ama - iepi - relatorio avaliacao impacto v1 1

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Agência para a Modernização Administrativa, IP Rua Abranches Ferrão n.º 10, 3º G 1600-001 LISBOA email: [email protected] | telefone: 21 723 12 00 | fax: 21 723 12 20 | www.ama.pt AVALIAÇÃO DO IMPACTO NA IMPLEMENTAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES RELATIVAS À INTEGRAÇÃO ELECTRÓNICA NA PLATAFORMA DE INTEROPERABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA AVALIAÇÃO DE IMPACTO Julho 2011

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AMA - IEPI - Relatorio Avaliacao Impacto

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  • Agncia para a Modernizao Administrativa, IP Rua Abranches Ferro n. 10, 3 G 1600-001 LISBOA

    email: [email protected] | telefone: 21 723 12 00 | fax: 21 723 12 20 | www.ama.pt

    AVALIAO DO IMPACTO NA

    IMPLEMENTAO DAS ORIENTAES

    RELATIVAS INTEGRAO ELECTRNICA

    NA PLATAFORMA DE

    INTEROPERABILIDADE DA

    ADMINISTRAO PBLICA

    AVALIAO DE IMPACTO

    Julho 2011

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    Folha de Controlo

    Nome do Documento: Integrao Electrnica na Plataforma de Interoperabilidade Avaliao de Impacto

    Evoluo do Documento

    Verso Autor Data Comentrios

    0.1 Leonor Almeida, Pedro

    Castro 07/01/2011 Template

    0.3 Pedro Castro, Joo

    Mira, Pedro Loureno 13/05/2011 Verso inicial

    1.0 Pedro Figueiredo 18/05/2011 Reviso

    1.1 Joo Mira, Pedro

    Figueiredo 04/07/2011 Reviso de acordo com feedback recebido

    Documentos Relacionados

    Nome do documento Tipo Documento Descrio

    AMA IEPI Custos Agregados MS Excel

    Contm a informao relativa ao modelo

    de custos utilizado e respectivos

    parmetros, com a informao detalhada

    de cada processo, dos diversos cenrios

    de evoluo equacionados e a

    Framework de prioritizao de processos.

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    Controlo de Aprovaes

    Entidade Nomes Data

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    ndice

    ABREVIATURAS E SIGLAS .............................................................................................................................. 6

    1. SUMRIO EXECUTIVO ............................................................................................................................ 10

    1.1. ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS ......................................................................................................... 10

    1.2. METODOLOGIA ..................................................................................................................................... 11

    1.3. ABORDAGEM ....................................................................................................................................... 13

    1.4. RESUMO DA ANLISE FINANCEIRA ......................................................................................................... 20

    1.4.1. Cenrio de Situao Actual (Considerando universo de extrapolao) ................................... 20

    1.4.2. Cenrios de evoluo futura ..................................................................................................... 20

    2. IMPACTO DA IMPLEMENTAO DAS ORIENTAES RELATIVAS INTEGRAO

    ELECTRNICA................................................................................................................................................. 25

    2.1. IMPACTO A NVEL ORGANIZACIONAL ....................................................................................................... 25

    2.2. IMPACTO AO NVEL TCNICO ................................................................................................................. 26

    2.3. IMPACTO NOS NVEIS DE SERVIO ......................................................................................................... 28

    3. FORMULAO E AVALIAO FINANCEIRA DE CENRIOS ALTERNATIVOS ................................ 30

    3.1. FORMULAO DE CENRIOS ALTERNATIVOS .......................................................................................... 30

    3.1.1. Cenrio de Situao Actual (Considerando universo de extrapolao) ................................... 30

    3.1.2. Cenrios de evoluo futura ..................................................................................................... 30

    3.2. MODELO DE CUSTOS ............................................................................................................................ 31

    3.2.1. Estrutura de custos .................................................................................................................... 31

    3.2.2. Apuramento de custos............................................................................................................... 34

    3.3. ABORDAGEM DA ANLISE FINANCEIRA ................................................................................................... 41

    3.4. ANLISE FINANCEIRA DOS CENRIOS FORMULADOS ............................................................................... 45

    3.5. AVALIAO DOS CENRIOS ALTERNATIVOS ............................................................................................ 50

    3.5.1. Avaliao do Cenrio I Automatizao dos processos manuais fora da PI........................... 51

    3.5.2. Avaliao do Cenrio II Automatizao dos processos manuais na PI ................................. 52

    3.5.3. Avaliao do Cenrio III Transio dos processos automticos para a PI ............................ 52

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    3.5.4. Avaliao do Cenrio IV - Evoluo dos processos manuais e automticos para a PI ........... 53

    4. AVALIAO DE PROCESSOS DE INTEGRAO PARA A PLATAFORMA DE

    INTEROPERABILIDADE .................................................................................................................................. 54

    4.1. PRIORITIZAO DE PROCESSOS A INTEGRAR NA PLATAFORMA DE INTEROPERABILIDADE.......................... 54

    4.2. ESTUDO DETALHADO DE PROCESSOS DE INTEGRAO ........................................................................... 56

    4.2.1. Processo de Integrao DRI - Envio das Declaraes de Remunerao via Internet ........... 56

    4.2.2. Processo de Integrao Comprovativo de trabalhador estudante ......................................... 58

    4.2.3. Processo de Integrao Homologaes tcnicas e matrculas de veculos ........................... 60

    4.2.4. Processo de Integrao Envio semestral de propinas cobradas ........................................... 62

    5. CONCLUSES ......................................................................................................................................... 65

    6. ANEXOS ................................................................................................................................................... 69

    6.1. HISTRICO DE INTERACES REALIZADAS COM OS ORGANISMOS ........................................................... 69

    6.2. LISTA PRIORITIZADA DE PROCESSOS A INTEGRAR A PLATAFORMA DE INTEROPERABILIDADE ..................... 74

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    ABREVIATURAS E SIGLAS

    Em seguida apresenta-se a lista de abreviaturas e siglas que constam do documento:

    Designao Descrio

    A3ES Agncia de Avaliao e Acreditao do Ensino Superior

    ACAP Associao Automvel de Portugal

    ACSS Administrao Central do Sistema de Sade

    ACT Autoridade das Condies do Trabalho

    ADENE Agncia para a Energia

    ADSE Direco-Geral de Proteco Social aos Funcionrios e Agentes da Administrao Pblica AL Administrao Local

    AMA Agncia para a Modernizao Administrativa

    ANCP Agncia Nacional de Compras Pblicas

    ANMP Associao Nacional de Municpios Portugueses

    ANQ Agncia Nacional para a Qualificao

    ANSR Autoridade Nacional de Segurana Rodoviria

    ANTT Arquivo Nacional da Torre do Tombo

    ASAE Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica

    BDP Banco de Portugal

    BES Banco Esprito Santo

    BN Biblioteca Nacional de Portugal

    CCISP Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politcnicos

    CE Comisso Europeia

    CGA Caixa Geral de Aposentaes

    CGD Caixa Geral de Depsitos

    CMPORTO Cmara Municipal do Porto

    CNAES Comisso Nacional de Acesso ao Ensino Superior

    CNP Centro Nacional de Penses

    CPCJ Comisses de Proteco de Crianas e Jovens

    CS Cmara dos Solicitadores

    CTT CTT Correios de Portugal

    DGADR Direco-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural

    DGAE Direco-Geral das Actividades Econmicas

    DGAEP Direco-Geral da Administrao e do Emprego Pblico

    DGAI Direco-Geral da Administrao Interna

    DGAIEC Direco-Geral das Alfndegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo

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    Designao Descrio

    DGAJ Direco-Geral da Administrao da Justia

    DGCI Direco-Geral dos Impostos

    DGES Direco-Geral do Ensino Superior

    DGITA Direco-Geral de Informtica e Apoio aos Servios Tributrios e Aduaneiros

    DGO Direco-Geral do Oramento

    DGPA Direco-Geral das Pescas e Aquicultura

    DGRHE Direco-Geral dos Recursos Humanos da Educao

    DGS Direco-Geral da Sade

    DGSP Direco Geral dos Servios Prisionais

    DGSS Direco-Geral da Segurana Social

    DGTC Direco-Geral do Tribunal de Contas

    DGTF Direco-Geral do Tesouro e Finanas

    DGV Direco-Geral de Veterinria

    DRACA Direco Regional dos Assuntos Comunitrios da Agricultura

    DRAPC Direco Regional de Agricultura e Pescas do Centro

    ECE Entidade Contabilstica do Estado

    EESPUB Estabelecimentos de Ensino Superior Pblico

    EMEL Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa

    ESB Enterprise Service Bus

    FA Foras Armadas

    FCM Fundao para as Comunicaes Mveis

    FCT Fundao para a Cincia e a Tecnologia

    GEP Gabinete de Estratgia e Planeamento

    GEPE Gabinete de Estatstica e Planeamento da Educao

    GERAP Empresa de Gesto Partilhada de Recursos da Administrao Pblica

    GGQREN Gabinete do Gestor do QREN

    GMCS Gabinete para os Meios de Comunicao Social

    GNR Guarda Nacional Republicana

    GPEARI Gabinete de Planeamento, Estratgia, Avaliao e Relaes Internacionais

    GPP Gabinete de Planeamento e Polticas

    GRA Governo Regional dos Aores

    GRM Governo Regional da Madeira

    IAPMEI Instituto de Apoio s Pequenas e Mdias Empresas e Inovao

    IASFA Instituto de Aco Social das Foras Armadas

    IC Instituto Cames

    IEFP Instituto de Emprego e da Formao Profissional

    IFAP Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas

    IGAP Inspeco-Geral da Agricultura e Pescas

    IGCP Instituto de Gesto da Tesouraria e do Crdito Pblico

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    Designao Descrio

    IGF Inspeco-Geral de Finanas

    IGFIJ Instituto de Gesto Financeira e de Infra-Estruturas da Justia

    IGFSE Instituto de Gesto do Fundo Social Europeu

    IGFSS Instituto de Gesto Financeira da Segurana Social

    IHRU Instituto da Habitao e da Reabilitao Urbana

    II-MFAP Instituto de Informtica - Ministrio das Finanas e da Administrao Pblica

    II-MTSS Instituto de Informtica - Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social

