volumen i gramática y textos del hñöñhö marzo...

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  • A la memoria de Teresa Martnez Rial, mi abuela,

    y a la de su hija, Clara Vizcaya Martnez,

    mi madre, por hablarme en otra lengua y

    ensearme desde nio que la rosa tiene otros nombres.

    A Anastacia Cruz Vzquez,

    por revelarme su lengua ancestral.

    A Arantza y Julia Sofa, por ser y por estar,

    por toda la compaa, por todo el amor,

    por la vida.

  • O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O

    Sra. Anastacia Cruz Vzquez

    El Bothe, San Ildefonso Tultepec, Quertaro

  • i

    NDICE GENERAL ndice de contenidos.................................................................................... ii Cuadros y figuras........................................................................................ xiii Abreviaturas................................................................................................ xv Prefacio....................................................................................................... xvii Agradecimientos.......................................................................................... xx Parte I: Introduccin a la lengua 1. La lengua y sus hablantes........................................................................ 1 2. Caractersticas generales del otom.......................................................... 11 3. Introduccin a los sonidos y su organizacin.......................................... 19 4. Afijos y clticos........................................................................................ 50 Parte II: Los sustantivos 5. Los sustantivos y el corpus...................................................................... 63 6. Los sustantivos compuestos..................................................................... 77 7. Los sustantivos: morfologa y sintaxis..................................................... 89 Parte III: Los verbos 8. Los verbos y el corpus............................................................................. 138 9. Marcacin de Tiempo/Aspecto/Modo..................................................... 169 10. Temas verbales....................................................................................... 196 11. Sufijos y enclticos asociados al verbo.................................................. 210 12. Clases verbales....................................................................................... 301 Parte IV: Los pronombres 13. Pronombres y demostrativos.................................................................. 333 Parte V: Temas de sintaxis 14. Sintaxis de la clusula simple................................................................ 344 15. Relaciones gramaticales: Sujetos y objetos........................................... 405 16. Dativos en ms detalle........................................................................... 428 17. Construcciones de posesin externa...................................................... 437 18. Clusulas de adjunto hipotcticas.......................................................... 448 19. Clusulas de adjunto por yuxtaposicin................................................ 470 20. Complementacin clausal...................................................................... 508 21. Estructuras de coordinacin................................................................... 536 Referencias.................................................................................................. 563 ndice alfabtico........................................................................................... 568 Adenda......................................................................................................... 573

  • ii

    NDICE DE CONTENIDOS

    Parte I: Introduccin a la lengua

    1. La lengua y sus hablantes................................................... 1 1.1. San Ildefonso Tultepec.......................................................................... 1 1.2. Los hablantes......................................................................................... 3 1.3. El otom de San Ildefonso..................................................................... 4 1.4. Del nombre de la lengua....................................................................... 6 1.5. Del corpus textual................................................................................. 8 1.6. Estructura de la gramtica..................................................................... 9

    1.6.1. Formato de los ejemplos................................................................ 9 1.6.2. Referencias cruzadas..................................................................... 10

    2. Caractersticas generales del otom................................... 11 2.1. Caractersticas fonolgicas.................................................................... 11

    2.1.1. Segmentos..................................................................................... 11 2.1.2. Slabas........................................................................................... 11 2.1.3. Tono............................................................................................... 11

    2.2. Caractersticas morfolgicas................................................................. 11 2.2.1. Palabras......................................................................................... 11 2.2.2. Perfil morfolgico......................................................................... 12 2.2.3. Varianza morfolgica.................................................................... 12

    2.3. Categoras lxicas.................................................................................. 12 2.3.1. Sustantivos..................................................................................... 12 2.3.2. Verbos........................................................................................... 13 2.3.3. Falta de adjetivos........................................................................... 14 2.3.4. Otras clases lxicas........................................................................ 15

    2.4. Caractersticas sintcticas generales...................................................... 15 3. Introduccin a los sonidos y su organizacin................... 19 FONOLOGA SEGMENTAL............................................................................ 19 3.1. Consonantes.......................................................................................... 19 3.2. Vocales.................................................................................................. 20 3.3. Ortografa prctica del otom................................................................ 21

    3.3.1. Consonantes................................................................................... 21 3.3.2. Vocales.......................................................................................... 22

    3.4. Contrastes fonolgicos bsicos............................................................. 22 3.5. Las consonantes en ms detalle............................................................. 24

    3.5.1. Oclusivas....................................................................................... 24

  • ndice de contenidos

    iii

    3.5.2. Africadas....................................................................................... 25 3.5.3. Fricativas....................................................................................... 25 3.5.4. Vibrantes....................................................................................... 26 3.5.5. Lquidas......................................................................................... 26 3.5.6. Nasales........................................................................................... 26 3.5.7. Aproximantes................................................................................ 27

    3.6. Las vocales en ms detalle.................................................................... 28 3.6.1. Diptongos...................................................................................... 30

    3.7. Estructura silbica................................................................................. 30 3.7.1. Grupos consonnticos en inicio..................................................... 32 3.7.2. Grupos consonnticos en coda...................................................... 35 3.7.3. Silabificacin en frontera de morfema......................................... 35

    FONOLOGA SUPRASEGMENTAL.................................................................. 36 3.8. Acentuacin........................................................................................... 36 3.9. Tonos..................................................................................................... 38 PROCESOS FONTICOS................................................................................ 41 3.10. Aspiracin........................................................................................... 41

    3.10.1. Aspiracin ante oclusivas aspiradas............................................ 42 3.10.2. Otros contextos para la aspiracin............................................... 45 3.10.3. Sensibilidad ante clticos............................................................. 45 3.10.4. Sensibilidad del tipo de anfitrin................................................. 46 3.10.5. Sensibilidad ante frontera morfmica.......................................... 46 3.10.6. Aspiracin fuera de frontera de palabra...................................... 47

    3.11. Nasalizacin........................................................................................ 48 4. Afijos y clticos.................................................................... 50 4.1. Afijos..................................................................................................... 50 4.2. Clticos.................................................................................................. 52

    4.2.1. Otras caractersticas de los clticos................................................ 53 4.3. Palabras funcionales y clticos.............................................................. 57

    4.3.1. Palabras funcionales ligables......................................................... 57 4.3.2. Marcadores de TAM con estructura CVC.................................... 59 4.3.3. Partculas....................................................................................... 60

    4.4. Por qu hacer la diferencia?................................................................ 61

    Parte II: Los sustantivos

    5. Los sustantivos.................................................................... 63 5.1. Sustantivos nativos bsicos del hh................................................ 64 5.2. Sustantivos compuestos........................................................................ 67 5.3. Sustantivos derivados............................................................................ 67

  • Gramtica y Textos del hh: Otom de San Ildefonso Tultepec, Quertaro.

    iv

    5.3.1. Sustantivos deverbales por conversin.......................................... 67 5.3.1.a. Sustantivos derivados de Tema-Presente.............................. 68 5.3.1.b. Sustantivos derivados de Tema-no-Presente......................... 68 5.3.1.c. Sustantivos derivados de Tema-Impersonal.......................... 69 5.3.1.d. Sustantivos derivados de Tema-Estativo............................... 69

    5.3.2. Sustantivos de verbos accin con =te........................................... 69 5.3.3. Sustantivos deverbales con prefijos.............................................. 70 5.3.4. Sustantivos denominales............................................................... 70 5.3.5. Sustantivos denumerales............................................................... 70 5.3.6. Sustantivos con otros orgenes...................................................... 70

    5.4. Sustantivos prstamos del espaol........................................................ 71 6. Los sustantivos compuestos................................................ 77 6.1. Tipos de compuestos............................................................................. 77

    6.1.1. Tipo I............................................................................................. 78 6.1.2. Tipo II............................................................................................ 78

    6.2. Morfologa en los compuestos.............................................................. 79 6.2.1. Temas libres y ajustados en los compuestos................................. 79 6.2.2. Ajustes morfofonolgicos............................................................. 80

    6.2.2.a. Ajustes del segundo miembro................................................ 80 6.2.2.b. Ajustes del primer miembro.................................................. 81

    6.3. Miembros acategoriales en los compuestos.......................................... 82 6.4. Compuestos como nuevos lexemas....................................................... 83 6.5. Productividad de la composicin.......................................................... 84 6.6. Frecuencia en las combinaciones.......................................................... 85 6.7. Sintaxis de los compuestos.................................................................... 85 6.8. Revisando sustantivos bsicos bisilbicos del corpus........................... 87 7. Los sustantivos: morfologa y sintaxis.............................. 89 MORFOLOGA ASOCIADA A LOS SUSTANTIVOS........................................... 89 7.1. El diminutivo......................................................................................... 89 7.2. El intensivo............................................................................................ 90 SINTAXIS DE LA FRASE NOMINAL............................................................... 91 7.3. Determinantes de nmero..................................................................... 92

    7.3.1. El determinante de singular........................................................... 93 7.3.1.a. Distribucin del cltico =r............................................... 93 7.3.1.b. Distribucin de ar.............................................................. 96

    7.3.2. El marcador de plural.................................................................... 98 7.3.3. Los determinantes de nmero como actualizadores discursivos.......... 99

