caderno de apoio a pratica pedagogica advinhas charadas parlendas proverbios e trava-linguas

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A A D D I I V V I I N N H H A A S S , , C C H H A A R R A A D D A A S S , , P P A A R R L L E E N N D D A A S S , , P P R R O O V V É É R R B B I I O O S S E E T T R R A A V V A A L L Í Í N N G G U U A A S S EDUC.INFANTIL/CICLOS DE APRENDIZAGEM I e II / EJA APOIO À PRÁTICA PEDAGÓGICA

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Page 1: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

AAADDDIIIVVVIIINNNHHHAAASSS,,, CCCHHHAAARRRAAADDDAAASSS,,, PPPAAARRRLLLEEENNNDDDAAASSS,,, PPPRRROOOVVVÉÉÉRRRBBBIIIOOOSSS EEE TTTRRRAAAVVVAAA ––– LLLÍÍÍNNNGGGUUUAAASSS

EDUC.INFANTIL/CICLOS DE APRENDIZAGEM I e II / EJA

APOIO

À PRÁTICA

PEDAGÓGICA

Page 2: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

Prefeito JOÃO HENRIQUE DE BARRADAS CARNEIRO Secretário Municipal da Educação e Cultura NEY JORGE CAMPELLO Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico ANA SUELI PINHO Equipe Técnica da Edição Original (1996) Coordenação da Elaboração dos Cadernos KADJA CRISTINA GRIMALDI GUEDES Consultoria MARIA ESTHER PACHECO SOUB Sistematização ANTÔNIA MARIA DE SOUZA RIBEIRO MARIA DE LOURDES NOVA BARBOZA ELISABETE REGINA DA SILVA MONTEIRO Reedição Atualizada (2007) MARIA DAS GRAÇAS CERQUEIRA LEONE Coordenação da reedição dos Cadernos MARIA DE LOURDES NOVA BARBOZA

A reedição deste caderno atende aos objetivos da SMEC em dar suporte didático pedagógico às atividades de sala de aula.

Esta publicação destina-se exclusivamente para o uso pedagógico nas escolas Municipais de Salvador, sendo vetada a sua comercialização. A reprodução total ou parcial deverá ser autorizada pela Secretaria da Educação e Cultura de Salvador.

Page 3: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

APRESENTAÇÃO É com muita satisfação que a Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico - CENAP – apresenta aos professores do Sistema Municipal de Ensino, a reedição atualizada dos Cadernos de Apoio à Prática Pedagógica. Nascidos em 1996, de um trabalho de vanguarda que conectava a teoria à prática da sala de aula das escolas municipais, tais cadernos procuravam ser – e certamente ainda são – um instrumento estratégico da nossa luta diária para aumentar os índices de desempenho acadêmico dos alunos da Rede Municipal de Ensino de Salvador. Os Cadernos de Apoio à Prática Pedagógica apresentam vários blocos de sugestões com diferentes tipologias textuais e algumas atividades voltadas para aquisição da base alfabética e ortográfica dos alunos, subsidiando os professores no seu saber-fazer pedagógico.

Acreditamos que quanto mais investirmos na formação continuada,na prática reflexiva, na pesquisa de soluções originais, mais será possível uma progressiva redefinição do nosso ofício de professor, no sentido de uma maior profissionalização. Atualizamos e publicamos esses cadernos, apostando no potencial criativo dos professores ,tendo em vista o bem comum de todas as crianças,jovens e adultos que freqüentam as escolas municipais de Salvador. Sucesso professor, é o que lhe desejamos! Ana Sueli Pinho Coordenadora da CENAP

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ADIVINHAS E CHARADAS

As Adivinhas e Charadas são textos curtos da literatura popular encontrados geralmente em

forma de perguntas, versos e alguns em prosa. São enigmas verbais que foram passados pelos

nossos antepassados de forma oral, geralmente aprendidos, inconscientemente, na infância.

É também uma forma lúdica de adivinhações populares, na qual a enunciação da idéia ou fato

é constituída de analogias e de personificações, ou seja, estão envolvidas em alegorias, a fim

de dificultar a solução do problema.

As Adivinhas e Charadas são tão velhas quanto à própria história, pois nas civilizações

antigas os enigmas eram expressões do culto e da magia religiosa.

Os deuses falavam de uma forma um tanto obscura e os homens tinham de interpretar suas

palavras. Os decifradores granjeavam prêmios preciosos e reputação divina. Édipo, Salomão,

Merlino e outros eram considerados possuidores da ciência divinatória das respostas e das

questões difíceis.

Antigamente, a decifração de enigmas era prova de inteligência, com o passar do tempo, a

prática perdeu o sentido filosófico. Atualmente tais enigmas são encontrados na voz anônima

do povo e, principalmente, na boca das crianças.

Quando perguntamos quem sabe adivinhas e charadas e as tem guardadas na memória,

encontramos sempre alguém que tem algumas lá no "fundo do baú" adormecidas.

O folclore brasileiro é rico em adivinhas, charadas, e nas cidades do interior elas são usadas

como um interessante passatempo por homens, mulheres e crianças.

Ao longo do tempo os próprios homens foram formando suas adivinhas e charadas.

As ADIVINHAS podem ser classificadas em:

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COMUNS

Exemplos:

• Por que o galo quando canta fecha os olhos? R- Porque sabe a música de cor.

• Qual a cabeça que não tem medo de pancada? R - cabeça do prego.

RELIGIOSAS

Exemplo:

• O que é que o rei vê uma vez, o homem toda vez e Deus nenhuma vez? R - O

seu semelhante.

MALICIOSAS ou de GOGA - muitas vezes parecem ser fortes, devido à sua enunciação,

mas são completamente inocentes.

Exemplo:

• O que é que o homem tem atrás e a mulher tem na frente? R - A letra M.

As CHARADAS são expressas em trovas ou não e os adultos e crianças gostam de se divertir

“matando” charadas.

As CHARADAS mais conhecidas são as Adicionadas, antigamente conhecidas como

Novíssimas. Para cada tipo de charada existe um método especial para desvendar a palavra

secreta.

As charadas também podem ser dos tipos: sintéticas, intercaladas, aforéticas, apocopadas etc.

Neste caderno apresentamos apenas as charadas adicionadas.

A solução das charadas adicionadas é formada por dois ou mais sinônimos que somados em

seqüência resultam na solução da charada.

Os algarismos indicam quantas sílabas tem as palavras sinônimas que deverão ser utilizadas

para formar a palavra/ solução da charada.

As palavras em negrito indicam as que deverão ser substituídas por sinônimos.

Exemplo:

Ama de leite ali , é projétil. 1 + 1 Resp: ba + lá = bala

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OBJETIVOS DO TRABALHO COM ADIVINHAS E CHARADAS

• Reconhecer as características desses tipos de textos.

• Desenvolver o raciocínio lógico.

• Favorecer a aquisição da base alfabética.

• Aumentar o volume de escrita

• Valorizar e apreciar a cultura popular.

• Criar adivinhas e charadas.

• Desenvolver o espírito criativo e crítico.

• Divertir e integrar o grupo de alunos

CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS

As adivinhas e charadas divertem e provocam curiosidade, valorizam a leitura como fonte de

prazer e entretenimento criando um clima de suspense que os alunos gostam de decifrar e

possibilita o desenvolvimento da expressão oral.

Segundo Augusto César Pires de Lima “Os enigmas têm para nós interesse etnográfico,

exercendo papel educativo, constituindo-se num bom entretenimento”, da literatura popular

atual.