    IMTT Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres

    INA Instituto Nacional de Administrao

    INCI Instituto da Construo e do Imobilirio

    INCM Imprensa Nacional Casa da Moeda

    INE Instituto Nacional de Estatstica

    INSA Instituto Nacional de Sade Dr. Ricardo Jorge

    IPBEJA Instituto Politcnico de Beja

    IPBRAGANA Instituto Politcnico de Bragana

    IPLEIRIA Instituto Politcnico de Leiria

    IPLISBOA Instituto Politcnico de Lisboa

    IRN Instituto dos Registos e Notariado

    ISCTE-IUL ISCTE - Instituto Universitrio de Lisboa

    ISS Instituto da Segurana Social

    ITIJ Instituto das Tecnologias de Informao na Justia

    IVV Instituto da Vinha e do Vinho

    MADRP Ministrio da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas

    MAI Ministrio da Administrao Interna

    MAOT Ministrio do Ambiente e do Ordenamento do Territrio

    MC Ministrio da Cultura

    MCTES Ministrio da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior

    MDN Ministrio da Defesa Nacional

    ME Ministrio da Educao

    MEID Ministrio da Economia, da Inovao e do Desenvolvimento

    MFAP Ministrio das Finanas e da Administrao Pblica

    MISI Gabinete Coordenador do Sistema de Informao do Ministrio da Educao

    MJ Ministrio da Justia

    MNE Ministrio dos Negcios Estrangeiros

    MOPTC Ministrio das Obras Pblicas, Transportes e Comunicaes

    MP Ministrio Pblico

    MP Ministrio Pblico

    MS Ministrio da Sade

    MTSS Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social

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    Designao Descrio

    NARIC National Academic Recognition Information Centres

    OM Ordem dos Mdicos

    ONG Organizaes No Governamentais

    OPECON Operadores Econmicos

    PCM Presidncia do Conselho de Ministros

    PIAP Plataforma de Interoperabilidade da Administrao Pblica (AMA)

    PJ Polcia Judiciria

    POLMLISBOA Polcia Municipal de Lisboa

    PROALV Programa Aprendizagem ao Longo da Vida

    PSP Polcia de Segurana Pblica

    QREN Quadro de Referncia Estratgico Nacional

    SEF Servio de Estrangeiros e Fronteiras

    SG-MCTES Secretaria-Geral do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior

    SG-MDN Secretaria-Geral do Ministrio da Defesa Nacional

    SG-MEID Secretaria-Geral do Ministrio da Economia, da Inovao e do Desenvolvimento

    SG-MFAP Secretaria-Geral do Ministrio das Finanas e da Administrao Pblica

    SG-MNE Secretaria-Geral do Ministrio dos Negcios Estrangeiros

    SNS Servio Nacional de Sade

    TC Tribunal de Contas

    TP Turismo de Portugal

    TRIB Tribunais

    UA Universidade de Aveiro

    UALG Universidade do Algarve

    UE Universidade de vora

    UMIC Agncia para a Sociedade do Conhecimento

    UTIS Unidade de Tecnologias de Informao de Segurana

    UTL Universidade Tcnica de Lisboa

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    1. SUMRIO EXECUTIVO

    1.1. Enquadramento e Objectivos

    A Rede Interministerial para as Tecnologias de Informao e Comunicao composta por

    uma rede colaborativa de agentes da Administrao Pblica para as Tecnologias de

    Informao e Comunicao (TIC). Tem o propsito de definir polticas e estabelecer

    orientaes comuns e transversais na rea das TIC e da Interoperabilidade que possam ser

    aplicadas em toda a Administrao Pblica.

    Neste mbito a AMA, I.P. a entidade coordenadora qual compete o planeamento,

    acompanhamento da execuo e a avaliao das normas e directrizes desenvolvidas para a

    Rede TIC, com o objectivo de facilitar a inter-operao entre diferentes sistemas de

    informao, garantindo os mecanismos de interoperabilidade e segurana necessrios na

    actualidade.

    Considera-se que, para tal, a uniformizao de procedimentos para intercmbio de

    informao entre os diversos servios e organismos da Administrao Pblica ser um

    contributo fundamental. Decorre, assim, a necessidade de avaliar o impacto da

    implementao de orientaes relativas integrao electrnica na Plataforma de

    Interoperabilidade (PI) da Administrao Pblica, nas seguintes vertentes: Organizacional,

    Semntica e Tcnica.

    Com o objectivo de maximizar a utilizao da Plataforma de Interoperabilidade pelas

    diversas entidades da Administrao Pblica, pretende-se:

    1. Caracterizar servios, sistemas, informao e processos das entidades, na sua

    integrao com servios/sistemas de outras entidades;

    2. Avaliar o impacto da implementao de orientaes relativas integrao

    electrnica na plataforma de interoperabilidade da Administrao Pblica.

    O presente documento apresenta a avaliao de impacto descrita no segundo ponto

    supracitado, encontrando-se estruturado da seguinte forma:

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    Impacto da Implementao das Orientaes relativas Integrao Electrnica:

    explicitao dos impactos que advm da implementao das orientaes relativas

    integrao electrnica, descritos de acordo com o seguintes vectores:

    o Impactos organizacionais;

    o Impactos tcnicos;

    o Impactos em recursos humanos;

    o Impactos financeiros;

    o Impactos nos nveis de servio.

    Formulao e avaliao financeira de cenrios alternativos: identificao dos

    diversos cenrios de avaliao financeira considerados, realizando a anlise dos

    valores obtidos atravs dos questionrios realizados s entidades envolvidas.

    Avaliao de Processos de Integrao para a Plataforma de Interoperabilidade:

    apresentao da lista prioritizada de processos a colocar na plataforma de

    interoperabilidade e apresentao de um estudo detalhado de alguns processos de

    integrao considerados exemplificativos, como forma de realizar uma comparao

    de custo-benefcio da passagem desses mesmos processos para a plataforma de

    interoperabilidade.

    Concluses: apresentao das concluses do presente documento e da avaliao

    de impacto.

    1.2. Metodologia

    A metodologia adoptada para o projecto compreende duas fases:

    Fase 1 Caracterizao da situao actual dos organismos, ao nvel dos

    respectivos servios, sistemas de suporte, informao e processos, com requisitos de

    integrao com servios/sistemas de outros organismos.

    Fase 2 Anlise e avaliao do impacto da implementao de orientaes

    relativas integrao electrnica na Plataforma de Interoperabilidade da

    Administrao Pblica.

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    A fase de Caracterizao da Situao Actual teve por objectivo caracterizar o estado actual

    de integrao dos organismos com outras entidades, da Administrao Pblica ou externas,

    incluindo as componentes de servios, sistemas, informao e processos. A execuo desta

    fase contemplou a realizao das seguintes actividades:

    Elaborao de documentao de suporte caracterizao (formulrios, inquritos e

    apresentaes de esclarecimento);

    Desenvolvimento de workshops de esclarecimento;

    Preparao e realizao de reunies de caracterizao de servios e sistemas;

    Produo de documentao de suporte;

    Elaborao do relatrio de caracterizao dos sistemas e servios no mbito.

    A Anlise e Avaliao de Impacto foi suportada na informao de Caracterizao da

    Situao Actual reportada, tendo includo as seguintes actividades:

    Anlise da informao recolhida;

    Elaborao de um modelo de custos;

    Extrapolao e clculo de valores;

    Prioritizao de processos;

    Produo de documentao de suporte;

    Elaborao do relatrio de avaliao de impacto.

    Gesto de Projecto

    Caracterizaoda Situao

    Actual

    Anlise eAvaliao

    de Impacto

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    1.3. Abordagem

    As actividades de levantamento de informao foram realizadas para um conjunto de

    organismos considerados representativos do estado actual da Administrao Pblica. Para

    tal, foram primeiro identificados organismos representantes de cada Ministrio. Estes, por

    sua vez, puderam envolver interlocutores de outros organismos do universo que

    representam.

