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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA AUDITORIA INTERNA NA DETECÇÃO DE FRAUDES Por: Natasha Ingrid Padiglione Azevedo Orientador Prof. Luciana Madeira Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

AUDITORIA INTERNA NA DETECÇÃO DE FRAUDES

Por: Natasha Ingrid Padiglione Azevedo

Orientador

Prof. Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

AUDITORIA INTERNA NA DETECÇÃO DE FRAUDES

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Auditoria e Controladoria.

Por: Natasha Ingrid Padiglione Azevedo

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus que

iluminou o meu caminho durante esta

caminhada, que colocou pessoas

maravilhosas em minha vida, agradeço

também, aos meus amigos que me deram

força e coragem, não deixando eu desistir dos

meus objetivos e metas, a todos os

professores que foram tão importantes na

minha formação acadêmica, quero agradecer

também a minha família sem eles nada disso

seria possível.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta, bem como todas as minhas

demais conquistas, a minha mãe Tânia, meus

irmãos Nathalia e Nicholas, aos meus amigos

presentes em todos os momentos da minha

vida e a todos os meus professores que me

acompanharam durante a graduação e a pós

graduação.

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RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo avaliar a eficácia dos controles

internos e da auditoria interna na detecção de erros e fraudes nas empresas.

Levando-se em consideração a grande repercussão as fraudes no âmbito

contábil e financeiro vêm tendo ultimamente no mundo empresarial, além de

seu impacto negativo sobre a economia global.

A pesquisa discorre primeiramente sobre o conceito de fraude nas

organizações e seus tipos mais comuns, depois é conceituada a auditoria

interna, e por último a estrutura de controle interno na organização. Com isso, é

possível identificar que os procedimentos de auditoria são ferramentas

auxiliadoras para a análise dos dados, garantindo a confiabilidade dos testes

realizados pelo auditor.

Por fim, torna-se perceptível que a auditoria interna é um meio eficaz

para a empresa detectar erros e fraudes cometidas contra seu ativo e

patrimônio, além de ser uma alternativa mais barata que a contratação de

auditoria externa, uma vez que os procedimentos executados por ambos são

praticamente os mesmos. A auditoria interna ainda traz o benefício de

possibilitar a criação de uma mentalidade ética e responsável na empresa,

onde todos os funcionários tornam-se fiscais das boas práticas.

Palavras chave:

Auditoria interna, fraude, controle interno, procedimentos de auditoria

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METODOLOGIA

Devido à vasta aplicabilidade da contabilidade no cenário empresarial,

torna-se necessário a delimitação da presente pesquisa. Dentre as diversas

aplicações da contabilidade, foi escolhida para elaboração deste trabalho o

tema de auditoria interna que corresponde a um ramo da contabilidade que

visa estabelecer métodos e procedimentos para a não ocorrência de erros e

fraudes na organização, garantindo aos investidores a manutenção de seu

patrimônio.

O presente trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa

bibliográfica, na qual foram levados em consideração os principais autores e

artigos sobre o tema, levando-se em consideração trabalhos publicados a

menos de dez anos. Além de algumas legislações que regem os trabalhos do

contador, e mais especificamente do auditor interno. A análise e estudo destes

trabalhos permitiram que fosse possível o desenvolvimento do conhecimento

científico sobre o tema neste trabalho.

A pesquisa elaborada é de cunho exploratório descritivo, elaborada a

partir de material científico já publicado, baseado principalmente em teses de

mestrado e doutorado, livros e artigos relacionados ao tema. A pesquisa

descritiva tem por objetivo descrever as características de determinada

condição a partir do estabelecimento da relação entre as variáveis (GIL, 2007).

Como autores mais relevantes para o desenvolvimento deste trabalho

podem ser evidenciados Gomes (2008) no desenvolvimento do tema fraude, já

no desenvolvimento do capítulo de auditoria interna a principal referência para

elaboração da pesquisa foi Attie (2007). No último capítulo de revisão

bibliográfica, onde é discorrido sobre a estrutura do controle interno nas

organizações a principal fonte utilizada foi Almeida (2003).

O trabalho teve como principal foco a demonstração da grande

importância do controle interno para detecção e correção de fraudes dentro das

empresas, independentemente de seu ramo de atuação ou tamanho.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Triângulo da fraude .......................................................................... 11 Figura 2 - Ferramentas e procedimentos anti fraude usado pelas empresas .. 17 Figura 3 - Objetivo dos Trabalhos de Auditoria ................................................ 20 Figura 4 - Hierarquia Setorial de uma Empresa com Auditoria Interna ............ 22 Figura 5 - Funcionamento ciclo PDCA ............................................................. 33 Figura 6 – Relação dos controles interno e externo com a organização .......... 34 Figura 7 - Percepção da Estrutura de Controle Interno .................................... 35

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Perdas referentes a fraudes em 2001 no Brasil e nos EUA ............ 11

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ................................................................................................... 3 DEDICATÓRIA .............................................................................................................. 4 RESUMO ......................................................................................................................... 5 METODOLOGIA ........................................................................................................... 6 LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................... 7 SUMÁRIO ....................................................................................................................... 8 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9 CAPÍTULO I – FRAUDE NAS ORGANIZAÇÕES ................................................. 10 1.1. O Conceito ....................................................................................................... 10 1.2. Fraudes Contábeis ............................................................................................ 12 1.3. Fraudes Financeiras .......................................................................................... 13 1.4. Fraudes no Controle Interno ............................................................................. 13 1.5. Fraudes Éticas .................................................................................................. 14 1.6. Meios de Combater a Fraude na Organização ................................................. 15

CAPÍTULO II – AUDITORIA INTERNA ................................................................ 19 2.1. Conceitos de Auditoria ..................................................................................... 19 2.2. Auditoria Interna .............................................................................................. 21 2.3. Legislação aplicável à auditoria interna ........................................................... 23 2.4. Instrumentos da auditoria interna para detecção de fraudes ............................ 24 2.4.1. Procedimentos de auditoria ....................................................................... 25 2.4.2. Softwares de auditoria ............................................................................... 28 2.4.3. Denúncias .................................................................................................. 29 2.4.4. Inquérito .................................................................................................... 31

CAPÍTULO III – ESTRUTURA DE CONTROLE INTERNO NAS ORGANIZAÇÕES ........................................................................................................ 32 3.1. Controle Interno ............................................................................................... 32 3.2. Estrutura Organizacional do Controle Interno ................................................. 34 3.3. Riscos Inerentes ao Controle Interno ............................................................... 36 3.4. Principais Áreas de Implantação de Controle Interno ...................................... 37 3.5. Controles Contábeis ......................................................................................... 40 3.6. Controles Administrativos ............................................................................... 40

CONCLUSÃO ............................................................................................................... 42 BIBLIOGRAFIA CITADA .......................................................................................... 43

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INTRODUÇÃO

O combate às fraudes, atualmente, vem ganhando cada vez mais

destaque e importância no cenário global, muito por conta das maiores

exigências dos stakeholders, e da população sobre a adoção da governança

corporativa. A governança corporativa aliada ao combate às fraudes permite a

empresa atuar de acordo com os valores morais e éticos esperados pela

população, desta forma criando uma relação de confiança com o consumidor e

permitindo novas oportunidades de negócio.

Com isso, torna-se primordial a atuação da auditoria interna para o

estabelecimento de regras de conduta e na segregação das funções para

reduzir o risco de ocorrências. Com a existência de meios para prevenção e

controle de fraudes na empresa, esta torna seu ambiente de trabalho ético,

onde os procedimentos inadequados e contra as regras são claros e do

conhecimento de todos na organização. Neste contexto, cabe a auditoria interna a missão de desenvolver

controles internos confiáveis e adequados à realidade da organização que

fiscalizem e verifiquem administrativamente, permitindo prever, dirigir os

acontecimentos identificados na empresa. Assim, fornecendo meios para

salvaguardar seus ativos, promovendo a qualidade operacional e encorajando

a aderência às políticas estabelecidas.