    7.4. Determinantes posesivos....................................................................... 101 7.4.1. Plural del poseedor........................................................................ 104 7.4.2. Definitud/Indefinitud de lo posedo.............................................. 104

    7.5. Determinantes indefinidos y cuantificadores numerales....................... 106

  • ndice de contenidos

    v

    7.5.1. El indefinido de plural................................................................... 108 7.5.2. Los numerales................................................................................ 110

    7.8. Determinantes definidos y demostrativos.......................................... 112 7.8.1. El demostrativo no y el determinante definido no..................... 113 7.8.2. Distribucin entre los definidos nu y no....................................... 114

    7.9. Cuantificadores..................................................................................... 115 7.10. Otros elementos en la FN.................................................................... 116 7.11. Extensiones de la FN........................................................................... 117

    7.11.1. La FN del Poseedor en una relacin de posesin........................ 117 7.11.2. La FN del todo en una relacin de parte-todo............................. 118 7.11.3. Frases preposicionales de adjunto............................................... 118

    7.12. Clusulas de relativo........................................................................... 119 7.12.1. Posiciones relativizables.............................................................. 122 7.12.2. Construccin de relativo de foco................................................. 124

    7.13. Predicacin Nominal........................................................................... 130 7.13.1. Uso de la construccin de predicacin nominal.......................... 132

    Parte III: Los verbos

    8. Los verbos............................................................................ 138 VERBOS BSICOS......................................................................................... 139 8.1. Verbos monosilbicos........................................................................... 139 8.2. Verbos con formativo............................................................................ 141

    8.2.1. Verbos con el formativo +h......................................................... 141 8.2.2. Verbos con otros formativos......................................................... 142

    8.3. Verbos bisilbicos................................................................................. 146 VERBOS DERIVADOS.................................................................................... 146 8.4. Verbos compuestos................................................................................ 147 8.5. Verbos con morfemas lexicalizados...................................................... 148 8.6. Verbos de accin................................................................................... 148 8.7. Verbos antipasivos................................................................................ 149 8.8. Verbos medios....................................................................................... 150

    8.8.1. Verbos medios derivados............................................................... 152 8.8.2. Verbos medios deponentes............................................................ 152 8.8.3. Verbos con flexin media.............................................................. 154 8.8.4. Semntica de la voz media............................................................ 154

    8.8.4.a. Medio de intensidad............................................................... 155 8.8.4.b. Cambio de foco en el sujeto................................................... 155

    8.8.5. El marcador de voz media NO es un reflexivo............................... 156 8.9. Verbos conversos de otras categoras lxicas....................................... 162 8.10. Verbos denominales............................................................................ 163 8.11. Verbos prestados del espaol.............................................................. 164

  • Gramtica y Textos del hh: Otom de San Ildefonso Tultepec, Quertaro.

    vi

    9. Marcacin de Tiempo/Aspecto/Modo............................... 169 9.1. Presentes de Realis................................................................................ 171 9.2. Pasados de Realis.................................................................................. 172 9.3. Perfectos de Realis................................................................................ 174 9.4. Imperfectos de Realis............................................................................ 176 9.5. Tiempos de Irrealis................................................................................ 178 9.6. Tiempos de Subjuntivo......................................................................... 180 9.7. El marcador ma como Inmediativo y movimiento con propsito........ 181 9.8. Uso de los tiempos en dependencia sintctica...................................... 183 9.9. Aspecto neutro...................................................................................... 185 9.10. Elisin de proclticos de TAM............................................................ 185

    9.10.1. Estrategias para recuperar informacin no explcita................... 187 9.11. Modo Imperativo................................................................................. 189 9.12. Estilos narrativos................................................................................. 191 10. Temas verbales.................................................................. 196 FORMAS LIBRES Y DEPENDIENTES.............................................................. 197 10.1. Forma-Libre........................................................................................ 197 10.2. Forma-Dependiente............................................................................. 199 10.3. Morfologa de las Formas................................................................... 201

    10.3.1. Exponencia de la FL.................................................................... 202 10.3.2. Exponencia de la FD................................................................... 204

    10.4. Otras caractersticas importantes de la FD.......................................... 207 10.5. Verbos sin FD..................................................................................... 209 TEMAS CONDICIONADOS POR EL TAM....................................................... 210 10.6. Exponencia del TNP............................................................................ 211 10.7. Verbos sin TNP................................................................................... 213 10.8. Verbos con un TNP medio.................................................................. 214 10.9. Otros verbos con TNP con marcador nasal......................................... 215 10.10. Verbos con TNP irregular................................................................. 215 10.11. Otros fenmenos particulares en torno al TNP................................. 216 10.12. Restricciones morfolxicas para el TNP........................................... 216 10.13. Verbos sin TNP que podran recibirlo............................................... 217 TEMA IMPERSONAL Y TEMA ESTATIVO..................................................... 218 10.14. Tema Estativo.................................................................................... 221 TEMAS VERBALES....................................................................................... 221 10.15. Resumen de los temas verbales......................................................... 221

    10.15.1. Tema lxico............................................................................... 221 10.15.1.a. Tema lxico monosilbico................................................. 222 10.15.1.b. Tema lxico bisilbico con formativo................................ 222 10.15.1.c. Tema lxico bisilbico sin formativo................................. 222

  • ndice de contenidos

    vii

    10.15.2. Tema sufijal............................................................................... 222 10.15.3. Tema-Presente y Tema-no-Presente.......................................... 222 10.15.4. Tema-Impersonal y Tema-Estativo........................................... 222

    SUSTANTIVOS DEVERBALES........................................................................ 223 10.16. Semntica de los sustantivos deverbales........................................... 225 11. Sufijos y enclticos asociados al verbo............................. 226 SUFIJOS DE OBJETO..................................................................................... 226 11.1. Empleo de los sufijos.......................................................................... 228 11.2. Sufijos de Objeto de 1a persona.......................................................... 229

    11.2.1. Ajustes temticos con los sufijos de Objeto de 1a persona.......... 230 11.3. Sufijos de Objeto de 2a persona.......................................................... 231 11.4. Sufijos de Dativo de 1a y 2a persona................................................... 232 11.5. Sufijos de Dativo de 3a persona.......................................................... 235 11.6. Ms sobre los verbos en +i y +m.................................................... 238 11.7. Resumen de ajustes ante sufijos de objeto.......................................... 240 ENCLTICOS DE OBJETO.............................................................................. 242 11.8. Marcacin doble de objeto.................................................................. 243 ENCLTICOS DE NMERO............................................................................. 245 11.9. Marcacin de plural de sujeto............................................................. 245

    11.9.1. Empleo de los enclticos de plural............................................... 246 11.9.2. Sujeto plural cuando el verbo ya recibe morfologa de objeto.... 248

    11.10. Dual de sujeto.................................................................................... 250 11.11. Plural de objeto................................................................................. 254

    11.11.1. Plural del objeto de 2a persona.................................................. 255 11.11.2. Plural del objeto de 1a persona.................................................. 256

    11.11.2.a. Plural de objeto de 1a persona para verbos con el alomorfo -k......................................................................

    257

    11.11.2.b. Plural de objeto de 1a persona para verbos con el alomorfo -g.....................................................................

    258

    ENCLTICOS ENFTICOS.............................................................................. 262 11.12. Enfticos de sujeto de 1a y 2a persona............................................... 263

    11.12.1. Distribucin de los alomorfos de 1a y 2a persona singular........ 265 11.12.2. Enftico de sujeto de 1a persona plural..................................... 269

    11.12.2.a. Uso reportativo del encltico de plural.............................. 270 11.13. Enfticos de objeto............................................................................ 271 11.14. Enfticos de 3a persona..................................................................... 273 11.15. Enclticos demostrativos................................................................... 276 ENCLTICOS NO PRONOMINALES 276 11.16. Delimitativo....................................................................................... 277

  • Gramtica y Textos del hh: Otom de San Ildefonso Tultepec, Quertaro.

    viii

    11.17. Verificativo....................................................................................... 279 11.18. Exhortativo........................................................................................ 280 11.19. Locativos........................................................................................... 281 11.20. Independentivo.................................................................................. 282 ENCLTICOS CLAUSALES............................................................................. 283 11.21. El cltico =ya.................................................................................. 283 11.22. El cltico =tsY................................................................................. 284 11.23. El cltico =pya................................................................................. 285 11.24. El cltico =ne.................................................................................. 287 11.25. El cltico =xa................................................................................... 287 11.26. Ajustes con los enclticos vistos........................................................ 287 ENCLTICOS ORACIONALES......................................................................... 288 ORDEN DE LOS ENCLTICOS........................................................................ 294 11.27. Combinaciones de morfologa pronominal y de nmero.................. 298 12. Clases verbales.................................................................. 301 CLASES DE VERBOS TRANSITIVOS.............................................................. 301 CLASES DE VERBOS INTRANSITIVOS.......................................................... 302 12.1. Verbos activos..................................................................................... 303 12.2. Verbos de actividad............................................................................. 304 12.3. Verbos pacientivos.............................................................................. 307 12.4. Verbos estativos.................................................................................. 313

