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  • Portugus Prof. Herbert Santos

    ESPAO HEBER VIEIRA Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Pgina 1 F.: 3222-6231 www.espacohebervieira.com.br

    ACENTUAO

    REGRAS DE ACENTUAO

    MONOSSLABOS TNICOS: monosslabos tnicos sero

    acentuados, quando terminarem em A, E, O, seguidos

    ou no de s.

    Ex.: p, ps, ps, ms, j.

    OXTONAS: tm a maior inflexo de voz na ltima

    slaba . So acentuadas, quando terminarem em A, E,

    O, seguidos ou no de s e em EM, ENS.

    Ex. Corumb, maracujs, sap, mocot.

    PAROXTONAS: tm a maior inflexo de voz na

    penltima slaba. So acentuadas, quando terminarem

    em UM, UNS, L, PS, X, EI (s), O (s), U (s), ditongo

    crescente (s), N, I (s), R, (s).

    Ex. lbum, gil, frceps, trax, pnei, rgo, bnus,

    Para uma melhor assimilao desta regra, no se

    acentuam as paroxtonas terminadas em A, E, O, EM,

    ENS.

    PROPAROXTONAS: tm a maior inflexo de voz na

    antepenltima slaba. Todas as proparoxtonas so

    acentuadas.

    Ex. sndrome, nterim, lvedo, lmpada, sndalo.

    I, I, U: estes ditongos somente recebero acento,

    quando forem abertos, seguidos ou no de s. Ex.

    chapu, trofus, anis, ris, destri.

    Ditongos abertos (ei, oi) no so mais acentuados em

    palavras paroxtonas: assembleia, plateia, heroico,

    paranoico.

    AS LETRAS I/ U: sero acentuadas quando

    forem tnicas e formarem hiato, seguido ou no de

    s. Ex. sada, atade, mido, balastre, juzes.

    No se acentua mais i e u tnicos em paroxtonas

    quando precedidos de ditongo baiuca, boiuna, feiura.

    No se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais

    rizotnicas, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e'

    ou 'i' (gue, que, gui, qui).

    VERBOS TER / VIR

    Os verbos ter e vir, no Presente do Indicativo, tm a

    seguinte conjugao:

    TER VIR

    Eu tenho Eu venho

    Tu tens Tu vens

    Ele tem Ele vem

    Ns temos Ns vimos

    Vs tendes Vs vindes

    Eles TM Eles VM

    Perceba que a terceira pessoa do plural possui acento

    circunflexo.

    Os derivados dos verbos ter e vir, no Presente do

    Indicativo, tm a seguinte conjugao:

    Exemplo: manter e intervir

    MANTER INTERVIR

    Eu mantenho Eu intervenho

    Tu mantns Tu intervns

    Ele mantm Ele intervm

    Ns mantemos Ns intervimos

    Vs mantendes Vs intervindes

    Eles mantm Eles intervm

    Observe que a 2 e a 3 pessoas do singular (tu e ele)

    possuem acento agudo enquanto a 3 pessoa do plural

    (eles), no recebem mais o acento circunflexo:

    EEM: No se esquea dos verbos que possuem a

    terminao EM: CRER, DAR, LER, VER e todos

    os seus derivados.

    Eles creem, leem, veem. Que eles deem.

    O hiato 'ee' no ser mais acentuado.

    No existe mais o acento diferencial em palavras

    homgrafas.

    Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo

    'poder' (3 pessoa do Pretrito Perfeito do Indicativo -

    'pde') e no verbo 'pr' para diferenciar da preposio

    'por'.

    O HIATO OO: no mais acentuado.

    enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abenoo, povoo.

    .

    CLASSES DE PALAVRAS

    So dez as classes de palavras na lngua portuguesa:

    Substantivo: o nome com que designamos pessoas,

    animais, coisas e que funciona como ncleo do

    sujeito ou complemento em geral.

    Aquela bandeira tricolor.

    Adjetivo: indica qualidade ou propriedade de seres,

    funcionando como modificador de substantivos.

    As rvores so bonitas.

    Pronome: a palavra que representa o ser ou ao

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    ser se refere, considerando apenas como pessoas

    do discurso (1a , 2

    a , 3

    a ) ou relacionando-os com elas.

    Ela a razo da minha vida.

    Verbo: a palavra que apresenta uma ao, um

    fenmeno, um estado ou mudana de estado. o termo,

    na maioria dos casos, essencial do enunciado.

    O Santa Cruz o time de maior tradio.

    Artigo : tem a funo de identificar toda uma classe

    de palavras, os substantivos, determinando-os,

    indicando-lhes o gnero.

    O homem tinha uma soluo para tudo.

    Numeral : o nome que indica a quantidade

    (cardinais), ou a seriao (ordinais) ou a

    proporo dos seres (multiplicativos e fracionrios).

    Ele foi o sexto no concurso.

    Preposio : a palavra conectiva que, posta entre

    dois termos de funo diversa, indica que o

    segundo se subordina ao primeiro.

    Entregamos em domiclio.

    Interjeio : a expresso com que traduzimos os nossos

    estados emotivos.

    Caramba!

    Conjuno : tem por misso reunir oraes num mesmo

    enunciado e determina a coordenao entre dois termos,

    Ou entre duas oraes, ou subordinao entre duas

    oraes.

    Tentei ler, mas dormi.

    Advrbio: a palavra que se acrescenta significao de um

    verbo, de um adjetivo, de outro advrbio, ou de toda uma frase.

    O dia est muito frio.

    O homem no falava muito bem.

    SUBSTANTIVO

    O substantivo admite as flexes de gnero, nmero e

    grau.

    GNERO

    FORMAO DO GNERO

    Substantivos biformes

    monge > monja

    Substantivos comuns de dois gneros

    Mantm uma s forma para os dois gneros e

    diferenciam-se atravs da colocao do artigo:

    o estudante - a estudante

    Substantivos sobrecomuns

    Aplicam-se a pessoas de ambos os sexos, no

    mudando nem mesmo o artigo: o cnjuge, a vtima.

    Substantivos epicenos

    So certos nomes de animais. Usa-se macho ou fmea

    para distinguir o sexo: cobra macho - cobra fmea.

    NMERO

    PLURAL DE SUBSTANTIVOS SIMPLES

    A) singular: carro, porta, capacete, mola, barata

    B) plural: carros, portas, capacetes, molas, baratas

    PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

    PLURALIZAM-SE OS DOIS ELEMENTOS:

    Substantivo + substantivo

    couve-flor -couves-flores

    Substantivo + adjetivo

    cachorro-quente -cachorros-quentes

    Adjetivo + substantivo

    m-lngua -ms-lnguas

    Numeral + substantivo

    segunda-feira -segundas-feiras

    APENAS O SEGUNDO ELEMENTO

    Nos compostos com as formas gr, gro, bel

    gro-duque -gro-duques

    bel-prazer -bel-prazeres

    Elemento invarivel + palavra varivel

    sempre-viva -as sempre-vivas

    Verbo + substantivo (V+S)

    guarda-chuva -guarda-chuvas

    Palavras repetidas

    quero-quero -quero-queros

    Elementos unidos sem hfen

    os pontaps, as autopeas

    VARIA APENAS O PRIMEIRO

    Substantivo + de + substantivo

    p-de-moleque -ps-de-moleque

    Quando o segundo elemento limita ou determina o

    primeiro

    pombo-correio -os pombos-correio

    FICAM OS DOIS ELEMENTOS INVARIVEIS

    Verbo + advrbio

    o bota-fora -os bota-fora

    S verbos no-repetidos

    os leva-e-traz

    GRAU

    a) Em geral, os diminutivos e aumentativos,

    juntamente com a idia de grandeza ou

    pequenez, podem exprimir deformidade,

    desprezo ou troa. Dizemos, por isso, que podem

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    assumir sentido pejorativo ou depreciativo:

    gentalha, narigo, gentinha, povinho, etc.

    CONCORDNCIA NOMINAL

    a relao entre um substantivo e as palavras que a ele

    se ligam.

    REGRAS BSICAS

    1. O adjetivo concorda em gnero e nmero com o

    substantivo a que se refere.