    A tabela seguinte apresenta os organismos abrangidos no levantamento de informao,

    sendo igualmente indicados os organismos representantes de cada Ministrio:

    Ministrio Organismos Representantes Organismos Abrangidos

    MADRP

    Secretaria-Geral do Ministrio da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas

    Direco-Geral das Pescas e Aquicultura Direco Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo

    Direco Regional de Agricultura e Pescas do Algarve

    Direco Regional de Agricultura e Pescas do Centro

    Direco Regional de Agricultura e Pescas do Norte

    Direco-Geral de Veterinria

    Gabinete de Planeamento e Polticas

    Inspeco-Geral da Agricultura e Pescas

    Instituto da Vinha e do Vinho

    Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas

    Instituto dos Vinhos do Douro e Porto Secretaria-Geral do Ministrio da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas

    MAI

    Direco-Geral da Administrao Interna

    Direco-Geral da Administrao Interna

    Unidade de Tecnologias de Informao de Segurana

    Unidade de Tecnologias de Informao de Segurana

    MAOT

    Secretaria-Geral do Ministrio do Ambiente e do Ordenamento do Territrio

    Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional

    Secretaria-Geral do Ministrio do Ambiente e do Ordenamento do Territrio

    MC

    Direco-Geral dos Arquivos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo

    Direco-Geral dos Arquivos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo

    Secretaria-Geral do Ministrio da Secretaria-Geral do Ministrio da Cultura

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    Ministrio Organismos Representantes Organismos Abrangidos

    Cultura

    MCTES

    Secretaria-Geral do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior

    Centro Cientfico e Cultural de Macau

    Direco Geral de Ensino Superior

    Escola Nutica Infante D. Henrique

    Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

    Escola Superior de Enfermagem de Lisboa

    Escola Superior de Enfermagem do Porto

    Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril

    Fundao para a Cincia e a Tecnologia Gabinete de Planeamento, Estratgia, Avaliao e Relaes Internacionais Inspeco-Geral do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior

    Instituto de Meteorologia

    Instituto Politcnico da Guarda

    Instituto Politcnico de Beja

    Instituto Politcnico de Bragana

    Instituto Politcnico de Castelo Branco

    Instituto Politcnico de Coimbra

    Instituto Politcnico de Leiria

    Instituto Politcnico de Lisboa

    Instituto Politcnico de Santarm

    Instituto Politcnico de Viana do Castelo

    Instituto Politcnico de Viseu

    ISCTE - Instituto Universitrio de Lisboa Secretaria-Geral do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior

    Universidade de Aveiro

    Universidade de Coimbra

    Universidade de vora

    Universidade de Lisboa

    Universidade do Algarve

    Universidade do Minho

    Universidade do Porto

    Universidade Nova de Lisboa

    Universidade Tcnica de Lisboa

    MDN Secretaria-Geral do Ministrio da Defesa Nacional

    Secretaria-Geral do Ministrio da Defesa Nacional

    ME Gabinete Gabinete Coordenador do Sistema de Informao do Ministrio

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    Ministrio Organismos Representantes Organismos Abrangidos

    Coordenador do Sistema de Informao do Ministrio da Educao

    da Educao

    Gabinete de Estatstica e Planeamento da Educao

    Gabinete de Estatstica e Planeamento da Educao

    Gabinete de Gesto Financeira do Ministrio da Educao

    MEID

    Secretaria-Geral do Ministrio da Economia, da Inovao e do Desenvolvimento

    Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica

    Comisso Permanente de Contrapartidas Instituto de Apoio s Pequenas e Mdias Empresas e Inovao

    Instituto Portugus da Qualidade Secretaria-Geral do Ministrio da Economia, da Inovao e do Desenvolvimento

    Turismo de Portugal

    MJ

    Direco-Geral da Administrao da Justia

    Direco-Geral da Administrao da Justia

    Instituto das Tecnologias de Informao na Justia

    Instituto das Tecnologias de Informao na Justia

    MFAP Conselho Coordenador das TIC no MFAP

    Direco-Geral de Informtica e Apoio aos Servios Tributrios e Aduaneiros Instituto de Informtica - Ministrio das Finanas e da Administrao Pblica

    MNE

    Secretaria-Geral do Ministrio dos Negcios Estrangeiros

    Instituto Cames

    Secretaria-Geral do Ministrio dos Negcios Estrangeiros

    MOPTC

    Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres

    Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres

    Secretaria-Geral do Ministrio das Obras Pblicas, Transportes e Comunicaes

    Secretaria-Geral do Ministrio das Obras Pblicas, Transportes e Comunicaes

    MS Administrao Central do Sistema de Sade

    Administrao Central do Sistema de Sade

    MTSS

    Instituto de Informtica - Ministrio do Trabalho e da

    Gabinete de Estratgia e Planeamento Instituto de Informtica - Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social ISS - Centro Nacional de Penses

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    Ministrio Organismos Representantes Organismos Abrangidos

    Solidariedade Social

    Secretaria-Geral do Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social

    PCM

    Centro de Gesto Rede Informtica Governo

    Centro de Gesto Rede Informtica Governo

    Gabinete Nacional de Segurana Gabinete Nacional de Segurana

    Secretaria-Geral da Presidncia do Conselho de Ministros

    Secretaria-Geral da Presidncia do Conselho de Ministros

    Concluda a identificao dos organismos abrangidos, foi produzida a documentao de

    suporte caracterizao, com elaborao dos seguintes contedos:

    Questionrios de resposta online relativos aos processos de integrao dos

    organismos;

    Questionrios de resposta online relativos aos sistemas de suporte aos processos de

    integrao dos organismos;

    Guia de preenchimento dos formulrios de processos de integrao e sistemas de

    informao;

    Exemplos de questionrios de processos de integrao e sistemas de informao

    preenchidos;

    Planeamento de reunies a realizar com os organismos.

    Procedeu-se realizao de workshops de esclarecimento com os organismos envolvidos,

    no qual foram apresentadas as linhas orientadoras para a Interoperabilidade na

    Administrao Pblica e a motivao para realizao deste levantamento de informao,

    tendo sido tambm efectuada uma demonstrao do preenchimento dos questionrios.

    O levantamento de informao suportou-se, consequentemente, na realizao de reunies

    com os organismos, bem como no envio de pedidos de informao adicional via correio

    electrnico e no esclarecimento de questes via contacto telefnico.

    A tabela seguinte apresenta o estado de preenchimento dos questionrios para os

    organismos que reportaram informao de processos e/ou sistemas de informao:

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    Organismo

    N de Questionrios de

    Processos Preenchidos

    N de Questionrios de Sistemas de

    Suporte Preenchidos

    AMA Agncia para a Modernizao Administrativa 4 -

    ANTT - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - 1

    ASAE - Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica - 1

    ACSS - Administrao Central do Sistema de Sade 16 -

    DGITA - Direco-Geral de Informtica e Apoio aos Servios Tributrios e Aduaneiros 86 1

    DGPA - Direco-Geral das Pescas e Aquicultura 1 1

    DGV - Direco-Geral de Veterinria 1 1

    GEP - Gabinete de Estratgia e Planeamento 1 1

    GEPE - Gabinete de Estatstica e Planeamento da Educao 7 1

    IAPMEI - Instituto de Apoio s Pequenas e Mdias Empresas e Inovao 3 1

    IC - Instituto Cames 13 -

    IFAP - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas 14 1

    IGAP - Inspeco-Geral da Agricultura e Pescas 6 -

    II-MFAP - Instituto de Informtica - Ministrio das Finanas e da Administrao Pblica 7 1

    II-MTSS - Instituto de Informtica - Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social 95 1

    IMTT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres 2 1

    IPBEJA - Instituto Politcnico de Beja 44 1

    IPBRAGANA - Instituto Politcnico de Bragana 3 1

    IPLEIRIA - Instituto Politcnico de Leiria 23 1

    IPLISBOA - Instituto Politcnico de Lisboa 7 1

    ISCTE-IUL - ISCTE - Instituto Universitrio de Lisboa 23 1

    ITIJ - Instituto das Tecnologias de Informao na Justia 90 -

    ISS - Instituto da Segurana Social - 1

    IVV - Instituto da Vinha e do Vinho - 1

    MISI - Gabinete Coordenador do Sistema de Informao do Ministrio da Educao 1 1

    SG-MDN - Secretaria-Geral do Ministrio da Defesa Nacional 8 -

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    SG-MEID - Secretaria-Geral do Ministrio da Economia, da Inovao e do Desenvolvimento 1 -

    SG-MNE - Secretaria-Geral do Ministrio dos Negcios Estrangeiros - 1

    TP - Turismo de Portugal 4 1

    UA - Universidade de Aveiro 29 1

    UALG - Universidade do Algarve 36 1

    UE - Universidade de vora - 1

    UP - Universidade do Porto 22 1

    UTL - Universidade Tcnica de Lisboa 1 -

    Total 548 25

    Inclui-se um anexo no captulo 6.1 (Histrico de interaces realizadas com os

    organismos), com o histrico de interaces realizadas com os organismos nas actividades

    de recolha de informao.

    A tabela seguinte apresenta a informao estatstica relativa informao recolhida:

    Varivel Valor

    Organismos contactados 76

    Organismos contactados que reportaram informao 34

    Percentagem de organismos contactados que reportaram informao 45%

    Nmero de organismos para os quais se ficou a aguardar resposta ao pedido de esclarecimentos 10

    Percentagem de organismos para os quais se aguarda resposta a pedido de esclarecimento, de entre os que reportaram informao 30%

    O nmero de respostas aos questionrios de processos de integrao por organismo

    espelham-se no grfico seguinte:

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    Porm, verificou-se que alguns dos processos submetidos pelos organismos, no seriam

    objecto de estudo da presente avaliao de impacto, por se encontrarem fora do mbito

    definido inicialmente como sendo o target de processos a tratar. Foram ento definidos e

    aplicados os seguintes critrios de excluso lista total de processos submetidos:

    Processos que apenas tenham como entidade fornecedora e consumidora o mesmo

    organismo, ou seja, processos internos de um determinado organismo;

    Processos de entidades em ministrios que j tenham um ESB e que se relacionem

    exclusivamente com entidades desse mesmo ministrio, ou seja, processos intra-

    ministeriais em ministrios que possuam um ESB. Foram considerados como tendo

    ESB os Ministrios da Justia, Trabalho e da Solidariedade Social e Finanas e da

    Administrao Pblica, de acordo com a informao fornecida nos questionrios e

    nas reunies realizadas;

    Conjunto de processos Pedido/Resposta. Alguns organismos submeteram pares de

    processos relativos ao pedido efectuado por um determinado Web Service e

    AMA; 4 ACSS; 16

    DGITA; 86

    DGPA; 1

    DGV; 1

    GEP; 1

    GEPE; 7IAPMEI; 3

    IC; 13IFAP; 14

    IGAP; 6

    II-MFAP; 7II-MTSS; 95

    IMTT; 2IPBEJA; 44IPBRAGANA; 3

    IPLEIRIA; 23

    IPLISBOA; 7

    ISCTE-IUL; 23

    ITIJ; 90

    MISI; 1

    SG-MDN; 8

    SG-MEID; 1

    TP; 4UA; 29

    UALG; 36

    UP; 22 UTL; 1

    AMA ACSS DGITA DGPA DGV GEP

    GEPE IAPMEI IC IFAP IGAP II-MFAP

    II-MTSS IMTT IPBEJA IPBRAGANA IPLEIRIA IPLISBOA

    ISCTE-IUL ITIJ MISI SG-MDN SG-MEID TP

    UA UALG UP UTL

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    consequente resposta disponibilizada por esse servio. Nesses casos, essa

    informao foi aglomerada e considerada como sendo um nico processo.