    12.4.1. Codificacin de TAM.................................................................. 315 12.4.2. Prefijo estativo............................................................................. 317 12.4.3. Codificacin de Objeto................................................................ 320 12.4.4. Empleo de FL y FD..................................................................... 322

    12.5. Los verbos incoativos.......................................................................... 324 12.5.1. Ms verbos incoativos: Verbos activos o pacientivos? ............ 328

    Parte IV: Los pronombres 13. Pronombres y demostrativos........................................... 333 13.1. Enclticos decticos.............................................................................. 333 13.2. Formas con nu..................................................................................... 334 13.3. Formas de 1a persona.......................................................................... 335 13.4. Formas de 2a persona.......................................................................... 336 13.5. Formas alternativas para 1a y 2a persona............................................. 336 13.6. Formas de 3a persona.......................................................................... 337 13.7. Formas pronominales en predicacin.................................................. 339 13.8. Peculiaridades de la partcula ge......................................................... 340 13.9. Formas adverbiales con nu y ge......................................................... 341

  • ndice de contenidos

    ix

    Parte V: Temas de sintaxis

    14. Sintaxis de la clusula simple........................................... 344 14.1. Orden de constituyentes...................................................................... 345

    14.1.1. Orden bsico de constituyentes................................................... 346 14.2. Posiciones estructurales internas de la clusula.................................. 350

    14.2.1. 1a posicin: Marcadores de TAM................................................ 350 14.2.2. 2a posicin................................................................................... 350

    14.2.2.a. Indefinidos........................................................................... 351 14.2.2.b. Intensificadores................................................................... 353

    14.2.3. 3a posicin: Negacin.................................................................. 353 14.2.3.a. La palabra hingi.............................................................. 354 14.2.3.b. El cltico hing=............................................................... 355 14.2.3.c. El cltico hin=................................................................. 355 14.2.3.d. Idiosincrasias de hin=.................................................... 357 14.2.3.e. La forma enftica de negacin hinte............................... 358 14.2.3.f. Restricciones de la negacin................................................ 359

    14.2.4. 4a posicin................................................................................... 360 14.2.4.a. Actualizador ja................................................................. 360 14.2.4.b. Contraexpectativa nan=............................................... 363

    14.2.5. 5a posicin: Adverbios topicalizados.......................................... 363 14.2.6. 6a posicin: Constituyentes destacados....................................... 367 14.2.7. 7a posicin: sujeto tpico............................................................. 369

    14.2.7.a. Foco Narrativo.................................................................... 371 14.2.8. Introductores de clusula............................................................. 372 14.2.9. Representacin arbrea de las posiciones................................... 374

    14.3. Posiciones externas a la clusula en nivel oracional........................... 374 14.3.1. Tpicos externos.......................................................................... 378

    14.4. Constituyentes internos a la frase verbal............................................. 379 14.5. Posiciones externas a la derecha......................................................... 387 14.6. Frontera de Clusula........................................................................... 388

    14.6.1. Marcacin de TAM..................................................................... 388 14.6.2. Marcacin de sujeto Plural.......................................................... 389 14.6.3. Marcacin de negacin................................................................ 389 14.6.4. Criterios secundarios para frontera de clusula........................... 390

    14.7. Interrogativas directas......................................................................... 392 14.7.1. Palabras de interrogacin............................................................ 392 14.7.2. Clusula de relativo incrustada.................................................... 393

    14.8. Interrogativas indirectas...................................................................... 395 14.8.1. Relativas sin antecedente como argumentos clausales................ 398

    14.9. Otro tipo de interrogativas.................................................................. 400

  • Gramtica y Textos del hh: Otom de San Ildefonso Tultepec, Quertaro.

    x

    15. Relaciones gramaticales: Sujetos y objetos.................... 405 15.1. Construcciones ditransitivas................................................................ 408

    15.1.1. La construccin ditransitiva con objeto indirecto....................... 408 15.1.2. Construccin ditransitiva con doble objeto................................. 410

    15.2. Voz impersonal................................................................................... 417 15.2.1. Sintaxis de la voz impersonal...................................................... 418 15.2.2. Reanlisis de la voz impersonal en voz pasiva............................ 419

    15.3. Verbos incoativos de transitivos......................................................... 423 15.3.1. Verbos estativos de transitivos.................................................... 424 15.3.2. Predicacin incoativa y estativa con verbos derivados de

    transitivos................................................................................. 425

    15.3.3. Resumen de la predicacin intransitiva....................................... 426 16. Dativos en ms detalle...................................................... 428 16.1. Receptores del habla........................................................................... 430 16.2. Benefactivos........................................................................................ 431 16.3. Afectacin indirecta............................................................................ 432 16.4. Dativos y experimentantes.................................................................. 433 16.5. Otros usos idiosincrsicos del Dativo................................................. 436 17. Construcciones de Posesin Externa............................... 437 17.1. Propiedades de la construccin de posesin externa con Dativo........ 439

    17.1.1. Distribucin de la construccin de posesin externa con Dativo.......................................................................................

    441

    17.2. La construccin de posesin externa de sujeto tpico........................ 444 18. Clusulas de adjunto hipotcticas.................................. 448 SUBORDINADAS HIPOTCTICAS DE ADJUNTO............................................ 449 18.1. Subordinadas causales......................................................................... 449

    18.1.1. La conjuncin komo.................................................................... 449 18.1.2. La conjuncin ko......................................................................... 450 18.1.3. La conjuncin porke.................................................................... 451

    18.2. Subordinadas temporales.................................................................... 452 18.2.1. Temporales con nu y nu=mY................................................... 452 18.2.2. Temporales con kwando............................................................. 455 18.2.3. Temporales con de...................................................................... 455 18.2.4. Excursus en yuxtapuestas temporales......................................... 456

    18.2.4.a. El Perfecto de Irrealis......................................................... 456 18.2.4.b. Imperfecto Dependiente....................................................... 457 18.2.4.c. Aspecto neutro..................................................................... 458

    18.3. Subordinadas de lugar......................................................................... 458 18.3.1. Origen de la preposicin locativa ka/ha...................................... 460

  • ndice de contenidos

    xi

    18.4. Subordinadas condicionales................................................................ 463 18.4.1. Condicionales y coordinacin..................................................... 465

    18.5. Subordinadas finales........................................................................... 466 18.6. Subordinadas de modo........................................................................ 468 19. Clusulas de adjunto por yuxtaposicin........................ 470 19.1. La construccin general de adjunto..................................................... 470 19.2. Predicacin secundaria depictiva........................................................ 471 19.3. La clusula yuxtapuesta depictiva....................................................... 473 19.4. Modificacin adverbial en otom........................................................ 479 19.5. Clusula yuxtapuesta adverbial........................................................... 480

    19.5.1. Restricciones lxicas de la clusula adverbial............................. 482 19.5.2. Restricciones sintcticas de la clusula adverbial....................... 483 19.5.3. Surgimiento de adverbios............................................................ 484

    19.6. Construccin de encadenamiento clausal............................................ 490 19.6.1. Integracin clausal....................................................................... 496

    19.6.1.a. Control obligatorio.............................................................. 496 19.6.1.b. Negacin.............................................................................. 498 19.6.1.d. Verbos tpicos en la principal.............................................. 500 19.6.1.e. Compactacin verbal........................................................... 500 19.6.1.f. Gramaticalizacin de pa ir como marcador de

    movimiento de propsito................................................ 501

    19.7. Construccin de accin simultnea..................................................... 504 19.7.1. Ambigedad entre simultaneidad y propsito.................................. 506 20. Complementacin clausal................................................ 508 20.1. Diferencias entre los dos tipos de complemento clausal..................... 509

    20.1.1. Co-ocurrencia de indefinidos e intensificadores......................... 509 20.1.2. Negacin...................................................................................... 510 20.1.3. Co-ocurrencia del actualizador ja............................................... 511 20.1.4. Adverbios en posicin topical: posicin de Tpico-I.................. 511 20.1.5. Constituyentes destacados: posicin de Tpico-II...................... 512 20.1.6. Unidades entonativas................................................................... 512 20.1.7. Restricciones de TAM en la clusula de complemento.............. 513 20.1.8. Control obligatorio...................................................................... 513 20.1.9. Empleo de complementante........................................................ 515

    20.2. Alineamiento entre verbo matriz y clusula de complemento............ 518 20.3. Rasgos de integracin clausal............................................................. 520 20.4. Patrones de dependencia aspectual..................................................... 520

    20.4.1. Marcacin de sujeto de plural..................................................... 521 20.4.2. Cadena de gramaticalizacin hacia verbos auxiliares................. 523 20.4.3. Surgimiento de auxiliarizacin.................................................... 525

    20.5. Construccin causativa........................................................................ 526 20.6. Construccin licenciativa.................................................................... 529

  • Gramtica y Textos del hh: Otom de San Ildefonso Tultepec, Quertaro.

    xii

    20.7. Del desiderativo ne querer................................................................ 530 20.8. Ausencia de complementacin clausal................................................ 532 20.9. Surgimiento de formas no finitas? .................................................... 533 21. Estructuras de coordinacin............................................ 536 21.1. Coordinacin mediante conjuncin..................................................... 537 21.2. Coordinacin y comitativos................................................................ 539 21.3. La construccin de coordinacin escindida (CCE)............................. 544

