tipos de estudos epidemiolÓgicos

105
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Upload: cruz

Post on 27-Jan-2016

59 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Observacional Investigador apenas observa indivíduos com e sem o fator, sem intervir para que o fator aconteça nos indivíduos estudados. Experimental - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Page 2: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Descritivos

Estudos Transversais ou de Prevalência Estudos Ecológicos ou Correlacionais

Estudos Observacionais

Estudos longitudinais ou de Coorte Estudos Caso-Controle

Estudos Experimentais

Estudos Analíticos

Ensaios Clínicos (de drogas ou terapias) Testes de Eficácia de Vacinas Estudos de Intervenção (medidas preventivas na população)

Page 3: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Eixo de intervenção.

• Observacional Investigador apenas

observa indivíduos com e sem o fator, sem intervir para que o fator aconteça nos indivíduos estudados.

• ExperimentalInvestigador

interfere nos processos em estudo, de maneira metódica e controlada, resultando em uma experimentação.

Page 4: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Eixo de unidade de pesquisa

• Individual Unidade de

estudo é um indivíduo, pois as informações sobre o fator em estudo e o desfecho clínico são cada indivíduo

• Agregado O fator em estudo

e o desfecho clínico são descritos para grupos de indivíduos e não para cada um dos indivíduos.

Page 5: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Eixo de unidade comparabilidade ou de grupo controle.

• Comparado • Os indivíduos nas

quatro categorias: com fator e com desfecho; com fator e sem desfecho; sem fator e com desfecho; e sem fator e sem desfecho.

• Não comparado • Estudo em que as

variáveis básicas não são dicotomizadas, o caráter comparativo não fica aparente. Nesse caso, não apresenta um grupo controle

Page 6: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Transversais (Estudo De Prevalência Ou Seccionais)

• mede a prevalência de um agravo, ou de qualquer evento em um local definido, numa determinada população, no momento do tempo.

• Há a observação de um grupo planejado de indivíduos em um só momento em um local definido

Page 7: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Transversais (Estudo De Prevalência Ou Seccionais)

Vantagens:• Rápidos, baratos, fáceis em termos

logísticos• Não existe período de seguimento• Alto potencial descritivo (subsídio para

planejamento)• Simplicidade analítica• Não tem perdas de seguimento• Permite calcular a prevalência das

doenças e dos fatores de risco

Page 8: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Transversais (Estudo De Prevalência Ou Seccionais)

Desvantagens:• Vulnerabilidade a vieses (bias)

(especialmente de seleção)• Impossibilidade de estabelecer relações

causais• Pouco práticos no estudo de doenças raras• Só se poder medir a prevalência• Vieses de prevalência/incidência

Page 9: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Transversais (Estudo De Prevalência Ou Seccionais)

Page 10: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Transversais (Estudo De Prevalência Ou Seccionais)

Análise• Observação da exposição e da doença

ao mesmo tempo:• Comparar a prevalência da doença nos

expostos com a prevalência da doença• não expostos (razão de prevalência)

Esse estudo é utilizado para analisar relações e não causalidades.

Page 11: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 12: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Ecológicos

• Caracteriza-se pela utilização de dados secundários e formação de agregados

• Refere-se à população como um todo, e

não a indivíduos

• não é possível ligar fator de risco à ocorrência da doença na mesma pessoa

Page 13: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Ecológicos

Objetivos:• Gerar hipóteses a respeito da ocorrência

de uma determinada doença

• Testar hipóteses etiológicas (prejudicado pela dificuldade de controlar confundimento)

• Avaliar efetividade de intervenções na população

Page 14: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Ecológicos

Desvantagens:

• a qualidade dos registros, • a disponibilidade de banco de dados, • e o grau de comparabilidade entre eles.

