, é

necessário que seja usada da melhor forma possível.

3.6. Uma Prática Docente Crítica e Construtiva

3.6.1. Um Princípio Político-Social para a Prática Docente

Seja no âmbito do governo federal, estadual e municipal, o sistema

educacional compartilha de que o professor preciso estar interessado na

educando aprendizagem e no desenvolvimento, individual e coletivamente do

aluno. Neste cenário se instala um princípio político-social, considerado

altamente relevante da atividade educativa escolar.

32

As informações de repetência, evasão escolar e analfabetismo

explicam o quanto o sistema educacional brasileiro está pouco vigilante as

efetivas deficiências educacionais do pais. Há anos são feitas campanhas para

a erradicação do analfabetismo, apesar disso, as taxas continuam muito altas.

Os quantitativos de conclusão da escolaridade básica e de ensino médio

também são proporcionalmente muito reduzidos e, de fato, não são tomadas

medidas necessárias e satisfatórias para resolver esses problemas

O cumprimento mecânico da atividade docente serve muito pouco

para uma efetiva aprendizagem e o conseqüente desenvolvimento do aluno. A

democratização da educação escolar, como meio de desenvolvimento do

aluno, do ponto de vista coletivo e individual, sustenta-se em três elementos

básicos: acesso universal ao ensino, permanência na escola, qualidade

satisfatória da instrução.

Estar realmente interessado em que os alunos aprendam e se

desenvolvam, individual e coletivamente é um princípio político-social que não

é levado a sério para as maiorias populacionais. Esse princípio tem grande

importância na medida em que tem em vista a democratização do saber.

3.6.2. Desenvolvimento do Educando

O desenvolvimento do aluno implica no desenvolvimento das

diversas facetas do seu ser humano: Cada sujeito-criança, jovem ou adulto se

educa no processo social como um todo; na trama das relações familiares,

grupais, políticas.

A escola não poderá negligenciar as convicções e habilidades

organizadas no campo ideológico, a respeito do desenvolvimento do aluno face

a avaliação..Cabe à escola trabalhar para o desenvolvimento das capacidades

cognoscitivas do aluno em articulação com todas as habilidades, hábitos e

convicções do viver. Capacidades, como as de analisar, compreender,

sintetizar, extrapolar, comparar, julgar, escolher e decidir

33

Contudo, as habilidades necessitam converterem-se em hábitos, em

automatismo que possibilitam uma ação inteligente, rápida, precisa e

satisfatória. Os hábitos são automatismos que se desenvolvem pelo exercício

de um modo qualquer de agir. Tais automatismos são indispensáveis para o

progresso do desenvolvimento das capacidades humanas.

A relação entre habilidades e hábitos é dialética, uma vez que o

aprendizado das habilidades permite a formação dos hábitos e o uso

permanente destes autoriza uma melhoria das habilidades. Um sujeito é

competente quando possui hábitos que são dinâmicos, ativos, reconstruídos

permanentemente pela prática e pela reflexão sobre a prática.

O desenvolvimento do aluno articula-se e provém de aprendizagem,

que são conhecimentos, habilidades, costumes e convicções. Para a formação

das persuasões sociais e para a ampliação das capacidades do aluno, a

educação escolar faz uso da apropriação ativa dos conteúdos socioculturais já

produzidos pela humanidade.

Os conteúdos socioculturais, com as suas referentes metodologias,

servem de suporte para o desenvolvimento de habilidades e hábitos, formando

a personalidade dos alunos como sujeitos ativos, criativos; enfim, como

cidadãos. O interesse político de que o aluno estude e se desenvolva,

individual e coletivamente ´é , em resumo, mediado pela absorção ativa dos

conteúdos socioculturais.

3.6.3. Ensino e Aprendizagem Intencionais: Meios de

Desenvolvimento do Educando

A assimilação funcional dos conteúdos socioculturais, no interior da

escola se apresenta pelo processo de uma aprendizagem intencional que, por

sua vez, está sujeito da um ensino intencionalmente estabelecido. O aluno se

desenvolve enquanto aprende; e, para que a aprendizagem e o

desenvolvimento sejam intencionais é preciso que haja também um ensino

intencional.

34

São duas formas de aprendizagem: uma que se dá espontânea e

informalmente e outra de forma intencional e sistemática. A aprendizagem

espontânea e informal acontece nas múltiplas situações de existência do

cotidiano. Aprendemos nas convivências com outras pessoas, na rua, nos

passeios, em excursões etc.

