parceria abendi/abes qualificação (ceq)...co. o valor depende da característica da região a ser...

68
Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção Edição 58 | Ano VII | Outubro de 2013 Conaend: primeira chamada de trabalhos para a 32ª edição, em 2014 Parceria Abendi/Abes cria novo Centro de Exame de Qualificação (CEQ)

Upload: others

Post on 29-Jan-2021

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção

    Edição 58 | Ano VII | Outubro de 2013

    Conaend: primeirachamada de trabalhospara a 32ª edição,em 2014

    Parceria Abendi/Abescria novo Centrode Exame deQualificação (CEQ)

  • ISSN: 1980-1599

    Conselho EditorialWagner Romano - GE EnergyRenato Nogueira de Paula - UsiminasOswaldo Rossi Júnior - Inter-metroCarlos Madureira - BBL BureauJosé Santaella R. Jr. - Santec SoldasRaimar Schmidt - RAIMECK

    Comitê CientíficoProf. Américo Scotti - UFUProfa. Raquel Gonçalves - UnicampProf. Matias R. Viotti - UFSCProf. Armando Shinohara - UFPEProf. Francisco Ilo - UPEProf. Roberto Sacramento - UFBA

    EquipeJornalista: Alexandra Alves - MTB: 26660Comercial: Carlos Eduardo VillarWeb Design: Henrique Leal e Wellington RodriguesRevisor: Paulo RanieriProjeto Gráfico/ Diagramação: Giovana Garofalo Capa / Edição gráfica: Giovana GarofaloGráfica: Duo Graf

    Tiragem7.700 exemplares

    Público leitorProfissionais especializados (engenheiros, gerentes, administrado-res) de empresas de END e Inspeção, usuários dessa tecnologia, téc-nicos (supervisores, inspetores e operadores) que estão diretamen-te envolvidos com o tema e Instituições de Ensino.

    A Abendi não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamen-to dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. A publicação reserva-se no direito, por motivo de espaço e clareza, de resumir cartas e artigos.

    expediente

    | Sede AbendiAv. Onze de Junho, 1317 - Vila ClementinoCEP: 04041-054 - São Paulo - SPTel. (011) 5586-3199 - Fax (011) 3302-5850Site: www.abendi.org.br

    | BibliotecaLançamentos de livros, apostilas, anais e produtos abendimaniabiblioteca@ abendi.org.br(11) 5586-3196

    | CertificaçãoBureau de Certificação [email protected](11) 5586-3181

    | EventosFeiras, eventos, simpósios e encontros do [email protected](11) 5586-3197

    | NormalizaçãoÁrea técnica da [email protected](11) 5586-3195

    | SóciosSeja um sócio ou sócio patrocinador da [email protected](11) 5586-3190 ou 3146

    | TreinamentosTreinamentos e Ensino a Distância (EAD)[email protected](11) 5586-3141 ou 3175

    | Informações [email protected]

    | Para anunciar na revista e nos veículos da [email protected](11) 5586-3171

    | Comunicação:[email protected]

    Sócios recebem gratuitamente a revista.

    Para assinar a revista, acesse: www.abendi.org.br/revista

    fale com a abendi

  • Setor Ferroviáriotrilha o caminho dodesenvolvimento

    28 Capa

    A matéria de capa desta edição traz um balanço do setor ferroviário brasileiro, com a perspectiva de desenvolvimen-to de Trens de Alta Velocidade e monotrilhos através de recursos oriundos do Programa de Investimentos em Logística e do Programa de Aceleração do Crescimento, com valores da ordem de R$ 12,8 bilhões (R$10,8 bilhões no período de 2011 a 2014 e R$ 2 bilhões após 2014) na construção de 4.384,8 km de novas ferrovias exclusivamente para o transporte de cargas. Apresenta, também, depoimentos do ministro dos Transportes, César Borges, e de vários profissionais do setor sobre a utilização dos Ensaios Não Destrutivos.

    Outro destaque é a atuação da área de Normalização da Abendi, que, entre outras atividades, secretaria o Or-ganismo de Normalização Setorial da ABNT e que, nos últimos 9 anos, publicou 100 normas para END.

    Entre as novidades, destacamos ainda o fechamento de uma parceria com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) para a criação de mais um Centro de Exames de Qualificação, a visita de alunos do curso de Inspeção de Equipamentos à Refinaria de Capuava, e a renovação do Ex-tarifário pelo nosso setor de sócios, benefício importante na importação de equipamentos.

    Alertamos sobre as inscrições para a apresentação de trabalhos técnicos dirigidos à 32ª edição do Conaend, queacontecerá em agosto de 2014, e publicamos o segundo caderno especial Ensaios Não Destrutivos na Copa do Mundo 2014, com matérias sobre as arenas Fonte Nova e Pernambuco.

    Finalmente, partindo da premissa de que preservar e proteger pessoas, patrimômio e meio ambiente é ser não destrutivo, apoiamos o Projeto Mucky que protege os primatas brasileiros.

    Boa leitura!

    editorial

    | Se você tiver ideias, sugestões ou críticas a fazer, envie para: [email protected]

    Luiz Fernando Corrêa Ferreira

    Presidente da Abendi

    Governo pretende ampliar a malha e produzir Trens de Alta Velocidade (TAVs) e monotrilhos. Os investimentos podem chegar a R$ 91 bilhões

  • notícias

    08 11

    otrAbendireconheceCetrecomoOTRnoRiodeJaneiro

    sóciosSóciospodempagarmenosimpostosnasimportações

    institucionalParceriaentreassociaçõescrianovoCEQ

    12 14

    bibliotecaConheçaaRevistadaAssociaçãoAlemãdeEND

    artigo especialOAmbienteCorporativoeasRelaçõesInterpessoais:Umagrandeescola

    16 18sócios patrocinadores•EstaleiroAtlânticoSul(EAS)avançanaformaçãocontínuadecolaboradores•CursodeRadiografiaDigital

    treinamentosAbertasasinscriçõesparaocursodeInspetordeEquipamentos2014

    19 20

    calendárioTreinamentosparaosmesesdenovembroedezembro

    artigo técnicoDesenvolvimentodesensoresacústicoseletromagnéticos(EMATS)parainspeçãoemonitoramentoporultrassomemaltastemperaturas

    26 27

    certificaçãoCertificaçãodeMetrologistas

    62

    normalizaçãoNormasTécnicas:TecnologiaConsolidada

    eventosApresentesuasideiasnopróximoConaend-IEV

    22 24

    43 51

    artigo técnicoOusodametodologiaRBIparaplanejamentodeinspeçãodetubulações

    caderno da copa 2014ArenaPernambucoeFonteNova

    racRACproporcionamaisconfiabilidadeaocursodeauditor

    58

  • 6 revista abendi no 58outubro de 2013

    especial

    InspeçãoAutomatizadadeEixoseRodasdeTrensG. Engl, M. Schoell, C.Camargo – AREVA NDE Solutions

    J. C. Videira José, G. Costa – ARCTEST

    Off-Train Inspection of the Whe-els – AURA (inspeção de rodas com desmonte)

    Esta inspeção é realizada após o reperfilamento das rodas. O rodeiro é girado com auxílio de um pórtico em uma bancada equipada de teste fazendo uso da técnica ultrassônica e software praticamente os mesmos do sistema UFPE. Além disso, uma inspe-ção por correntes parasitas pode ser adicionada para a inspeção da super-fície da banda de rodagem. A duração deste teste é de aproximadamente 6 minutos.

    Inspeção de Eixos sem Furos – VPS Estes eixos podem ser inspeciona-

    dos em serviço por um sistema mó-vel similar ao UFPE ou fora de serviço por um sistema de pórtico similar ao AURA. A varredura em todo o com-primento é feita por seis cabeçotes de ultrassom phased array dispostos em 4 posições axiais, o que facilita a inspeção de defeitos circunferen-ciais mesmo sob pinturas periódicas. Este sistema também pode ser com-binado com o AURA em um sistema completo.

    Todos estes sistemas estão de acor-do com as rigorosas exigências da em-presa de trens alemã Deutsche Bahn AG em termos de desempenho glo-bal.

    A AREVA NDE Solutions tem grande cooperação com Deutche Bahn para países além da Alemanha.

    Atualmente, a tecnologia em negó-cios ferroviários demonstra um cres-cimento considerável em velocidade, carga e disponibilidade. Consequen-temente, os trilhos e o material ro-dante precisam ser inspecionados emintervalos regulares, com alto grau de confiabilidade e produtividade dos sis-temas de END.

    Com esta finalidade, a AREVA NDE Solutions desenvolveu a implantação de tecnologia de Ultrassom Phased Array para a inspeção de rodas e ei-xos de trens, como se observa nos seguintes exemplos:

    On-Train Under-Floor-Inspection of the Wheels – UFPE (inspeção sob o tri-lho sem desmonte dos rodeiros)

    O sistema consiste em uma plata-

    forma móvel que se desloca sob o trem, elevando os rodeiros e fazen-do-os girar em torno do eixo com um braço posicionando o sistema de cabeçotes na roda. A parte UT do sis-tema utiliza técnicas de Phased Array para a detecção e classificação de defeitos eventuais no aro, no friso e no corpo das rodas. Todos os passos da inspeção, incluindo o posiciona-mento, são feitos automaticamente e levam menos de 20 minutos para as duas rodas que constituem cada con-junto roda-eixo. Os resultados são apresentados de forma clara fazendo uso de uma tomografia. O sistema é modular com custos e tempos de ins-peção variando conforme os requisi-tos das normas e padrões relevantes.

  • 8 revista abendi no 58outubro de 2013

    notícias

    A Abendi acaba de ser credenciada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para exercer o trabalho de Certifi-cação de Conteúdo Local de bens e serviços nas seguintes áreas de ativi-dades:• Sistemas Elétricos, de Controle, Ins-trumentação e Medição;• Oleodutos, Gasodutos e Tanques de Armazenamento; • Bombas de Transferência;• Unidades de Compressão;• Unidades de Geração de Energia Elétrica; • Unidades de Geração e Injeção de Vapor;• Unidades de Tratamento e Injeção de Água;• Monoboias e Quadro de Boias;• Construção Naval (casco, turret, an-coragem e sistemas navais);• Obras Civis e Utilidades.

    Com objetivo de impulsionar o setor industrial brasileiro, a Certifi-cação de Conteúdo Local obriga as concessionárias, vencedoras do lei-lão de um bloco exploratório (como

    ANPcredenciaAbendicomoCertificadoradeConteúdoLocal

    O processo é uma forma de incrementar a competitividade da indústria edos prestadores de serviços nacionais

    a Petrobras, por exemplo), a investir um percentual mínimo na aquisição de bens e serviços nacionais, durante a fase de desenvolvimento desse blo-co. O valor depende da característica da região a ser explorada, variando entre 50% a 80%.

    De forma geral, como certificadora credenciada pela ANP, a Abendi veri-fica, tecnicamente, qual é o percen-tual nacional existente na fabricação de produtos e na contratação de ser-viços. Por exemplo: se uma conces-sionária contrata dez técnicos para realizar um determinado trabalho, é preciso saber quantos brasileiros fazem parte dessa equipe, determi-nando o índice percentual relaciona-do à contratação nacional da mão de obra.