    Assim sendo, aplicando os critrios listados anteriormente, ficamos com o seguinte total de

    respostas a considerar:

    Varivel Valor

    Total de respostas aos questionrios submetidas 548

    Respostas excludas 77

    Percentagem de respostas excludas 14%

    Total de respostas a considerar 471

    1.4. Resumo da anlise financeira

    A avaliao de impacto da implementao das orientaes relativas integrao electrnica

    na Plataforma de Interoperabilidade apenas pode ser considerada se tivermos cenrios de

    evoluo relativamente situao actual em que se encontram os processos de integrao

    da Administrao Pblica.

    Em seguida so apresentados os cenrios considerados no mbito do presente estudo:

    1.4.1. Cenrio de Situao Actual (Considerando universo de extrapolao)

    Este cenrio representa a situao actual de toda a Administrao Pblica relativamente aos

    processos de integrao submetidos, tendo em conta o universo de replicabilidade aplicvel

    a cada um desses processos.

    1.4.2. Cenrios de evoluo futura

    Tendo por base o cenrio de situao actual apresentado anteriormente como comparativo,

    foram formulados diversos cenrios possveis de evoluo futura, tendo em conta se os

    processos de integrao so totalmente automticos ou tm alguma interveno manual e se

    esto implementados recorrendo Plataforma de Interoperabilidade ou no.

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    1.4.2.1. Cenrio I Automatizao dos processos manuais fora da PI

    Neste cenrio, todos os processos que actualmente tm interveno manual, passariam a

    ser realizados de forma totalmente automatizada, sem recorrer Plataforma de

    Interoperabilidade da Administrao Pblica;

    1.4.2.2. Cenrio II Automatizao dos processos manuais na PI

    Para este cenrio, todos os processos que actualmente tm interveno manual, passariam

    a ser realizados de forma totalmente automatizada, utilizando a Plataforma de

    Interoperabilidade da Administrao Pblica para como plataforma de integrao entre os

    diversos organismos envolvidos.

    1.4.2.3. Cenrio III Transio dos processos automticos para a PI

    Considera-se que neste cenrio existe uma transio dos processos que hoje em dia j so

    totalmente automticos para a Plataforma de Interoperabilidade da Administrao Pblica;

    1.4.2.4. Cenrio IV Transio dos processos manuais e automticos para a PI

    Este cenrio contempla a transio de todos os processos (sejam eles com interveno

    manual ou totalmente automticos) para a Plataforma de Interoperabilidade da

    Administrao Pblica.

    Para cada processo considerado foi apurada a sua estrutura de custos, considerando o

    seguinte esquema:

    Custos de Investimento(Anos 0, 1 e 2)

    Implementao

    Custo Recursos Humanos

    Custo Recursos Humanos

    AMA

    Custo Hardware / Software

    Custo Hardware / Software

    AMA

    Manuteno

    Custo Recursos Humanos

    Custo Recursos Humanos

    AMA

    Custo Hardware / Software

    Custo Hardware / Software

    AMA

    Operao

    Custo Recursos Humanos

    Custo Recursos Humanos

    AMA

    Custo Comunic

    aes

    Custo Comunic

    aes AMA

    Execuo

    Custo Recursos Humanos

    Custos de Explorao(Ano 1 e seguintes)

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    Existem 4 vectores principais de custos, divididos entre custos de investimento e custos de

    explorao:

    Custos de Investimento investimento inicial a realizar para implementar o

    processo, incluindo:

    o Custos de Implementao custos relacionados com a fase de concepo,

    anlise de requisitos, desenho do processo, desenho tcnico e

    implementao efectiva do processo at sua entrada em ambiente de

    produo;

    Custos de Explorao custos anuais relacionados com o funcionamento normal

    dos processos, incluindo:

    o Custos de Manuteno custos com as operaes de manuteno

    correctiva e evolutiva do processo;

    o Custos de Operao custos incorridos para garantir que os processos

    funcionam com a menor interrupo de servio possvel e que as

    comunicaes entre os diversos intervenientes estejam operacionais;

    o Custos de Execuo custos com a interveno humana e manual em

    algum ponto de determinados processos.

    Cada um destes factores inclui como variveis de custo os custos com os recursos humanos

    e os custos com hardware e software.

    O clculo deste modelo de custos assenta num conjunto de etapas demonstradas no

    diagrama seguinte:

    Situao Actual (Amostra Representativa) o primeiro passo desta abordagem

    passou por analisar e categorizar cada um dos processos submetidos pelas

    entidades nas seguintes vertentes:

    o Complexidade do processo atribuio de uma de trs classes de

    complexidade: baixa, mdia ou elevada;

    Situao Actual (Amostra Representativa)

    Situao Actual (Universo de

    Replicabilidade)

    Situao Futura Potencial(Universo de

    Replicabilidade)

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    o Replicabilidade do processo identificao do universo de replicabilidade

    de cada processo: Administrao Pblica, Servios Integrados, Servios e

    Fundos Autnomos, Universidades, ou Especifico no caso de ser nico para o

    organismo que o referiu;

    o Existncia de ESB na entidade que suporta o processo classificao de

    cada processo como pertencendo ou no a uma entidade detentora de ESB;

    Situao Actual (Universo de Replicabilidade) aps realizados os clculos para

    a Situao Actual dos processos individuais para a amostra considerada e apurado o

    respectivo custo mdio por processo, foi necessrio extrapolar esses clculos para

    todos os organismos da Administrao Pblica, tendo em conta o universo de

    replicabilidade de cada um dos processos;

    Situao Futura Potencial (Universo de Replicabilidade) Depois de calculados

    os valores para a Situao Actual e para todo o universo de organismos da

    Administrao Pblica, calcularam-se os custos dos cenrios de potencial evoluo

    destes processos, considerando que os processos que so realizados actualmente

    de forma manual actualmente podem evoluir quer para dentro ou para fora da

    Plataforma de Interoperabilidade, e que os processos j automatizados podem evoluir

    apenas para a Plataforma de Interoperabilidade.

    Passando os processos a estar caracterizados segundo estas variveis, foram apurados os

    seus custos para as rubricas apresentadas anteriormente (custos de implementao,

    manuteno, operao e execuo).

    Com toda a informao de custos disponvel, foi ento possvel proceder anlise financeira

    de cada cenrio de evoluo alternativo, onde se obteve, resumidamente, os seguintes

    resultados:

    Cenrio I Cenrio II Cenrio III Cenrio IV

    VAL -435.234.344 5.251.893 31.302.730 36.554.623

    ndice de rendibilidade -1,15 0,02 4,94 0,15

    TIR - 11% 169% 16%

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    Cenrio I Cenrio II Cenrio III Cenrio IV Perodo de recuperao do investimento

    - 4,8 anos 0,5 anos 4 anos

    O primeiro cenrio considerado, de automatizao dos processos manuais fora da PI,

    no permite obter qualquer poupana para a Administrao Pblica, possuindo tanto um VAL

    como um ndice de rendibilidade negativos. Exactamente pelo facto de se traduzir

    permanentemente em cash-flows negativos, no possvel calcular quer a TIR, quer o

    perodo de recuperao do investimento.

    Devido ao reduzido investimento necessrio para a evoluo dos processos automticos

    para a PI, o cenrio III apresenta os melhores indicadores dos cenrios que se traduzem em

    poupanas para a Administrao Pblica, com excepo do VAL. De facto, trata-se de

    ganhos suportados em custos de implementao de tecnologia j incorridos, em que

    dificilmente se justifica o seu afundamento com a substituio por um nova tecnologia.

    O cenrio II, de evoluo dos processos manuais para a PI, apresenta resultados

    positivos em todos os critrios de anlise. neste cenrio que existe o maior salto

    tecnolgico ao nvel dos processos considerados e, portanto, onde mais justificado o

    investimento em nova tecnologia.

    O cenrio IV, de evoluo dos processos manuais e automticos para a PI, permite

    alcanar os melhores resultados dos cenrios considerados, considerando o critrio do VAL.

    De facto, isto deve-se ao acumular as poupanas alcanadas nos cenrios II e III. No

    entanto, tm de ser novamente apreciadas as consideraes j enunciadas para o cenrio

    III, relativamente ao afundamento dos investimentos j efectuados pelas entidades em

    plataformas de interoperabilidade prprias.

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    2. IMPACTO DA IMPLEMENTAO DAS ORIENTAES RELATIVAS

    INTEGRAO ELECTRNICA

    2.1. Impacto a nvel organizacional

    A Plataforma de Interoperabilidade da Administrao Pblica , por natureza, uma

    plataforma comum e partilhada por todos os organismos pblicos, que faam uso da mesma.

    Assim, pretende-se assegurar total autonomia por parte dos organismos pblicos na gesto

    dos seus servios, na subscrio de novos servios, cancelamento de servios, entre outros.

    No que respeita componente transversal/comum da plataforma a AMA a entidade

    responsvel por assegurar a sua operao, manuteno e evoluo designadamente:

    Vector de actuao Responsabilidade

    Estratgico

    Definio de roadmap de evoluo;

    Prioritizao de funcionalidades e normas a suportar;

    Prioritizao de servios electrnicos a implementar.