    21.3.1. Surgimiento de la CCE................................................................ 547 21.3.2. Plural y dual en el otom de SIT.................................................. 547 21.3.3. Otras caractersticas de la CCE................................................... 550 21.3.4. Las dos FFNN en la CCE............................................................ 553 21.3.5. Animicidad en la CCE................................................................. 558 21.3.6. Jerarqua de persona en la CCE................................................... 558 21.3.7. Origen de la CCE........................................................................ 559

    21.4. Otros usos construccionales del dual.................................................. 561 Referencias................................................................................................... 563 ndice alfabtico........................................................................................... 568 Adenda......................................................................................................... 573

  • xiii

    CUADROS y FIGURAS

    CUADROS

    Cuadro 1. Consonantes en AFI. 20 Cuadro 2. Consonantes en ortografa prctica. 21 Cuadro 3. Afijos. 51 Cuadro 4. Clticos. 53 Cuadro 5. Palabras funcionales ligables. 57 Cuadro 6. Partculas. 60 Cuadro 7. Perfil de los sustantivos del corpus. 63 Cuadro 8. Sustantivos bisilbicos del corpus. 67 Cuadro 9. Ejemplos del Tipo I de compuesto nominal. 78 Cuadro 10. Ejemplos del Tipo II de compuesto que expresan propiedad. 79 Cuadro 11. Enclticos de plural de poseedor. 104 Cuadro 12. Palabras funcionales en la predicacin nominal. 130 Cuadro 13. Perfil de los verbos del corpus. 138 Cuadro 14. Perfil de los verbos nativos. 139 Cuadro 15. Perfil valencial de los verbos con tema monosilbico. 139 Cuadro 16. Verbos con tema monosilbico. 140 Cuadro 17. Formativos temticos. 143 Cuadro 18. Rendimiento lxico de los formativos temticos. 144 Cuadro 19. Perfil valencial de los verbos con formativo. 144 Cuadro 20. Perfil valencial con los formativos temticos de ms rendimiento. 145 Cuadro 21. Paradigmas de TAM y de persona del sujeto. 170 Cuadro 22. Distribucin de los TP y TNP. 210 Cuadro 23. Sufijos de Objeto y de Dativo. 227 Cuadro 24. Alomorfos de Objeto de 1a persona. 229 Cuadro 25. Ajustes temticos con Objeto de 1a persona. 230 Cuadro 26. Ajustes temticos con Objeto de 2a persona. 231 Cuadro 27. Alomorfos de Objeto y Dativo de 1a persona. 233 Cuadro 28. Alomorfos de Dativo de 3a persona comparados con 1a. 236 Cuadro 29. Ajustes temticos con Dativo de 3a persona. 237 Cuadro 30. Sufijos de Objeto y de Dativo 241 Cuadro 31. Enclticos de Objeto y de Dativo. 242 Cuadro 32. Enclticos de plural. 245 Cuadro 33. Ajustes de plural de sujeto. 248 Cuadro 34. Enclticos de dual. 251 Cuadro 35. Ajustes con el dual. 252 Cuadro 36. Ajustes de dual de 1a persona inclusivo. 253 Cuadro 37. Enclticos enfticos. 262 Cuadro 38. Alomorfos del cltico enftico de 1a y 2a persona. 267

  • Gramtica y Textos del hh: Otom de San Ildefonso Tultepec, Quertaro.

    xiv

    Cuadro 39. Ajustes ante los enclticos enfticos de sujeto de 1a y 2a persona. 267 Cuadro 40. Enftico de 1a persona con Dativo de 3a persona. 269 Cuadro 41. Distribucin del encltico je. 270 Cuadro 42. Ajustes temticos con enftico de 3a. 274 Cuadro 43. Enclticos demostrativos. 276 Cuadro 44. Enclticos locativos. 281 Cuadro 45. Posiciones de los enclticos verbales. 296 Cuadro 46. Combinaciones de sufijo de objeto de 1a persona. 298 Cuadro 47. Combinaciones de sufijo de Dativo de 3a persona. 300 Cuadro 48. Marcadores de TAM para verbos estativos. 315 Cuadro 49. Enclticos decticos (personales y demostrativos). 333 Cuadro 50. Formas pronominales con nu de 1a y 2a persona. 334 Cuadro 51. Demostrativos pronominales. 338 Cuadro 52. Formas pronominales predicativas con ge. 340 Cuadro 53. Adverbios y conjunciones basadas en nu y ge. 341 Cuadro 54. Distribucin de los marcadores de negacin. 357 Cuadro 55. Verbos en predicacin intransitiva de estados. 426 Cuadro 56. Verbos en la clusula yuxtapuesta adverbial. 482 Cuadro 57. Adverbios relacionados con verbos en la construccin adverbial. 485 Cuadro 58. Adverbios de tiempo lexicalizados. 486 Cuadro 59. Continuo adverbial en Forma-Libre y Dependiente. 489 Cuadro 60. Resumen de diferencias estructurales entre CP y CR. 517 Cuadro 61. Tipos de verbo matriz por tipo de complemento de clusula. 519 Cuadro 62. Patrones de dependencia aspectual de la CR. 521 Cuadro 63. Surgimiento de auxiliarizacin. 524 Cuadro 64. Sustantivos deverbales de verbos intransitivos y transitivos. 534 Cuadro 65. Sustantivos deverbales de verbos (intransitivos) compuestos. 535 Cuadro 66. Verbos que se emplean en la CCE. 551

    Figura 1. Macrofilo otomangue. 7 Figura 2. Estructura de la clusula simple. 374 Figura 3. Estructura interna de la CP y la CR. 518

  • xv

    ABREVIATURAS

    - afijo = cltico _ morfema lexicalizado < > morfema no concatenativo . ausencia de frontera morfmica en fuente A ajuste morfofonolgico ANTI antipasivo (detransitivizador) ASP aspecto CCE construccin de coordinacin escindida CL cltico/(a veces) clusula COR correlativo CP concepto de propiedad/clusula plena CR clusula reducida D (Forma-)Dependiente DAT dativo DEF definido DEL delimitativo DEM demostrativo DEP dependiente DER derivativo DU dual END endocntrico ERG ergativo EST estativo EX exclusivo EXHOR exhortativo FD Forma-Dependiente FEM femenino FL Forma-Libre FN frase nominal FOC foco FP frase preposicional FV frase verbal IDEN identificador IMP imperfecto IMPER imperativo IMPREC imprecativo INCL inclusivo IND indefinido INDEP independentivo INM inmediativo

  • Gramtica y Textos del hh: Otom de San Ildefonso Tultepec, Quertaro.

    xvi

    INSTR instrumento INTER interjecin IRR irrealis (futuro) L (Forma-)Libre LEJ lejana LOC locativo MAN manera MED medio M.PROP movimiento propositivo N cltico nasal de verbos de actividad NARR narrativo OBJ objeto P palabra adverbial ya (o encltico =ya) P.LOC preposicin locativa P.MOD partcula modal de obligacin PD posedo PE posesin externa PERF perfecto PI posesin interna PL plural PN predicacin nominal POS posesivo POSD posedo POSR poseedor PPERF plu-perfecto PR poseedor PRES presente PROG progresivo PSD pasado REL relativo SG singular SUB subjuntivo SUJ sujeto TAM tiempo/aspecto/modo TE Tema-Estativo TI Tema-Impersonal TNP Tema-no-Presente TRL Teora de la Reccin y el Ligamento VER Verificativo

  • xvii

    PREFACIO

    Es para m una gran satisfaccin el poder presentar al pblico este libro que versa sobre aspectos de la gramtica de la lengua otom que se habla en el pueblo de San Ildefonso Tultepec. Este pueblo se encuentra en el municipio de Amealco de Bonfil, en el estado de Quertaro, Mxico. Los hablantes de esta lengua, cuando la emplean, se refieren a ella con el nombre de hh [h.h]. Esta gramtica es fruto de la investigacin sobre el hh que inici en agosto del ao 2000 con apoyo institucional en el Centro de Estudios Lingsticos y Literarios de la Facultad de Lenguas y Letras en la Universidad Autnoma de Quertaro. Cinco aos ms tarde, la investigacin fue auspiciada por el Consejo Nacional de Ciencia y Tecnologa, bajo el proyecto N 47175. El objetivo de este proyecto era conseguir documentar lingsticamente y describir adecuadamente el hh que conocen y emplean los hablantes de generaciones nacidas antes de la mitad del siglo XX y que fueron monolinges en la lengua, al menos hasta su edad adulta. Se seleccion este rango de la poblacin bajo la premisa de que la variedad de lengua de estos hablantes es la ms conservadora y por lo tanto muestra estructuras nativas, lxico y modismos, ms genuinamente otomes. La base de datos recogida consta de 16 horas de texto narrado y conversacional de personas que viven en su mayora en el barrio de San Ildefonso Tultepec que se conoce con el nombre de El Bothe.1 La gramtica toma como referencia ilustrativa una pequea muestra de esta base de datos. Se trata de un corpus de 12 textos de una hora y media de duracin que se presentan en un segundo volumen. Recopil este pequeo corpus con la idea de que sirviera para ejemplificar los distintos fenmenos lingsticos que se describen a lo largo de la gramtica, y sobre todo, porque creo que resulta conveniente a la hora de ilustrar procesos derivativos y lxicos con ejemplos concretos.