Assim, o desenvolvimento de controles internos, procedimentos e

metodologias são ferramentas úteis ao setor de auditoria interna que auxiliam

diretamente na detecção de fraudes, mantendo a organização segura quanto

ao risco de ocorrência de fraudes e erros.

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CAPÍTULO I – FRAUDE NAS ORGANIZAÇÕES

1.1. O Conceito

A fraude, de acordo com o IBRACON (1998), é um ação intencional

tomada por um ou mais indivíduos com o intuito de ludibriar informações ou

declarar falsamente demonstrações contábeis. O órgão ainda define alguns

tipos de procedimentos realizados por estes indivíduos que podem tornar as

demonstrações das organizações fraudulentas.

˗ Manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos; ˗ Apropriação indébita de ativos; ˗ Supressão ou omissão dos efeitos de transações nos registros ou

documentos; ˗ Registros de transações sem comprovação; e ˗ Aplicação indevida de políticas contábeis.

Gomes (2000) ainda cita que um dos principais objetivos de quem

comete fraude é a de obter vantagens, através da falsa representação de

movimentações econômicas e financeiras contabilizadas, tornando as

demonstrações da empresa não condizentes com sua realidade. E,

geralmente, as ações fraudulentas são acompanhadas da omissão de

funcionários e até o aliciamento de terceiros.

Parodi (2008) revela que as principais táticas adotadas pelos que

fraudam informações das demonstrações contábeis são provenientes da

maquiagem de balanços, falsidade em dados contábeis e do aproveitamento

malicioso de estruturas de operação internacionais ou offshore. Estas práticas,

por muitas vezes, são determinantes para que a organização venha a falir,

independentemente de se tratar de uma pequena empresa ou uma grande

multinacional com presença em todos os continentes.

Abaixo é possível identificar o impacto das atividades fraudulentas para

o Brasil e os Estados Unidos no ano de 2001.

Brasil EUA Perda aproximada de 6% do PIB devido a fraudes

Perda aproximada de 2,5% do PIB devido a fraudes

Perda de 7 a 10% no faturamento Perda de 0,5 a 2% no faturamento

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total das empresas total das empresas 20,9% das fraudes ultrapassam os R$ 100.000,00 em perdas

70% das perdas no varejo são causadas por funcionários, enquanto os 30% restantes é devido a ladrões

81,2% dos fraudadores têm no mínimo segundo grau completo

69% das empresas desconfiam de atividades suspeitas ou já foram alvo de tais atividades

Tabela 1 - Perdas referentes a fraudes em 2001 no Brasil e nos EUA Fonte: Adaptado de Parodi (2008)

Moura et al. (2004) relatam que a fraude é devido a uma composição de

fatores que tornam a situação propícia à prática de tais atividades. Estes

fatores são o motivo, que pode estar relacionado à insatisfação do funcionário

com sua remuneração ou em dificuldades financeiras, a atração, a

possibilidade de cometer o delito e maquiar a informação para não ser

descoberto, a oportunidade, devido a fragilidade e inadequação das medidas

de detecção e prevenção, e o meio que corresponde à capacidade de

percepção das fragilidades da empresa. Na imagem abaixo é possível entender

o triângulo da fraude.

Figura 1 - Triângulo da fraude

Fonte: Adaptado de Wells, 2002.

Existem formas para realizar a comprovação da fraude que devem ser

feitas através da transação sob análise, onde deve se verificar a idoneidade

das transações registradas em livros obrigatórios de escrituração mercantil,

avaliando se deveriam estar lá registradas ou não (GOMES, 2000).

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A partir deste panorama, conclui-se que o auditor tem de estar

preparado para identificar os elementos intelectuais, psicológicos, financeiros e

materiais que influenciam a ocorrência, além disso, documentando-os em seus

relatórios, definindo em seu escopo de trabalho testes de verificação, devendo

também estabelecer meios para o combate de tais ações.

1.2. Fraudes Contábeis

As fraudes contábeis são determinadas pelo auditor através da análise

detalhada dos livros de registro e registros de transações, identificando o

comportamento de transações semelhantes e seus autores (GOMES, 2000).

Almeida (2003) classifica os desfalques contábeis em dois tipos, o

temporário e o permanente. Os desfalques temporários se caracterizam a partir

de ações como apoderar-se de valores pagos pelos clientes antes de realizar o

registro contábil deste recebimento, o apoderamento do dinheiro após o

registro contábil e o apoderamento do ativo da empresa.

E para cada tipo de fraude o auditor notará a divergência para o caso de

fraude antes do registro contábil com a conferência entre duplicatas a receber e

duplicatas recebidas. Já nos casos de fraude após o registro contábil sua

identificação se dá pela reconciliação bancária. Já as fraudes contra o ativo da

empresa o ativo permanece registrado, entretanto o bem não existe fisicamente

na empresa.

Os desfalques permanentes têm um agravante, pois são ajustados na

contabilidade, então os ativos existentes são iguais aos valores registrados. E o

auditor deve avaliar minuciosamente os dados para identificação e

comunicação da fraude através de seu relatório de auditoria.

O auditor deve estar atento a indícios de fraude como débito em contas

de vendas, créditos a conta de estoques não relacionadas à apuração de

resultados, históricos do tipo estorno, ajuste, acerto, reclassificação ou

transferência, ajustes de lançamentos realizados logo após auditoria

independente, entre outros.

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Algumas medidas podem ser adotadas para se prevenir e combater as

fraudes contábeis como citado por (MOTTA, 1988 apud NASCIMENTO, 2003):

• Segregação das atividades de crédito e cobrança, despacho, pagamento e escrituração de contas;

• Procedimento bem definido para estabelecer crédito; • Faturamento imediato de entradas; • Utilização de dados independentes para escrituração da razão geral

e auxiliar de contas a receber; • Análise regular de contas a receber pela data de vencimento; • Aprovação de devoluções, estornos e ajustes pelos gerentes

autorizados; • Acompanhamento do cancelamento de contas; e • Cobrança de duplicatas através de bancos.

As fraudes contábeis são responsáveis por diversos danos à

organização e seus vinculados, portanto a verificação de fraudes deve ser uma

atividade constante na empresa para garantir a sua saúde, e em casos de

ocorrência garantir a correção e a punição aos envolvidos.

1.3. Fraudes Financeiras

Fraudes financeiras podem ser consideradas como aquelas que

impactam as operações monetárias do ambiente organizacional. Gomes (2000)

relaciona os principais tipos como transferência para familiares, pré-pagamento

de apólices de seguro, pré-pagamento de cartões de crédito, transferências

para paraísos fiscais, entre outros.

Esta modalidade de fraude vem aumentando nos últimos anos, e com

isso há o impacto direto na economia de uma nação, e dependendo da

gravidade pode até mesmo impactar a economia de uma maneira global. Sua

execução é sempre realizada por um grupo de especialistas em finanças,

demonstrando sofisticação e que são executadas, geralmente, por quem tem

uma base educacional alta e poder de decisão dentro da organização.

1.4. Fraudes no Controle Interno

A fraude no controle interno de uma organização é uma das mais graves

que podem ser realizadas pelos funcionários de uma organização, pois o

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objetivo do controle interno é feito garantir a segurança e transparência nas

suas operações internas.

Com isso, toda e qualquer tentativa de maquiar ou comprometer os

controles internos pode comprometer diretamente os seus resultados,

causando grandes prejuízos a seus acionistas e até funcionários. Logo, a

fraude no controle interno pode ser esclarecida como qualquer ato intencional

com o intuito de beneficiar a si mesmo ou outrem em detrimento da omissão da

verdade nos controles da empresa quanto a proteção de seu ativo

(NASCIMENTO, 2003).