As atividades de adivinhações possibilitam a aprendizagem da língua escrita de forma lúdica e

prazerosa por serem textos curtos e de fácil memorização, ajudando os alunos a pensarem e a

se concentrar na forma convencional da escrita das palavras.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ao trabalhar com Adivinhas e Charadas o professor deverá fazer a :

• Seleção de algumas adivinhas / charadas para a aula ;

• Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre elas;

• Confecção de tirinhas de papel com trechos das adivinhas / charadas;

• Realização de rodas de adivinhas / charadas ( para as crianças adivinharem);

Page 7: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

• Construção de gráficos, a partir do trabalho realizado com adivinhas/charadas,

proporcionando contagem e construções de situações-problema);

• Exploração de leitura das adivinhas / charadas de várias formas ( oral ,individual, em

grupo;

• Realização de bingo com as respostas das adivinhas / charadas;

• Solicitação de cópias significativas das adivinhas / charadas;

• Aplicação de ditados variados;

• Realização de lacunados;

• Criação de adivinhas / charadas;

• Realização de torneios e competições de charadas / adivinhas.

• Investigação junto à comunidade, sobre adivinhas / charadas

• Organização do Livro de Adivinhas / Charadas

• Realização de Torneio de Adivinhas / Charadas com a participação da comunidade

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ADIVINHAS

O que é, o que é ...

Por que é que o boi sobe o morro?R - Porque não pode passar por baixo.

Tem casa mas não mora em cima? R – Botão.

Tem cabeça, tem dente, tem barba, não é bicho e não é gente? R- Alho.

Tem boca, tem língua mas não fala? R - Boca do sapato.

Cai em pé e corre deitado? R – Chuva.

Tem chapéu, mas não tem cabeça. Tem boca, mas não fala. Tem asa mas

não voa.Tem bico, mas não belisca? R-Bule.

O que é, o que é que está o meio do ovo? R - A letra V.

O que é que falta numa casa para formar um casal? R - A letra L.

Quem é que foge sempre quando se fala em dinheiro? R - O devedor.

Quem é que nasce no rio, vive no rio e morre no rio mas não está sempre molhado?

R- O carioca.

O que o que corre em volta do pasto inteiro sem se mexer? R - A cerca.

O que é que e enche a casa mas não enche a mão? R – Botão

Qual a formíguínha que sem a primeira sílaba vira fruta ? R - Saúva.

Qual a diferença entre a mulher e o leão? R - A mulher usa batom e o leão ruge.

O que é que é que nunca volta, embora nunca tenha ido ? R – O passado.

O que é que é que sempre se conta e raramente se desconta? R - Idade.

O que é que é que não é de carne, nem de osso, mas enche de carne viva para aguentar

espetadelas ? R - Dedal.

Quais as capitais brasileiras mais faladas no mês de dezembro ?R - Natal, Belém, Salvador.

O que é,o que é que quando é escrita com O costuma matar, escrita com A só serve para

amarrar? R - Tir o / T i r a.

O que é o que é que o ferreiro faz, o cavalo usa, no jardim é flor, na comida é tempero, mas no

rosto é marca ? R - Cravo.

O que é que pode passar diante do sol sem fazer sombra? R- O vento

Onde se encontra o centro de gravidade? R - Na letra l .

Soletre ratoeira com quatro letras? R – Gato.

O que é que quando se perde jamais se conseguirá encontrar de novo?R - O Tempo.

Tenho músculos de aço, passo o ano falando com metade da população do mundo? R - Linha

Telefônica.

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O que que as mulheres não têm e não querem ter?

Os homens querem ter, mas quando têm tratam geralmente de desfazer-se dela?R – Barba.

O que é o que é cinco operários só tem um chapéu?R - Dedos – dedal.

O que é preciso para pagar uma vela? R - Que ela esteja acesa.

Quem é tão forte que pode parar um automóvel com uma mão só? R - Guarda de Trânsito.

Qual é o homem que tem de fazer mais de três barbas por dia? R - O barbeiro.

O que é que não tem pernas mas sempre anda? R – Sapato.

O que é o que é que dá sem nada ter? R - Relógio.

O que é que quanto mais quente, mais fresco ? R-Pão.

O que é que não está dentro da casa, nem fora da casa mas a casa não estaria completa sem

ela? R – Janela.

Qual o bebê que nasce com bigode? R -Gatinho

O que é que tem uma porção de dentes, mas não tem boca?R - O serrote.

Como é que se retira uma pessoa que cai num poço? R- Completamente molhada.

O que acaba tudo com três letras? R- F i m .

Onde será que você, mesmo sem ser um banqueiro, mesmo sem ser milionário, pode sempre

achar dinheiro? R- Dicionário.

O que é que tem centro, mas não tem começo nem fim? R– Círculo.

Qual o policial que mais gosta do seu trabalho? R - O policial de transito. Ele fica assobiando

enquanto trabalha.

Doença que ataca motoristas de táxis? R - Taxicardia

Um estado quesonha ser carro? R – Ser gipe

Doença que ataca policiais? R –Prisão de ventre

O vento não leva, o sol não queima e a chuva não molha? R – A sombra

Qual a doença do fabricante de malas? R - Malária

O jardineiro tem no rosto? R - Cravos

Escreve como lápis, tem ponta de lápis e não é lápis? R – A lapiseira

O burro faz todos os dias ao meio dia? R - Sombra

Você tem um, todos tem dois e eu não tenho nenhum? R – A letra O

Pelado por fora e peludo por dentro? R – O nariz

Pontinho azul ao sul do mapa do Brasil? R - Blumenau

Se diz uma vez num minuto e duas vezes num momento? R- A letra M

Capital de Estado brasileira mais segura de se viver? R – Fortaleza

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ADIVINHAS EM VERSOS O que é, o que é mesmo ? Quero ver se vai saber, Que está bem na sua frente, Mas você não pode ver? . R - O FUTURO O que será, o que será ? Que me preocupa tanto ... Viaja por todo o mundo Mas fica sempre em seu canto ? R - SELO. Todo mundo precisa, Todo mundo pede, Todo mundo dá, Mas ninguém segue ? R - CONSELHO. O que está fora você joga fora. Cozinha o que está dentro E come o que está fora Depois o que está dentro você joga fora R - ESPIGA DE MILHO. Responda se for capaz, Sem ficar atrapalhado: Nosso Rei Pedro Segundo, Onde é que foi coroado ? R - NA CABEÇA.

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CHARADAS ADICIONADAS

Caminho, no lugar da briga de galos, e vejo um pássaro. 2 + 2 Resp : ando + rinha = andorinha Goste, da sigla do estado da Bahia, porque provoca desinteria. 2 + 2 Resp : ame + ba = ameba Naquele lugar, procure a ferramenta. 2 + 2 Resp : ali + cate = alicate A primeira vogal com o ser vivo embrionário, é amizade. 1 +2 Resp : a + feto = afeto A primeira vogal com sabor, é o 8° mês do ano. 1 + 2 Resp: a + gosto = agosto O altar de sacrifícios com a fruta de pigarro, é a capital de Sergipe. 2 + 2 Resp : ara + caju = Aracaju A carta de jogar é ruim. 1 + 1 Resp : as + ma = asma Aqui, filha do filho serve para escrever. 1 + 2 Resp :ca + neta = caneta Aqui , rebanho é bicho lerdo. 1 + 2 Resp : ca + gado = cágado Aqui, confiança é bebida de infusão. 1 + 1 Resp: ca + fé = café O rosto e a mulher formam nome de arma de fogo. 2 + 2 Resp: cara + Bina = carabina