    1 El nombre El Bothe es la adaptacin del topnimo otom bothe [/bothe] {bo-the} {negro-agua} agua-negra. Los hablantes consultados ignoran el porqu del significado de esta denominacin, ya que coinciden en que en el lugar existan manantiales con agua cristalina. En la entrada del barrio se ha colocado recientemente un monumento de bienvenida al transente que sugiere que el significado del nombre es manantial de aguas. Esta interpretacin surge de la etimologa popular, confundiendo el morfema bo- negro con la forma ligada del verbo bCi pararse que sera bC-, y que dara en otom una formacin como bC-the pararse-agua. Sin embargo, sta NO es una formacin natural en la lengua debido a que el verbo bCi pararse NO se puede emplear para referir al evento del manar del agua. Una razn de porqu se llam al lugar agua-negra puede radicar en la intencin de sus antiguos habitantes de crear un denominativo para el lugar que no resultara atractivo a posibles pobladores y evitar as la migracin a una zona antao rica en el elemento esencial.

  • Gramtica y Textos del hh: Otom de San Ildefonso Tultepec, Quertaro.

    xviii

    El objetivo principal de la gramtica es proveer a la comunidad acadmica de un instrumento accesible para el entendimiento de las estructuras de esta lengua antigua, propia de Mesoamrica, hablada en San Ildefonso Tultepec, que pueda asimismo servir para arrojar luz sobre fenmenos similares en otras lenguas de la familia e incluso en otras lenguas indgenas de Mxico. Por esta razn, el lenguaje que empleo presupone del lector cierta familiaridad con conceptos especficos de este rea, propios de la teora lingstica moderna internacional. Por ello, intuyo que la gramtica no se va a poder emplear con garanta de xito en un saln de clase en el que se ensee la lengua otom, pero para compensarlo, creo que el libro de textos que la acompaa como segundo volumen puede emplearse como material de lectura y consulta para hablantes o aprendices del otom que cuenten, eso s, con conocimientos bsicos sobre la escritura de la lengua. A mi entender una de las grandes desventajas que tienen los hablantes letrados de las diferentes lenguas indgenas de este pas, radica en que no cuentan con materiales de lectura de suficiente calidad y diversidad para su formacin y entretenimiento. Con la intencin de contribuir a subsanar este vaco para lo que al otom respecta, el segundo volumen viene a complementar la edicin de cuentos que hace unos aos presentaron Ewald Hekking y Severiano Andrs de Jess.2 Como es esperable, la gramtica gira en torno a tres ejes fundamentales: se contemplan por un lado aspectos fonolgicos de la lengua, se presentan tambin aspectos morfolgicos y lxicos de verbos y sustantivos que resultan ser las categoras lxicas ms complejas del sistema y por ltimo, aspectos de sintaxis. En este ltimo punto radica precisamente una de las fortalezas de esta contribucin a la bibliografa lingstica existente sobre lenguas otomes, y es que en ella se presentan y describen fenmenos de morfosintaxis y de sintaxis oracional de los cuales se sabe poco. Asimismo incorporo en el anlisis descriptivo de la lengua la categora de cltico, de la que el hh hace un uso muy prolfico. En este sentido, la gramtica es una invitacin a futuros investigadores del lenguaje a seguir contribuyendo en esta interesante rea de las lenguas otomes. Gran parte del anlisis sintctico ofrecido en esta obra es el resultado madurado de las diferentes indagaciones en el sistema que tuve la oportunidad de realizar en tres talleres que sobre predicacin y complementacin imparti y coordin Judith Aissen en CIESAS-Sureste (San Cristbal de las Casas, Chiapas) y en OKMA (La Antigua, Guatemala). Por otro lado, las lenguas otomes tienen una fonologa y una morfofonologa de alta complejidad, y en este sentido son muchos los excelentes trabajos que se han concentrado en el estudio de estas reas hasta la fecha. Es tambin en este punto donde reside una de las debilidades de la gramtica, a saber: el estudio de la tonologa de la lengua, que es he de reconocer, muy a mi pesar incompleto, ya que confieso no sentirme competente para realizarlo con la debida rigurosidad. En este sentido, por ejemplo, los vocablos otomes en los textos estn

    2 Hekking, Ewald y Severiano Andrs de Jess. 2002. YaP bede ar hho NsantY-mYriya: Cuentos en el otom de Amealco. Quertaro, Mxico: Universidad Autnoma de Quertaro.

  • Prefacio

    xix

    escritos sin marcas tonales y esto hubiera sido lo deseable, tal como se ve por ejemplo en los encomiables trabajos de Yolanda Lastra (ver al respecto bibliografa al final). A pesar de ello, quisiera, si no justificar mi postura, al menos excusarla, ya que a los ojos de especialistas que gusten de las fonologas prstinas o de la categorizacin rigurosa del lxico, esta carencia podra demeritar la calidad del trabajo descriptivo que se presenta en estas pginas. El otom y lo asevero con confianza y con cierto conocimiento de causa es una lengua otomangue muy distinta en este sentido a las de las ramas zapotecana, popolocana, mixtecana, amuzga o chinanteca, habladas en Oaxaca y en Guerrero, ya que posee, a diferencia de estas lenguas, un tipo de tono que presenta una carga funcional mucho menor en la organizacin del lxico y la gramtica. No por ello, el tono en las distintas lenguas otopames deja de ser un fenmeno de considerable complejidad estructural y hace de su estudio un rea llena de preguntas y de retos intelectuales, precisamente por su carcter tan nico con respecto a la macrofamilia. Han pasado muchos aos desde los valiosos estudios en tonologa de Russell Bernard, de Frances Len y de Ethel Wallis. Al respecto, sta es tambin una cordial invitacin a futuros estudiosos del lenguaje capacitados en esta disciplina para continuar con ellos y contribuir as en la creacin del conocimiento sobre esta familia de lenguas. Espero de corazn que esta obra sea de utilidad a la comunidad otom en particular y a la acadmica en general, as como a individuos interesados y/o relacionados con el mundo indgena en este gran pas. Tengo la esperanza tambin de que la gramtica contribuya para entender mejor las complejidades de esta fascinante lengua, legado de la humanidad. Concluyo solicitando al lector mis disculpas por los posibles errores o las imprecisiones que encuentre en la misma, y lo hago empleando las alentadoras palabras de John of Trevisa, autor ingls del siglo XIV, en su traduccin del Polychronicon de Hygden.

    Clerkes knowe wel ynow at no synfol man do so wel at he ne myte do betre, noer make so good a translacyon at he ne myte make a betre. Los estudiosos saben bastante bien que no hay smbolo que el hombre haga tan bien que no se pueda mejorar, ni traduccin tan buena que uno no pueda superar.

    En Quertaro, en tiempos de nubes...

    Enrique L. Palancar Vizcaya

    Facultad de Lenguas y Letras Universidad Autnoma de Quertaro

    Quertaro, QRO 76010 ([email protected]/[email protected])

  • xx

    AGRADECIMIENTOS

    La noche del 25 de julio del ao 2000, coincidiendo con la fiesta patronal de la ciudad de Santiago de Quertaro, arribamos por primera vez mi compaera Arnzazu Pascual Ortiz y yo en tierras mesoamericanas. Venamos directamente a Quertaro. Todo nuestro equipaje europeo se haba quedado en Frankfurt, que era la ciudad en donde hacamos escala en nuestro viaje, y aunque las maletas llegaran en efecto cumplida la primera semana, las sinuosas voluntades de las Nornas y las Moiras tuvieron a bien que llegramos en Mxico literalmente con lo puesto, simulando en un guio la suerte de tantos otros espaoles que con una mano delante y otra detrs llegaron a estas tierras despus de nuestra guerra con la esperanza de encontrar aqu mejor fortuna. Mxico tambin nos la trajo a nosotros, esta obra es indirectamente una prueba de ello. Quisiera que estas pginas sirvieran como homenaje a este tan generoso pas y a toda la gente que lo hace posible da a da. Dos instituciones me han amparado la escritura de esta gramtica y la de los textos que la acompaan. El CONACyT ha sido mi annimo mecenas durante tres aos y ha hecho posible que esta investigacin se llevara a cabo. Ms cerca de casa, agradezco todo el apoyo recibido a la Facultad de Lenguas y Letras de la Universidad Autnoma de Quertaro, primero en la persona de Silvia Yreri Mendoza y despus en la de Alma Rosa Snchez, por creer en m y por creer en este proyecto. Vine a Mxico con la idea de comenzar la aventura de la descripcin lingstica en una lengua indgena de Mesoamrica, deslumbrado por la complejidad de los fenmenos sobre los que escriban autores de los cuales por aquel entonces solamente conoca nombres. La idea era venir, estar dos aos y luego regresar al Instituto Max-Plank en Nimega, Holanda, para tomar una precaria plaza postdoctoral. Nunca sucedi, porque una vez aqu, no tena ya sentido volver: los colores, la calidez y la gente estaban aqu, as como todas las posibilidades y todo el compromiso. Conoc a Ricardo Maldonado y a Roberto Zavala en la misma poca, hace ya diez aos. Al primero en un congreso de Lingstica Cognoscitiva en Espaa, y al segundo en mi primera estancia en Nimega, en la que recopil datos tipolgicos para mi tesis doctoral. A Ricardo le plante entonces la posibilidad de hacer trabajo de descripcin lingstica en Mxico: Acaba tu tesis primero, y luego hablamos fueron sus prometedoras palabras, que quedaron suspendidas en el aire, resonando durante dos aos. Cuando conoc a Roberto, comprend entonces que el destino del trabajo no poda ser el Cucaso, como tampoco alguna lengua hokana del oeste de los EEUU. Mxico tena que ser el lugar. Y termin la tesis, y al mes de hacerlo, en mayo del ao 2000, volv a ver a Maldonado en un congreso en Madrid, y le record la propuesta, y todo se ech a andar a