    No caso de equipamentos, essa mesma lógica se aplica em relação à quantidade de componentes nacio-nais utilizada na fabricação de um de-terminado bem.

    Por isso, a certificação em questão funciona como uma ferramenta de verificação do compromisso.

    “A Abendi vislumbrou a oportuni-dade de ampliar o leque de serviços a serem prestados para a sua rede de relacionamento e associados, bus-cando o credenciamento, junto à ANP, como Certificadora de Conteúdo Local. O processo de credenciamento leva em conta vários requisitos orga-nizacionais, tais como: conformidade financeira, jurídica, patrimonial e téc-nica.

    Logo, o credenciamento represen-ta a competência da equipe da Aben-di em obter sucesso no desenvolvi-mento de novos projetos e, com isso, garantir a sua perenidade’’, declara o consultor técnico da associação, Hé-lio Rodrigues.

    Atualmente, a ANP credencia enti-dades para certificar 21 áreas de ati-vidades.

    Vale ressaltar que a Certificação de Conteúdo Local também incrementa o desenvolvimento tecnológico do País, promove a capacitação de Re-cursos Humanos, gera emprego, ren-da e condições de competitividade das empresas brasileiras. a

    Simplicidade e rapidez na certificação Abendi - Mudanças no processo aceleram a Certificação

    A Abendi simplificou seu processo de Cer-tificação para agilizar e facilitar a vida dos profissionais que atuam no setor de END e precisam se certificar.As cinco etapas que envolvem a Certifi-cação permanecem as mesmas, ou seja, é preciso comprovar:Treinamento;Escolaridade;

    Aptidão física;Experiência profissional no método;Exames teóricos e práticos.O que mudou foi a prioridade da entrega das comprovações. A partir de novembro próximo, para mar-car o exame técnico e dar início ao proces-so de Certificação será necessário apenasassinar a solicitação e comprovar o treina-

    mento. O resto da documentação poderá ser apresentada para análise até a data de realização do exame prático. Na página Certificação do site da Abendi está o for-mulário de solicitação. Basta preenche-lo e enviá-lo com a copia do documento de identidade (RG) para a sede da Associação.Aqueles candidatos que já estão com o pe-dido de Certificação em andamento, ou os

  • 9tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    PesquisadoresinternacionaisparticipamdeeventosobrenovastecnologiasnaAssociação

    A Abendi foi palco do Seminário so-bre Novas Tecnologias organizado pelo Centro de Avaliação Não Destrutiva (CAND), da Eletronuclear, em outubro. Além de especialistas no assunto, co-mo o gerente da área de Inspeções e Ensaios da Eletronuclear e diretor exe-cutivo do Centro, João Gabriel Hargrea-ves; o diretor técnico da Eletronuclear, Luiz Soares; o almirante do Centro Tec-nológico da Marinha, Luciano Pagano Jr; a pesquisadora do Ministério da Ci-ência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Léa de Freitas; também participaram do evento importantes representantes internacionais, de renomados centros de pesquisa, como os americanos Greg Selby e Michael Kroning, à frente das palestras “Novas Tecnologias EPRI’’ e“Parceria Cand-Areva’’, respectivamen-te; e o alemão Thomas Wenzel, que falou sobre ‘’Novas Tecnologias e Novo Laboratório IIS – Fraunhofer.’’

    “O CAND ocupa um espaço que fica justamente entre as empresas e as uni-versidades, e tem como principal fun-ção atender as demandas do mercado internacional com institutos de pesqui-

    Representantes de renomados centros de excelência, como o EPRI (Estados Unidos), Instituto Fraunhofer e BAM (Alemanha) abordaram pesquisas atuais

    sas, antecipando os desafios da indús-tria nacional para o futuro. Para isso, conta com o apoio de associações como a Abendi e com as universida-des. Para os próximos anos, vamos aprofundar o relacionamento com os laboratórios IIS e IZFP Fraunhoffer, ambos de origem alemã, e o labora-tório americano BAM, no sentido de consolidar a possibilidade de criação de programas que sejam o Estado da Arte em tecnologia para os Ensaios

    Não Destrutivos’’, afirmou Luiz Soa-res.

    Já o diretor executivo do CAND dis-se que o centro está cumprindo a mis-são de aliar projetos, recursos e capa-cidade de entrega dentro dos prazos estabelecidos pelos demandantes, ou seja, as empresas. “A Abendi é funda-mental para o desenvolvimento, com o CAND, de novos produtos para ava-liação das análises não destrutivas de equipamentos e processos.’’

    João Gabriel Hargreaves Luiz Soares

    a

    que já possuem documentação com pen-dência na secretaria, poderão se adequar a essa nova regra. Para tanto, deverão enca-minhar uma nova solicitação para o Setor de Certificação. Esta solicitação também está disponível em nosso site.Importante: o profissional só recebe a Cer-tificação após a aprovação de toda a do-cumentação solicitada e, claro, aprovação nos dois exames.

    Ainda dá tempo de se certificar como N2

    A chance de obter a Certificação Nível 2 (N2), para quem não tem curso técnico, vai até o dia 31 de dezembro deste ano. A partir de janeiro de 2014 apenas can-didatos que tenham concluído o ensino técnico poderão solicitar a certificação

    Nível 2 do SNQC.A primeira providência para os profis-sionais que quiserem aproveitar essa oportunidade é encaminhar o formulário preenchido e assinado até 31/12/2013. O formulário está no site da Abendi.

  • 10 revista abendi no 58outubro de 2013

    notícias

    CursodeInspeçãolevaalunosàRefinariadeCapuava

    “Uma visita técnica sempre me-lhora o relacionamento entre a teo-ria e a prática, e dá uma visão mais realista de uma planta industrial, no caso, de uma refinaria de petró-leo, pois muitos alunos só tinham conhecimento por meio de fotos ou slides.”

    Esta é uma das propostas de en-sino de Rui Carvalho, coordenador do curso de Formação de Inspeto-res de Equipamentos da Abendi.

    Rui levou seus alunos no mês de setembro para uma visita à Refina-ria de Capuava (Recap), situada en-tre os municípios de Santo André e Mauá, na Grande São Paulo.

    Durante a visita, os alunos tive-ram uma visão geral das atividades da refinaria, seus principais produ-

    tos e mercados atendidos, e conhe-ceram a área industrial que abriga o parque de equipamentos da uni-dade.

    Segundo Edna Lacerda, integran-te do grupo, “a visita à Recap foi importante para a verificação física dos equipamentos de processos apresentados teoricamente no cur-so de IEQ (Inspetor de Equipamen-tos), facilitando o aprendizado. Além disso, foi possível ter uma no-ção do ambiente de uma refinaria, que poderá ser um local de atua-ção na inspeção de equipamentos”.

    Os alunos foram recebidos e acompanhados durante toda a visita pelo administrador Alexandre Silves-tre, representando a Gerência de Recursos Humanos, e por Antonio

    A aula prática no ambiente de trabalho foi organizada para facilitar o aprendizado

    Petr

    obr

    as

    Pereira Domingos, Técnico de Ins-peção de Equipamentos e Instala-ções, representando a Gerência de Inspeção de Equipamentos.

    A outra vantagem de uma aula prática é que, “quando ingressarem efetivamente na atividade de inspe-ção, os futuros inspetores não terão surpresas, por exemplo, quanto às dimensões dos equipamentos que terão que inspecionar”, completa Rui Carvalho.

    A Abendi está com as inscrições

    abertas para a nova turma que co-meça em março de 2014, com pre-ços especiais para inscrições até no-vembro. Informações:[email protected].: (11) 5586-3141

  • biblioteca

    ConheçaaRevistadaAssociaçãoAlemãdeEND

    Os artigos estão disponíveis em português na Biblioteca Transpetro, da Abendi

    Quer conhecer a realidade do Setor de Inspeção da Alemanha? Procure a Biblioteca da Abendi e tenha acesso a artigos gerais so-bre Ensaios Não Destrutivos (ENDs) do país, incluindo aplicações não convencionais. São textos divulgados na Revista da Associação Alemã de END (DGZfP), uma publicação bimestral. Todo o mate-rial está disponível para consulta em português, com tradução do sócio-fundador da Abendi, Detlef W. Schultze.

  • 12 revista abendi no 58outubro de 2013

    institucional

    ParceriaentreassociaçõescrianovoCEQ

    A Abendi acaba de fechar uma parceria com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) para a criação de um Centro de Exames de Qualificação (CEQ) vol-tado à realização das provas práticas do Sistema Nacional de Treinamento e Certificação de Pessoas para Instala-ção e Manutenção de Redes, Ramais e Unidades de Medição de Água.

    No acordo, a Abendi fica respon-sável pela aplicação dos exames prá-ticos aos candidatos à certificação, enquanto a Abes realizará o treina-mento desses profissionais.

    “O convênio entre a Abes e a

    Abendi para implantar o centro de treinamento é um marco no setor, pois alia a história da primeira e mais antiga associação de profissionais do saneamento, a Abes, ao profissiona-lismo e à experiência da Abendi na capacitação e certificação de pes-soas, ao longo dos seus 34 anos de existência. “O CEQ contribuirá muito para o aperfeiçoamento da mão de obra que executa os reparos em re-des de distribuição e de implantação de ramais prediais, o que certamente ajudará na redução de perdas físicas nos sistemas de abastecimento de água, inicialmente no estado de São

    Paulo’’, acredita o coordenador de Qualidade da Abes, Anderson Ama-ral.

    Já o consultor de certificação da Abendi, João Rufino, entende que “o acordo é importante para as duas entidades, por proporcionar o de-senvolvimento de várias atividades conjuntas num setor que é tão ca-rente em nosso País.’’

    No momento, estão sendo desen-volvidas as instalações necessárias para as atividades de treinamento e aplicação de provas no CEQ, que funcionará na rua Onze de Junho, nº 1218 – Vila Clementino.

    O Centro de Exames de Qualificação para profissionais que fazem reparos em ramais e redes

    de medição de água da Sabesp, começa a funcionar em outubro

    Centro de Exame e Qualificação (CEQ) da Abendi, localizado em São Paulo (SP)

  • 14 revista abendi no 58outubro de 2013

    artigoespecial

    E ssas citações, corriqueiras no co-tidiano corporativo, dão a dimen-são de que ter expertise em uma ati-vidade profissional não significa obter bons resultados pessoais, profissio-nais e organizacionais. Ao contrário, pode significar adoecer física ou psi-cologicamente, ser avaliado por baixo rendimento e muitas outras perdas.

    Christofe Dejours, psiquiatra e autor do livro “A loucura do Trabalho”, diz: (...) “a atividade profissional não é só um meio de ganhar a vida – é também uma forma de inserção social onde os aspectos psíquicos e físicos estão for-

    temente implicados. O trabalho pode ser um fator de deterioração, de enve-lhecimento ou doenças graves, mas, pode também, constituir-se como um fator de equilíbrio e desenvolvimento. A possibilidade da segunda hipótese está vinculada a um trabalho que per-mita aliar às necessidades físicas, o desejo de executar a tarefa”.