    A bonita casa est ali.

    Os lpis e os cadernos esto novos.

    2. O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de

    gnero e nmero diferentes, quando posposto, poder

    concordar no masculino plural (mais aceita) ou com o

    substantivo mais prximo.

    O homem e mulher msicos.

    Msicos e bailarinas ciganas.

    ___________________________________________

    3. Se o adjetivo estiver anteposto a dois ou mais

    substantivos de gnero e nmero diferentes, concorda,

    em geral, com o mais prximo.

    Velhas revistas e livros.

    Velhos livros e revistas.

    __________________________________________

    4. Quando dois ou mais adjetivos se referem a um

    substantivo determinado por artigo, so aceitas duas

    construes:

    Estudo a cultura italiana e a francesa.

    Estudo as culturas italiana e francesa.

    5. Quando um adjetivo atua como predicativo de um

    sujeito simples ou de um objeto simples, concorda com

    ele em gnero e nmero.

    A situao delicada.

    As rvores velhas continuam acolhedoras.

    __________________________________________

    6. Quando o sujeito ou o objeto so compostos e

    formados por elementos de gneros diferentes, o

    predicativo concorda no masculino plural.

    Pai e filha so talentosos.

    Marido e mulher so bem-humorados.

    Se o predicativo do sujeito estiver anteposto ao sujeito,

    pode concordar apenas com o ncleo mais prximo.

    Era deserta a vila e o campo.

    Estavam molhadas as mos e os ps.

    __________________________________________

    7. No caso de numerais ordinais que se referem a um

    nico substantivo posposto, podem ser usadas as

    construes:

    Avisei os moradores do primeiro e segundo andar.

    Avisei os moradores do primeiro e segundo andares.

    __________________________________________

    8. O pronome, quando se flexiona, concorda em gnero

    e nmero com o substantivo a que se refere.

    Ele quebrou uma cadeira e jogou-a no povo.

    A moa abriu as plpebras e cerrou-as logo.

    9. O pronome que se refere a dois ou mais substantivos

    de gneros ou nmeros diferentes flexiona-se no

    masculino plural.

    Ele quebrou casa e carro e queimou-os.

    PALAVRAS E CONSTRUES QUE MERECEM

    DESTAQUE

    PRPRIO, MESMO, ANEXO, INCLUSO, QUITE, LESO

    E OBRIGADO

    Concordam em gnero e nmero com o substantivo ou

    pronome a que se referem.

    Seguem anexas as cpias solicitadas.

    Seguem inclusos os documentos requeridos.

    No h mais nada a discutir: estamos quites.

    Os aposentados disseram: - Muito obrigado!

    Ele cometeu um crime de leso-patriotismo.

    OBS: A locuo em anexo adverbial, portanto,

    invarivel.

    MEIO E BASTANTE

    Pedi meia cerveja e bastantes tira-gostos.

    Meia classe ter de permanecer aps o fim da aula.

    H bastantes pessoas insatisfeitas com o que ganham.

    As jogadoras estavam meio desgastadas pela

    competio.

    Ainda acreditamos bastante em ns mesmos.

    BOM, NECESSRIO, PRECISO

    Quando desacompanhados de determinante, os

    substantivos podem ser tomados em sentido amplo.

    Nesse caso, as expresses como proibido, bom,

    necessrio, preciso e similares no variam.

    proibido entrada.

    proibida a entrada de estranhos.

    CARO E SRIO

    As palavras caro e srio podem ter funes

    adjetivas ou adverbiais. Tudo depende da ligao com o

    substantivo ou com o adjetivo, verbo ou advrbio. No

    primeiro caso haver mudana; no segundo no.

    Ela falou srio.

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    Tais produtos custam caro.

    ALERTA, PSEUDO, MENOS

    As palavras alerta, pseudo e menos so invariveis.

    Os soldados permaneceram alerta.

    Eles so pseudo-heris.

    S

    O vocbulo s pode ser adjetivo (= sozinho) ou

    advrbio (= somente). H ainda a locuo a ss, que

    invarivel.

    Depois da batalha s restaram cinzas.

    Podemos estar ss nesse assunto.

    A OLHOS VISTOS

    A expresso a olhos vistos fica invarivel, pois trata-se

    de locuo adverbial de modo.

    O rio avolumava a olhos vistos.

    Sua amiga est emagrecendo a olhos vistos.

    POSSVEL

    Com o mais possvel, o menos possvel, o melhor

    possvel, o pior possvel, quanto possvel, o menor

    possvel, o adjetivo possvel fica invarivel, ainda que se

    afaste da palavra mais.

    Paisagens o mais belas possvel.

    Ele assistiu o maior nmero de jogos possvel.

    Com o plural os mais, os menos, os piores, os melhores,

    o adjetivo possvel vai ao plural:

    Ela escolhia as tarefas menos penosas possveis.

    As frutas so as mais deliciosas possveis.

    PRONOMES

    PRONOMES PESSOAIS

    Os pronomes pessoais variam de acordo com as

    funes que exercem nas oraes, dividindo-se em

    pronomes do caso reto e do caso oblquo.

    1. Associados a verbos terminados em -r, -s ou -z, os

    pronomes oblquos o, a, os, as assumem as formas lo,

    la, los, las.

    Ex: prender + o = prend-lo

    ajudemos + a = ajudemo-la

    fez + o = f-lo

    2. Associados a verbos terminados em ditongo nasal

    (-am, -em, -o, -e), os pronomes oblquos o, a, os,

    as assume a seguinte forma:

    Ex: trazem + o = trazem-no

    do + os = do-nos

    3. Na funo de complemento, usam-se os pronomes

    oblquos e no os pronomes retos.

    Avisei-o do fato.

    Faltaram-lhe modos.

    4. Os pronomes pessoais do caso reto devem ser

    empregados na funo sinttica de

    sujeito. Considera-se errado o seu emprego como

    complemento.

    Chamei ele . (errado) / Chamei-o . (certo)

    Eu comprei a casa. (certo)

    As formas retas eu e tu s podem funcionar como

    sujeito. Considera-se errado o seu emprego como

    complemento.

    Nunca houve problemas entre eu e tu. (errado)

    Nunca houve problemas entre mim e ti. (certo)

    Obs 1: Quando precedidas de preposio, no se

    usam as formas retas eu e tu.

    Ningum sair sem eu. (errado)

    Ningum sair sem mim. (certo)

    Obs 2: Podero ser empregadas as formas retas eu e

    tu mesmo precedidas por preposio quando essas

    formas funcionarem como sujeito de um verbo no

    infinitivo.

    Isso para eu ler.

    5. Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando

    precedidos de preposio, passam a funcionar como

    oblquos. Somente nesse caso, considera-se correto

    seu emprego como complemento.

    Assiste a ele julgar o fato.

    Informaram a ns os danos causados.

    PRONOMES DE TRATAMENTO

    Pronome Abreviatura Emprego

    Vossa Alteza V. A. Prncipes e duques

    Vossa Eminncia V. Em. Cardeais

    Vossa Excelncia V. Ex. Altas autoridades em

    geral e bispos

    Vossa

    Magnificncia

    V. Mag. Reitores de

    universidades

    Vossa

    Reverendssima

    V. Rev Sacerdotes

    Vossa Santidade V. S. Papa

    Vossa Senhoria V. S. Funcionrios

    graduados

    Vossa Majestade V.M. Reis, imperadores

    1. Esses pronomes so da 2 pessoa, mas se usam

    com as formas verbais e os pronomes possessivos de

    3 pessoa.

    Ex: Vossa Majestade pode partir tranqilo para a sua

    expedio.

    2. Esses pronomes devem vir precedidos de vossa,

    quando nos dirigimos pessoa representada pelo

    pronome, e, por sua, quando falamos dessa pessoa.

    Outros: voc, vocs (no trato familiar), o Senhor (Sr.) e

    a Senhora (Sra.) (no tratamento de respeito).

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    PRONOMES POSSESSIVOS

    So aqueles que indicam posse com relao s trs

    pessoas do discurso.