Page 15: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Cadernos de Saúde PúblicaPrint version ISSN 0102-311XCad. Saúde Pública vol.19 no.5 Rio de Janeiro Sept

ARTIGO ARTICLE 

Distribuição espacial da leptospirose no Rio Grande do Sul, Brasil: recuperando a ecologia dos estudos ecológicos

 Christovam BarcellosI, II; Célia Beatriz LammerhirtII;

Marco Antonio B. de AlmeidaII; Edmilson dos SantosIIIDepartamento de Informações em Saúde, Centro de Informação

Científica e Tecnológica, Fundação Oswaldo Cruz. Av. Brasil 4365, Rio de Janeiro, RJ 21045-900, Brasil. [email protected] IICentro de Vigilância Ambiental, Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul. Rua Domingos Crescêncio 132, Porto Alegre, RS 90650-090, Brasil 

Page 16: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

O principal objetivo desse trabalho é identificar áreas de maior risco e possíveis componentes ecológicos da transmissão da leptospirose por meio da agregação de dados epidemiológicos em unidades espaciais que representem a diversidade sócio-ambiental do Estado. Os 1.274 casos confirmados de leptospirose ocorridos em 2001 foram georreferenciados por município de residência. Nessas áreas, a maior parte dos casos está associada à lavoura irrigada. Os resultados sugerem a existência de características ecológicas favoráveis à transmissão da leptospirose em locais de proliferação de roedores e de produção agrícola intensiva.

Page 17: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Longitudinais (Estudo De Coorte)

• identificar fatores associados a ocorrência de uma doença ou agravo em nível individual

• observar mudanças em nível individual

• álbum de fotografias

Page 18: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Exposição ao Fator de risco Doença/Óbito

Pop.

Tempo

Coorte de Expostos

Coorte de Não Expostos

Sim

Não

Sim

Não

NenhumIndividuo

tem o evento.Todos em risco

Individuosclassificados deacordo com a

exposicao ao FR

Relacao entrecaracteristicas iniciaise eventos subsequentes

Pessoasem risco

Page 19: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Tipos de Estudos de Coorte:

Coorte contemporânea

Coorte histórica

Coorte histórica-contemporânea

Passado Presente Futuro

(Estudos prospectivos,concorrentes)

(Estudos retrospectivos,não-concorrentes)

(Estudos ambidirecionais)

Page 20: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos Longitudinais (Estudo De Coorte)Limitações:

• Não adequado para eventos raros;• Se prospectivo, seu custo é consideravelmente

alto;• Resultados podem não estar disponíveis por

um longo tempo;• Se retrospectivo, requer disponibilidade de

registros adequados;• Dificuldade de seguimento devido a dinâmica

das populações; • Perdas no seguimento levam a vieses

importantes;• A observação do evento pode ser influenciada

pelo conhecimento da exposição.

Page 21: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA) Brasil é um estudo pioneiro no país. Trata-se de uma pesquisa sobre doenças que acometem a população adulta, principalmente as doenças cardiovasculares e o diabetes. O estudo investiga fatores que podem levar ao desenvolvimento dessas doenças, ou ao seu agravamento, visando sugerir medidas mais eficazes de prevenção e tratamento. Entre os fatores investigados estão aspectos relacionados aos hábitos de vida, família, trabalho, lazer e saúde em geral, inclusive de origem genética.

Page 22: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Com investimento público através do DECIT/Ministério da saúde, o projeto pretende estudar 15 mil servidores de 6 instituições de ensino e pesquisa do Brasil: UFBA, UFES, UFMG, FIOCRUZ, USP E UFRGS/HCPA. A meta aqui é selecionar 2 mil voluntários, servidores ativos e aposentados da UFRGS e do HCPA, com idades entre 35 e 74 anos, de todas as categorias funcionais para um exame inicial e um acompanhamento periódico ao longo dos anos.

  Em todas as instituições que integram o consórcio ELSA, 13.394 servidores participam do estudo, o que representa quase 90% da meta global da pesquisa.

Page 23: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudo de Caso-controle

• identificação de um grupo de doentes (casos) e um grupo um grupo de sujeitos sem a doença (=controles) semelhantes aos doentes em todos os aspectos

• compara a exposição entre os casos com a exposição entre os controles

Page 24: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudo casoEstudo caso--controlecontrole

PresentePassado

exposto

exposto não exposto

não exposto

população

doente

saudável

Page 25: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudo de Caso-controle

Vantagens:• baixo custo, rápida execução• adequado para estudar doenças

raras e/ou de latência prolongada• identificar múltiplos fatores de

risco• alto potencial analítico

Page 26: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudo de Caso-controle