Uma forma de combater esta agressão aos registros da empresa, de

acordo com Peleias (2002), a empresa deve poder contar com um setor de

auditoria bem treinado e preparado para atuar, combater erros e fraudes e

melhorar os controles internos, políticas, normas e regulamentos de modo a

evitar o acontecimento de fraudes. Além disso, com uma auditoria interna bem

treinada e preparada é possível economizar em gastos com a contratação de

auditorias independentes, pois os auditores internos podem realizar algumas

atividades que seriam incumbidas aos auditores independentes.

O controle interno é um instrumento para a prevenção de fraudes,

portanto cabe a auditoria interna garantir sua correta implantação e revisão

periódica, com esta metodologia implantada o trabalho da auditoria interna

passa a ser fator crítico de sucesso na prevenção de fraudes aos ativos da

empresa.

1.5. Fraudes Éticas

Os principais fatores que podem contribuir para a ocorrência de fraudes

éticas são a dificuldade para utilização dos controles internos e alta

sociabilidade entre os funcionários, pois a associação destes fatores pode

contribuir para que pela relação de confiança entre os funcionários haja uma

substituição dos controles internos em determinadas ocasiões. Neste caso,

funcionários mal intencionados poderiam utilizar-se de uma relação de

confiança com outro para cometer fraudes (GRANOVETTER, 2007).

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A fraude ética, através da corrupção, em suas diversas formas, é fator

comprometedor para o desenvolvimento da organização e do mercado,

trazendo grandes problemas à organização, principalmente no que tange a

lucratividade e a sustentabilidade da mesma. Além disso, as perdas podem não

ser só financeiras, mas de conhecimento ou mercado que só poderão se

tornar conhecidos com a avaliação dos resultados da empresa no período

(PADOVEZE et al., 2010).

Portanto, pode-se entender que a fraude ética compõe uma agressão

aos ativos da empresa, uma vez que é ocasionada devido a um planejamento

para o enriquecimento ilícito, podendo ser realizado de forma individual ou

coletiva através dos registros contábeis ou administrativos.

A redução dos riscos quanto às condutas antiéticas dos profissionais

não é uma tarefa simples e muito menos de curto prazo, entretanto seus

resultados são excelentes para a manutenção da competitividade da empresa,

pois eleva a imagem corporativa internamente e externamente,

consequentemente diminui os riscos de ocorrência de fraudes internas,

garantindo um ambiente de trabalho mais seguro.

Uma das principais maneiras de garantir a manutenção da transparência

e das condutas éticas é o investimento da organização em seu pessoal através

das políticas internas e valorização dos profissionais íntegros (CORDEIRO,

2012).

1.6. Meios de Combater a Fraude na Organização

O auditor ao identificar um erro ou fraude numa organização deve

observar se esta ocorrência acontece regularmente e a dimensão do impacto

deste acontecimento aos resultados da organização. A partir da verificação, o

auditor tem condições de buscar a causa destas ocorrências e atentar para os

erros na contas relacionadas.

A conduta do auditor na organização deve direcioná-lo para a aplicação

do mapeamento de risco nas áreas para identificação das áreas de

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instabilidade, através do controle de avaliação de risco, o qual o auditor

prepara uma série de questionamentos e remete a cada setor. Em posse das

respostas, o auditor tem condições de avaliar e classificar o risco ao qual estão

expostos os setores, a classificação do risco pode ser baixa, média ou alta

(MEDEIROS et al., 20--).

Com os riscos avaliados torna-se necessário um trabalho intenso do

auditor interno em reduzir a classificação obtida por cada setor, uma das

principais maneiras de combater a fraude na organização é através da

divulgação interna da responsabilização da fraude através dos aspectos penal

e civil. Cada um deles tem suas peculiaridades, o primeiro busca a aplicação

de medidas punitivas ao fraudador de forma criminal, já o segundo visa meios

para recuperação dos valores fraudados, através de mandados de busca e

apreensão de documentos para servir como provas (MEDEIROS et al., 20--).

Os principais cuidados a serem tomados pelas organizações que

desejam reduzir as possibilidades de ocorrência de fraudes estão relacionados

a medidas simples e preventivas como:

˗ Garantir que a autorização e a realização de pagamento seja realizada por pessoas diferentes;

˗ Criterioso processo seletivo para contratação de funcionários, onde seja identificado o perfil, características e comportamento do candidato em outras empresas;

˗ Verificar se as operações de contabilidade estão sendo registradas; ˗ Controle dos sistemas de pagamento como folha de pagamento, contas

a pagar e contas a receber; ˗ Fornecer aos funcionários da auditoria interna meios para estudo de leis

e códigos processuais, de criminologia, de sociologia, psicologia, auditoria e perícia contábil para que possam traçar e identificar perfis e condutas suspeitas dentro da organização.

Além das medidas que podem ser implementadas, alguns mecanismos para

o controle e prevenção que devem fazer parte da organização:

˗ Desenvolvimento da matriz de risco; ˗ Gerenciamento e treinamento de equipes de auditoria interna; ˗ Implantação de controles internos; ˗ Verificação periódica da equipe de auditoria interna, dos controles

internos e análise da matriz de risco;

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˗ Revisão de regulamentos internos e políticas para manutenção da qualidade e ética aos negócios;

˗ Controle a investimentos realizados em áreas críticas como manutenção, construção e logística;

˗ Programas de treinamento e seminários anti fraude para toda a organização.

O correto uso dos códigos de ética e conduta, além de meios como canal

de denúncias, desenvolvimento de controles e procedimentos internos que

ajudam a colaborar na divulgação de temas relacionados à corrupção. Desta

forma, a reputação da empresa perante a sociedade e o mercado no qual está

inserida pode manter-se intacta pela mitigação e controle deste riscos de

fraude (SANTOS, 2011).

A KPMG (2009) aponta, através do gráfico abaixo, as principais medidas

adotadas pelas empresas para se proteger das fraudes.

Figura 2 - Ferramentas e procedimentos anti fraude usado pelas empresas

Fonte: KPMG, 2009.

Santos (2011) ressalta ainda a importância do desenvolvimento de

programas de treinamento em ética, afinal o comportamento ético é de caráter

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Ferramentas de Informática (TI)

Canal de denúncia anônima

Background checks

Fraud Risk Assessment

Outros

Ferramentas de Informática (TI)

Canal de denúncia anônima

Background checks

Fraud Risk Assessment

Outros

% 60% 53% 22% 17% 14%

Ferramentas e procedimentos implementados

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individual e sofre influência direta do ambiente ao qual o indivíduo está

inserido. Uma forma adotada para divulgação e o correto entendimento da

necessidade do programa de ética é através da criação de programas em que

a teoria e a prática sejam integradas e de fácil assimilação.

Neste contexto, verifica-se que mais importante que estabelecer melhores

controles internos e meios para avaliação da fidedignidade dos dados inseridos

em controles e em lançamentos contábeis é a criação de uma cultura que

preze a ética e a responsabilidade individual de cada integrante da

organização. O desenvolvimento da cultura trabalha a ética de forma

inconsciente e faz com que todos os funcionários submetidos a este ambiente

sejam íntegros e corretos em suas ações. Obviamente que além da

implantação da cultura devem ser desenvolvidos outros mecanismos e

ferramentas tão importantes à prevenção de fraudes. No próximo capítulo será

desenvolvido o conceito de auditoria interna que é o principal setor responsável

por coibir as ações de fraude que foram desenvolvidas neste capítulo.

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CAPÍTULO II – AUDITORIA INTERNA

2.1. Conceitos de Auditoria

O crescimento das empresas e organizações durante o tempo fez

necessário o aumento do controle e definição de normas e procedimentos a

serem seguidos por todos os funcionários. O desenvolvimento, ou pelo menos

o esboço inicial, coube aos integrantes da alta administração e a partir destes

controles, normas e procedimentos todos os colaboradores tinham meios para

basear a realização de suas atribuições. E coube à alta administração definir

um meio de avaliar se suas premissas vêm sendo cumpridas, assim surgiu a

auditoria, registrando e avaliando o cumprimento das demonstrações contábeis

e financeiras permitindo a emissão de pareceres.

