algunas reflexiones sobre el teatro en siglo de oro

7/24/2019 Algunas Reflexiones Sobre El Teatro en Siglo de Oro

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Avhox

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Algunas reflexiones sobre

el te a tr o br ev e del Siglo de Oro

y l a Pos tmodern idad

Javier Huerta Calvo

Arbor CLXXVII, 699-700 (Marzo-Abril 2004), 475-495 pp.

La modesta tesis que intentar defender este artculo es que el gran im

pulso que los gneros menores han experimentado en los ltimos veinticin

co aos, sobr e todo en la crtica pero tambin en la prctica escnica, es

consecuencia, en buena parte, del clima cultural derivado de la postmo

dernidad . La coincidenc ia de ciertos hechos artsticos, culturales, litera

rios y hasta polticos ha sido determinante para que el canon teatral del

Siglo de Oro, antao demasiado condicionado por factores inrales y reli

giosos, se haya abierto a partir de los aos ochenta al gusto ms heterodo

xo con que, en mi opinin, han de ser evaluadas las formas del teatro bre

ve, sobre todo a partir del descubrim iento de Bajtn. La Filologa, aunqu e

en menor m edida que otras reas del conocimiento, tambin se ha dejado

contaminar por estas otras miradas de la diffrance postmoderna. Ello

afecta a la literatura en general, pero de modo particular a un teatro como

el breve que rebosa elementos erticos, escatolgicos, inmora les, irrespe

tuosos y transgresores, cuya exegesis, y no digam os su explicacin en las

aulas, resultaba harto difcil durante la larga Cua resma del franquism o^.

1 R e d e s c u b r i r e l t e a t r o b r e v e

D e p e d r s e n o s s e l e c c i o n a r , c o m o p a r a d i g m t i c a - o b j e t i v a y s u b j e t i v a

m e n t e - d e u n a h i s t o r i a d e l g u s t o , u n a s o l a o b r a d e l t e a t r o b r e v e d e l o s s i -

(c) Consejo Superior de Investigaciones Cientficas

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http://arbor.revistas.csic.es


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Javier Huerta Calvo

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glos de oro , e leg i r amos s in duda

El retablo de las maravillas,

de Cer

v a n t e s . P o r v a r i a s r a z o n e s : e l t r a t a m i e n t o o r i g i n a l s i m o q u e i m p r i m e e l

au tor a una mate r ia de tan ta so le ra fo lc lor ica , como es l a de l engao a

l o s o jo s ; l a im p e c a b l e e i m p l a c a b l e m q u i n a d e l a b u r l a q u e p o n e e n j u e

go, a l se rv ic io de u n a ideo log a mu y c r t i ca con e l pod er es tab lec ido ; e l he

c h o d e q u e lo s p e r s o n a j e s a c t iv o s d e l a b u r l a p r o v e n g a n d e l m u n d o d e l t e

a t r o ,

e n l o q u e s e n o s a n t o j a u n a i n s i n u a c i n m u y c l a r a a c e r c a d e l p o d e r

d e l t e a t r o p a r a d e s v e l a r l a m e n t i r a s o c i a l ; l a a l e g o r a s a t r i c a a p l i c a d a a l

p e q u e o m u n d o d e T o n t o n e l a , m i c r o c o s m o s d e l a E s p a a d e l s i g l o X V I I

y a u n d e c u a l q u i e r o t r a s o c i e d a d , p u e s q u e e l i n g e n i o d e l a u t o r n u n c a s e

p i e r d e e n l o c a l i s m o s c o s t u m b r i s t a s ; s u f a s c i n a n t e l e n g u a j e , v o l c a d o e n

u n a p r o s a m o d e r n a y e n u n b r i l l a n t e d i l o g o , q u e c o n t r a s t a c o n e l a r t i f i

c io d e t a n t o v e r s o h u e r o y h u e c o d e l a c o m e d i a b a r r o c a ; l a g r a n f o r t u n a ,

e n f i n , d e e s t e e n t r e m s , q u e h a m e r e c i d o i m i t a c i o n e s y r e e s c r i t u r a s d i

v e r s a s a t r a v s d e l o s t i e m p o s , h a s t a l l e g a r l o z a n s i m a a n u e s t r o s d a s ,

c o m o l o d e m u e s t r a n l o s n o m b r e s d e R a f a e l D i e s t e , M a n u e l A l t o l a g u i r r e ,

L a u r o O l m o , J a c q u e s P r v e r t , B e r t o l t B r e c h t , J e r n i m o L p e z M o z o o A l

b e r t B o a d e l l a . T o d a s e s t a s c i r c u n s t a n c i a s h a c e n d e l e n t r e m s c e r v a n t i n o

u n a a u t n t i c a o b r a m a e s t r a , c o m p a r a b l e - p e s e a s u b r e v e d a d e n f o r m a

y t r a s c e n d e n c i a a c u a l q u i e r a d e n u e s t r o s g r a n d e s d r a m a s d e l a m i s m a

poca.

S i n e m b a r g o , l a g e n i a l i d a d d e El retablo de las marav illas no es un

h e c h o a i s l a d o n i p u e d e e x p l i c a r s e s i n t e n e r e n c u e n t a l a r i c a t r a d i c i n

q u e l o s u s t e n t a : e s o s c e n t e n a r e s d e p i e z a s q u e c o n f o r m a n e l r i q u s i m o

c o r p u s d e l t e a t r o b r e v e d e l s i g l o X V I I y q u e p a r e c e n r e c l a m a r u n t r a t a

m i e n t o m s c o le c ti v o q u e s i n g u l a r i z a d o . P o r o t r o l a d o , c u a l q u i e r b u e n a fi

c i o n a d o a l a r t e d r a m t i c o p o d r a s e a l a r m e d i a d o c e n a d e p i e z a s a n t o l -

g i c a s m s , h a b i t u a l e s d e s d e h a c e m u c h o t i e m p o e n l o s r e p e r t o r i o s d e

c o m p a a s t a n t o p r o f e s i o n a l e s c o m o u n i v e r s i t a r i a s : a s , a l g u n o d e l o s d i

v e r t i d o s p a s o s d e L o p e d e R u e d a , c o m o e l q u e h a c e e l n m e r o V d e El de

leitoso, conoc ido desde Mora t n como La tierra de Jauja\ e l an nim o de

La crcel de Sevilla,

a t r i b u i d o e n m s d e u n a o ca s i n a C e r v a n t e s ; a l g u

no de los muchos ded icados a l a f igura de l ca r i smt ico ac tor que fuera

J u a n R a n a , d e b i d o s a l a p l u m a d e L u i s Q u i o n e s d e B e n a v e n t e , A g u s t n

M o r e t e o J e r n i m o d e C n c e r ; l a m o j i g a n g a d eLas visiones de la muerte,

de Caldern de la Barca , y , desde luego , cua lqu ie ra de los o t ros s ie te en

t r e m e s e s d e C e r v a n t e s . C o n s t a s y o t r a s p i e z a s , h o y p o r f o r t u n a m s a c

c e s i b l e s a l o s l e c t o r e s , b i e n p o d r a m o s t r a z a r e l m a p a d e l a d r a m t i c a

m e n o r u r e a , q u e t e n d r a c o m o p u n t o s c a p i t a l e s a l g u n o s d e l o s t e m a s

q u e m s i n t e r e s a n a l o s d r a m a t u r g o s y a l o s e s p e c t a d o r e s d e e s t a p o c a

a la que l l aman posmoderna , a saber : e l re la t iv i smo ax io lg ico , l a l ibe r -

(c) Consejo Superior de Investigaciones Cient ficas




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Algunas reflexiones sobre el teatro breve.. .

t a d d e c o s t u m b r e s , l a m e n t a l i d a d h e d o n i s t a , e l p r e d o m i n i o d e l j u e g o y l a

m e t a f i c c i n , l a a c e p t a c i n d e l a a m b i g e d a d c o m o n o r m a l m o d o d e c o m

por tamien to , l a a t racc in por e l o t ro , l a marg ina l idad y la d i fe renc ia , e l

pa pe l ca da vez m s re le va nt e de la m uje r , la vis i n f i: 'agmentar ia del

m u n d o . . .^ . N i m u c h o m e n o s e s t o y q u e r i e n d o a f i r m a r c o n e l lo el i m p o s i b l e

h i s t r i c o d e q u e e l t e a t r o b r e v e s e a p o s t m o d e r n o , s i n o q u e p r e s e n t a r a s

g o s c o i n c i d e n t e s c o n c i e r t a s t e n d e n c i a s d e l a m o d e r n i d a d y a u n d e l a

p o s t m o d e r n i d a d . E n s u m a , q u e l a l e c t u r a y l a r e p r e s e n t a c i n d e e s t a s

obr i l l as consuenan b ien con los gus tos de la cu l tu ra de hoy en d a , dec i

d idamente inc l inada de l l ado d ion is iaco de la ex is tenc ia , por dec i r lo con

expres in de l f i lsofo que los h i s to r iadores cons ideran padre y mentor de

l a p o s t m o d e r n i d a d , e l a l e m n F r i e d r i c h N i e t z s c h e ^ .

U n a m i r a d a a l a b i b l i o g r a f a p u b l i c a d a e n l o s l t i m o s a o s , y q u e e n

e s t e m i s m o n m e r o r e p a s a c o n s u r i g o r a c o s t u m b r a d o A b r a h a m M a

d r o a l , n o v i e n e s i n o a c o r r o b o r a r a n m s e l p a r a l e l i s m o q u e a d v e r t i m o s

e n t r e t e a t r o b r e v e y c u l t u r a p o s t m o d e r n a . Q u i e r o d e c i r q u e e l a u g e c r t i

co e h i s to r iogr f ico de los gneros menores v iene a co inc id i r c ronolg ica

m e n t e c o n l a e n t r a d a e n E s p a a d e l o s v i e n t o s d e l a p o s t m o d e r n i d a d ,

a p r o x i m a d a m e n t e h a c i a 1 9 8 1 . A n t e s d e e s t a e m b l e m t i c a fe c h a s o b r a n

d e d o s d e l a m a n o p a r a e n u m e r a r l a s e s t u d i o s o s q u e t u v i e r o n a b i e n o c u

p a r s e d e e s t o s g n e r o s , t r a d i c i o n a l m e n t e p r e t e r i d o s , c u a n d o n o o l v i d a

dos ,

de l canon tea t ra l c ls ico^ : e l p ionero Cota re lo y Mor i con su monu

m e n t a l Coleccin d e entremese s, loas, bailes, jcaras y mojigan gas (1911),

l o s h i s p a n i s t a s H a n n a h E . B e r g m a n , e s t u d i o s a d e Q u i o n e s d e B e n a

v e n t e , y H e n r i R e c o u l e s , y , s o b r e t o d o , e l m a e s t r o A s e n s i o d e l Itinerario

del entrems (1965) . Po r e l con t ra r io , a pa r t i r de 1981 los dedo s -p o r se

g u i r c o n l a m i s m a i m a g e n - s e n o s h a c e n h u s p e d e s , p u e s q u e s o n i n c o n

t a b l e s l o s i n v e s t i g a d o r e s q u e , d e s d e t o d a s l a s p e r s p e c t i v a s , s e h a n c o n

s a g r a d o a l a e x p l o r a c i n d e l q u e e n o t r o l u g a r h e l l a m a d o el g r a n m u n d o

de l t ea t ro breve^ .