Desvantagens:• sensível a viés (viés de informação, viés

de seleção)• inadequado para investigar exposições

raras• problemas com seqüência temporal• pode ser estudado somente um desfecho• complexidade analítica

Page 27: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Revista Brasileira de OtorrinolaringologiaPrint version ISSN 0034-7299Rev. Bras. Otorrinolaringol. vol.74 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2008doi: 10.1590/S0034-72992008000100020

•   ARTIGO DE REVISÃO Telefones celulares: influência nos

sistemas auditivo e vestibular  Aracy Pereira Silveira BalbaniI; Jair Cortez

MontovaniII

Page 28: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 29: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

RESULTADOS: Os estudos sobre radiação do telefone celular e risco de neurinoma do acústico apresentam resultados contraditórios. Alguns autores não encontram maior probabilidade de aparecimento do tumor nos usuários de celulares, enquanto outros relatam que a utilização de telefones analógicos por 10 anos ou mais aumenta o risco para o tumor. A exposição aguda às microondas emitidas pelo celular não influencia a atividade das células ciliadas externas da cóclea, in vivo e in vitro, a condução elétrica no nervo coclear, nem a fisiologia do sistema vestibular em humanos. As próteses auditivas analógicas são mais suscetíveis à interferência eletromagnética dos telefones celulares digitais. CONCLUSÃO: Não há comprovação de lesão cocleovestibular pelos telefones celulares.

Page 30: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos de Intervenção (Ensaios Clínicos)

• variável - um efeito benéfico, positivo (um fármaco, um novo procedimento preventivo ou terapêutico)

• definição dos casos ou das pessoas que poderiam se beneficiar com essa intervenção e estar em condições de participar desse estudo

• O conjunto de casos é separado em dois grupos: os integrantes do grupo de intervenção que recebem uma substância ativa (fármaco ou vacina) e os que recebem um placebo, ou outra substância de efeito conhecido.

Page 31: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos de Intervenção (Ensaios Clínicos)

• São o padrão ouro (melhor tipo) dos estudos de fatores porque diminuem muito o efeito de variáveis de confusão e permitem padronização da qualidade e quantidade dos fatores, tornando os resultados mais seguros.

Page 32: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudos de Intervenção (Ensaios Clínicos)

Vantagens:• Ser reconhecido

como melhor tipo de estudo para fatores

• Ser associado a

muito pouco viés

Desvantagens:• Preço elevado; • Necessidade de

muita liberdade ética;

• Necessidade de rigor metodológico constante.

Page 33: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Epidemiologia Analítica

Page 34: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Epidemiologia Analítica

• fatores ligados ao agente, ao hospedeiro e ao meio ambiente

• história natural de uma doença

• agente (microorganismo)capacidade de transmissibilidade e a

capacidade patogênica e a virulência

Page 35: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Epidemiologia Analítica• Tipos de hospedeiros:intermediário, que abriga o organismo patogênico na fase larvar ou não adulta definitivo, que abriga tal organismo na fase

adulta

• Fatores que alteram a susceptibilidade do homem (Hospedeiro)

Eliminação de Excretos - contaminação fecal qualidade inadequada das águas e dos alimentos pouca aeração ambiental acumulação de resíduos e de água estagnada

Page 36: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Epidemiologia Analítica

Fatores que interferem no contagio:• disponibilidade de serviços médicos • ambiente modifica hábitos de higiene

pessoal • O contato direto ~ contato físico real

reservatório e hospedeiro • contado indireto ~ hospedeiro e o

reservatório (objetos, alimentos, água, ar insetos, vetores)

Page 37: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Epidemiologia - Objetivos

• Descrever distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas

• Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças,

• Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.

Page 38: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estrutura Epidemiológica

Page 39: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Definição

• é o conjunto de fatores vinculados ao ambiente, ao agente etiológico e ao suscetível, dotado de uma organização interna definindo suas interações e é responsável pela produção da doença.

• Alteração – doenças transmissíveis

Page 40: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Doenças transmissíveis

Conceitos importantes

Page 41: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Agente Etiológico

agentes causais de enfermidades humanas ou de animais.