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Na atmosfera, o alimento diário é instrumento de pesca. 1 + 1 Resp: ar + pão = arpão Com a 1ª vogal ,oceano é querer bem. 1 + 1 Resp : a + mar = amar Na atmosfera, sofrimento é entusiasmo. 1 + 1 Resp : ar + dor = ardor A governanta com ferramenta de cabo é estado brasileiro do norte. 2 + 1 Resp : ama + pá = Amapá Ama de leite com planta doce é excelente. 1 + 2 Resp: ba + cana = bacana Com a sigla do estado da Bahia, a bacia é vestuário de padre. 1 + 2 Resp : ba + tina = batina Duas vezes, o pronome graceja do instrumento cirúrgico. 1 + 1 + 1 Resp : bis + tu – ri = bisturi Aqui, muito próximo um necessitado. 1 + 2 Resp : ca + rente = carente A planta doce oferece o nome de um país desenvolvido. 2 + 1 Resp: cana + dá = Canadá 21. Rosto feito de cera, é embarcação a vela. 2 + 2 Resp : cara + vela = caravela Na cabeça do galo o homem é transparente. 2 + 2 Resp : crista + Lino = cristalino Aqui, pó é jogo e luta na Bahia. 1 + 3 Resp : ca + poeira = capoeira

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Aqui, pincel grosso e largo é mulato das boas. 1 + 2 Resp : ca + brocha = cabrocha Um resto de vela avistava o pássaro. 2 + 2 Resp : coto + via = cotovia Dentro do ovo, a refeição, serve para dar luz ao edifício. 2 + 2 Resp: clara + bóia = clarabóia Aqui, mentira, é diabo 1 + 2 Resp: ca + peta = capeta A primeira vogal dirige a ave. 1 + 2 Resp : a + guia = águia Aqui , abalo moral , é bebida forte. 1 + 2 Resp : ca + chaça = cachaça O animal de mama oferece a doméstica. 2 + 1 Resp: cria + dá = criada

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PARLENDAS

As Parlendas são formas literárias tradicionais, de origem popular, em forma de versos de

cinco ou seis sílabas, com caráter infantil, de ritmo fácil, declamado em forma de texto verbal

estabelecendo-se como base na acentuação para entender.

Embora exista a expressão “cantar parlendas”, ela é expressa em forma recitada.

A brincadeira de Parlendas consiste em juntar as palavras com ritmo e rimando, podendo ser

falada em grupo, solo ou diálogo.

Distingue-se dos demais versos pela atividade que a acompanha, na brincadeira ou

movimento corporal.

A finalidade é entreter crianças, jovens e adultos, passar o tempo ensinando-lhes algo.

Qualquer um pode criar uma Parlenda.

Nas cidades do interior, é comum pais brincarem com seus filhos, ensinando-lhes parlendas,

brincadeiras etc.

Como variam bastante, algumas pessoas podem conhecê-las de modos diferentes.

É um enunciado lúdico-pedagógico, que diverte, ensina, a sua forma ritmo-sonoro-motora,

desenvolve as condições psicosociais do homem.

São ditos, rimas sem música, destinados a ensinar alguma coisa, divertir e criticar outra

pessoa, isto é, palavreados folclóricos antigos, passados de geração a geração oralmente.

Segundo Luis da Câmera Cascudo as Parlendas estão classificadas em:

• Brincos - são os primeiros e ingênuos mimos infantis, agrados carinhosos que os pais,

babás usam (ditas ou recitadas) para entreter ou aquietar as crianças.

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Exemplo:

Marra-marra,

Carneirinho,

Marra-marra,

Carneirinho.

Mão-mole,

Mão-mole,

Quem sorri

há de apanhar

Pega a mão da criança, balança até sorrir, aí bate de leve numa parte do corpo da criança.

As Parlendas variam de povo a povo, de região a região, porém são idênticas na sua essência e

idéia formadora não perde a “fonte comum e longínqua” conforme afirma João Ribeiro.

Como a fórmula do Dedo Mindinho que é comentada nos livros há aproximadamente três

séculos e que continuam alegrando crianças brasileiras, espanholas, portuguesas, francesas,

viajando de forma ruidosa e anônima no tempo...

Mnemônicas - são todas ditas ou recitadas pelas crianças para enganar e principalmente com

a finalidade de memorizar nomes, números e outros conteúdos. Não se altera, é usada em

áreas diversas com simplicidade para ensinar a contar, a brincar, a marchar, é muito útil na

educação.

Exemplo :

Um, dois, feijão com arroz,

Três, quatro, feijão no prato,

Cinco, seis, feijão pra três,

Sete, oito, feijão com biscoito,

Nove, dez, feijão com pastéis.

Page 16: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

Parlendas propriamente ditas - são brincadeiras iniciadas, desenvolvidas e organizadas

pelas próprias crianças sem a interferência dos adultos (pais, babás como os brincos). As

crianças se organizam com base no princípio disciplinar da própria brincadeira que incentiva

o sentido democrático de aceitar o que for determinado pela Parlenda e assim o grupo que

deseja participar da brincadeira, vai seguindo e obedecendo as regras, aguardando a sua vez e

fazendo o que se pede, como por exemplo : Quem começa?

Repetem palavra por palavra, como terminar a brincadeira etc. Tudo que eu disser, o Sr. diga

a última palavra e acrescente “de sete facadas” e começam:

- Eu ia por um caminho ...

- Caminho de sete facadas...

- Encontrei uma vaca ...

- Vaca de sete facadas...

- Encontrei um morro...

- Morro de sete facadas!

Brincar com os botões do casaco, túnica ou vestido. A palavra que coincidir com o último

botão acontecerá ao seu dono.

Ex:

Casa.

Não casa,

Casa,

Não casa,

Casa.

É importante utilizar Parlendas em atividades variadas de leitura, expressão oral e escrita por

ser um texto de fácil domínio oral, suas palavras são agrupadas com ritmo e sonoridade

possibilitando a integração da língua com brincadeiras, facilitando assim a aquisição de

habilidades de leitura e proporcionar a ampliação do volume de escrita.

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OBJETIVOS

• Conhecer o texto parlenda;

• Adquirir progressivamente a base alfabética;

• Valorizar a cultura popular.

• Apreciar os recursos poéticos das parlendas.

• Expressar-se oralmente com clareza e desinibição.

• Divertir-se brincando com as parlendas

CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS

Segundo Ana Teberosky, a simples exposição do aluno ao ambiente ou contexto alfabetizador

não garante a aquisição de habilidades de leitura e escrita. Eles aprendem a linguagem escrita

através do contato social direto, interagindo com o objeto de estudo e da observação a outros

leitores e escritores.

O professor é referência, modelo de atividades de ler e escrever para os alunos.

Portanto, cabe ao professor :

• oportunizar aos alunos o convívio diverso e intenso em situações de leitura e escrita, a

fim de aumentar o letramento e facilitar assim o processo da alfabetização dos alunos;

• ser parceiro dos alunos encorajando-os a falar e escrever as suas idéias (desejos,

tristezas, alegrias) para conhecer o nível conceitual, leitura de mundo e suas

dificuldades, intervindo adequadamente, quando necessário, fazendo eles avançarem;

• revisar as atividades coletivamente, com a participação ativa dos alunos, porque o

conhecimento e o domínio da linguagem oral e escrita se dão junto com a

representação e reflexão sobre a realidade (leitura e escrita de textos, exercícios...) e

desta forma possibilitar-se-á a conscientização dos seus “erros” (hipóteses).