    NMERO PESSOA Pronomes Possessivos

    SINGULAR

    1 meu, minha, meus,

    minhas

    2 teu, tua, teus, tuas

    3 seu, sua, seus, suas

    PLURAL

    1 nosso, nossa, nossos,

    nossas

    2 vosso, vossa, vossos,

    vossas

    3 seu, sua, seus, suas,

    Vale ressaltar que os pronomes possessivos seu(s) /

    sua(s) necessitam de um referente claro. Se isso no

    ocorrer, teremos um caso clssico de ambigidade, ou

    seja, de duplo sentido.

    Jos disse ao amigo que sua sogra havia morrido.

    Pergunta-se: Quem que chorou? Jos ou o amigo?

    De quem a sogra falecida?

    Perceba que o pronome sua no possui um referente

    claro. Logo temos um caso de ambigidade.

    PRONOMES DEMONSTRATIVOS

    Indicam o lugar ou a posio dos seres com relao s

    trs pessoas do discurso.

    Pronomes Demonstrativos

    1 pessoa Este, esta, estes, estas, isto

    2 pessoa Esse, essa, esses, essas, isso

    3 pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas,

    aquilo

    So tambm pronomes demonstrativos: o (quando

    equivale a aquele, aquela, aquilo), mesmo, prprio

    (como pronomes de reforo - ex: Ele mesmo tomou o

    lugar), tal (=este, esse, isso, etc) - ex: No havia razo

    para tal procedimento) Com relao aos pronomes demonstrativos,

    importante observar que eles possuem uma

    particularidade com referncia ao processo coesivo

    referencial. Podem retomar palavras, oraes, perodos

    e, at mesmo, pargrafos.

    Ex: O carnaval uma das festas mais esperadas pelo

    povo pernambucano. Isso o deixa ansioso durante o

    ano.

    PRONOMES INDEFINIDOS

    Referem-se 3 pessoa do discurso, designando-a de

    forma vaga, imprecisa, indeterminada.

    So pronomes indefinidos:

    Algo, qualquer, algum, ningum, outrem, quem,

    algum, nenhum, todo e toda (desacompanhados de

    artigo), certo (antes de nomes).

    Exemplo:

    Acreditam em tudo que fulano diz ou sicrano escreve.

    PRONOMES RELATIVOS

    Representam nomes j mencionados, com os quais esto

    relacionadas. Geralmente retomam um termo

    antecedente da orao, projetando-o numa outra orao.

    So eles: que (= o qual, a qual, os quais, as quais),

    quem, qual, quais, cujo, cuja, cujos, cujas, onde, quanto,

    quanta, quantos, quantas.

    Pagamos as contas. As contas estavam atrasadas.

    Pagamos as contas que estavam atrasadas.

    1. O pronome relativo quem empregado com referncia

    a pessoas e sempre vem precedido de preposio.

    Ex: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.

    2. Os pronomes cujo(s), cuja(s) sempre indicam posse

    e podem ser desdobrados em um complemento

    que tambm indica posse.

    Exemplos: "Devemos socorrer Joo, cuja casa se

    incendiou" (a casa de Joo se incendiou) ou "A mala,

    cuja chave foi perdida" (a chave da mala foi perdida).

    3. Onde usado para indicar lugar e significa em que,

    no qual e usado com verbos que no do idia de

    movimento.

    Ex: Este o lugar onde vivo.

    PRONOMES INTERROGATIVOS

    Aparecem em frases interrogativas. Como os

    pronomes indefinidos, referem-se de modo impreciso

    3 pessoa do discurso.

    Ex: Quantos vm?

    Exerccios

    VERBO

    a palavra que, por si s, indica um fato (ao, estado,

    fenmeno) e situa-o no tempo. o termo, na maioria dos

    casos, essencial do enunciado.

    MODOS DO VERBO

    Modo Indicativo: expressa atitudes de certeza.

    As crianas brincam no parque.

    Modo Subjuntivo: expressa atitudes de dvida,

    hiptese.

    Se voc no fosse embora, ns nos entenderamos.

    Modo Imperativo: indica ordem, splica, etc.

    Preste ateno, menino!

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    TEMPOS DOS VERBOS

    So trs os tempos fundamentais do verbo: presente,

    pretrito e futuro.

    Presente: enuncia o fato como realizado agora, no

    momento em que se fala.

    Eu posso passar no Vestibular.

    Pretrito: indica fotos que j aconteceram. Divide-se em

    Pretrito Imperfeito, Pretrito Perfeito, Pretrito-mais-que-

    perfeito.

    Futuro: exprime o fato como posterior a determinado

    momento. Divide-se em Futuro do Presente e Futuro do

    Pretrito:

    DEFINIO DOS TEMPOS VERBAIS:

    Tempo presente: exprime um fato que ocorre no

    momento da fala.

    Estou fazendo exerccios diariamente.

    Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do

    momento da fala.

    Ontem eu fiz uma srie de exerccios.

    Tempo futuro: exprime um fato que ir ocorrer depois do

    ato da fala.

    Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer

    exerccios.

    O Pretrito subdivide-se em:

    Pretrito perfeito: indica um fato passado totalmente

    concludo.

    Ningum relatou o seu delrio.

    Pretrito imperfeito: indica um processo passado no

    totalmente concludo, revela o fato em sua durao.

    Ele conversava muito durante a palestra.

    Pretrito mais-que-perfeito: Exprime aes concludas

    h muito tempo no passado. ... sempre nos faltara

    aquele aproveitamento da vida... (Mrio de Andrade)

    O futuro subdivide-se em:

    Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento

    em que se fala.

    No tenho a inteno de esconder nada, assim que seus

    pais chegarem contarei o fato ocorrido.

    Futuro do pretrito: indica um processo futuro tomado em

    relao a um fato passado.

    Ex.: Ontem voc ligou dizendo que viria ao hospital.

    OBSERVE O QUADRO ABAIXO

    MODO INDICATIVO

    Presente Perfeito Terminado em AR

    - VA Pretrito Imperfeito Terminado em ER / IR -

    IA

    Mais que perfeito - RA

    Presente - RE / RA

    Futuro

    Pretrito - RIA

    MODO SUBJUNTIVO

    Presente Terminado em AR - E

    (Que) Terminado em ER / IR - A

    Pretrito Imperfeito -SSE

    (Se)

    Futuro -R

    (Quando)

    Exerccios

    CLASSIFICAO

    Quanto classificao, os verbos podem ser regulares,

    irregulares, anmalos, defectivos e abundantes.

    REGULARES: seguem um modelo de conjugao,

    mantendo o mesmo radical.

    Comprar>> compro, compras, compra,

    compramos, comprais, compram.

    Vender >> vendo, vendes, vende, vendemos,

    vendeis, vendem.

    IRREGULARES: sofrem alteraes no radical e nas

    terminaes.

    DIZER - Pres. Indic.: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis,

    dizem.

    TRAZER - Pres. Indic.: trago, trazes, traz, trazemos,

    trazeis, trazem.

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    OUVIR - Pres. Indic.: ouo, ouves, ouve, ouvimos, ouvis,

    ouvem.

    Entre os irregulares destacam-se os anmalos, como o

    verbo pr (sem vogal temtica no infinitivo), ser e ir (que

    apresentam radicais diferentes).

    Ser - Pres. Indic.: sou, s, , somos, sois, so.

    Ir - Pres. Indic.: vou, vais, vai, vamos, ides, vo.

    DEFECTIVOS: no possuem conjugao completa,

    faltando a eles certos tempos e pessoas.

    ABOLIR - Pres. Indic.: ----, tu aboles, ele abole, ns

    abolimos, vs abolis, eles abolem.

    FALIR >> Pres. Indic.: ----, -----, -----, ns falimos, vs

    falis, ----.

    VERBOS IMPESSOAIS

    IMPESSOAIS so aqueles verbos conjugados

    apenas na 3 pessoa do singular, que no

    apresentam sujeito. Geralmente indicam fenmenos

    da natureza. So tambm impessoais os verbos haver,

    no sentido de existir, e o verbo fazer no sentido de

    tempo decorrido. Aparecem normalmente:

    a) Nas oraes existenciais com o verbo haver.

