especies e cultivo plantas carnivoras

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    DOSSI TCNICO

    ESPCIES DE PLANTAS CARNVORAS E O SEU

    CULTIVO

    Eduardo Henrique da Silva F. Matos

    Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnolgico

    CDT/UnB

    agosto

    2012

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    DOSSI TCNICO

    Sumrio

    1 INTRODUO ....................................................................................................................32 OBJETIVO ..........................................................................................................................4

    3 ESPCIES DE PLANTAS CARNVORAS ..........................................................................43.1 Drosera (Droseraceae) Orvalhinha................................................................................53.2 Genlisea (Violeta do Brejo)............................................................................................63.3 Utricularia (Boca-de-leo do banhado).........................................................................83.4 Heliamphore (Saraceniaceae)......................................................................................103.5 Brocchinia.....................................................................................................................113.6 Catopsis ........................................................................................................................12

    4 OUTRAS ESPCIES ........................................................................................................124.1 Ibicella ...........................................................................................................................124.2 Aldrovanda....................................................................................................................134.3 Byblis ............................................................................................................................144.4 Nepenthes.....................................................................................................................144.5 Dionaea .........................................................................................................................174.5.1 Condies de cultivo dionaea......................................................................................20

    5 ARMADILHAS ..................................................................................................................215.1 Armadilha Jaula............................................................................................................215.2 Armadilha de suco ..................................................................................................215.3 Armadilha do tipo folhas colantes..............................................................................215.4 Ascdios ........................................................................................................................22

    6 PROCESSO DIGESTIVO .................................................................................................22

    7 CULTIVO DE PLANTAS CARNVORAS EM RESIDNCIAS...........................................237.1 Substrato ......................................................................................................................237.2 Iluminao ....................................................................................................................237.3 Musgo............................................................................................................................247.4 Umidade ........................................................................................................................247.5 Temperatura..................................................................................................................25

    7.6 Adubao......................................................................................................................257.7 Dormncia.....................................................................................................................257.8 gua ..............................................................................................................................257.8.1 gua da chuva ............................................................................................................257.8.2 gua destilada.............................................................................................................267.8.3 gua da torneira..........................................................................................................267.8.4 Medidor de TDS, funcionamento e utilizao...............................................................277.9 Plantas em vasos .........................................................................................................277.10 Replantio.....................................................................................................................287.11 Como propagar...........................................................................................................28

    8 PESTES E DOENAS ......................................................................................................29

    9 CONSTRUO DE TERRRIO .......................................................................................30CONCLUSES E RECOMENDAES ..............................................................................32REFERNCIAS....................................................................................................................33ANEXO Fornecedores.....................................................................................................34

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    ou os desertos esturricantes da Austrlia.

    Figura 1 Planta carnvora

    Fonte: (AMBIENTE BRASIL, [200-?]).

    Segundo Furst (2011):

    As plantas carnvoras crescem em solos pobres em nutrientes. A maioria, emsolos encharcados (como brejos), de pH baixo (cido), s vezes pedregosos.Falta de nutrientes, especialmente o nitrognio, um fator crtico que limita ocrescimento das plantas de maneira geral. Este problema foi resolvido pelasprimeiras plantas carnvoras que surgiram na Terra, ao desenvolveremmtodos para aprisionar e digerir animais e assim utilizarem-se de suasprotenas (ricas em nitrognio) como fonte de nutrientes. Como sugeremfsseis de plen, isso foi h cerca de 65 milhes de anos.

    Em termos evolutivos, acredita-se que as plantas carnvoras evoluram a partirde plantas que capturavam parasitas para se defenderem deles, como no casodo Plumbago. Os insetos ficavam presos nas glndulas colantes das folhas, ecom o tempo morriam e apodreciam. Em certo ponto, as enzimas quenormalmente realizam a digesto de protenas em sementes teriam sidotransferidas para outras regies da planta, assim se especializando na digestodas pragas capturadas, tornando-se plantas competitivas em solos pobres emnutrientes. Da, as novas carnvoras especializaram suas folhas, distribuindoglndulas colantes por toda sua extenso para melhor capturar as presas. Elasevoluram para atrair presas tambm. (FURST, 2011).

    2 OBJETIVO

    Abordar as espcies de plantas carnvoras, citar sobre as armadilhas, processo digestivo daplanta e orientaes sobre as condies necessrias para o cultivo de plantas carnvoras emresidncias com a construo de terrrio. O objetivo atender profissionais do ramo defloricultura e outros que queiram ingressar no ramo ou que trabalham com paisagismo oujardinagem e saber se existem pesquisar e aplicaes das plantas carnvoras.

    3 ESPCIES DE PLANTAS CARNVORAS

    Segundo Cordeiro (2001) o Brasil o segundo pas do mundo em nmero de espcies. O

    territrio brasileiro rene mais de 80 delas, todas concentradas em seis gneros: Drosera,Genlisea, Utricularia, Heliamphora, Brocchinia e Catopsis (ambos da famlia das bromlias).

    As mais comuns so as Droseras, que se distinguem pela mucilagem, substncia pegajosa

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    que aprisiona insetos voadores. Tanto as Genliseas, tambm chamadas violetas-do-brejo,quanto as Utricularias so, em sua grande maioria, aquticas, com pequenas bolsas quecapturam os protozorios. J as Heliamphoras atraem os insetos com suas cores vivas e nctarperfumado. As bromlias fazem o mesmo, s que com os plos de suas folhas. (CORDEIRO,2001).

    3.1 Drosera (Droseraceae) - Orvalhinha

    Dezenas de espcies fazem parte deste gnero. Elas podem ser divididas informalmente emvrios grupos, por exemplo: pigmias, tuberosas, tropicais australianas, do complexopetiolaris,sul-africanas, sul-americanas, e as demais.

    Praticamente todas as pigmias e as tuberosas so nativas da Austrlia, o centro dediversidade de plantas carnvoras do mundo. No sul da frica tambm h uma flora para estegnero bastante especfica, bem como na Amrica do Sul. As demais espcies so, na maioria,de clima temperado - encontradas no hemisfrio norte. (LABORATRIO DE DINMICA EINSTRUMENTAO - LADIN, 2000).

    Muitas plantas deste gnero crescem em forma de roseta (algumas possuem um caule, emboraa maioria no). Cada folha formada por pecolo e lmina. Na face superior da lmina estopresentes numerosos tentculos, cujas pontas so cobertas por uma substncia pegajosa, amucilagem (reluzente quando vista contra o sol). Na maior parte dos casos, as flores soproduzidas sobre hastes florais, numa altura bastante superior ao do resto da planta (mas hcasos em que as hastes florais so bem curtas ou at mesmo inexistentes).

    As presas so atradas pelo odor de nctar (secretado pelas glndulas presentes nas lminas).A captura se d quando as presas tocam nas pontas dos tentculos: elas ficam grudadas, e, natentativa de se libertarem, acabam encostando em mais tentculos e ficando ainda mais

    presas. Certas espcies so estimuladas pelo toque, realizando uma demorada movimentao(a folha se dobra, para que ainda mais tentculos entrem em contato com o corpo da presa).Por fim, a digesto se d sobre a prpria superfcie da folha. (LADIN, 2000).

    O cultivo da maioria das espcies relativamente simples, sendo necessrio fornecer omximo de luz possvel (caso as plantas no estejam recebendo luz suficiente, perdero acolorao avermelhada), propague por sementes ou folhas. H casos em que pulges infestamhastes florais (incluindo botes, flores, frutos em desenvolvimento) de plantas desse gnero.Podem ser retirados mergulhando a planta em gua ou por remoo manual simplesmente.(LADIN, 2000).

    Figura 2 Espcie do gnero Drosera

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    Fonte: (LADIN, 2000)D. adelaeD. arenicolaD. ascendensD. sp. "Bahia"D. biflora

    D. binataD. binata var. dichotomaD. binata var. multifidaD. brevifoliaD. burkeanaD. burmanniiD. capensisD. capillarisD. cayennensisD. chrysolepisD. sp. "chrysolepis sem caule"

    D. sp. "Cip"D. cistifloraD. colombianaD. communisD. sp. "communis verde"D. sp. "Congonhas"D. sp. "Corumb"D. dichrosepalaD. sp. "Emas"D. sp. "Emas gigante peluda"D. esmeraldaeD. felix

    D. filiformisD. filiformis var. tracyiD. graminifoliaD. graomogolensis

    D. hirtella var. hirtellaD. hirtella var. lutescensD. sp. "hirtella branca"D. hirticalyxD. indica

    D. intermediaD. kaieteurensisD. manniiD. meristocaulisD. menziesii ssp. basifoliaD. montana var. montanaD. montana var. schwackeiD. montana var. tomentosaD. natalensisD. sp. "Neblina"D. nitidula

    D. nitidula ssp. allantostigmaD. oblanceolataD. paucifloraD. proliferaD. roraimaeD. rotundifoliaD. schizandraD. sessilifoliaD. sp. "Shibata"D. spatulataD. tokaiensisD. uniflora

    D. sp. "vermelha achatada"D. villosaD. yutajensis

    Quadro 1 - Lista com as espcies incluindo todas as nativas do Brasil.Fonte (LADIN, 2000)

    Existem muito poucos hbridos dentro deste gnero, quase todos so estreis (no produzemsementes viveis).

    D. hirtella var. lutescens X D. communis

    D. montana var. tomentosa X D. sp. "Emas"

    D. montana var. tomentosa X D. sp. "Emas gigante peluda" D. nitidula ssp. allantostigma X D. ericksoniae

    3.2 Genlisea - Violeta do brejo

    Gnero de espcies pouco comuns, relativamente novas em cultivo. As plantas so nativas daAmrica do Sul (do Brasil para norte), Amrica Central, e frica (ao sul do deserto do Saara).