C i e r t a m e n t e , e l a o d e m a r r a s p r e s e n t a c o n n o t a c i o n e s m u y s i g n i f i c a

t ivas en var ios rdenes : en e l po l t i co , 1981 ocupa e l cen t ro mismo de la

t r a n s i c i n a l a d e m o c r a c i a ; e n e l c u l t u r a l , i n i c i a l a d c a d a , r e l a t i v a m e n

t e p r o d i g i o s a - t a m p o c o e s c u e s t i n d e e x a g e r a r - d e l o s o c h e n t a , c o n e l

f e n m e n o d e l a m o v i d a m a d r i l e a , a c a u d i l l a d a p o r e s e a l c a l d e n o p o c o

c a r n a v a l e s c o q u e f u e r a d o n E n r i q u e T i e r n o G a l v n ; y e n e l l i t e r a r i o , e n

f in -que es ahora e l que nos in te resa , es e l de l cen tenar io de Ca ldern

d e l a B a r c a , q u e p e r m i t i d e s c u b r i r , m e d i a n t e e l m e m o r a b l e C o n g r e s o o r

g a n i z a d o p o r L u c i a n o G a r c a L o r e n z o , al C a l d e r n l d i c o , f e s ti v o y h a s t a

t r a n s g r e s o r q u e l a s a p o l o g a s r o m n t i c a s y , d e s d e l u e g o , l a s f r a n q u i s t a s

h a b a n v e n i d o o c u l t a n d o o m i n i m i z a n d o ^ . P i e n s o q u e e n l a m a y o r a d e l o s

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Javier Huerta Calvo

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h i s t o r i a d o r e s m o d e r n o s d e C a l d e r n y d e l t e a t r o u r e o p e s a b a m s l a i n

f luencia de Hera c l i to qu e de Dem cr i to , cua nd o -co m o es sab ido y de

m u e s t r a e n u n p r e c io s o t r a b a j o A u r o r a E g i do ' ^- e n l a p o c a a m b a s a c t i

t u d e s e s t a b a n e q u i l i b r a d a s e n e l i m a g i n a r i o c u l t u r a l . U n a d e la s

a p o r t a c i o n e s m a y o r e s d e l a c r t i c a p o s t m o d e r n a e s h a b e r v u e l t o a r e c u

p e r a r e s e b i f r o n t i s m o , s o b r e e l c u a l e s c r i b i e r a p g i n a s m e m o r a b l e s e l r e

c in fa l lec ido Vi t to re Branca a p rops i to de la capac idad de Boceado y de

o t ros au tores medieva les y c ls icos por conc i l i a r en su obra lo se r io y lo

cmico^ . No es casua l , por o t ro lado , que es te

revival

d e l a l i t e r a t u r a f e s

t i v a - a l e n t a d o d e s d e F r a n c i a , e n l o q u e s e r e f i e r e a l h i s p a n i s m o , p o r

a l g n vir doctus et facetus c o m o R o b e r t J a m m e s s e v i e r a a c o m p a a d o

por e l g ran x i to a lcanzado por uno de los l ib ros ms emblemt icos de la

p o s t m o d e r n i d a d :

II nome della rosa,

d e U m b e r t o E c o , d o n d e e n t r e b u r l a s

y v e r a s s e s o m e t a a b u r l a i n t e l i g e n t e a l g u n o d e l o s s i s t e m a s q u e l a c r

t i c a h a b a e n t r o n i z a d o y s a c r a l i z a d o h a s t a e l ex c es o ^. Q u e l o h i c i e r a u n o

d e l o s p a l a d i n e s d e l a S e m i t i c a v e n a a r u b r i c a r e l n u e v o t a l a n t e - i r n i

c o y d i s t a n c i a d o r - c o n q u e p o d a n y d e b a n s e r e x a m i n a d o s l o s h e c h o s

c u l t u r a l e s , m x i m e s i s t o s t o c a b a n a u n t e r r e n o t a n s e n s i b l e a l a r i s a

como el teatro^^.

A l m e n c i o n a d o C o n g r e s o c a l d e r o n i a n o e s t n v i n c u l a d o s m u c h o s d e l o s

c r t i c o s e h i s t o r i a d o r e s q u e , a p a r t i r d e e s e m o m e n t o , m a y o r a t e n c i n

concedie ron a l as fo rmas de l t ea t ro breve . Bas te c i ta r los nombres de l ac

t i v o a q u e i n v e s t i g a d o r q u e p o r e n t o n c e s f o r m a b a n E v a n g e l i n a R o d r

g u e z y A n t o n i o T o r d e r a , y e n l o s c u a l e s r e p r e s e n t a m o s e l e s p r i t u d e l a

que - s i no fuera por e l descrd i to en que han ca do hoy las t eor as gene

rac iona les me a t rever a a l l amar generac in c r t i ca de 1981 . Una ge

n e r a c i n q u e , c o m o m a n d a n l o s c n o n e s , h a s t a t u v o u n l d e r e s p i r i t u a l e n

la f igura del terico ruso Mija l Baj t n . Las tesis de este autor acerca del

C a r n a v a l , c o n o c i d a s e n l o s p a s e s o c c i d e n t a l e s m u y t a r d a m e n t e p o r c u l

pa de la persecuc in de la que fuera ob je to duran te los duros aos de l es

t a l i n i s m o , s u m i n i s t r a r o n l a c i m e n t a c i n t e r i c a s u f i c i e n t e p a r a i n t e r p r e

ta r e l comple jo mundo fa rsesco de l t ea t ro breve . La d ivu lgac in de sus

e x c e p c i o n a l e s e s c r i t o s , n i n g u n e a d o s t o d a v a p o r a l g u n o d e n u e s t r o s f i l

logos a l a v io le ta , co inc id i con es te resurg i r pos tmoderno . Fren te a los

s i s t e m a s c r t i c o s q u e , c a d a u n o p o r s u p a r t e , h a b a n l e v a n t a d o l o s f o r

m a l i s m o s m s o m e n o s c a r t e s i a n o s y lo s s o c io l o g is m o s m s q u e m e n o s

m a r x i s t a s , l a o b r a d e B a j t n a b d i c a b a - s i g u i e n d o e l e j e m p l o d e N i e t z s

c h e - d e l a s p r e t e n s i o n e s s i s t e m t i c a s y t o t a l i z a d o r a s p a r a o f r e c e r u n a v i

s i n r e n o v a d a y p r o b l e m t i c a d e l a l i t e r a t u r a q u e t u v o l a v i r t u d d e e n a

m o r a r n o s a m u c h o s ^ ^ . Q u e l a r e c e p c i n e s p a o l a d e l m a y o r p e n s a d o r

l i t e ra r io de l s ig lo XX -Todorov dixit- cor r ie ra par e ja s con e l f ina l de esa





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larga Cuaresma que fue el franquismo es otra coincidencia venturosa

m s que coadyuva a explicar la gra n moda de nuestros gn eros dentro de

un contexto cada vez ms favorable^^.

Quizs la ima gen de la batalla que protagonizaron las dos fuerzas an

tagnicas , bien que complementar ias , de Carnaval y Cuaresm a -q ue tan

to ha atrado a dramaturgos de todos los t iempos, desde Juan del Encina

a Jos Luis Alonso de Santos- explica mejor que ninguna otra la dialc

tica entre teatro mayor y menor, entre comedia y entrems en los siglos

de oro; u na dialctica de difcil resolucin; pa ra m ucho s, una falsa dialc

tica que slo viene a rubricar la neutralidad ideolgica de la fiesta tea

t ra l , una estructura que, a mi modo de ver, no admite una perspectiva

uniformizadora y simplista sino que anuncia la perplejidad de la visin

fragmentaria postmoderna. En un largo, denso e inteligente ensayo so

bre la recepcin del Caldern entremesista, publicado bajo el ttulo de

La sonrisa de Menipo^^, Evangelina Rodrguez hubo de desplegar toda

su fuerza dialctica para rebatir los a veces temerarios juicios de Antonio

Regalado, en su por otra parte notabil sima monografa sobre Caldern

{Caldern y los orgenes de la modernidad, 1995), acerca de la natu rale

za inofensiva del entrems, cuya fachada de gnero inconformista no

hace ,

en opinin de Regalado, sino encubrir un m ensaje profund ame nte

conservador. Es, en efecto, ya cansado tener que alegar las diatribas de

telogos y moralistas en contra del entrems para testimoniar su natu

raleza inconformista. El entrems es una forma opuesta, tanto en signi

ficante como en significado, a la comedia. Su genealoga es plenamente

carnavalesca, en la acepcin ms bajt iniana del trmino. Como gnero

dramtico, su puesto es equivalente al de la farsa europea, cuya dimen

sin revulsiva y hasta subversiva es indiscutible. Creo, en fin, que cuan

do Regalado y otros crticos cuestionan el mensaje crtico del teatro bre

ve, estn pensando bajo unos parmetros similares a quienes en los aos

sesenta defendan la teora sartriana delengagement. Es obvio que ese

tipo de compromiso, que en con tram os e n el tea tro pico de Bre cht o en los

dramas sociales de Alfonso Sastre, no ha de buscarse en el entrems, ni

falta que le hace, aadiramos nosotros.

A mi juicio, la oposicin entre comedia y entrems no puede ser en

tendida como una verdadera lucha de opuestos entre un gnero acomo

daticio al sistema poltico, tal como lo caracterizara Jos Antonio Mara-

vall en La cultura del Barroco (1975), y un gnero respondn y

contestatario. Esta simplista oposicin, en la que muchos camos a fines

de los sete nta , era p ropia del maniq uesm o ideolgico de esos aos , y que

da muy bien reflejada en la ponencia que Agustn Garca Calvo presen

tara en las Jornadas de Almagro de 1978, a la que -en consonancia con

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Javier Huerta Calvo

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s u s t e s i s i n c e n d i a r i a s - p u s o e l t t u l o d e P r o p u e s t a d e u n a u t o d e f e p a r a

e l t ea t ro espaol de l S ig lo de Oro; au to de fe de l que s lo sa lvaba , p rec i

samente , a l t ea t ro breve^^ . Es tas op in iones en cont ra de la comedia y , so

b r e t o d o , a f a v o r d e l e n t r e m s e r a n b a s t a n t e c o m u n e s e n l o s d r a m a t u r

g o s d e e n t o n c e s , c o m o A n t o n i o G a l a , L a u r o O l m o , F r a n c i s c o N i e v a y

Migue l Romero Es teo^^ . Pero , s i se nos permi te e l ch i s te , n i t an to n i t an

calvo.