    H muita gente na sala. Havia milhares de pessoas no recinto.

    b) Nas oraes que exprimem fenmenos naturais:

    Chove pouco em algumas regies do Nordeste.

    Ventou muito durante o dia.

    c) Nas oraes onde o verbo fazer indica tempo

    decorrido:

    Faz dias que no os vejo.

    TRANSITIVIDADE

    A classificao de um verbo como intransitivo ou

    transitivo depende da orao ou do contexto em que

    ele surge.

    Ele l mal. (verbo intransitivo)

    VERBO INTRANSITIVO

    o verbo que no exige um elemento sobre o qual

    recaia a ao, ou seja, no necessita de complemento

    por ter sentido completo.

    Ele caiu feio no cho.

    VERBO TRANSITIVO DIRETO

    Necessita de um complemento verbal (objeto direto)

    sem preposio.

    Ele comprou feijo.

    VTD OD

    VERBO TRANSITIVO INDIRETO

    So verbos que necessitam de complemento iniciado

    por preposio (objeto indireto) para completar o seu

    sentido.

    Ela gosta DE feijo.

    VTI OI

    VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO

    So todos os verbos que apresentam dois

    complementos: um deles sem preposio (OD) e outro

    com preposio (OI).

    Joana prefere as festas AO estudo.

    VTDI OD OI

    VOZES VERBAIS

    Vozes do verbo so as formas que estes assumem para

    indicar a relao de atividade, passividade ou,

    simultaneamente, ambas as coisas. So trs: ativa,

    passiva e reflexiva.

    ATIVA

    O sujeito agente, isto , geralmente exerce a ao

    expressa pelo verbo. Observe:

    O presidente acabou com aquela nao.

    PASSIVA

    O sujeito paciente, ou seja, sofre ou recebe a ao

    pelo verbo.

    Aquela nao foi destruda pelo mau presidente.

    A voz passiva pode apresentar-se de duas formas:

    analtica e sinttica.

    ANALTICA: formada pelo verbo auxiliar SER seguido

    do particpio do verbo principal.

    As meninas foram beneficiadas no concurso.

    Os barcos sero consertados pelos pescadores.

    SINTTICA: o verbo principal apresenta-se conjugado

    na 3 pessoa, acompanhado do pronome apassivador

    SE.

    Consertam-se barcos de pescadores.

    Ainda no se consertou o carro de corrida.

    REFLEXIVA

    O sujeito , ao mesmo tempo, agente e paciente:

    pratica e sofre a ao expressa pelo verbo.

    O homem feriu-se com a faca.

    Exerccios

    CONJUNES

    CONJUNES COORDENATIVAS

    ADITIVAS: do idia de adio, ou seja, somam

    informaes num texto: e, nem, mas tambm.

    Pedro comeu o bolo e Paulo tomou caf.

    Ela no trabalha nem estuda.

    ADVERSATIVAS: que do idia de oposio, ressalva:

    mas, porm, todavia, contudo.

    Ele gosta de coca, mas ela gosta.

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    ALTERNATIVAS: que exprimem alternativa,

    alternncia: ou...ou, nem....nem, ora....ora.

    Ou voc estuda ou no passa no concurso.

    Quer queira, quer no queira, o homem vive.

    CONCLUSIVAS: que iniciam ou do idia de

    concluso: logo, portanto, por conseguinte, pois

    (depois do verbo), por isso.

    Voc o responsvel, portanto assuma as

    conseqncias.

    EXPLICATIVAS: do idia de explicao: que, porque,

    pois (antes do verbo).

    Choveu durante a noite, pois est tudo molhado.

    Fique quieto, pois preciso estudar.

    CONJUNES SUBORDINATIVAS

    CAUSAIS: porque, visto que, como, j que, uma vez

    que.

    Visto que estava de ressaca, no saiu.

    Como no saiu, no pde ver a cena.

    COMPARATIVAS: como, (tal) qual, assim como,

    que nem, (to ou tanto) como, o mesmo que.

    Ela era arrastada pela vida como uma folha seca.

    Sua ateno to boa como a de uma mula.

    CONCESSIVAS: embora, posto que, por mais que, por

    muito que, por menos que, se bem que, dado que, nem

    que.

    Ele vestia-se muito bem, embora fosse pobre.

    CONDICIONAIS: se, caso, contanto que, desde

    que. Se ela

    for, eu no irei.

    Sairei desde que me faa um favor.

    CONFORMATIVAS: como, conforme, segundo,

    consoante. As

    pessoas vivem conforme suas condies.

    CONSECUTIVAS: que (precedido de to, tal, tanto,

    tamanho s vezes subentendido), de sorte que, de

    maneira que, de forma que, de modo que.

    Comeu tanto que passou mal.

    Sofreu tanta presso, que acabou confessando.

    FINAIS; a fim de que, para que, que (= para que).

    Afastou-se depressa para que no o vssemos.

    Acenei-lhe que se aproximasse.

    PROPORCIONAIS: proporo que, medida

    que, ao passo que, quanto mais..(tanto mais), quanto

    mais...(tanto menos).

    medida que se vive, mais se aprende.

    Ao passo que se estuda, mais se aprende.

    TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, mal (=

    logo que), sempre que, agora que, at que, assim

    que, apenas.

    Quando voc quiser, estarei aqui.

    INTEGRANTES: que, se.

    Sabemos que voc fiel.

    No sei se voc fiel.

    CONCORDNCIA VERBAL

    REGRAS BSICAS

    01. O verbo e o sujeito de uma orao mantm entre si

    uma relao mtua chamada de concordncia verbal. De

    acordo com essa relao, verbo e sujeito concordam em

    nmero e pessoa.

    Reconheo os prprios erros.

    O sujeito composto equivale a um sujeito no plural:

    Pai e filho conversaram longamente.

    02. Nos sujeitos compostos pessoas gramaticais

    diferentes, o verbo concorda com a pessoa de menor

    nmero no plural.

    Nossos amigos, tu e eu (ns) formaremos um time.

    Tu e teus (vs) colegas formareis um belo time.

    03. Se o verbo estiver anteposto ao sujeito composto,

    pode concordar no plural com a totalidade do sujeito ou

    com o ncleo do sujeito mais prximo.

    Bastaram determinao e capacidade.

    Bastou determinao e capacidade.

    Quando h reciprocidade, a concordncia deve ser feita

    no plural.

    Agrediram-se o deputado e o senador. (agrediram-se

    um ao outro)

    04. O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo,

    leva geralmente este para o plural.

    A moa e o rapaz cumpriram seus deveres.

    Se os ncleos do sujeito composto so sinnimos ou

    quase sinnimos ou estabelecem uma gradao, o verbo

    pode concordar no singular.

    O desalento e a tristeza minou-lhe as foras.

    Um aceno, um gesto, um estmulo faria muito por ele.

    CONCORDNCIAS QUE MERECEM DESTAQUE

    O VERBO PODE CONCORDAR NO PLURAL E

    SINGULAR

    A) PORO DE, A METADE DE, A MAIORIA DE, A

    MAIOR PARTE DE

    A maioria dos alunos participou/participaram da festa.

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    Nesses casos, o uso da forma singular do verbo

    enfatiza a unidade do conjunto; j a forma plural destaca

    os elementos que formam esse conjunto.

    B) UM DOS QUE, UMA DAS QUE

    O Amazonas um dos rios que cortam a floresta.

    A ministra uma das que defende tal postura.

    O verbo usado no singular se aplica somente ao ser que

    se fala, ou quando se deseja destacar o indivduo do

    grupo.

    Este um dos alunos que mais se destacou.

    C) NCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR OU

    Se a conjuno ou indicar excluso, ou retificao, o

    verbo concordar com o ncleo do sujeito mais prximo.

    Milo ou Berlim sediar a prxima Olimpada.

    O ladro ou os ladres conseguiram fugir.

    Se a idia por ele expressa se referir a todos os ncleos

    do sujeito, o verbo ir para o plural.

    Um sorriso ou uma lgrima o tirariam daquela incerteza.

    S Deus ou Nossa Senhora podem ajud-lo nesse seu

    desespero.