São os que agem na origem das doenças

Características intrínsecas:Morfologia e composição bioquímicaCaráter antigênico

Bactéria (Streptococcus)

Page 42: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

FORMAS DO AGENTE ESTABELECER O ESTÍMULO-DOENÇA

InfecçãoInfestaçãoAbsorção

Page 43: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 44: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 45: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 46: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

ABSORÇÃO DE PRODUTOS TÓXICOS Ingestão de toxinas, sem os agentes

produtores.

Page 47: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 48: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 49: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 50: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Veículos• Elementos ou objetos inanimados

que veiculam (transportam) agentes infecciosos.

• Alimentos (água, leite, etc.),• Perfourocortantes agulhas,

seringas, • Material doméstico panos, etc.

Page 51: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 52: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 53: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 54: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 55: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 56: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Exemplos: alta ( vírus -sarampo, varíola, varicela) ; e baixa ( bacilo da hanseníase, tuberculose e esquistossomose)

Page 57: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 58: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 59: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Definições Importantes

• Período de incubação: ocorrência da infecção (ou infestação) – aparecimento das primeiras manifestações de doença

• Período prodrômico: manifestações inespecíficas, desde o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas da doença até o surgimento dos característicos da mesma

• Período de transmissibilidade: eliminação de um agente etiológico de uma fonte de infecção para o meio ambiente

• Suscetível: são espécies capazes de serem penetradas por fatores ambientais, permitindo-lhes atuar como geradores de doença

• Transmissão: ao modo de difusão de doença infecciosa em uma população

Page 60: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Malária

Fonte: Adaptado da OMS 1997

No Brasil, a área endêmica é conhecida como Amazônia Legal. Esta área é composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Page 61: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Transmissão – femea Anopheles

Page 62: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 63: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 64: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 65: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Dengue

•Doença febril aguda de curta duração, de gravidade variável,sendo conhecidos quatro tipos (sorotipos): 1, 2, 3 e 4.•Sintomas: febre, dor de cabeça, dores no corpo e juntas, dor retroorbicular, náuseas, vômitos, manchas vermelhas na pele, hemorragia•Período de incubação: Varia de 3 a 15 dias, sendo em média 5 a 6dias.

Page 66: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 67: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 68: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Page 69: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Doenças

Vias De Penetração:DigestivaRespiratória Cutânea Ocular

Page 70: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Vias de penetração

• 1- Pele.

Page 71: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Vias de penetração

• 2 - Digestiva.

Page 72: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Vias de penetração

• 3- Pulmonar.

Page 73: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Medidas profiláticas referentes à fonte de infecção

• descoberta das fontes de infecção • notificação compulsória –

obrigatória por lei• destruição do agente infeccioso • isolamento • Outras medidas: higiene individuallimitações profissionais para as fontes de

infecção

Page 74: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Medidas profiláticas referentes às vias de transmissão e penetraçãoI – Transmissão por contágio:destruição ou desinfecção de

secreções

Page 75: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Medidas profiláticas referentes às vias de transmissão e penetraçãoII – Transmissão por vetores:a . vetores mecânicos: destruir moscas, baratasb.vetores biológicos: impedir a multiplicação do vetor.drenagem de

águasdestruição dos animais onde vive o vetor. Ex: o

rato albergador da pulga - peste bulbônicacombate às formas larvárias. Ex.: inseticidas

colocados nos criadouros aquáticos ou não; impedir o acesso do vetor à fonte ou ao

suscetível , como roupas, mosquiteiros, repelentes, telagem para habitações.

Page 76: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Medidas profiláticas referentes às vias de transmissão e penetraçãoIII – ar e poeiras: desinfecção do ambiente onde

está alojada a fonte de infecção. Não deve varrer o chão e sim passar pano úmido.

IV – água e alimentos:água: tratamento domiciliar ou coletivo.Alimentos: leite – ferver sempre. as carnes bovinas e suínas devem

ser inspecionadas antes de serem vendidas;

evitar a ingestão de hortaliças cruas;

Page 77: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Medidas profiláticas referentes às vias de transmissão e penetração

IV – Alimentos:evitar assados porque não se consegue destruir as

bactérias no interior de um pernil ou de um peru, mesmo parecendo totalmente assado. Exceção: forno de microondas;proteger alimentos contra moscas e mosquitos

V – solo:proteção individualevitar a contaminação do solo por excretas afastando-

os da superfície do solo e evitando fossas negras.

