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Recortes nº 81 Índice – 24 de abril de 2012 Investimentos tornaram Porto de Setúbal competitivo a nível ibérico Porto de Setúbal ligado a Madrid Vendas da Portucel penalizadas com quebra no preço da pasta Kia aposta no Porto de Setúbal Problema dos transportes não se resolve com as cargas de trânsito em Sines APSS, SA Praça da República 2904-508 Setúbal Portugal Nº Reg. Comercial e NPC: 502256869 Tel.: +351 265 542000 Fax: +351 265 230992 Sítio Internet: www.portodesetubal.pt Email: [email protected]

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• Investimentos tornaram Porto de Setúbal competitivo a nível ibérico• Porto de Setúbal ligado a Madrid• Vendas da Portucel penalizadas com quebra no preço da pasta• Kia aposta no Porto de Setúbal• Problema dos transportes não se resolve com as cargas de trânsito em Sines

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Recortes nº 81

Índice – 24 de abril de 2012

Investimentos tornaram Porto de Setúbal competitivo a nível ibérico Porto de Setúbal ligado a Madrid Vendas da Portucel penalizadas com quebra no preço da pasta Kia aposta no Porto de Setúbal Problema dos transportes não se resolve com as cargas de trânsito em

Sines

APSS, SAPraça da República2904-508 Setúbal PortugalNº Reg. Comercial e NPC: 502256869

Tel.: +351 265 542000Fax: +351 265 230992Sítio Internet: www.portodesetubal.ptEmail: [email protected]

Page 2: Recortes Nº 81 de 2012

Vida Económica (Portos) – 13 de abril de 2012, Pág. VII

Page 3: Recortes Nº 81 de 2012

País Económico – Abril de 2012, Pág. 5

Page 4: Recortes Nº 81 de 2012

Diário Económico – 24 de abril de 2012, Pág. 44

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Lusomotores – 17 de abril de 2012

Kia aposta no Porto de Setúbal

Os veículos automóveis da Kia Portugal passaram a chegar ao mercado nacional, desde o passado dia 10 de Abril, a partir do Terminal Multiusos da Zona 1 do Porto de Setúbal

Kia no porto de SetúbalAvançando para uma realidade que os próprios responsáveis da marca em Portugal apontam como "uma importante aposta" da Kia enquanto marca em crescimento no mercado automóvel em Portugal, esta marca coreana passou a utilizar o Terminal Multiusos da Zona 1 do Porto de Setúbal como porta de entrada para todos os veículos Kia que serão comercializados no mercado nacional. Esta nova realidade arrancou no passado dia 10 do corrente mês de Abril, data em que chegou a Setúbal o primeiro lote de 295 veículos ao porto sadino, numa acção, através da qual, meio milhão de euros que anteriormente eram gastos fora do país ficam agora em Portugal, isto porque todas as operações logísticas da marca para o mercado português ficam agora inteiramente em entidades de capitais portugueses a operarem em Portugal e para Portugal.

O dia 10 de Abril de 2012 ficará assim na história da Kia Portugal como o dia em que os veículos automóveis da Kia passaram a entrar directamente no mercado nacional a partir do Porto de Setúbal. Com efeito, foram descarregadas na passada terça-feira no Terminal Ro-Ro do Porto de Setúbal 295 veículos Kia, no que constituiu o arranque dos desembarques de viaturas da Kia em Portugal exclusivamente pelo Porto de Setúbal. Kia no porto de SetúbalAs viaturas chegaram ao porto no navio “Morning Chorus”, do armador OW SHIPPING CO PTE LTD, agenciado pela Barwil Knudsen - Agentes de Navegação, Lda. e a descarga foi efectuada pela Setefrete – Sociedade de Tráfego e Cargas, SA.

Esta primeira operação foi assinalada com a presença de representantes das várias entidades intervenientes, directa e indirectamente, em todo o processo logístico, como a APSS, a Barwil Knudsen, a Setefrete e a RIA Ibérica, mas também outras entidades setubalenses, nomeadamente o Vitória Futebol Clube, força viva da cidade e do distrito de Setúbal que é patrocinado pela Kia Portugal. Todas estas entidades aceitaram assim de bom grado o convite endereçado pela Kia Portugal, que integra o Grupo Bergé Automoción, o maior distribuidor ibérico de viaturas automóveis. Para o Porto de Setúbal, este tipo de operações contribui para o posicionar como o maior porto português de veículos, com potencial para ser um futuro hub Ro-Ro da Península Ibérica e da Europa, com ligação ao Mediterrâneo, África, Américas e Ásia.