    D) UM E OUTRO, NEM UM NEM OUTRO

    NCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR NEM

    SUJEITOS CORRELACIONADOS

    NCLEOS DO SUJEITO LIGADO POR COM

    O sujeito sendo uma dessas expresses, o verbo

    concordar, de preferncia, no plural.

    Um e outro gostavam de cerveja.

    Nem uma nem outra casa foram visitadas.

    Nem o jogador nem o tcnico podem salvar o

    time.

    No s a seca mas tambm o descaso assolam o

    Nordeste.

    FORMAS FECHADAS DE CONCORDNCIA

    VERBAL

    A) CERCA DE, MAIS DE, MENOS DE, PERTO DE

    Quando o sujeito formado por expresso que indica

    quantidade aproximada seguida de numeral e

    substantivo, o verbo concorda com o substantivo.

    Cerca de vinte corpos foram resgatados dos escombros.

    Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas ltimas

    Olimpadas.

    OBS: Quando a expresso MAIS DE UM se associar

    a verbos que exprimem reciprocidade ou for repetida, o

    plural obrigatrio.

    Mais de um parlamentar se ofenderam na tumultuada

    sesso de ontem.

    Mais de um casal, mais de uma famlia, j perderam

    qualquer esperana num futuro melhor.

    B) QUAIS, QUANTOS, ALGUNS, MUITOS, POUCOS,

    VRIOS + DE NS, DE VS, DENTRE NS, DENTRE

    VS

    O verbo fica na 3 pessoa do plural, ou concorda

    com o pronome ns ou vs.

    Quais de ns sabiam/sabamos disso tudo?

    Alguns de vs temiam/temeis novas relaes.

    Se o sujeito interrogativo ou o indefinido estiver no

    singular, o verbo ficar na 3a pessoa do singular.

    Qual de ns sabia de tudo. / Algum de vs fez isso.

    Algum de vs fez isso? / Qual de vs duvida do fato? C) SUBSTANTIVOS PRPRIOS NO PLURAL

    Quando o sujeito formado por nomes que s tm

    plural, se no houver artigo antes do nome, o verbo

    fica no singular.

    Flores no recebe mais acento.

    Pelotas um bom local para se viver.

    Memrias pstumas de Brs Cubas renovou a esttica

    do romance.

    Se houver artigo antes do nome, o verbo vai para o

    plural.

    Os Estados Unidos impuseram uma ordem mundial.

    D) PRONOME RELATIVO QUE / QUEM COMO

    SUJEITOS

    Quando o sujeito for o pronome relativo QUE, o verbo

    concordar com o antecedente do que.

    Fui eu que fiz tudo isso.

    Quando o sujeito o pronome relativo QUEM, pode-se

    utilizar o verbo na 3a pessoa do singular ou

    concord-lo com o sujeito do verbo ser.

    Fui eu quem fiz isso. Somos ns quem pagamos.

    E) CONCORDNCIA COM PERCENTUAIS

    Quando o sujeito for indicao de uma porcentagem

    seguida termo preposicionado, a tendncia fazer a

    concordncia com esse termo que especifica a

    referncia numrica.

    1% do oramento do pas deve destinar-se

    educao.

    85% dos entrevistados declararam impostos.

    99% da populao brasileira assistiu Copa do

    Mundo.

    Se a porcentagem for particularizada, o verbo

    concordar com ela:

    Os 99% da populao assistiram Copa do Mundo.

    Aqueles 45% de eleitores esto indecisos.

    F) NMEROS FRACIONRIOS

    Quando o sujeito um nmero fracionrio, a tendncia

    concordar o verbo com o numerador.

    1/5 da prova de matemtica foi anulada.

    Singular singular singular

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    2/5 das questes foram anulada.

    plural plural plural

    2/5 da populao votou / votaram

    plural singular singular ou plural

    Obs:

    Se o sujeito um nmero fracionrio com numerador no

    singular, seguido de expresso preposicionada no plural,

    ou vice-versa, o verbo poder concordar no plural ou no

    singular.

    1/5 dos jovens votou / votaram.

    singular plural

    G) PRONOMES DE TRATAMENTO COMO SUJEITO

    O verbo fica na 3a pessoa.

    Vossas Excelncias desejam algo?

    H) SUJEITOS RESUMIDOS POR TUDO / NADA /

    NINGUM

    O verbo concorda no singular.

    Carros, viadutos, pontes, tudo foi destrudo pelo

    terremoto.

    I) UM OU OUTRO

    O verbo concorda no singular com o sujeito um ou

    outro.

    Um ou outro caso ser resolvido.

    Uma ou outra candidata saiu-se bem.

    J) NCLEOS DO SUJEITO SO

    INFINITIVOS

    O verbo concordar no plural se os infinitivos forem

    determinados pelo artigo ou exprimirem idias opostas;

    caso contrrio, tanto lcito o singular como o plural.

    O comer e o beber so fundamentais vida.

    L) SUJEITO COLETIVO

    O verbo concorda no singular .

    A multido gritava. (regra geral)

    Coletivo + termo preposicionado no plural

    A multido de pessoas gritava / gritavam.

    CONCORDNCIA DE ALGUNS VERBOS E

    ESTRUTURAS VERBAIS

    ESTRUTURAS VERBAIS FORMADAS COM A

    PARTICIPAO DO PRONOME SE:

    Dentre as vrias funes que esse pronome exerce, h

    duas de particular importncia para a concordncia

    verbal:

    A) Quando atua como ndice de indeterminao do

    sujeito, o se acompanha verbos intransitivos, transitivos

    indiretos e de ligao, que devem obrigatoriamente estar

    na 3a pessoa do singular.

    Aos domingos, ia-se sempre praa.

    Precisa-se de pedreiros.

    Era-se feliz.

    B) Quando atua como pronome apassivador, o se

    acompanha verbos transitivos diretos e

    transitivos diretos e indiretos na formao da voz passiva

    sinttica. Nesse caso , o verbo concorda com o sujeito da

    orao.

    Construiu-se uma nova praa no bairro.

    Construram-se novas praas no bairro.

    O VERBO SER

    A) Estando entre dois substantivos de nmeros diversos, o

    que orientar a concordncia ser o sentido da frase, ou

    seja, o verbo ser concordar com o termo a que se

    quiser dar mais nfase.

    Mulher muda problemas.

    O horizonte de sucesso so cordilheiras transpostas.

    B) O sujeito sendo nome de pessoa, com ele concorda o

    verbo ser.

    Maria os olhos da av.

    Mrio era s alegrias.

    C) Concorda com o predicativo quando o sujeito for um

    dos pronomes tudo, isso, isto, aquilo, o.

    Tudo eram alegrias naquela noite.

    Isso so manias de um ocioso.

    O que mais atrapalhava eram as burocracias.

    Menos comum a concordncia com o sujeito, mas

    tambm uma forma aceita segundo a Norma Padro:

    Tudo flores.

    Era tudo ameaas de violncia.

    D) Quando um dos dois termos sujeito ou predicativo

    for pronome pessoal, faz-se a concordncia com este

    pronome:

    Todo eu era olhos e corao.

    O Brasil, senhores, sois vs.

    E) Nas expresses que indicam quantidade, medida,

    peso, preo, valor ( muito, pouco, suficiente, mais

    que, etc.), o verbo ser invarivel:

    Dois quilos pouco.

    Vinte mil reais bom.

    Dez minutos mais do que eu preciso.

    F) Nas indicaes de tempo, horas, datas e

    distncias, o verbo ser impessoal e concorda com a

    expresso numrica que o acompanha.

    uma hora.

    Hoje dia cinco de maro.

    Daqui para minha casa so trs quilmetros.

    O VERBO HAVER

    Quando indica existncia ou acontecimento,

    impessoal, devendo permanecer sempre na 3a pessoa

    do singular.

    Ainda h pontos obscuros nessa verso.

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    ESPAO HEBER VIEIRA Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Pgina 11 F.: 3222-6231 www.espacohebervieira.com.br

    Deve ter havido pontos obscuros naquela verso.

    HAVER / FAZER / CHOVER

    So impessoais quando indicam tempo decorrido. Nesse

    caso, devem permanecer na 3a pessoa do singular.

    H anos que no o vejo.