L a c o m e d i a b a r r o c a c o n t i e n e i n n u m e r a b l e s e l e m e n t o s c r t i c o s q u e

s i g u e n i n t e r e s a n d o a l e s p e c t a d o r d e h o y , c o m o l o d e m u e s t r a e l r e p e r t o

r io ,

c a d a v e z m s a m p l i o , d e l a C o m p a a N a c i o n a l d e T e a t r o C l s i c o

(CNTC) , en e l cua l , a l l ado de obras b ien ins ta ladas desde s iempre en e l

c a n o n , s e h a n p r o g r a m a d o o t r a s , q u e h a n s i d o a u t n t i c a s s o r p r e s a s , c o m o

Antes que todo es mi dama, La gran sultana. La venganza de Tamar o

l a

q u e a c a b a m o s d e a d m i r a r e n l a t e m p o r a d a 2 0 0 3 - 0 4 , La serrana de la

Vera, u n a t r a g e d i a l m i t e n o f c i l m e n t e r d u c t i b l e a l o s e s q u e m a s s o c i o -

l o g i s t a s q u e p r o l i f e r a r o n p o r e n t o n c e s y q u e y a s l o a d u c e n a l g u n a s v i e

ja g lor ias de la c r t i ca t ea t ra l per iod s t i ca , eso s , con no tab le in f luenc ia

e n l a d e t e r m i n a c i n d e l g u s t o d e m u c h o s e s p e c t a d o r e s .

Pese a todo , e l en t rems de l s ig lo XVI , como en genera l todo e l t ea t ro

de es ta poca , o f rece una carga c r t i ca de super ior en t idad a l a de l en

t r e m s b a r r o c o . L a s p r o v o c a d o r a s i n t e r v e n c i o n e s d e l o s v i l l a n o s b u f o n e s

c o s e n l o s i n t r o i t o s d e T o r r e s N a h a r r o , l o s c h i s t e s g r o s e r a m e n t e e s c a

to lg icos que inundan los au tos y las fa r sas p r imi t ivos , e l descaro

b o c c a c c e s c o a l a b o r d a r a s u n t o s a m a t o r i o s d e c i e r t o s e n t r e m e s e s d e l a

p o c a d e F e l i p e I I , d i b u j a n u n p a n o r a m a a l g o d i s t i n t o a l d e l e n t r e m s b a

r roco , ms sof i s t i cado a un n ive l fo rmal pero ideo lg icamente ms do

m e s t i c a d o . E s , p o r e s o , p o r l o q u e n o e s i n o p o r t u n o h a b l a r d e d o s e t a p a s

e n l a h i s t o r i a d e l e n t r e m s . U n a p r i m e r a , v i n c u l a d a a e s t e p e r i o d o c r i t i -

c i s t a , q u e t i e n e s u p u n t o c u l m i n a n t e e n l o s Ocho entremeses p u b l i c a d o s

e n 1 6 1 5 p o r C e r v a n t e s , y u n a s e g u n d a e t a p a , e n l a c u a l e l e n t r e m s y

d e m s f o r m a s a n l o g a s v a n s i e n d o a b s o r b i d a s c a d a v e z m s p o r l a c o

m e d i a , l l e g n d o s e a c o n t a g i a r d e s u l e n g u a j e - e l v e r s o , l a e s p e c t a c u l a r i -

d a d - e , i n c l u s o , d e s u v i s i n d e l m u n d o c o r t e s a n a . P e r o t a n t o e n u n a

c o m o e n o t r a e t a p a e l t e a t r o b r e v e m a n i f i e s t a u n a f r e s c u r a i n a u d i t a , q u e

lo ha conver t ido en e l e je que a t rav iesa toda la h i s to r ia de l t ea t ro es

paol , pues que no se da o t ro gnero con ta l capac idad de perv ivenc ia y

de t ransformacin a t ravs de los s ig los . La genea log a de las fo rmas bre

ves cons t i tuye e l rbo l ms f rondoso de la h i s to r ia de l t ea t ro espaol : con

un t ronco comn que echa sus ra ces en r i tos y espec tcu los fa r sescos de

l a E d a d M e d i a - j u e g o s d e e s c a r n i o , c e n c e r r a d a s , m a s c a r a d a s - a s o c i a d o s

a la f iesta de f iestas , e l Carnaval-^^, y con ramas pr incipales y secunda

r ias por l as que d i scur re l a sav ia de formas v ie jas y renovadas como son





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Algunas reflexiones sobre el teatro breve.

el en trem s, el paso, la loa, el baile, la jc ara , la mo jiganga, el fin de fies

ta, el sainte, la tonadilla, el sainte lrico, el gnero chico, el monlogo,

el apropsito, el pasillo...^^. Encargados de dar contenido a estas formas

variadas los autores ms destacados de la historia del teatro: Juan del

Encina, Lope de Rueda, Miguel de Cervantes, Luis Vlez de Guevara,

Francisco de Quevedo, Luis Quiones de Benavente, Jernimo de Cn

cer, Pedro Caldern de la Barca, Antonio de Zamora, Diego de Torres Vi-

Uarroel, Juan Ignacio Gonzlez del Casti l lo, Ramn de la Cruz, Manuel

Bretn de los Herreros, Ricardo de la Vega, Jos Lpez Silva, Vital Aza,

Carlos Arniches, Serafn y Joaqu n Alvarez Quintero, Enriq ue Garca Al

varez, Pedro Muoz Seca, Jacinto Benavente, Ramn del Valle-Incln,

Federico Garca Lorca, Alejandro Casona, Rafael Dieste, Max Aub, Jos

Mara Rodrguez Mndez, Lauro Olmo, Francisco Nieva...^^.

Me he entretenido en referir esta nmina abundosa para mostrarle al

lector que, si la consideracin crtica de nuestros gneros ha tenido sus

mom entos bajos h as ta la gra n eclosin de 198 1, la estim a de los creado

res y de los espectadores, que son -no lo olvidemos quienes forman la

histo ria del gusto, y no los crticos, ha sido constan te con el paso d el tiem

po , inclusive en la poca del despotismo escnico de la Ilustracin, en la

cual el teatro breve, a pesar de cortapisas y hasta de prohibiciones, se

mantuvo con una vitalidad mayor que en la centuria anterior. Despus,

debi ser la publicacin en la Biblioteca de Autores Espaoles, a media

dos del siglo XIX, de los entremeses y jcaras de Caldern por parte de

Ju an Eugenio Hartzenb usch lo que impu lsara a muchos di rectores y ac

tores a incluir entremeses como La rabia oEl dragoncillo en sus reper

torios.

En varias funciones de la poca, en las que vena mantenindose

una estructura parecida a la de la esta teatral del Siglo de Oro, pode

mos ver esta alternancia de obra mayor o seria y piezas menores^^. Un

interesante nmero de la coleccin La Farsa del ao 1933 se public

bajo el ttulo deLa fiesta del entremsy en l se recogan los trabajos le

dos y representados por primera vez en el festival que, a beneficio del

Montepo de Autores Espaoles, se celebr en el Teatro Cmico de Ma

drid el da 14 de diciembre de 1932^. Es te curioso tomito va precedido, a

manera de prlogo, de una conferencia jocoseria de El licenciado Tije

ras encarnado a la sazn por el gran actor cmico Enrique Chicote, cuyo

papel en la evolucin del sanete contemporneo es homologable al que

desempe Cosme Prez respecto del entrems tres siglos antes. El tex

to del enigmtico licenciado Tijeras vena a resumir las ideas de don

Emilio Cotarelo y Mori en su Estudio preliminar a la Coleccin de en

tremeses, loas, bailes, jcaras y mojigangas (1911), al tiempo que se apo

yaba enjuicies favorables de otros crticos de entonces, como el siempre

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Javier Huerta Calvo

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e x i g e n t e R a m n P r e z d e A y a l a , p a r a q u i e n e n a r t e n o h a y g n e r o g r a n

d e n i g n e r o c h i c o , p u e s e s o d e c o t i z a r - s e n t e n c i a b a - l a s o b r a s d e a r t e

por l a a lzada y e l peso es cosa de cha lanes o t ra tan tes de ganado; o e l no

m e n o s e x i g e n t e Clarn, qu e a p rops i to de l es t ren o de t in en t re m s de los

h e r m a n o s A l v a r e z Q u i n t e r o , t i t u l a d o El ojito derecho, q u e t r a t a s o b r e l a

v e n t a d e u n b u r r o e n t r e g i t a n o s , a f i r m a b a c a t e g r i c o : P r e f i e r o El ojito

derecho c o n b u r r o q u e n o h a b l a , a m u c h o s d r a m a s c o n t e s i s q u e r e b u z

n a n . A l i g u a l q u e e n t a n t a s o t r a s o c a s i o n e s . Clarn d a b a c o n e l quid d e

la cues t in , pues e l gnero ch ico s i rv i , en t re o t ras cosas , para a l igera r y

r e n o v a r l a e s c e n a d e s u t i e m p o , t a n c a r g a d a d e l o s e s p e s o s d r a m a s n e o -

r romnt icos , con un lengua je innovador , de cuya f i : ' e scura se har a eco

nada menos que Rubn Dar o en e l Pr logo de Cantos de vida y espe

ranza.

E l d i v e r t i d o p r o g r a m a d e e s t a

Fiesta del entrems

c o n s t a b a e n c u a n

t o a p i e z a s r e p r e s e n t a d a s d e

La salsa de los caracoles,

a p u n t e d e s a i n e -

t e d e F r a n c i s c o S e r r a n o A n g u i t a ;

Visita de prueba,

paso de com edia de

S e r a f n y J o a q u n A l v a r e z Q u i n t e r o ,

El aguaducho,

e n t r e m s e n p r o s a

d e F e d e ri c o R o m e r o y G u i l l e rm o F e r n n d e z S h a w , c o n u n n m e r o m u s i

c a l d e F e d e r i c o M o r e n o T o r r o b a , y

Ni contigo ni sin ti,

o t r o e n t r e m s e n

p r o s a d e A n t o n i o R a m o s M a r t n . C o m o se v e , m s q u e u n a f ie sta t e a t r a l

a l a m a n e r a d e l s i g l o X V I I , l o q u e t e n e m o s e s u n a m o d e r n a r e a c t u a l i z a

c i n d e u n a d e l a s f o r m a s d e r e p r e s e n t a c i n s o b r e l a q u e m e n o s s a b e m o s

d e n u e s t r a p o c a u r e a , e s t o e s ,

idifolla

d e e n t r e m e s e s . D e s d e h a c e a l g u

n o s a o s e s e g r a n d i r e c t o r q u e e s n g e l G u t i r r e z v i e n e p r o g r a m a n d o e n

su tea t r i to de cmara Anton Chjov f i nc iones parec idas a l as fo l las , en

l a s q u e a l t e r n a n l o s p a s o s d e L o p e d e R u e d a y l o s e n t r e m e s e s d e C e r

v a n t e s c o n s a n e t e s d e A r n i c h e s y l o s h e r m a n o s Q u i n t e r o , e n u n a h e r

m o s a m a n e r a d e a u n a r l a r i s a e n t r e m e s i l d e l a E d a d d e O r o y c o n l a d e

l a E d a d d e P l a t a .