• realizar atividades de rotina onde o aluno possa estar produzindo e utilizando o

alfabeto móvel refletindo sobre suas hipóteses de escrita e leitura;

Page 18: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

• trabalhar uma Parlenda aproximadamente uma semana expondo-a num cartaz em sala

de aula;

• realizar rotina de leituras diárias e variadas da Parlenda: leitura pelo professor, leitura

compartilhada (professor e aluno), leitura coletiva (vinculada ao prazer, a

descontração), leitura virtual pelos alunos (pseudo-leitura), leitura dirigida (o aluno

utiliza seus conhecimentos de escrita para localizar e ler palavras desconhecidas),

leitura individual...;

• trabalhar a “consciência fonológica” retirando da Parlenda sons de letras, sílabas,

rimas de algumas palavras;

• organizar situações didáticas de escrita como escrita coletiva das Parlendas

conhecidas, títulos das parlendas, favorecer a reflexão dos alunos sobre a escrita deles

fazendo comparações entre início e fim de palavras;

• propor atividades como: lacunado (abrir lacunados no texto para escrever palavras que

faltam na Parlenda),caça-letra e caça-palavra (circular letras e palavras na Parlenda),

ordenação de tirinhas (recortar cada verso da Parlenda e reordená-los colando numa

folha de papel) e cruzadinhas com palavras e figuras da Parlenda;

• pesquisar Parlendas em fontes variadas e produzir “cartaz sanfonado” de Parlendas,

expor e apresentá-las associadas a gestos e brincadeiras ao público.

Page 19: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

PARLENDAS

Um, dois, feijão com arroz, Três, quatro, feijão no prato, Cinco, seis, feijão inglês, Sete, oito, comer biscoitos, Nove, dez, comer pastéis.

Rei, capitão Soldado, ladrão Moça bonita Do meu coração.

Luar, luar Pega esse menino E me ajuda a criar

Uni duni tê Salame minguê Um sorvete colorê O escolhido foi você

Hoje é domingo Pé de cachimbo Cachimbo é de barro Dá no jarro O jarro é fino dá no sino O sino é de ouro dá no touro O touro é valente dá na gente A gente é fraco Cai no buraco O buraco é fundo acabou-se o mundo.

Pinta lainha De cana vitinha Entrou na barra de vinte e cinco Mingorra, mingorra E cate forra tire essa mão que já está forra. .

Boca de forno Forno Tira um bolo Bolo Se o mestre mandar? Faremos todos! .

Mourão, mourão Tome teu dente podre Dá cá meu são. .

Quem cochicha O rabo espicha Come pão Com lagartixa. . .

Santa Clara, clareou São Domingo alumiou Vai chuva, vem sol Vai chuva, vem sol Pra enxugar o meu lençol. .

São Lunguim, São Lunguim Me ache este .... Que eu dou três pulim. .

Sol e chuva Casamento da viúva. Chuva e sol Casa raposa com rouxinol

Page 20: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

Cadê o toucinho que estava aqui? O gato comeu. Cadê o gato? Foi pro mato. Cadê o mato? O fogo queimou. Cadê o fogo? A água apagou. Cadê a água? O boi bebeu. Cadê o boi? Foi carregar trigo. Cadê o trigo? A galinha espalhou. Cadê a galinha? Foi botar ovo. Cadê o ovo? O frade bebeu. Cadê o frade? Ta no convento.

Trabalha, trabalha João Gomes Se não trabalhas Não comes.

Rabo cortou, emendou, saiu se não sair vou dar foguinho. A galinha do vizinho Bota ovo amarelinho Bota um, bota dois, Bota três, bota quatro, Bota cinco, bota seis, Bota sete, bota oito Bota nove, bota dez.

Chicotinho queimado Vale dois cruzados Quem olhar pra trás Leva chicotada.

Lá atrás da minha casa Tem uma vaca chocadeira Quem rir ou falar primeiro Come o bicho e a bicheira.

Batatinha frita Um,dois,três Estátua!

Cabra cega de onde veio? Vim do Pando Que trouxes pra mim? Pão -de –ló Me dá um pedacinho? Não dá pra mim Quanto mais pra tua avó.

Uma, duna, Tena, catena, Saco de pena Vila,vilão, Conta direito que doze são

Galinha gorda! Gorda ! Cadê o sal? Está na panela! Vamos a ela? Vamos! Pra cima ou pra baixo?

Page 21: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

Lá vai a bola Girar na roda Passar adiante, sem demora, pois se ao fim desta canção você estiver com a bola na mão depressa, pule fora.

Ordem, Em seu lugar Sem rir,sem falar Com um pé Com o outro Com uma mão Com a outra Bate palmas Pirueta Traz pra frente Pancada.

Lê com lê Tré com tré Um sapato em cada pé!

Um, dois, três Quatro, cinco, seis, Sete, oito, nove Para doze faltam três.

Cruz de pau Cruz de ferro Quem olhar Vai pro inferno.

O macaco foi à feira Não teve o que comprar Comprou uma cadeira Pra a comadre se sentar. A comadre se sentou a cadeira esborrachou Coitada da comadre Foi parar no corredor.

Uni pandi Cirandi Deu picoti Deu pandi Picote Picotá É de pi San vá.

Dedo mindinho Seô vizinho Maior de todos Fura bolo Mata piolho

Bão ba la lão Senhor capitão Espada na cinta Ginete na mão.

Jãozinho é um bom guiador quando falta gasolina faz xixi no motor.

Papai do céu Mandou dizer Quem vai ser o primeiro É este daqui.

Page 22: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

A baratinha Voou, voou, Chegou na boca de Maria Parou. Na minha não Na de ..... . Ô dô tê cá Lê pepino lê tomá Lê café com chocolá Ô dô tê cá. .

Beterraba, raba raba Quem errar é uma diaba. Borboleta leta leta Quem errar é um capeta.

A bênção dindinha lua me dê pão com farinha pra dar a minha galinha que ta presa na cozinha xô,xô galinha vai pra tua camarinha.

Bata palminha,bate Palminha de São Tomé Bate palminha,bate Pra quando papai vier. Papai dará papinha Mamãe dará maminha, Vové dará cipó Na bundinha da menina.

R are ri ro rua Perua Saia do meio da rua. Na bundinha da menina.

Lá em cima do piano Tem um copo de veneno Quem bebeu morreu Quem saiu fui eu.

Page 23: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

PROVÉRBIOS

Provérbios são textos curtos, mesclados de bom senso e advertências oportunas, ou seja,

frases curtas, concisas, geralmente ricas de imagens, que transmitem uma verdade.

Os provérbios são elementos notáveis em todas as línguas nas idéias que veiculam, como na

originalidade da construção sintática e na articulação entre a forma e o conteúdo.

A sua origem é atribuída à sabedoria popular, faz parte do folclore dos povos, assim como as

lendas, os mitos, as superstições e as canções, traduzem conhecimentos e crenças. Nascido no

seio do povo, reflete usos e costumes de uma nação, incorporando-se no folclore nacional.

Os provérbios são enunciados anônimos, com exceção dos provérbios bíblicos encontrados no

Livro dos Provérbios (Antigo Testamento) que são atribuídos ao Rei Salomão. Ele escreveu

centenas de exemplos práticos de como viver de acordo com a sabedoria divina. No Livro de

Provérbios são abordados vários assuntos como: juventude e disciplina, vida familiar, riqueza

e pobreza, palavra e a língua, a importância de conhecer Deus, etc.