    Tm muitas caractersticas em comum com Utricularia: podem ser terrestres ou aquticas, as"armadilhas" (folhas modificadas), frgeis, so subterrneas (ou submersas), as folhas crescem

    rente ao solo, no h razes, e a parte ornamental so as flores (produzidas em hastes florais,mais de uma por haste). So zigomorgas, tm dois labelos e espora. A diferena mais notvel

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    est em que o clice formado por cinco spalas (LADIN, 2000).

    Figura 3 Espcie do gnero GenliseaFonte: (LADIN, 2000)

    As folhas (tanto normais quanto subterrneas) so produzidas a partir de um caule, (visvelapenas na G. aurea).

    A armadilha basicamente uma folha dobrada, toda espiralada (dando a impresso de ser umtubo retorcido em formato de saca-rolhas), que a certa altura se divide em duas (como um Y aoinverso). H constante fluxo de gua na armadilha, de baixo para cima. Quando uma presaadentra na armadilha (as folhas so "dobradas", logo, h aberturas nas dobras), ela puxadapara cima junto com a gua (e impedida de nadar para baixo graas plos apontados paracima presentes no interior da armadilha) at o local aonde ocorre a digesto, um bulbo (deonde a gua expelida). Acima do bulbo, h o pecolo, que no oco, e mais fino que o restoda folha. (LADIN, 2000).

    Proteja de luz solar direta, mantenha o substrato bastante mido. Propague por sementes ou,no caso das espcies G. hispidula ou G. violacea, por pedaos das armadilhas ou folhasnormais. As espcies sul-americanas so de mais difcil cultivo. Foram relatados numerososcasos de plantas que morreram sem razo aparente.

    Para efeitos de cultivo, o gnero pode ser dividido em trs grupos:

    (1) G. hispidula, de mais fcil cultivo,

    (2) as espcies da seo Tayloria, composto pelas espcies:

    G. sp. "Canastra"

    G. sp. "Cip"

    G. sp. "Fumaa"

    G. sp. "Gigante"

    G. sp. "bela de Itacambira"

    G. lobata

    G. uncinata

    G. violacea

    (3) as espcies de flores amarelas, de mais difcil cultivo: G. aurea, G. filiformis, G. pygmaea e G. repens.

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    normalmente apenas na base das hastes florais) e vesculas (folhasmodificadas, as armadilhas propriamente ditas). As plantas se fixam ao solo ousubstrato (se terrestre, epfita ou aqutica afixada) atravs dos rizides eestolhos.

    Proteja de luz solar direta, mantenha o substrato encharcado (quanto s

    espcies aquticas, melhor cultiv-las em lagos ou aqurios). A alimentaono um problema, j que no substrato convencional (xaxim, sfagnum, etc.)existem micro-organismos que servem de alimento s plantas. Mantenha asespcies tuberosas (a maioria destas epfita) e as de clima frio (do hemisfrionorte) secas no perodo de dormncia. Note tambm que muitas espcies,entre as quais boa parte das brasileiras, so anuais. (LADIN, 2000).

    Figura 4 Espcie do gnero UtriculariaFonte: (LADIN, 2000)

    A propagao pode ser realizada por sementes, ou simplesmente dividindo a planta (no casodas terrestres, divida o torro do substrato).

    Uma praga que pode atacar espcimes deste gnero so os pulges (eles ficam na superfcieinferior das folhas). Um modo de combat-los deixar a planta infectada imersa em gua porhoras ou at dias, algo que no causa danos elas. Por outro lado, no toleram inseticidasmuito bem.

    AranellaAustralesAvesicariaAvesicarioidesBenjaminia

    CalpidiscaCandolleaChelidonChoristothecaeEnskideFoliosaIperua

    KamienskiaLecticulaLloydiaMartiniaMeionula

    MirabilesNelipusNigrescentesOligocistaOliveriaOrchidioidesPleiochasia

    PhyllariaPolypompholyxPsyllospermaSetiscapellaSprucea

    SteyermarkiaStomoisiaStylothecaTridentariaUtriculariaVesiculina

    Quadro 3 - De acordo Peter Taylor citado por Ladin (2000) as espcies do gnero UtriculariaFonte: (LADIN, 2000)

    Hbridos - U. praelonga X U. hispida

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    U. adpressaU. alpinaU. amethystinaU. arenariaU. aureaU. benjaminianaU. bifidaU. biovularioidesU. blanchetiiU. breviscapaU. caeruleaU. calycifidaU. campbellianaU. sp. "Caraa"U. costataU. cucullata

    U. erectifloraU. flaccidaU. foliosaU. geminilobaU. gibbaU. graminifoliaU. guyanensisU. hispidaU. humboldtiiU. huntiiU. hydrocarpaU. jamesoniana

    U. junceaU. laciniataU. laxaU. lloydiiU. longeciliataU. longifoliaU. meyeriU. myriocista

    U. nanaU. naviculataU. nelumbifoliaU. neottioidesU. nephrophyllaU. nervosaU. nigrescensU. olivaceaU. oliverianaU. parthenopipesU. physocerasU. platensisU. poconensisU. praelongaU. praeteritaU. pubescens

    U. purpureocaeruleaU. pusillaU. quelchiiU. reniformisU. sandersoniiU. sandwithiiU. simulansU. spruceanaU. striatulaU. subulataU. tenuissimaU. trichophylla

    U. tricolorU. tridentataU. trilobaU. uliginosaU. sp. "Veadeiros"U. viscosaU. warmingii

    Quadro 4 - Espcies nativas do Brasil, alm de outras no brasileirasFonte: (LADIN, 2000)

    3.4 Heliamphora - (Sarraceniaceae)

    Aparentemente no produzem enzimas para digerir suas presas, ficando na dependncia daao de bactrias e fungos, que lenta, para absorver os nutrientes. Mas suas folhasaltamente especializadas, ascdios na verdade, no deixam dvidas que so plantascarnvoras. (LADIN, 2000).

    Seu ambiente nativo so os cumes dos montes chamados tepuis, a 2000m de altitude, naVenezuela, Guiana e fronteira com o Brasil.

    Essas plantas tm mais ou menos o aspecto da Sarracenia, mas so, de certa forma,mais "primitivas": no possuem "tampas" nas "nforas" (mas existe uma estrutura

    chamada "colher de nctar"). Assim, as "nforas" so abertas, desprotegidas da gua dachuva (esta escorre para fora facilmente devido estrutura das "nforas). (LADIN, 2000).

    As presas so atradas pelas vivas cores das folhas e pelo odor do nctar, proveniente da

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    "colher de nctar". A captura e digesto so realizadas de forma similar da Sarracenia, excetoque essas plantas no possuem enzimas digestivas, sendo a digesto realizada por bactriasque vivem no lquido das "nforas".

    Figura 5 Espcie do gnero Heliamphora, pico da neblina.Fonte: (LADIN, 2000).

    As heliamphoras devem ser cultivadas em terrrios, com luz artificial forte, precisam deelevados valores de umidade. No uma planta fcil de cultivar porque precisa de condiesde altitude, ou seja temperaturas altas durante o dia (16 C e 27 C) e temperaturas baixasdurante a noite (7 C e 16 C).(CARNVORAS.ORG, 2012).

    Utilizar apenas gua da chuva , gua destilada ou gua desmineralizada.. Solopermanentemente humido, utilizar o metodo do prato com gua por baixo do vaso. Mistura deturfa acida , perlite propores em volume 2 : 1. Nunca usar fertilizantes. Podem ser usadospequenos insetos que caibam nas armadilhas da planta. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    Necessita de muita umidade (e as razes apodrecem se colocar um prato com gua embaixo dovaso), temperaturas inferiores 26C (embora seu habitat seja na linha do equador, estatemperatura nunca ultrapassada, graas grande altitude), ar e gua frescos, e luz solardireta. Alm disso, as folhas so frgeis, quebram-se facilmente; o crescimento lento(especialmente a germinao). (LADIN, 2000).

    Espcies (H. heterodoxa / H. ionasii / H. sp. Neblina / H. nutans / H. tatei / H. tatei var.neblinae)

    Recentemente muitos hbridos foram criados pelo homem. Parece que so mais resistentes altas temperaturas, e portanto de mais fcil cultivo, H. "Midoxa" - (H. minor X H. heterodoxa)

    3.5 Brocchinia

    Das cinco espcies deste gnero de bromlias, apenas a B. reducta, e talvez tambm a B.hectioides possam ser consideradas carnvoras. Ainda no h um consenso, e talvez nuncahaja, se as bromlias so ou no carnvoras.

    Estas so bromlias terrestres comuns no norte da Amrica do Sul, principalmente em volta eno topo dos tepuis do Planalto Guianense, ocorrendo em vegetao esparsa, frequentementeem solo arenoso junto espcies de Heliamphora.

    Sua folha, de cor amarela esverdeado, crescem eretas, formando um reservatrio de gua nointerior da roseta (o que comum entre as bromlias). Os lados interiores das folhas socobertos por minsculos plos que lembram areia branca. Provavelmente so esses plos quecolam os ps dos insetos (estes atrados para as plantas graas reflexo da luz ultra-violeta).

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    Assim, os insetos caem no reservatrio de gua e se afogam. (LADIN, 2000).

    Uma vez que enzimas digestivas no so produzidas por estas plantas, so as bactriasapenas quem decompem as presas, separando os nutrientes que so absorvidos pelas folhas.

    importante dar estas plantas luz solar direta e manter o solo mido - no encharcado.

    Figura 6 Espcie do gnero BrocchiniaFonte: (LADIN, 2000)

    3.6 Catopsis

    Gnero da famlia das bromlias, apenas uma de suas espcies, a C. berteroniana, parece sercarnvora. Nativa desde o sudeste dos Estados Unidos at o sul do Brasil. No estado de SoPaulo, pode ser encontrada nos manguezais da costa.