    Freud, citado pelo psiquiatra e psi-canalista Pérsio Osório Nogueira, em seu livro, “Uma Trajetória Analítica”, diz: “O ser humano é visto em seu aspecto mental como um ser que se constitui dentro de uma relação;

    OAmbienteCorporativoeasRelaçõesInterpessoais:Umagrandeescola

    seu desenvolver-se é fruto de uma relação e seu perturbar-se, pelo me-nos em algumas formas, seria fruto de relacionamentos precocemente perturbados, não se estruturando as condições mentais adequadas ao en-frentamento dos desafios posteriores da vida.”

    Com essas citações podemos perce-ber a importância dos relacionamen-tos humanos para o desenvolvimento saudável da nossa estrutura psíquica desde o início de nossa vida. Quanto mais estruturado nosso mental, me-lhor enfrentamos nossos desafios diá-

    Isa Magalhães

    “Sou empenhada e me es-forço para a equipe completar a tarefa, mas nunca está bom!” (perda de estímulo)

    “Meu chefe não sabe tratar bem as pessoas, é grosseiro e prepotente”. (sentimento de inferioridade, desrespeito, indignação) “Não adianta falar, ninguém

    me ouve ou toma providên-cia”. (sentimento de impotência e desânimo)

    “Adoro o meu trabalho, mas as pessoas da empresa são horríveis e não tenho vontade de ir trabalhar”. (perda de desejo)

    “Tenho que tomar cui-dado, se bobear puxam meu tapete”. (sentimento de inse-gurança e vulnerabilidade)

    “Meu chefe é manipula-dor, só me enrola e não decide”. (sentimento de objeto à disposição ou dispensável)

  • 15tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    rios em quaisquer esferas: pessoal, so-cial e profissional.

    Assim, as pessoas e a qualidade de suas relações interpessoais fazem toda a diferença em qualquer organização.

    Nas empresas prestadoras de ser-viços, e serviços altamente técnicos, onde atuam os profissionais de END, patrocinar o desenvolvimento dessa habilidade humana essencial, faz-se prioridade. Não são os treinamentos ou as ações pedagógicas e educativas que vão trazer melhorias significativas por si só, mas projetos de desenvolvi-mento individual e em grupo, por meio de ações continuadas - psicológicas, sociais, pedagógicas, educativas e de treinamento.

    Não adianta somente informar, edu-car e treinar o profissional, seja ele lí-der ou liderado, a importância da em-patia; a necessidade de saber ouvir; a capacidade de ouvir críticas; ser mais assertivo; encorajar-se para dizer o que deve ser dito; ser flexível; ser profissio-nal e não guardar mágoas ou rancores; não ficar na defensiva; sair do papel de bode expiatório, e mais o que cada leitor quiser acrescentar sobre suas di-ficuldades de relacionamento.

    O que adianta é criar condições para que as pessoas adquiram consciência das próprias dificuldades citadas aci-ma, saindo da posição de vítima “dos outros” ou das situações. Não adianta reclamar do chefe ou do colega que te ofende e não te entende, é neces-sário descobrir se há outra forma de lidar com isso, se é possível promover as próprias mudanças e, a partir delas, abrir caminho para que as pessoas se modifiquem e o ambiente se torne mais acolhedor e produtivo.

    O autoconhecimento é libertador, pois nos coloca como responsáveis pelas pró-prias mudanças. Podemos perceber co-mo esse trabalho de mudar a si mesmo é árduo, trabalhoso, angustiante e requer investimento diário e constante.

    Só a partir das vivências dos pro-cessos e com as novas percepções – autoconhecimento ampliado - é que podemos perceber o outro com suas dificuldades e seus limites de relação. Passa a ser possível, por exemplo, ou-vir a grosseria de um chefe ou colega sem considerar um ataque pessoal, mas como algo que ele é incapaz de con-trolar ou fazer diferente. Uma postura não defensiva muda o impacto que um novo comportamento terá sobre o interlocutor, a relação, a percepção e a necessidade de defesa mudam, abrindo caminho para uma relação pessoal mais produtiva e realizadora para ambos.

    Isso é resultado de um processo de desenvolvimento, onde cada persona-lidade ou perfil trilha seu próprio cami-nho na relação com o outro, ou com o grupo. Assim, o ambiente corporativo é uma imensa escola, onde os desa-fios são inúmeros e diários. Esta escola precisa ser estruturada e explorada ao máximo para o desenvolvimento de pessoas mais amadurecidas em seus relacionamentos interpessoais.

    Nesse sentido, os ambientes de área técnica são escolas ainda mais necessi-tadas de tal investimento, pois a habi-lidade técnica, na maioria das vezes, limita o desenvolvimento das habilida-des de relacionamento pela baixa fre-quência de uso. Nesse tipo de relação, as discussões são sobre resoluções de problemas técnicos, objetivos e prá-

    ticos. Mas, não se pode viver apenas das relações técnicas. Um engenheiro, por exemplo, necessita dos bons re-lacionamentos verticais e horizontais da estrutura organizacional para obter melhor resultado em sua atuação de uma forma geral.

    Anderson Chagas e autores (?), na publicação do artigo “Um Estudo sobre Habilidades Empáticas e sua importân-cia nos Relacionamentos Interpessoais no Ambiente Organizacional”, diz: (...) “É comum observarmos excelentes téc-nicos que se tornam péssimos gestores. Há de se observar que as atividades técnicas, em especial as de alta deman-da intelectual, dão chance para que mesmo os indivíduos com dificuldades sociais cresçam em suas carreiras e, eventualmente, venham a exercer car-gos de chefia. A ausência de habilidade empática, contudo, dificulta seu suces-so nas atividades gerenciais.”

    Se é fato que as pessoas com capa-cidades mais amadurecidas de relacio-namento pessoal fazem a diferença nas organizações, então o líder de sucesso será aquele que antes de tiver o melhor projeto de desenvolvimento para os seus liderados nessa área. O processo de desenvolvimento, está no desejo das pessoas trabalharem de forma en-gajada, estimulada, cheia de energia e ânimo frente aos desafios. Elas sentirão confiança em si e na sua equipe; senti-rão orgulho e dignidade pelos resulta-dos alcançados; sentirão orgulho por serem colaboradores da organização.

    Isso pode ser mais que uma visão. Pode ser a realidade nas organizações que realizam, efetivamente, seus pro-jetos de desenvolvimento do “ser” profissional.

    Isa Magalhães é psicóloga, psicanalista e pedagoga com 30 anos de experiência profissional clínica, acadêmica e organizacional. É consultora organizacional es-pecialista em gerar e implementar soluções para o desenvolvimento da maturidade profissional em gestores, líderes, grupos, equipes e pessoas envolvidas na busca contínua de resultados com qualidade e alta performance. É sócia-diretora da DEVELOP I.M.– Crescimento Profissional: www.maturidadeprofissional.com.br

  • 16 revista abendi no 58outubro de 2013

    sócios

    EmpresassóciasdaAbendi

    ABS Group Services do Brasil LtdaACF Inspeções Consultoria e Montagem Industrial LtdaACINOR Inspeções e Serviços Técnicos LtdaASNDT-Tech - Avaliação de Integridade de Equipa-mentos Ltda.AT Solução Inteligente de Inspeção LtdaATEND - Serviços e Manutenção Ltda EPPAbsolute Examinações Não Destrutivas LtdaAdvanced OEM SolutionsAhak Brasil Serviços Industriais LtdaAltiseg Equipamentos de Segurança de Trabalho LtdaArctest Serviços Tec. Insp. e Manut. Indl. LtdaArotec S/A Indústria e ComércioAsema Seg. do Trabalho, Manut. e Alpinismo Ind. LtdaAsociación de Inv. Met. Del Noroeste - AIMENAuxilio - Assessoria e Serviços Técnicos LtdaAxess do BrasilÁtomo Radiop. e Segurança Nuclear S/C LtdaAços F. Sacchelli LtdaBBL - Bureau Brasileiro LtdaBC TRADE - Comercial Importadora e Exportadora LtdaBRTÜV Avaliações da Qualidade LtdaBalimetro Calib. e Serv. de Metrologia LtdaBelov Engenharia LtdaBrasil Inspeção de Equipamentos Industriais Ltda - EPPBrasil Inspeções Treinamento e DesenvolvimentoBraskem S/A - UNIB 1 BABrastech Consultoria e Inpeções Industriais LtdaBruke S/ABureau Veritas do Brasil Soc. Classificadora e Certif.LtdaBureau de Avali. da Conf.Quali. de Sistem. Ltda.C.I.C Certificação em Equipamentos Industriais e Cabos Ltda

    CAPA Alpinismo Industrial Ltda MECBC Indústrias Pesadas S/ACCI - Centro Controle e Inspeção LtdaCEETEPS - Faculdade de Tecn. de Pindamonhan-gabaCETEMQ Centro Tecn. de Mão de Obra Qualif.CETI Treinamentos e Serviços Empresariais Ltda MECIA - Centro Nacional de Tecnologia e Com. LtdaCONSINSP - Insp. Equips. e Manut. Indl. LtdaCOTEND Controles Técnicos e END e Montagem LtdaCapaz Inspeções LtdaCarestream do Brasil Com. e Serv. de Prod. Med. LtdaCarlos Alberto Arruda Salles Marques & Cia LtdaCentro de Pesquisa de Energia Elétrica - CEPELCentro de Treinamento de Rio das Ostras e Inspeção LtdaCentro de Treinamento em END - CETREND/MGCesar & Fritsch Offshore Serviços de Manutenção LtdaCia de Saneamento Básico do Est. São Paulo-SABESPCivil Master Projetos e Construções LtdaClimbtec Serviços Técnicos em Altura LtdaCláudia Vital M.E - Vital End Equip. e Acessórios para ENDCompergy Qualidade LtdaConcremat - Engenharia e Tecnologia S/AConnect. Serv. CS Serviços de Mecânica Met. e Man em Altura LtdaControl Service - Prest. Serv. de Insp. e Repres. ComercialCooperativa Central de Prod. e Ind. de Trab. em Metalurgia - UNIFORJACooperativa dos Insp. Equip. Autônomos do Estado Bahia LtdaCooperativa dos Insp. de END Estado BA - COO-END

    DMCJ Inspeções LtdaDerrick do Brasil Serviços LtdaDetection Technology IncDeten Química S/ADiagnostic Imagind Automação LtdaDivers University Esporte Aquático LtdaDruck Brasil LtdaEMC Engenharia Ltda.END Araújo Eletrônica IndustrialEND OliveiraEND TreinamenUSEND-Check Consult. e Serv. Espec.de Peças e Equip. LtdaENDI - Ensaios Não Destrutivos, Inspeção e Solda-gem LtdaEndtecne Importação e Comércio de END LtdaEngisa Insp. e Pesquisa Aplicada à Indústria LtdaEscola de Engª Eletromecânica da Bahia-EEEMBAEstaleiro Atlântico SulEstaleiro Brasa LtdaExtendeFocus Consultoria e Representação LtdaFugro Brasil Serviços Submarinos e Levantamentos LtdaFurnas Centrais Elétricas S/AGamatron Radiografia Industrial LtdaGerdau Aços Especiais S/AGerman Engenharia e Serviços de Manutenção LtdaGlobal End - Inspeções e Consultoria LtdaHCG Equipamentos LtdaHelling GmbHINSPEEND Ltda MEINTER-METRO Serviços Especiais LtdaIRM Services LtdaISQ Brasil - Instituto de Soldadura e Qualidade LtdaITW Chemical Products LtdaInoservice Serviços de Inspeção LtdaInspección y Diagnóstico Técnico ISOTEC LtdaInspecon - Inspeção e Serviços Ltda

