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    MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I

    GEOMETRIA ANALÍTICA

    Coordenadas de pontos no plano cartesiano.

    •Distâncias entre pontos.

    Sejam e dois pontos no plano cartesiano. A distância

    entre e é dada pela expressão .

    •Equação da circunferência.

    Por definição, um ponto está na circunferência de centro

    e raio se, e somente se, , ou seja, .

    Desenvolvendo essa equação, percebe-se que uma circunferência sempre tem

    uma equação do tipo Isso sugere o seguinte exemplo:

    determine o centro e o raio da circunferência de equação

    .

    •Exemplos: determine a expressão de uma função que representa a parte

    superior da circunferência E para a parte inferior?

    •Retas no plano cartesiano:! retas horizontais (paralelas ao eixo ) possuem equação do tipo

    .

    ! Retas verticais (paralelas do eixo ) possuem equação do tipo.

    ! De modo geral, uma reta não vertical possui equação do tipo . O

    número é o coeficiente angular e o número é o coeficiente linear.

    ! Dados os pontos e , com , a reta que passa por

    e tem equação . Dessa equação observa-se

    que o coeficiente angular é igual a tangente do ângulo que a

    reta faz com o semi-eixo positivo .

    ! Retas paralelas: duas retas de equações e são

    paralelas se elas possuem o mesmo coeficiente angular, ou seja, se .

    ! Retas perpendiculares: demonstrar que duas retas de equações

    e são perpendiculares se .

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    Exemplo: determine a equação da reta que passa pelos pontos

    e . Agora determine a reta que passa pelo ponto e que éperpendicular a essa que você acabou de encontrar.

    Exemplo: determine de modo que a distância entre os pontose seja igual a 5. Interprete geometricamente esse problema.

    TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

    •Num triângulo retângulo como o da figura abaixo, define-se o seno, ocosseno e a tangente do ângulo do seguinte modo:

     

    .

    •Comentar que essa definição depende apenas do ângulo e não do

    triângulo e listar as identidades:

    .

    •Exemplos:

    30o

    45o

    60o

    seno

    cosseno

    tangente 1

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    MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I

    FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

    •O círculo trigonométrico e arcos orientados.

    Num plano cartesiano, considere a circunferência de centro na origem eraio igual a uma unidade de medida. Essa circunferência é chamada de círculo

    trigonométrico. O ponto será a origem dos arcos orientados queserão construídos sobre essa circunferência.

    ! Seja um número real entre 0 e . Imagine um ponto móveldeslocando-se no sentido anti-horário sobre o círculo trigonométrico,

    iniciando seu percurso no ponto , e percorrendo uma distância igual aunidades de comprimento. Ao final desse percurso ele pára num pontodo círculo trigonométrico. A trajetória descrita por é o arco orientado

    de medida . Nesse caso, dizemos o ângulo central , que subtende o

    arco , tem medida radianos.

    ! Relembrar a relação entre graus e radianos: .! O seno, o cosseno e a tangente de :

    Continuando com entre 0 e , sejam e as

    extremidades do arco orientado de medida radianos. Definimos erepresentamos o seno, o cosseno e a tangente de da seguinte maneira:

     , e , se e

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    Desse modo, pontos sobre o círculo trigonométrico podem ser escritos na

    forma .

    Exemplos:

    0

    seno 0 1 0 -1 0

    cosseno 1 0 -1 0 1

    tangente 0 0 0

    •As funções trigonométricas reais:

    Seja um número real qualquer. Existem únicos e tais que

    . Definimos o , e como sendo,

    respectivamente, o seno, o cosseno e a tangente de radianos. No caso da

    tangente, devemos ter , .

    Os gráficos das funções: , e estão

    representados a seguir.

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    Observação: cada uma dessas funções é periódica, de período . Issosignifica que para todo real:

     

    IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS

    •Para todo número real valem as igualdades:

     

    •Cosseno da soma: vamos mostrar que para quaisquer números reais e

    é válida a identidade

    Para isso, considere os pontos e sobre o

    círculo trigonométrico. Observe que o raio faz ângulo com o eixo

    positivo. Agora, faça uma rotação no triângulo de modo que ele fique na

    posição do triângulo (observe as figuras a seguir).