    Como com a Brocchinia reducta, notou-se que a C. berteroniana fica com grande quantidade deinsetos mortos acumulados no fundo de seu reservatrio de gua. Mais ainda, as folhastambm so amareladas e cobertas de plos brancos como se fosse p, eles supostamentecolam os ps dos insetos e fazem com que eles caiam no lquido abaixo, aonde se afogam eso digeridos por bactrias. (LADIN, 2000).

    Embora seja epfita, a C. berteroniana cresce normalmente em vegetao aberta, e portantoaprecia grande quantidade de luz.

    4 OUTRAS ESPCIES

    4.1 Ibicella (Martyniaceae)

    Tanto o gnero Ibicella quanto Proboscidea contm espcies cujas plantas so totalmentecobertas por milhes de plos glandulares colantes. Os insetos so aprisionados nas folhas daI. lutea.

    Mesmo assim, quase certo que nenhum dos membros desta famlia digere suas presas pormeio de enzimas digestivas, ou seja, seus plos glandulares so utilizados para proteo ououtros propsitos no-carnvoros. Essas plantas herbceas so de aparncia normal.Indivduos de maior tamanho bem lembram pequenas abboras.

    A caracterstica que mais impressiona nessa famlia so seus frutos: possuem dois longosapndices nas pontas que mais parecem "garras", provavelmente destinados a se prender em

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    animais, e assim, serem transportadas para longe, espalhando as sementes. (LADIN, 2000).

    As espcies da famlia Martyniaceae podem ser cultivadas em solo normal, ao invs do solodesprovido de nutrientes que tpico entre as plantas carnvoras. Deve-se manter o solo demeio mido a seco. As plantas devem ser cultivadas sob luz solar direta. (LADIN, 2000)

    Figura 7 Espcie do gnero IbicellaFonte: (LADIN, 2000).

    4.2Aldrovanda

    Este gnero contm uma nica espcie, aA. vesiculosa, encontrada em regies dispersas daEuropa, sia, Austrlia e frica. Planta aqutica, no possui razes. Consiste basicamente deum caule ao qual so afixadas as folhas, em grupos de cinco. Na ponta de cada folha, h uma

    diminuta armadilha.

    As armadilhas so muito similares s da Dionaea, na morfologia e no funcionamento. Asdiferenas mais notveis so o muito reduzido tamanho das armadilhas daAldrovanda em vistado tamanho das armadilhas da Dionaea e a presena de uma enorme quantidade de gatilhosno interior dos lbulos. (LADIN, 2000).

    As presas so basicamente micro-organismos aquticos, dfnias e pulgas-d'gua. Parasobreviver aos rigorosos invernos das regies de clima temperado, aAldrovanda reduz-se umbroto vegetativo compactado chamado de "turio", que desce ao fundo dos lagos aonde cresce,evitando assim ser congelada.

    Segundo Laboratrio de Dinmica e Instrumentao (2000), no uma planta fcil de manter-se em condies artificiais, e portanto rara em cultivo:

    Por ser aqutica, deve ser cultivada em algum tipo de recipiente cheio de gua,de preferncia um recipiente de grande tamanho, para ajudar a diminuir asflutuaes de temperatura.Um problema comum no cultivo o acmulo dealgas, que podem sufocar a planta. Para se evitar tal problema deve-se mantera gua bastante cida, via por exemplo adicionando feixes de grama seca gua: sua decomposio libera o cido tannico, tornando a gua cor de ch.

    A maioria das plantas cultivadas desta espcie vem de regies de climatemperado, assim elas necessitam de dormncia, o que dificulta ainda mais o

    cultivo em pases tropicais como o Brasil. Infelizmente as "formas tropicais"desta espcie (que crescem como perenes, ideais para o Brasil) ainda somuito raras em cultivo. (LADIN, 2000).

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    4.3 Byblis

    Fazem parte deste gnero cinco espcies: a perene B. gigantea, nativa do sudoesteaustraliano, e as anuais B. aquatica, B. filifolia, B. liniflora e B. rorida, nativas do norteaustraliano. Ainda no se sabe ao certo se as espcies de Byblis produzem ou no enzimas

    digestivas.Segundo Laboratrio de Dinmica e Instrumentao (2000) as espcies deste gnero possuem:

    Numerosas folhas filiformes distribudas em um caule fino. Toda a planta coberta por plos glandulares imveis, no s as folhas e caule, mas tambmas hastes florais (que so praticamente indistinguveis das folhas).

    Propagao via sementes um processo difcil: deve-se tratar as sementescom fogo ou banh-las em hormnios (cido giberlico). Exceto pela B.gigantea, todas as espcies do gnero so anuais, portanto, em cultivo, deve-se continuamente coletar sementes para ter plantas no prximo ano (se bemque podem sobreviver mais de um ano se mantidas em condies favorveis).

    Infelizmente a polinizao e obteno das sementes nem sempre fcil,principalmente em locais de alta umidade, o que faz com que as anteras noliberem o plen.

    A espcie de mais fcil cultivo a B. liniflora, que normalmente se poliniza porsi prpria e produz abundante quantidade de sementes. A espcie de maisdifcil cultivo a B. gigantea, que facilmente morre se o solo no tiver boadrenagem e for mantido mido. (LADIN, 2000)

    No se recomenda transplantar espcies de Byblis, exceto logo aps a germinao.

    4.4 Nepenthes

    Cultivadas h muito tempo, so as plantas deste gnero umas das mais famosas entre ascarnvoras. So mais de 80 espcies espalhadas principalmente pelas ilhas do sudesteasitico, alm de algumas poucas localidades no norte da Austrlia, China, ndia, Ceilo, ilhasde Madagascar, Nova Calednia e Seychelles. Existem tambm muitos hbridos, a maioriacriada pelo homem. (LADIN, 2000).

    Este gnero o nico das carnvoras cujos espcimes formam florescncias somente machoou somente fmea. Logo, a polinizao s pode ser realizada com duas plantas de diferentessexos florescendo ao mesmo tempo.

    Seu habitat vai desde florestas (de alta precipitao) at campos abertos (algumas espcies).So encontradas desde o nvel do mar at mais de 3000m de altitude; quanto a esse aspecto,as espcies deste gnero foram divididas em dois grupos: (1) as de pequena altitude (do nveldo mar at 1000m) e (2) as de grande altitude (acima de 1000m). Mas h espcies quecrescem em locais desde o nvel do mar at mais de 2000m, podendo ser classificadas tantocomo de pequenas altitudes como de grandes altitudes (por exemplo: N. alata, N. maxima,etc.). (LADIN, 2000).

    As plantas desse gnero consistem, basicamente, de um (com o tempo, crescem outroslaterais) caule (que pode alcanar at 15m ou mais de altura) repleto de folhas, cujas pontaspossuem estruturas modificadas parecidas com "jarros" (chamadas de ascdios).

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    Figura 8 - Planta carnvora de NepenthesFonte: (BBC BRASIL, 2009).

    So os "jarros" que atraem, capturam e digerem as presas. Seu tamanho varia de pequenos 4cm (N. gracilis) at imensos 50 cm (N. rajah) de altura, sendo capaz de capturar presas do

    tamanho de at pssaros. Como no gnero Sarracenia, os "jarros" possuem uma espcie de"tampa" (oprculo), imvel, para proteger o lquido digestivo (presente em seu interior) da guada chuva. So os "jarros" a parte ornamental da planta, de diversos formatos e combinaes decores (cada planta forma dois tipos diferentes de "jarros": os "inferiores", destinados capturarpresas que escalam a planta, e os "superiores", destinados a capturar presas voadoras).(LADIN, 2000).

    A atrao das presas se d graas glndulas de nctar presentes no interior dos "jarros",aliado s vivas cores destes. Tendo a presa entrado no "jarro", ela dificilmente conseguemanter o equilbrio; cai no lquido digestivo e sua morte apressada com substnciassecretadas pela planta (alm das enzimas digestivas).

    Por ser este um gnero com tantas espcies, nem todas obedecem s mesmas regras. O quevale para todas, no entanto, a necessidade de um alto teor de umidade, algo em torno de75% ou mais (para que os "jarros" sejam formados), tornando-as ideais para terrrios (aomenos, elas so bem resistentes contra os fungos). Algumas espcies, as mais fceis (N. alata,N. gracilis, N. mirabilis, etc.), no necessitam de tanta umidade. (LADIN, 2000).

    De preferncia no usar o mtodo do prato com gua por baixo, recomendado regar o solopor cima e deixar escorrer o excesso de gua, mas usando este mtodo necessrio algumcuidado para no deixar o solo secar, no caso do prato com gua por baixo convm colocarpouca gua e deixar desaparecer totalmente antes de acrescentar mais. Se for possvel borrifaras folhas regularmente, principalmente se no estiverem dentro de terrrios ou locais bastantemidos. Se as folhas crescerem mas no desenvolverem armadilhas a causa mais comum falta de umidade , embora a temperatura demasiado baixa tambm possa provocar o mesmosintoma. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    Ao replantar, tome cuidado para no danificar as razes, pois estas so muito frgeis. Apropagao pode ser realizada via sementes (embora possa ser difcil conseguir um espcimemacho e um fmea florescendo ao mesmo tempo), ou por estacas (mantenha alta umidadepara maior taxa de sucesso).

    Podem ser divididas em 2 grupos:

    Highland (terras altas):

    Precisam de que exista uma diferena significativa da temperatura entre o dia e a noite. Dia: recomendado 21 C, max 27 C

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    Noite: recomendado abaixo de 16 C, min 10 C. Temperaturas mais baixas podem matar as plantas.

