cisto Ósseo traumÁtico mandibular: relato de caso...

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173 ISSN 2176-9095 MINI REVISÃO/MINI REVIEW Science in Health set-dez 2013; 4(3): 173-7 CISTO ÓSSEO TRAUMÁTICO MANDIBULAR: RELATO DE CASO MANDIBULAR TRAUMATIC BONE CYST: CASE REPORT Tiago Estevam de Almeida 1 João Paulo Silveira Gandara 1 Gabriel Helene Cainelli 1 José Antonio Scrocco da Silva 1 Caio Maximiano de Oliveira 1 Maria Luiza Ramos de Carvalho 1 Rodrigo Ippolito Bouças 2 Marcelo Aug usto Fontenelle Ribeiro Jr 3 Eduardo Achar 4 RESUMO O cisto ósseo traumático é uma lesão não neoplásica, que não apresenta cápsula de revestimento epitelial, não caracterizan- do, assim, um cisto clássico. Acredita-se que a lesão se origine devido a uma hemorragia intraóssea com consequente lique- fação do coágulo, levando formação de uma cavidade patológica. A incidência do cisto ósseo traumático é de 1% dos cistos maxilo-mandibulares, acometendo principalmente a região de sínfise e corpo mandibular. A maior prevalência é na segunda década de vida, sendo rara em adultos. Por ser assintomático, é diagnosticado, normalmente, em exames de imagem de rotina. Em relação ao tratamento, há diversas abordagens: ressecção, curetagem, enxerto ósseo, injeção de corticosteroides e, mais recentemente, injeção de medula óssea autóloga. Neste trabalho é relatado um caso diagnosticado após um ano de acompanhamento ortodôntico, onde se optou pelo tratamento cirúrgico do cisto ósseo traumático, demonstrando ser um procedimento simples e com um prognóstico, em longo prazo, extremamente favorável. Palavras-chaves: Cistos ósseos • Ferimentos e lesões • Doenças maxilares • Cirurgia bucal. ABSTRACT The traumatic bone cyst is a non-neoplastic lesion that lacks capsule epithelial lining; therefore it is not a classic cyst . It is believed that the lesion is originated due to an intra-osseous hemorrhage with resultant liquefaction of the clot leading to formation of a pathologic cavity. The incidence of traumatic bone cyst is 1% of the maxillo-mandibular cysts, affecting mainly the region of mandibular symphysis and body. The highest prevalence is in the second decade of life and it is rare in adults. Being asymptomatic, it is usually diagnosed on routine imaging studies. Regarding to treatment, there are several approaches: resection, curettage, bone grafting, corticosteroid injection and, more recently, injection of autologous bone marrow. We report a case diagnosed after one year follow-up orthodontic, where we opted for surgical treatment of trau- matic bone cyst, proving to be a simple procedure and prognosis, long-term, extremely favorable. Key-words: Bone cysts; Wounds and injuries; Maxillary diseases; Diagnosis; Surgery, oral. 1 Acadêmicos de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). 2 Mestre e Doutor em Bioquímica pela UNIFESP-EPM; Professor Adjunto pela Universidade de Santo Amaro (UNISA); Professor pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) e Professor pela Universidade Bandeirante – Anhanguera (UNIBAN). 3 Mestre e Doutor em Cirurgia pela UNIFESP-EPM; Professor Titular e Chefe do núcleo de Clínica Cirúrgica da Universidade Santo Amaro (UNISA); Coordenador do Curso de Medicina da UNISA e Professor de Habilidades Cirúrgicas da UNICID. 4 Mestre e Doutor em Neologia pela UNIFESP-EPM; Especialista em Docência pela Universidade Cidade de São Paulo; Professor Tutor e de Habilidades Cirúrgicas da UNICID.