Page 78: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Medidas profiláticas referentes ao novo hospedeiro

• Medidas Complementares: evitar aglomeração, usar preservativos nas relações sexuais.

• Educação Sanitária: além de educadores sanitários, este papel cabe a toda equipe multiprofissional da área da saúde

Page 79: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

O MEIO AMBIENTE

• Físico: condições geográficas: - latitude/longitude.

condições climática

condições geológicas: - composição do solo. Ex.: as larvas de ancylostoma vivem melhor em terrenos mais permeáveis

Page 80: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

O MEIO AMBIENTE• biológico:

Flora – abriga vetoresFauna – abriga vetores.

• social: bio-psico-sócio-econômico-cultural.Habitação - condições de insolação, ventilação,

materiais e tipo de construção e conforto não favorecem a transmissão de tuberculose, doença de Chagas e peste bulbônica

Água - contaminaçãodestinação adequada dos excretas e lixo -

contaminação dos mananciais e do solo poluição do ar - coeficientes de morbidade e

mortalidade de doenças das vias aéreas hábitos culturais:tabagismo e etilismo - bronquite,

enfisema pulmonar, cirrose hepática migração

Page 81: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

O NOVO HOSPEDEIRO• Suscetibilidade :é a falta de defesa de um

hospedeiro • Resistência: é o conjunto de fatores ligados às

defesas hospedeiro contra a penetração, multiplicação e ação lesiva de um agente etiológico

• Mecanismos de Defesa:• Anatômicos: pele e anexos (glândulas

sudoríparas e sebáceas); camada gordurosa e aparelho músculo-esquelético;

• Fisiológicos: reflexos (tosse, espirro, secreção lacrimal).

Page 82: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

VIGILÂNCIA EPIDEMIÓLOGICA

• “o conjunto de atividades capazes de proporcionar a informação indispensável para conhecer, detectar ou prever qualquer mudança a ocorrer nos fatores condicionadores do processo saúde-doença, recomendar e adotar oportunamente as medidas indicadas levando a prevenção e controle da doença”.

• informação para ação.

Page 83: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Vigilância Epidemiológica

• Aplicabilidade: doenças transmissíveis e não transmissíveis

e também, à outros agravos.

• Funções:coletar as informações necessárias.Processar , analisar e interpretar as

informações obtidas; eFazer recomendações de ações com vistas

ao controle dos agravos.

Page 84: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Vigilância Epidemiológica

Níveis de atuação:• Local• Regional• Nacional• Criação do Sistema Nacional de Vigilância

Epidemiológica- Decreto nº. 78.231 de 12/08/76 regulamentou a lei n. 6.259 de 30/07/75

Page 85: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

As atividades da Vigilância Epidemiológica

I – coletaII – processamentoIII – análise e interpretação de dadosIV – recomendação ou execução de ações

pertinentesV – divulgação de ações relevantesVI – se outras pessoas podem ter sido infectadas

pela mesma fonte de infecção; VII – a quem o caso em questão, pode haver

transmitido a infecção.

Page 86: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Outras observações e dados da Vigilância Epidemiológica

I – associação do “caso” com outros casos patológicos ou concomitantes;

II – condições sócio-econômicas do paciente;III – investigação dos comunicantes;IV – medidas de controle adotadas;V – evolução do quadro clinico;VI – tratamento; eVII – encerramento do caso quando possível.

Page 87: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Instrumentos usados pela Vigilância Epidemiológica

• inquérito epidemiológico• levantamento epidemiológico• investigação epidemiológica

Page 88: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO

• Estudo transversal tipo amostral, • Problemas informações

inadequadas, devido aos seguintes fatores: diagnóstico deficiente, dificuldade de se avaliar coberturas vacinais ou eficácia da vacina

Page 89: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO

• dados existentes nos registros de saúde

• comportamento epidemiológico de doenças na população

• coeficientes e de coberturas vacinais registradas, com vistas à consolidação e análise dos dados existentes

Page 90: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

• É um estudo realizado - doenças transmissíveis a partir de um caso clinicamente declarado.