    Lowland (terras baixas):

    Precisam de uma temperatura elevada e mais ou menos estvel durante as 24h do dia. Dia: recomendado 27 C, max 32 C. Noite: recomendado 21 C, min 16 C. Temperaturas mais baixas podem matar as plantas. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    Figura 9 Planta carnvora NepenthesFonte: (AMBIENTE BRASIL, [200-?]).

    Espcies como N. alata, N. maxima, entre outras, podem ser submetidas faixa de 10 a 29C,pois so encontradas desde o nvel do mar at mais de 2000m. (LADIN, 2000).

    Segundo Laboratrio de Dinmica e Instrumentao (2000) as espcies deste gnero so:

    N. alata

    A espcie mais comum, tambm uma das mais resistentes. capaz de formar "jarros" mesmoem pouca umidade.

    N. ampullaria

    Diferentemente das outras espcies, no forma caules que escalam, crescendo apoiada nosolo. As "tampas" dos "jarros" so muito pequenas (no h a necessidade de proteger-se dagua da chuva, pois cresce em florestas densas, abaixo de muitas rvores).

    N. benstonei

    N. fusca

    N. gracilis

    Adequada para pequenos espaos, j que no desenvolve grande tamanho, ao contrrio das

    demais espcies.

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    N. gracillima

    N. macfarlanei

    N. maxima

    H vrias formas desta espcie, cujo cultivo no apresenta grandes dificuldades (toleradiversas faixas de temperatura).

    N. mirabilis

    N. rafflesiana

    Forma belos "jarros" com muitas manchas coloridas. H diversas formas diferentes.

    N. rajah

    A mais famosa de todas as Nepenthes, tambm uma das maiores: um nico "jarro" podealcanar tamanho de at 50 cm ! uma espcie de lento crescimento, entretanto.

    N. reinwardtiana

    Possui uma caracterstica nica: duas manchas interiores aos "jarros", localizadas de tal formaque do a impresso de serem olhos.Cultivo: manter a temperatura sempre alta.

    N. ventricosa

    Parece necessitar de um pouco mais de luz que as outras, mas no to exigente quando umidade

    Existem muitos hbridos, alguns naturais, outros criados artificialmente. Na maioria so de fcilcultivo e bastante resistentes.

    N. "Mixta" - (N. northiana X N. maxima) N. khasiana X N. ventricosa (LADIN, 2000)

    4.5 Dionaea

    H somente uma espcie nesse gnero, a Dionaea muscipula, nativa de pntanos da planciecosteira dos estados North Carolina e South Carolina, EUA. Embora sua extenso na naturezaseja bem pequena, a planta carnvora mais famosa e mais comum em cultivo dentre todas.Isso deve-se ao seu aspecto bem "carnvoro" de suas armadilhas. (LADIN, 2000).

    A planta cresce em forma de roseta. Cada roseta constituda de um curto pecolo, e, noextremo, a armadilha: dois lbulos conectados pela veia central, providos de numerosasprojees nas bordas, como se fossem dentes. Em cada lbulo h trs pontiagudos "gatilhos".(LADIN, 2000).

    O habitat natural um solo cido (Ph entre 3 e 5) o clima quente e mido com temperaturas

    no vero variveis 9C e 30C, no inverno a temperatura chega os 7C negativos.(CARNVORAS.ORG, 2012).

    As presas so atradas pelo odor do nctar secretado por minsculas e numerosas glndulas,

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    presentes em maior quantidade na superfcie interna da armadilha. Quando sugando o nctar, difcil no tocar nos "gatilhos".

    Para que a armadilha seja acionada, um mesmo "gatilho" deve ser estimulado duas vezes numcurto perodo, ou dois diferentes acionados uma vez cada, tambm num curto perodo detempo. Ento os lbulos se fecham sobre a presa em questo de dcimos de segundo (se aplanta no estiver muito saudvel, este tempo poder ser bem grande, impossibilitando acaptura). Do modo como se fecham, os clios se entrecruzam, formando uma espcie de jaula,da qual a presa no consegue escapar. (LADIN, 2000).

    Se nada foi capturado, ter incio o processo de reabertura (leva uns dois dias,aproximadamente) que, muitas vezes, dispende grande quantidade de energia. Aobrigatoriedade de dois estmulos ajuda a evitar que as armadilhas se fechem toa. Mas sealgo foi capturado, a presa tenta forar a sada: ela se mexe mais e mais, estimulando aindamais os gatilhos. Por isso, os lbulos so fortemente pressionados um contra o outro, em todasua extenso (antes, apenas as bordas se encostavam). Neste processo, a presaeventualmente morre esmagada. Da, criado um ambiente hermeticamente fechado; as

    enzimas digestivas so lanadas sobre a presa e d-se incio ao processo digestivo. (LADIN,2000).

    Figura 10 Armadilha da espcie do gnero Dionaea,Fonte: (CARNVORAS.ORG, 2012).

    Dependendo do tamanho da presa captura, a armadilha permanece fechada at 10 dias, epode at morrer se a presa for muito grande. Terminadas a digesto e a absoro dosnutrientes, a armadilha reabre, revelando restos no digeridos da presa - geralmente a carcaa;resta ao vento ou chuva fazer seu papel de levar embora estes restos.

    Somente depois de algum tempo a armadilha volta a ficar ativa. A reabertura um processo

    lento, durante o qual os "gatilhos" permanecem desativados. Na verdade, a reabertura dependedo crescimento, ao contrrio do fechamento que extremamente rpido por envolver processosmecnicos (funciona graas diferenas de presso da gua presente no interior dos lbulos).

    Cada armadilha tem um perodo de vida limitado. Estima-se que seja capaz de capturar edigerir no mximo trs presas, ento ela apodrece e morre. Se eventualmente capturar umapresa grande, esta pode ser a sua nica. Novas armadilhas esto sempre sendo formadasconforme a planta cresce. (LADIN, 2000).

    Detalhe dos sensores que detectam a presena dos insectos dentro das folhas. Para fechar aarmadilha um dos sensores tem de ser tocado duas vezes dentro de um periodo de 20

    segundos, isto faz da dionaea a nica planta que sabe contar. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    A D. muscipula aprecia luz solar direta. Quanto mais luz receber, mais saudvel e avermelhadaa planta ser. O solo deve ser mantido constantemente mido at encharcado, o ano todo.

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    Esta espcie necessita de dormncia fria de alguns meses no inverno, o que dificulta seucultivo em regies prximas ao Equador. Com a chegada da dormncia, as novas folhas ficambastante reduzidas em tamanho, e o crescimento pode parar por completo.Na primavera elavolta a crescer, as novas armadilhas so cada vez maiores, e a planta forma uma haste floral.Normalmente recomenda-se arrancar a haste floral antes que ela se desenvolva, pois ela drenamuita energia da planta, enfraquecendo-a e at deixando-a com pssimo aspecto no vero.(LADIN, 2000).

    As flores, brancas, so numerosas. Mas as sementes normalmente levam anos paraamadurecer, de forma que muito mais fcil propagar esta planta por meios assexuados, comopor exemplo, por cortes de folhas.

    Como com Drosera, quando retirar uma folha para propagao, recomenda-se retirar a folhapor completo, isto , incluindo todo a base branca, suculenta, do pecolo. Plante a folha sobresubstrato mido (por exemplo musgo Sphagnum), em local mais ou menos sombreado, sem luzsolar direta. Algum tipo de tampa (por exemplo, plstico) em cima da folha ajuda a bloquearparte da luz solar, bem como a manter a umidade elevada. A melhor poca para realizar esse

    tipo de propagao no incio da primavera, quando o crescimento est se reiniciando. (LADIN,2000).

    Outro meio de propagao assexuada por diviso do rizoma.

    Conforme as armadilhas forem morrendo, recomendado que se arranque as partes mortas daplanta, para evitar que pestes comecem a atac-la. Frutos em desenvolvimento tambm somuito suscetveis infestaes.

    Uma praga que comumente ataca essa espcie (quando no cultivada de acordo com suasnecessidades) so os pulges, presentes inicialmente na superfcie inferior dos pecolos, mas

    com o tempo avanam para as lminas. Eles podem ser removidos mantendo-se a plantasubmergida num balde de gua por horas, afogando-os; ou ento aplicando, com as devidasprecaues, algum tipo de inseticida, por exemplo, os de frmula Diazinon. (LADIN, 2000).

    Embora exista uma nica espcie neste gnero, algumas formas foram desenvolvidas emcultivo e esto se tornando cada vez mais comuns. Duas formas bastante populares so acompletamente vermelha e a dentada (aonde os "dentes" das armadilhas - ou clios - sobastante curtos, triangulares). (LADIN, 2000).

    Figura 11 Espcie do gnero Dionaea

    Fonte (LADIN, 2000)

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    4.5.1 Condies de cultivo da Dionaea

    De acordo com Regueira (2007) as plantas carnvoras so plantas de fcil cultivo e a grandemaioria destas espcies so muito resistentes e podem ser cultivadas facilmente em casa.

    TemperaturasVero :O clima de vero em Portugal adequado.No exceder 40 CSolo permanentemente humido, utilizar o metodo do prato com gua por baixo do vaso

    Inverno :Abaixo de 15 CNo to humido como no vero mas nunca deixar secar completamente,esperar que a gua doprato desaparea antes de colocar mais.

    Luminosidade - Sol direto.

    guaUtilizar gua da chuva , gua destilada ou desmineralizada. (CARNVORAS.ORG, 2012):

    Segundo Meeker-o'connell ([200-?]) a regra bsica para o cultivo da dionia mimetizar ascondies em que elas normalmente se desenvolvem. Isso significa que devem ficar em umambiente que oferea:

    Umidade - Deve-se levar em considerao o clima. Em regio mida, como ostrpicos ou o Norte e Sudeste do Brasil, provavelmente pode cultivar essasplantas em um simples vaso.