E s t a t r a d i c i n c a s t i c i s t a , q u e g i r a e n t o r n o a l s a n e t e , h a i d o p a r a l e l a

c o n o t r a t r a d i c i n d e m s a m p l i o v u e l o , q u e t i e n e e n e l e n t r e m s c l s i c o

su punto de re fe renc ia , y que es t en e l cen t ro mismo de ese fenmeno

t a n i m p o r t a n t e p a r a l a r eg e n e r a c i n d e l a e s c e n a c o n t e m p o r n e a q u e f ue

l a l l a m a d a r e t e a t r a l i z a c i n . L o s t t u l o s m s i m p o r t a n t e s d e e s t e p r i m e r

te rc io de l s ig lo , desde e l

Teatro fantstico

(1892) , de B en av en te , a los es

p e r p e n t o s d e V a l l e y l a s f a r s a s d e L o r c a , d e b e n g r a n p a r t e d e s u o r i g i n a

l i d a d a s u h u i d a d e l m o d o n a t u r a l i s t a y s u d e s e o d e r e n o v a r e l t e a t r o a

p a r t i r d e f o r m a s t r a d i c i o n a l e s : l a c o m e d i a d e l a r t e , e l t e a t r o d e t t e r e s , e l

en t rems , l a pan tomima, l a fa r sa ca rnava lesca . . . ^^ . Y es to no s lo ocur r i

en e l n ive l de la c reac in s ino tambin en e l de la p rc t ica escn ica , como





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d e m u e s t r a n l o s d o s g r u p o s m s i m p o r t a n t e s d e t e a t r o n o c o m e r c i a l d e l a

Segunda Repbl ica : La Bar raca y e l Tea t ro de l Pueblo de las Mis io

n e s P e d a g g i c a s . E n L a B a r r a c a , j u n t o a l o s c o n s a b i d o s d r a m a s d e h o

n o r

{Fuente Ovejuna, El burlador de Sevilla) o

l os a u t o s s a c r a m e n t a l e s

{La vida es sueo) n o f a l t a r o n l o s e n t r e m e s e s : La cueva de Salamanca,

La guarda cuidadosa. Los dos habladores yEl retablo de las mara villas]

e l p a s o d e R u e d a , La tierra de Jauja, e ra rep res en tad o a l f inal de Fuen

te Ovejuna. A u n q u e e n o c a s i o n e s e s t a s r e p r e s e n t a c i o n e s l l e v a b a n fig ur i

n e s y d e c o r a d o s t a n m a r a v i l l o s o s e h i s t o r i a d o s c o m o l o s q u e r e a l i z a r a n

M a n u e l A n g e l e s O r t i z , l o n o r m a l , t a l c o m o n o s t e s t i m o n i a L u i s S e n z d e

la Ca lzada , es que la represen tac in se h ic ie ra a pa lo seco , pues los en

t remeses son , en e l fondo , una forma de teatro povero, don de la fuerza de

l a p a l a b r a , d e l a g e s t u a l i d a d y d e l m o v i m i e n t o n o p r e c i s a n d e u n a d e c o

r a c i n m u y e s p e c t a c u l a r . E s o s , l o s t e x t o s d e l o s e n t r e m e s e s n o n e c e s i

t a b a n d e t a n t o r e t o q u e y m a n i p u l a c i n c o m o l o s d e l a s c o m e d i a s ( p e n s e

m o s d e n u e v o e n e l f i n a l t r u n c a d o d e

Fuente Ovejuna

en la vers in

l o r q u i a n a ) , p u e s p a r a L o r c a c o n e c t a b a n c o m o n i n g u n a o t r a f o r m a c o n l a

s e n s i b i l i d a d p o p u l a r . A p r o p s i t o d e l e s p e c t c u l o q u e f o r m a r a a b a s e d e

La cueva de Salamanca, La guarda cuidadosa y Los dos habladores deca

e l poe ta :

Estas tres obritas son tres joyas en las que se nota la maestra del poeta, que traba

ja con alegra y con altura, es decir, dominando el tema. Esta sensacin de dominio,

de caliente frialdad, la tiene Cervantes como la tiene Goethe. Es la facultad de ir

guiando los asuntos por una cauce previsto sin que jams falte el temblor misterioso

de lo inspirado. [...] Y desde luego no es arqueolgico, no es viejo, no est pasado. Es

tos entrem eses estn vivos, como acabados de hacer, y yo he visto su efecto siempre

despierto en los pblicos de aldeas y ciudades. Trama y lenguaje de farsa humana

eterna...^^.

L a m i s m a a p r e c i a c i n d e l e n t r e m s c o m o f o r m a d e t e a t r o d i d c t i c o a l

s e r v i c i o d e u n o s i d e a l e s r e f o r m i s t a s e s l a q u e s e o b s e r v a e n e l p r o g r a m a

de las Mis iones Pedaggicas , en e l que , adems de los pasos de Lope de

R u e d a y l os e n t r e m e s e s d e C e r v a n t e s , h a y q u e p o n e r l a s r e e s c r i t u r a s t a n

i n t e r e s a n t e s q u e l l e v a c a b o C a s o n a , c o m o e l

Entrems de Sancho Pan

za en la nsula Barataria,

luego reco pi lada s en su prec ioso

Retablo jovial.

E s t a s a v e n t u r a s d e t e a t r o a m b u l a n t e , q u e co n c e d ie r o n al t e a t r o b r e v e t a l

impor tanc ia , es tn v incu ladas a un ob je t ivo u tp ico^^ , por desgrac ia f rus

t rado por l a Guer ra Civ i l , en cuyo t ranscurso , pese a todo , los gneros

m e n o r e s s i g u i e r o n g o z a n d o d e a l t a c o n s i d e r a c i n c o m o m u y a d e c u a d o s a l

tea t ro de urg enc ia ; as , por caso , e l de las Gue r r i l l as de l Tea t ro , en cuyo

r e p e r t o r i o n o f a l t a r o n l o s e n t r e m e s e s d e C e r v a n t e s , Q u i o n e s y C a l -

dern^"^.

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Y a e n l a p o s g u e r r a l a p r e s e n c i a d e l t e a t r o b r e v e e s t v i n c u l a d a a l a s

e x p e r i e n c i a s t e a t r a l e s m s r e n o v a d o r a s d e l o s g r u p o s i n d e p e n d i e n t e s y

univers i ta r ios . Por e jemplo , nos es muy conoc ido , g rac ias a l es fuerzo de

J e s s R u b i o J i m n e z , e l T e a t r o E s p a o l U n i v e r s i t a r i o ( T E U ) d e Z a r a g o

z a , e n c u y a p r o g r a m a c i n l a p r e s e n c i a d e l t e a t r o b r e v e f u e c o n s t a n t e .

U n a d e l a s f u n c i o n e s d e m a y o r x i t o e s t u v o c o n s t i t u i d a , p r e c i s a m e n t e ,

p o r l os e n t r e m e s e s d e C e r v a n t e s ,

La guarda cuidadosa, La cueva de Sa

lamanca

y

El viejo celoso,

en vers in de Alber to Cas t i l l a . Cas t i l l a , hoy

p r o f e s o r d e L i t e r a t u r a e n e l M o u n t H o l y o k e C o l l e g e , h a s e g u i d o o c u p n

dose de la d i recc in de es te t ipo de espec tcu los . En enero de 1995 es

t r e n e n e l T e a t r o P r i n c i p a l d e Z a r a g o z a e l e s p e c t c u l o Entremeses del

Siglo de Oro, p r o g r a m a q u e i n c l u a p a s o s d e L o p e d e R u e d a , La eleccin

de los alcaldes de Daganzo

y

El triunfo de los coches,

d e B a r r i o n u e v o . E n

p r o g r a m a s p o s t e r i o r e s , a c a r g o d e o t r o s d i r e c t o r e s , s e i n c l u y e r o n p i e z a s

m e n o s c o n o c i d a s c o m o

La malcontenta,

d e L u i s Q u i o n e s d e B e n a v e n t e .

E n 1 9 6 2 , b a j o l a d i r e c c i n d e J u a n A n t o n i o H o r m i g n , s e r e p r e s e n t a r o n

u n c o n j u n t o d e p i e z a s b r e v e s a b a s e d e d o s e n t r e m e s e s d e Q u i o n e s d e

B e n a v e n t e , El convidado y El mdico y el enfermo, el Paso de un ciego,

un mozo y un pobre, d e T i m o n e d a , El dragoncillo, d e C a l d e r n d e l a B a r

ca , ms e l

Dilogo del amargo,

de Ga rc a Lorca , y l a

Farsa y licencia del

corregidor, de

C a s o n a . E n 1 9 6 5 s e a a d i e r o n a l r e p e r t o r i o o t r o s e n t r e

m e s e s d e Q u i o n e s :

Los testimonios de los criados, La melindrosa, El

muerto y el soldado. El sueo y el perro, El sacristn y El viejo ahorcado

y La manta'^^. La misma aprec iac in cabe hacer por lo que se re f ie re a l

T e a t r o U n i v e r s i t a r i o d e M u r c i a , d o n d e e l t e a t r o b r e v e o c u p u n p a p e l

m u y d e s t a c a d o , g r a c i a s a l g r a n c o n o c i m i e n t o d e l a h i s t o r i a t e a t r a l d e l

que e ra y s igue s iendo su d i rec tor , Csar Ol iva^^ .

L os Entremeses d e C e r v a n t e s s u e l e n s e r p l a t o o bl i g a do e n l o s r e p e r

t o r i o s d e l t e a t r o m s a v a n z a d o : e n 1 9 9 8 J o s L u i s G m e z r e a l i z u n a i n

t e r e s a n t e p u e s t a e n e s c e n a d e l o s

Entremeses

p a r a s u T e a t r o d e l a

A b a d a ; a l p o c o, J o a n F o n t , e n u n a v e r s i n q u e d e b a m u c h o a l a e s t t i c a

d e C o m e d i a n t s h i z o u n m o n t a j e b r i l l a n t s i m o p a r a l a C N T C : e l e n

t r e m s d e Los habladores, i n t e r p r e t a d o e n d i s t i n t o s l u g a r e s d e l a s a l a ,

se rv a como h i lo conduc tor deLa eleccin de los alcaldes de Daganzo, La

cueva de Salamanca, El retablo de las maravillas y El viejo celoso. F o n t

reca lcaba e l d i seo fes t ivo y ld ico de l espec tcu lo como un modo de t ras -

gres in y no de f r ivo la exhib ic in , en una espec ie de v ia je a un mundo

fan ts t ico , d ond e e l p lac er por e l juego , l a v ida y la es ta , nos t ran sp or

ta a un lugar donde lo ld ico es lo co t id iano y no lo ex t raord inar io en

nues t ras v idas^^ . Como se ve , e l reper tor io ce rvan t ino es una y o t ra vez

rev is i t ado , s i b ien lo es mucho menos e l de o t ros au tores . En es te sen t i -





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do, m e p a r e c e m u y d e d e s t a c a r l a f u n c i n q u e p r o g r a m a r a e n 1 9 9 5 e l d i

rec tor Fernando Urd a les a l f ren te de su Tea t ro Corsar io . Ba jo e l t tu

lo de

Clsicos locos

inc luy p iezas poco conoc idas en los escenar ios , como

La burla del sombrero, d e F r a n c i s c o d e C a s t r o ,El retrato vivo, d e A g u s t n

M o r e t o , e l e n t r e m s a n n i m o d e Los sordos, Los poetas locos, d e S e b a s

t i n de Vi l lav ic iosa , yEl reloj y figuras de la venta y l a m o j i g a n g a d e Las

visiones de la muerte, d e C a l d e r n . U n b r i l l a n t e e s p e c t c u l o e n t o r n o

- c o m o r e z a b a e l p r o g r a m a d e m a n o - a u n a p i n t o r e s c a g a l e r a d e f i g u r a s

a g r u p a d a s e n t o r n o a e n r e d o s d e c a r c t e r s u r r e a l , a b s u r d o , l o c o , l o q u e

l e s a p r o x i m a a c i e r t a s f o r m a s d r a m t i c a s c o n t e m p o r n e a s c o m o e l t e a t r o

d e l a b s u r d o y e l t e a t r o d e n t r o d e l t e a t r o . A v e c e s e s t a s c o m p a a s n o

d e m a s i a d o p r o f e s i o n a l i z a d a s d a n u n e j e m p l o d e e n c o m i a b l e i n v e s t i g a

c in tea t ra l no conformndose con lo ya conoc ido y explorando v as nue

v a s .