A aprendizagem intencional é aquela que é trazida e propiciada

intencionalmente. A escola oferece aos nossos alunos esse tipo de

aprendizagem, a aprendizagem intencional, que vai para além da

aprendizagem espontânea. Ela não depende de ocorrências ocasionais, mas

sim de busca e exercícios sistemáticos.

A aprendizagem ativa só pode se dar na medida em que for

inteligível. O conhecimento que se contrai deverá possibilitar uma nova visão

da realidade; é preciso que o aluno obtenha um instrumento de compreensão

da realidade.

O ensino causa ao aluno alguma coisa nova que o provoca a

aprender e avançar. A conseqüência do ensino sistemático é uma

aprendizagem sistemática, o que expressa as exigências do aluno numa

transposição, no sentido de apropriar-se de algo novo que lhe está sendo

proposto.

O contento do ensino precisará ser novo, porém não a ponto de

prevenir sua assimilação. O nível de dificuldade do novo deve ser assimilável

pelo educando. Quando o conteúdo apresenta uma condição de dificuldade

não-assimilável, o educando não aprende. O conteúdo novo proposto para a

aprendizagem deve ser mais avançado que o estágio em que o educando se

encontra, porém não tão novo de forma que o educando não tenha como

assimilá-lo. Então, o ensino terá de trazer algo de novo para os educandos,

mas uma inovação suficientemente dosada de tal forma que seja assimilável.

35

3.6.4. Recursos Metodológicos para o Ensino/Aprendizagem

Luckesi (1994) diz que os recursos metodológicos poderão ser

alcançados com as mais variadas técnicas. Uma mostra pode ser realizada

pela técnica de exposição oral, por um simpósio, por uma conferência, pela

leitura de um texto, proporcionando a aproximação do aluno com o

conhecimento elaborado para que se garanta a assimilação receptiva.

Os métodos que permitem a independência e formação de

habilidades e hábitos nos educandos (método reprodutivo), método de solução

de problemas determinados e método de solução de problemas novos

poderão ser realizados também por meio dos mais variados procedimentos de

ensino e aprendizagem: individual, grupal, de equipe, prática em laboratório e

simulação.

3.6.5. Planejamento

O ato de planejar é um ato decisório da maior importância e efetivo

dentro de um projeto coletivo institucional. O planejamento isolado e

diversificado de cada professor impossibilita a formação de um corpo, se não

único, ao menos semelhante, de atuação dentro da mesma escola. Uma ação

isolada possibilita que cada professor aja de uma maneira e que o educando

fique à mercê da variabilidade das perspectivas de cada professor, tornando a

aprendizagem esfacelada.

A avaliação propicia acompanhamento e reorientação do processo

de construção dos resultados esperados. Desta forma, a implementação de um

planejamento não é unidimensional, porém decorrentes de processos de

avaliação, tomadas de decisão, reorientações, etc. A execução do

planejamento deve ser uma forma de construção dos resultados anunciados e,

para tanto, precisam ser utilizados todos os meios disponíveis.

O planejamento determina os resultados e os meios a serem

alcançados; a execução constrói os resultados; e a avaliação serve de

instrumento de verificação dos resultados planejados que estão sendo

36

conseguidos, assim como para fundamentar decisões que devem ser tomadas

para que os resultados sejam construídos.

37

CONCLUSÃO

O desafio que a escola enfrenta atualmente exige dos profissionais da educação, como é colocado o supervisor, uma competência técnica e política que habilita a participar da construção da autonomia escolar construída a partir da autonomia garantida por Lei, isso faz com que na discussão do trabalho pedagógico abram-se amplas perspectivas que estimulam e asseguram a participação de todos. (LIMA, 2008, p.3)

Conforme verificado nesta pesquisa, as estruturas avaliativas

escolar no Brasil se deram como um processo de desarraigamento histórico,

que aponta para significativas melhoras que podem ser observadas, num

cenário , onde a intervenção e a mediação da supervisão escolar é favorável.

Embora sejam muito lentamente construídas como prática pedagógica

inovadora. Ainda prematuro prever o final do enfrentamento com estas

estruturas perversas, uma vez que o problema de repetência e de evasão

escolar perdura por muitas gerações. Historicamente podemos verificar que,

no cotidiano das escolas brasileiras, tanto em atos simples como complexos, a

avaliação subsidia a obtenção de resultados satisfatório. Em nossa casa,

avaliamos o alimento que estamos fazendo quando provamos seu sabor, sua

rigidez, verificando se encontra “no ponto” ou se necessita de mais algum

ingrediente, de mais um tempo de cozimento etc. Na empresa ocorre o mesmo.