    Adubao - A dionia cresce somente at cerca de 7,5 cm de altura, comcerca de 4 a 8 armadilhas por planta. A planta evoluiu para sobreviver emambientes pobres em nutrientes. Mistura de musgos e areia com um contedode nutrientes similar ao encontrado no pntano. (MEEKER-O'CONNELL ([200-?]).

    DormenciaNecessita de um periodo de dormencia (Inverno), ou seja precisa de ter alguns meses de friopara descansar , quando a primavera regressa a planta volta a crescer com toda a energia, ono respeito por este periodo pode levar lentamente morte da planta. (CARNVORAS.ORG,2012).

    AlimentaoSe a planta for cultivada em um terrrio ou dentro de casa, onde no haja um farto suprimentode aranhas, moscas. A alimentao mensal de dois ou trs pequenos insetos (ex:moscadomstica). Se sua planta no estiver do lado de fora de casa, a limpeza deve sermanualmente, pois sem chuva e vento para ajudar na disperso, o exoesqueleto, pode no sertotalmente removido da armadilha. (MEEKER-O'CONNELL, [200-?]).

    O ideal deixar a planta em paz, se tiver acesso ao exterior ( pode ser numa janela ) elaconsegue "caar" sozinha,mesmo no interior h sempre uma mosca ou um mosquito que temazar, mas sempre divertido apanhar algum bicharoco e dar-lhe a comer , mas neste caso preciso ter ateno ao seguinte pormenor , s alimentar com insectos vivos , o tamanho idealdo insecto deve ser menor que 1/3 do tamanho da armadilha para que no aja o perigo daarmadilha apodrecer durante a digesto. (CARNVORAS.ORG, 2012):

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    Variantes (cultivares)Existem vrias variantes de dionea, umas distinguem se pelas cores que apresentam, outraspelas diferenas nas formas das armadilhas. (CARNVORAS.ORG, 2012):

    Sementes

    Para obter germinao destas sementes basta coloca-las na superfcie do solo mido sem asenterrar e esperar algumas semanas considera-se a temperatura ideal para germinao entre20 C e 25 C , com umidade elevada. A rega deve ser feita pelo mtodo do prato com gua porbaixo do vaso. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    5 ARMADILHAS

    Segundo Ambiente Brasil ([200-?]) para capturar suas presas, elas precisam de estratgiaspara atrair as presas s suas armadilhas, as cores vivas e odor de nctar, enquanto outrasaproveitam-se de padres de luz ultravioleta de suas armadilhas para atrair insetos voadores.Ainda, certas espcies dos gneros Byblis e Drosera, usam a luz refletida pelas numerosasgotculas de mucilagem presentes nas suas armadilhas como mecanismo de atrao.

    5.1 Armadilha Jaula

    Presente em espcies de (Dionaea eAldrovanda) so constitudas de folhas modificadas emduas metades com gatilhos no interior. Quando os gatilhos so tocados por presas potenciais,as metades da folha se fecham em fraes de segundo, esmagando a presa e digerindo-a.(AMBIENTE BRASIL, [200-?]).

    Ao contrrio do que muitas pessoas pensam estas enzimas proteolticas so inofensivas pelehumana e aos animais de mdio e grande porte. Esse tipo de armadilha encontrada naDionia (Dionaea) que se alimenta principalmente de aranhas, moscas, largatas, grilos, lesmas,

    entre outros. As dionias conseguem diferenciar insetos e dentritos no comestveis quepossam cair em sua armadilha atravs dos plos sensitivos. Objetos inanimados como pedrase galhos quando caem nas folhas abertas das dionias no se movimentam, portanto, nodispararo os pelos sensitivos das plantas. O animal capturado ingerido pelas glndulasdigestivas da folha durante 5 a 15 dias. (MARTINEZ, 2009).

    5.2 Armadilha de suco

    So utilizadas por todas as espcies de Utricularia. De pequenas vesculas, cada qual com umadiminuta entrada cercada por gatilhos que, quando estimulados, provocam a abertura destaentrada. Devido diferena de presso entre o interior e o exterior da vescula, quando a

    entrada repentinamente aberta, tudo ao redor sugado para dentro, incluindo a presa queestimulou o gatilho. (AMBIENTE BRASIL, [200-?]).

    5.3 Armadilhas do tipo folhas colantes

    So as mais simples, constitudas, basicamente, por glndulas colantes espalhadas pelasfolhas ou at pela planta toda. As presas so, na maioria, pequenos insetos voadores. Essetipo de armadilha encontrado em Byblis, Drosera, Drosophyllum, Ibicella e Triphyophyllum.(AMBIENTE BRASIL, [200-?]).

    Dentre estas, a Drosera apresenta movimento nas glndulas, s vezes na folha toda,enrolando-se sobre a presa para colocar mais superfcie em contato com ela, de forma a ajudara digesto e a subseqente absoro. Com folhas de 2 a 35 centmetros, com longos plosglandulares, semelhantes a tentculos que segregam lquido pegajoso, brilhante e com odor denctar, elas se curvam para prender os insetos e raramente reagem a um movimento que no

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    7 CULTIVO DE PLANTAS CARNVORAS EM RESIDNCIAS

    Segundo Ladin (2000) a maior parte das espcies no apresenta grande dificuldades no cultivo,basta fornecer s plantas:

    Substrato; Iluminao; Musgo; Umidade; Temperatura; Adubao; Dormncia; gua;

    Outras, no entanto (ditas "difceis"), necessitam de condies muito diferentes das disponveisno local (pode ser difcil fornecer tais condies, ou melhor, muito custoso), ou so muitosuscetveis ataques de pestes ou doenas. (LADIN, 2000).

    7.1 Substrato

    O solo deve ser basicamente pobre em nutrientes, de pH baixo (cido) exceto por algumasespcies de Pinguicula (necessitam de pH alto). Os principais componentes para o preparo dosolo (utilizados no Brasil) so: p de xaxim, musgo (do gnero Sphagnum) e areia. H os queutilizam p de xaxim e musgo na proporo 1/2:1/2; outros, utilizam os trs componentes, numaproporo 1/3:1/3:1/3 (a areia melhora a drenagem do solo, tornando este mais prximo ao tipode solo natural em que algumas carnvoras crescem). (LADIN, 2000)

    Estes ingredientes so basicamente neutros em termos de nutrientes e os dois primeirosacidificam o meio (e.g., o xaxim utilizado pelos aquarofilistas para acidificar a gua deaqurios que contenham peixes de guas cidas). A areia deve ser de rio e no do mar (estaltima contm muitos sais, prejudiciais s carnvoras). Lave bem at que a gua de lavagemfique de cor clara. (LADIN, 2000)

    Com o passar do tempo (dois ou trs anos), o musgo se decompe, sendo necessrio oreplantio em um substrato novo. Em alguns casos, determinados componentes podem (oudevem) ser adicionados (carvo vegetal, vermiculita, etc.) para melhorar a drenagem ou areteno de gua do meio. No plante as carnvoras em compostos previamente adubados, etambm no as plante em terra.

    7.2 Iluminao

    A plantas carnvoras necessita de muita luz, luz solar direta, o dia todo (algumas excees:Utricularia e Nepenthes). Um sinal de que as plantas no esto recebendo luz suficiente aperda de sua colorao vermelha (no caso da Dionaea, e Drosera, etc.).

    No mude as plantas de um lugar meia-sombra para outro sob luz solar diretarepentinamente (mesmo que sejam plantas de muita luz), isto pode provocar danos (e morte) elas. Faa-o gradualmente, expondo-as intensidade de luz cada vez maiores (pois, uma vezque ficaram meia-sombra, acostumaram-se com essa intensidade de luz). (LADIN, 2000)

    Em certos casos no possvel fornecer s plantas luz forte o dia inteiro (quem mora emapartamento). Uma soluo possvel (embora um pouco dispendiosa) cultivar as plantas emum terrrio usando iluminao artificial (lmpadas fluorescentes, pois as incandescentesconsomem muita energia, grande parte dispendida em forma de calor). (LADIN, 2000)

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    7.3 Musgo

    A principal caracterstica desta espcie de musgo a sua extraordinria capacidade de retergua, chegando a atingir valores de 20 vezes o seu prprio peso em gua.

    muito utilizado no cultivo de plantas carnvoras quer seja como componente do solo, ou comocobertura na superfcie dos vasos, sendo que neste caso tem duas funes principais, umafuno esttica, tornando o conjunto mais agradvel, e uma funo umidificadora em que pelasua capacidade de armazenamento de gua ajuda a manter um ambiente mais mido para aplanta desse vaso. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    Figura 12 MusgoFonte: (CARNVORAS.ORG, 2012).

    O musgo pode ser cultivado para uso posterior, as condies necessrias so locais muitoiluminados, sem sol direto e temperaturas no muito elevadas (abaixo dos 25C de

    preferncia). No necessrio usar solo, basta um recipiente largo e raso e um ou doiscentmetros de gua. Para melhores resultados e principalmente se for para usar para o cultivodas plantas carnvoras usar gua destilada. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    7.4 Umidade

    Quase todas as plantas carnvoras necessitam de ambientes bastante midos para cresceremAlgumas, como certas espcies de Nepenthes, necessitam de umidade quase 100%%. O ideal que essas plantas fiquem em estufas, aonde a umidade maior. Felizmente, nem todasexigem uma estufa ou terrrio, podendo ser cultivadas no quintal de casa (mas proteja-as deventos fortes). (LADIN, 2000)

    Um modo de se aumentar a umidade usar o musgo Sphagnum no substrato da planta. Este, etambm o p de xaxim, demoram muito a secar aps terem sido regados, conservando aumidade por mais tempo.