  • 17tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    Inspetec Inspeções Técnicas Ltda MeIntegra - Coop. Prof. Engª Integridade Equip. LtdaIntelligeNDT Systems & Services GmbHIrmãos Passaúra S/AJBS Inspeção e Ensaios LtdaJN Inspeção Ensaio Não Destrutivos em Equip. Ind. LtdaK2 do Brasil Serviços LtdaKOENDE TECNOLOGIA EM INSPECOES INDUS-TRIAIS LTDAKroma Produtos Fotográficos e Representação LtdaKubika Comercial LtdaLWF Treinamento e Consultoria em Engª LtdaLambda Inspeções Treinamentos e Serviços Ltda. MELatin Consult Engenharia S/S LtdaLenco - Centro de Controle Tecnológico LtdaLloyd’s Register do Brasil LtdaLuthom Engenharia LtdaM2M Phased Array TechnologiesM2M do Brasil Serv. de Anál. Tec. em END LtdaMAB Soldas em Geral Ltda - EPPMKS Serviços Especiais de Engenharia LtdaMarcelo de Carvalho Salomão EPPMaxim Comércio e Consultoria Industrial LtdaMetal-Chek do Brasil Indústria e Comércio LtdaMetalquímica Tecnologia e Serviços Ltda EPPMetaltec Não Destrutivos LtdaMoody Internacional Brasil Ltda.Multiflux Máquinas Especiais Ind. e Com. LtdaNDB Vision LtdaNDT do BrasilNews Inspeções LtdaNuclebrás Equipamentos Pesados S/A - NUCLEPNúcleo Serviços de Inspeção de Equipamentos LtdaOceânica Engenharia e Consultoria LtdaOstra Service e Inspeções e Reparo em Equipamen-tos Ind. LtdaOxix Cursos e Projetos EspeciaisPaneng Engenharia e Consultoria LtdaPetrobras Transportes S/A - TRANSPETROPetrustest Consultoria em Controle da Qualidade LtdaPetróleo Brasileiro S/A - PETROBRASPhysical Acoustics South America Ltda - PASAPlanet Serviços LtdaPolimeter Comércio e Representações LtdaPolotest Consultoria, Controle de Qualidade e Serviços LtdaPolyteste InspeçõesPowertemp Tecnologia Industrial LtdaProaqt Empreedimentos TecnológicosProceq SAO Equipamentos de Medição LtdaQualitate Inspeções e END LtdaQualitec Engenharia da Qualidade LtdaQualitech Inspeção, Reparo e Manutenção LtdaQualy End Inspeções LtdaR.R.V.M. Comércio e Assessoria Técnica LtdaRaimeck Comércio Importação e Exportação Ltda

    Rufino Teles EngenhariaSANTEC - Tecnologia de SoldagemSANTEND - Inspeções e QualidadeSEND CONTROL INSPECOES INDUSTRIAIS LTDASGS do Brasil LtdaSINCQ - Serviços Industriais e Controle de Quali-dade LtdaSISTAC - Sistemas de Acesso LtdaSKE Inspeção e Consultoria LtdaSagatech Inspeções de Equipamentos LtdaSaipem do Brasil Serviços de Petróleo.Sanesi Engenharia e Saneamento LtdaSansuy S/A Indústria de PlásticosSantos & Fagundes Assessoria em Resgate LtdaSatec Controle de Qual. Equipamentos Petroquimi-cos LtdaScorpion Trabalhos em Altura LtdaServ-End Indústria e Comércio LtdaService Engenharia da Qualidade LtdaServiço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAIServiços Marítimos Continental S/ASiemens LtdaSimex - Sistemas de Inspeção Móveis LtdaSociedade de Ensino Iguaçu S/C LtdaSoldas Especiais ArmênioSolutec Brasil Serviços Técnicos em Montagem e Manutenção LTDASystem Asses., Insp. e Controle da Qualidade LtdaTGM - Turbinas Indústria e Comércio LtdaTQI Treinamento, Qualificação e Inspeção Industrial LtdaTSA Tubos Soldados AtlânticoTec Sub Tecnologia Subaquática LtdaTech-End Ensaios Não DestrutivosTechnical Books Livraria LtdaTechnotest Serviços de Inspeções Técnicas LtdaTecnomedição Sistemas de Medição LtdaTecnopetro Inpeção e Consultoria LtdaTenaris Industrial S/ATerminal Químico de Aratu S/A - TEQUIMARTopcheck Controle da Qualidade LtdaTrac Oil And Gas LTDA.Tracerco do Brasil Diagnósticos de Processos Industriais LtdaTuper Tubos S/AUsinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A - USI-MINASValbrasil Comércio e Indústria LtdaVallourec & Sumitomo Tubos do Brasil LtdaVallourec Tubos do Brasil S.A.Varco International do Brasil Equipamentos e Serviços LtdaVictória Qualidade Industrial LtdaVillar Manutenção de Máquinas LtdaVoith Hydro LtdaWelding Science-Medar Com. Serv. Ltda.EPPWelding Soldagem e Inspeções Ltda

    Sóciospodempagarmenosimpostosnas

    importações

    A Abendi está renovando o benefício Ex-Tarifário oferecido aos sócios. Trata-se de uma redução temporária do imposto de importação incidente em uma determinada mercadoria, ou seja, é uma exceção à tarifa. A redução é válida por um período determinado e terá alíquota mínima de 2%. Mas atenção: esse desconto só poderá ser solicitado por empresas interessadas em importar produtos exclusivos de outros países, sem simila-res nacionais.

    Nesses casos, a Abendi auxilia as empresas associadas na so-licitação para importação das mercadorias, divulgando a data de solicitação/vencimento dos ex-tarifários, fazendo o levan-tamento das empresas interessadas no benefício e reunindo todas elas para elaborar um único texto de solicitação técnica. Portanto, cabe à empresa solicitar esse apoio, formalizando um pedido no qual conste como deseja participar. Mais informa-ções com a gerente executiva da Divisão Associativa, Treina-mentos, Eventos e Sócios, Irani de Oliveira: [email protected].

    O benefício Ex-Tarifário é válido para a importação de produtos sem similares

    nacionais

    Abendi conquista mais umaempresa associada

    O Estaleiro Brasa, localizado em Niterói, Rio de Janeiro, é a mais nova empresa sócia e parceira da Abendi.

    a

  • 18 revista abendi no 58outubro de 2013

    EstaleiroAtlânticoSul(EAS)avançanaformaçãocontínuadecolaboradores

    O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) dá um passo importante na formação contínua dos seus profissionais com a criação do Centro de Desenvolvimento Humano (CDH), que já treinou mais de cinco mil colaboradores nos primeiros seis meses de funcionamento. Em operação desde janeiro deste ano, o centro visa a um processo de apren-dizagem profissional permanente e tem como parceiro contratado o SENAI.

    “O CDH do EAS é um investimento

    sóciospatrocinadores

    CursodeRadiografiaDigital

    Com mais de 100 anos de experiência em ciência da imagem, a Carestream (ex-Kodak) oferece um curso de Ra-diografia Digital especialmente plane-jado para atender às necessidades da indústria de Ensaios Não Destrutivos (ENDs). O curso, com carga horária de 40 horas, é ministrado em Inglês nos laboratórios de END da empresa, em Rochester, Nova Iorque, mas pode ser realizado nas instalações do próprio cliente, mediante programação pré-via. É necessário que os candidatos tenham conhecimento em radiografia industrial e sejam inspetores Nível I ou Nível II. O curso é ministrado em classes reduzidas de alunos, propor-cionando mais interação com os alu-nos e instrutores.

    para elevar o nível de formação e qualificação dos profissionais da re-gião, com o propósito de ampliar co-nhecimentos, talentos e potenciais de nossos colaboradores. O centro é maisum marco importante para a sedimen-tação e o desenvolvimento da indús-tria naval de Pernambuco”, afirma o presidente, Otoniel Silva Reis.

    O CDH conta com três blocos, sendodois compostos por salas de aula, sa-la de reunião, sala de TI, núcleo pe-

    dagógico, arquivos, biblioteca e audi-tório; e outro por laboratórios técnicos de solda, caldeiraria e tubulação, me-cânica, elétrica, instrumentação, me-trologia e habilidades manuais. O cen-tro, localizado na estrutura onde fun-cionaram os primeiros escritórios do estaleiro, tem capacidade para atender500 pessoas simultaneamente, numaárea com cerca de 950 metros qua-drados. Atualmente, são 13 salas com capacidade para 20 a 60 alunos cada.

    Os alunos têm acesso a fontes de raios-X e a detectores digitais, como o CR – Radiografia Computadorizada e o DR – Radiografia Digital.

    O treinamento é dividido entre clas-ses teóricas e aulas práticas no labora-boratório. Os alunos aprovados no curso se qualificam a receber dez pon-

    tos na renovação de seu certificado, junto a ASNT. O curso é ministrado por nossos especialistas em imagem digital: Steve Mango, Carestream Worldwide Technical Manager NDT e Brian White, Carestream Technology Development Manager NDT. Mais informações em www.carestream.com/ndt.

    A criação do Centro de Desenvolvimento Humano (CDH) é mais um marco importante para a

    sedimentação e o desenvolvimento da indústria naval de Pernambuco

    As aulas acontecem nos laboratórios de END da empresa, em Nova Iorque (EUA)

    eventos

  • eventos

    O Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Ins-peção (Conaend) está na 32ª edição, e é uma excelen-te oportunidade para divulgar novas experiências no setor de END. Os interessados em apresentar trabalho técnico no even-to devem enviar uma sinopse para o Setor de Eventos da Aben-di até o dia 7 de novembro.

    De acordo com as regras do evento, os trabalhos podem ser apresentados de forma oral (com duração de 20 minutos para abordagem de assunto técnico-científico de interesse geral), ou em pôster (discussão informal com foco específi-co). Os autores concorrem ao Prêmio Paula Leite, que elege o melhor trabalho oral em conteúdo técnico e inovação tec-nológica.

    “O Conaend é o mais importante evento do setor no País. Promovido todos os anos, ocorre de forma alternada, ora com a Coteq, ora isoladamente. Ao congregar especialistas de pratica-mente todos os setores industriais, torna-se uma rara oportunidade para a troca de ideias e conhecimentos sobre a aplicação de métodos na rotina das empresas. Além disso, o congresso tem cunho técnico-social, uma vez que os partici-pantes se reúnem num mesmo local, transmitindo suas expe-riências e trocando informações’’, destaca o diretor executivo da Abendi, João Conte.