A u n c u a n d o s u d i f u s i n f u e r a m u y l i m i t a d a , o t r a a v e n t u r a t e a t r a l

u n i v e r s i t a r i a d i g n a d e s e r r e s e a d a f u e l a

Folla a Caldern,

qu e en e l Pa

r a n i n f o d e l a F a c u l t a d d e F i l o l o g a d e l a U n i v e r s i d a d C o m p l u t e n s e d e

M a d r i d r e p r e s e n t a r a l a c o m p a a T r u j i m n , d i r i g i d a p o r l v a r o T a t o ,

a f ines de 2000 . E l p rovoca t ivo t tu lo de la func in -buena par te de los

espec tadores desconoc an e l s ign i f icado tcn ico de l t rmino folla- e s t

m u y e n c o n s o n a n c i a c o n l a l e c t u r a p o s t m o d e r n a d e l t e a t r o b r e v e . L a f o

l l a i n c l u a , j u n t o a p i e z a s m u s i c a l e s d e l s ig l o X V I I , u n a L o a b a s a d a e n e l

p o e m a a u t o b io g r f ic o d e C a l d e r n , C a r t a a u n a d a m a , l a j c a r a d e

El

Mellado,

y l o s e n t r e m e s e s d e

El toreador

y

El dragoncillo.

S o n u n o s p o

cos e jemplos pero demost ra t ivos de l v igor de unos gneros que an no

han expr imido todo su po tenc ia l en la escena de hoy .

2 .

C l a v e s

p a r a u n a l e c t u r a p o s t m o d e r n a

d e l t e a t r o b r e v e c l s i c o

E s p o s i b l e q u e m u c h a s d e l a s a p r e c i a c i o n e s q u e s i g u e n p u d i e r a n a p l i

ca rse no s lo a l t ea t ro breve s ino a muchas comedias de l s ig lo XVII . Como

a r r i b a q u e d d i c h o , e s m i s i n d e d r a m a t u r g o s y d i r e c t o r e s a c t u a l i z a r l o s

t e m a s , s i e m p r e u n i v e r s a l e s , d e l t e a t r o p a r a p o n e r l o s a l s e r v i c i o d e l a s o

c i e d a d a c t u a l , s i e m p r e , e s o s , q u e n o s e c o m e t a n d e s a g u i s a d o s i r r e p a r a

b les ,

c o m o - p o r p o n e r u n e j e m p l o c a l e n t i t o - l a v e r s i n p u n k i q u e d e l

Troilo y Crsida,

d e S h a k e s p e a r e , a c a b a d e e s t r e n a r F r a n c i s c o V i d a l e n

l a C N T C . A c a s o l a d i f e r e n c i a e n t r e l a c o m e d i a y e l e n t r e m s e s t r i b e e n

q u e l a p u e s t a e n e s c e n a d e e s t e l t i m o n o e x i g e t a n t o s c o r t e s y m a n i p u

lac iones como aque l la . E l pbl ico ac tua l parece conec ta r mejor con e l l en

gua je des inh ib ido de l en t rems que con e l de la comedia , l l eno de es te re -

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o t i p o s s o c i a l e s a m e n u d o b a s t a n t e a n a c r n i c o s . M i e n t r a s q u e l a c o m e d i a

s i g u e s i e n d o l a g r a n vedette del espect culo , y los cr t icos y los p rofeso res

s o l e m o s q u e j a r n o s - l a v e r d a d , s i n d e m a s i a d o f u n d a m e n t o - d e c m o s e

d ice e l verso y o t ras cues t iones , e l en t rems no ex ige ms que un g i l r i t

m o d e r e p r e s e n t a c i n p a r a c a p t a r l a a t e n c i n d e u n p b l i c o f c i l m e n t e

en t regado a su esp r i tu fes t ivo y l i cenc ioso . Es e l poder de la r i sa , ms

u n i v e r s a l y d u r a d e r o q u e e l d e l l l a n t o , m u y a c o r d e c o n l o s t i e m p o s p o s t

m o d e r n o s q u e c o r r e n . . A f i n d e q u e p u e d a v e r s e c o n c l a r i d a d e s t e p a r a l e

l i smo en t re t ea t ro breve y gus to pos tmoderno me f i j a r en unos pocos

componentes ideo lg icos , a saber^^ :

A )

B )

C)

D )

E )

F )

La re l ig in

La mora l y e l sexo

E l p o d e r

La soc iedad

L a m a r g i n a l i d a d

E l m e t a t e a t r o

A) La religin

A di fe renc ia de la comedia , en los gneros menores es t ausen te toda

idea de sacra l idad y aun yo d i r a que de Dios mismo. De ah l a sensac in

d e l i b e r t a d q u e t r a s c i e n d e n l a s a c c io n e s e n t r e m e s i l e s , c om o s i p r o c e d i e r a n

d e u n m u n d o d o n d e h a n d e s a p a r e c i d o l a s p r e s i o n e s y l a s r e p r e s i o n e s t e

o lg icas . En los en t remeses es impos ib le encont ra rse con f rases admoni

t r ia s de l t en or de las que prof ie re a cada paso e l g rac ioso Cata l in n a Don

J u a n T e n o r i o e n El burlador de Sevilla y q u e m o t i v a n l a s a r c s t i c a r e s

puesta de ste Qu largo me lofiis ,o la que se convie r te en es t r ib i

l lo m a c h a c n d e El gran teatro del mundo: O brar bien, que Dios es Dios.

L a a u s e n c i a d e l o s a g r a d o s e c o m p l e m e n t a , a d e m s , c o n e l p r o v e r b i a l a n

t ic le r ica l i smo de los en t remeses ; un an t ic le r ica l i smo que , s i b ien es c ie r to

q u e r e s p o n d e a c o n s t a n t e s f o lc l ri ca s m u y a r r a i g a d a s e n e l i m a g i n a r i o co

lect ivo, no lo es menos que en el s iglo XVI se puso al servicio de la espir i

t u a l i d a d e r a s m i s t a p a r a a t i z a r a u n a I g l e s i a q u e h a b a p e r d i d o e l n o r t e

evang l ico . Como e jemplo , bas ta r a con acudi r a l Entrems s in t tu lo , de

S e b a s t i n d e H o r o z c o , e n q u e s e p r e s e n t a b a - a n t e u n p b l i c o d e r e l i g i o

sas

l a f igura d e un Fra i le cor rup to y mujer iego , q ue a l f inal es m an tea

d o p o r l o s m i s m o s p e r s o n a j e s q u e lo h a n i n s u l t a d o d u r a n t e l a o b r a .

Despus de Tren to y con la p roscr ipc in de sacar c l r igos a escena , e l

a n t i c l e r ic a l i s m o d e l e n t r e m s r e s u l t a u n t a n t o d e s c a f e i n a d o , p o r q u e y a n o





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son curas y f i ra i les los que aparecen s ino sacr i s tanes . Para ver lo , bas ta

comparar dos p iezas b reves basadas en e l mismo mot ivo fo lc lor ico de l es

t u d i a n t e e x o r c i s t a : El goliardo y el exorcismo, d e H a n s S a c h s ,y La cueva

de Salamanca, d e C e r v a n t e s . M i e n t r a s q u e el fastnachtspiel d e S a c h s s u r

g i den t ro de un contex to pro tes tan te p rop ic io a l a s t i ra con t ra e l c le ro

ca t lico , e l en t re m s c erva nt ino hu bo de conver t i r a l l a sc ivo C ur a de la t ra

d ic in fo lc lr ica en un no menos lasc ivo Sacr i s tn . Pero , sa lvada la censu

ra , e l e fec to en escena es e l mismo, pues la indumentar ia de l sac r i s tnso

t a n a y b o n e t e - e s l a n i i s m a q u e l a d e u n c u r a , a l c a b o h o m b r e s d e i g l e s i a

los dos . Es ta percepc in es l a que deb ie ron tener los ingenuos a ldeanos

q u e ,

d u r a n t e u n a r e p r e s e n t a c i n d e

La guarda cuidadosa

p o r L a B a r r a

ca,

pro tes ta ron a i radamente e l f ina l , que , como se sabe , o torga la v ic tor ia

a l S o t a s a c r i s t n P a s i l l a s s o b r e e l S o l d a d o e n s u s p r e t e n s i o n e s a m a t o r i a s

sobre la joven Cr i s t ina , ob l igando a var ia r e l desen lace^^ . La mscara de l

S a c r i s t n s u f r e c u r i o s a s t r a n s f o r m a c i o n e s e n e l t e a t r o c o n t e m p o r n e o :

pensemos en e l Pedro Gai lo de Divinas palabras, d o n d e s u h a b i t u a l p a p e l

e n t r e m e s i l d e a m a n t e a d l t e r o e s i n v e r ti d o p o r el d e m a r i d o c o r n u d o , o e l

Don Mir lo de

La zapatera prodigiosa,

es te , s , en su pap e l de ga ln .

D e s a s i d o s d e c u a l q u i e r m i e d o e s c a to l g ic o , e s el D e m o n i o q u i e n p a r e

c e p r e s i d i r l a s a c c i o n e s e n t r e m e s i l e s , s e g n l a s d e n u n c i a s r e i t e r a d a s q u e

h a c e n l o s m o r a l i s t a s d e l s i g l o X V I I . U n d e m o n i o q u e n o s a l e e s c a l d a d o ,

c o m o o c u r r e e n lo s a u t o s s a c r a m e n t a l e s y e n l a s c o m e d i a s d e s a n t o s , s i n o

t r i u n f a n t e , t a l c o m o o c u r r e e n

La cueva de Salamanca,

d e C e r v a n t e s , o

e n

El dragoncillo,

de Ca lder n . Reco rdemo s e l c lebre pasa je de l en

t rems cervant ino , con la ce remonia de l con juro y la ap l icac in de una

c i e n c i a s e c r e t a q u e , s i n d u d a , c a s t i g a r a l a I n q u i s i c i n :

Estudiante.- La ciencia que apren d en la cueva de Salam anca, de donde yo soy nat

ural, si se dejara usar sin miedo de la Santa Inquisicin, yo s que cenara y recena-

ra a costa de mis herederos [...]

