características do texto poético

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Português, 7º/ 8ºAno

No texto poético há um “eu” que fala das suas emoções, do que sente em relação ao que o rodeia.

É um texto onde há subjetividade e que, normalmente, aparece escrito em verso.

Rima - é a correspondência de sons, entre palavras de dois ou mais versos.

Consoante ou perfeita – quando, a partir da

vogal da última sílaba tónica de cada verso, se verifica a correspondência de todos os sons, vogais e consoantes.

Toante ou imperfeita – quando apenas existe correspondência de vogais.

De acordo com a posição na estrofe, a rima pode apresentar-se:

Emparelhada – quando os versos que rimam se encontram juntos (A,A);

Cruzada – quando os versos que rimam são separados por um único verso (A,B,A,B);

Interpolada – quando os versos que rimam se encontram separados por dois ou mais versos (A,B,C,A);

Solta ou branca – quando não existe rima entre os versos;

Interna – quando a palavra final de um verso rima com outra no meio do verso seguinte.

Aguda: Quando a rima acontece entre palavras agudas. Ex.: Valor/Amor; és/viés Grave: Quando a rima acontece entre palavras graves. Ex.: Santa/planta, mala/sala, toque/choque.

Esdrúxula: Quando a rima acontece entre palavras esdrúxulas. Ex.: Mágico/Trágico, Fábula/Rábula

De acordo com a tonalidade, a rima pode apresentar-se:

De acordo com o valor, a rima pode apresentar-se:

Rica – quando a rima acontece entre palavras de diferentes classes gramaticais.

Ex.: cantando/bando; mar/navegar

Pobre – quando acontece entre palavras da mesma classe gramatical. Ex.: Falar/amar; calor/sabor; bonito/bendito

Metro – é a medida do verso.

Escansão – A medição dos versos através da contagem de sílabas métricas.

As sílabas métricas podem não corresponder às sílabas gramaticais, pois contam-se até à sílaba tónica da última palavra de cada verso.

Há elisão, ou seja, só se conta como uma sílaba métrica, sempre que duas ou três vogais puderem ser pronunciadas numa só emissão de som. Ex.: Ela ouviu... = e/la / ou/viu > e/lou/viu).

Exemplificando:

O/ po/e/ta/ é/ um/ fin/gi/dor - 9 sílabas gramaticais

Fin/ge/ tão/ com/ple/ta/men/te – 8 sílabas gramaticais

Que/ che/ga/ a/ fin/gir/ que/ é/ dor – 9 sílabas gramaticais

A/ dor/ que/ de/ve/ras/ sen/te. – 8 sílabas gramaticais

O/ po/e/ta é/ um/ fin/gi/do/r - 8 sílabas métricas

Fin/ge/ tão/ com/ple/ta/men/te – 7 sílabas métricas

Que/ che/ga a/ fin/gir/ que é/ do/r - 7 sílabas métricas

A/ dor/ que/ de/ve/ras/ sen/te. - 7 sílabas métricas

Classificação dos versos quanto ao número de sílabas métricas:

Monossílabo : 1 sílaba Dissílabo : 2 sílabas Trissílabo : 3 sílabas Tetrassílabo: 4 sílabas Pentassílabo ou Redondilha Menor: 5 sílabas Hexassílabo ou Heroico Quebrado: 6 sílabas Heptassílabo ou Redondilha Maior: 7 sílabas Octossílabo: 8 sílabas Eneassílabo: 9 sílabas Decassílabo: 10 sílabas Hendecassílabo: 11 sílabas Dodecassílabo ou alexandrino: 12 sílabas

URGENTEMENTE

É urgente o Amor, É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras ódio, solidão e crueldade, alguns lamentos, muitas espadas.

É urgente inventar alegria, multiplicar os beijos, as searas, é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros, e a luz impura até doer. É urgente o amor, É urgente permanecer.

"

Poema composto por

versos14

distribuídos por

1 dístico

e

3 quadras

Presença de rima Interpolada( 2ª/3ª/4ª estrofe)

e Versos soltos

As palavras São como um cristal,as palavras.Algumas, um punhal,um incêndio.Outras,orvalho apenas.Secretas vêm, cheias de memória.Inseguras navegam:barcos ou beijos,as águas estremecem.Desamparadas, inocentes,leves.Tecidas são de luze são a noite.E mesmo pálidasverdes paraísos lembram ainda.Quem as escuta? Quemas recolhe, assim,cruéis, desfeitas,nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu nãoPorque os outros usam a virtudePara comprar o que não tem perdãoPorque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiadosOnde germina calada a podridão.Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendemE os seus gestos dão sempre dividendo.Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigosE tu vais de mãos dadas com os perigos.Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner

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