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    Pela definição das funções seno e cosseno, vemos que as coordenadas dospontos e são: e . Uma vez que os

    segmentos e possuem o mesmo comprimento, pela fórmula da

    distância entre dois pontos, vemos que implica:

    Desenvolvendo essa igualdade e simplificando obtemos a identidade desejada.

    •Outras identidades trigonométricas semelhantes:

    ! Arco duplo e arco metade: para todo número real

    ! Lei dos cossenos:em qualquer triângulo como o da

    figura, temos:

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    MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I

    FUNÇÃO EXPONENCIAL: DEFINIÇÃO

    No que segue, apresentamos uma definição formal para a exponenciação , para

    quaisquer real e .

    Se , por definição coloca-se , e assim por diante. Ou

    seja, para todo define-se como o produto de fatores iguais ao

    número . Nesta definição não podemos incorporar o caso , pois para

    calcularmos utilizamos um produto, e para isto é necessário a existência de

    dois ou mais fatores. Entretanto, por analogia aos casos e ,

    parece ser natural definirmos . Entretanto existe uma outra explicação paraessa definição. A potenciação que acabamos de definir possui a seguintepropriedade:

      (*)

    para quaisquer . Assim, para definirmos coerentemente,

    devemos escolher o valor de de modo que a igualdade (*)  também seja

    verdadeira para o caso em que ou sejam iguais a 1. Se este é o nosso

    desejo, em particular, devemos ter: . Logo .

    Desta igualdade, também surge a definição natural de .

    O caso é análogo (ainda estamos supondo ). Para definir esse número éinteressante que ele também obedeça a propriedade (*). Desta propriedade, em

    particular devemos ter: . Esta última igualdade implica que

    . Portanto as igualdade e são definidas de maneira a garantirque a igua ldade (*)  seja verdadei ra para todos os va lores de

    .

    A respeito da potenciação, pode-se também perguntar sobre a definição do númeropara e . Esse número também é definido de modo a

    garantir que a igualdade (*)  seja verdadeira para quaisquer inteiros epositivos ou negativos. Para isto ser verdade, em particular devemos ter

    . Daqui segue que para todo inteiro positivo n.

    Antes de continuar, devemos responder o que acontece nestas definições setentamos colocar . Ora, para inteiro positivo, não existe problema algum

    . Por outro lado, se então não está definido pois deveríamos ter

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      que não existe. Mas ainda, também não está definido pois, por

    exemplo, neste caso existe o seguinte problema: , e a divisão

    por zero não existe.

    Até o momento temos uma definição para para todo expoente inteiro. Agora

    queremos definir para expoentes racionais. Esta definição também será dadade modo a garantir que a igualdade (*) seja verdadeira para todos os expoentes

    e racionais. Vejamos: se então: .

    Portanto é um número positivo que elevado a potência resulta o número

    . Daqui segue que .

    Neste caso, o número , para racional diferente de zero e não-inteiro, está

    definido apenas para . Caso contrário teremos, no conjunto dos números

    reais, impossibilidades como por exemplo: . Por esse motivo, a

    função exponencial está definida apenas para bases .

    Observação: a definição de para irracional é dada por limites: se é

    uma seqüência de números racionais convergindo para , definimos como o

    limite da seqüência .

    Propriedades: para quaisquer números reais e , e todo , temos:

    (1)

    (2) ,

    (3)

    (4)

    FUNÇÃO EXPONENCIAL: GRÁFICOS

    •Se o gráfico da função tem o aspecto da figura abaixo. Nesse

    caso, essa função possui as seguintespropriedades:

    ! a função é crescente.

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    ! .

    !

    •Se o gráfico da função tem o aspecto da figura abaixo. Nesse

    caso, essa função possui as seguintes propriedades:

    ! a função é decrescente.

    ! .

    !

    O NÚMERO DE NAPIER: e

    Dentre as várias bases para a função exponencial, existe uma que é mais adequadapara o cálculo diferencial e integral. Essa base é o número neperiano , que podeser interpretado da seguinte maneira.