E n f i n , e s t e a n t i c l e r i c a l i s m o d e l e n t r e m s c l s i c o p e r v i v e e n m a n i f e s

tac iones ce rc ' anas , como en las obr i tas de urgenc ia esc r i t as por Alber t i

p a r a l a s G u e r r i l l a s d e l t e a t r o

(Radio Sev illa), o,

e n f e c h a s m s r e c i e n

t e s , e n u n a p i e z a b r e v e d e D o m i n g o M i r a s , El jarro de plata, p r o g r a m a

d a e n T V E h a c i a 1 9 8 0 , y q u e o r i g i n u n e s c n d a l o c o n s i d e r a b l e e n c i e r t a

prensa ca t l ica .

B)

La moral y el sexo

Como no poda se r de o t ro mo do, l a se xu a l ida d e s t a f lo r de p ie l en

los en t remeses c ls icos , en los que c r i s ta l i za una t rad ic in fes t iva proce-

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d e n t e d e l a E d a d M e d i a . E n 1 9 8 3 , b a jo e l m a g i s t e r i o d e R o b e r t J a m m e s

y t e n i e n d o s i e m p r e c o m o fo n d o laFloresta de poesas erticas, r e d a c t u n

extenso t raba jo , Cmico y femeni l bureo , en e l que demost raba con

a b u n d a n c i a d e e j e m p l o s , e l l a t e n t e y p a t e n t e e r o t i s m o d e l l e n g u a j e e n -

t r e m e s i l ; t a m b i n , p o r s u p u e s t o , e l p a p e l r e l e v a n t e d e l a m u j e r , f ig ur a

d e m i r g i c a d e d i c h o b u r e o . A l g u n a s c o l e g a s f e m i n i s t a s , d e m a s i a d o ' s e

r i a s ' p a r a c o n s a g r a r s e a l e s t u d i o d e l t e a t r o c l s i c o , m e r e c r i m i n a r o n , e n

e l t r a n s c u r s o d e l a s J o r n a d a s d e A l m a g r o d e l a o 1 9 8 7 , l a s o b r e v a l o r a -

c in que yo hab a hecho de ese pape l de la mujer , y , como sue le dec i r se ,

n e g a r o n l a m a y o r ^ . P e r o l o s t e x t o s - y n o l a s t e o r a s - c a n t a n , y l o s e n

t r e m e s e s e s t n p l a g a d o s d e f r a s e s y d e c l a r a c i o n e s q u e n o d e j a n l u g a r a

d u d a s a c e r c a d e l a p o s i c i n p r i v i l e g i a d a d e l a m u j e r e n e l e n t r e m s . R e

c u e r d o q u e a l e g a b a y o l a v a l e n t a y e l d e s c a r o d e a q u e l l a m o z a q u e , a n t e

l a s p r e t e n s i o n e s d e s u v i e j o p a d r e d e n o d e j a r l a s a l i r d e c a s a a c o g i n d o

s e a l b r u t a l r e f r n d e l a m u j e r , l a p i e r n a q u e b r a d a y e n c a s a , s e a t r e v a

a descontruirlo r e p l i c a n d o : E so n o h a r y o / a u n q u e m e q u i e b r e n e n

t rambas . Y c la ro que a l f ina l se sa l a con la suya , y no ten a que recu

r r i r a s i t u a c i o n e s t a n e x t r e m a s c o m o l a s q u e n o s e j e m p l i f i c a n t a n t a s h e

r o n a s d e l d r a m a b a r r o c o , q u e , v i n d o s e d e s h o n r a d a s y d e s a u t o r i z a d a s

p o r e l p a d r e , h a n d e e c h a r s e a l m o n t e o d i r e c t a m e n t e e n b r a z o s d e l a

m u e r t e .

P e r o d e v i d a y n o d e m u e r t e e s d e l o q u e h a b l a e l e n t r e m s . E l d i a l o -

g u i l l o q u e e n e s a p i e z a c u m b r e d e l a r t e e n t r e m e s i l q u e e s

El viejo celoso

-con escena de cama inc lu ida , s i no a l a v i s ta , s a los o dos de los espec

t a d o r e s - s o s t i e n e n l a j o v e n y r e c a t a d a L o r e n z a y s u s o b r i n a C r i s t i n i c a ,

q u e l a e s p o l e a a l a d u l t e r i o i n v i t n d o l a a a b a n d o n a r s u s r e m i l g o s d e c o n

c i e n c i a , v a l e p o r t o d a u n a d i s e r t a c i n p e s a d a y a b u r r i d a d e l a m o d e r n a

t e o r a f e m i n i s t a :

Y l a h o n r a , s o b r i n a ?

Y e l ho lgarse , t a?

Y si se sabe?

Y si no se sabe?

E n d e f i n i t i v a , e l e n t r e m s s e a l i a c o n u n a l i t e r a t u r a e n l a q u e p r i m a

l a m i r a d a h e t e r o d o x a y d i f e r e n t e : l a s c a n c i o n e s d e m a l m a r i d a d a , l a s f a

cc ias , l a s

novelle,

l a poes a e r t ica .. . Su s au tor es , fue ran m isgin os , f il-

g i n o s o f e m i n i s t a s , h a c e n g a l a d e u n a s e n s i b i l i d a d p i c a r a y m a l i c i o s a , q u e

es t a aos luz de los condic ionamientos mora les de o t ros gneros y que

c o n e c t a m a r a v i l l o s a m e n t e c o n e l g u s t o p o s m o d e r n o .





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C) El poder

A donde no se atreve a l legar la comedia se atreve el entrems. Si la

figura del rey es intocable en la comedia salvo en los justificados casos

de t iranicidio-, en el entrems simplemente no procede, porque -como

escriba Lope enel Arte Nuevo entrem s de rey ja m s se ha visto. Afir

macin no del todo cierta para una variante del gnero difundida a par

tir de los primeros aos del siglo XVII: el entrems burlesco, en el que se

ponan en solfa episodios histricos y legendarios, algunos de ellos tan

trasce nde ntales pa ra el fortalecimiento de la conciencia nacional como el

del Cid. Este t ipo de entrems, con su brevedad y su apariencia l iviana,

es el que ab re las espu ertas de la parodia desm itificadora, que luego en

contrara un gnero especializado en la comedia burlesca o de dispara

tes^^, una de las formas ms transgresoras del teatro barroco cuando se

pone en manos de algn auto r tan cido como el noble abufonado Jer ni

mo de Cncer, o en las de un sefard desterrado en Amsterdam, cual era

M anuel de P ina, o, incluso, en las de Caldern{ faloy Pocris).En todos

estos autores los reyes, bien de Francia, de Casti l la o de otros reinos re

sultan ridiculizados, lo mismo que las convenciones cortesanas, sobre

todo a travs del lenguaje, de modo que el germen de una forma de tea

tro moderno como es la parodia (muy del gusto tambin de la postmo

dernidad) se encuentra en estas manifestaciones.

Pero fuera de esta variante, el mbito del entrems est tomado por

las clases subalternas. Cada mscara entremesil parece el remedo de un

personaje de la comedia: el Vejete es contrafigura del padre de la come

dia y, al mismo tiempo, del marido engaado (Caizares vs. Don Gutie

rre); la Mujer m alm arid ada puede obedecer al mismo modelo, pero mien

tra s que en la comedia est abo cada a una solucin l mite (C asand ra), en

el entrems campa por los terrenos de la amoralidad ms alegre; el Sol

dado es antes de Valle un verdadero Marte de Carnaval (compare

mos El dragoncillo con El alcalde de Zalamea), y el Alcalde es una cari

catura del que aparece en la comedia (Pedro Crespo vs. Juan Rana); por

otro lado, el villano orgulloso de su condicin de cristiano viejo ( Ju an La

brador, Peribez) t iene su rplica en el Bobo, procedente del pastor de

las glogas y farsas de fines del siglo XV y primeros aos del siglo XVI.

Tipo de gra n am big eda d ento nces, sirve en ocasiones pa ra la ridiculiza-

cin de unos modos que Alfredo Hermenegildo identific en su da plau

siblemente con la crtica de los cristianos viejos, aferrados a la cuestin

del linaje, que sigue preocupando a lo largo del siglo XVII, como de

muestran los hilarantes dilogos de la serie entremesil de Los alcaldes

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encontrados. S u p r o t a g o n i s m o e n e l e n t r e m s p o s t e r i o r e s i n d u d a b l e ,

b ien en la f igura de l S imple , t a l como lo re t r a ta ra L ope de Ru ed a en sus

pasos , y sobre todo , en la de l Alca lde , f igura que , desde e l punto de v i s ta

ideo lg ico , represen ta e l poder c iv i l , un poder ana l fabe to , como puede

v e r s e e n La eleccin de los alcaldes de Daganzo, d o n d e l o s p r e t e n d i e n t e s

a l a v a r a d e r e g i d o r p r e s u m e n d e t o d o m e n o s d e e d u c a c i n y c u l t u r a . E l

c i t a d o m o n t a j e d e La eleccin de los alcaldes de Daganzo, l l evado a cabo

p o r A l b e r t o C a s t i l l a c o n el T E U d e Z a r a g o z a , a c e n t u a b a l o s a s p e c t o s p o l

t i cos de es te gen ia l en t rems : La p laza de Daganzo , marco de esa ^pe

quea Cor te ' donde ocur re l a acc in , en la que observamos e l t ipo de jus

t i c ia , e l s i s tema de se lecc in para los ca rgos pbl icos , l a cor rupc in , l a

p e t u l a n c i a d e g o b e r n a n t e s y g o b e r n a d o s , e s p a r o d i a d e l a C o r t e v e r d a d e

ra y real , en el marco his tr ico y social de su poca^^. Por lo dems, en

los en t remeses de mbi to rura l , que son leg in , no se p rac t ica ese t ipo de

idea l izac in de la v ida campes ina segn e l conoc ido

topos

d e l m e n o s p r e

c i o d e c o r t e y a l a b a n z a d e a l d e a ; l o s e n t r e m e s i s t a s p a r e c e n c o r t e s a n o s

c o n v e n c id o s q u e h a b l a n d e s d e s u e x p e r i e n c i a u r b a n a , y , p o r t a n t o , c o n u n

p u n t o d e v i s t a m s m o d e r n o .