    Para algumas plantas (por exemplo, a Dionaea, vrias espcies de Drosera, Sarracenia, etc.) imprescindvel que se coloque embaixo do vaso um prato cheio de gua (coloque o musgojunto, para evitar eventuais problemas de proliferao de mosquitos). Outras (por exemplo, asNepenthes), no entanto, tero suas razes apodrecidas (e a planta morrer, depois) se tal forfeito. (LADIN, 2000)

    Muitas espcies de plantas carnvoras "descansam" no inverno, nessa poca, a umidade deveser diminuda, deve-se regar menos, como se faz com as plantas ornamentais em geral.

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    7.5 Temperatura

    A faixa de temperaturas qual as plantas podem ser expostas varia muito conforme a espcie.De modo geral, as que crescem em maiores altitudes toleram (e/ou preferem) temperaturasinferiores s das plantas que crescem em pequenas altitudes.

    Como muitas espcies de carnvoras necessitam do mximo de luz possvel, faz-se necessriodeix-las ao sol. Contudo, a temperatura do substrato pode elevar drasticamente, e algumas(poucas) espcies necessitam de razes resfriadas (por exemplo, a Darlingtonia). Logo, torna-se necessrio (embora possa no ser suficiente) usar vasos de plstico, deixar os vasos aonvel do solo (onde, normalmente, a temperatura menor). (LADIN, 2000)

    No inverno, com o decrscimo da temperatura e do perodo de exposio luz, muitasespcies passam a hibernar" ou entram em estado de "dormncia". Nessa poca, podeacontecer: (a) a velocidade de crescimento diminui, ou (b) a planta para de crescer, ou (c) aplanta "morre", sobrando apenas um hibernculo (do qual ela "renascer" na primavera), muitasespcies no toleram temperaturas muito baixas no inverno (principalmente geadas), e outras

    no toleram temperaturas superiores 40C. (LADIN, 2000)7.6 Adubao

    Jamais adube as plantas carnvoras. Elas so naturais de ambientes pobres em nutrientes,onde evoluram por milhares de anos at chegar a seu estado atual. Adub-las pode significarenvenen-las. Caso deseje adub-las, alimente-as com insetos (essa a fonte de nutrientes).Certas espcies se beneficiam de insetos vivos (pois a tentativa de fuga destes ajuda noprocesso de captura). (LADIN, 2000).

    7.7 Dormncia

    Muitas plantas, aps crescerem o ano todo, passam por um perodo de descanso a quechamamos de dormncia. Geralmente, essa poca o inverno, embora algumas espcies"descansem" no vero.

    Nesse perodo as regas devem ser diminudas, para evitar apodrecimento das razes (econsequente morte da planta toda). Das espcies que tm dormncia no inverno, algumas sereduzem estruturas especiais (chamadas de hibernculo), pois o frio de seu habitat natural suficiente para mat-las. (LADIN, 2000).

    Embora certas espcies no necessitem de um "descanso" anual, para outras tal indispensvel (pode-se tentar dois anos ininterruptos de crescimento num terrrio, mas apsesse tempo a planta esgota-se e morre). Se as cultiva no quintal de casa, a natureza se

    encarregar de coloc-las em estado de dormncia. Aps esse perodo, as plantas voltam acrescer com vigor redobrado. Uma boa indicao de que elas "descansaram" bem oflorescimento vigoroso (geralmente na primavera ou vero). (LADIN, 2000).

    7.8 gua

    Todas as plantas deviam ser regadas com gua da chuva ou gua destilada, para reproduzir ascondies que elas obtm na natureza.

    Para regar as plantas com segurana, tm-se vrias hipteses, a escolha depende de vrioscondicionantes determinados pela situao especifica de cada um.

    7.8.1 gua da chuva, atravs de recolha e armazenamento

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    Quem possui condies (espao) pode fazer a recolha de gua da chuva e armazenar parautilizao posterior, dependendo do nmero de plantas a regar isto pode ser mais ou menosfcil de praticar. Exemplo, possui apenas tenha 3 ou 4 plantas pode colocar uns baldes numlocal exterior quando chove e assim ir recolhendo gua para regar e para armazenar num outrorecipiente maior que depois utiliza quando precisa de regar em alturas do ano que haja menosprecipitao (vero). (CARNVORAS.ORG, 2012).

    Um pequeno detalhe, ter em conta que ao ler esta descrio algumas pessoas vo pensarimediatamente em recolher a gua que escorre do telhado, isso no o ideal, pois os telhadosficam com muita sujidade nas alturas em que no chove, por acumulao de poeiras e terra epode no ser a melhor opo, pelo menos para as primeiras chuvas, em pocas do ano em quea chuva seja mais continua os telhados esto limpos e ento esta opo vivel, mas convmsempre testar a gua com um medidor de TDS para ter a certeza que a quantidade decompostos dissolvidos na gua aceitvel. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    As vantagens da gua da chuva que o mtodo mais econmico de obter gua para regar,as desvantagens prendem-se com a maior ou menor dificuldade que se possa ter na sua

    recolha e armazenamento visto que na altura que chove menos quando necessria umamaior quantidade de gua.

    7.8.2 gua destilada comprada no comrcio

    Pode-se adquirir gua destilada perfeitamente adequada para regar plantas nos mais variadoslocais de comrcio, visto que a gua destilada utilizada para muitos fins, por exemplo:nas baterias dos automveis, nos ferros de engomar a vapor, nos estdios de fotografia, emaqurios, em laboratrios. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    As vantagens da gua destilada comprada nestes estabelecimentos a facilidade de adquirir a

    quantidade necessria em qualquer momento do ano, a desvantagem o seu preo, quedependendo do numero de plantas pode tornar-se elevado. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    7.8.3 gua da torneira, diretamente ou tratada por sistemas de osmose inversa

    A gua da torneira em termos de facilidade e simplicidade a melhor maneira de regar asplantas, mas isso apenas quando a sua utilizao direta possvel, o que na maioria dos casosno acontece.

    Para certificar da pureza da gua da torneira deve-se recorrer a um medidor de TDS quepermite de uma forma rpida avaliar a gua que tem disponvel, para as plantas carnvorasconsidera-se como mximo admissvel um valor de 80 ppm, o ideal o valor zero (valor dagua destilada), quanto maior for o valor (abaixo de 80 ppm) significa que vai existiracumulao de compostos no solo consequentemente para as plantas se manterem saudveisdurante longos perodos vai ser necessrio um maior numero de transplantes para renovar osolo. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    Segundo Carnvoras.org (2012):

    No caso de valores superiores a 80 ppm, a gua no pode ser utilizadadiretamente, devendo ser utilizado um sistema de osmose inversa, estessistemas so constitudos por vrias etapas de filtragem em menor ou maiornmero dependendo da qualidade do sistema.

    Exemplo de sistema tpico, ter em conta que dependendo dacomplexidade/qualidade do sistema pode haver mais ou menos etapas , masexemplifica o que deve estar presente como mnimo.A gua entra inicialmente

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    no filtro de sedimentos , onde so filtradas as partculas em suspenso(pequenos pedaos de matria orgnica ou mineral) , este filtro indispensvelpara proteo dos filtros que se seguem , o filtro de carvo retira vrioscompostos entre eles o cloro da gua , finalmente a membrana faz o trabalhofinal e mais difcil de separar as molculas de gua dos outros compostos quese encontram dissolvidos.

    Cada uma das etapas descrita pode conter mais ou menos filtros mas oobjetivo mantm-se.No final temos duas sadas de gua , uma de gua com umvalor de TDS muito baixo (tipicamente uma reduo de mais de 95% do valorinicial) e outra sada por onde sai a gua residual com um elevado valor deTDS , esta gua pode ser eliminada ou utilizada em alguma funo que noimplique uma qualidade de gua elevada (lavar o cho, o carro , etc).

    De forma resumida como seria o funcionamento da membrana de osmoseinversa. Num recipiente onde exista uma membrana semipermevel a dividiresse recipiente em duas partes, se num dos lados for colocada uma soluoconcentrada e no outro lado for colocada uma soluo menos concentrada vaihaver uma movimentao de gua da soluo menos concentrada para a mais

    concentrada, isto a osmose. O sistema usado para purificar a gua estemas no sentido inverso ( osmose inversa ) ou seja se for exercida uma pressono lado da soluo mais concentrada a gua vai passar para o outro lado damembrana ficando sem os compostos nela dissolvidos isto acontece porque amembrana apenas deixa passar as molculas de gua. (CARNVORAS.ORG,2012).

    7.8.4 Medidor de TDS, funcionamento e utilizao

    Um medidor de TDS (TDS = total dissolved solids = slidos dissolvidos totais) um aparelhoque mede a resistncia da gua passagem da corrente eltrica, esse aparelho est calibradode modo a apresentar o valor zero quando est mergulhada em gua pura, a presena de

    compostos dissolvidos na gua vai alterar a resistncia da gua e essa alterao o aparelhomostra atravs de um valor no seu mostrador.

    A utilizao deste aparelho bastante simples, bastando mergulhar uma sonda ou uma partedo aparelho (depende do modelo) na gua e ler o valor apresentado.