A auditoria é uma das principais ferramentas para gerir um negócio, pois

aprofunda sua utilização em aspectos econômicos, de eficiência e eficácia. Sua

definição é dada pela análise comparativa imparcial entre a situação real e a

desejada pela organização, traduzindo tal análise em forma de relatório ou

opinião concreta sobre a situação atual da organização (ARAÚJO, 2001).

De acordo com Boynton et al. (2002) a auditoria é um processo

sistemático para avaliar objetivamente a comprovação quanto as ações e

relatos econômicos para determinar o nível de correspondência entre o exposto

e os critérios utilizados, para posteriormente comunicar os resultados aos

interessados.

Sá (1998) acrescenta que a auditoria é uma área de atuação que avalia

registros e demonstrações de caráter contábil, buscando fornecer opiniões,

conclusões e críticas imparciais sobre as situações e acontecimentos

relacionados ao patrimônio que tenham ocorrido ou venham a ocorrer.

O ramo de auditoria pode ser subdividido em menores áreas de atuação

determinadas quanto a seu campo de atuação (governamental ou privada), à

forma de realização (interna ou externa), e ao objetivo dos trabalhos (contábil-

financeira, operacional ou integrada).

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As principais diferenças entre a auditoria externa e interna é que,

geralmente, as auditorias realizadas por auditores externos visam única e

exclusivamente emitir parecer sobre as demonstrações contábeis, avaliando se

estas estão conforme com as práticas adotadas pela contabilidade. Enquanto a

auditoria interna, por ser realizada por funcionários da organização, fica

incumbida de analisar detalhadamente as políticas e procedimentos internos

prestando contas diretamente a alta administração (CORDEIRO, 2012). A

figura abaixo exemplifica a classificação das auditorias quanto ao objeto do

trabalho.

Figura 3 - Objetivo dos Trabalhos de Auditoria

Fonte: Adaptado de Araújo, 2001.

A auditoria contábil-financeira é aquela que é regida pelos

procedimentos técnicos provenientes do Conselho Federal de Contabilidade

(CFC), e visa à emissão de uma opinião sobre as demonstrações financeiras

relacionadas ao cumprimento das práticas usuais de contabilidade. A auditoria

operacional busca determinar a eficácia e o desempenho das operações,

sistemas, métodos de gerenciamentos dos negócios e também o cumprimento

de políticas administrativas. Tendo como resultado elucidar pontos de melhoria

nos processos auditados. E a auditoria integrada busca revisar de forma

sistemática e expressar conclusões através de relatórios quanto ao

cumprimento dos seus deveres e obrigações referentes à prestação de contas

e sistemas de controle utilizados (CORDEIRO, 2012).

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Assim, é possível perceber que a atividade de auditoria é um trabalho

independente que visa auxiliar a administração da empresa quanto a avaliação,

eficiência e eficácia dos processos internos de gestão e propor melhorias e

relatar se as políticas traçadas pela empresa estão sendo cumpridas.

2.2. Auditoria Interna A auditoria interna surgiu devido à necessidade da alta administração da

empresa de controlar e acompanhar os procedimentos e normas internas

criados anteriormente por eles, num estágio em que a organização tinha

menores proporções. Realizando a verificação dos diversos processos

organizacionais com o intuito de levantar erros e falhas originárias dos

controles internos.

Tendo como principais objetivos examinar a integridade, adequação e

eficiência de controles internos e informações de caráter fiscal, contábil,

financeiro e operacional da organização. Sendo uma atividade que avalia de

forma independente as operações da organização servindo como um meio de

resguardo da administração (CREPALDI, 2007).

O papel da auditoria interna não é somente o de auxiliar a alta

administração, mas também de garantir a confiabilidade das demonstrações

contábeis para os investidores, sócios, funcionários, clientes, fornecedores e

demais envolvidos com interesse direto nos resultados da organização.

Teixeira (2006) evidencia que a evolução das organizações foi um dos

fatores fundamentais que proporcionaram a mudança na auditoria interna que

antes tinha como atribuição a detecção de fraudes e erros, mas com o tempo

seu papel passou também a ser o de atuar com a prevenção e conscientização

da organização. Assim, passando a atuar de forma proativa, sendo efetiva e

auxiliando a alta administração a alcançar seus objetivos.

Pereira et al. (2005) acrescentam que a auditoria interna tornou-se uma

área especializada a garantir e manter a qualidade, transparência e segurança

dos controles internos utilizados, a fim de proteger e assegurar o patrimônio

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dos acionistas. Na fig

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Na figura abaixo é possível identificar o

da auditoria interna numa organização.

Hierarquia Setorial de uma Empresa com Auditoria InFonte: Elaborado pelo autor.

5) afirma que não há uma forma mais corret

itoria, entretanto lista algumas etapas que p

a a realização de tal atividade:

físicos – verificação no local dos registros; ções formais - obtenção de dados através de

não relacionadas a área auditada; da documentação original – verificação do mançamentos em registros; ncia – de valores e cálculos; de lançamentos contábeis – verificação da ões contábeis, fiscais;

– formulação de perguntas e respostas paento do funcionamento do sistema e sua ad

e executada; ção das atividades – detectar as deficiêas através da vivência do auditor; e gem – exame das informações através dear a veracidade.

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realizar a auditoria das diversas áreas

22

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23

resultados das demonstrações contábeis e das áreas operacionais (ALMEIDA,

2003).

2.3. Legislação aplicável à auditoria interna

A auditoria, por ser uma ramificação da carreira contábil, é regida pelo

Conselho Federal de Contabilidade (CFC) através de suas Normas Brasileiras

de Contabilidade (NBC), que aliadas a outros órgãos reguladores como a

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central (BACEN) que

definem o funcionamento das atividades de mercados financeiros.

Dentre as normas e regulamentações existentes, são destacadas três

que influenciam diretamente o exercício da atividade de auditoria interna:

• Norma Brasileira de Contabilidade para o Exercício da Auditoria Interna – NBC T12;

• Resolução 3.056, de 19 de dezembro de 2002 do Banco Central; e • Norma Brasileira de Contabilidade para o Profissional de Auditoria

Interna – NBC P3.

Os principais pontos relevantes à pesquisa proposta abordados pela NBC

T12 são:

a) A auditoria é definida como “conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da Entidade.”;

b) Determina a exclusividade da função de auditoria interna ao profissional de contabilidade devidamente inscrito no Conselho Regional de Contabilidade (CRC);

c) Conceitua os procedimentos de auditoria em testes de observância, testes substantivos e evidenciais;

d) Define papel de trabalho como conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas reunidas pelo auditor interno que agreguem ao trabalho executado;

e) Diferencia erro de fraude; f) Estabelece as normas para execução dos trabalhos como 1)

Planejamento da auditoria interna. 2) Aplicação dos procedimentos de auditoria interna. 3) Documentação de auditoria interna. E 4) Necessidade de conhecimento e utilização dos sistemas de processamento de dados;

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24

g) Define que o relatório de auditoria interna deve ser redigido de forma direta e imparcial, garantindo a confidencialidade e elucidação das áreas analisadas.

Na resolução 3.056 do Banco Central o trecho mais importante da mesma é

localizado no artigo dois, segundo parágrafo que define que todas instituição

financeira deve, obrigatoriamente, conter um departamento de auditoria interna

e que a mesma deve atuar diretamente na detecção das ocorrências e fraudes

e erros, além de atuar com a conscientização e a prevenção destes

acontecimentos.

E a NBC P3 qualifica e traça o perfil do profissional de auditoria, tendo

como principais prerrogativas:

a) Estabelecer os critérios de execução dos trabalhos do auditor interno; b) Estabelece o profissional de contabilidade como habilitado a executar a

função de auditor interno; e c) Determina que o profissional deve se manter atualizado quanto a novas

resoluções, normas e procedimentos exigidos pelos órgãos reguladores.