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Science in Health set-dez 2013; 4(3): 173-7

C I S TO Ó S S EO T RAU M ÁT I CO M AN D I B U L AR: RE L ATO D E C A S O

M AN D I B U L AR T RAU M AT I C B O N E C YS T: C A S E RE P O RT

Tiago Estevam de Almeida1

João Paulo Silveira Gandara1 Gabriel Helene Cainelli1

José Antonio Scrocco da Silva1 Caio Maximiano de Oliveira1

Maria Luiza Ramos de Carvalho 1

Rodrigo Ippolito Bouças2

Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Jr3

Eduardo Achar4

R E S U M O

O cisto ósseo traumático é uma lesão não neoplásica, que não apresenta cápsula de revestimento epitelial, não caracterizan-do, assim, um cisto clássico. Acredita-se que a lesão se origine devido a uma hemorragia intraóssea com consequente lique-fação do coágulo, levando formação de uma cavidade patológica. A incidência do cisto ósseo traumático é de 1% dos cistos maxilo-mandibulares, acometendo principalmente a região de sínfise e corpo mandibular. A maior prevalência é na segunda década de vida, sendo rara em adultos. Por ser assintomático, é diagnosticado, normalmente, em exames de imagem de rotina. Em relação ao tratamento, há diversas abordagens: ressecção, curetagem, enxerto ósseo, injeção de corticosteroides e, mais recentemente, injeção de medula óssea autóloga. Neste trabalho é relatado um caso diagnosticado após um ano de acompanhamento ortodôntico, onde se optou pelo tratamento cirúrgico do cisto ósseo traumático, demonstrando ser um procedimento simples e com um prognóstico, em longo prazo, extremamente favorável.

Palavras-chaves: Cistos ósseos • Ferimentos e lesões • Doenças maxilares • Cirurgia bucal.

A B S T R A C T

The traumatic bone cyst is a non-neoplastic lesion that lacks capsule epithelial lining; therefore it is not a classic cyst . It is believed that the lesion is originated due to an intra-osseous hemorrhage with resultant liquefaction of the clot leading to formation of a pathologic cavity. The incidence of traumatic bone cyst is 1% of the maxillo-mandibular cysts, affecting mainly the region of mandibular symphysis and body. The highest prevalence is in the second decade of life and it is rare in adults. Being asymptomatic, it is usually diagnosed on routine imaging studies. Regarding to treatment, there are several approaches: resection, curettage, bone grafting, corticosteroid injection and, more recently, injection of autologous bone marrow. We report a case diagnosed after one year follow-up orthodontic, where we opted for surgical treatment of trau-matic bone cyst, proving to be a simple procedure and prognosis, long-term, extremely favorable.

Key-words: Bone cysts; Wounds and injuries; Maxillary diseases; Diagnosis; Surgery, oral.

1 Acadêmicos de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).2 Mestre e Doutor em Bioquímica pela UNIFESP-EPM; Professor Adjunto pela Universidade de Santo Amaro (UNISA); Professor pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) e Professor

pela Universidade Bandeirante – Anhanguera (UNIBAN).3 Mestre e Doutor em Cirurgia pela UNIFESP-EPM; Professor Titular e Chefe do núcleo de Clínica Cirúrgica da Universidade Santo Amaro (UNISA); Coordenador do Curso de Medicina da

UNISA e Professor de Habilidades Cirúrgicas da UNICID.4 Mestre e Doutor em Nefrologia pela UNIFESP-EPM; Especialista em Docência pela Universidade Cidade de São Paulo; Professor Tutor e de Habilidades Cirúrgicas da UNICID.

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Almeida TE, Gandara JPS, Cainelli GH, Silva JAS, Oliveira CM, Carvalho MLR, Bouças RI, Ribeiro Jr. MAF, Achar E. Cisto ósseo traumático mandibular: relato de caso. • Science in Health • set-dez 2013; 4(3): 173-7

I N T RO D U Ç ÃO

O cisto ósseo traumático é uma lesão não neo-plásica, que não apresenta cápsula de revestimento epitelial com evidencia própria, não possuindo, as-sim, características de cistos. Essa ausência de cáp-sula faz com que sua patogênese não seja totalmente conhecida1. Acredita-se que a lesão se forme, pro-vavelmente, devido a uma hemorragia intraóssea com consequente liquefação do coágulo, levando à formação de uma cavidade patológica, o “cisto” 2.

A incidência do cisto ósseo traumático é de 1% de todos os cistos maxilo-mandibulares, acometen-do principalmente a região de sínfise e corpo man-dibular. A maior prevalência é na segunda década de vida, sendo rara em adultos 2,3.

Essa patologia apresenta uma diversidade de de-nominações na literatura médica e odontológica, como: cisto ósseo simples, cisto ósseo traumático, cisto ósseo hemorrágico e cisto ósseo solitário.