    Com objetivo de divulgar os principais avanços tecnológicos e as aplicações de END e Inspeção, o congresso é voltado aos empresários, diretores, gerentes, engenheiros, pesquisadores, técnicos dos níveis 1,2 e 3 certificados e técnicos de nível mé-dio, prestadores de serviços e representantes de produtos e equipamentos. O Conaend acontece de 18 a 21 de agosto de 2014, no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital pau-lista.

    Acesse o site do evento para mais informações:www.abendieventos.org.br/conaend_iev

    Eventos Gerais - Em breve, o calendário de eventos 2014 es-tará disponível no site de Abendi. Aguarde!

    ApresentesuasideiasnopróximoConaend-IEV

    O evento é uma excelente oportunidade para a troca de conhecimento

    a

  • 20 revista abendi no 58outubro de 2013

    OTR

    AbendireconheceCetrecomoOTRnoRiodeJaneiro

    A Abendi reconheceu a nova uni-dade do Cetre do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), como Organismo de

    Treinamento Reconhecido (OTR). Os treinamentos realizados no local in-cluem os seguintes métodos: US / PM

    / LP / CD-CL / ER / EV / Estanqueidade (Sabesp) / Estanqueidade / Formação para Supervisores de Radioproteção.

    Mais informações: www.cetre.com.br.

    OrganismosdeTreinamentosConfira, abaixo, a relação de Treinamentos Reconhecidos pela Abendi

  • 21tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

  • 22 revista abendi no 58outubro de 2013

    treinamentos

    AbertasasinscriçõesparaocursodeInspetordeEquipamentos2014

    A especialização numa atividade profissional em alta no merca-do é uma forma de manter-se bem empregado, e o curso de Inspetor de Equipamentos (IEQ), realizado pela Abendi, mostra bem essa realidade. Um inspetor é figura indispensável na indústria em geral, sobretudo nos setores químico, petroquímico e de petróleo, em constante desenvolvi-mento.

    O treinamento qualifica engenhei-ros, técnicos e profissionais com en-sino médio completo. As aulas têm duração aproximada de dez meses, ministradas de segunda a quinta, das 18h30 às 22h30, na sede da Associa-ção, em São Paulo (SP). É importante frisar que os alunos, ao concluírem o treinamento de IEQ, estão dispensa-dos da prova de nivelamento para dar entrada ao processo de certificação, mesmo sem ter o curso técnico de nível médio.

    Os participantes estarão capacita-dos a realizar ou fiscalizar inspeções, medições e análises necessárias para avaliação das condições físicas dos equipamentos. Além disso, quem con-clui o treinamento está apto a elabo-rar e controlar o andamento de pro-gramas e planos de inspeção, redigir relatórios, recomendações técnicas de inspeção, avaliar a intensidade das avarias e descontinuidades, compa-rando os resultados com os requisitos

    Quem conclui o treinamento está apto a elaborar e controlar o andamento deprograma e planos de inspeção

    estabelecidos pelos códigos de proje-to dos equipamentos.

    Inmetro - Vale destacar que a Por-taria 349 do Inmetro exige essa for-mação para trabalhar no segmento, além de estabelecer o programa e a carga horária, que é de 560 horas-au-la. No curso são abordados conheci-mentos básicos e específicos da área, como corrosão e proteção contra de-terioração, técnicas de inspeção e es-pecializações técnicas. São seis módu-dulos divididos em: 1. Conhecimentos Básicos, 2. Conhecimentos Específicos, 3. Técnicas de Proteção Conta Deterio-ração, 4. Técnicas de Inspeção I, 5. Téc-

    nicas de Inspeção II, e 6. Especializa-ções Técnicas.

    Valor - O investimento é de R$ 8.000,00 para sócios da Abendi ou R$ 8.400,00 para os que ainda não são sócios. As inscrições estão aber-tas e as vagas são limitadas. É possí-vel fazer o parcelamento até 12 vezes no cartão de crédito ou no cheque para os alunos que fecharem o trei-namento até novembro deste ano. A partir de janeiro de 2014, o valor será reajustado.

    Para inscrição e outras informações escreva: ([email protected]) ou telefone (11) 5586-3141.

    A Refinaria Camaçari, na Bahia, conta com o trabalho diário do inspetor de equipamentos

    LaLo

    de a

    Lmei

    da

  • 24 revista abendi no 58outubro de 2013

    normalização

    A norma técnica é o repositório das melhores tecnologias consolidadas para determinado segmento, de acor-do com o diretor adjunto de Negócios da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Odilão Baptista Jr. Ele

    NormasTécnicas:TecnologiaConsolidada

    A Abendi, que secretaria o Organismo de Normalização Setorial da ABNT para END, já publicou pelo menos cem normas desde a sua instalação em 2004

    explica que as normas elaboradas pe-la ABNT são de uso voluntário pelos profissionais, servindo apenas de guia para a realização, de forma correta, de uma obra ou prestação de um ser-viço, e se constituem em um patamar

    mínimo capaz de oferecer segurança tanto para o profissional quanto para a sociedade.

    As normas técnicas são elaboradas por especialistas em suas respectivas áreas. “Quando um engenheiro faz um

    Normas de END Publicadas em 2013:ABNT NBR 10272

    Medição e avaliação de severidade das vibrações mecânicas de máquinas elétricas rotativas com altura de eixo entre 80

    mm e 400 mm.

    ABNT NBR 15521

    Ensaios não destrutivos - Ultrassom - Classificação mecânica de madeira serrada de dicotiledôneas

    ABNT NBR 16178

    Ensaios não destrutivos - Emissão Acústica - Verificação do desempenho dos sensores de emissão acústica

    ABNT NBR 16153

    Ensaios não destrutivos - Estanqueidade para Saneamento básico - Qualificação e certificação de pessoal

    ABNT NBR 16138

    Metrologia – Ensaios não destrutivos – Calibração de cabeçotes de instrumentos de ultrassom

    ABNT NBR 16146

    Metrologia – Ensaios não destrutivos – Calibração de cabos de instrumentos de ultrassom

    ABNT NBR 16154

    Ensaios não destrutivos – Ondas Guiadas – Inspeção de dutos e tubulações aéreas

    ABNT NBR 15572

    Ensaios não destrutivos - Termografia - Guia para inspeção de equipamentos elétricos e mecânicos

    ABNT NBR 15693

    Ensaios não destrutivos - Teste por pontos - Identificação de metais e ligas metálicas

    ABNT NBR 16137

    Ensaios não destrutivos - Teste por pontos - Identificação de materiais

    ABNT NBR 16196

    Ensaios não destrutivos - Ultrassom - Uso da técnica de tempo de percurso da onda difratada (ToFD) para ensaio em soldas

  • 25tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    projeto, a consonância com a norma é uma garantia de que o produto é bom”, afirma Odilão. Além disso, ele explica que, caso ocorra algum problema, mas o profissional seguiu corretamente as normas, esse fato poderá ser um atenuante para o juiz.

    A Abendi, que secretaria o Orga-nismo de Normalização Setorial da ABNT para END, já publicou pelo me-nos 100 normas desde o início dessa atividade, em 2004, e possui um acer-

    vo, formado entre os anos de 1984 a 2013, de normas sobre Ultrassom, Radiografia, Ensaio Visual, Partículas Magnéticas e vários outros métodos. Só em 2013, foram elaboradas e re-visadas 11 normas (veja box), dentre elas podemos citar a de ToFD e Ondas Guiadas.

    A relação completa do acervo de END pode ser vista no site da ABNT: http://www.abntcatalogo.com.br/. Clicar no campo “Comitê” e selecio-

    nar “ABNT/ONS-58 Ensaios Não Des-trutivos”.

    Os interessados em participar do desenvolvimento das normas de END devem enviar um e-mail para:[email protected].

    InformaçõesAlessandra AlvesGerente Executiva da Divisão TécnicaTel.: 11 5586-3195E-mail: [email protected]

  • 26 revista abendi no 58outubro de 2013

    certificação

    J á está aberto o reconhecimento de profissionais para o novo Siste-ma de Certificação de Metrologistas. Trata-se de um processo para atestar a qualidade do trabalho realizado em laboratórios voltados à calibração de equipamentos e instrumentos de medição.

    Criado inicialmente para atender à necessidade de mão de obra qualifi-cada da Rede Metrológica do Estado de São Paulo (Remesp), o processo de reconhecimento tem um público-alvo de aproximadamente seis mil profissionais candidatos à certifica-ção, que trabalham em pelo menos 600 laboratórios de calibração espa-lhados pelo Estado.

    “Nesse primeiro momento espera-mos certificar, rapidamente, 100 pes-soas. Isso sem considerar a eventualadesão de mais estados e outras re-des metrológicas a essa iniciativa pio-neira. O programa começa com o re-conhecimento formal dos profissionais que, já trabalhando, atuem nesse mercado, e possam comprovar sua competência conforme as regras es-tabelecidas. Vamos estruturar cen-tros de treinamentos especializados que devem cumprir, integralmente, as aulas teóricas e práticas exigidas pelo sistema de qualificação e cer-tificação’’, explica um dos diretores da Remesp e diretor do Inter-Metro, Oswaldo Rossi Júnior (foto).

    Nesse momento, como ressalta-do anteriormente, o processo de certificação de metrologistas está reconhecendo os profissionais que já trabalham no setor, a partir das

    CertificaçãodeMetrologistas

    O mercado de vagas para esse perfil de profissional aumenta a cada dia emfunção do crescimento da indústria e dos serviços no País

    seguintes classificações:Nível 1 – Exerce a função de técni-

    co auxiliar, ou seja, é quem prepara os padrões físicos necessários às ca-librações; pode executar as medições de calibração com base em procedi-mentos previamente aprovados e va-lidados para os quais foi treinado; re-gistra os resultados das calibrações.

    Nível 2 – Corresponde ao metro-logista de laboratório, sendo um res-ponsável direto pela execução das medidas e do tratamento estatístico; determina erros de medição e avalia os resultados e a coerência do relató-rio de calibração; é o preparador efe-tivo dos procedimentos de calibração e o emissor do certificado formal de calibração.

    Nível 3 – Esse último posto da hierarquia é ocupado pelo gerente técnico, um profissional que aprova os procedimentos de calibração e, eventualmente, os elabora; calcula asincertezas da medição; analisa e in-terpreta as normas de calibração e as especificações; responde tecnica-mente pelas calibrações e qualidade dos serviços; e pode, em determina-das situações, ser o responsável pelo atendimento ao sistema da qualida-de do laboratório, com base na nor-ma ISO/IEC 17025; por último, é o profissional responsável pelo treina-mento dos níveis 1 e 2.

    A demanda para esse perfil de profissional aumenta a cada dia em função do crescimento da indústria

    e dos serviços no País, afirma Rossi. Entretanto, acrescenta o especialis-ta, os laboratórios de metrologia em calibração ainda enfrentam um obs-táculo comum no Brasil: a falta de qualificação profissional formal.