2.4. Instrumentos da auditoria interna para detecção de fraudes

O auditor interno através do uso de seus instrumentos e ferramentas de

trabalho possibilita que o mesmo atinja suas metas de forma eficaz. As

ferramentas podem e devem ser ajustadas de acordo com a necessidade do

auditor em cada caso em que estiver atuando, e dependendo do escopo de

atuação devem realizar a seleção das ferramentas mais adequadas.

Diversos aspectos no trabalho de detecção de fraudes são provenientes

da correta utilização das ferramentas, e se tornam fator chave de sucesso na

detecção de fraudes contra as organizações. As principais formas de atuação

da auditoria são a auditoria de presença física, à distância, indireta, a auto-

auditoria e a intra-setorial. E as ferramentas a serem adotadas em todas elas

são os procedimentos de auditoria, softwares de auditoria, denúncias e

inquéritos (GIL, 1999).

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2.4.1. Procedimentos de auditoria

Os procedimentos de auditoria são técnicas de investigação que

associadas a outros procedimentos auxiliam o auditor na formação

fundamentada de opinião sobre as demonstrações financeiras ou o trabalho

que está sendo executado, permitindo ao auditor defender seu ponto de vista

perante a alta administração com argumentos e provas concretas (ATTIE,

2007).

Dentre as principais ferramentas da auditoria para condução dos

trabalhos do auditor interno, serão descritas neste trabalho de pesquisa a

circularização, inventários e as conferências.

2.4.1.1. Circularização A circularização dos números num trabalho de auditoria interna consiste

no pedido do auditor ao cliente que solicite aos seus parceiros de negócio que

emitam cartas direcionadas ao auditor confirmando a situação dos negócios

realizados entre as partes, sua situação e as datas de realização das

transações (FRANCO et al., 2003).

Esta técnica se utiliza da ação conjunta e colaborativa entre o auditado e

a auditoria, neste caso a circularização pode se acontecer por duas maneiras:

a) Sem valores: quando o parceiro de negócio deve apenas sinalizar se as informações e valores passados pela organização estão corretos ou não. Pode ser denominado também como pedido de confirmação positivo branco.

b) Com valores: nesta avaliação o auditor solicita que a organização não envie as transações efetuadas e pede que seja solicitado o histórico do parceiro de negócio das transações efetuadas, então o auditor confronta as informações externas com as internas. Pode ser denominado como pedido de confirmação positivo preto.

Almeida (2003) cita que esta técnica de verificação objetiva descobrir se

existem bens de propriedade da organização em poder de terceiros, direitos a

receber e obrigações a serem pagas como:

˗ Dinheiro em conta bancária; ˗ Contas a receber de clientes;

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26

˗ Estoques em poder de terceiros; ˗ Títulos em poder de terceiros; ˗ Contas a pagar para fornecedores; ˗ Empréstimos a pagar.

A escolha dos valores a serem circularizados é de extrema importância

para o sucesso nos testes de auditoria, através da ponderação de diversos

aspectos para determinar qual amostra será utilizada dentro de uma conta

contábil. Alguns itens que devem ser levados em consideração como

relevância de valor, importância do item no conjunto, entre outros (FRANCO et

al., 2003).

Outro fator importante a ser considerado para escolha dos itens no

processo de circularização é a avaliação do controle interno da organização.

Caso o auditor avalie os controle internos e determine que as informações

contidas nestes são seguras e confiáveis poderá limitar o escopo às maiores

transações ou clientes, caso contrário deverá avaliar minuciosamente os

valores para determinar a veracidade dos dados.

2.4.1.2. Inventários É um procedimento utilizado exclusivamente para contabilizar itens

físicos que tenham valor ao patrimônio da empresa, visam, principalmente,

catalogar os produtos declarados nas demonstrações financeiras, ou seja,

realizar o levantamento de todos os bens físicos da empresa e confrontá-lo

com as demonstrações da organização (ALMEIDA, 2003).

As contagens físicas, normalmente, se dão pela contagem de dinheiro

em caixa, estoques, títulos e bens do ativo imobilizado. Os inventários

permitem ao auditor descobrir possíveis desfalques contra os ativos da

empresa ocorridos por desvios de imobilizado, registros incorretos ou

valorações indevidas (FRANCO et al., 2003).

Dentre as fraudes de possível detecção nos inventários estão as fraudes

no controle interno e fraudes contábeis que são identificadas pela auditoria

interna através da correta utilização da ferramenta de inventário e o

acompanhamento do processo de forma eficaz.

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Alguns itens básicos devem ser observados pelo auditor para que seu

objetivo seja cumprido:

a) Instruções preliminares – regras a serem seguidas pelos integrantes da contagem, a fim de padronizar a execução dos serviços;

b) Identificação do material – processo de identificação com etiquetas os itens já contabilizados para evitar a duplicidade na contagem;

c) Corte – determinação de data limite para a retirada de itens do estoque;

d) Identificação do material inventariado – Objetiva encontrar itens que possam estar sem marcação e, caso haja algum item não marcado incluí-lo no inventário.

Esta atividade não é exclusiva dos setores de auditoria, sendo muito

comum em ambientes produtivos em que o setor de produção inventaria todo o

estoque, portanto, há necessidade de todas as áreas que realizam inventários

terem um relacionamento próximo com o setor de auditoria interna para facilitar

o desenvolvimento do trabalho executado.

2.4.1.3. Conferências As conferências são procedimentos realizados para conferir os cálculos

e estimativas através da verificação do conhecimento técnico, da constatação

das habilidades matemáticas e financeiras e a precisão dos cálculos com

bases legais e científicas.

Apesar de esta técnica de auditoria ser uma das mais simples a ser

realizada, existe um fator complicador, pois alguns itens são de difícil

valoração, os bens intangíveis como marcas, patentes e logomarcas figuram

nos itens de difícil valoração. E a determinação de seu valor será dada através

da experiência do auditor e de pesquisas de mercado para avaliar

organizações semelhantes ou consulta a alta administração.

Cabe sempre ao auditor validar os valores, e, principalmente, dos bens

intangíveis, pois podem representar uma discrepância muito grande se

valorado incorretamente. Attie (2007) relaciona ainda alguns outros cálculos

que necessitam ser revisados e conferidos pelos auditores:

˗ Cálculo da listagem de estoque;

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28

˗ Soma da razão auxiliar de clientes / fornecedores; ˗ Soma do diário auxiliar de clientes / fornecedores; ˗ Cálculo da equivalência patrimonial sobre os investimentos; ˗ Cálculo dos dividendos a distribuir aos acionistas; ˗ Cálculo da depreciação dos bens do ativo imobilizado; ˗ Cálculo da variação cambial sobre empréstimos; e ˗ Cálculo dos juros a receber / pagar.

Este tipo de auditoria tem como particularidade um maior tempo para

realização dos trabalhos, podendo evidenciar algumas inconsistências que

deverão ser avaliadas e determinadas como erros ou fraudes. As principais

fraudes possíveis para este tipo de verificação são as fraudes contábeis,

financeiras e no controle interno.

O principal objetivo deste procedimento é valorar e confrontar os valores

dos bens que compõe o patrimônio da empresa, tendo seus resultados

extremamente ligados ao resultado financeiro da empresa.

2.4.2. Softwares de auditoria

Com o avanço da tecnologia e a criação de novos meios de controlar e

executar as atividades cotidianas, o trabalho, de forma geral, mudou e com isso

o trabalho do auditor também foi afetado. Num panorama em que será cada

vez mais raro um auditor conferir manualmente auxiliado por livros, este

precisa se adequar à nova realidade dos sistemas de informação que emitem

laudos eletrônicos e têm gestão de execução com assinatura eletrônica

(GOMES, 2000).