    Funcional e Informacional

    Validao/implementao de Modelos de dados cannicos (Arquitectura

    informacional), quando no estejam definidos por outras normas/guias;

    Validao/Definio de arquitectura de servios, quando no estejam definidos

    por outras normas/guias.

    Operacional e Tecnolgico

    Implementao de funcionalidades, normas e standards;

    Monitorizao e Operao da plataforma;

    Suporte na adeso de novas entidades;

    Divulgao da iniciativa.

    Este modelo de governao permite que o relacionamento realizado com qualquer entidade

    externa (seja pblica ou privada) a um determinado organismo, seja feita de forma

    centralizada num nico ponto, que a plataforma de interoperabilidade.

    O nus de gesto das ligaes e integraes centrais realizado por uma nica entidade

    que a AMA, enquanto se libertam os organismos dessas tarefas e responsabilidades.

    Por outro lado, as entidades que pretendem disponibilizar servios na plataforma de

    interoperabilidade continuam a ter total controlo sobre a subscrio desses mesmos servios

    na plataforma, podendo realizar essa gesto de uma forma remota.

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    Por parte das entidades que pretendam utilizar a Plataforma de Interoperabilidade, as

    responsabilidades assentam na interligao dos seus sistemas com a plataforma da AMA, de

    forma a poderem realizar as integraes com organismos da Administrao Pblica ou

    Entidades Externas.

    Esta integrao poder ser relativa alterao de servios existentes, ou implementao

    de novos servios, utilizando a Plataforma de Interoperabilidade como mecanismo de

    mediao entre diferentes organismos.

    Estas entidades, perante a Plataforma de Interoperabilidade, tero as seguintes

    responsabilidades:

    Vector de actuao Responsabilidade

    Estratgico Transmitir AMA novas necessidades de funcionalidades base e/ou normas a

    suportar pela Plataforma de Interoperabilidade;

    Funcional e Informacional

    Definio dos requisitos de cada servio a implementar;

    Anlise e desenho do modelo de dados de suporte de cada servio, sendo

    solicitada AMA a sua criao/integrao no Modelo de Dados Cannico da

    Plataforma de Interoperabilidade;

    Operacional e Tecnolgico

    Implementao dos servios, quer na sua vertente de fornecedor, quer na de

    consumidor;

    Monitorizao e Operao dos servios.

    2.2. Impacto ao nvel tcnico

    A implementao das orientaes relativas integrao electrnica ir permitir a utilizao

    de uma arquitectura tecnolgica comum que facilita a inter-operao uniforme de diferentes

    sistemas de informao, tendo por base princpios de interoperabilidade e segurana,

    permitindo sinergias e reduo das necessidades de desenvolvimento.

    O impacto ao nvel tcnico estar mais presente nas seguintes componentes:

    Infra-estrutura

    o Existem mecanismos de comunicao segura e dedicada entre os sistemas

    de informao das entidades e os sistemas da plataforma de

    interoperabilidade, garantindo uma maior disponibilidade global dos servios

    prestados, com a mxima garantia de segurana nos dados trocados;

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    o Utilizao de protocolos standard de comunicao entre essas infra-

    estruturas, atravs do protocolo http;

    o Utilizao (opcional) de certificado digital para suporte a comunicao segura

    (https);

    Utilizao de Web Services para comunicao

    o Representao standard via WSDL 1.1;

    o Implementao assncrona;

    o Canal de transporte http com utilizao opcional de https para comunicao

    segura, utilizando SOAP como protocolo de comunicao;

    o Utilizao opcional de autenticao http basic auth;

    o WS-Addressing v1.0 como forma de correlacionamento de mensagens em

    modelo de comunicao assncrona;

    Modelo de dados cannico

    o Utilizao de um modelo de dados comum e partilhado entre todos os

    servios da plataforma de interoperabilidade, como forma de facilitar o acesso

    aos dados e acelerar o desenvolvimento da camada de dados que d suporte

    aos servios.

    o Caso uma entidade pretenda que o servio exposto no faa uso do Modelo

    de Dados Cannico da Plataforma de Interoperabilidade na Administrao

    Pblica poder faze-lo, necessitando de fornecer o Modelo de Dados

    pretendido (baseado em XSDs), bem como as regras de normalizao entre

    ambos os modelos de dados.

    De notar que a plataforma de interoperabilidade no pretende sobrepor nem substituir os

    mecanismos, sistemas e ESBs actualmente existentes nos diversos organismos. Ela existe

    como uma forma facilitar a integrao e comunicao entre os sistemas dos diversos

    organismos/ministrios, mas as estratgias j adoptadas por alguns Ministrios no que

    respeita utilizao de ESBs prprios no ser alterada. Este ser o caso dos Ministrios da

    Justia, Trabalho e da Solidariedade Social e Finanas e da Administrao Pblica, onde os

    respectivos organismos ITIJ, II-MTSS e DGITA j possuem sistemas prprios para realizar a

    partilha de servios dentro do seu prprio Ministrio.

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    2.3. Impacto nos nveis de servio

    Actualmente, a maior parte dos organismos da Administrao Pblica realiza a integrao

    entre sistemas utilizando ligaes directas ponto-a-ponto entre os diferentes intervenientes.

    As ligaes ponto-a-ponto tm a configurao que se demonstra na figura seguinte, a titulo

    ilustrativo:

    Como facilmente se percebe pela imagem, este tipo de arquitectura de integrao entre

    organismos rapidamente escala para situaes em que o nmero de ligaes e integraes

    faz com que estas sejam tanto difceis de gerir e manter, como potenciais fontes de perda de

    performance devido ao congestionamento originado.

    Atravs da utilizao da Plataforma de Interoperabilidade, transita-se para uma arquitectura

    com um orquestrador ao nvel das comunicaes e dos pontos onde se realizam as

    integraes entre os organismos, tal como demonstra de forma ilustrativa a figura seguinte:

    Ilustrativo

    Ilustrativo

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    Esta orquestrao permite que seja monitorizada toda a infra-estrutura de suporte s

    integraes, garantindo o cumprimento de determinados nveis de servio e procurando

    assegurar uma disponibilidade de 24 horas por dia, 7 dias por semana.

    Ainda assim, e de acordo com a criticidade dos servios em causa, existiro diferentes nveis

    de servio para assegurar a resposta a problemas/issues que se possam verificar.

    Prevem-se os seguintes nveis de servios (SLA) pr-definidos:

    Nvel de servio Garantia do nvel de servio

    Critico (24x7)

    Disponibilidade superior ou igual: 99,90% (medido mensalmente);

    Tempo de resposta:

    o 2 horas em dias teis (9h->19h);

    o 6 horas (noutro horrio).

    Critico (10x5)

    Disponibilidade superior ou igual: 99,90% (medido mensalmente);

    Tempo de resposta:

    o 2 horas em dias teis (9h->19h);

    o 24 horas (outro horrio).

    No critico (10x5)

    Disponibilidade superior ou igual: 99,90% (medido mensalmente);

    Tempo de resposta:

    o 8 horas em dias teis (9h->19h);

    o 24 horas (outro horrio).

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    3. FORMULAO E AVALIAO FINANCEIRA DE CENRIOS ALTERNATIVOS

    3.1. Formulao de cenrios alternativos

    A avaliao de impacto da implementao das orientaes relativas integrao electrnica

    na Plataforma de Interoperabilidade apenas pode ser considerada se tivermos cenrios de

    evoluo relativamente situao actual em que se encontram os processos de integrao

    da Administrao Pblica.

    Em seguida so apresentados os cenrios considerados no mbito do presente estudo:

    3.1.1. Cenrio de Situao Actual (Considerando universo de extrapolao)

    Este cenrio representa a situao actual de toda a Administrao Pblica relativamente aos

    processos de integrao submetidos, tendo em conta o universo de replicabilidade aplicvel

    a cada um desses processos.

    3.1.2. Cenrios de evoluo futura

    Tendo por base o cenrio de situao actual apresentado anteriormente como comparativo,

    foram formulados diversos cenrios possveis de evoluo futura, tendo em conta se os

    processos de integrao so totalmente automticos ou tm alguma interveno manual e se

    esto implementados recorrendo Plataforma de Interoperabilidade ou no.

    3.1.2.1. Cenrio I Automatizao dos processos manuais fora da PI

    Neste cenrio, todos os processos que actualmente tm interveno manual, passariam a

    ser realizados de forma totalmente automatizada, sem recorrer Plataforma de

    Interoperabilidade da Administrao Pblica;

    3.1.2.2. Cenrio II Automatizao dos processos manuais na PI

    Para este cenrio, todos os processos que actualmente tm interveno manual, passariam

    a ser realizados de forma totalmente automatizada, utilizando a Plataforma de

    Interoperabilidade da Administrao Pblica como plataforma de integrao entre os

    diversos organismos envolvidos.

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    3.1.2.3. Cenrio III Transio dos processos automticos para a PI

    Considera-se que neste cenrio existe uma transio dos processos que hoje em dia j so

    totalmente automticos para a Plataforma de Interoperabilidade da Administrao Pblica;

    3.1.2.4. Cenrio IV Transio dos processos manuais e automticos para a PI

    Este cenrio contempla a transio de todos os processos (sejam eles com interveno

    manual ou totalmente automticos) para a Plataforma de Interoperabilidade da

    Administrao Pblica.

    3.2. Modelo de custos

    3.2.1. Estrutura de custos

    Aps anlise aos questionrios preenchidos, verificou-se que a generalidade da informao

    reportada no incluiu custos com os processos de integrao. Deste modo, foi elaborado um

    modelo para clculo dos custos com processos de integrao, com base na informao

    disponibilizada.

