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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONCEITOS DE
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
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Introdução
M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
Profissional
da saúde
Assistência
curativa
Prevenção
da doença
Promoção
da saúde
Educação
em saúde
Souza & Jacobina, 2009
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Evolução
M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
Brasil Final do século XIX e inicio do século XX: Mudanças nas
estruturas sociais, econômicas e políticas;
Abolição da escravatura;
A saída do povo do campo para cidades carentes de infraestrutura;
O desenvolvimento do comércio e da indústria;
A chegada dos imigrantes europeus.
Crescimento urbano desordenado Surtos epidêmicos e condições
sanitárias ameaçadoras.
Higienismo
Souza & Jacobina, 2009
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M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
Necessidade de soluções rápidas para as doenças;
Políticas de saúde Investigações que revelaram a influência de vetores
na transmissão de doenças, reforçando a Teoria Microbiana das Doenças.
Em 1870, houve a descoberta de patógenos como agentes causadores de
enfermidades. Ao se atribuir à doença a um agente específico, bastava eliminar
o causador e promover a saúde.
Souza & Jacobina, 2009
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M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
O Higienismo (que predominou até o início do século XX) educação
controladora, que explicava o surgimento das doenças de forma bastante
simplista Consideravam o povo incapaz de maiores entendimentos.
Poucas atividades educativas, com instruções a serem seguidas e sem a
oportunidade da participação popular;
Utilizavam impressos sobre etiologia e prevenção
População analfabeta.
Souza & Jacobina, 2009
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M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
Os informativos não foram suficiente para promover mudanças.
As atividades educativas eram impositivas e a discordância era punida
severamente;
Seu objetivo era fazer com que as pessoas aceitassem as intervenções do
Estado e se sujeitassem às leis da Higiene.
Revolta da Vacina, caracterizada pela vacinação obrigatória e, se
necessário, à força.
Souza & Jacobina, 2009
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M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
Oswaldo Cruz Serviços federais de saúde entre 1903 e 1909.
A polícia sanitária dedicava-se ao confinamento de enfermos em
desinfetórios e à vacinação compulsória da população, relegando a educação a
um segundo plano.
Souza & Jacobina, 2009
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M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
Em 1926, o médico Carlos Sá sugeriu um verso que deveria ser recitado
diariamente por todas as crianças:
ʺ Hoje escovei os dentesHoje tomei banho
Hoje fui à latrina e depois lavei as mãos com sabão
Hontem me deitei cedo e dormi com janelas abertas
De hontem e para hoje já bebi mais de 4 copos d'água
Hontem comi ervas ou frutas, e bebi leiteHontem mastiguei devagar tudo quanto comi
Hontem e hoje andei sempre limpo
Hontem e hoje não tive medo
Hontem e hoje não mentiʺ
Refere-se à higiene individual, alimentar e mental.
A higiene individual e coletiva não era apenas uma necessidade rotineira,
mas um imperativo de ordem social. Souza & Jacobina, 2009
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Doenças e mortalidade infantil classe trabalhadora pela falta de
cuidados pessoais ou devido à ignorância desta população.
Educar a população estratégia adotada pelo governo, para mostrar que
eles eram os únicos responsáveis pelas doenças que sofriam.
Souza & Jacobina, 2009
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No período de 1916 a 1942, a Fundação americana Rockfeller, visando ocontrole das doenças tropicais com métodos de baixo custo, atuou em alguns dos
principais estados brasileiros.
População Benefícios das ações de saúde e a necessidade de observar
as regras de higiene.
Propaganda e a educação higiênica como ação profilática.
Educação Sanitária
Souza & Jacobina, 2009
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M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
Em 1942 criou-se o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP).
Educação sanitária como atividade básica de seus planos de trabalho;
Diversos profissionais, técnicos e auxiliares de saúde tinham a
responsabilidade das tarefas educativas, junto a grupos de gestantes,
mães, adolescentes e à comunidade em geral.
Preparação de professoras da rede pública de ensino como agentes
educacionais de saúde.
Souza & Jacobina, 2009
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Com a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1945, surgiram
novas discussões sobre o processo saúde-doença, destacou-se o conceito de
saúde:
“Saúde é o estado de completo bem-
estar físico, mental e social e não mera
ausência de moléstia ou enfermidade"
WHO, 1948
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M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
Após 1967 surge o termo ʺEducação em Saúdeʺ.