    Vamos analisar a inclinação da reta tangente ao gráfico da função exponencial

    ( ) no ponto . As figuras a seguir sugerem que essa inclinação

    varia continuamente com o número e que ela aumenta conforme aumentamos ovalor de . Nessas figuras estão representados os gráficos das funções

    exponenciais de bases , , e além das retas tangentes a

    esses gráficos no ponto e o coeficiente angular de cada uma dessas

    retas.

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    Esse raciocínio sugere que deve existir um valor de tal que o coeficiente angular

    da reta tangente ao gráfico da função exponencial no ponto seja

    exatamente igual a 1. Esse número realmente existe: ele é o número de Napier,representado pela letra . Pode-se mostrar que esse número é irracional e vale

    aproximadamente .

    Na figura abaixo temos o gráfico da função exponencial de base além de sua reta

    tangente no ponto .

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    FUNÇÃO LOGARÍTIMICA

    Seja e . Uma vez que a função exponencial é crescente ou

    decrescente vemos que para qualquer número existe um, e somente um,

    número real tal que . Tal número é o logaritmo de na base . Ele é

    representado por . Isso define a função logarítmica de base :

    Como vimos, tal função é caracterizada pela equivalência:

      .

    Propriedades operacionais do logaritmo:

    (1)

    (2)

    (3)

    (4)

    (5) .

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    O LOGARITMO NATURAL OU NEPERIANO

    Dentre todas as funções logarítmicas, a de base (o número de Napier) é amais importante para o cálculo diferencial e integral. Nesse caso, essa função

    logarítmica é chamada de “o logaritmo natural” e é denotada por .

    Uma vez que a função é a inversa da função , vemos que os

    gráficos dessas duas funções são simétricos em relação a reta . No planocartesiano da figura a seguir, estão representados os gráficos dessas duas funções,além da reta .

    Exemplo: Um objeto à 80o C foi colocado em um ambiente cuja temperatura émantida constante em 24o C. Sabe-se que, ao passar do tempo, a temperatura doobjeto decresce e tende a temperatura do meio ambiente. Além disso, sabe-se quea temperatura do objeto no instante de tempo é dada pela expressão

    , sendo e constantes que dependem do meio e do objeto.

    Entretanto, passados 30 minutos, verificou-se que a temperatura do objeto é de50o C. Determine em que instante a temperatura do objeto será igual a 30o C.

    Observação: chamar a atenção dos alunos para o fato da primeira lista deexercícios conter algumas aplicações importantes de exponencial e logaritmo, taiscomo: desintegração radioativa e lei de resfriamento de Newton.

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    MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I

    MOTIVAÇÃO PARA A DEFINIÇÃO DE LIMITES

    Para motivar a idéia de limites de funções, vamos definir o conceito de reta tangente ao

    gráfico de uma função no ponto .

    Então seja um ponto sobre o gráfico da função . Agora considere

    um outro ponto sobre o gráfico dessa função. A reta que passa pelos

    pontos e é chamada de reta secante ao gráfico de (veja ilustração na figuraabaixo).

    Observe que, intuitivamente , quando mantemos o ponto fixo e aproximamos de

    , parece que a reta secante tende a uma certa posição, que é a da reta tangente

    ao gráfico de no ponto . Desse modo, ao fazermos tender ao número vemos

    que o coeficiente angular da reta secante tende ao coeficiente

    angular da reta tangente ao gráfico de no ponto . Assim, se existir o limite da

    expressão quando tende ao número , representamos esse limite

    por e dizemos que a reta tangente ao gráfico de no ponto é aquela que

    passa por e tem coeficiente angular . Portanto essa reta tem equação

    .

    Dessa motivação vem a necessidade de entender o significado da expressão: “o limite de uma função quando tende a um número previamente fixado”.

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    LIMITES DE FUNÇÕES: DEFINIÇÃO EINTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA

    • Definição de limite: dizemos que uma função tem limite quando

    tende a um número se, dado existir tal que para

    todo tal que . Se esse é o caso escrevemos .

    • Definir limites laterais: a direita e a esquerda .

    • Exploração do conceito de limite através de gráficos. Exemplo: em cada um dos

    gráficos abaixo identificar, caso estejam definidos, , ,

    e .