    O diagrama seguinte apresenta as componentes que constituem o modelo de custos:

    Existem ento os seguintes 4 vectores principais de custos, divididos entre custos de

    investimento e custos de explorao:

    Custos de Investimento: estes custos representam o investimento inicial que se tem

    que realizar para implementar o processo, assumindo-se que so feitos no perodo de

    um ano (Ano inicial).

    Custos de Investimento(Anos 0, 1 e 2)

    Implementao

    Custo Recursos Humanos

    Custo Recursos Humanos

    AMA

    Custo Hardware / Software

    Custo Hardware / Software

    AMA

    Manuteno

    Custo Recursos Humanos

    Custo Recursos Humanos

    AMA

    Custo Hardware / Software

    Custo Hardware / Software

    AMA

    Operao

    Custo Recursos Humanos

    Custo Recursos Humanos

    AMA

    Custo Comunic

    aes

    Custo Comunic

    aes AMA

    Execuo

    Custo Recursos Humanos

    Custos de Explorao(Ano 1 e seguintes)

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    o Custos de Implementao: os custos de implementao esto relacionados

    com a fase de concepo, anlise de requisitos, desenho do processo e

    desenho tcnico e implementao efectiva desse mesmo processo at ao

    ponto da sua entrada em ambiente de produo;

    Custos de Explorao: os custos de explorao representam os custos anuais

    necessrios para que o processo funcione como previsto.

    o Custos de Manuteno: nestes custos esto includas as operaes de

    manuteno correctiva e evolutiva do processo;

    o Custos de Operao: de forma a garantir que os processos funcionam com a

    menor interrupo de servio possvel e que as comunicaes entre os

    diversos intervenientes esto operacionais, necessrio que existam recursos

    alocados a essas tarefas. Os custos de operao pretendem capturar essa

    vertente do processo;

    o Custos de Execuo: no caso de um determinado processo necessitar de

    interveno humana e manual em algum ponto, esses custos sero

    capturados nesta categoria.

    Para cada um dos vectores de custos identificados anteriormente, sero calculados os

    seguintes sub-vectores:

    Custos de Implementao

    Custos Recursos Humanos: representa os custos com recursos humanos

    por parte das entidades com a implementao do processo;

    Custos Recursos Humanos AMA: nos casos em que tal se aplique,

    representa os custos por parte da AMA com a implementao do processo;

    Custos Hardware / Software: nesta categoria de custos esto includos os

    custos das entidades com Hardware e Software de suporte implementao

    do processo;

    Implementao

    Custo Recursos Humanos

    Custo Recursos Humanos

    AMA

    Custo Hardware / Software

    Custo Hardware / Software

    AMA

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    Custos Hardware / Software AMA: para os processos em que a AMA estiver

    envolvida, esta categoria representa os custos por si suportados com

    Hardware e Software de suporte implementao desse mesmo processo.

    Custos de Manuteno

    Custos Recursos Humanos: representa os custos anuais com recursos

    humanos por parte das entidades que so necessrios para a manuteno

    correctiva e evolutiva do processo;

    Custos Recursos Humanos AMA: nos casos em que tal se aplique,

    representa os custos anuais por parte da AMA com as diversas tarefas de

    manuteno do processo;

    Custos Hardware / Software: nesta categoria de custos esto includos os

    custos anuais das entidades com Hardware e Software que suportam o

    processo;

    Custos Hardware / Software AMA: para os processos em que a AMA estiver

    envolvida, esta categoria representa os custos anuais por si suportados com

    Hardware e Software de suporte ao processo.

    Custos de Operao

    Custos Recursos Humanos: representa os custos anuais com recursos

    humanos por parte das entidades que so necessrios para garantir a

    operao do processo e da infra-estrutura de suporte ao mesmo;

    Manuteno

    Custo Recursos Humanos

    Custo Recursos Humanos

    AMA

    Custo Hardware / Software

    Custo Hardware / Software

    AMA

    Operao

    Custo Recursos Humanos

    Custo Recursos Humanos

    AMA

    Custo Comunic

    aes

    Custo Comunic

    aes AMA

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    Custos Recursos Humanos AMA: nos casos em que tal se aplique,

    representa os custos anuais por parte da AMA com a operao do processo e

    da infra-estrutura de suporte;

    Custos Comunicaes: nesta rubrica de custos, estaro espelhados os

    custos anuais das entidades com as comunicaes necessrias para que o

    processo opere normalmente, como sendo por exemplo os custos com

    circuitos dedicados ou linhas internet;

    Custos Comunicaes AMA: quando existirem custos anuais com

    comunicaes por parte da AMA, esses custos sero reflectidos nesta

    categoria.

    Custos de Execuo

    Custos Recursos Humanos: nos casos em que um processo necessite de

    interveno manual por parte das entidades em algum ponto para funcionar

    correctamente, os custos anuais associados sero espelhados nesta rubrica

    de custos.

    3.2.2. Apuramento de custos

    O clculo deste modelo de custos assenta num conjunto de etapas demonstradas no

    diagrama seguinte:

    Execuo

    Custo Recursos Humanos

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    Situao Actual (Amostra Representativa)

    Neste primeiro passo, comeou-se por analisar e categorizar cada uma das 467 respostas

    consideradas pelas entidades nas seguintes vertentes:

    Complexidade do processo: atribuda uma de trs classes de

    complexidade (Baixa, Mdia e Alta), tendo em conta a informao submetida

    nos questionrios e principalmente as entidades de informao trocadas;

    Replicabilidade do processo: a cada processo atribudo um universo de

    replicabilidade dentro da Administrao Pblica tendo em conta a informao

    disponibilizada nos questionrios. Os universos de replicabilidade

    considerados so os seguintes:

    o Administrao Pblica (AP): o processo dever ser realizado

    transversalmente por todos os organismos da Administrao Pblica;

    o Servios Integrados (SI): aplicvel a processos que sejam

    transversais a todos os SI da Administrao Pblica;

    o Servios e Fundos Autnomos (SFA): aplicvel a processos que

    sejam transversais a todos os SFA da Administrao Pblica;

    o Universidades: esta categoria de replicabilidade foi atribuda a

    processos que so realizados por todos os estabelecimentos pblicos

    de ensino superior;

    o Especfico: quando aplicada esta categorizao de replicabilidade a

    um processo, significa que ele especfico daquela entidade e que

    no foi identificada a possibilidade de replicao para outros

    organismos da Administrao Pblica.

    Situao Actual (Amostra Representativa)

    Situao Actual (Universo de

    Replicabilidade)

    Situao Futura Potencial(Universo de

    Replicabilidade)

    Situao Actual (Amostra Representativa)

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    Existncia de ESB na entidade que suporta o processo: cada processo foi

    classificado como pertencendo ou no a uma entidade que detm um ESB.

    Foram consideradas como tendo ESB as seguintes entidades: II-MTSS, ITIJ e

    DGITA.

    Em seguida foram calculadas para todos os processos, as rubricas de custo apresentadas

    anteriormente (Custos de Implementao, Manuteno, Operao e Execuo), tendo em

    conta se o processo submetido pelas entidades foi na ptica de essa entidade ser um

    fornecedor ou um consumidor desse processo.

    Os custos com Recursos Humanos de um servio para um processo fora da Plataforma de

    Interoperabilidade so calculados da seguinte forma:

    Este clculo assume que cada fornecedor realiza apenas uma implementao por servio,

    enquanto os consumidores realizam tantas implementaes por servio quantos os

    fornecedores distintos que tiverem que contactar no mbito desse mesmo servio, tal como

    mostra a figura seguinte:

    xC

    xF

    cN

    fN

    - Classe do servio

    - Custo de implementao de um Consumidor para a classe x

    - Custo de implementao de um Fornecedor para a classe x

    - Nmero de consumidores

    - Nmero de fornecedores

    x

    C1

    C2

    F1

    F2

    fxfcx NFNNCS +=

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    Para processos implementados na Plataforma de Interoperabilidade, os custos com

    Recursos Humanos de um servio so calculados da seguinte forma:

    Para este clculo, assume-se que tanto os consumidores, como os fornecedores e a

    Plataforma de Interoperabilidade, tero apenas que realizar uma implementao por cada

    processo, tal como se ilustra na figura seguinte:

    Depois de realizados estes clculos, o modelo de custos foi inicialmente apresentado para os

    seguintes organismos, considerados representativos:

    II-MTSS

    II-MFAP

    DGITA

    ITIJ

    ACSS

    xC

    xF

    cN

    fN

    - Classe do servio

    - Custo de implementao de um Consumidor para a classe x

    - Custo de implementao de um Fornecedor para a classe x

    - Custo de implementao PI para a classe x

    - Nmero de consumidores

    - Nmero de fornecedores

    x

    xPI

    C1

    C2

    F1

    F2

    PI

    xfxcx PINFNCS ++=

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    Em todo o caso, sempre que os organismos contactados forneceram alguns custos, estes

    foram utilizados em detrimento do modelo de custos. Tenta-se assim fazer a melhor

    aproximao possvel realidade dos custos dos organismos.

    Verificou-se ainda que em cerca de 82% dos processos no foram submetidas ambas as

    vertentes de fornecedor e consumidor pelas respectivas entidades. Como forma de

    aproximar os custos de cada processo realidade, calcularam-se os custos das posies de

    fornecedor e consumidor em falta para cada um dos processos a considerar, desde que

    esses fornecedores e consumidores em falta fossem organismos da Administrao Pblica,

    no sendo considerados os custos das entidades externas.