    “Como exemplo, citamos um le-vantamento feito pela ConfederaçãoNacional das Indústrias (CNI), reve-lando que pelo menos 70% das em-presas nacionais têm dificuldade para encontrar mão de obra qualificada. A área da metrologia não é diferente. O Brasil realizou avanços consideráveis, mas ainda faltam profissionais bem preparados e cursos mais especializa-dos para, praticamente, todos os se-tores da nossa economia. Esse atual processo de certificação, desenvol-vido na parceria entre a Abendi e a Remesp, certamente é uma forma de resolver esse problema’’, aposta Rossi. a

    rac

  • 27tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    rac

    Confira,abaixo,arelaçãodeTreinamentosReconhecidospelaAbendi

    ATSG - Academia Tecnológica deSistemas de Gestão LtdaBrisot Consultoria &Treinamento LtdaBureau Acta deCertificação - QS

    De Martini Ambiental

    DSGD Consultoria eTreinamento

    Fundação Vanzolini

    GL - Germanischer lLoyd

    HGB - Consultoria eGestão LTDAInstituto Falcão Bauer daQualidade

    Knower Consultoria

    LLOYD´S Register doBrasil

    Luis Fernando JolyAssumpção

    MCG Qualidade Ltda.

    Módulo SecuritySolutions

    PATHITTS

    RPD Consultoria &Treinamento

    Setec QualitasConsultoria eTreinamento LtdaYTEC - Tecno AmbientalLtda

    Legenda

    Curso de Formação de Auditor Líder

    Curso de Formação de Auditor Líder e Auditor Interno

    CONA

    MA 30

    6

    Gere

    nciam

    ento

    deSe

    rviço

    s de T

    I - A

    BNT

    NBR

    ISO/

    IEC

    2000

    0-1

    Siste

    mas d

    e Ges

    tãoAm

    bienta

    l - AB

    NTNB

    R IS

    O 14

    001

    Siste

    mas d

    e Ges

    tão da

    Conti

    nuida

    de do

    sNe

    gócio

    s - IS

    O 22

    301

    Siste

    mas d

    e Ges

    tão da

    Quali

    dade

    - ABN

    TNB

    R IS

    O 90

    01

    Siste

    mas d

    e Ges

    tão da

    Quali

    adad

    e - A

    BNT

    NBR

    ISO/

    TS 16

    949

    Siste

    mas d

    e Ges

    tão de

    Risc

    os - A

    BNT

    NBR

    ISO

    3100

    0

    Siste

    mas d

    e Ges

    tão de

    Segu

    ranç

    a e S

    aúde

    Ocup

    acion

    al - O

    HSAS

    1800

    1

    Siste

    mas d

    e Seg

    uran

    çada

    Infor

    maçã

    oAB

    NT N

    BR IS

    O/IE

    C 27

    001

    P

    P

    P P P PP

    P P P

    PP

    P

    PP

    PP P

    PP P

    PP

    PPPPP

    P

    P

    P

    PP

    P

    P

    PP

  • 28 revista abendi no 58outubro de 2013

    capa

    Governo pretende ampliar a malha e produzir Trens de Alta Velocidade (TAVs) e monotrilhos. Os investimentos podem chegar a R$ 91 bilhões

    Alexandra Alves

    E squecido por quase 50 anos, o setor ferroviário volta a ser as-sunto no Brasil. O País preten-de investir, novamente, num sistema de transporte vencido pela força da indústria automobilística, que vem ganhando velocidade desde o gover-no de Juscelino Kubitschek, entre os anos 1956 e 1961.

    Tendo a sua primeira estrada de fer-ro construída ainda na época do Impé-rio, a Nação enfrenta agora o desafio de retomar o setor, motivada pela re-dução de acidentes (o segmento ferro-viário é o que menos registra acidentes com mortes), do trânsito e da poluição. Para isso, o Ministério dos Transportes pretende incentivar o tráfego de carga pelos trilhos e tornar o trem melhor que o ônibus, estimulando a população a fazer a troca de modal.

    Os planos são ousados e incluem, so-bretudo, a ampliação da malha, o de-senvolvimento de Trens de Alta Veloci-dade (TAVs) e monotrilhos. Os recursos virão do Programa de Investimentos em Logística (PIL), que prevê para o se-tor a construção de 10 mil km de novas ferrovias, com investimentos da ordem de R$ 91 bilhões (R$ 56 bilhões gastos em cinco anos e R$35 bilhões projeta-dos para os próximos 25 anos).

    Além disso, o Governo promete, pormeio do Programa de Aceleração doCrescimento (PAC), aplicar R$12,8 bi-lhões (R$10,8 bilhões no período de 2011 a 2014, e os outros R$2 bilhões após 2014) na construção de 4.384,8 km de

    novas ferrovias exclusivamente para o transporte de cargas.

    Em entrevista à Revista Abendi, o mi-nistro dos Transportes, César Borges, disse que “uma nação de extensões continentais como o Brasil precisa de uma malha ferroviária ampla e moder-na, para levar a produção até os portos mais distantes do país. Após algumas décadas sem os recursos necessários, o Governo Federal vem investindo, nos últimos dez anos, na modernização e ampliação das nossas ferrovias. ’’

    E mesmo no período em que ficou abandonada, a indústria ferroviária se manteve firme do jeito que pôde. Afi-nal, segundo o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamen-tos Ferroviários e Rodoviários (Sime-fre), o segmento é responsável por em-pregar, direta ou indiretamente, 30 milpessoas, e tem capacidade atual insta-lada de 12 mil vagões, mil carros de passageiros e 250 locomotivas. “O se-tor está apto a absorver qualquer de-manda sem preocupações. A expec-tativa, até o final de 2013, é fabricar em torno de três mil vagões de carga, cerca de 100 locomotivas e entre 350 e 400 carros de passageiros’’, afirma o diretor executivo da entidade, Francis-co Petrini.

    Além disso, o faturamento do setor vem crescendo. Em 2011, foram R$3,8 bilhões; no ano seguinte, R$4,2 bilhões; e a estimativa até o fim deste ano é de R$4,8 bilhões. ”Existe uma expectativa em relação à modernização das malhas

  • 29tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    Setor ferroviáriotrilha o caminho do desenvolvimento

    Extensão das ferrovias de carga

    Malha atual ................................................................................... 30 mil km

    Em construção ............................................................................... 5 mil km

    Programa de Investimentos em Logística ..................................... 11 mil km

    Total até 2030 ................................................................................ 46 mil km

    Fonte: Abifer

  • 30 revista abendi no 58outubro de 2013

    capa

    ferroviárias de São Paulo, Rio de Janei-ro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Bra-sília, e a implementação de sistemas de TAVs em diversas capitais e cidades de médio porte, e de monotrilhos em São Paulo e Manaus. Muitos investimentos foram impulsionados pelos programas de incentivo e melhoria da mobilidade em função da Copa do Mundo e das Olimpíadas’’, assinala Petrini.

    ENDs – No passado e agora, mais do que nunca, o setor ferroviário conta com o apoio dos Ensaios Não Destru-tivos para se desenvolver plenamente.

    A siderúrgica Vallourec Tubos do Brasil, por exemplo, responsável pelaprodução do eixo ferroviário tubular e de componentes, entre eles compo-nentes estruturais para vagões, em-prega ENDs em todo o processo de fa-bricação, com objetivo de garantir a melhor qualidade. “Ainda assim, caso haja a detecção de algum desvio, são executadas, imediatamente, ações cor-retivas e de bloqueio, reduzindo o tem-

    po de reação e o custo envolvido’’, acrescenta o gerente de qualidade e P&D, Ronaldo Antunes.

    Os principais métodos usados pela empresa são Ultrassom (US), Correntes Parasitas (CPs) e Partículas Magnéticas (PM). “A inspeção usada na fabricação de eixos ferroviários tubulares foi de-senvolvida especificamente com essa fi-nalidade, utilizando as mais modernas tecnologias disponíveis globalmente e que são aplicadas também em outros segmentos do mercado com elevados padrões de qualidade, como o automo-tivo e o petrolífero’’, destaca Ronaldo.

    Outra empresa a apostar nos resul-tados dos ENDs é a Randon, uma das maiores fabricantes de reboques e se-mirreboques do mundo, que ingres-sou no segmento ferroviário em 2004, produzindo vagões dos tipos hopper, gôndola, tanque, carga geral, sider, pla-taforma, além de outros itens. A seguir, veja como a companhia emprega os Ensaios Não Destrutivos.

    Líquido Penetrante - Para a detec-

    ção de descontinuidades superficiais, como vazamentos em tubos, tanques, soldas e componentes;

    Ultrassom e Radiografia – Na veri-ficação de descontinuidades internas em materiais e também em regiões soldadas, baseando-se no fenômeno de reflexão de ondas acústicas quando encontram obstáculos à sua propaga-ção, dentro do material;

    Inspeção Visual – Os produtos pas-sam por criteriosa inspeção visual em várias etapas, desde linhas de fabrica-ção até o material pronto na expedi-ção. ‘’Há uma grande diversidade de produtos, por isso o ensaio visual (EV) é um dos mais importantes. Cada item tem detalhes e componentes diferen-ciados, portanto, as inspeções ocorrem em vários setores. São inspecionadas soldas, pintura, montagem de sistemas,acessórios, entre outros. A detecção de defeitos em cada etapa do processo, como trincas, corrosão, deformação, alinhamento, cavidades e porosidade, é de extrema importância para garan-

    abif

    er

    O Ministério dos Transportes pretende incentivar o tráfego de carga pelos trilhos e tornar o trem melhor que o ônibus

    O Ministro dos Transportes, César Borges

  • 31tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    tir a conformidade e a continuidade da produção’’, afirma o coordenador da engenharia da qualidade, Rafael Hoff Sobroza;

    Teste de Estanqueidade ou Hidros-tático – Usado na verificação de possí-veis vazamentos de líquidos, a fim de efetivar a garantia da segurança ope-racional dos produtos, bem como a in-tegridade do meio ambiente. É reali-zado em regiões soldadas, evitando a saída (tanques de transporte/arma-zenamento) ou a entrada de líquido no produto (vagões de transporte de grãos).

    ‘’Os ENDs permitem uma análise no produto pronto, normalmente execu-

    tada na própria linha de produção e/ou próximo a ela, sem a necessidade de fabricação de corpos-de-prova. A análise é imediata, e não comprome-te a demanda de produção, gerando resultados confiáveis. Atualmente, re-alizamos, rotineiramente, ensaios de estanqueidade nas nossas linhas de tanques, além de raios-X e ensaios vi-suais em todas as linhas de produção. Essas ferramentas auxiliam no controle do sistema de qualidade, reafirmando a segurança e a confiabilidade dos pro-dutos Randon’’, afirma Sobroza.

    A BBL, uma prestadora de serviços que exerce várias atividades no setor ferroviário, emprega ENDs nos contra-

    O Governo promete aplicar R$ 12,8 bilhões na construção de 4.384,8 km de novas ferrovias exclusivamente para o transporte de cargas

    tos de inspeção de fabricação, monta-gem e testes finais dos equipamentos. Os métodos mais utilizados são US, PM e LP (peças fundidas, forjadas, soldas, trilhos e rodas); ES (detecção de vaza-mento de tubulação enterrada) e IRIS (tubulação de trocadores de calor e caldeira).