    Faz anos que no o vejo.

    Choveu durante vrios dias.

    HAJA VISTA

    A expresso haja vista admite 03 construes.

    Formas invariveis:

    Haja vista os livros desse autor. (= por exemplo)

    Haja vista aos livros desse autor. (=olhe-se para)

    Forma Varivel:

    Hajam vista os livros desse autor. (vejam-se, tenham

    vista)

    BATER, SOAR, DAR

    Referindo-se s horas, os trs verbos acima concordam

    regularmente com o sujeito.

    Nisto, deu trs horas o relgio da botica.

    Bateram quatro da manh em trs torres a um tempo.

    PARECER

    Em construes com o verbo parecer seguido de

    infinitivo, pode-se flexionar o verbo parecer ou o infinitivo

    que o acompanha.

    As paredes pareciam estremecer.

    As paredes parecia estremecerem.

    REGNCIA VERBAL

    Os casos mais importantes so:

    ACARRETAR

    Transitivo Direto - ocasionar, causar, trazer.

    Isso acarretar srios prejuzos para o consumidor?

    AGRADAR

    Transitivo Indireto - Satisfazer. Rege a preposio A;

    admite LHE(s).

    Isto no lhe agrada.

    A paisagem agrada vista.

    Transitivo Direto - Fazer agrado (algum agrada

    algum, sendo o sujeito nome de pessoa).

    Joo agradava a esposa.

    ASPIRAR

    Transitivo Direto - inalar, tragar, sorver.

    A menina aspirou o aroma da flor.

    Transitivo Indireto - desejar, almejar. Rege a

    preposio A; rejeita LHE(s).

    Os jovens aspiram a grandes conquistas.

    ASSISTIR

    Transitivo Indireto - ver, presenciar, estar presente.

    Rege a preposio A, rejeita LHE(s).

    Assistiu ao filme calada.

    Transitivo Indireto - Caber, pertencer. Rege a

    preposio A; aceita LHE(s)

    No lhe assiste o direito de intervir.

    Transitivo Direto - auxiliar, ajudar, confortar.

    O mdico assiste o doente.

    Intransitivo - Morar. Rege a preposio EM

    H quanto tempo assistimos em Recife?

    CHEGAR

    No se diz, na lngua culta, "chegar em". Assim no

    culto falar: "Cheguei em casa ontem.." Diz-se:

    "Chegamos a casa ontem."

    CUSTAR

    Intransitivo - ter valor de.

    A casa custou trinta mil reais.

    Transitivo Indireto - demorar, ser difcil, custoso. S

    se emprega na 3 pessoa do singular e tem como

    sujeito uma orao reduzida de infinitivo, precedida ou

    no da preposio A.

    Custa-me (a) aceitar que retornou ao vcio.

    ESQUECER / LEMBRAR

    Transitivo Direto - quando no so pronominais, ou

    seja, quando no estiverem acompanhados dos

    pronomes oblquos. (me, te, se, etc.)

    Transitivo Indireto - quando usados como verbos

    pronominais.

    Esqueci tudo (TD) / Esqueci-me de tudo.(TI)

    No lembro nada.(TD) / No me lembro de nada.(TI)

    IMPLICAR

    Transitivo Direto - trazer como conseqncia,

    acarretar.

    A assinatura de um contrato implica a aceitao de todas

    as suas clusulas.

    O desrespeito s leis implica srias conseqncias.

    Transitivo Direto e Indireto - envolver, enredar,

    comprometer.

    Negcios ilcitos o implicaram em vrios crimes.

    Falsos amigos implicaram o jornalista na conspirao.

    Transitivo Indireto - promover rixas, mostrar m

    disposio para com algum.

    Ele era uma criatura que implicava com todo o mundo.

    NAMORAR

    Transitivo Direto - Cortejar

    Quem voc quer namorar?

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    Sempre namorei a Lua.

    OBEDECER / DESOBEDECER

    Transitivos Indiretos - regem a preposio A.

    Os filhos obedecem aos pais.

    Embora transitivos indiretos , esses verbos aceitam a

    voz passiva. Ex: A lei foi obedecida por todos.

    PAGAR / PERDOAR

    Transitivos Diretos e Indiretos - pedem objeto direto

    da coisa que se paga ou se perdoa, e objeto indireto

    da pessoa a quem sem paga ou se perdoa.

    Perdoemos as ofensas (coisas) aos nossos ofensores

    (pessoas).

    PREFERIR

    Transitivo Direto e Indireto - No aceita reforo, rege

    preposio A .

    Prefiro morrer a fugir como covarde.

    OBS: Devem ser evitados os pleonasmos "preferir

    mais", "preferir antes", "preferir muito mais", "preferir

    mil vezes do que"...

    PRECISAR

    Transitivo Direto - determinar com exatido.

    Ele no soube precisar a quantia perdida.

    Transitivo Indireto - necessitar.

    O pas precisa de guerreiros.

    QUERER

    Transitivo Direto - Desejar.

    Eu quero o biscoito recheado.

    Transitivo Indireto - Amar, ter afeto: rege a

    preposio A. Os filhos querem aos pais.

    VISAR

    Transitivo Direto - apontar, mirar, rubricar.

    O atirador visou o alvo.

    Transitivo Indireto - pretender, almejar. Rege

    preposio A e rejeita LHE(s).

    A ao visava ao restabelecimento da paz.

    CRASE

    NO SE USA ACENTO GRAVE INDICADOR DE

    CRASE

    A doena vem a cavalo e volta a p.

    Nos livros, s escrevia a lpis.

    No ocorre crase diante de palavras masculinas.

    NOTA:

    Escrevia Rui Barbosa.

    Fez alguns sonetos Vincius de Morais.

    Subentendendo-se moda, estilo ou maneira, usa-se

    a crase.

    Prefiro falar pouco a dizer tolices.

    Encontrei-o a passear com os colegas.

    No ocorre crase diante de verbos.

    Contou seu caso a ela.

    Ele se dirigiu a V. Ex.

    Cheguei a esta cidade ontem.

    Aquela a jovem a que te referes.

    Escrevi a todas as pessoas conhecidas. Estamos a pouca distancia de voc.

    A qual das questes se refere ?

    No ocorre crase diante de pronomes Pessoais

    (retos , oblquos e de tratamento), Relativos,

    Indefinidos, Demonstrativos e Interrogativos. (PRIDI)

    4. No ia a festas nem a bailes.

    No d ateno a pessoas insistentes.

    Contei meus problemas a uma certa senhora.

    Referi-me a vrias causas.

    No se usa crase diante de palavras femininas em

    sentido geral ou indeterminado, com a preposio

    A no singular.

    ___________________________________________

    5. O sangue jorrava gota a gota.

    Encontrou-se com ele face a face.

    Disputou palmo a palmo o jogo.

    Deparou-se frente a frente com o inimigo.

    No se usa crase diante de palavras repetidas.

    6. Dirigi-me a uma pessoa.

    Assisti a um filme.

    Obedeci a uma ordem superiora.

    Chegarei a uma hora qualquer.

    No se usa crase antes de artigo indefinido.

    ___________________________________________

    7. Aps as enchentes, o nmero de vtimas chega a

    trezentos.

    Daqui a duas semanas estarei em frias.

    No se usa crase diante de numerais cardinais no

    determinados por artigo.

    OBS: Ser usada a crase quando o numeral estiver

    precedido de artigo.

    Assisti s duas sesses de ontem.

    Os ttulos foram entregues s duas finalistas.

    USA-SE ACENTO GRAVE INDICADOR DE CRASE

    1. Vou praia. / Vou ao campo.

    As crianas foram praa. / foram ao jogo.

    Fez-se referncia melhor aluna. / ao melhor aluno.

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    Comunicou o ocorrido me./ comunicou ao pai.

    Emprega-se a crase sempre que, ao substituir

    o vocbulo feminino por um masculino,

    aparecer a combinao AO antes do nome

    masculino

    Portanto, no haver crase em:

    Ela escreveu a redao a tinta.

    (Ela escreveu a redao a lpis.)

    Compramos a TV a vista.

    (Compramos a TV a prazo.)