Manifestação do passado enraizado no presente, os Provérbios fazem parte da cultura

eminentemente oral, transmitida de geração a geração, de boca em boca, fruto da experiência

cotidiana individual ou grupal, de quem vivenciou determinadas verdades.

Os Provérbios são utilizados em textos como: conversações diárias, editoriais de jornais;

sermões, slogans, inscrições, edificações, como estratégias para tentar persuadir as pessoas. A

qualidade de encaixe, dá ao provérbio um sentido de força, de poder, de autoridade, quase que

irrefutável, pelo fato de embuti-lo num cenário dramático preexistente.

CARACTERÍSTICAS DOS PROVÉRBIOS

Conteúdo - são portadores de uma carga moral crítica ou vinculativa - ditos, lembranças,

advertências e sábios conselhos para ajudar a governar as nossas vidas (lições de vida);

Forma - distinguem-se pela elaboração trabalhada, artificiosa (repetição, paralelismo,

dialogismo);

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Autoria - são anônimos com exceção dos provérbios bíblicos;

Estrutura literária - são descritivos, prosódicos, poéticos (que podem rimar ou não);

Validade - é universal, sem distinção de lugar e tempo.

OBJETIVOS PARA O TRABALHO COM PROVÉRBIOS

• “Ler” antes de ler convencional;

• Apropriar-se da base alfabética,

• Aumentar o volume de escrita;

• Ler para inferir e compreender o que está não está explícito;

• Estabelecer vínculo prazeroso entre leitura e escrita;

• Descobrir a sabedoria prática desses textos, para o viver cotidiano;

• Desenvolver a análise e compreensão desse tipo de texto;

• Valorizar a cultura popular;

CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS

Para os alunos que não lêem e escrevem convencionalmente, as atividades de leitura e escrita

com esses textos de tradição oral ( os alunos sabem de memória), favorecem avanços nas

hipóteses deles a respeito da língua escrita.

Provenientes da experiência popular, do senso comum, esses textos lidam com os interesses

primários do homem, como: o amor e a luta; a saúde e a doença; a juventude e a velhice; a

fome e o alimento; o trabalho e a brincadeira. Seu efeito é elevar uma afirmação de um nível

ordinário, simplório, para um nível enfático, para ensinar, elogiar, persuadir, convencer, para

prevenir, advertir, restringir ou desencorajar atitudes.

O Provérbio é geralmente metafórico, possui duplo significado, uma leitura literal e outra

figurada. O professor deve trabalhar esse tipo de texto em sala de aula, porque são veículos

para comunicação pessoal e muito importante para levar o aluno à reflexão, ou seja, pessoas

de maior maturidade, podem utilizá-lo para aconselhar e estabelecer um vínculo de respeito

com uma pessoa que está, naquele momento, aprendendo conteúdos atitudinais(de pais para

filhos, de professor para aluno).

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Leitura diária para seus alunos, afim de que tenham contato freqüente com esses textos

e possam conhecê-los melhor;

• Realização de leitura compartilhada (professor e alunos) em momentos de rotina para

que os alunos conheçam e possam inferir e antecipar significados durante a leitura;

• Realização de leitura coletiva (ler, recitar e brincar com os textos), vinculada à

descontração e ao prazer, o texto deve ser fixado em forma de cartaz num local visível

ou escrito no quadro de giz;

• Realização de leitura dirigida para que os alunos possam utilizar seus conhecimentos

de escrita a fim de localizar e ler palavras desconhecidas em textos conhecidos por

eles;

• Realização de leitura pelos alunos de textos conhecidos para destacar, recitar a parte

que mais gostou;

• Investigação / pesquisa de outros provérbios nos livros, com a família ou

comunidade;

• Realização de rodas de conversas para que os alunos compartilhem brincadeiras e

idéias entre si e o professor conheça as preferências e dificuldades deles;

• Realização de atividade escrita individual -criar rotina de escrita de textos que os

alunos têm na memória para que registrem suas hipóteses;

• Reflexão sobre a escrita - propor comparações entre palavras que começam ou

terminam da mesma forma (partes de palavras, letras ou silabas).

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PROVÉRBIOS

• Casa dos pais, escola dos filhos.

• Quem dá aos pobres, empresta a Deus.

• Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro.

• Cada cabeça, uma sentença.

• Longe dos olhos, perto do coração.

• O que os olhos não vêem, o coração não padece.

• Quem foi rei nunca perde a majestade.

• As roupas não fazem o homem.

• Depois da tempestade vem a bonança.

• Nunca deixes para amanhã o que podes fazer hoje.

• Um cão danado todos a ele.

• Nunca é tarde para aprender.

• Cachorro velho não aprende novos truques

• Boi velho não toma andadura.

• Quem cedo madruga acha o que comer.

• Deus ajuda a quem madruga.

• Não é por muito madrugar que amanhece mais cedo.

• Ruim com ele, pior sem ele.

• Antes só, do que mal acompanhado.

• Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

• A água silenciosa é a mais perigosa.

• A águia não se entretém caçando moscas.

• Cão que ladra, não morde.

• Com um só golpe, não se derruba uma árvore.

• Em boca fechada não entra mosca.

• Em cavalo dado não se olham os dentes.

• Em terra de cegos, quem tem um olho é rei.

• Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

• Não se faz omeletes, sem quebrar ovos.

• Nem tudo que reluz é ouro.

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• O fruto proibido é o mais saboroso.

• O lobo perde o pêlo, mas não perde o vício.

• Pelos frutos conhece-se a semente

• A árvore se conhece pelos frutos.

• Aprender sem pensar é inútil; pensar sem aprender, é perigoso.

• Chifre de argola não pega mandinga.

• Chuva e sol, casamento de espanhol.

• Sol e chuva, casamento de viúva.

• A ocasião faz o ladrão.

• A paixão cega à razão.

• Alho e pimenta, o fastio ausenta.

• Cada qual com seu igual.

• Comer e coçar estão no começar.

• Crie fama e deita-te na cama.

• De médico e louco todos temos um pouco.

• Quem vai ao ar, perde o lugar.

• Quem vai ao vento, perde o assento.

• Em pé de pobre, todo sapato serve.

• Quem puxa aos seus não degenera.

• A aranha vive do que tece.

• Abelha atarefada não tem tempo pra tristezas.

• Macaco velho não bota a mão em cumbuca.

• Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha.

• Saco vazio não pára em pé.

• Vassoura nova sempre varre bem a casa.

• Não se chora pelo leite derramado.

• Nunca falta um chinelo velho para um pé cansado.

• Por causa de uma esporada, perde-se uma vaquejada.

• Quem tem boca, vai a Roma.

• Devagar se vai ao longe.

• Quem tudo quer, tudo perde.

• Em casa onde não há pão, todo mundo grita sem razão.

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• Os olhos do dono é que engordam o porco.

• Ao rico não deva, ao pobre não prometa.

• O pior cego é o que não quer ver.

• Quando o amigo é certo, um olho fechado e outro aberto

• Queira bem de graça, que por dinheiro é chalaça.

• De raminho em raminho o passarinho faz seu ninho.

• De grão em grão a galinha enche o papo.

• Favor recebido, favor esquecido.

• Filho extremoso, pai venturoso.

• Filhos criados, trabalhos dobrados.

• Na boca do mentiroso, o certo se faz duvidoso.

• Pai impertinente, filho desobediente.

• Pai rico, filho nobre, neto pobre.

• Pecado confessado está meio perdoado.

• Quem faz uma vez, faz duas, faz três.

• Quem não arrisca, não petisca.

• Água fria não escalda pirão.