    Ao recordar um caso de sucesso com o uso de END, o diretor da empre-sa, Nicolau Sevciuc, lembra que duran-te uma inspeção com o ensaio IRIS, emuma caldeira de alta pressão e produ-ção de vapor, foi encontrada uma gran-de quantidade de tubos com espessu-ras diminuídas devido à corrosão inter-na. “A espessura remanescente desses

    ’Uma nação de extensões continentais como o Brasil precisa de uma malha ferroviária ampla e moderna, para levar a produção

    até os portos mais distantes do País. Após algumas décadas sem os recursos necessários, o Governo Federal tem, nos últimos

    dez anos, investido na modernização e na ampliação das nos-sas ferrovias ’’, ministro dos transportes, César Borges.

  • 32 revista abendi no 58outubro de 2013

    capa

    metria (compostos elastoméricos) e os ensaios físicos (carga, deformação) dos componentes fornecidos. Além disso, na fase de desenvolvimento, a Vibetch utiliza um equipamento que permite realizar ensaios de fadiga sobre com-postos de elastômero.

    “Os produtos que fabricamos para o setor ferroviário são, na sua grandemaioria, constituídos de metal e elas-tômero (borracha natural). Alguns des-ses elementos (suspensão primária de trens) requerem que 100% dos com-ponentes sejam testados. Para aper-feiçoar o processo, é indispensável que ele seja acompanhado desde o recebi-mento da matéria-prima, adquirida de fontes certificadas, até todas as fases da fabricação. Afinal, esses tipos de componentes, caso não atendam aos requisitos do cliente, não permitem retrabalho’’, diz o diretor técnico da empresa, Bernard Baudouin.

    Certificação Profissional – Na Val-lourec, segundo o gerente de qualida-

    tubos era inferior à mínima de projeto. Se a empresa não trocasse ou isolasse estes tubos, haveria grande possibili-dade de rupturas da parede metálica do tubo, podendo provocar conse-quências desastrosas para a caldeira e para as pessoas que estivessem na proximidade’’, garante.

    A Vibetch, especializada na fabrica-ção de amortecedores industriais usa-dos nas áreas naval e militar, entre ou-tras, também vem trabalhando com o setor ferroviário desde 1980, no de-senvolvimento de itens para isolação vertical do truque do metrô carro, dos coxins para isolação de compressores, dos elementos amortecedores para aparelhos de choques de vagões, das palmilhas elastoméricas para os trucks (aumentando a vida útil de rolamentos e rodas); das peças de reposição para acoplamentos e dos pinos elásticos (bielas, acoplamentos flexíveis), etc.

    Na rotina da empresa, as principais ferramentas de END aplicadas pelo pes-soal de inspeção são os ensaios de reo-

    Mesmo abandonado por quase cinco décadas, o segmento é responsável por empregar, direta ou indiretamente, 30 mil pessoas

    de e P&D, a certificação profissional é extremamente importante para asse-gurar a confiabilidade dos ensaios re-alizados em produtos e equipamentos. “Nossa empresa investe continuamen-te na Qualificação e Certificação de pessoal em END, por meio de treina-mentos internos e externos. ’’

    O coordenador da engenharia da qualidade da Randon, Rafael Hoff So-broza, comenta que existe, atualmen-te, uma carência muito grande de pro-fissionais devido à capacitação neces-sária para realizar alguns Ensaios Não Destrutivos.

    “Temos uma diversidade de produ-tos e processos empregados na fabri-cação que torna impossível tanto con-centrar em um único profissional todos os conhecimentos necessários paraatender as nossas necessidades, como justificar investimento na contrataçãode funcionários vinculados à empresa. A alternativa é a contratação de em-presas especializadas nesse tipo de serviço, que praticamente detêm a

  • 33tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    No Metrô, segundo o técnico Luiz do Nascimento Pereira Junior, há pro-fissionais qualificados para as técnicas de LP, US, AV e, mais recentemente, em Termografia. A Gerência de Manuten-ção também conta com um profissio-nal certificado em Termografia Nível 3, pelo Sistema Nacional de Qualificação e Certificação (SNQC/END), e dois fun-cionários participando das reuniões

    maioria dos profissionais qualificados disponível no mercado. ’’

    Já a Vibetch, para investir em quali-ficação profissional, oferece cursos de especialização em entidades externas (em particular em laboratório de en-saios de elastômero) e, internamente, tem uma política de formação e de promoção do pessoal.

    Em 2011, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) con-tratou uma empresa para capacitar 12 técnicos em inspeção termográ-fica e, mais recentemente, para tra-balhar com Ultrassom. Atualmente, a empresa avalia a possibilidade de constituir equipes dedicadas a essas inspeções, visando à formação de mão de obra especializada nesta área.

    “De forma geral, os funcionários daCPTM são treinados para a utilização dos equipamentos adquiridos, garan-tindo a execução das atividades de en-saios. Entretanto, seria bastante opor-tuno se existisse uma certificação es-pecífica para a aplicação fundamenta-da em normas direcionadas para a fer-rovia, como já vimos em outras áreas’’, sugere um dos gerentes do Setor de Manutenção da companhia, Márcio Machado.

    O faturamento da área vem crescendo, com estimativa de 4,8 bilhões até o fim do ano

    mensais do Grupo Técnico em Norma-lização (GTN) Ferroviário para Trilhos e Eixos de Trens, na Abendi.

    ‘’Para aplicações de END voltadas para via permanente e trens, faltam profissionais qualificados no mercado e, por isso, o Metrô tem investido na qualificação de suas próprias equipes’’, acrescenta o técnico. (leia mais sobre CPTM e Metrô na página 34).

    Conheça as atividades de Normalização da Abendi no setor ferroviário

    Atenta à retomada da área ferroviária, a equipe de profissionais do Setor de Normalização da Abendi reuniu especialistas e criou um grupo

    para revisão das normas técnicas da ABNT voltadas ao segmento:

    NBR 7047 - Ensaios Não Destrutivos – Ultrassom – Determinação de descontinuidade em eixo ferroviário, que prescreve o método de detecção

    e avaliação de descontinuidades internas em eixos forjados por Ultrassom manual no processo de fabricação e em condições operacionais para

    transporte de passageiros e/ou carga.

    PN 58:000.06-007 - Ensaios Não Destrutivos – Ultrassom – Determinação de descontinuidade em trilho ferroviário, que prescreve o método de

    detecção e avaliação de descontinuidades internas em trilhos laminados e juntas soldadas pelos métodos de ultrassom manual e contínuo, no

    processo de fabricação e em condições operacionais para transporte de passageiros e/ou carga.

    Os dois documentos já foram finalizados e, em breve, estarão disponíveis no site de consulta nacional da ABNT para comentários. Além disso,

    o grupo em questão também tratará de outros temas ligados ao segmento ferroviário. Os interessados em participar das discussões podem

    enviar email ou ligar: [email protected] e (011) 5586-3145.

  • 34 revista abendi no 58outubro de 2013

    capa

    A área de Engenharia da CPTM é submetida constantemente aos Ensa-ios Não Destrutivos. Abaixo, seguem os trabalhos desenvolvidos pelos de-partamentos de Engenharia de Siste-mas, Material Rodante e Via Perma-nente.

    Ensaios Não Destrutivos são palavras deordem na CPTM e no Metrô

    Engenharia de Sistemas - No Setor de Engenharia, a CPTM emprega ENDs com o uso de equipamento de termo-visão e análise cromatográfica de óleo de transformadores.

    A inspeção termográfica é realiza-da principalmente nos barramentos,

    equipamentos e alimentadores das subestações energizadas, evitando a necessidade de desligamentos e in-disponibilidade do sistema. Com isso, há menos intervenções com desliga-mentos e a atuação das equipes res-tringe-se a corrigir eventuais pontos

  • 35tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    de aquecimento, permitindo maior produtividade da equipe de manuten-ção e mais disponibilidade e confiabi-lidade do sistema elétrico de tração. Com a concentração das atividades no estágio inicial dos problemas, a CPTM consegue evitar falhas mais sé-rias (como rompimento de trilhos) e o deslocamento desnecessário da mão de obra para resolver situações como essas.

    “As equipes de subestações reali-zam as inspeções termográficas nos equipamentos da subestação de for-ma sistemática. Estamos em processo de aquisição de três novos equipa-mentos de termografia para os pro-fissionais de manutenção do sistema de energia da CPTM. A companhia também estuda a aquisição de câme-ras de termovisão para a filmagem em movimento da rede aérea’’, destaca um dos gerentes de Manutenção da empresa, Márcio Machado.

    Outro gerente, Nilton Herculin, sa-lienta que a CPTM estuda a possibili-dade de realizar inspeções por meio de equipamentos instalados nos pró-prios trens em circulação, detectando, em tempo real, as anomalias na rede aérea de tração do sistema de alimen-tação elétrica.

    Engenharia de Material Rodante – Nesse setor as principais ferramentas de END utilizadas são Ultrassom (US) e Líquido Penetrante (LP), na identifi-cação de trincas em eixos, rodeiros e outras estruturas mecânicas do mate-rial rodante sujeitas a esforços repeti-tivos.

    “Recentemente foram inspeciona-das barras de ancoragem dos trens Sé-rie 1100. Em uma delas foi identificada pequena anormalidade que poderia evoluir para a ruptura total, causando problemas de grande monta. Com a realização do ensaio, a barra de anco-ragem foi substituída. As vantagens

    desses métodos consistem, principal-mente, na rapidez e eficiência com quesão aplicados, possibilitando evitar ocorrências que envolvam segurança operacional. Adquirimos, há pouco tempo, sofisticados equipamentos de ultrassom para material rodante’’, afirma mais um gerente da equipe de manutenção, Henry Munhoz.

    Engenharia de Via Permanente – As inspeções nessa área são feitas utilizando o carro controle, que faz avaliação por ultrassom (detecção de defeitos internos nos trilhos e em suas soldas), com o veículo em movimento a baixa velocidade. A avaliação sina-liza um possível problema nos trilhos ou nas soldas e a confirmação do pro-blema é feita pelas equipes de campo que investigam, com aparelhos manu-ais, os pontos sinalizados pelo carro controle.

    “Com uma extensão de 560 km de vias principais e mais 130 km de vias secundárias e pátios, a adoção de téc-nicas dinâmicas é fundamental para garantir uma periodicidade mínima entre as intervenções. Também são realizadas inspeções por Líquido Pe-netrante (LP) e revelador, utilizadas para verificar possíveis falhas de fun-dição e trincas superficiais’’, comple-menta o gerente Munhoz.

    Segundo ele, a CPTM acabou de in-vestir na compra de um carro contro-le e em equipamentos de uso manual para ultrassom em trilhos. Também está em estudo a aquisição de um veí-culo rodoferroviário para inspeção por ultrassom, complementando os servi-ços prestados pelo carro controle, oti-mizando, assim, a produtividade.

    Metrô

    Os investimentos do Metrô em téc-nicas de monitoramento foram in-crementados a partir de 1980, com a sistematização das inspeções ul-

    trassônica de trilhos e radiográfica de componentes de aparelhos de mu-dança de via. Dez anos depois, a em-presa contratou os primeiros serviços de termografia, adquiriu instrumen-tos para estudos de análise de vibra-ção e iniciou uma rotina de inspeção ultrassônica dinâmica dos trilhos, por meio de um veículo dotado de 24 transdutores.