  • Agradecimientos

    xxi

    vertiginoso paso porque Ricardo es un hombre de palabra, de muy antigua nobleza y todo se dio. En julio estbamos en Mxico. La opcin que Ricardo Maldonado me propuso era la de o bien trabajar en la ilustre UNAM y jugar con la posibilidad de elegir un hueco en la familia de lenguas que considerara conveniente, o bien trabajar en la humilde UAQ y tener que elegir sin remedio el otom como la nica lengua de estudio, debido principalmente a restricciones de financiamiento. Se podr fcilmente entender que la primera opcin me era acadmicamente mucho ms atractiva, pero implicaba residir en el Distrito Federal. Eche el lector que dude una liviana ojeada a ciertas guas tursticas que sobre el lugar circulan en algunas estanteras de Europa, y se podr comprender quiz porqu la opcin elegida fue ineludiblemente Quertaro. Habra de pasar tiempo para que la impronta de esas pginas se disipara y la Ciudad de Mxico me deslumbrara por su cosmopolitismo y energa. Confieso con cierta timidez que el otom, como toda lengua otomangue, estaba muy al final de la lista de mis prioridades. Conoca al respecto escritos de Yolanda Lastra sobre el otom de Ixtenco, y cuando la decisin fue tomada, me consegu en un segundo viaje a Nimega la gramtica de H. Harwood Hess de la lengua del Valle del Mezquital junto con el monogrfico de Henrietta Andrews sobre los proclticos verbales en la variante de San Felipe Santiago, Estado de Mxico, y con todo, me pareci una lengua impenetrable, inescrutable, al fin y al cabo, dificilsima, pero tambin, he de decir, sorprendentemente enigmtica. Se podr inferir de ello lo temeroso e inseguro que llegu al otom en mis primeros encuentros. Sin embargo, no hay momento ms seductor para el alma e intelecto de un lingsta que el or por primera vez una lengua de la que uno nada conoce y con la que uno est a punto de iniciar un largo viaje. En este largo viaje me han acompaado muchas personas, y son tantas que intuyo que no voy a poder nombrar a todas ellas para agradecerles adecuadamente su ayuda. Nombrar a las ms cercanas, en las que encontr mi apoyo ms inmediato a la hora de orientar el barco hacia tierra, por veces desde la ms espesa neblina. A la Sra. Anastacia Cruz Vzquez, quien ha sido mi luz en el otom y mi nica maestra; por toda su paciencia y su sabidura, por todos los conocimientos trasmitidos con la palabra, y por los momentos en los que la misma palabra se converta en medio y en excusa. A la Sra. Cruz le debo todo lo poco que s de esta su ancestral lengua. Tambin a su madre, la Sra. Adelaida Vzquez Hernndez, la nica persona con la que he conversado en otom siempre plcidamente, sin las presiones propias de ste mi incorregible afn de perfeccin, que a veces tanto limita las posibilidades de mi expresin. Ella fue la que me ense la primera palabra que o en esta lengua, una palabra que an hoy se me antoja como uno de los mil nombres que recibe el Gran Espritu, el que todo lo une y todo lo revela. Mil, y mil veces mil, las gracias doy a mis colegas, Ricardo Maldonado, Roberto Zavala, Paulette Levy y Vernica Vzquez, a los que quiero y admiro, y de los que he aprendido ms de lo que a veces creo que me merezco, tanto intelectual como emocionalmente. Honor, Pasin, Servicio, Inteligencia y

  • Gramtica y Textos del hh: Otom de San Ildefonso Tultepec, Quertaro.

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    Fidelidad, son algunas de las palabras que resuenan dentro de m cuando pronuncio sus nombres. Ricardo me abri las puertas de esta tierra, Roberto me mostr sus riquezas, Paulette entendi mis aoranzas, y Vernica me dej entrar en su gran corazn. Sin su apoyo y sus continuas enseanzas, esta gramtica habra resultado ser no ms que un bosquejo de lo que aqu se ha logrado. A mis queridos colegas del Seminario de Estudio de Lenguas Indgenas de Mxico, Valentn Peralta y Alejandra Capistrn por toda la inspiracin que proveen y la buena compaa, a Guilles Polian por su compromiso y a David Beck por su claridad. A Thomas C. Smith-Stark, por su hermoso numen lingstico y por compartir el amor y la admiracin por las lenguas otomangues, por sus complejidades y su musicalidad; y a Michael Knapp y Scott Berthiaume, fonlogos de bistur, por participar con ellos en la pasin de lenguas otopames. A Yolanda Lastra y Doris Bartholomew, mis seniors en esta empresa, a las que venero con inmenso respeto y cuyos trabajos he ledo siempre con inefable fruicin, y tambin a Ewald Hekking, por todas las pequeas conversas sobre la cosmologa otom, mi ms sincera admiracin por su capacidad de servicio. La quinta parte de esta gramtica, que versa sobre sintaxis, nunca se habra escrito si no hubiera sido por la generosidad de Judith Aissen en compartir su conocimiento. Tengo a Judith por la mejor y ms noble sintactloga del mundo y es para m un honor el haber sido su alumno. Con ella me une el gusto cada vez ms excntrico en esta vertiginosa poca nuestra en la que vivimos por las lenguas indoeuropeas antiguas, as tambin por la antigua intuicin de que conocerlas supone poseer una brjula eficaz para entender los misterios de otras, no importa cun diferentes sean. A Paulette Levy le quiero dar especialmente las gracias tambin por haberme ayudado a discernir las complejidades de las clases de palabra del otom, as como otros asuntos de sintaxis verbal no menos importantes. Mis gracias de corazn a Selene Hernndez (Brunberg) y a Nstor H. Green, mis estudiantes y asistentes durante el proyecto de investigacin que ampar la escritura de esta gramtica, tan opuestos en su carcter como los Polos mismos, pero ambos diafanos, amenos, dispuestos y nobles; espero haberles servido de buen Ecuador en sta su aventura hacia el otom. Ellos me ayudaron para que esta obra saliera al pblico seis meses antes de lo que en realidad lo hubiese hecho, y gracias a sus ojos crticos y avizores, le ahorraron al lector muchas imprecisiones y descuidos, salvando en ello mi reputacin acadmica. Gracias por los buenos momentos y por todo lo que he aprendido del otom con ustedes. A Patricia Palacios (lfsige) por ocuparse tambin de ciertas tediosas cuestiones del formato. A Susana Delgado Ortega y a Julia Ortega Valenzuela por abrirnos su gran corazn y adoptarnos en su familia y darnos techo y proteccin. A Jos Sosa por su inquietud de saber y a Marta Rub, por ayudarme tanto a ensearle a mi cuerpo a encontrar el arduo camino de la salud. A Sofa Monc y a Eric Marie Gabalda por la hermosa e insubstituible compaa. Y a mi hija, Julia Sofa Palancar Pascual, que vena a buscarme tantas veces al despacho y con las manitas apoyadas en la mesa me preguntaba qu haca, al

  • Agradecimientos

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    impronunciable amor que me daba sentarla en mi regazo y detener la actividad para que juntos jugramos al teclado y escribiramos los nombres en la computadora. A mi hermosa e inteligente compaera de viaje, Arnzazu C. Pascual Ortiz, por todo su amor, su ternura, su apoyo y comprensin durante todos los infinitos pequeos y grandes momentos que contribuyeron a escribir esta obra. Slo ella sabe todo lo que se esconde tras los bastidores. Por el aliento en las crisis y por todas las deliciosas conversas alimento del alma. Y por qu no, a la Divinidad, sin forma ni nombre, que lo hace todo posible, serena y maravillosamente. Gracias a todos, de corazn. Enrique L. Palancar

  • PARTE I:

    Introduccin a la lengua

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    La lengua y sus hablantes 1.1. San Ildefonso Tultepec. San Ildefonso Tultepec (de aqu en adelante se abreviar como SIT) es una amplia localidad rural rodeada de cerros situada al sur del Estado de Quertaro. Est circunscrita administrativamente a la municipalidad de Amealco de Bonfil, del que dista unos 25 km. y colinda territorialmente ya con el Estado de Mxico (ver Mapa 1 en la pgina siguiente). El pueblo consiste primero de un pequeo centro urbano en el que adems de casas se encuentran la iglesia parroquial, las oficinas de la delegacin, los juzgados de primera instancia, las oficinas de la polica y otra miscelnea de servicios (escuelas, comercios, talleres, etc.). Adems el pueblo consta de otras diez zonas pobladas llamadas barrios que se encuentran dispersas las unas de las otras, cada una con un ncleo habitacional ms o menos reciente, surgido en torno a los edificios de las escuelas, y con rancheras dispersas por todo el territorio. Esta dispersin ha dificultado la dotacin de servicios bsicos de urbanizacin como el agua potable, la energa elctrica y el drenaje. En la actualidad los diversos esfuerzos de las autoridades municipales han rendido fruto y poco a poco un nmero mayor de la poblacin puede disfrutar de estos servicios. 1. Los barrios son El Cuisillo, El Rincn de San Ildefonso, El Saucito, El Teposn/Tepozn, Mesillas, La Pin, Tenasd, Xajay, Yosp y El Bothe; los cinco ltimos son topnimos de origen otom. Toda la zona sufri lamentablemente una amplia deforestacin que comenz a principios del siglo XX. Hoy en da quedan reductos de las reas boscosas originarias en las zonas ms altas de los cerros que rodean la comarca. En este sentido, orogrficamente existen una serie de elevaciones significativas. SIT se encuentra en una llanura muy irregular a casi 2,400 msnm, un poco menos que la cabecera municipal de Amealco que se encuentra a 2,600 msnm, pero segn se avanza hacia el sur con la linde con el Estado de Mxico, la altitud se eleva hasta 3,000 msnm, comenzando fisiogrficamente la subprovincia de Lagos y Volcanes de Anhuac. No hay ros en la zona, solamente arroyos con cierto caudal en poca de lluvia y muy

  • Captulo 1 La lengua y sus hablantes

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    profundas barrancas que han permitido la construccin de una presa que lleva el nombre del pueblo.

    Mapa 1. Situacin de San Ildefonso Tultepec, Amealco, Quertaro. 2. El poblamiento de la zona se remonta a poca prehispnica. Existe todava una zona arqueolgica, inexplorada y un tanto deteriorada, que se denomina El Cuisillo. El pueblo, tal como se conoce, parece haberse fundado a principios del siglo XVI. El topnimo del pueblo Tultepec significa en nahuatl cerro de tules y es una traduccin al nahuatl del nombre nativo que recibe todava en otom uno de los cerros de la zona, que hoy se conoce como el Teposn o Tepozn. La palabra otom para el cerro es TqGkw o TqGkw ([thkw] o [thkw]) cerro de tules y proviene de la contraccin de la palabra tqhq [th] cerro en composicin con la antigua palabra para tule que es kw. El nombre de San Ildefonso proviene del patrn de la iglesia parroquial, cuya fiesta es el 23 de enero, y parece datar de finales del siglo XIX. En la actualidad no existe un nombre otom convencional que todos los hablantes empleen para designar al

    Estado de MxicoMichoacn de Ocampo

    Hidalgo

    Guanajuato

    San Luis Potos

    Amealco

    San Ildefonso Tultepec

    Quertaro

  • 1.2. Los hablantes

    3

    pueblo. Los hablantes se suelen referir a la localidad como mahnini en el pueblo, pero el topnimo NtqGkw, que est basado en el nombre del Teposn ms el prefijo de lugar n-, tambin se emplea. 3. En la actualidad, todos los barrios estn comunicados con el centro mediante pequeos autobuses o peseros que llevan a la cabecera municipal en Amealco. Por el pueblo pasa tambin la carretera QRO-333 que comunica Amealco con Aculco en el Estado de Mxico, y en esta misma direccin se cruza cerca la carretera MEX-55, que conecta la carretera general a Mxico D.F con Acambay y Atlacomulco de Fabela. En el barrio de El Bothe desemboca tambin la carretera QRO-310, que pasa por la Muralla y otras localidades ms pequeas, y que comunica la zona con la ciudad de San Juan del Ro entroncndose con la carretera MEX-120. Para acceder a los barrios hay vas que estn ya asfaltadas, pero todava la mayora son de terracera. La terracera es la nica va de comunicacin dentro de los barrios para llegar a las rancheras. Hace aos SIT estaba completamente aislado de Amealco. Al no existir transporte, la gente tena que hacer el camino a pie o sobre un animal (en el mejor de los casos). Como curiosidad cultural, ya que la bebida cotidiana de la zona era el pulque, en el camino a Amealco haba varios puestos en donde se venda a los viandantes. Hoy en da todos han desaparecido ya que el consumo del pulque est en desuso. 1.2. Los hablantes. En SIT se concentra casi la mitad del grosso de la poblacin indgena otom que es originaria del estado de Quertaro de Arteaga. La otra mitad se encuentra en el pueblo de Santiago Mexquititln dentro del mismo municipio de Amealco, y tambin en el municipio de Tolimn al norte de la ciudad de Quertaro. En el territorio de Amealco, de los censos del INEGI de 2007 se deduce que existe un nmero estimado de 13,000 hablantes de otom, de los cuales parece que hay 1,400 monolngues. Muchos hablantes se han desplazado a zonas urbanizadas del estado o a otras de otros estados, como por ejemplo en Guadalajara, Jalisco (Martnez Casas 2007). En el municipio de Amealco de Bonfil tenemos, no obstante, dos variantes principales: la de Santiago Mexquititln y la de SIT. No se conoce el nmero exacto de hablantes de cada una de las variantes, pero se estima por el porcentaje de la poblacin que es un poco mayor en Santiago Mexquititln. 4. Ser otom es una identidad tnica, y hablar la lengua indgena es un rasgo ms que ayuda a construir esta identidad, pero no es un rasgo imprescindible para que la identidad se asiente y exista. Muchos ciudadanos del pueblo de SIT ya no hablan la lengua otom pero an as se sienten e identifican como indgenas otomes por nacimiento y cultura, ya que comparten lazos familiares y sociales con la comunidad, vestimenta tradicional (ya solamente en las mujeres), cosmovisin, creencias religiosas, expectativas, filosofa de vida, gastronoma, hbitos cotidianos, gustos de msica y folklore, patrones de cortesa, actitudes ante la educacin, actitudes ante lo forneo y el forneo no indgena, etc., que son en muchos casos distintivamente otomes. 5. La lengua se habla todava con vigor entre las generaciones ms maduras. La gente de origen otom que naci en el pueblo antes de 1950 y que a la fecha del 2008 tienen entre 60 y 100 aos, conocen como nativos la lengua y la usan

  • Captulo 1 La lengua y sus hablantes

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    con cierto vigor. El nivel de bilingismo otom-espaol se ha incrementado considerablemente en las ltimas dcadas entre esos hablantes y es an mayor en la generacin que tiene 40 aos. Hasta los aos de 1960, la inmensa mayora de la poblacin era monolinge de otom. Los hombres conocan un poco ms el espaol porque salan a trabajar o a vender a Mxico u otros lugares. Hoy en da ya no se encuentran apenas hablantes monolinges, al menos en los barrios que gozan de mayor comunicacin, y salvo en casos excepcionales, se trata de gente anciana que nunca pudo aprender bien el espaol ya de adulto y que viven aislados socialmente de la gran comunidad del pueblo. 6. En el otro extremo del espectro, las generaciones ms jvenes, o bien ya no conocen la lengua o bien la han dejado de emplear en su espacio de interaccin social (escuela, calles y caminos, bailes, iglesia, cantinas, etc.). Debido al alto grado de bilingismo, se ha observado asimismo que el otom que hablan las generaciones jvenes muestra bastante influencia lxica y sintctica del espaol, as como reducciones del sistema fonolgico y morfosintctico. 7. Los nios del nivel socioeconmico ms bajo an aprenden la lengua indgena en el hogar, pero la suelen dejar de emplear cuando se socializan en la escuela. En general la lengua va perdiendo espacios sociales de uso. Los hombres que la conocen y la usan en casa han comenzado a no emplearla entre ellos mismos, ya que hablar espaol es un signo de prestigio. Las mujeres de las generaciones que mejor la conocen y usan, la emplean con bastante asiduidad y naturalidad en la vida cotidiana entre ellas, pero suelen emplear el espaol para dirigirse a los hombres de su generacin, sobre todo los que no son parientes. Todo este proceso depende por supuesto del grado de conocimiento y soltura que el hablante en cuestin tenga del espaol, pero en general cuanto mejor es el conocimiento y la soltura en la lengua mayoritaria, menor es el grado de uso de la lengua indgena. 1.3. El otom de San Ildefonso. Otom es el nombre que se da en espaol a una familia de lenguas que se hablan geogrficamente en la regin central de Mxico en varios estados. Los hablantes de estas lenguas se identifican como pertenecientes a una etnia distinta de la mayora de la poblacin. A esta etnia se la denomina tambin en espaol con el nombre otom y debido a la identificacin normal existente entre lengua e identidad tnica, la palabra resulta conveniente para designar las distintas lenguas. 8. Debido a que el nombre es muy genrico, al referirse a una variante en particular, se nombra la familia y despus se identifica la lengua empleando el topnimo de la localidad ms representativa en donde se habla, de ah que empleemos el trmino otom de San Ildefonso Tultepec.3

    3 Sirva el smil siguiente para entender la situacin en la que se encuentran muchas lenguas indgenas en Mxico, que es por otro lado muy conocida a los especialistas. El nombre otom como el nombre zapoteco o mixteco indica en realidad un sistema lingstico muy vasto similar a cuando se empleaba la palabra romance para designar en la edad media a todas las variantes de lenguas y dialectos derivados del latn habladas en Europa en el

  • 1.3. El otom de San Ildefonso.