Normalmente, esses cistos são diagnosti-cados em exames de imagem de rotina, já que são assintomáticos, apresentando uma imagem unilocular delimitada por uma cortical.

Com relação ao tratamento, há uma divergên-cia na literatura, desde o tratamento cirúrgico até o acompanhamento que espera por uma resolução espontânea.

A proposta deste trabalho é relatar um caso ci-rúrgico de cisto ósseo traumático, demonstrando que tal patologia apresenta um tratamento simples com um prognóstico, em longo prazo, extrema-mente favorável.

RE L ATO D E C A S O

Paciente C.L.S., 21 anos de idade, gênero mas-culino, leucoderma, residente no município de Santa Isabel, no Estado de São Paulo, Brasil, foi encaminhado ao Serviço de Cirurgia Bucomaxilo-facial do Hospital Municipal de Urgências de Gua-

rulhos por seu ortodontista que descobriu a lesão radiolúcida na região mentual em uma radiografia panorâmica de controle. O curioso é que o orto-dontista só observou a presença da lesão um ano após o início do tratamento.

A anamnese revelou um trauma na região men-tual quando o paciente tinha 4 anos de idade. Ao exame físico não se constatou nenhum abaulamen-to ou crepitação óssea. Também os elementos den-tários envolvidos na lesão apresentavam vitalidade pulpar aos testes térmicos e de percussão.

Os exames de imagem, radiografia panorâmi-ca e tomografia computadorizada, revelaram uma lesão radiolúcida em região mentual, entre os ele-mentos dentários 13 e 23.

Com base na história coletada e nos exames complementares, foi proposta como tratamento a biópsia excisional.

O ato cirúrgico foi realizado sob anestesia geral com intubação naso-traqueal, no qual se realizou uma incisão tipo Novak-Peter entre os elementos dentários 13 a 23. Ao se expor a região do mento, notou-se que o osso nessa região estava papiráceo e assim não houve dificuldades para se realizar a punção que apresentou um conteúdo sanguinolen-to. Foi realizada uma osteotomia vestibular com ta-manho aproximado 3,0 por 2,0 cm a partir de um alveolótomo. A cavidade óssea foi curetada e abun-dantemente irrigada onde se confirmou a ausência de cápsula cística.

Os fragmentos ósseos e o conteúdo da punção foram enviados para análise patológica que revela-ram aspectos de normalidade. A ferida cirúrgica foi suturada com fio de nylon 4,0, sendo removida com 7 dias de pós-operatório.

RE S U LTAD O S E D I S C U S S ÃO

O cisto ósseo traumático tem como principal teoria fisiopatológica um trauma, que levaria a uma

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Almeida TE, Gandara JPS, Cainelli GH, Silva JAS, Oliveira CM, Carvalho MLR, Bouças RI, Ribeiro Jr. MAF, Achar E. Cisto ósseo traumático mandibular: relato de caso. • Science in Health • set-dez 2013; 4(3): 173-7

hemorragia intraóssea, com consequente liquefa-ção do coágulo, e à formação de uma cavidade cís-tica, indo de acordo com o caso relatado, já que na história da lesão o paciente apresentou um trauma na região quando tinha 4 anos de idade1,2.

Com relação à epidemiologia, a literatura afir-ma que essa patologia é mais comum na segunda década de vida4,5. No caso apresentado, o paciente acabara de entrar na 3° década de vida; esse diag-nóstico um pouco tardio em relação à literatura aconteceu devido à falha de seu ortodontista que não deu atenção devida a sua documentação orto-dôntica.

Essa patologia apresenta uma prevalência maior no gênero masculino6 indo de acordo com o caso,

porém alguns autores relatam não haver diferença entre os gêneros7.

Com relação à localização do cisto ósseo trau-mático, este é mais comum na mandíbula, região do corpo seguido da região de sínfise4, onde estava localizada a patologia do caso relatado.

Há uma concordância da literatura de que o cisto ósseo traumático apresenta-se assintomático; sendo assim, se explica seu diagnóstico durante ra-diografias de rotina, como no caso exposto8

A literatura relata diversas modalidades de tra-tamento, incluindo ressecção, curetagem, enxerto ósseo, injeção de corticosteroides e, mais recen-temente, injeção de medula óssea autóloga9,10 .