     

    Aproveitar os exemplos acima para interpretar geometricamente o conceito defunção contínua. A definição formal desse conceito será apresentada na próximaaula.

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    PROPRIEDADES DOS LIMITES

    (1)Se existe o estão o valor desse limite é único.

    (2)Para quaisquer números e , .

    (3)Para qualquer número , .

    (4)Para as propriedades de (a) a (h) abaixo, suponhamos que existam e

    .

    a) . b)

    c) . d)

    e) . f) , f > 0 e  p real.

    g) h)

    • Conseqüência da propriedade (h): se é uma função limitada, isto é,

    para alguma constante e todo de seu domínio e se , então

    .

    • Exemplos. Caso exista, calcule cada um dos seguintes limites:

    a) . b) .

    c) . d) .

    e) e) .

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    MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I

    LIMITES NO INFINITO:

    assíntotas horizontais

    • Dizemos que uma função tem limite quando tende a mais infinito se

    dado existir tal que para todo . Se esse é o

    caso escrevemos .

    • Analogamente dizemos que uma função tem limite quando tende a

    menos infinito se dado existir tal que para todo

    . Se esse é o caso escrevemos .

    Obs: em qualquer um dos casos acima, diz-se que a reta é uma assíntota

    horizontal ao gráfico de .

    Exemplos: (a) . (b) .

    (c) . (d) .

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    LIMITES INFINITOS:assíntotas verticais

    • Dizemos que uma função tem limite infinito quando tende a um

    número se para qualquer existir tal que para todo

    com . Se esse é o caso escrevemos .

    • Analogamente dizemos que uma função tem limite menos infinito quando

    tende a um número se para qualquer existir tal que

    para todo com . Se esse é o caso escrevemos .

    Obs: em qualquer um dos dois casos acima, diz-se que a reta é uma assíntota

    vertical ao gráfico de .

    • Observar que podemos definir limites laterais infinitos. Exemplos:

    e

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    CONTINUIDADE

    • Dizemos que uma função é contínua no ponto se:

    (1) estiver definida em , ou seja, existe ;

    (2) existir ;

    (3) .

    • Também dizemos que uma função é contínua em um intervalo aberto se ela forcontínua em todos os pontos desse intervalo. Comentar como isso deve serinterpretado no caso de intervalos fechados .

     • Apresentar gráficos de funções contínuas e descontínuas para enriquecer o

    entendimento desse conceito.

    Exemplo 1: verifique se a função definida a seguir é contínua em .

    Exemplo 2: determine constantes e para que a função definida a seguir seja

    contínua em .

    Propriedades das funções contínuas

    (1) Suponhamos que as funções e são contínuas em um intervalo . Então cada

    uma das funções listadas no quadro a seguir também é contínua em .

    a) isto é, 

     b) , isto é, 

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    c) , isto é,  d) , isto é, 

    e) , isto é, 

    f)  , isto é, 

    ,

    e  real.

    (2) Cada uma das funções listadas a seguir é contínua em todos os pontos do seudomínio: as funções polinomiais, as funções racionais, o seno, o cosseno, aexponencial e o logaritmo.

    TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO

    Teorema: Seja uma função contínua no intervalo fechado . Se é

    um número entre e então existe entre e tal que .

    Observação: esse teorema implica o seguinte fato: se é uma função contínua

    em um intervalo , e se e possuem sinais diferentes, então existe

    entre e tal que .

    Exemplo: aplicar o resultado da observação anterior para obter uma aproximação, com

    três casas decimais, para uma raiz da equação .

    Observação: o próximo tópico poderá ser tratado nas aulas sobre máximos e mínimos eproblemas de otimização (aulas teóricas 12 e 13).

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    MÁXIMOS E MÍNIMOS ABSOLUTOS

    • O máximo absoluto de uma função em um intervalo é o maior valor possível

    de quando variamos em . Analogamente, o mínimo absoluto de umafunção em um intervalo é o menor valor de quando variamos em

    .

    Teorema: Toda função contínua em um intervalo fechado possui máximo e mínimoabsolutos.