    5

    9. Dentro del municipio de Amealco de Bonfil se encuentran dos localidades cuya poblacin es mayoritariamente de origen tnico otom: Santiago Mexquititln y SIT. Las dos comunidades, aun compartiendo una identidad comn, no parecen haber tenido mucho contacto histricamente entre ellas y se han desarrollado en el territorio de manera independiente. No existen tampoco vas de trasporte que permitan el contacto directo sin que el viajero tenga que pasar por la cabecera del municipio en Amealco de Bonfil. Adems, las localidades distan unos 50 Km. entre s. Los contactos se facilitaron en el espacio comn de la cabecera municipal que serva de plaza del mercado principal para ambas localidades. En cuanto a la antropologa cultural, existen tradiciones distintas en ambas comunidades, cultivos distintos, espacios distintos, artesanas distintas y vestimenta distinta. No obstante hay tambin muchas similitudes culturales que se deben al hecho de que ambas comunidades se identifican bajo la misma etnia, y por lo tanto de la misma forma existen tradiciones comunes, formas de cultivos similares, organizacin social parecida, artesanas y vestimenta tradicional con rasgos comunes, etc. Realmente el fenmeno se debe visualizar como un continuo, y uno puede poner tanto nfasis en las similitudes como en las diferencias dependiendo del inters inicial que le motive a ponerse a hacer la comparacin. 10. En lo que respecta a la lengua, se hablan igualmente dos variantes o incluso dos lenguas otomes: el otom de Santiago Mexquititln, descrito en Hekking y Andrs de Jess (1984) y Hekking (1995) y el otom de SIT descrito en esta gramtica. Como con los aspectos culturales de las comunidades lingsticas que las hablan, el otom de SIT y el de Santiago Mexquititln son variantes que comparten muchos rasgos dialectales en comn, pero estrictamente hablando no deben tratarse por su localizacin geogrfica y administrativa como una sola lengua otom, a no ser que exista un deseo en la comparacin de suavizar las diferencias. En lo lingstico nicamente existen diferencias gramaticales significativas: se tienen sistemas fonolgicos distintos, pronominales, flexivos, as como numerosas diferencias lxicas. Se trata entonces de la misma lengua? La respuesta a esta pregunta, que puede tener repercusiones serias en la poltica social estatal o federal sobre las comunidades, radica ulteriormente en el derecho de sus mismos hablantes de sentirse ms iguales o ms distintos. Por otro lado, tanto las diferencias culturales pero sobre todo las lingsticas apuntan a un origen histrico distinto de las comunidades. Es muy probable que las dos localidades se poblaran con dos grupos otomes distintos venidos en diferente momento a cada una de las zonas, y de distintos lugares. Ewald Hekking (c.p.) y el autor de este libro comparten la hiptesis de que la comunidad de Santiago

    antiguo territorio del Imperio Romano. Por lo tanto el nombramiento de una lengua en este sistema lingstico equivale grosso modo a llamar al espaol romance de Burgos o al francs romance de la Isla de Francia. Cuando en las estadsticas gubernamentales del INEGI se indica que existen alrededor de 200,000 hablantes de lengua indgena otom en la Repblica, realmente se est haciendo un estimado de los hablantes totales de la familia lingstica, de la misma forma que haramos si juntramos todos los hablantes de las lenguas romances.

  • Captulo 1 La lengua y sus hablantes

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    Mexquititln proviene de una migracin de un grupo del Estado de Mxico y que la de SIT proviene de una del estado de Hidalgo, ambas ramas distintas de los otomes que habitaban el antiguo Xilotepec. 11. Las lenguas otomes podemos decir que descienden todas de una lengua unificada a la que se suele denominar proto-otom y que se hablara hace unos 900 aos, en el siglo XII de nuestra era. Los documentos escritos ms antiguos del otom provienen del siglo XVI, y estn escritos en una variante del otom que se conoce como otom antiguo u otom colonial. Para el siglo XVI, no obstante, es esperable que existiera ya una considerable diversificacin dialectal que dara despus fruto a las lenguas y variantes de hoy en da. 12. La proto-lengua de la cual proceden todos los otomes estaba directamente emparentada con la lengua de la que desciende el mazahua hablado en el Estado de Mxico y Michoacn. En realidad el mazahua y algunas lenguas otomes conservadoras se parecen mucho en su estructura. Estas dos lenguas proto-otom y proto-mazahua se derivaron como en el ao 500 de nuestra era de otra anterior que conocemos como el otom-mazahua que se vena hablando durante varios siglos. El otom-mazahua est emparentado a su vez con la madre de las lenguas ocuilteco y matlatzinca. La lengua de la que proceden se denomina otomiano y se estima se podra haber estado hablando mil aos antes de Cristo. El otomiano est emparentado a su vez con la proto-lengua de la cual surgieron el pame y el chichimeca. Esta proto-lengua la llamamos otopame y de nuevo estudios de glotocronologa sugieren que se comenz a diversificar hace unos cinco mil aos aproximadamente. Este estadio de la lengua ancestral se ha intentado reconstruir en Bartholomew (1965). El otopame es ulteriormente el primer grupo escindido del macrofilo otomangue, que es la proto-lengua que dio tambin luz a otras familias lingsticas emparentadas con el otopame, como son el zapoteco, el mixteco, el tlapaneco, el mazateco, etc. Esta protolengua se pudo estar hablando en Mesoamrica hace ms de seis mil aos. Todos estos datos surgen de estudios previos tales como Rench (1976), Kaufmann (1990) y Hopkins (1984), para una revisin de la bibliografa ver Lastra (2006). La historia bosquejada en esta seccin se ilustra en la Figura 1 en la pgina siguiente, adaptada de Kaufmann (2005). 1.4. Del nombre de la lengua. Los hablantes de la lengua otom que se habla en SIT se refieren a ella como hh [h.h ]. Este nombre es un sustantivo derivado del verbo h [ .h] hablar (en) otom, que a su vez es un compuesto relativamente opaco que consta claramente, por un lado, del verbo hablar y por otro del elemento h, que parece ser el reflejo del denominativo antiguo que los otomes se daban a s mismos histricamente (ver 15 ms adelante). El tema verbal h tambin se emplea en conversin como sustantivo para referir a una persona indgena otom. 13. El verbo h designa especficamente el hecho de hablar la lengua nativa; para ello se emplea tambin el verbo hablar con el cltico delimitativo =tho as no ms en la forma tho [o.tho ], que bien podra traducirse como hablar no ms o hablar como es normal.

  • 1.4. El nombre de la lengua

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    Figura 1. Macrofilo otomangue. 14. Por otro lado, todas las variantes otomes tienen un trmino nativo para la lengua relacionado con hh. Se encuentra hho en el otom de Santiago Mexquititln pero hhu en el otom del Valle del Mezquital. En las variantes ms conservadoras como el otom de Santiago Tilapa en el Estado de Mxico se tiene h, yhm en el de Ixtenco en Tlaxcala y yuhuP [ju.hu] en el otom de la Sierra de Veracruz y Puebla. Existen muchas otras formas, que surgen como intentos ms o menos afortunados de dar escritura al nombre de otros dialectos, pero que en la mayora de los casos emplean una escritura asistemtica con un resultado no muy acertado.4 15. Todos estos nombres reflejan variantes de una denominacin histrica reconstruible como la raz *, que los otomes antiguos emplearan tanto para designar su lengua como para identificarse como grupo tnico distinto. sta es la propuesta de Soustelle (1936) y nos parece la ms rigurosa. En Santiago Tilapa se

    4 Aparte de las mencionadas, en el catlogo de lenguas indgenas del INALI se recogen las siguientes: Hia hiu, hiaihiu, hnano, hahu, ah, hh, jia jiu, nao, ahu, hauhu, hh, h, uhu, hotomy, na o, natomi, notomi, oromy, etc.

    Otomangue Occidental Otopame-Chinanteco Otopame Otomiano Otom-mazahua Proto-otom Lenguas otomes Otom de San Ildefonso mazahua Matlatzinca-ocuilteco matlatzinca ocuilteco Pame-Chichimeco pame chichimeco Proto-chinanteco Lenguas chinantecas Tlapaneco-mangue Tlapaneco-subtiaba subtiaba tlapaneco Mangue chiapaneco mangue

    Otomangue Oriental Popoloca-Zapoteco Popolocano mazateco ixcateco chocho popoloca Zapotecano proto-zapoteco Lenguas zapotecas chatino Amuzgo-Mixteco Amuzgo Proto-mixtecano Prot