D)

La marginalidad

P e r o ,

s i n d u d a , d o n d e l a s o c i e d a d e n t r e m e s i l m u e s t r a u n m a y o r g r a

do de desapego respec to de la que nos of rece la comedia es en esa pro

v e r b i a l c a p a c i d a d p o r a b r i r s e a l m u n d o d e l h a m p a . N i n g n o t r o t e a t r o d e

la poca of rece es ta fasc inac in por los mrgenes de la soc iedad , has ta e l

p u n t o d e e n c o n t r a r u n a f o r m a e s p e c i a l i z a d a e n e l t r a t a m i e n t o d e e s t e

s u b m u n d o , l a j c a r a , c o n s u g a l e r a d e r uf o s y m a r c a s ; u n a e x p o s i ci n d e l

m u n d o p r o s t i b u l a r i o q u e a r r a n c a d e La Celestina y l lega con fuerza a

n u e s t r o s d a s , p u e s q u e d e e s t o s j a q u e s s u r g e n l o s p o s t e r i o r e s m a j o s , c h u

l o s y c h u l a p o s q u e p u e b l a n n u e s t r o t e a t r o b r e v e , d e s d e l a s j c a r a s a l o s

sa ne tes d iec iochescos y e l gnero ch ico . En su sugeren te Ensayo sobre el

machismo espaol ( 1 97 1 ) e l' d r a m a t u r g o R o d r g u e z M n d e z h a t r a z a d o

u n a l n e a e n n u e s t r a h i s t o r i a t e a t r a l a b a s e d e u n p e r s o n a j e , q u e a r r a n

c a r a e r i v ^ l E s c a r r a m n j a c a r e s c o y l l e g a r a a l P i c h i d e l c u p l c o n t e m

porneo pasando por e l Manolo d iec iochesco o e l Ju l in , honrado ca j i s

ta de

La verbena de la Paloma,

p a r a d e m o s t r a r l a p e r v i v e n c i a d e u n a

fig ur a m u y c a r a a l i m a g i n a r i o t e a t r a l e s p a o l y , m s e n p a r t i c u l a r , a s u

r e a l i z a c i n m a d r i l e a . M a d r i d , t a n c e n t r a l e n l a v i d a c u l t u r a l d e l a p o s t

m o d e r n i d a d - a h e s t n l a s p e l c u l a s d e A l m o d o v a r o l a s c o m e d i a s d e





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A l o n s o d e S a n t o s - , e s e l n c l e o d e l d e v e n i r d e l t e a t r o b r e v e . A u n q u e e l

e n t r e m s y e l s a i n t e h a n a l c a n z a d o p r o y e c c i n n a c i o n a l , s o b r e t o d o e n

e l r e a l e v a n t i n a y e n l a a n d a l u z a , s u a r r a i g o m a d r i l e i s t a e s e v i d e n t e .

S e t r a t a d e u n m a d r i l e i s m o q u e , e n s u s m e j o r e s r e a l i z a c i o n e s , e s t

exento de todo cos tumbr ismo cas t ic i s ta y que , por eso , l l ega con fuerza a

n u e s t r o s d a s ; a s e n l a s r e p e r a s d e F r a n c i s c o N i e v a , t a n d e u d o r a s d e lo s

e n t r e m e s e s c l s i c o s , y q u e p a r a m s e r a n l a s m e j o r e s m u e s t r a s d e u n t e

a t r o p o s t m o d e r n o , a b i e r t o a l o s m u n d o s s u b u r b i a l e s y h a m p e s c o s , q u e

t iene su modelo en las j caras de l S ig lo de Oro .

E ) La metateatralidad

F i n a l m e n t e , e l t e a t r o b r e v e s e m u e s t r a d u c h o e n e l m a n e j o d e u n o d e

l o s r e c u r s o s b s i c o s d e l a d r a m a t u r g i a m o d e r n a : e l m e t a t e a t r o . E n l o s

ba i les , los en t remeses y , sobre todo , l as loas se convie r te en un leit motiv

cons tan te . La loa es una der ivac in de l an t iguo pr logo , de l cua l nues t ros

a u t o r e s m o d e r n i s t a s , e n p l e n a t e n d e n c i a a l a r e t e a t r a l i z a c i n , s u p i e r o n

s a c a r u n g r a n p a r t i d o . A h e s t n l o s c a s o s d e B e n a v e n t e , V a l l e , G r a u ,

L o r c a y o t r o s p a r a d e m o s t r a r l o . E n t i e m p o s m s c e r c a n o s J o s L u i s A l o n

s o d e S a n t o s y J o s S a n c h i s S i n i s t e r r a h a n s e g u i d o e s t a m i s m a s e n d a . E l

p r i m e r o e n u n a p i e z a c o m o Viva el duque nuestro dueo , q u e p u e d e t o

marse como un en t rems ampl i f icado y d ign i f icado^^ . E l segundo , en

v a r i a s o b r a s c o m o

aque,

y

El canto de la rana,

h o m e n a j e a l g r a n a c t o r

q u e f u e r a C o s m e P r e z , y q u e s i m b o l i z a c o m o n i n g u n o e l g n e r o e n t r e -

mesi l , ta l como Antonio de Sol s lo cer t i f ica en la

Loa para la comedia de

Las amazonas' a l a d j u d i c a r l e e l p a p e l d e L o s E n t r e m e s e s .

U n a v e r d a d e r a j o y a d e l m e t a t e a t r o c l s i c o e s l a m o j i g a n g a d e Las vi

siones de la muerte, d e C a l d e r n d e l a B a r c a , s i n d u d a u n a d e l a s m s r e

p r e s e n t a d a s . D e 1 9 4 2 d a t a l a q u e t u v o l u g a r e n e l T e a t r o E s p a o l d e M a

dr id ; e l d i rec tor , Caye tano Luca de Tena , tuvo la fe l iz ocur renc ia de

c o m p l e t a r l a r e p r e s e n t a c i n d e l a u t o s a c r a m e n t a l d e

El pleito matrimo

nial del alma y el cuerpo con es ta p ieza magis t ra l , y en su c rn ica de l es

t r e n o , s u b r a y a b a A l fr ed o M a r q u e r e m u y i n t e l i g e n t e m e n t e e l j u e g o m e -

t a t e a t r a l q u e s u p o n a l a i n c l u s i n d e l a m o j i g a n g a : C o m o s i e m p r e ,

C a y e t a n o L u c a d e T e n a d e m o s t r p o s e e r u n a a t r e v i d a y s u g e s t i v a c o n

c e p c i n e s c n i c a a l d e s m o n t a r a m e d i a s , p i r a n d e l l i a n a m e n t e , e l e s c e n a

r i o q u e h a b a s e r v i d o p a r a l a r e p r e s e n t a c i n d e l Pleito matrimo nial, dio

a cor t ina cor r ida y con e l cascabe leo de una co l le ra l a sensac in de l v ia je

y de l vue lco de la ca r re ta de los fa randule ros , y desar ro l l an te un gra -

4 9 1





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Javier Huerta Calvo

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c ioso te ln con perspec t iva campes ina la l t ima par te de la obra^^ . Cin

cuenta aos despus , con mot ivo de los fas tos de 1992 por l a cap i ta l idad

c u l t u r a l e u r o p e a d e M a d r i d , t u v i m o s o p o r t u n i d a d d e v e r e s t a m o j i g a n g a

d e n t r o d e l a Fiesta barroca, d i r ig ida por Rafae l Prez S ie r ra , en un con

t e x t o q u e i n t e n t a b a r e c o n s t r u i r l a e s p e c t a c u l a r i d a d d e l a f i e s t a s a c r a

menta l t a l como se produc a en e l s ig lo XVII , p roces in de l Corpus in

c lu ida .

L o s j u e g o s e n t r e p a s a d o y p r e s e n t e , t r a d i c i n y v a n g u a r d i a , b a r r o c o y

p o s t m o d e r n i d a d n o s of re ce n e s t a ri c a y v a r i a d a i n t e r t e x t u a l i d a d . P a r a

t e r m i n a r , m e r e f e r i r a l q u e c o n s i d e r o e l d r a m a m s a t r e v i d o , t a n t o a n i

ve l fo rmal como temt ico , de todo e l s ig lo XX:

El pblico,

d e L o r c a . E s t a

p r o f u n d a e x p l o r a c i n m e t a t e a t r a l p o r l o s r e c o v e c o s d e u n a p e r s o n a l i d a d

a t o r m e n t a d a , l a d e l D i r e c t o r q u e n o s e a t r e v e a r e p r e s e n t a r e n e s c e n a l a

v e r d a d d e l t e a t r o b a j o l a a r e n a , t i e n e t a m b i n s u c o r r e l a t o e n t r e m e s i l e n

la f igura de l Pas tor Bobo encargado de rec i ta r l a Loa con que , en mi op i

n i n , d e b e a b r i r s e l a r e p r e s e n t a c i n . E s t e p e r s o n a j e p r i m i t i v o , t r a s u n t o

d e l L o c o c a r n a v a l e s c o q u e s i e m p r e c l a m a p o r l a v e r d a d , s e c o n v i e r t e a s

e n e l s m b o l o d e l a i n o c e n c i a n e c e s a r i a p a r a a d e n t r a r s e e n l os a b i s m o d e l

tea t ro ba jo la a rena .

C o n c l u s i n

A t r a v s d e e s t a s l n e a s m e g u s t a r a h a b e r e v i d e n c i a d o q u e e l e n

t r e m s , e l t e a t r o b r e v e p o r e x t e n s i n , s e h a i d o a d a p t a n d o , c o n u n a c a

pac idad excepc iona l , a los gus tos de las d iversas pocas y , de modo par

t i c u l a r , a l o s d e l a c u l t u r a p o s t m o d e r n a . D e a h q u e s u a p r o v e c h a m i e n t o

p o r p a r t e d e l o s d i r e c t o r e s y l o s d r a m a t u r g o s d i s t e m u c h o t o d a v a d e s e r

s a t i s f a c t o r i o . A u n r e c o n o c i e n d o l a m a e s t r a i n s u p e r a b l e d e C e r v a n t e s , n o

p o d e m o s c o n f o r m a r n o s c o n l a s o l a r e p r e s e n t a c i n d e s u s e n t r e m e s e s .

Q u e d a n m u c h a s o t r a s p i e z a s q u e , e d i t a d a s y a n a l i z a d a s y a p o r l a c r t i c a ,

a g u a r d a n s u l e c t u r a p o r p a r t e d e d i r e c t o r e s y a c t o r e s p a r a s o m e t e r l a s a

r e f r e n d o , s i e m p r e i n c i e r t o , d e l a s t a b l a s .

N o t a s

^ Es evidente que las cosas han cambiado para bien en las aulas universitarias, pese

al reciente diagnstico en contra que daba Juan Goytisolo en su artculo de El Pas (23-

V-2004), Transicin, intransic in y regresin. Aunque simpaticemos con muc has de las

ideas de este que ms que enfant es yaparen t'terrible de nu estra cultura , no podemos





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comp artir su visin anacrnica de la imiversidad y la investigacin esp aolas, que , de ha

cerle caso, se encontraran en una lamentable situacin regresiva, es decir, casi peor que

en tiempos de Fran co. Seg n Gojiiisolo, en los planes de estudios no aparece n obras fim-

damentales como elCancionero de hurlas, ni - lo que es ms gra ve -La lozana andaluza.