• Agulha sem fundo não arrasta linha.

• Dor de barriga não dá uma só vez.

• Cada macaco no seu galho.

• Pé de galinha não mata pinto

• À noite, todos os gatos são pardos

• Quem semeia vento, colhe tempestade.

• Quem semeia amor, colhe saudade.

• Um inimigo prudente é preferível a um amigo indiscreto.

• Pedra que rola não cria limo.

• É melhor prevenir do que remediar.

• Pense bem antes de agir.

• Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

• Filho de peixe, peixinho é.

• Gato escaldado tem medo de água fria.

• Quem não se enfeita por si só se enjeita.

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• Um dia é da caça, outro do caçador.

• Mais vale um pássaro na mão que dois voando

• Come-se para viver; não se vive para comer.

• Ame o seu vizinho, mas não derrube a sua cerca.

• Quando evitamos as ocasiões, removemos as tentações.

• Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

• Quando não se tem o que ser quer, é preciso querer-se o que se tem.

• Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo.

• O diabo tem uma capa que encobre e outra que descobre.

• A verdade é como o azeite, sempre vem à tona.

• Poupa o seu vintém, que um dia você será alguém.

• A mão que dá o pão,dá o castigo.

• O amanhã, a Deus pertence.

• Cada cabeça uma sentença.

• Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço

• Ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão.

• Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

• Quem não tem competência, não se estabelece.

• Respeito é bom e eu gosto.

• Quem tem telhado de vidro, não joga pedra no do vizinho.

• Mulher doente, mulher pra sempre.

• Quem muito dorme, pouco vê.

• Cada macaco em seu galho.

• A ocasião faz o ladrão.

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ALGUNS PROVÉRBIOS BÍBLICOS

• Filho meu não te esqueças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus

mandamentos (Pv. 3:1).

• Não sejam sábios aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal (Pv. 3:7).

• Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão;

• Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem

quer bem (Pv. 3:11-12).

• Não maquines o mal contra o teu próximo que habita contigo confiadamente

(Pv.3:29).

• Ouvir, filhos, a instrução do pai e estais atentos para conhecerdes o entendimento (Pv.

4:1).

• Não abandones a sabedoria e ela te guardará ama-a, e ela te preservará (Pv.4:6).

• Apega-te á instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é tua vida (Pv.4:13).

• Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus (Pv.4:14).

• Guarda com toda a diligência o teu coração porque dele procedem às fontes da vida

(Pv. 4:23).

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TRAVA-LÍNGUAS

Trava-Língua é um texto de origem popular, possui linguagem simples, é rico em ludismo,

sonoridade e semântica, ou seja, formado de jogos de palavras onomatopéias, repetições, e

rimas que muito agradam adultos e crianças.

Os trava-línguas brincam com o som, a forma e o significado das palavras da língua culta. A

sonoridade, a cadência e os ritmos dessas composições encantam os alunos levando-os a

exercitarem a linguagem oral, através do maior desafio que é recitar sem tropeçar na

pronúncia das palavras, sem errar e vão perceber que a rapidez diminui a chance de não

concluir o trava-língua.

O professor ao trabalhar com os trava - línguas deve utilizar modelos que ele mesmo aprecie,

para provocar nos alunos o gosto pelos textos e trazer a tradição oral de suas famílias e da sua

comunidade, contando às histórias que povoam suas memórias, oferecendo assim ricas

possibilidades de trabalho com a linguagem oral, buscando desta forma caminhos para a

construção da escrita da base alfabética.

Os alunos são criativos, quando são trabalhados com entusiasmo, seriedade, afeto e

responderão de maneira positiva, como por exemplo estarão lendo e produzindo trava-línguas

sendo verdadeiros leitores e escritores de sua língua materna. E você professor sentirá que sua

sala de aula é um campo de descoberta, da invenção e da fantasia.

Os trava-línguas fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do

nosso folclore, como as lendas, os acalantos, as parlendas, as adivinhas e os contos. Esses

textos podem ser um bom recurso para trabalhar a leitura oral. Os trava-línguas podem ainda

ser escritos para criar uma coletânea de elementos do folclore e pesquisadas em diferentes

fontes: livros, sites na internet ou revistas de passatempos.

É também um bom recurso para trabalhar a leitura oral. É importante que se ofereça aos

alunos uma variedade de elementos que fazem parte da nossa língua para que eles percebam

que a escrita se constitui de diferentes formas e que cada uma tem um uso e uma organização

diferenciada, dependendo do que se quer expressar.

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Para alguns autores como Amadeu e Alcides Bezerra, e Veríssimo de Melo o Trava-língua é

uma divisão da Parlenda. Cecília Meireles preferiu chamá-las “Parlendas com Obstáculos” e

para Rodrigues de Carvalho são “Problemas para desenferrujar a língua”.

Trabalhar os trava-línguas com crianças das séries iniciais é tarefa muito gratificante, que traz

ao professor surpresas agradáveis, isto porque a criança pequena é muito criativa e responderá

de forma positiva, produzindo trava-línguas que não serão certamente,obras de arte, assim

como não são os desenhos e pinturas que ela produz, mas serão gratificantes tanto para o

aluno que descobre possibilidades de criar,como para o professor que se sentirá feliz ao

perceber que transformou sua sala de aula em campo de descoberta,de invenção de fantasia.

OBJETIVOS

- Desenvolver a linguagem oral possibilitando a reflexão sobre a escrita;

- Apropriar-se da base alfabética, ampliando o volume de escrita;

- Conhecer as variedades textuais valorizando a cultura popular;

- Expressar-se sem tropeçar e sem inibição;

- Pronunciar as palavras adequadamente;

CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS

Os trava-línguas servem para corrigir algumas dificuldades de pronúncia. Aos dislálicos

(pessoas que têm dificuldade em articular as palavras) e aos que têm a língua presa, não há

melhor remédio que uma boa dosagem de trava-línguas.

Os trava-línguas, são elementos poderosos como exercícios de dicção porque aperfeiçoa a

pronúncia correta das palavras principalmente as mais difíceis, servem também para divertir

e provocar disputa entre amigos.

São embaraçosas, provocam risos e caçoadas. O emissor na prática dos primeiros exercícios

parece estar com a língua enrolada, porém rindo e passando o tempo, pratica uma boa terapia

para corrigir seus defeitos.

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Grande parte dos trava-línguas constitui exemplos de aliteração porque é formada pela

repetição da mesma consoante no início de dois ou mais vocábulos.

Ex: "Um papo de pato num prato de prata".

Algumas delas formam cacofonia, vício de linguagem que consiste em formar, com a junção

de duas ou mais palavras, uma outra de sentido ridículo ou obsceno.

Em outros exemplos está a onomatopéia, pois há imitação voluntária de um ruído natural, de

modo imperfeito, por ser a nossa audição aproximada como os primeiros elementos do trava-

língua.

Ex: "Purrutaco-ta-taco, a mulher do macaco, ela pita, ela fuma, ela toma tabaco". Depois de

ouvirmos por algum tempo o "Purrutaco-ta-taco", da voz de um papagaio, podemos imitá-lo,

mas os sons imitados não podem ser integrados na fala corrente, na qual usamos os sons

naturais da fala humana.

O aluno para se desenvolver necessita brincar, jogar e trabalhar em grupo, a fim de trocar

idéias de igual para igual, como forma de se equilibrar com o mundo. Portanto, o professor

precisa criar motivos interessantes para realização da linguagem escrita para que os alunos

sintam prazer em escrever, do mesmo modo que encontram razões para falar.