    Chegou s trs horas.

    Saiu s dez horas.

    Chegou uma hora.

    Saiu meia-noite.

    Usa-se o acento grave indicador de crase diante

    das horas determinadas.

    Eles andam procura do criminoso.

    Estamos espera do resultado.

    proporo que o tempo passa, desespera-se.

    Usa-se crase diante de locues adverbiais,

    prepositivas e conjuntivas formadas por palavras

    femininas.

    CASOS ESPECIAIS DE CRASE

    NOME DE CIDADE / ESTADO / PAS / REGIO Vou a Curitiba visitar uma amiga.

    Eles chegaram a Londres ontem.

    Vou Bahia amanh.

    Chegarei Venezuela em dois dias.

    Regra Prtica:

    Quem vai A e volta DA, crase H.

    Quem vai A e volta DE, crase para qu?

    H nomes de lugar que no possuem artigo e passam

    a exigi-lo quando recebem determinante.

    Dirigi-me a Braslia. Dirigi-me Braslia de JK.

    Vou a Roma. Vou Roma dos Csares.

    NOMES PRPRIOS FEMININOS

    A crase facultativa diante dos nomes prprios

    femininos.

    Contou a () Cristina o ocorrido.

    No fez aluso a () Teresa.

    I. Se o nome prprio vier determinado ou ficar claro

    que pertence ao crculo de amizades, a crase ser

    obrigatria.

    Refiro-me Silvia, minha namorada.

    Obedeci Mrcia, minha sogra.

    II. Diante de nome de santo ou santa ou mesmo

    Nossa Senhora no h artigo, logo no h crase.

    Obedeo a Santa Teresinha

    Sempre agradecia a Nossa Senhora.

    III. Diante de nomes que representam pessoas

    clebres no h artigo, portanto, no h crase.

    Refiro-me a Maria, a louca.

    Ele fazia referncia a Maria Madalena, personagem

    bblica.

    POSSESSIVOS

    PREPOSIO "A" + POSSESSIVO NO SINGULAR,

    A CRASE FACULTATIVA

    Referiu-se a () minha roupa.

    Desobedeceram a () minha ordem.

    No deu crdito sua palavra.

    PREPOSIO "A" + POSSESSIVO NO PLURAL,

    A CRASE PROIBIDA

    No assisto a suas aulas. (a seus jogos)

    Obedeo a suas ordens. (a seus comandos)

    Assisti a suas palestras. (a seus encontros)

    PREPOSIO "A" + POSSESSIVO + ELIPSE DO

    SUBSTANTIVO,

    A CRASE OBRIGATRIA

    Minha blusa igual sua.

    Sua caneta inferior minha.

    Suas preferncias so iguais s minhas.

    CASA = lar, residncia, domiclio

    Quando CASA est sem determinante, no aceita

    artigo e, por isso, rejeita crase.

    Dirigi-me a casa. Assisti a casa de longe.

    Se CASA estiver com determinante e houver a

    preposio "A", a crase ser obrigatria.

    Cheguei casa de meus avs.

    Fui casa do atleta, mas no o encontrei.

    DISTNCIA

    Quando vem determinada, ocorre crase.

    Ele foi jogado a distncia.

    Ele foi jogado distncia de alguns metros.

    Eu estava a trs metros de distncia.

    Eu estava distncia de trs metros.

    QUAL = pronome interrogativo dispensa artigo e

    rejeita crase.

    QUAL = pronome relativo exige artigo e pode

    receber crase.

    A qual praia ns iremos?

    A qual professora te diriges?

    Esta a aluna a que te referes = qual te referes.

    AT

    a nica preposio que admite outra depois de si,

    por isso com a preposio AT a crase

    facultativa.

    Vim at a sala. ou Vim at sala.

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    PONTUAO

    EMPREGO DA VRGULA

    01. Para separar os termos da mesma funo,

    assindticos:

    "Vim, vi, venci."

    02. Para isolar o vocativo:

    "Joo, onde est o feijo?"

    "E agora, Jos?

    03. Para isolar o aposto explicativo:

    "FHC, ex-presidente, manteve o hbito de viajar muito."

    04. Para assinalar a inverso dos adjuntos

    adverbiais:

    "Por impulso instantneo, toda a equipe comemorou "

    Diante de todos os convidados, o casal disse sim."

    Sendo o adjunto adverbial expresso por apenas um

    simples advrbio, pode-se dispensar a vrgula, ainda

    que venha deslocado:

    "Hoje, completamos mais um ano de vida".

    "Hoje completamos mais um ano de vida".

    05. Para marcar a elipse do verbo:

    "Joo e Maria comeram feijo, arroz, farinha e beberam

    suco, refrigerante, caldo de feijo."

    06. Nas datas:

    "Recife, 23 de novembro de 2000."

    07. Nas construes onde o complemento verbal,

    por vir anteposto, repetido por um pronome

    enftico (objeto direto / indireto =>pleonstico):

    "A mim, ningum me engana."

    "Ao pobre, no lhe devo. Ao rico, no lhe peo."

    08. Para isolar certas palavras ou expresses

    explicativas, corretivas, continuativas, conclusivas,

    tais como por exemplo, alm disso, isto , alis,

    ento, etc.

    09. Para separar as oraes coordenadas ligadas

    pela conjuno "e", quando os sujeitos forem

    diferentes:

    "Veio a noite da feijoada, e Joo no havia se

    preparado."

    10. Para separar as oraes coordenadas ligadas

    pelas conjunes mas, seno, nem, que, pois,

    porque, ou pelas alternativas: ou...ou; ora...ora;

    quer...quer, etc.

    "O adolescente muito rico, mas no vive feliz."

    "Ou o conhece, ou no".

    11. Para isolar as conjunes adversativas porm,

    todavia, contudo, no entanto; e as conjunes

    conclusivas logo, pois, portanto.

    "Ao sair do lugar, contudo, teve alguns problemas.

    12. Para separar as oraes adverbiais ,

    principalmente quando antepostas principal:

    "Como estudou direito para o vestibular, passou para o

    curso de Direito."

    Quando voc vier, eu sairei de casa.

    13. Para separar os adjetivos e as oraes adjetivas

    de sentido explicativo:

    "O jardim, que est florido, ser protegido durante a

    chuva."

    "As mulheres, loucas, procuraram a maquiagem."

    EMPREGO DO PONTO E VRGULA

    01. Para separar oraes independentes que tm

    certa extenso, sobretudo se tais oraes possuem

    partes j divididas por vrgula:

    "Uns trabalhavam, esforavam-se, exauriam-se; outros

    folgavam, descuidavam-se, no pensavam no futuro."

    02. Para separar as partes principais de uma frase

    cujas partes subalternas tm de ser separadas por

    vrgulas:

    "Recife e Olinda so cidades de Pernambuco;

    Petrpolis, Terespolis, Friburgo, do Rio de Janeiro.

    03. Para separar os diversos itens de uma lei, de

    um decreto, etc.

    "Art.12. Os cargos pblicos so providos por:

    I - Nomeao; II - Reverso;

    EMPREGO DO PONTO FINAL

    01. No perodo simples:

    A famlia representa tudo na vida de uma pessoa.

    02. No perodo composto :

    Joo comeu feijo, e Maria bebeu suco.

    03. Nas abreviaturas:

    d.C - depois de Cristo

    EMPREGO DOS DOIS PONTOS

    01. Para anunciar a fala do personagem:

    O militar ordenou:

    - Todos para a flexo!

    02. Para anunciar uma enumerao:

    Alguns homens preferem as seguintes opes de vida:

    lazer, dinheiro, uma boa mulher, futebol, feijo e muita

    sade para viver intensamente.

    03. Para anunciar uma citao:

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    "Aristteles dizia a seus discpulos: Meus amigos, no

    h amigos".

    PONTO DE INTERROGAO

    o sinal que se coloca no fim de uma orao para

    indicar uma pergunta direta:

    Quem quer feijo?

    PONTO DE EXCLAMAO

    Emprega-se depois das interjeies ou depois de

    oraes que designam espanto, admirao:

    "Quantos gols! Esse time muito bom!