Equipes de saúde constituído por diversos profissionais de saúde, não
somente educadores.
Desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade dos indivíduos no
cuidado com a saúde sem imposição compreensão da situação de
saúde.
Práticas educativas emancipatórias entender o processo saúde-
doença-cuidado e capacitar os indivíduos a decidirem quais as estratégias
mais apropriadas para promover, manter e recuperar sua saúde.Souza & Jacobina, 2009
Educação em Saúde
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“A Educação em Saúde se constitui
como um conjunto de práticas pedagógicas e
sociais, de conteúdo técnico, político e científico,
que no âmbito das práticas de atenção à saúde
deve ser vivenciada e compartilhada pelos
trabalhadores da área, pelos setores organizados
da população e consumidores de bens e serviços
de saúde” e de saneamento ambiental;
Conceitos de Educação em Saúde
M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa Ministério da Saúde, 1993
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Conceitos de Educação em Saúde
M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
A Educação em Saúde é uma
prática social, cujo processo contribui para a
formação da consciência crítica das pessoas
a respeito de seus problemas de saúde, a
partir da sua realidade, e estimula a busca
de soluções e organização para a ação
individual e coletiva;
Ministério da Saúde, 1993
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Participação é tomar parte de; assumir
o que é seu de direito; é ser sujeito e ator;
é assumir o controle social. Segundo João
Bosco Pinto, “A participação real é a que
se identifica com as reivindicações da
população para assumir parte das decisões
sociais”.
Ministério da Saúde, 1993
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M.a Larissa Beatrice Granciêro Barbosa
A finalidade da ação de Educação em Saúde é a transformação. Esta
ação, como área do conhecimento, contribui de forma decisiva para a
consolidação dos princípios e diretrizes do SUS: universalidade, integralidade,
equidade, descentralização, participação e controle social. A sua clientela compõe-
se de profissionais de saúde, grupos sociais e população em geral, respeitando as
suas formas de organização.
Ministério da Saúde, 1993
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Mobilização social “A mobilização ocorre quando um grupo de
pessoas, uma comunidade, uma sociedade decide e age com objetivo comum,
buscando, cotidianamente, os resultados desejados por todos. Por isso se diz que
Mobilização Social: é convocar vontades para atuar na busca de um propósito
comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhado (José
Bernardo Toro, 1996)”.
Ministério da Saúde, 1993
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Promoção da Saúde é um paradigma que ganhou visibilidade com a
Carta de Ottawa (1986), ao definir que a melhoria da qualidade de vida é
“resultante de um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos, culturais,
ambientais, comportamentais e, também, biológicos.”
Ministério da Saúde, 1993
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Descrevem-se a seguir, de forma sucinta, as estratégias de promoção à
saúde, segundo a Carta de Ottawa.
1) Implementação de políticas públicas saudáveis: a promoção à saúde inclui, além
dos cuidados de saúde, outros determinantes como: renda, proteção ambiental,
trabalho, agricultura. A saúde deve estar na agenda de prioridades dos políticos e
dirigentes em todos os níveis e setores, que devem tomar consciência de suas
decisões e responsabilidades.
Heidmann et al, 2006
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2) Criação de ambientes favoráveis à saúde: propõe a proteção do meio ambiente e
a conservação dos recursos naturais como parte da estratégia de promoção à saúde.
3) Reorientação dos serviços de saúde: recomenda que a reorientação dos serviços
de saúde deva voltar-se na direção de um enfoque na saúde e não na doença, que
apontem para a integralidade das ações de saúde.
Heidmann et al, 2006
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4) Reforçando a ação comunitária: implementação de ações e recursos existentes
na comunidade e que possam intensificar a autoajuda e o apoio social necessários
ao desenvolvimento da participação popular nos assuntos de saúde.
5) Desenvolvimento de habilidades pessoais: capacitar as pessoas para
"aprenderem através da vida" e se "prepararem para todos os estágios" é uma das
estratégias prioritárias da nova promoção à saúde.
Heidmann et al, 2006
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Educação não transforma o mundo. Educação muda as
pessoas. Pessoas transformam o mundo.
Paulo Freire