Aparentemente, o auditor teria maior tranquilidade em sua jornada de

trabalho com a informatização das atividades, entretanto com o advento da

tecnologia, a empresa na qual trabalha e seus parceiros de negócio, agora,

negociam instantaneamente e ininterruptamente pela rede mundial de

computadores. Pela criação destes meios de negócio, o auditor deve

estabelecer novos meios para avaliação e controle das transações de modo

que não haja espaço para o surgimento de erros e fraudes (MARTINS et al.,

1999).

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Com isso, cabe ao auditor analisar os controles básicos das diversas

áreas, elaborar check-lists que permitem ao auditor estabelecer escopos

básicos de revisão, avaliar e revisar os procedimentos de controle e segurança.

Além de ser atuante na criação da política de segurança da informação da

organização. Nesta virada na forma de atuação do auditor ele deve colaborar

diretamente para as melhorias nos processos visando a produtividade e

racionalizar a atuação somente aos serviços que contribuam diretamente ao

negócio da empresa.

O IBRACON (1998) define os sistemas de auditoria como programas

computacionais utilizados pelo auditor como ferramenta de trabalho para

realizar o processamento de dados do sistema contábil. Estes sistemas podem

ser do tipo pacote, onde diversos módulos o constituem, programas específicos

ou utilitários necessários à sua atuação.

Por fim, o principal objetivo dos sistemas de auditoria é auxiliar o auditor

a realizar o seu trabalho e garantir a qualidade das avaliações e conclusões

sobre problemas relacionados à organização.

2.4.3. Denúncias

O setor de auditoria tem como uma de suas principais funções

estabelecer meios de comunicação dos demais setores com a alta

administração para o relato de ocorrências de irregularidades, agressões, mau

uso das ferramentas, entre outras atividades não condizentes com a atuação

dos funcionários da organização.

Esta ferramenta de auditoria traz como principal participante e executor

da mudança seja o funcionário, pois através de sua visão e identificação do

problema, comunica pelo canal de denúncias estabelecido, e a partir daí a alta

administração suportada pelo setor de auditoria realiza as alterações e toma as

medidas necessárias para sanar o problema ou reduzir a probabilidade de

acontecimento.

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Os tipos mais comuns de denúncias que podem ser realizadas são a

denúncia anônima e a denúncia explícita. Nas denúncias anônimas, Gomes

(2000) relata que o último quesito a ser buscado é o autor da denúncia, o

auditor deve se focar em levantar e reunir provas para incriminar ou inocentar o

acusado da denúncia. Por outro lado, os denunciantes aguardam avidamente

que a empresa esclareça a denúncia, fazendo com que o canal de denúncias

tenha credibilidade somente quando há resposta quanto ao reclamado.

Alguns motivos são levantados para a razão da preferência da

realização de denúncias anônimas, estes são a preservação da imagem, a

garantia da integridade física, o não comprometimento com o relacionamento

com outras áreas da organização e não comprometimento quanto ao assunto

abordado na denúncia (GOMES, 2000).

Já as denúncias explícitas tomam um caráter diferente, geralmente, são

realizadas por clientes e fornecedores da organização diretamente aos

membros da auditoria. Elas se baseiam principalmente no que tange ao

relacionamento inapropriado e a inadimplência de pagamentos. A denúncia

explícita pode ser utilizada para testar e avaliar os controles internos da

organização, entretanto nem sempre as denúncias, apesar de explícitas, serão

verdadeiras, portanto cabe ao auditor avaliar as informações, investigar a

denúncia e emitir seu relatório de avaliação do caso (GOMES, 2000).

Carvalho (2003) relata que com a importância do controle interno para

organização, a mesma deve sempre realizar a comunicação para

conscientização do uso do controle interno e para isso deve se utilizar de

mídias como manual de políticas e procedimentos, jornais e revistas de

circulação interna, canal televisivo interno, intranet, e-mails, entre outros.

Com as denúncias, em qualquer tipo, a auditoria tem a oportunidade de

criar a cultura do comprometimento dentro da organização, onde todos prezam

pela ética. Todas as denúncias que comprovadamente forem verdadeiras

deverão ser divulgadas em comunicados internos para que todos os

funcionários tenham ciência que o meio de denúncia é real e funciona.

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2.4.4. Inquérito

O inquérito é uma importante ferramenta da auditoria para avaliar os

mais diversos casos que venham a ocorrer dentro de uma organização, e sua

metodologia consiste na elaboração de perguntas e obtenção de respostas

condizentes e satisfatórias que devem ser aplicados desde que haja meios

viáveis para a realização dos questionários (ATTIE, 2007). Os principais fatores

para aplicação do inquérito são:

• Conhecer os envolvidos na fraude ou processo;

• Local apropriado para realização do interrogatório;

• Imparcialidade e capacidade de tratar questões delicadas;

• Conhecimento prévio do processo em questão;

• Estabelecer relação de respeito e confiança com o entrevistado.

Gomes (2000) cita as principais características de uma boa entrevista de

inquérito, para ser completa, pertinente e objetiva o entrevistador deve conduzi-

la de forma que seja gasto o tempo necessário para que sejam obtidas as

informações mais profundas e relevantes ao tema. Com isso, deve se preparar

com muita antecedência para que a condução do problema seja dada da

melhor forma possível.

O auditor interno deve ainda atuar de forma profissional, onde não

demonstre medo ou tensão quanto ao trabalho que está sendo executado,

nunca interrompendo a resposta do investigado e demonstrar claramente o

senso de justiça sem concordar ou discordar do que está sendo falado,

realizando somente as anotações necessárias. O objetivo do inquérito é obter

informações suficientes do investigado para comprovar a falha intencional que

discorra em prejuízos relacionados aos ativos da organização. No próximo

capítulo será abordada a estrutura do controle interno nas organizações que é

uma das ferramentas disponíveis à auditoria interna para avaliar o desempenho

dos setores e da empresa.

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CAPÍTULO III – ESTRUTURA DE CONTROLE INTERNO

NAS ORGANIZAÇÕES

3.1. Controle Interno

O controle interno pode ser compreendido como um conjunto de

procedimentos, métodos ou rotinas que objetivem a proteção dos ativos,

produzindo resultados contábeis confiáveis que auxiliam a tomada de decisão

da organização, mantendo-a em busca de seus objetivos e estratégias

(ALMEIDA, 2003).

Franco et al. (2003) complementa a definição anterior especificando que

todo e qualquer instrumento que a organização possua que seja utilizado para

vigilância, fiscalização e verificação administrativa que dão condições de

prever, organizar, direcionar e decidir sobre o futuro da empresa e que reflitam

em seu patrimônio.

Através de uma combinação das políticas, procedimentos, sistemas

definidas pelos administradores, sócios, controladores ou auditores são

implementados os controles internos que devem estar condizentes com

algumas premissas básicas da organização como a estrutura organizacional,

as suas relações, as instruções operacionais devem ser claras e escritas,

definição da estrutura contábil e a definição de cargos.

Quando a organização busca o desenvolvimento de um controle interno,

ela busca inserir em seu ambiente técnicas profissionais de administração,

suportadas por uma ferramenta simples de gestão baseada no ciclo PDCA

(Plan, Do, Check, Act) que, em contrapartida fornecerá informações suficientes

a seus clientes internos e externos de forma rápida e eficaz. Abaixo é possível

identificar o funcionamento de uma ferramenta que tenha o controle baseado

no ciclo PDCA.

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Figura 5 - Funcionamento ciclo PDCA Fonte: < http://www.sobreadministracao.com/o-ciclo-pdca-deming-e-a-melhoria-

continua/>

Os controles internos que a organização deve desenvolver devem estar

de acordo com as medidas utilizadas pelas organizações, dentre os principais

requisitos que todo controle interno deve ter destacam-se:

• Definição das responsabilidades de forma clara e em manuais da organização;

• Definição das rotinas internas; • Estabelecer o limite ao acesso de seus ativos; • Estabelecer o plano de cargos, limitando a atuação de cada cargo; • Definir procedimentos de verificação dos ativos com seus respectivos

registros; • Limitação às transações e valores; • Organização e definição de um sistema de auditoria interna para

controlar todos os requisitos.