    Aps calcular individualmente os custos para cada processo com a informao submetida

    pelas entidades, foi feita uma operao de agregao de alguns desses processos, por se

    ter detectado que diziam respeito a vrias submisses do mesmo processo por parte de

    entidades distintas. A Situao Actual da amostra representativa ficou ento com o seguinte

    panorama em termos de nmero de processos individuais a considerar:

    Varivel Valor

    Total de processos submetidos pelas entidades a considerar 471

    Instncias de processos repetidas entre diversas entidades 93

    Total de processos individuais a considerar 377

    No final desta etapa de clculo, consegue-se obter o custo mdio de cada processo

    individual submetido nos casos em que constava em mais de um questionrio respondido

    pelas entidades.

    Pressupostos

    Em seguida apresentam-se os pressupostos tidos como base para realizar os clculos desta

    etapa:

    Os custos de implementao com recursos humanos, hardware e software foram

    calculados tendo como base os valores fornecidos por alguns dos organismos

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    considerados como mais representativos e valores de implementao para processos

    implementados pela AMA na Plataforma de Interoperabilidade;

    Para os custos de manuteno de processos automticos e manuais fora da

    Plataforma de Interoperabilidade, considerou-se 30% do valor do custo de

    implementao para os recursos humanos e 20% do custo de implementao para o

    hardware e software. Para processos implementados na Plataforma de

    Interoperabilidade, considera-se 10% do valor de recursos humanos relativamente

    implementao, mantendo-se a mesma percentagem para o Hardware e Software;

    Os custos de operao so calculados de forma diferenciada entre processos que

    utilizem um ESB e processos que no faam uso de ESB. Os valores utilizados foram

    baseados nos processos submetidos pelos organismos;

    Os custos de execuo resultam das horas dispendidas nessa mesma operao,

    tendo em conta um salrio mdio mensal de referncia de 1.516,67 que permite

    aferir o custo horrio de 9,48;

    Quando se detecta que uma das vertentes em falta para os processos submetidos

    corresponde ao fornecedor de servio, considera-se 0 o nmero de horas

    dispendidas de Recursos Humanos para as tarefas de Execuo do processo;

    Para processos em que a vertente em falta diz respeito aos consumidores e em que

    no tenham sido indicadas horas de Execuo desse processo, considera-se o valor

    mdio de todos os processos submetidos para a complexidade do processo em

    causa.

    Situao Actual (Universo de Replicabilidade)

    Aps realizados os clculos para a Situao Actual dos processos individuais para a amostra

    considerada e apurado o respectivo custo mdio por processo, foi necessrio extrapolar

    esses clculos para todos os organismos da Administrao Pblica, tendo em conta o

    universo de replicabilidade de cada um dos processos.

    Situao Actual (Universo de

    Replicabilidade)

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    Para os custos de Recursos Humanos, a extrapolao para cada processo foi feita da

    seguinte forma:

    Os custos relativos aos consumidores do servio so calculados multiplicando o custo

    mdio do processo, para estas entidades, pelo nmero de fornecedores e pelo

    respectivo universo de replicabilidade;

    Os custos relativos aos fornecedores do servio so calculados multiplicando o custo

    mdio do processo, para estas entidades, pelo nmero de fornecedores.

    No final desta etapa, obtm-se os custos totais de cada processo, tendo em conta os

    universos de replicabilidade atribudos.

    Pressupostos

    Em seguida apresentam-se os pressupostos tidos como base para realizar os clculos desta

    etapa:

    Tendo como fonte de dados o Oramento de Estado do ano de 2011, foram retirados

    os seguintes valores para o universo de entidades da Administrao Pblica:

    Varivel Valor

    Total de entidades da Administrao Pblica 406

    Total de entidades classificadas como Servios Integrados 219

    Total de entidades classificadas como o Servios e Fundos Autnomos 187

    Total de entidades classificadas como Universidades 32

    Situao Futura Potencial (Universo de Replicabilidade)

    Depois de calculados os valores para a Situao Actual e para todo o universo de

    organismos da Administrao Pblica, calcularam-se os custos dos cenrios de potencial

    evoluo destes processos, considerando que os processos que so realizados actualmente

    de forma manual actualmente podem evoluir quer para dentro ou para fora da Plataforma de

    Situao Futura Potencial(Universo de

    Replicabilidade)

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    Interoperabilidade, e que os processos j automatizados podem evoluir apenas para a

    Plataforma de Interoperabilidade.

    Pressupostos

    Em seguida apresentam-se os pressupostos tidos como base para realizar os clculos desta

    etapa:

    Considera-se que um processo que realizado na situao actual de forma manual,

    ao passar a ser realizado de forma automtica, quer seja dentro ou fora da

    Plataforma de Interoperabilidade, tem 0 horas atribudas em termos de Recursos

    Humanos afectos pela entidade Execuo desse processo;

    Um processo que realizado na situao actual de forma automtica e que passe na

    situao futura para a Plataforma de Interoperabilidade tem os seguintes

    pressupostos associados:

    o Os custos em termos dos Recursos Humanos afectados implementao

    desse processo por parte das entidades, tero uma reduo de 70% face ao

    custo de implementao desse processo na situao actual, visto existir um

    forte reaproveitamento dos componentes j desenvolvidos;

    o Os custos com Hardware e Software por parte das entidades para a

    implementao desse processo na Plataforma de Interoperabilidade ser nulo,

    visto que se dever ser reaproveitada a infra-estrutura j existente para

    suportar o processo de forma automtica na situao actual.

    3.3. Abordagem da anlise financeira

    Para a anlise financeira de cada um dos cenrios de evoluo apresentados, foram

    seguidos os seguintes passos:

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    Apuramento dos custos de investimento nos anos 0, 1 e 2

    Num primeiro momento efectuado o somatrio dos custos de implementao de todos os

    processos, considerando a informao disponibilizada pelas entidades e o universo de

    replicabilidade de cada processo.

    Estes custos representam o custo de investimento a incorrer nos anos 0, 1 e 2, para a

    implementao de cada cenrio de evoluo.

    A distribuio em termos percentuais do investimento considerado ao longo destes 3 anos foi

    a seguinte:

    2011 2012 2013

    Distribuio dos custos de Investimento 60% 30% 10%

    Apuramento dos custos de explorao para o ano 1

    Neste segundo momento efectuado o somatrio dos custos de manuteno, operao e

    execuo de todos os processos, considerando a informao disponibilizada pelas entidades

    e o universo de replicabilidade de cada processo. Estes custos representam os custos de

    explorao a incorrer no ano 1.

    Projeco dos custos de explorao para os anos seguintes

    A partir do custo de explorao do primeiro ano, foram projectados os custos de explorao

    para um horizonte temporal de 5 anos, tendo por base a taxa de inflao estimada para esse

    perodo.

    2012 2013 2014 2015 2016

    Taxa de inflao 1,1% 1,3% 1,4% 1,6% 1,7%

    Fonte: Economist Intelligence Unit, Portugal at a glance: 2011-15 (March 2011 Country Forecast)

    Assim, o custo de explorao de um determinado perodo corresponde ao custo de

    explorao do perodo anterior acrescido do efeito da inflao.

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    Clculo da poupana estimada

    Aps a projeco de todos os custos associados a cada cenrio, para o horizonte temporal

    definido, feita a diferena entre os custos de explorao da situao actual e os custos de

    explorao de cada cenrio. Nos casos em que o cenrio de evoluo permite menores

    custos de explorao, esta diferena consiste na poupana estimada do cenrio de futuro.

    O custo de investimento de cada cenrio dado unicamente pelo seu custo de

    implementao, uma vez que os custos de implementao da situao actual j foram

    incorridos no passado, considerando-se afundados.

    Aplicao de critrios de anlise de investimento

    Para aferir sobre o mrito de cada cenrio, foram utilizados os seguintes critrios:

    Valor Actual Lquido (VAL) Representa o valor actual dos cash-flows associados

    s poupanas estimadas, lquido do investimento inicial. Quando este indicador

    positivo estamos perante um projecto economicamente vivel, que para alm de

    cobrir o investimento inicial, permite obter ganhos econmicos considerando o custo

    de oportunidade do capital aplicado. Nesta anlise, para a actualizao das

    poupanas estimadas foi utilizado o custo da dvida pblica nacional, traduzido pelas

    yields das Obrigaes do Tesouro, conforme o quadro abaixo.

    2012 2013 2014 2015 2016

    Maturidade (anos) 1 2 3 4 5

    Yield OT 8,26% 10,01% 9,96% 10,35% 9,88%

    Fonte: MTS Data (RefDate 04/20/2011)

    ndice de rendibilidade Rcio que permite hierarquizar investimentos alternativos,

    apresentando o valor actual lquido oferecido por cada unidade investida.

    Taxa Interna de Rendibilidade (TIR) A taxa interna de rendibilidade representa a

    taxa mxima de rendibilidade do projecto, ou por outras palavras, consiste na taxa de

    actualizao que, no final do perodo de vida do projecto, iguala o VAL a zero. Por

    este critrio, estamos perante um projecto economicamente vivel quando a TIR

    apresenta um valor superior ao custo de oportunidade do capital.

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    Perodo de recuperao do investimento Determina o tempo de recuperao do

    capital investido, ou seja, devolve o tempo necessrio para que as receitas geradas e

    acumuladas recuperem as despesas em investimento realizadas. Trata-se de um

    critrio de avaliao de risco, sendo mais atractivos os projectos com menores

    perodos de recuperao do investimento.

    Apresentao dos resultados da anlise financeira

    Em seguida sero apresentados os resultados da anlise financeira realizada em cada um

    dos cenrios formulados, utilizando o quadro seguinte como suporte:

    0 1 2 3 4 5

    Total Custos totais do cenrio apresentado, em cada um dos anos.

    Processos manuais Custos totais relativos aos processos manuais, em cada um dos anos.

    Capex Custos de investimento relativos aos processos manuais, em cada um dos anos.

    Opex Custos de operao relativos aos processos manuais, em cada um dos anos.