Pues bien, dse una vuelta el autor de Juan sin tierra por las aulas que mejor conozco,

las de la Universidad Complutense, y se sorprender de que estas obras no slo figuren

en los programas de varias asignaturas, sino de que existan incluso materias especficas

como Literatura espaola y marginalidad, donde se leen y analiz an textos como los men

cionados y aun m s atrevid os. Es curioso, por otro lado, que las argum entacio nes de Goy-

tisolo insistan siempre en cierta literatura ertica, judaizante o mudejar, pero dejen de

lado las formas del teatro breve, que estn tan prximas a su visin del mundo.

2 Para esta visin telegrfica de la cultura postmoderna sigo la muy til y clara sn

tesis de David Lyon,Postmodernidad [1994], trad . Beln Urrut ia, Mad rid, Alianza, 2000,

2^

ed.

^ Por cierto, que Nietzsche se sinti atrado por una forma de te atro brev e que fue el g

nero chico, elogiado por l tras presenciar una representacin deLa Gran Vaen Turn, en

1888.

La ancdota, que muchos se limitan a referir sin apoyo documental alguno, est reco

gida con indicacin de su procedencia -el epistolario del filsofo- por Fernando Domnech

Rico en su estupenda edicin de La zarzuela chica madrilea: La Gran Va, La verbena de

la Paloma, Agua, azucarillos y aguardiente, La Revoltosa,Madrid, Castalia, 1998, p. 34.

^ Para ver lo que va de ayer a hoy, en cuestiones de gusto historiogrfico, se puede

comparar el progresivo grado de atencin concedido al teatro breve del siglo XVII en al

gunos manuales ya clsicos: dos pginas en la Historia del teatro espaol, de Francisco

Ruiz Ramn (Madrid, C tedra , 1979, F d.); un captulo de nueve pgina s en la

Historia

del teatro en Espaa, dirigida por Jos Ma ra Diez Borque (Madrid, Tauru s, 1983); otro

captulo, pero de casi cuarenta pginas, en la Historia del teatro espaol del siglo XVU,

de Ignacio Arellano (Madrid, Ctedra, 1995), y otro largo captulo de cuarenta pginas

an ms densas -debido a la pluma de Abraham Madroal- en la Historia del teatro es

paol, dirigida por quien escribe estas lneas (Madrid, Credos, 2003).

^ R emito al nm ero 639-640 (marzo-abril 2000) densula, coordinado por m, donde

podr encontrar el lector una panormica bastante completa del teatro breve en sus di

versas pocas, con el concurso de algunos de los principales investigadores que han des

tacado en la materia, como Ignacio Arellano, Mara Luisa Lobato, Hctor Urziz, Mara

Jos Martnez, Fernando Domnech, Alberto Romero, Jess Mara Barrajen y Emilio Pe

ral. El lector me disculpar la autocita constante. No se debe, cranme, a ningn narci

sismo, sino al carcter sinttico de este artculo, en el que vienen a resumirse muchos

aos de investigacin, nada menos que veinticinco, acerca de estos gneros.

^ Por entonces ya Garca Lorenzo estaba pre stando m ucha atencin a los gneros me

nores y, sobre todo, a uno de sus esquejes ms interesantes, la comedia burlesca. En re

lacin con los primeros tuvo niucha importancia el encuentro que en 1982 tuvo lugar en

la Casa de Velazquez y cuyas actas aparecieron recogidas bajo el ttulo de El teatro me

nor en Espaa a partir del siglo XVI (Madrid, CSIC/Casa de Velazquez, 1983), donde se

haca un repaso histrico desde el entrems hasta el teatro breve de Lauro Olmo, con

aportaciones muy interesantes de Carlos Serrano y Serge Salaun, por lo que hace a la

pervivencia de los gneros nfimos a fines del siglo XIX.

^ Aurora Egido, Heraclito y Dem crito: imgene s de la m ezcla tragicrnica, enT e

atro espaol del Siglo de

Oro.

Teora y prctica, ed. Christoph Strozetzki, Frankfurt-Ma

drid, Vervuert-Iberoamericana, 1988, pp. 68-101.

493





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Javier Huerta Calvo

494

^ E n Bocado y su poca, t r ad . Lu is Panco rbo , Madr id , A l ianza , 1975 .

^ Para qu ien no compar ta la so lemne y es tp ida ser iedad de a lgunos abu r r idos te

r i cos ,

s imi la r es a aque l lo s g ramt icos y r e t r icos a lo s que fu s t igara la Stultitia e r a s m i a

na , es abso lu tamen te r ecomendab le la lec tu ra de la nove la de Dav id Lodge ,

Small

World

t r aduc ida a l espao l comoEl mundo es un pauelo.

^ Vase de Javier Huer ta Calvo, Elogio del f i l logo extravagante , en Literatura y

transgresin. En homena je al profesor Manuel F errer Chivite, m s t e r d a m / N u e v a Y o r k ,

Rodopi, 2004, pp . 25-37.

^ Va se mi a r t cu lo Lo carnava lesco como ca tego r a po t ica en la teo r a l i t e r a r ia de

Mijal Bajt n , en

Formas carnavalescas en el arte y la literatura

(B arce lona : Ed ic iones

del Serbal , 1989) , pp .

13-31.

^^ Una in te l igen te in te rp re tac in de B aj t n en c lave pos tmoderna puede ver se en I r i s

M . Z a v a l a ,

La posmodernidad y Mijail Bajtn. Una potica dialgica,

t r ad . Ep ic te to Daz

N a v a r r o , M a d r i d , E s p a s a C a l p e , 1 9 9 1 .

^^ La son r i sa de Men ipo . E l tea t ro b reve de C aldern an te su cuar to cen tenar io , en

Estado actual de los estudios calderonianos, ed . Luc ian o Garc a Lo renzo , Kas se l , Fes t iva l

de Almagro / R e ichenberger , 2000 , pp . 99 -186 .

" Jornadas de Teatro C lsico Espaol, A l m a g r o , M i n i s t e r i o d e C u l t u r a ,1978 , pp .

137-181.

^^ Vase mi ar t culo Pervivencia de los gneros nf imos en el teatro espaol del s i

glo XX,Primer Acto, 187 (1980-1981) , pp . 122-127.

^

V a s e Teatro y Carnaval, nm ero monogrf ico de Cuadernos de Teatro C lsico, 12

(1999).

^^ Vase La r ecuperac in de l en t r ems y lo s gneros tea t r a les menores en e l p r imer

tercio del siglo XX, en El teatro en Espaa entre la tradicin y la vanguardia, ed . Dr u

D o u g h e r t y y M . F . V i lc h e s d e F r u t o s , M a d r i d , C S I C / F u n d a c i n G a r c a L o r c a / T a b a c a l e r a

S.A. , 1992, pp .285-294.

^^ Con la in tencin de acoger es te magno corpus teatral ha surgido la coleccin Te

a t ro B reve Espao l , de la ed i to r ia l I beroamer icana . Ha aparec ido ya e l vo lumen 1 , ded i

cado al

Teatro breve

de Lu is Vlez de Guevara , en ed ic in de Hc to r Urz iz To r ta jada , y

es t a pun to de hacer lo e l vo lumen 2 , que r ecoger lo s Entremeses, de An ton io de Zamo

ra , en ed ic in de R afae l Mar t n Mar t nez . La in tenc in es segu i r con au to res de o t r as po

cas , como lo s hermanos Alvarez Qu in te ro , o B enaven te .

^^ La perspectiva de la f ies ta, es to es , el espectculo en que se f imdan, en un p lano

de igua ldad , comed ias y p iezas menores , ha ayudado a en tender mejo r lo s comple jo s me

can ism os fo rmales e ideo lg icos de la comed ia bar roca . Ve se la r econs t rucc in que de la

f iesta sac ram en t a l h ic ie r a Jo s Ma r a Diez B orque en su ed ic in de La segunda esposa,

au to de C ald ern , M adr id , Tau rus , 1985 , o mi ed ic in de

Una fiesta burlesca del siglo de

oro: Las b odas de Orlando, Viaregg io , Ma uro B aron i Ed i to re , 1998 .

20 La Farsa, 316 (30-IX-1933) .

2

Emi l io Pera l ha der rochado en tus iasmo y sab idu r a en la c las i f icac in de l ingen te

mater ial que el teatro breve ofrece a lo largo del s ig lo XX en su tes is Formas del teatro

breve espaol en el siglo XX (1892-1939),

M a d r i d , F u n d a c i n U n i v e r s i t a r i a E s p a o l a ,

2 0 0 3 .

Pera l de ja a un lado las fo rmas de l tea t ro cas t ic i s ta para concen t r a r se en las ms

in te r esan tes , o sea , l as de ndo le carnava lesca , y apun ta en e l haber de Jac in to B enaven te

e l mr i to de se r e l p r imero en r e iv ind icar ta les fo rmas y en inaugurar e l f asc inan te i t i

nerar io de la farsa en el s ig lo XX. En la resea que h iciera de nuestra edicin del

Teatro





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fantstico {Acotaciones,

9 [2002] ,

p p .

168 -170 ) r e iv ind icaba Ignac io Ames to y es t a in s l i ta

f a c e t a p o s t m o d e r n a d e B e n a v e n t e .

^2 Tomo la ci ta de Francisco Garca Lorca,

Federico y su mundo,

e d . M a r i o H e r n n

dez , Ma dr id , A l ian za , 1981 , p . 441 .

^^ Vase mi a r t cu lo La u top a en escena : e l t ea t ro de Ale jand ro C asona , Actas del

Congreso Hom enaje a Alejandro Casona (1903-1965 ). Con greso internacional en el cente

nario de su nacimiento (Ov iedo , 5 -8 de nov iem bre de 2003) , Ov iedo , Un iver s idad de Ov ie

do, 2004 , en p rensa .

^^ Para todo e l lo vase e l documen tad s imo l ib ro de R ober t Mar ras t ,

El teatre durant

la guerra civil espanyola, B arce lona , Pub l icac ions de l In s t i tu t de l Te a t r e , 1978 .

^^ Vase e l a r t cu lo de Jess R ub io J imnez y Pa t r ic ia Almrcegu i , El tea t ro un i

ver s i ta r io en Zaragoza (1955-1965) , en

Teatro universitario en Zaragoza. 1939-1999,

ed.

J e s s R u b i o J i m n e z , Z a r a g o z a , P r e n s a s U n i v e r s i t a r i a s d e Z a r a g o z a , 1 9 9 9 .

^^

Ocho aos de teatro universitario (Teatro Universitario de Murcia, 1967-75),

M u r

c ia , Un iver s idad de Murc ia , 1975 .

^^ E n La Comp aa Nacional de Teatro Clsico, 1986-2002, Cuadernos de Teatro

Clsico,

16 (2002) ,

p . l 8 3 .

2^

Po r supues to , abomino de a lgunas p resen tac iones soc io lg icas que se han hecho

de l en t r ems en e l sen t ido de buscar las r e lac iones en t r e l i t e r a tu ra y soc iedad a base de

a

algunas reflexiones sobre el teatro en siglo de oro

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