• Atividade dinâmica da Vigilância Epidemiológica

• é fundamental para o esclarecimento da real ocorrência das doenças transmissíveis

• É utilizada para os casos de óbitos declarados, aparecimento de surtos e de portadores

• finalidade de detectar a fonte da infecção e desencadear as medidas profiláticas adequadas.

Page 91: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Roteiro

a) Roteiro de InvestigaçãoEntrevista• De quem foi contraída a infecção?

(fonte de contágio)• Qual a via de disseminação da

infecção, da fonte ao doente?• Que outras pessoas podem ter sido

infectadas pela mesma fonte de contágio?

• Quais as pessoas a quem o caso pode haver transmitido a doença?

• A quem o caso ainda pode transmitir a doença? Como evitá-lo?

Page 92: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Roteiro

B) Andamento da InvestigaçãoCOLETA DE AMOSTRALABORATORIOBUSCA ATIVA NOVOS CASOSBUSCA DE PISTAS PROCESSAMENTO E ANALISE DE

DADOS

Page 93: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Obtenção das informações

• investigação de casos notificados • relatórios semanais ou mensais

Page 94: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Legislação

Vigilância Epidemiólogica

Page 95: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Decreto nº. 78.231 de 12/08/76 regulamentou a lei n. 6.259 de 30/07/75

• instituído o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica

• coordenação do Ministério da Saúde, observadas as diretrizes gerais do Sistema Nacional de Saúde

• responsabilidade institucional do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios Federais

Page 96: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Decreto nº. 78.231 de 12/08/76 regulamentou a lei n. 6.259 de 30/07/75

As ações de Vigilância Epidemiológica serão de responsabilidade imediata de uma rede especial de serviços de saúde, cujas unidades disporão de meios para:

I – coleta de informações;II – diagnostico das doenças sob regime de notificação

compulsória;III – averiguação da disseminação da doença

notificada e a determinação da população sob risco;IV- proposição e execução das medidas de controle

pertinente; eV – adoção de mecanismo de comunicação e

coordenação do sistema.

Page 97: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Portaria nº. 314.858, de 27/08/76

• especificou as doenças de Notificação Compulsória em todo Território Nacional

• Cólera -Coqueluche• - Dengue - Difteria - Doença

Meningocócica -Febre Amarela• Febre tifóide – Menigite – tétano –

Sarampo - Raiva

Page 98: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Portaria nº. 314.858, de 27/08/76

• Doenças sujeitas ao Regulamento Sanitário Internacional:

• Cólera • Febre amarela• Peste• Varíola

Page 99: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Portaria nº. 314.858, de 27/08/76

• Em áreas especificas

Esquistossomose (Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Pernambuco e Sergipe).

Filariose.Malária.

Page 100: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

• Constituição Federal /1988 – Política Nacional de Saúde - Artigo 198

• “as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

• I – descentralização com direção única em cada esfera de governo;

• II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas sem prejuízo dos serviços assistenciais;

• III – participação da comunidade.”

Page 101: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA - Base Legal no Brasil

• Constituição Federal /1988 – Política Nacional de Saúde - Artigo 200

• artigo 200, item II ao Sistema Único de Saúde compete No :

II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador..”

Page 102: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Sistema Único da Saúde • Lei 8080 de 19 de setembro de 1990 . Art 6° - atuação do Sistema Único da Saúde – SUS:I – a execução de açõesde vigilância sanitária de vigilância epidemiológica “2° - Entende-se por Vigilância Epidemiológica um

conjunto de ações proporcionadoras do conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores individual ou coletivo, com finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle da doença ou agravos.”

Page 103: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Sistema Único da Saúde

• No Capitulo II, Nos Princípios e Diretrizes exatamente no item VII do artigo 7° ficou enfatizada a utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridade, a alocação de recursos e a orientação programática.

Page 104: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Fundação Nacional de Saúde

• Decreto N° 100 de 16 de abril de 1991 publicado no DOU de 17 de abril

• assumindo as atividades do Sistema de Vigilância Epidemiológica anteriormente integrando a extinta Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde.

• Na estrutura básica da Fundação Nacional de Saúde inseriu-se como órgão singular o Centro Nacional de Epidemiologia.

Page 105: TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Muito Obrigada!!!