    7.9 Plantas em vasos

    As plantas plantadas na terra (cho) podem regular a sua exposio nas razes pelaprofundidade a que elas crescem, nos vasos como a profundidade est muito limitada, tem queregular o nvel de umidade nas razes das plantas, e isso faz a diferena, vamos supor comoexemplo uma planta num vaso de 10 cm de altura com um prato de gua por baixo, se a planta

    no gostar de ter o solo junto das razes empapado em gua vai acabar por ficar debilitada,mas isso no culpa de se ter um prato por baixo do vaso, pois se o vaso tivesse 50 cm ou 1metro de altura a mesma planta j no sofria nenhum problema por ter um vaso com gua porbaixo. Este exemplo ajuda a perceber porque algumas plantas podem ser regadas com umprato de gua por baixo e outras no. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    Diferena das plantas no cho e no vasos a temperatura do solo, ele um bom isolante, atemperatura da superfcie em um dia de vero pode atingir temperaturas muito altas, masimediatamente abaixo da superfcie, a temperatura mais baixa e bastam alguns centmetrospara a temperatura ser muito inferior temperatura da superfcie, nos vasos isto no acontece,porque os vasos so pequenos e no apenas a superfcie virada para cima est exposta radiao solar mas tambm as suas paredes o que vai aumentar a temperatura das razes auma muito superior temperatura que seria atingida se a planta estivesse no solo para asmesmas condies climaticas, por isso as plantas beneficiam se os seus vasos forem de coresclaras e/ou estejam protegidos da radiao solar direta. (CARNVORAS.ORG, 2012).

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    Uma forma de manter os vasos e o solo mais fresco a utilizao de vasos de barro, semnenhum tipo de vidrado interior ou exterior, funciona como um sistema de transpiraosemelhante ao sistema de transpirao nos humanos, a gua ao evaporar necessita absorveruma quantidade de energia para passar do estado liquido ao estado gasoso e essa absorode energia faz com que a superfcie de onde essa gua ir evaporar sofra uma diminuio detemperatura, para plantas que precisam de razes frescas manter o vaso sombra aliado a esteprocesso uma forma simples de baixar a temperatura do solo dentro do vaso, por exemplo, aDarlingtonia, californica so plantas tpica para serem cultivadas em vasos de barro.(CARNVORAS.ORG, 2012).

    Segundo Ladin (2000) os vasos de:

    Plstico: tm a vantagem de serem leves, retm a umidade por mais tempo;Barro: mais pesados, o substrato neles contido seca rapidamente, as paredesacumulam sais;Xaxim: absorvem a umidade do substrato.

    Os vasos de plstico so os mais indicados para a maioria das plantascarnvoras por necessitarem elas de alto teor de umidade. Vasos de plstico decor branca so mais indicados que os de cor preta, pois o substrato nelescontido aquece menos quando ao sol (LADIN, 2000).

    Certifique-se que todo vaso que for utilizar (exceto pelos vasos destinados plantas aquticas)tenha furos embaixo, para drenagem.

    7.10 Replantio

    O replantio necessrio quando:

    (a) a planta tornou-se grande demais para o vaso em que est plantada (isto , as razes estosendo danificadas),(b) o substrato comea a se decompor (principalmente o musgo), ou(c) deseja-se propagar a planta (dividindo as razes, no caso). (LADIN, 2000).

    Ao replantar, tome cuidado para no danificar as razes, algumas carnvoras possuem razesfrgeis. Para muitas, a melhor poca para o replantio o incio da primavera, pois as plantasesto voltando a crescer ativamente, e tm energia para se recuperarem de eventuais choquesque o replantio possa causar-lhes. (LADIN, 2000).

    7.11 Como propagar?

    H vrios modos de se propagar plantas carnvoras:

    Por sementes (reproduo sexuada)

    Algumas plantas necessitam ser polinizadas, outras polinizam-se sozinhas; colha as sementesquando a haste floral e a flor ficarem bem secas (isto , quando o fruto estiver formado); paraalguns gneros, semeie logo aps colhidas, outros (como Sarracenia) necessitam de umperodo de alta umidade e baixas temperaturas (chamado de "estratificao") para simular oinverno; para semear, jogue as sementes sobre um substrato mido e fornea bastante luz eumidade. (LADIN, 2000).

    FolhasRetire uma folha saudvel da planta (junto com o mximo de pecolo possvel) e deixe-a sobreum substrato mido, novas mudas devem brotar aps algum tempo (aplica-se algumas

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    espcies de Drosera, de Genlisea e Dionaea). (LADIN, 2000).

    Armadilhas

    O mesmo procedimento para cortes de folhas, acima descrito (aplica-se algumas poucasespcies de Genlisea).

    Razes

    Retire um pedao das razes e siga o mesmo procedimento para as folhas (aplica-se algumasespcies do gnero Drosera).

    Estacas

    Corte um pedao do caule contendo duas folhas, corte 1/3 das folhas; fornea gua e umidadeat que se formem novas razes (aplica-se s Nepenthes).

    DivisoDivida o rizoma (aplica-se s espcies dos gneros Sarracenia e Heliamphora) ou a plantainteira (aplica-se algumas espcies de Drosera e Pinguicula) em duas partes.

    Brotos laterais

    Retire brotos laterais da planta me e plante-os em separado (aplica-se somente s bromlias,no caso, Brocchinia e Catopsis).

    Note que nem todos os mtodos funcionam para todas as espcies (h, por exemplo, espciesque podem ser propagadas apenas por sementes). Alguns tm alta taxa de sucesso, outros,

    muito baixa. Em geral, os mtodos de reproduo assexuada resultam em uma planta adultaem bem menos tempo que se propagada por sementes. (LADIN, 2000).

    8 Pestes e doenas

    Por mais incrvel que possa parecer, essas plantas tambm so atacadas por alguns insetos(sendo que estes deveriam ser alimento). As pragas mais comuns so: pulges, caros,moscas brancas, larvas, lesmas, cochonilhas, etc. Tambm podem ser problema os fungos(principalmente em terrrios), j que essas plantas crescem em ambientes midos, preferidosdos fungos. (LADIN, 2000).

    prefervel no aplicar inseticidas nas plantas carnvoras, j que elas so muito vulnerveis

    tais produtos, podendo ser por estes envenenadas. E tambm no "alimente" carnvoras cominsetos mortos por inseticidas.

    H outros modos menos arriscados de combater determinadas pragas, inicie comprocedimentos que dificilmente causaro danos s plantas (como arrancar as folhas infectadas,remover manualmente pragas macroscpicas, submergirem gua por algumas horas ou dias,etc.), e passe para outros mais fortes (mais arriscados) somente se as pragas no tiverem sidocontroladas. Assim, um inseticida ser o ltimo recurso, usado somente se todos os outrosrecursos falharem. (LADIN, 2000).

    Caso seja necessrio aplicar inseticidas, os de frmula Diazinon parecem no causar danos algumas espcies de Drosera, podendo ser utilizados, por exemplo, para combater infestaessrias de pulges (infestaes menores podem ser controladas por remoo manual destaspragas). Outra frmula bastante forte (e, portanto arriscada s plantas) Malathion;recomendamos usar inseticidas com esta frmula somente no caso de pragas de mais difcil

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    controle, como os persistentes caros (invisveis olho nu). (LADIN, 2000).

    Para o combate de fungos ou mofo, recomenda-se usar fungicidas que no sejam baseadosem Cobre (o mesmo dito para plantas epfitas em geral, como orqudeas, bromlias,samambaias, etc.). Uma frmula bastante poderosa (e perigosa, carcinognica) Benomyl.(LADIN, 2000).

    Ao manusear esses produtos recomenda-se o contato com especialistas da rea, alm deatentar para as devidas precaues (vestir luvas, mscara, etc.) ao aplicar tais produtos -alguns deles podem causar graves danos sade se utilizados incorretamente.

    9 Construo de um terrrio:

    Entretanto, em reas com pouca umidade, como o Nordeste e Centro-oeste do Brasil, precisa-se construir um pequeno terrrio (FIG.4). Em um terrrio, cultivam-se plantas dentro de umpequeno recipiente que retm a umidade do ar e fornece muita luz solar. O solo deve ficarmido para manter as razes midas do vaso ou do terrrio. (MEEKER-O'CONNELL, [200-?]).

    Figura 13 - Terrrio Foto: Ron GladkowskiFonte: (MEEKER-O'CONNELL, [200-?])

    Segundo O Mundo das Plantas Carnvoras (2009) tem-se informaes e orientaes de comoconstruir um terrrio.

    1. - O terrrio deve ter um tamanho adequado ao tipo e nmero de plantas que se pretendecolocar.2. - Luzes, umidificador, temporizador, higrmetro, uma ventoinha para ventilao e papel dealumnio.2.1. Aconselha-se um Kit de iluminao 2x75w(lmpadas fluorescentes) com respectivorefletor, o total de watts no pode ser inferior a 125w, podem ser usadas 2, 4 ou maislmpadas.2.2. - Apesar de opcional sempre importante obter o nvel desejado de umidade, existemvrios modelos, analgicos e digitais, escolha um a seu gosto, Higrmetro analgico etemporizador analgico

    2.4. - Fundamental para controlar a porcentagem de umidade no terrrio.2.5. - Qualquer vulgar ventoinha de PC serve perfeitamente para o efeito.2.6. - Para forrar o terrrio exteriormente, para maximizar a luminosidade.

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    Existem no mercado alternativas de melhor qualidade venda, mas dispendiosas.Se for para um terrrio com dimenses considerveis, aconselho usar papel refletor de melhorqualidade, no s pelas razes bvias, mas tambm, porque em superfcies grandes se tornadifcil trabalhar com a folha de alumnio devido ao fato de ser muito fina.

    3. - Depois de construdo e com as plantas l dentro, colocar o terrrio num local fixo. Mudar oterrrio de um lado para o outro sem ter um stio certo, s ir prejudicar o desenvolvimento dasplantas ou mesmo levar a alguns acidentes indesejveis. Leve em considerao que,futuramente, vai necessitar de acesso ao terrrio para manuteno, rega, etc.