    De forma geral, as técnicas de END mais empregadas diariamente no Me-trô são Ultrassom (US), Análise de Vi-bração (AV), Líquidos Penetrantes (LP), Partículas Magnéticas (PM) e Termo-grafia.

    Os LPs são usados na detecção de defeitos superficiais em peças e com-ponentes mecânicos nas etapas de fabricação, recebimento de materiais e manutenção em oficina; o US iden-tifica trincas e descontinuidades in-ternas, com foco principal em trilhos, soldas e aparelhos de mudança de via; a AV aponta defeitos em rolamentos e motores; e a Termografia constata falhas de origem térmica em equipa-mentos elétricos e eletromecânicos instalados nas estações, nos trens e ao longo da via permanente; por fim, as PMs revelam defeitos superficiais e subsuperficiais em truques dos trens.

    “Existem equipes próprias e tercei-rizadas responsáveis pela realização de inspeções com LPs, US, medições de sinais para análise de vibração e termografia nos equipamentos insta-lados nas estações, nos trens e ao lon-go da via. A utilização da termografia, por exemplo, evita a ocorrência de de-feitos de origem térmica, que podem resultar na destruição parcial ou total dos equipamentos e, em muitos casos, provocar a paralisação da operação comercial. Com essa técnica, também reduzimos em 10% nosso custo de um equipamento destruído pela ação de altas temperaturas’’, explica o técnico do Metrô, Márcio Satoshi Torii.

  • 36 revista abendi no 58outubro de 2013

    capa

    Considerada o principal projeto fer-roviário do Governo Federal no mo-mento, a Ferrovia Norte-Sul priorizará o carregamento de cargas, embora não haja impedimento para que os trens também façam o transporte de passageiros, desde que desperte o in-teresse de alguma empresa.

    Quando concluída, a ferrovia, de responsabilidade da Valec (empresa pública responsável pela venda de capacidade de transporte nas novas ferrovias federais), terá a extensão de 4.155,6 km e cortará os estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A estrada de ferro ser-virá como espinha dorsal do Brasil, e foi concebida com o propósito de am-pliar e integrar o sistema ferroviário.

    Ferrovia Norte-Sul: o símbolo da retomada do setorA estrada de ferro servirá como espinha dorsal do Brasil

    Acompanhe, abaixo, o cronograma das obras:

    • O trecho Porto de Vila do Conde/MA – Açailândia/TO (incluído no PIL) pos-sui 480 km e tem data provável para licitação em novembro de 2013;

    • O trecho Açailândia/TO − Palmas /TO, com 719 km, foi subconcedido à Vale S.A em 2007 e está em operação;

    • O trecho Palmas/ TO – Anápolis/GO tem 855 km e está em processo de finalização das obras (91% de execução). Os antigos contratos foram encerrados e os trabalhos não foram concluídos. Quatro novos acordos fazem os serviços de taludes, brita para sustentação dos dormentes e desvios e pátios de manobra, no valor de R$ 400 milhões;

    • O trecho Ouro Verde/GO – Estrela d’Oeste/SP possui 681 km e está em obras, com 35% de execução. O valor global do empreendimento é de R$ 2,7 bilhões;

    • O trecho Estrela D´Oeste/SP – Panorama/SP tem 264 km e será construído pela iniciativa privada, ou seja, está incluído no PIL, a ser licitado até o fim deste ano;

    • O trecho Panorama – Chapecó - Rio Grande, com 1200 km, está em fase de análise pelo EVTEA (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental), contratado em dezembro de 2012 a ser concluído até abril de 2014.

    Panorama mundial do setor ferroviárioPelo menos 63% das entregas nacionais são feitas por rodovia, contra aproximadamente26% por ferrovia

    No Brasil, a matriz do transporte se-gue uma tendência oposta a de outros países. Aqui, 63% das entregas são feitas por rodovia, contra aproxima-damente 26% por ferrovia. Em outros países, como a Rússia, esse percentual é bem maior por ferrovia, em torno de

    40%, sendo que as hidrovias cobrem cerca de 30%.

    “No que diz respeito à concorrência estrangeira, a indústria ferroviária tem respondido de forma eficiente, compe-titiva e inovadora, porém, sofre com os preços insustentáveis da mão de obra

    chinesa, por exemplo. Para manter-se competitiva, precisa de escala, regula-ridade e programação de encomendas, o que requer planejamento integrado por parte das concessionárias’’, explica o diretor executivo do Simefre, Francis-co Petrini.

  • 37tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    Ferrovias de carga

    País ExtensãoEUA .................................................................. 226.612 kmRússia .............................................................. 85.500 kmÍndia ................................................................. 63.140 kmBrasil ................................................................ 30.051 km

    Trens de Passageiros

    Metrô México......................................... 202 kmMetrô Paris ............................................. 213 kmMetrô Londres ........................................ 400 kmMetrô Nova Iorque ................................. 369 kmMetrô São Paulo..................................... 74,2 km

    Fonte: Simefre

    Propostas das entidades do segmento Representantes de entidades do

    setor ferroviário cobram mais aten-ção do Governo ao transporte sobre trilhos. O Simefre, por exemplo, quer que a indústria metroferroviária seja enquadrada em medidas como a de-soneração da folha de pagamento e postergação do pagamento do PIS/Cofins. “Pleiteamos, também, entre outras coisas, que em futuras con-corrências internacionais, os gover-nos utilizem a margem de preferên-cia de 25% facultada em lei para o mercado nacional”, sublinha o pre-

    sidente do sindicado, José Martins.Além do Simefre, outras institui-

    ções do segmento estão na mesma toada. No início do ano, foi enviada a “Carta de Petrópolis” aos poderes Executivo e Legislativo. Assinada, en-tre outros, pelo Movimento de Preser-vação Ferroviária, Associação Nacio-nal dos Transportadores de Passagei-ros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Associa-ção Nacional dos Transportadores Fer-roviários (ANTF) e Associação Brasi-leira da Indústria Ferroviária (Abifer), o documento sugere uma série de

    medidas voltadas à expansão do trans-porte ferroviário, entre elas o TAV, e a aceleração das obras das Ferrovias Norte- Sul, Oeste-Leste, Transnordesti-na e aos demais empreendimentos es-truturantes em curso no setor. São pelo menos 25 reivindicações, com destaque para a retomada imediata do projeto de Trens Regionais de Passageiros e a soli-citação de que o Governo leve em conta as reais necessidades da população, “a partir de estudos, soluções e recomen-dações de especialistas e entidades re-presentativas da sociedade civil”.

    Capacitação é fundamental para o crescimentodo setor ferroviário

    “Toda e qualquer iniciativa que vise à preservação da vida é sempre louvá-vel. Logo, para qualquer setor é muito importante poder contar com entida-des como a Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi).

    O setor ferroviário é um dos que menos registra mortes em acidentes, mesmo assim, sabemos que a falta

    de manutenção em algumas ferrovias amplia a possibilidade de que falhas aconteçam. Outro fator importante para complementar esse quadro é, sem dúvida, a falta de capacitação da-queles que integram o sistema.

    Nesse momento em que o País se volta para o setor ferroviário, com pro-jetos de ampliação da malha, desen-volvimento de trens de alta velocida-

    de, trens regionais, TAVs e monotri-lhos, o trabalho de qualificação surge como fator importante.

    Mais do que nunca precisamos ter profissionais à altura das novas estru-turas, conhecedores das normas téc-nicas, aptos a trabalhar dentro dos conceitos de sustentabilidade, saúde e segurança. É importante que os em-presários tenham essa consciência e

  • 38 revista abendi no 58outubro de 2013

    capa

    invistam nessa formação. Está claro que o País é plenamente capaz de produzir com qualidade e tecnologia. Então, ele precisa provar que também pode operar seus sistemas com esse mesmo nível de desempenho.

    Para tanto, é necessário buscar par-cerias de entidades reconhecidas e capacitadas, como é o caso da Abendi. Nós, do Simefre (Sindicato Interesta-dual da Indústria de Materiais e Equi-pamentos Ferroviários e Rodoviários), desenvolvemos um árduo trabalho

    junto aos nossos associados, no sen-tido de difundir iniciativas que permi-tam elevar a qualificação dos profissio-nais e, consequentemente, do segmen-to.

    O setor ferroviário ainda tem muito que crescer, e esse crescimento pas-sa por políticas econômicas viáveis (que permitam a redução dos custos, da carga tributária, energia elétrica, juros menores), investimento em tec-

    nologia, logística e, acima de tudo, no ser humano.

    Pensando nisso, muitas universi-dades vêm criando em suas grades a cadeira de engenharia e tecnologia ferroviária. O Senai deverá inaugurar escola especializada formadora de engenheiros e técnicos ferroviários, e o Simefre participará na elabora-ção dos currículos e programas dos cursos.’’

    Francisco Petrini, diretor executivo do Simefre

    Fonte: Abifer

  • 39tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    Trilhando o desenvolvimentoTransporte Ferroviário - Benefício Social - Fonte: ANP Trilhos

    TAVProjetos Malhas de Alta Velocidade no Brasil

    Fonte: Abifer

    O sistema sobre trilhos gera um ganho da ordem de R$ 15 bilhões à toda comunidadeEsse ganho é medido em relação à redução:

    • do tempo de deslocamento;

    • do consumo de combustíveis;

    • da emissão de gases poluentes; e

    • do número de aciedentes de trânsito.

  • 40 revista abendi no 58outubro de 2013

    capa

    Fonte: Abifer

    Trilhando o desenvolvimento

    Extensão das Ferrovias de Passageiros - Resumo• Malha atual (urbana + metropolitana) 1.000 km

    • PAC Mobilidade Grandes Cidades 200 km

    • Governos São Paulo / Rio de Janeiro 300 km

    • Trens Regionais

    Governo São Paulo 400 km

    Governo Federal / Outros 1.600 km

    • Trens de Alta Velocidade

    RJ / SP / CP 500 km

    SP / Curitiba

    CP / BH

    CP / Triângulo Minerio / Brasília

    Total até 2.030 6.000 km

    2.000 km

    Fonte: Ministérios dos Transportes

    Investimentos em Ferrovias

    91Bilhões10 mil km

    56 bilhõesInvestimentos em 5 anos

    35 bilhõesInvestimentos em 25 anos

  • 41tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

    Investimentos PrivadosTransnordestina Logística (CSN) – 1.728 kmEliseu Martins – Suape (1105 km) – previsão 2015Salgueiro – Pecém (623 km) – previsão 2016Expansão Ferronorte (ALL) – 262 km – 2° Semestre/2013 Segregação Leste (MRS) – 12 km – 2° Semestre/2013(Itaquaquecetuba – Suzano)Duplicação EF Carajás – 605 kmLigação Serra Sul/ EF Carajás – 110 kmPlano expansão VALE para 2016/2017Duplicação Ferroban (ALL) - Rumo LogísticaSumaré-Santos – 180 km – previsão 2013/2014 Ferrovia Norte-Sul – 3.071 km

    Ferrovia Norte-Sul – Trecho Sul – 1.298 kmPalmas/TO – Uruaçu/GO – 457 km – 91% realizadosUruaçu/GO – Anápolis/GO