Nenhuma empresa sobreviverá sem avaliação com conseqüente tomada de

decisão, tendo em vista seu melhor funcionamento e, por isso mesmo, sua

melhor produtividade. A avaliação tem por função subsidiar a construção de

resultados satisfatórios.

Planejamento, execução e avaliação são recursos da busca de um

desejo. Para tanto, é preciso saber qual é o desejo e entregar-se a ele. No

nosso caso, importa saber qual é o desejo com ação pedagógica que

praticamos junto aos educandos e se queremos estar entregues a ele, a fim de

que possamos construir os resultados satisfatórios com o auxílio do

planejamento, execução e avaliação, auxiliando o desenvolvimento dos

educandos, ao mesmo tempo que processamos nosso autocrescimento.

38

BIBLIOGRAFIA

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Porto Alegre: Mediação, 2001.

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construtiva. Porto Alegre: Mediação, 2003.

_______________________. Pontos e Contra Pontos: do pensar ao agir em

avaliação. Porto Alegre: Mediação, 1998.

LUCKESI, Cipriano Carlos. A avaliação da Aprendizagem na Escola:

reelaborando conceitos e recriando a prática. Bahia: Malabares Comunicação e

Eventos, 2005.

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________________________. Otimização do Autoritarismo. In: Equívocos

Teóricos na Prática Educacional. Rio de Janeiro: Associação brasileira de

tecnologia Educacional, 2006.

PERRENOUD, Philippe. A pedagogia na escola das diferenças: fragmentos de

uma sociologia do fracasso. Trad. Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artmed

Editora, 2001.

____________________. Avaliação: da Excelência à regulação das

Aprendizagens - entre duas lógicas. Trad. RAMOS, Patrícia Chittoni. Porto

Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

39

WEBGRAFIA

VILLAS BOAS, M. V. A prática da Supervisão. In Educação e Supervisão. 10ª

ed. São Paulo. Brandão, C. R. O que é educação. Disponível em

www.brasil.gov.br.1999.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I A Ação Supervisora e as Práticas Avaliativas 09 1.1. A Ação Supervisora e os Desafios do Cotidiano Escolar 09 1.2. A Ação do Supervisor Face as Práticas Avaliativas 12 1.2.1. O que é Avaliação 12 1.2.2. Tipos de Avaliação 13 CAPÍTULO II Avaliação: Uma Abordagem Sistêmica da Mudança 14 2.1. Relações entre as Famílias e a Escola 14 2.2. Organização das Turmas e Possibilidades de Individualização 15 2.3. Didática e Métodos de Ensino 16 2.4. Contrato Didático, Relação Pedagógica e Ofício de Aluno 17 2.5. Acordo, Contrato, Política Institucional 17 2.6. Programas, Objetivos, Exigências 18 2.7. Sistemas de Seleção e de Orientação 19 CAPÍTULO III Perspectiva de Construção de Práticas Avaliativas Favorecedoras do Processo de Ensino-Aprendizagem 21 3.1. Práticas da Avaliação Educacional 21 3.2. O Erro e a Avaliação da Aprendizagem 23 3.3. Avaliação do Aluno a Favor ou Contra a Democratização do Ensino 24 3.3.1. Democratização do Ensino e da Avaliação do Aluno 24 3.3.2. A Atual Prática da Avaliação e da Democratização do Ensino 25 3.3.3. A Avaliação Diagnóstica 27 3.4. A Escola Opera com Verificação e não com Avaliação da Aprendizagem 28 3.5. Planejamento e Avaliação na Escola 30 3.5.1. Definição Geral de Planejamento 30

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3.6. Uma Prática Docente Crítica e Construtiva 31 3.6.1. Um Princípio Político-Social para a Prática Docente 31 3.6.2. Desenvolvimento do Educando 32 3.6.3. Ensino e Aprendizagem Intencionais: Meios de Desenvolvimento do Educando 33 3.6.4. Recursos Metodológicos para o Ensino/Aprendizagem 35 3.6.5. Planejamento 35 CONCLUSÃO 37 BIBLIOGRAFIA 38 WEBGRAFIA 39