Na imagem abaixo é possível identificar o vínculo do controle interno e a

gestão da empresa, mostrando-se uma ferramenta versátil e que potencializa o

processo decisório e pode auxiliar ao alcance das metas e objetivos traçados.

Os principais objetivos do controle interno são:

a) Servir como base de informações confiável; b) Criar a mentalidade voltada para os resultados; c) Garantir o potencial de geração de riqueza; d) Garantir que as normas e legislações sejam cumpridas.

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Figura 6 – Relação dos controles interno e externo com a organização

Fonte: Adaptado de AUDIBRA, 1992.

Conclui-se que o controle interno é um método de controle

multidisciplinar dentro da organização que permite que a gestão tenha

informações confiáveis e relevantes para a tomada de decisão e controle de

seus ativos. Servindo como base para outras tarefas dentro da organização

como o pagamento de tributos, demonstrações contábeis, avaliação do

patrimônio, entre outros. O controle interno é a garantia da gestão próxima do

funcionário (PEREIRA, 2004).

3.2. Estrutura Organizacional do Controle Interno

O controle interno deve apresentar uma estrutura composta por

preceitos básicos que influenciam diretamente na solidez das suas

informações, possibilitando aos que o analisam observar a existência de falhas

que geram erros ou fraudes. Esta garantia do bom funcionamento do controle

interno permite que a empresa se proteja de riscos que podem afetar a sua

gestão (SILVA, 201-). Abaixo é possível identificar a estrutura básica de

controle interno de uma organização.

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Figura 7 - Percepção da Estrutura de Controle Interno

Fonte: Adaptado de Imoniana et al., 2005.

Com isso, é identificável a interdependência entre as áreas da

organização e a necessidade de uma administração próxima dos

acontecimentos através do controle interno para que seja possível a obtenção

de resultados que atinjam o objetivo planejado pela organização.

O cruzamento entre as informações dos controles internos permite que a

alta administração possa elaborar e analisar diversos indicadores possibilitando

verificar o que foi orçado, planejado e realizado. Alguns princípios básicos para

ferramentas de controle interno são relacionadas por Vale (2004) apud Queiroz

et al. (2008) como a adequação do controle aos objetivos da organização e aos

objetivos do setor a ser implantado, universalidade da sua aplicação,

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simplicidade, aglutinação, funcionalidade, revisões periódicas e segurança na

implementação e utilização.

Para que o controle interno seja o mais confiável possível, faz-se

necessário estabelecer meios para que as informações e dados inseridos neles

sejam verídicos e confiáveis. Por isso, é necessário implantar procedimentos

que avaliarão as origens e validade das informações. Attie (2007) relata que

estes procedimentos de suporte são a conciliação que é o método que indica a

precisão entre as fontes de informação, o plano de contas que classifica os

dados dentro de uma estrutura de contas com a classificação adequada de

cada conta e o equipamento mecânico.

O controle interno é de grande utilidade para as avaliações gerenciais,

sendo notável como diferencial para a apresentação de aspectos

administrativos e econômico-financeiros vinculando o controle interno com a

alta administração. Portanto, o controle interno foi desenvolvido e preparado

para diferenciar-se dos demais controles da organização, pois este tem por

objetivo criticar os demais controles avaliando suas informações e servindo de

base para a tomada de decisão da alta administração, além de sua atuação

direta na prevenção de erros e fraudes.

3.3. Riscos Inerentes ao Controle Interno

Nos trabalhos de auditoria, o auditor deve sempre buscar fatos que

indiquem a ocorrência de erros ou irregularidades que afetem as

demonstrações contábeis da organização. O resultado dessa busca será fator

chave de decisão para o auditor definir o tamanho da massa de testes que

deverão ser realizados para a determinação da qualidade e conformidade do

controle interno.

Neste contexto, existem três riscos principais que estão inerentes aos

controles internos:

• Risco inerente – Risco com maior nível de dificuldade de detecção, principalmente, pelo fato de estar penetrado à rotina e funcionamento

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da organização estando diretamente associado com a falta de controles internos;

• Risco de controle – O risco determinado pela possível falha ou quebra de segurança nos controles existentes que possibilitem a ocorrência de irregularidades; e

• Risco de detecção – Que compete o risco de o auditor examinar e avaliar a empresa e não detectar a existência de algum risco.

A estrutura dos controles internos da organização é o reflexo dos

procedimentos que possibilitam a manutenção da segurança nos aspectos

técnicos e lógicos dos processos executados, permitindo o cumprimento das

diretrizes estabelecidas. Atuando como prevenção e detecção de erros e

fraudes, regulando a atuação dos funcionários da organização (DIAS, 2006).

Desta forma, a auditoria interna tem a difícil missão de identificar os

riscos atrelados a organização e estabelecer meios para sua correção e

eliminação. Permitindo que os controles internos reflitam a realidade da

empresa, além de garantir à sociedade e órgãos reguladores a sua imagem e

reputação.

3.4. Principais Áreas de Implantação de Controle Interno

O controle interno, por sua característica contábil, muitas vezes, não é

aplicável a todas as áreas da organização, entretanto, nas quais se faz

presente é de suma importância para a segurança dos ativos da empresa. As

principais áreas da organização em que se deve fazer o uso dos controles

internos e os controles a serem utilizados em cada uma delas são descritas

abaixo:

• Tesouraria – Setor responsável armazenamento do dinheiro, pagamento e recebimento de clientes e fornecedores e responsável por controlar o fundo fixo de despesas. Os principais controles aplicáveis são:

o Conferências pelo gestor da área rotineiramente; o Conferência física diária do saldo em espécie e o boletim de

caixa; o Emissão de recibo para toda transação em que recursos são

recebidos;

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o Limitação de valor máximo disponível para fundo fixo e outras retiradas;

o O responsável pelos recebimentos não deve ser o mesmo dos pagamentos;

o Controlar a programação financeira; o Os pagamentos devem ser realizados com quitação do

documento fiscal correspondente com carimbo, data e assinatura;

o Acesso restrito ao caixa e ao cofre; o Controle de emissão de adiantamentos; o Rodízio de funcionários entre as funções; o Confronto com os dados contábeis.

• Contas a receber/vendas – Setor responsável pelo registro dos valores a receber de clientes. Os principais controles aplicáveis são:

o Controle de títulos em atraso; o Cruzamento dos recebimentos em cheque para depósito; o O responsável pela venda não deve ser o mesmo do

recebimento; o Relatório de evolução das vendas; o Relatório de causas de devoluções; o Limitação de quem concede descontos; o Programação financeira de recebimentos; o Controle sobre o adiantamento a clientes; o Emissão de notas fiscais em sequência numérica; o Regras para vendas a prazo.

• Contas a pagar/contas – Setor responsável pelo pagamento de fornecedores, mercadorias e contas da empresa. Os principais controles aplicáveis a este setor são:

o Cadastro de fornecedores atualizado; o Elaboração de procedimento formal de cotação de preços; o Mapa de licitação; o Definição de política para realização de compras; o Elaboração de critérios para um ranking de fornecedores; o Realização de compras mediante pedido aprovado; o Acompanhamento da posição atual do estoque; o Verificação de condições contratuais; o Controlar adiantamentos a fornecedores; o Confrontar nota fiscal com pedido de compra; o Meio para confrontar que o pagamento a ser realizado é por

um produto/serviço comprado/realizado; o Programação financeira de pagamentos; o Confronto com os dados contábeis.

• Estoques – Setor que sustenta as atividades da organização sejam elas de venda ou consumo próprio da organização. Pode ser

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subdividido em produtos acabados, produtos em processamento, matéria-prima, mercadorias para revenda, materiais para embalagem e acondicionamento, suprimentos gerais, entre outros. Seus principais controles são:

o Registro da entrada de mercadorias com confronto a nota fiscal;

o Saída de mercadorias somente com requisição; o Em caso de entrada de mercadorias sem nota, estas devem

estar separadas das demais mercadorias para que seja regularizada a sua situação;

o Limitação do acesso ao estoque; o Levantamento do inventário periódico (trimestral); o Controle de validade do material; o Organização do estoque; o Confronto com os dados contábeis.