Satisfação global assumidapor todos os intervenientes

Kia no porto de SetúbalNa recepção ao primeiro lote de veículo de automóveis Kia chegados a Portugal, todos os representantes das entidades que acompanharam este primeiro passo da nova realidade logística da Kia foram unânimes em afirmar o agrado sentido por esta realidade. Isso mesmo foi frisado por Ricardo Roque, da Administração do Porto de Setúbal, que destacou a importância que deve ser atribuída a este momento, “um marco histórico” que, disse, “vem complementar o movimento intercontinental que já existia no Porto de Setúbal”. “

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Anteriormente foi já possível estabelecer uma linha que liga Setúbal à China, através da distribuição de carros da fábrica Autoeuropa, da Volkswagen, e faltava este complemento que era a vinda de carros da Ásia através desta porta giratória que é o Porto de Setúbal. Estamos perante um porto que se tem destacado na movimentação Ro-Ro (roll on – roll off) para veículos, mas principalmente como uma placa giratória europeia e agora também intercontinental, ligando-se à Ásia que é um mercado muito importante, quer como destino, quer como origem”, disse.

Por seu turno, Porfírio Gomes, em representação da Tersado, empresa que detém a concessão do Terminal Multiusos na Zona 1 do Porto de Setúbal, o qual ultrapassou em 2011 as 1,7 milhões de toneladas, colocando o seu desempenho, em 2011, como o segundo melhor de sempre no volume total de carga que ali esteve em trânsito, começou por lembrar que apesar dos bons resultados no ano passado, Kia no porto de Setúbal“se olharmos à realidade por segmentos, houve alguns segmentos que viram subir a sua importância, mas outros houve que caíram, e o caso do automóvel, desde 2008, é um segmento que tem estado a diminuir”.

“Com a nova solução logística da Kia abre-se uma nova porta que pode ainda não ser muito grande mas que existe. Aliás, já antes tinha sido aberta uma linha, com a ida de automóveis da Autoeuropa para a China, e que passou desde essa altura pelos retornos, que permitiram a entrada também por aqui de alguns veículos Mitsubishi. Agora, com a chegada dos automóveis Kia, é possível criar outra massa crítica que permitirá que o navio possa começar a fazer o transporte de mais automóveis, nomeadamente da Kia porque tem capacidade de crescimento, mas também de outras marcas que possam ser conquistadas pelo armador”, frisou.

Em termos de quantidades de veículos transaccionados no Porto de Setúbal, e ainda de acordo com Porfírio Gomes, “Setúbal já chegou a ‘fazer’, por ano, quase 300 mil automóveis”. Kia no porto de Setúbal“Este ano, no conjunto de todas as marcas que passam por Setúbal, nomeadamente a Autoeuropa, se chegarmos aos 200 mil veículos, certamente que ficaremos muito felizes”, concluiu.

Quem acompanhou igualmente este primeiro dia da “nova” Kia também em Setúbal foi Fernando Oliveira, presidente da Direcção do Vitória Futebol de Clube, cuja equipa de futebol profissional a disputar actualmente o campeonato da Liga Zon/Sagres é patrocinada pela Kia Portugal. Instado a comentar esta realidade, Fernando Oliveira disse ter sido “com muito orgulho” que assistiu a este novo passo, e deixou a sua justificação para tal agrado: “Olhamos para esta situação com muito orgulho já que sentimos que existe uma enorme empatia entre a Kia e o Vitória de Setúbal, tudo temos feito para que a Kia se possa implantar cada vez mais no nosso distrito, o seu administrador tem estado muito atento à realidade do fenómeno desportivo e empresarial em redor do Vitória de Setúbal, e estamos muito lisonjeados por termos sido convidados para aqui estarmos presentes pelo que, naturalmente, queremos desejar para a Kia as maiores felicidades”.

Meio milhão de eurosficam em Portugal

Kia no porto de SetúbalDo lado do Grupo Bergé e da Kia Portugal, a satisfação por esta nova realidade começou por ser expressa por Nuno Sainz, CEO do Grupo Bergé Automoción, para quem “esta aposta do Grupo em Portugal no desenvolvimento de mais este negócio, vem permitir uma poupança de tempos e custos logísticos, de que sairão beneficiados também os nossos concessionários e

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os clientes finais , pois passarão a poder receber os respectivos automóveis mais cedo, mas vem também, permitir uma maior autonomia ao negócio automóvel da Kia em Portugal, sendo este um primeiro passo para que o negócio automóvel em Portugal possa ser completamente independente do que é feito em Espanha”. “Passaremos a ter em Portugal uma logística própria, uma movimentação de acordo com as necessidades do mercado, e isso irá permitir um desenvolvimento maior e mais uniforme e sempre de acordo com aquilo que o mercado exigir, esperando que o mercado possa crescer e se vejam maiores e melhores resultados”, acrescentou Nuno Sainz.