    Material:

    - Aqurio de vidro (C80xL40xA60cm)- Kit de iluminao 2x75w(lmpadas fluorescentes) - Growing 6500K Day Light com respectivorefletor.- Ventoinha de PC- Higrmetro analgico

    - temporizador analgico- Folha de alumnio

    1 Passo:Independentemente da opo escolhida (terrrio comprado ou construdo), deve-se lavar bem oterrrio antes de colocar qualquer material l dentro. Lavar com gua destilada, da chuva oupor osmose inversa. O importante no lavar com gua normal pois pode contaminar o terrriocom substncias nocivas que mais tarde podero afetar o desenvolvimento das plantas. Feitoisto, pode-se iniciar a montagem do terrrio para receber as plantas.

    2 passo:Colocao do papel de alumnio.

    Esta parte simples, pega-se na folha de alumnio corta-se medida e com um pouco de fitaadesiva, cobrimos o lado esquerdo, direito e a parte de trs do terrrio. Ateno, a parterefletora deve ficar virada para dentro do terrrio.

    3 passo:Assim que tiver o terrrio bem lavado e seco e com a folha de alumnio posta, podemos passarpara a fase seguinte: a colocao do substrato (solo). Comeamos por colocar argilaexpndida(o objetivo da argila expndida conservar a gua e aumentar o nvel de umidade)no fundo do terrrio, 2 a 3cm de argila expndida suficiente.

    3.1. - Se a sua inteno colocar as plantas no terrrio nos seus prprios vasos, ento, podeavanar para o 5 passo.

    3.2. - Se a inteno colocar as plantas, diretamente no solo do terrrio, continue o 4 passo.

    4 passo:Coloca-se o restante do solo, neste caso uma mistura previamente feita de turfa loira(2/3) eperlite(1/3). Nesta fase deve-se espalhar o solo uniformemente ou colocar um pequeno monteem um dos cantos do terrrio. O importante que a parte mais baixa tenha no mnimo 4 a 5 cmde solo.

    5 passo:Agora que o solo foi colocado no terrrio, iniciaremos a colocao das plantas.5.1. - Se optou por colocar as plantas com os vasos, basta coloca-las na argila expndida talcomo esto, da forma que achar mais conveniente. Avance para o 6 passo.5.2. - Se preferiu colocar as plantas diretamente no solo, a melhor maneira para colocar asplantas dentro do terrrio , tir-las dos vasos tal como esto (com solo e tudo), e coloca-las nosolo do terrrio em buracos previamente feitos medida dos mesmos. Esta a melhor maneira

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    sem causar grande transtorno para as plantas ou razes.

    6 passo:O terrrio est quase pronto, falta montar os restantes dos acessrios.

    Colocao do termmetro, higrmetro, ventoinha, iluminao e umidificador/nebulizador (esteltimo opcional, siga as instrues do produto para a montagem e utilizao).

    Termmetro Ao meio da altura do terrrio. Dependendo do modelo, pode inclusive ficar nosubstrato.

    Higrmetro - Tal como o termmetro depende do modelo escolhido. Pode ficar em cima dosubstrato. No colocar prximo da iluminao.

    Ventonha - Deve ser colocada na metade superior do terrrio. Mais uma vez, ateno com aproximidade da iluminao.

    Iluminao - a ltima coisa a ser colocada no terrrio. Se optou por um kit, basta coloc-lona parte superior da terrrio. Siga as instrues de montagem do produto.

    Ateno na colocao do termmetro e higrmetro, no colocar perto da iluminao, pois vaidar leituras elevadas erradamente.

    Figura 14 - Terrrio Foto: ReasonXFonte: (O MUNDO DAS PLANTAS CARNVORAS, 2009)

    Concluses e Recomendaes

    Segundo Regueira (2007) ao contrrio do que muitas pessoas pensam as plantas carnvorasno so venenosas e no apresentam nenhum risco para pessoas e animais domsticos.

    Sua digesto ocorre: as enzimas aceleram o processo de quebra do alimento, transformando-oem substncias menores que so absorvidas diretamente pelas folhas. (UOL, [200?]).

    As plantas carnvoras, possuem mecanismos de auto alimentao, atravs da fotossntese.No necessitam de protena animal, diariamente, para sobreviver. As protenas animais

    funcionam como suplemento alimentar, deixando-as mais resistentes e bonitas. Se a plantativer luz e gua, no morrer de fome. (COLAWEB, [200?]).

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    A grande maioria das flores tem a capacidade de atrair insetos para fins de polinizao,algumas chegam at a prend-los para garantir a polinizao; exemplos destas so o papo-de-peru e algumas orqudeas. Mas no os digerem, portanto no so carnvoras. (LADIN, 2000).

    Tanto o p de xaxim como o musgo podem ser encontrados em lojas que vendem produtos

    para jardinagem. O musgo encontrada geralmente seco, basta deix-lo mido para que voltea "brotar". A areia pode ser encontrada em qualquer loja de materiais de construo. (LADIN,2000).

    Os vasos so locais de acumulao dos compostos qumicos presentes na gua com que soregados, e vai provocar a alterao das condies e causando efeitos no bem estar das plantasde forma continuada, imagina-se uma planta que necessita de solos cidos (maioriaesmagadora das carnvoras), com o aumento da concentrao de determinados compostoscomo o clcario o pH do solo vai se tornando cada vez menos cido e acabando por ficaralcalino o que pode levar morte das plantas. (CARNVORAS.ORG, 2012).

    As plantas carnvoras so exigentes quanto qualidade da gua. Esta no pode conter

    minerais, sais, etc., pois tais elementos agem como adubo (como veneno) para a planta. Agua de torneira, alm de conter cloro (malfico para todas as plantas) possui muitos minerais,e, provavelmente, deve ter um pH alto. O cloro se dissipa aps 24 horas de descanso, masrestam os minerais, inviabilizando o uso de tal gua.O ideal usar gua da chuva ou destilada(esta, entretanto, pode acarretar grandes custos se voc possui uma grande coleo).(CARNVORAS.ORG, 2012).

    Sugere-se entrar em contato com profissionais do ramo de floricultura para mais informaes eesclarecimentos sobre plantas carnvoras. Para mais informaes sobre o cultivo recomenda-seentrar em contato com engenheiro agrnomo ou extensionista de sua regio.

    O SBRT no se responsabiliza pelos servios a serem prestados pelas entidades/profissionaisindicados. A responsabilidade pela escolha, o contato e a negociao cabero totalmente aocliente, j que o SBRT apenas efetua indicaes de fontes encontradas em provedores pblicosde informao.

    Recomenda-se a leitura no documento sobre perguntas e dvidas referente as plantascarnvoras. Disponvel em: . Acesso em: 07 ago. 2012

    Referncias

    AMBIENTE BRASIL. Plantas Carnvoras. Paran, [200-?]. Disponvel em:

    . Acesso em: 5ago. 2012.

    BBC BRASIL. Planta capaz de comer ratos descoberta nas Filipinas. Braslia, 2009.Disponvel em:. Acessoem: 6 ago. 2012.

    CARNIVORAS.ORG. Dionaea. Lisboa, 2012. Disponvel em:. Acesso em: 6 ago. 2012.

    CARNIVORAS.ORG. P. carnvoras - Cultivo. Lisboa, 2012. Disponvel em:

    . Acesso em: 6 ago. 2012.

    COLA DA WEB. Plantas carnvoras. [S.I.], [200?]. Disponvel em:http://www.coladaweb.com/biologia/botanica/plantas-carnivorasAcesso em: 10 ago. 2012.

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    CORDEIRO, Tiago Cavalcanti. Existem plantas carnvoras no Brasil? Super Interessante. ed.165, jun. 2001. Disponvel em:. Acesso em: 10 ago.2012.

    FURST, Omar. Plantas Carnvoras. [S.I.]: Biboca Ambiental, 2011. Disponvel em:. Acesso em: 05ago. 2012.

    JARDIM DE FLORES. As Espertas Plantas Carnvoras. [S.I.], [200?]. Disponvel em:. Acessoem: 5 ago. 2012.

    LABORATORIO DE DINMICA E INSTRUMENTAO. Plantas carnvoras no brasil e nomundo. So Paulo: Escola Politcnica de So Paulo, 2000. Disponvel em:. Acesso em: 5 ago. 2012.

    MARTINEZ, Marina. Plantas carnvoras. [S.I.]: Infoescola, 2009. Disponvel em:. Acesso em: 5 ago. 2012.

    MEEKER-O'CONNELL, Ann. Como funciona a planta carnvora dionia: cultivo de dioniasem casa. [S.l.]: HowStuffWorks Brasil, [200-?]. Disponvel em:. Acesso em: 6 ago. 2010.

    O MUNDO DAS PLANTAS CARNVORAS. Como construir um terrrio. [S.I.], 2009.Disponvel em: . Acesso em: 5 ago. 2012.

    REGUEIRA, Iury L. Plantas carnvoras. [S.l.]: Plantas carnvoras, 2007. Disponvel em:

    . Acesso em: 6 ago. 2010.

    UOL. Planta carnvora dioneia. So Paulo, [200?]. Disponvel em:. Acesso em: 5 ago. 2012.

    Anexos

    Fornecedores - Plantas: http://www.carnivoras.org /http://www.plantascarnivoras.com.br/index.html/ http://www.carnivoras.net/loja/index.php /Sites americanos - http://www.czplants.com ; http://www.karnivores.com

    Acessrios: http://www.rsdiscus.com.br/ http://www.termomed.net

    Substratos: http://www.sipqa.com/produtos_02turf1prof.htm (representante "sipqa" da zonanorte de Portugal) / http://www.liscampo.com/ .Acesso em: 07 ago. 2012.

    Nome do tcnico responsvel

    Eduardo Henrique da Silva F. Matos

    Nome da Instituio respondente

    Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnolgico CDT/UnB

    Data de finalizao