Figura I: Aspecto transoperatório, onde se nota cavidade óssea vazia após lavagem.

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Dentre estas, a curetagem cirúrgica com intensa lavagem da cavidade óssea é a opção mais recomen-da1,2, o que vai de acordo com o relato apresenta-do (Figura I). Por fim, a literatura também afirma que esses cistos podem regredir de forma espontâ-nea. Devido a ser um procedimento de baixo ris-co e também à necessidade de rápida resolução do caso para que o paciente continuasse o tratamento ortodôntico, optou-se pelo tratamento cirúrgico. A Figura II evidencia a radiografia panorâmica de controle pós-operatório após a cirurgia, onde já se observa reconstituição óssea no local.

Embora sua recidiva seja rara e esteja relacio-nada a uma intervenção inadequada, recomenda-se

um período de proservação para acompanhar a re-missão da lesão e detectar precocemente possíveis alterações na resposta ao tratamento11.

Portanto, o cisto ósseo mandibular traumático, por ser considerado assintomático, é diagnostica-do, normalmente, em exames de imagem de roti-na. Em relação ao tratamento, foram observadas diversas abordagens, entre elas, ressecção, cureta-gem, enxerto ósseo, injeção de corticosteroides e, mais recentemente, injeção de medula óssea autó-loga. O tratamento cirúrgico demonstrou ser um procedimento simples e com um prognóstico, em longo prazo, extremamente favorável.

Figura II: Radiografia panorâmica de controle pós-operatório após a cirurgia, onde já se observa reconstituição óssea no local.

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Almeida TE, Gandara JPS, Cainelli GH, Silva JAS, Oliveira CM, Carvalho MLR, Bouças RI, Ribeiro Jr. MAF, Achar E. Cisto ósseo traumático mandibular: relato de caso. • Science in Health • set-dez 2013; 4(3): 173-7

Embora diversas publicações científicas eviden-ciem relatos de caso e os diferentes tratamentos dessas lesões, a ausência de informações sobre a etiopatogênese do cisto ósseo impossibilita qual-quer discussão sobre a participação do trauma or-

todôntico em seu desenvolvimento. Assim, o orto-dontista necessita de atenção especial aos exames radiográficos possibilitando, assim, um diagnóstico precoce e preciso de possíveis lesões ósseas.

R E F E R Ê N C I A S :

1 . Lago CA, Cauás M, Pereira AMP, Portela L. Cis-to ósseo traumático em mandíbula: relato de caso. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac 2006 abr./jun.;6(2):17-22.

2 . Shear M. Cistos da região bucomaxilofacial: diag-nóstico e tratamento. 3 ed. São Paulo: Ed. Santos; 1999.

3 . Sapp JP, Stark ML. Self-healing traumatic bone cysts. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1990 May;69(5):597-602.

4 . Copete MA, Kawamata A, Langlais RP. Solitary bone cyst of the jaws: radiographic review of 44 cases. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 1998 Feb;85(2):221-5.

5 . Xanthinaki AA, Choupis KI, Tosios K, Pagkalos VA, Papanikolaou SI. Traumatic bone cyst of the mandible of possible iatrogenic origin: a case re-port and brief review of the literature. Head Face Med 2006 2(40.

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7 . Schreuder HW, Conrad EU, 3rd, Bruckner JD, Howlett AT, Sorensen LS. Treatment of simple bone cysts in children with curettage and cryosur-gery. J Pediatr Orthop 1997 Nov-Dec;17(6):814-20.

8 . Valladares CP, Israel MS, Noleto JW, Braga CLS, Lourenço SdQC, Dias EP. Cisto ósseo simples em pacientes sob tratamento ortodôntico: relato de dois casos. Revista Dental Press de Ortodontia e Orto-pedia Facial 2008 mar./abr.;13(2):132-7.

9 . Fielding AF, Louden RD, Johnson AL. Simple bone cyst. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol En-dod 1999 Sep;88(3):277-8.

1 0 . Lokiec F, Wientroub S. Simple bone cyst: etiology, classification, pathology, and treatment modali-ties. J Pediatr Orthop B 1998 Oct;7(4):262-73.

1 1 . Tong AC, Ng IO, Yan BS. Variations in clinical pre-sentations of the simple bone cyst: report of cases. J Oral Maxillofac Surg 2003 Dec;61(12):1487-91.