    Processos automticos fora da PI

    Custos totais relativos aos processos automticos fora da PI, em cada um dos anos.

    Capex Custos de investimento relativos aos processos automticos fora da PI, em cada um dos anos.

    Opex Custos de operao relativos aos processos automticos fora da PI, em cada um dos anos.

    Processos automticos na PI

    Custos totais relativos aos processos automticos na PI, em cada um dos anos.

    Capex Custos de investimento relativos aos processos automticos na PI, em cada um dos anos.

    Opex Custos de operao relativos aos processos automticos na PI, em cada um dos anos.

  • AMA: Agncia para a

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    Benefcios / poupana estimada

    Poupana estimada anual, calculada pela diferena entre os custos totais do cenrio considerados e a situao actual. Existe poupana quando este valor positivo.

    Poupana actualizada Aplicao da taxa de actualizao poupana estimada anual, obtendo o valor temporal da poupana para cada ano. Estes so os valores de referncia utilizados para o clculo do VAL.

    VAL

    O Valor Actual Lquido (VAL) consiste no somatrio dos cash flows anuais futuros, descontados taxa de actualizao. O VAL mede o benefcio adicional que o projecto oferece sobre o benefcio normal medido pelo custo de oportunidade do capital. Um VAL superior a 0 (zero) indica um projecto economicamente vivel, uma vez que permite cobrir o investimento inicial, bem como a remunerao mnima exigida pelo investidor (taxa de actualizao) e ainda gerar um excedente financeiro. Quanto maior for o VAL, maior ser a probabilidade do projecto ser economicamente vivel, j que um VAL positivo significa que as receitas geradas so superiores aos custos.

    ndice de rendibilidade

    Rcio que reflecte o valor actual lquido oferecido por cada unidade monetria investida. Temos um ndice de rendibilidade positivo, quando temos um VAL > 0, o que indica o ganho lquido por cada euro investido.

    TIR

    A Taxa Interna de Rendibilidade (TIR) representa a taxa mxima de rendibilidade do projecto. Isto , a taxa de desconto que no final do perodo de vida do projecto iguala o VAL a zero. Uma TIR superior taxa de actualizao utilizada no clculo do VAL implica um VAL superior a 0 (zero) e indica que o projecto consegue gerar uma taxa de rendibilidade superior ao custo de oportunidade do capital, pelo que estamos perante um projecto economicamente vivel.

    Perodo de recuperao do investimento (anos)

    Determina o tempo de recuperao do capital investido, medido em anos. Este indicador tanto melhor, quanto mais prximo do momento zero. Isto indica um curto perodo de recuperao. Um projecto com um elevado perodo de recuperao possui um risco superior, comparativamente a um projecto com um perodo menor.

    (Valores em euros)

    3.4. Anlise financeira dos cenrios formulados

    A partir da realizao dos passos anteriores, obtm-se os seguintes resultados:

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    Situao Actual (Considerando universo de extrapolao)

    0 1 2 3 4 5

    Total 14.540.919 85.220.649 120.805.788 133.311.472 135.444.455 137.747.011

    Processos manuais 6.658.852 70.625.336 103.337.088 115.145.880 116.988.214 118.977.014

    Capex 6.658.852 3.366.049 1.136.603 0 0 0

    Opex - 67.259.286 102.200.485 115.145.880 116.988.214 118.977.014

    Processos automticos fora da PI

    6.727.123 12.117.135 14.393.091 14.922.514 15.161.275 15.419.016

    Capex 6.727.123 3.400.561 1.148.256 0 0 0

    Opex - 8.716.575 13.244.835 14.922.514 15.161.275 15.419.016

    Processos automticos na PI

    1.154.944 2.478.178 3.075.609 3.243.077 3.294.967 3.350.981

    Capex 1.154.944 583.824 197.138 0 0 0

    Opex - 1.894.354 2.878.471 3.243.077 3.294.967 3.350.981

    (Valores em euros)

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    Cenrio I - Evoluo dos processos manuais para fora da PI

    0 1 2 3 4 5

    Total 233.767.814 208.315.986 176.879.332 154.327.856 156.797.102 159.462.652

    Automatizao dos processos manuais

    225.885.748 193.720.672 159.410.632 136.162.264 138.340.861 140.692.655

    Capex 225.885.748 114.185.245 38.556.551 0 0 0

    Opex - 79.535.427 120.854.081 136.162.264 138.340.861 140.692.655

    Processos automticos fora da PI

    6.727.123 12.117.135 14.393.091 14.922.514 15.161.275 15.419.016

    Capex 6.727.123 3.400.561 1.148.256 0 0 0

    Opex - 8.716.575 13.244.835 14.922.514 15.161.275 15.419.016

    Processos automticos na PI

    1.154.944 2.478.178 3.075.609 3.243.077 3.294.967 3.350.981

    Capex 1.154.944 583.824 197.138 0 0 0

    Opex - 1.894.354 2.878.471 3.243.077 3.294.967 3.350.981

    Benefcios / poupana estimada

    -225.885.748 -126.461.386 -57.210.147 -21.016.384 -21.352.646 -21.715.641

    Poupana actualizada -225.885.748 -116.812.660 -48.036.668 -16.048.080 -14.775.577 -13.675.611

    VAL -435.234.344

    ndice de rendibilidade -1,15

    TIR N/A

    Perodo de recuperao do investimento (anos)

    N/A

    (Valores em euros)

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    Cenrio II - Evoluo dos processos manuais para a PI

    0 1 2 3 4 5

    Total 149.319.041 113.346.771 83.024.722 64.825.448 65.862.655 66.982.320

    Automatizao dos processos manuais

    141.436.974 98.751.457 65.556.022 46.659.856 47.406.414 48.212.323

    Capex 141.436.974 71.496.390 24.141.948 0 0 0

    Opex - 27.255.067 41.414.074 46.659.856 47.406.414 48.212.323

    Processos automticos fora da PI

    6.727.123 12.117.135 14.393.091 14.922.514 15.161.275 15.419.016

    Capex 6.727.123 3.400.561 1.148.256 0 0 0

    Opex - 8.716.575 13.244.835 14.922.514 15.161.275 15.419.016

    Processos automticos na PI

    1.154.944 2.478.178 3.075.609 3.243.077 3.294.967 3.350.981

    Capex 1.154.944 583.824 197.138 0 0 0

    Opex - 1.894.354 2.878.471 3.243.077 3.294.967 3.350.981

    Benefcios / poupana estimada

    -141.436.974 -31.492.171 36.644.464 68.486.024 69.581.800 70.764.691

    Poupana actualizada -141.436.974 -29.089.388 30.768.632 52.295.827 48.149.126 44.564.671

    VAL 5.251.893

    ndice de rendibilidade 0,02

    TIR 11%

    Perodo de recuperao do investimento (anos)

    4,8

    (Valores em euros)

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    Cenrio III - Evoluo dos processos automticos para a PI

    0 1 2 3 4 5

    Total 11.596.743 77.312.111 110.547.665 122.320.184 124.277.307 126.390.022

    Processos manuais 6.658.852 70.625.336 103.337.088 115.145.880 116.988.214 118.977.014

    Capex 6.658.852 3.366.049 1.136.603 0 0 0

    Opex - 67.259.286 102.200.485 115.145.880 116.988.214 118.977.014

    Transio dos processos fora da PI

    3.782.947 4.208.597 4.134.968 3.931.227 3.994.127 4.062.027

    Capex 3.782.947 1.912.280 645.713 0 0 0

    Opex - 2.296.318 3.489.255 3.931.227 3.994.127 4.062.027

    Processos automticos na PI

    1.154.944 2.478.178 3.075.609 3.243.077 3.294.967 3.350.981

    Capex 1.154.944 583.824 197.138 0 0 0

    Opex - 1.894.354 2.878.471 3.243.077 3.294.967 3.350.981

    Benefcios / poupana estimada

    -3.782.947 4.507.977 9.109.867 10.991.288 11.167.148 11.356.990

    Poupana actualizada -3.782.947 4.164.029 7.649.127 8.392.931 7.727.429 7.152.162

    VAL 31.302.730

    ndice de rendibilidade 4,94

    TIR 169%

    Perodo de recuperao do investimento (anos)

    0,5

    (Valores em euros)

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    Modernizao Administrativa, I.P.

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    Cenrio IV - Evoluo dos processos manuais e automticos para a PI

    0 1 2 3 4 5

    Total 146.374.865 105.438.233 72.766.598 53.834.161 54.695.507 55.625.331

    Automatizao dos processos manuais

    141.436.974 98.751.457 65.556.022 46.659.856 47.406.414 48.212.323

    Capex 141.436.974 71.496.390 24.141.948 0 0 0

    Opex - 27.255.067 41.414.074 46.659.856 47.406.414 48.212.323

    Transio dos processos fora da PI

    3.782.947 4.208.597 4.134.968 3.931.227 3.994.127 4.062.027

    Capex 3.782.947 1.912.280 645.713 0 0 0

    Opex - 2.296.318 3.489.255 3.931.227 3.994.127 4.062.027

    Processos automticos na PI

    1.154.944 2.478.178 3.075.609 3.243.077 3.294.967 3.350.981

    Capex 1.154.944 583.824 197.138 0 0 0

    Opex - 1.894.354 2.878.471 3.243.077 3.294.967 3.350.981

    Benefcios / poupana estimada

    -145.219.921 -26.984.194 45.754.331 79.477.311 80.748.948 82.121.680

    Poupana actualizada -145.219.921 -24.925.359 38.417.759 60.688.758 55.876.554 51.716.833

    VAL 36.554.623

    ndice de rendibilidade 0,15

    TIR 16%

    Perodo de recuperao do investimento (anos)

    4,0

    (Valores em euros)

    3.5. Avaliao dos cenrios