Lembrando que escrever é uma atividade difícil para o aluno,visto que a linguagem escrita é a

representação da língua falada e isto demanda um plano elevado de abstração, é preciso

resgatar o prazer da escrita e com ele a vontade de aprender.

Orientações Didáticas

• Expor em cartaz na sala de aula o trava-língua e ler várias vezes (professor);

• Levantamento dos conhecimentos dos alunos sobre o texto;

• Realização de leitura virtual pelos alunos;

• Domínio oral do texto pelos alunos;

• Realização de cópia do texto trava-língua;

• Execução de trabalho de consciência fonológica (letras, palavras e rimas);

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• Investigação de outros trava-línguas;

• Produção do livro dos Trava-Línguas com capa ilustrada (coletânea de escritas dos

alunos com essa modalidade textual.);

• Exposição dos textos e livros;

• Concurso de trava-línguas ( falar sem tropeçar nas palavras);

• Realização de atividades escritas: lacunados, ordenações de tirinhas, caça-letras, pintar

as rimas com lápis coloridos etc.

Page 35: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

TRAVA- LÍNGUAS .

O RATO E A ROSA RITA O rato roeu a roupa do rei de Roma, O rato roeu a roupa do rei da Rússia, O rato roeu a roupa do Rodovalho... O rato a roer roia. E a Rosa Rita Ramalho Do rato a roer se ria.

A RATA A rata roeu a rolha Da garrafa da rainha.

PINTOR PORTUGUÊS Paulo Pereira Pinto Peixoto, pobre pintor português, pinta perfeitamente portas, paredes e pias, por parco preço, patrão.

RETRETA Quando toca a retreta na praça repleta se cala o trombone se toca trombeta.

PEDRO Se o Pedro é preto, o peito do Pedro é preto e o peito do pé de Pedro é preto.

GATO Gato escondido com rabo de fora tá mais escondido com gato de fora.

TATU - Alô, o tatu taí? -Não,o tatu num tá. Mas a mulher do tatu tando, É o mesmo que o tatu tá.

TIGRES TRISTES Três pratos de trigo para três tigres tristes.

PARDAL PARDO -Pardal pardo, por que palras? -Palro sempre e palrarei, porque sou o pardal palro o palrador del – rei.

O SAPO NO SACO Olha o sapo dentro do saco, O saco com o sapo dentro, O sapo batendo papo E o papo soltando vento.

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TEMPO O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.

O VELHO Por aquela serra acima Vai um velho seco e peco. -Ô seu velho seco e peco! Este cepo seco é seu?

PINTO O pinto pia a pipa pinga. Pinga a pipa, o pinto pia. Quanto mais o pinto pia

NINHOS DA MAFAGAFOS Num ninho de mafagafos há cinco mafagafinhos. Quem os desmafagafizar, bom desmafagafizador será.

A PIA PERTO DO PINTO O pinto perto da pia tanto mais a pia pinga mas o pinto pia ... A pia pinga, O pinto pia, pia pinto. O pinto perto da pia, a pia perto do pinto.

BABÁ A babá boa bebeu O leite do bebê.

FAROFA Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia.

BISPO O bispo de Constantinopla quer se desconstantinopolizar. Quem conseguir Desconstantinopolizar o bispo de Constantinopla bom desconstantinopolizador será.

Folha Verdelenga Uma folha verdelenga Quem desverdelengar Bom desverdelengador será. Eu, como desverdelenguei Bom desverlengador serei

GALINHA Galinha que cisca muito borra tudo e quebra o caco, pois agora você diga certo, sem fazer buraco: “aranha arranhando o jarro e o sapo socando o saco”.

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PAI DO PADRE O peito do pai do padre Pedro é preto.

DORA A sombra da amoreira Dora namora. No ramo da goiabeira a cigarra mora.

CAROLINA No alto da torre sonha Carolina. Debaixo da parreira brinca Marina.

PALAVRA ( Lourdes Nova ) Palavra se lavra no livro que livra do analfabetismo.

PATO PACO (Antonia Maria)

Pato Paco ou Paco Pato pacato Pataco ataca pagou o pato. Pobre Pato Paco ou Paco Pato?

FATO E FITA Não sei se é fato ou se é fita, Não sei se é fita ou se é fato. O fato é que ela me fita e fita mesmo de fato. .

PAPA Se o papa papasse papa se o papa papasse pão, o papa tudo papava seria um papa-papão.

ECO Cá há eco? – Cá eco há. – Que eco é que há cá? – Cá há o eco que aqui há.

TIA TANTÃ Tinha tanta tia tantã. Tinha tanta anta antiga. Tinha tanta anta que era tia. Tinha tanta tia que era anta.

A LONTRA

A lontra prendeu a tromba do monstro de pedra e a prenda de prata de Pedro, o pedreiro.

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ARANHA

A aranha arranha a rã. A rã arranha a aranha. Nem a aranha arranha a rã Nem a rã arranha a aranha.

.

LAGARTIXA

Larga a tia, largatixa! Lagartixa, larga a tia! Só no dia que sua tia chamar largatixa de lagartinha!

CINCO

Cinco bicas, cinco pipas, cinco bombas. Tira da boca da bica, bota na boca da bomba.

BOTA NO BOTE

Bote a bota no bote e tire o pote do bote.

RATO

Em rápido rapto,

um rápido rato

raptou três ratos

sem deixar rastros.

SOCÓ

É muito socó

para um socó só coçar.

CACÁ

O que é que Cacá quer?

Cacá quer caqui.

Qual caqui que Cacá quer?

Cacá quer qualquer caqui.

TIQUE -TAQUE

Para ouvir o tique-taque,

tique-taque, tique-taque,

depois que um tique toca

é que se toca um taque

PACA

Quem a paca cara compra, paca cara pagará. .

LIGA

Se a liga me ligasse, eu também ligava a liga.

Mas a liga não me liga, eu também não ligo a liga.

Page 39: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

ABC DO TRAVA-LÍNGUA (Elias José)

A A Ana banana tão bacana

namora e gama toda semana.

A semana que a Ana não gama

vira um drama. .

B Um bode bravo é uma barra! E o bode berra e o bode baba

na barba.

C A cara da Cora quando cora deixa claro

que mais clara do que a cara

da Cora só a cara

da clara Clara. .

D Aos domingos seu Domingos

deixa as dívidas, deixa as dúvidas

e só diverte com dados e dominós.

E Entrar com um elefante - mesmo elegante –

num edifício é fácil ou difícil? Mas em esboço um elefante

– mesmo elefante – cabe até em bolso.

.

F Flora do seu Floripes fabrica flores fabulosas

e faz fortuna vendendo flores, vendendo rosas.

na feira das sextas-feiras.

G O gaiteiro Garibaldi

guarda a gaita e gargalha com graça

se vê a Graça engraçando toda a praça.

.

H O que há, O que há, com o agá

que a gente sabe e vê que há,

mas na hora de falar nem parece que há?

Page 40: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

.

I No início

do itinerário um índio viu

o rio e viu a Iara e riu que riu,

olhando a Lara olhando o rio.

J A jandaia

do seu Janjão juntou com o juriti do seu Jurandir

e comeram toda jacá de jaca que ia

pro Jundiaí.

L Lili e Lalá lavam louça levam lixo

e levam lenha, sempre lado a lado.

e nesse lava-que-lava, e nesse lava-que-leva

levam a vida e levam vida pra vila

M Menino que muda muito muda muito de repente,

pois sempre que a gente muda o mundo muda com a gente

N Quanta gente grande

com onda de importante e é só verniz,

pois não sabe nada do que de repente

anda rente do seu nariz.