• Folha de pagamento – setor que trata dos recebíveis do principal ativo da empresa. Dentre os seus controles aplicáveis estão:

o Registro de pessoal; o Formulários de aprovação de adiantamentos; o O responsável pelos pagamentos não deve ser o mesmo que

os autoriza; o Controle de ponto; o Aprovação dos relatórios de ponto; o Reajustes salariais somente mediante solicitação de aumento

e autorização pelo setor responsável; o Conferência da folha de pagamento; o Autorização para realização de horas extras; o Autorização por escrito dos funcionários para descontos em

folha de pagamento; o Acompanhamento do mapa de férias evitando duplicidade de

pagamentos e garantindo que os funcionários tirem férias; o Confronto das guias pagas com o resumo de pagamentos do

dia; o Adequação e cumprimento das legislações competentes.

• Imobilizado – Setor responsável pelo patrimônio físico da empresa, constituído por móveis, equipamento e edificações. Neste caso os principais controles são:

o Controle de obsolescência de bens; o Controle de baixas, vendas com autorização; o Controle de realização e manutenção de seguros contra

sinistros; o Realização do tombamento dos bens da organização; o Acompanhamento de transferência dos bens; o Relatório de histórico dos bens;

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o Verificação da depreciação aplicada aos bens e revisão.

3.5. Controles Contábeis

São procedimentos e planos de organização que objetivam salvaguardar

o patrimônio da empresa, assegurando a confiança a suas contas e relatórios

financeiros (COOK et al., 1979 apud REZENDE et al., 2004). Tendo como

principal objetivo registrar as ações contábeis, auxiliando na elaboração de

demonstrações financeiras e manutenção dos ativos da empresa.

Um fato que chama atenção é que ainda que na era da tecnologia e

informação, muitas empresas ainda só realizam o controle contábil para prestar

contas às exigências fiscais, fazendo com que o controle interno seja uma

mera formalidade e não uma ferramenta de auxílio à decisão (FAVERO et al.,

1995 apud REZENDE et al., 2004).

Com isso torna-se necessária a criação de controles contábeis como

sistemas de conferência, aprovação e autorização, a segregação de funções,

controles físicos sobre ativos, entre outros.

Levando em consideração que toda empresa é criada com o intuito de

estabelecer lucro, logo a existência de um controle contábil voltado para o

gerenciamento da organização auxiliará o monitoramento das atividades e

operações executadas pela empresa, gerando informações confiáveis para a

sua gestão.

3.6. Controles Administrativos

Conjunto de procedimentos e métodos referentes às operações,

políticas, diretrizes e relatórios da empresa que se relacionem de forma indireta

com suas demonstrações financeiras. Tendo como principal objetivo auxiliar a

alta administração na condução do negócio.

Os controles administrativos são compreendidos pelo plano de

organização, além de todos os procedimentos e métodos referentes à

eficiência operacional, e ao cumprimento das diretrizes administrativas que são

indiretamente relacionadas aos registros contábeis e financeiros. Incluem-se

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aqui controles como análises estatísticas, estudos de tempo e movimento,

relatórios de desempenho, controle de qualidade (NEVES, 20--).

Silva (2002) acrescenta que os controles administrativos buscam aderir

métodos e procedimentos às políticas estratégicas além da eficiência

operacional da organização, e tem como principais instrumentos o

planejamento estratégico, as metas de produção, os sistemas de custos,

controle da qualidade, entre outros.

Portanto, é possível perceber que os controles administrativos são para

a empresa um meio de estruturar, delegar autoridade, fornecer regulamentos,

manuais e procedimentos por escrito, além de determinar e controlar o

ambiente operacional para garantir que a empresa trilhe o caminho objetivado

pela alta administração e alcance as metas e objetivos traçados, tendo meios

para acompanhar, ajustar e corrigir, se for preciso.

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CONCLUSÃO

As fraudes realizadas contra empresa trazem grandes prejuízos a sua

produtividade e lucratividade. Apesar dos avanços tecnológicos que

possibilitaram a implantação de diversos controles para reduzir e coibir a

ocorrência de fraudes, ainda há grande resistência por parte dos funcionários e

até mesmo dos administradores de se utilizar os meios de controle pelo fato de

alterarem um pouco o processo de trabalho realizado.

Desta forma, a atuação da auditoria interna torna-se imprescindível para

a transformação da organização para um ambiente de combate as fraudes,

onde haja implantada a postura ética e de prevenção a estas ameaças que

atingem empresas dos mais variados ramos de atuação e níveis.

A auditoria interna foi explorada por meio desta pesquisa por meio de

publicações científicas, onde foi possível identificar a crescente procura por

meios e técnicas para controlar e coibir ações fraudulentas nas atividades

desempenhadas pelos funcionários. Além disso, foi possível identificar também

que à medida que são criados novos meios para controlar e coibir as práticas

fraudulentas, mais audaciosas e ambiciosas são as técnicas e práticas

adotadas por aqueles que objetivam cometer irregularidades.

Pode ser observado também que as empresas com maior visão dos

seus negócios e com maior acesso a dados e informações são aquelas que

possuem um setor de auditoria interna bem estruturado e desenvolvido. Os

investimentos em sistemas de informatização de processos e de auditoria

permitiram aos auditores internos aplicar novas tecnologias em seu ambiente

de trabalho, conduzindo-os a uma maior assertividade e eficiência na execução

de seus trabalhos.

Sendo possível concluir que a fraude é um risco como qualquer outro

dentro de uma organização, entretanto seu risco pode ser abruptamente

reduzido com a utilização da auditoria interna, ainda mais com a utilização de

controles internos para ágil acesso aos dados e estatísticas sobre os ativos.

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ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ................................................................................................... 3 DEDICATÓRIA .............................................................................................................. 4 RESUMO ......................................................................................................................... 5 ABSTRACT .................................................................... Erro! Indicador não definido. METODOLOGIA ........................................................................................................... 6 LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................... 7 SUMÁRIO ....................................................................................................................... 8 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9 CAPÍTULO I – FRAUDE NAS ORGANIZAÇÕES ................................................. 10 1.1. O Conceito ....................................................................................................... 10 1.2. Fraudes Contábeis ............................................................................................ 12 1.3. Fraudes Financeiras .......................................................................................... 13 1.4. Fraudes no Controle Interno ............................................................................. 13 1.5. Fraudes Éticas .................................................................................................. 14 1.6. Meios de Combater a Fraude na Organização ................................................. 15

CAPÍTULO II – AUDITORIA INTERNA ................................................................ 19 2.1. Conceitos de Auditoria ..................................................................................... 19 2.2. Auditoria Interna .............................................................................................. 21 2.3. Legislação aplicável à auditoria interna ........................................................... 23 2.4. Instrumentos da auditoria interna para detecção de fraudes ............................ 24 2.4.1. Procedimentos de auditoria ....................................................................... 25 2.4.2. Softwares de auditoria ............................................................................... 28 2.4.3. Denúncias .................................................................................................. 29 2.4.4. Inquérito .................................................................................................... 31

CAPÍTULO III – ESTRUTURA DE CONTROLE INTERNO NAS ORGANIZAÇÕES ........................................................................................................ 32 3.1. Controle Interno ............................................................................................... 32 3.2. Estrutura Organizacional do Controle Interno ................................................. 34 3.3. Riscos Inerentes ao Controle Interno ............................................................... 36 3.4. Principais Áreas de Implantação de Controle Interno ...................................... 37 3.5. Controles Contábeis ......................................................................................... 40 3.6. Controles Administrativos ............................................................................... 40

CONCLUSÃO ............................................................................................................... 42 BIBLIOGRAFIA CITADA .......................................................................................... 43