Igualmente satisfeito por esta nova realidade afirmou-se João Seabra, o Director Geral da Kia em Portugal, para quem a marca é, a partir de agora, “uma nova Kia”. “Parece que foi dado aqui um pequeno passo, mas eu entendo-o como um grande passo na história da Kia em Portugal. Vamos ter, a partir de agora, a nossa logística baseada em Portugal, acreditamos que a Kia vai crescer, e pretendemos também ajudar Portugal a ultrapassar esta fase mais difícil, havendo da nossa parte a vontade de desenvolver todo o negócio possível em Portugal, com toda a logística da Kia a ser feita a partir de Setúbal. Em termos financeiros – finalizou –, esta é uma operação que pode representar, anualmente, meio milhão de euros, uma quantia que até agora, na sua maior parte, ficava fora do país, e que passa agora a ser investido em Portugal passando a ser usado por empresas portuguesas, o que nos deixa particularmente satisfeitos já que estamos também desta forma a contribuir para o desenvolvimento do país”.

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Transportes & Negócios – 20 de abril de 2012

Problema dos transportes não se resolve com as cargas de trânsito em Sines Na sua primeira entrevista depois de eleito para o terceiro – e último – mandato como presidente da APAT, António Dias falou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS da Associação, dos transitários e das apostas nacionais nas exportações e na transformação de Portugal na porta de entrada atlântica da Europa. Pragmático, António Dias garante ter percebido os sinais dados pelas últimas eleições (as mais concorridas dos últimos 18 anos). Assume que o número de transitários portugueses irá diminuir, mas acredita que continuará a haver espaço para operadores nacionais… cada vez mais virados para o exterior. A aposta nas exportações (e o normal fluxo de importações) serão o melhor garante da actividade transitária, sustenta o presidente da APAT. Que diz que já perdemos o “comboio” para nos tornarmos a porta atlântica da Europa, desacredita das potencialidades (para Portugal) do alargamento do canal do Panamá, e desvaloriza o impacte das cargas de trânsito na economia nacional. Uma utopia, remata. T&N – A APAT sai mais forte destas eleições?António Dias – Acho que sim. Foi muito importante ter aparecido outra lista. Porque obrigou as pessoas a reagir, a terem ideias. Agora, nós temos muitas vezes ideias, o que não temos é sustentação económico-financeira para as concretizar. A Associação tem limitações nessa área. Não somos uma associação rica. Temos de ser pragmáticos e ir ao encontro daquilo que é possível. T&N – Os associados perceberam isso?António Dias – Acho que sim. No fundo deram-nos um voto de confiança pelo trabalho que já vinha sendo realizado. Mas também nos avisaram para que havia associados descontentes. E isso é importante para tentarmos fazer mais e melhor, em prol da Associação e dos associados. T&N – Este será o seu último mandato, já o anunciou. A mexida nos estatutos é para tornar a Associação mais ágil?