O O prefeito moço prometeu ovo muito ovo pro povo

e quando ganhou o prefeito novo

deu babana pro povo.

P O padre Pedro pega o prato

e papa que papa e quando o padre Pedro

papa, não pára nem pro Papa.

E dizem que praga do Padre Pedro pega e prega

Mas quem pega a praga do padre Pedro no prego e prega, a praga não pega.

Q O quero-quero quer

pro quati O que o quati quer

pra ti.

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R O rato roeu a rapadura

e se arrependeu e diz que só rapa agora

se for rapamole .

.

S O sapo sabichão só sai do brejo

e sobe em sapato se a sucuri sai de si e sonha com sopa

de sapo.

T Ao toparem

três tigres tagarelas três tatus

ficaram tão atarantados que tocaram terra na própria toca

. .

U O urubu olhou fundo

pro lado do tatu e o tatu não aturou e quebrou o pau:

- Até tu, seu urubu, quer a pele do tatu?

.

V Vovô, de tanto vai-e-vem

de tanto vem-e-vai, vai casar com uma viúva,

uma uva, no inverno que vai

ou no verão que vem. .

X O X do problema

pro bandido é fazer xixi na xícara do xerife.

Z A Zazá se zanga

com Zezé e fica zonza e faz zorra e zarazanga

e vira zombaria. .

Page 42: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

AVALIAÇÃO A avaliação é um ato diagnóstico contínuo que serve de subsídio para uma tomada de decisão na perspectiva da construção da trajetória do desenvolvimento do educando e apoio ao educador na práxis pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação funciona como instrumento que possibilita ao professor ressignificar a prática docente a partir dos resultados alcançados com os alunos, ou seja, o resultado é sempre o início do planejamento de intervenções posteriores. Sugerimos a utilização do instrumento avaliativo apresentado na página a seguir, para acompanhamento do desempenho dos seus alunos e replanejamento de suas ações.

Page 43: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

Avaliação – Produção Textual Modalidade: Provérbios

TÓPICOS DE REVISÃO

Sim

Des

envo

lvim

ento

e

adeq

uaç

ão a

o te

ma

• O texto produzido corresponde ao tema proposto? • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias? • O texto apresenta clareza e coesão?

Car

acte

ríst

icas

do

gêner

o

• O texto caracteriza-se como um Provérbio quanto a linguagem? • È escrito de forma sintética (frases curtas) • É descritivo? • Aborda assunto de cunho moral ou religioso? • É mesclado de bom senso e advertências oportunas? • Transmite uma carga moral crítica?

Est

rutu

ra

Est

étic

a

• O texto foi escrito respeitando as linhas? • A letra empregada é legível? • O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras? • O texto apresenta margem dos dois lados da página?

Est

rutu

ra

Lin

güís

tica

De uma forma geral o aluno: • Escreve convencionalmente as palavras? • Acentua adequadamente as palavras? • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto? • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente? • Emprega o vocabulário de maneira adequada? • Apresenta concordância nominal? • Apresenta concordância verbal?

Page 44: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

Avaliação – Produção Textual Modalidade: Trava- língua

TÓPICOS DE REVISÃO

Sim

Des

envo

lvim

ento

e

adeq

uaç

ão a

o te

ma

• O texto produzido corresponde ao tema proposto? • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias? • O texto apresenta clareza e coesão?

Car

acte

ríst

icas

do

gên

ero

• O texto caracteriza-se como um Trava-LÍngua quanto a linguagem (jogos de palavras, onomatopéias, repetições)? • Está escrito em versos? • Apresenta : • Rimas? • Ritmo? • Sonoridade? • Criatividade?

Est

rutu

ra

Est

étic

a

• O texto foi escrito respeitando as linhas? • A letra empregada é legível? • O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras? • O texto apresenta margem dos dois lados da página?

Est

rutu

ra

Lin

güís

tica

De uma forma geral o aluno: • Escreve convencionalmente as palavras? • Acentua adequadamente as palavras? • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto? • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente? • Emprega o vocabulário de maneira adequada? • Apresenta concordância nominal? • Apresenta concordância verbal?

Page 45: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

Avaliação – Produção Textual Modalidade: Parlendas

TÓPICOS DE REVISÃO

Sim

Des

envo

lvim

ento

e

adeq

uaç

ão a

o te

ma

• O texto produzido corresponde ao tema proposto? • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias? • O texto apresenta clareza e coesão?

Car

acte

ríst

icas

do

gêner

o

• O texto caracteriza-se como uma Parlenda quanto à linguagem? • Está escrito em versos? • Apresenta rima? • Tem ritmo? • Os versos estão relacionados a uma atividade de brincadeira ou movimento corporal? • Apresenta sonoridade?

Est

rutu

ra

Est

étic

a

• O texto foi escrito respeitando as linhas? • A letra empregada é legível? • O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras? • O texto apresenta margem dos dois lados da página?

Est

rutu

ra

Lin

güís

tica

De uma forma geral o aluno: • Escreve convencionalmente as palavras? • Acentua adequadamente as palavras? • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto? • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente? • Emprega o vocabulário de maneira adequada? • Apresenta concordância nominal? • Apresenta concordância verbal?

Page 46: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

Avaliação – Produção Textual

Modalidades: Adivinhas e Charadas

TÓPICOS DE REVISÃO

Sim

Des

envo

lvim

ento

e

adeq

uaç

ão a

o te

ma

• O texto produzido corresponde ao tema proposto? • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias? • O texto apresenta clareza • O texto apresenta coesão?

Car

acte

ríst

icas

do

gêner

o

• O texto caracteriza-se como uma adivinha/ ou charada quanto a linguagem? • Está escrito em versos/ ou prosa em forma de pergunta? • Apresenta: • Estrutura própria de adivinha/ou charada? • Enigmas? • Problema/ solução?

Est

rutu

ra

Est

étic

a

• O texto foi escrito respeitando as linhas? • A letra empregada é legível? • O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras? • O texto apresenta margem dos dois lados da página?

Est

rutu

ra

Lin

güís

tica

De uma forma geral o aluno: • Escreve convencionalmente as palavras? • Acentua adequadamente as palavras? • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto? • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente? • Emprega o vocabulário de maneira adequada? • Apresenta concordância nominal? • Apresenta concordância verbal?

Page 47: Caderno de Apoio a Pratica Pedagogica Advinhas Charadas Parlendas Proverbios e Trava-linguas

REFERÊNCIAS

BARRETO, Vera. Confabulando. São Paulo: Vereda, 1996.

COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática, 5ª edição. São Paulo:

Ática, 1991.

JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Produtoras de Textos. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1996.

PIAGET, Jean. Linguagem e Pensamento da Criança. São Paulo: Martins Fontes, 1986.

PORTILHO, Eponina.Vamos Ler e Escrever Bem.Rio de Janeiro: Conquista,1996.

REVISTA CIÊNCIAS HOJE PARA CRIANÇA nº. 27 (contracapa).

REVISTA NOVA ESCOLA, nº 68, Rio de Janeiro, 1986.

RIO, Maria José Del – Psicopedagogia da Língua Oral: um enfoque comunicativo. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1996.

TEBEROSKY, Ana e CARDOSO, Beatriz. Reflexões sobre o Ensino da Leitura e da

Escrita. São Paulo: Trajetória Cultural / UNICAMP, 1989.

SITES CONSULTADOS: jangadabrasil.com.br/outubro/cn21000d.htm www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=1