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António Dias – É para a tornar mais ágil e mais adaptada aos tempos que correm. E apostamos na limitação a três do número de mandatos consecutivos do presidente da Direcção. Porque nove anos é tempo suficiente para fazer algo pela Associação e pelos associados. Não faz sentido eternizar as pessoas. É preciso dar lugar a outros, com outras ideias, para que as ponham em prática… desde que se lhes entregue a Associação em condições de poderem dar continuidade ao trabalho. T&N – No último Congresso, anunciou que o processo de revisão do Estatuto da actividade transitária estava em curso, e apontou este ano para o concluir. Entretanto já se passaram alguns meses…António Dias – Sim. Está aberto o período de discussão interna. Vamos iniciar as reuniões com os associados para discutir propostas de revisão do Estatuto. E mantemos o objectivo de terminar o processo ainda este ano.Depois teremos de apresentar a proposta à tutela. Mas neste momento não temos propriamente uma tutela, porque o IMTT está em fase terminal e o IMT ainda não existe. T&N – Esse vazio de tutela afecta-vos no dia-a-dia?António Dias – Sim, esse é um problema que existe. Enquanto não houver alterações, é ao IMTT que apresentamos os nossos problemas. Aliás, temos uma excelente relação com o dr. Carlos Correia, que ainda é o presidente, mas que já não pode, não deve e não quer tomar decisões de fundo. Para nós é muito importante que isso se clarifique rapidamente. T&N – Disse que Portugal tem transitários a mais. Estes tempos de crise não seriam uma boa altura para reformular esse quadro?António Dias – Sim. Mas o número de transitários está a diminuir por efeitos de dificuldades várias e insolvências, que não é o que desejamos. Só no ano passado desapareceram umas 24 empresas (embora de pequenos volumes, sem grande expressão no mercado). E é verdade que apareceram outras, mas muitas não chegaram sequer a iniciar a actividade, ou fecharam logo de seguida. T&N – E não haverá espaço para fusões e aquisições, para parcerias?António Dias – As pessoas deveriam estar mais abertas a discutir essas possibilidades. Mas isso só se pode aplicar a empresas saudáveis (é mais difícil encontrar parceiros para empresas em dificuldades). E quem está saudável nunca quer ceder uma parte a terceiros, ainda que seja numa troca de participações. Creio que a tendência será para a redução do número de associados. Não sei quantificar, mas há-de haver, com certeza, uma diminuição. Porque não há trabalho para todos. 

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T&N – E ainda há espaço para haver transitários portugueses?António Dias – Julgo que há espaço para entidades nacionais. Claro que as multinacionais estarão, à partida, mais preparadas para enfrentar estas dificuldades. No entanto há excelentes empresas só com capital português, e que conseguem viver de maneira muito salutar e racional. Mas acho que o nosso futuro passa por encontrar parceiros, por juntar interesses comuns. Não será fácil. Porque somos muito individualistas. E porque muitos de nós estamos muito envolvidos no dia-a-dia da empresa, e não temos tempo nem para fazer reflexão estratégica nem para buscar essas soluções.Mas estou certo que cada vez mais teremos de encontrar soluções fora daqui, cada vez mais teremos de apostar na internacionalização das nossas empresas. T&N – Os desígnios nacionais de aumentar as exportações e de transformar Portugal numa porta de entrada/saída de mercadorias para a Europa são um bom “comboio” para os transitários apanharem e desenvolverem a actividade?António Dias – Acho que é um “comboio” que já perdemos há muito tempo. Pelo menos o “comboio” da entrada e saída para a Europa. Não acredito muito nele. Temos é de nos especializar naquilo que é o nosso métier, nas importações e exportações nacionais. Porque as cargas em trânsito… De facto, temos um bom exemplo em Sines, por força da acção da MSC. Mas isso não representa a operação normal em Portugal. O normal da operação assenta na carga produzida em Portugal e daqui exportada, e na carga importada para o País. Portugal não é um país com uma vocação de trânsito. T&N – …António Dias – Eu não tenho nada contra Sines. E também se faz alguma coisa de trânsito em Lisboa e mesmo em Leixões. Mas não podemos comparar-nos, por exemplo a Roterdão, Algeciras ou Tanger Med, mais recentemente. Portugal fez tardiamente a aposta em Sines (porque os outros já estavam mais adiantados). E se é verdade que nunca é tarde, acho que isso não vai resolver nenhum problema em Portugal. É uma utopia pensar que o problema português dos transportes se resolve com umas cargas em trânsito, via Sines… T&N – Então, não o fascina a ideia das potencialidades do alargamento do Canal do Panamá…António Dias – Sou muito pragmático. É evidente que temos de ter uma visão para o futuro. Mas isso ainda é futurologia, embora as obras já estejam em execução.Mas não me fascina. E não vejo que venhamos a usufruir de grandes volumes de carga a entrar – neste caso por Sines – para a Europa só porque estamos aqui mais próximos, entre aspas, da pseudo-entrada europeia.

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Estamos tão próximos como estão os outros países. Sendo que nós, só para chegarmos a Barcelona, temos de fazer 1 200 quilómetros. E isso representa um sobrecusto.Mas dir-me-ão: e então Algeciras? É evidente que Algeciras está tão longe do Centro da Europa como está Sines. Mas Algeciras foi uma aposta da Maersk.Se dermos condições para os grandes operadores virem para cá, óptimo. Mas eu pergunto: que mais-valia trazem as cargas em trânsito para Portugal? Ok, a nível mundial Sines começa a ser um porto conhecido, porque opera navios de grande tonelagem e com grande capacidade, mas em termos de mais-valias para o tecido empresarial em Portugal… acho que é uma utopia! 20/04/2012

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