    RETICNCIAS

    Indicam interrupo ou suspenso do pensamento ou,

    ainda, hesitao ou falta de necessidade de exprimi-lo:

    "Quem conta um conto..."

    "Se todas as mulheres fossem iguais.... Ficariam os

    homens menos satisfeitos..."

    PARNTESES

    Servem os parnteses para separar palavras ou frases

    explanatrias, intercaladas no perodo:

    "Estava Mrio em sua casa (nenhum prazer sentia fora

    dela), quando ouviu baterem..."

    TRAVESSO

    um trao de certa extenso, maior do que o hfen,

    que indica a mudana de interlocutor:

    - Quem ?

    - Sou eu.

    ASPAS

    Usam-se as aspas:

    A) No princpio e no fim das citaes, para distingui-las

    da parte restante do discurso:

    Um sbio disse:

    "Agir na paixo embarcar durante a tempestade."

    B) Para distinguir palavras e expresses estranhas ao

    nosso vocabulrio:

    Joo vive num verdadeiro "trash".

    C) Para dar nfase a palavras ou expresses:

    A palavra "sexo" est presente 24h na mente

    masculina.

    TIPOLOGIA TEXTUAL

    Refere-se estrutura de composio dos textos. Hoje,

    admitem-se os seguintes tipos textuais: narrao, dissertao , exposio, descrio e injuno.

    A narrao est presente quando o texto fornece

    informaes sobre o tempo e espao do fato narrado. H

    um narrador que pode ser observador, personagem ou

    onisciente. Alm disso, comum aparecerem

    personagens e um "clmax" em determinado momento.

    H, portanto, o desenvolvimento da histria, um momento

    de tenso, e a volta estabilidade.

    A dissertao - estilo de texto com posicionamentos

    pessoais e exposio de idias. Tem por base a

    argumentao, apresentada de forma lgica e coerente a

    fim de defender um ponto de vista. Presena de estrutura

    bsica: apresentao da idia principal, argumentos,

    concluso. Utiliza verbos na 1 e 3 pessoas do presente

    do indicativo.

    Obs.: a modalidade mais exigida nos concursos em

    geral, por promover uma espcie de raio-X do candidato

    no que toca s suas opinies. Nesse sentido, exige dos

    candidatos mais cuidado em relao s colocaes, pois

    tambm revela um pouco do seu temperamento, numa

    espcie de psicotcnico.

    A exposio - apresenta informaes sobre assuntos,

    expe idias; explica, avalia, reflete. A sua estrutura

    bsica formada por: idia principal, desenvolvimento,

    concluso. Faz uso de linguagem clara, objetiva e

    impessoal. A maioria dos verbos est no presente do

    indicativo.

    Nos textos descritivos existe a riqueza de detalhes e a

    constante presena de adjetivos. A descrio muito

    recorrente em diversos gneros textuais.

    Os textos injutivos, por sua vez, so aqueles que

    indicam procedimentos a serem realizados. Nesses

    textos, as frases, geralmente, so no modo imperativo.

    Bons exemplos desse tipo de texto so as receitas e os

    manuais de instruo.

    FUNES DE LINGUAGEM

    So elas: emotiva, conativa ou apelativa, potica,

    metalingstica, referencial e ftica.

    FUNO EMOTIVA OU EXPRESSIVA

    A funo emotiva centraliza-se na emoo do emissor,

    que d mais importncia a seu sentimentos do que ao

    fato narrado. Por isso, o objetivo principal expor um

    sentimento ao receptor.

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    Tem linguagem subjetiva e apresenta, com freqncia,

    verbos e pronomes na 1 pessoa do singular.

    Encontra-se em livros autobiogrficos, cartas e bilhetes

    de amor, poesias lricas, algumas msicas.

    Quando voc me deixou, meu bem

    Me disse para ser feliz e passar bem

    Quis morrer de cime, quase enlouqueci

    Mas depois, como era de costume,

    Obedeci. (Chico Buarque)

    Quando olho para mim, no me percebo

    Tenho tanto a mania de sentir

    Que me extravio s vezes ao sair

    Das prprias sensaes que eu recebo.

    (Fernando Pessoa)

    FUNO CONATIVA OU APELATIVA

    O objetivo principal dessa funo interferir no

    comportamento do receptor, seja em forma de apelo, de

    ordem, ou mesmo chamada realidade, despertando a

    conscincia do ouvinte ou leitor.

    Tem uma linguagem simples, direta e se caracteriza

    pelo emprego de verbos no imperativo e pronomes que

    se referem pessoa com quem se fala.

    Encontra-se em discursos, em horscopos, anncios,

    propagandas, msicas, etc.

    Se no d para passar o vero na praia, curta a cidade

    com roupas que desafiem o calor tropical.

    Atue com cautela. No se precipite ao tomar decises

    na rea profissional e seja mais tolerante com as

    pessoas queridas. Tudo isso em benefcio de sua paz.

    FUNO POTICA

    Nesse tipo de funo de linguagem, o emissor no se

    preocupa apenas com o significado da mensagem, mas

    com a maneira de montar essa mensagem, revelando

    sua criatividade.

    Apresenta linguagem metafrica e conativa. comum o

    jogo de palavras.

    Encontra-se em artigos e obras literrias, poemas, letras

    de msica, provrbios e em algumas propagandas.

    Telefonei para o Departamento Nacional de

    Meteorologia, indagando que tempo iria fazer. De l me

    responderam:

    Tempo nostlgico.

    Acrescentaram:

    Ventos do passado, temperatura rememorativa,

    visibilidade.

    mesmo o que anda de nostalgia por a!

    No se pode mudar o curso do rio, pelo menos, no sem

    toc-lo; e o sonho era como o rio, ia e vinha sem se

    dividir, sem parar. E nele a vida.

    FUNO METALINGSTICA

    A funo metalinguagem usa a palavra para explicar a

    prpria palavra.

    Encontra-se na poesia que fala da poesia, da funo e do

    poeta, num texto que comenta outro texto. Os dicionrios

    e as gramticas, por utilizarem palavras para explicar as

    palavras, so os exemplos mais comuns de

    metalinguagem.

    Expresses explicativas como isto , ou seja introduzem

    sempre textos metalingsticos.

    Passei uma hora pensando um verso que a pena no

    consegue escrever.

    Objeto direto o complemento verbal, sem preposio,

    exigido por verbo transitivo direto.

    FUNO REFERENCIAL OU DENOTATIVA

    A inteno da funo referencial ou denotativa

    transmitir ao receptor dados da realidade de uma forma

    direta e objetiva, com palavras empregadas no seu

    sentido denotativo.

    Nesse tipo de funo, prevalece o uso da 3 pessoa.

    Encontra-se em jornais, revistas, livros cientficos e

    outros.

    Brasileiros que moram no exterior tero que declarar

    Imposto de Renda em 1996.

    O presidente FHC disse que as medidas propostas pelo

    governo para a reforma da Previdncia se transformaram

    em objeto de demagogia.

    FUNO FTICA

    Centraliza-se no canal (meio pelo qual circula a

    mensagem) e tem como objetivo prolongar ou no o

    contato com o receptor ou testar a eficincia do canal.

    Apresenta fala cheia de expresses comuns. (al,

    entende?, ento tchau, est ouvindo?

    Encontra-se nas falas telefnicas.

    RESUMO

    1. Funo referencial ou denotativa = traduz

    objetivamente a realidade exterior ao emissor.

    Refere-se ao contedo da mensagem. Por exemplo,

    os textos de jornais e os didticos.

    2. Funo emotiva ou expressiva = traduz opinies e

    emoes do emissor da mensagem. Ocorre quando

    o fator mais importante o prprio eu, o remetente

    da mensagem. Por exemplo, um texto dissertativo ou

    uma poesia lrica.

    3. Funo ftica = tem por objetivo iniciar, prolongar ou

    encerrar o contato entre emissor e receptor.

    Predomina tambm nas mensagens em que se testa

    o canal. Por exemplo, uma conversa telefnica.

    4. Funo conativa ou apelativa = procura influir no

    comportamento do receptor, por meio de uma ordem,

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    um apelo, um pedido ou uma splica. Por exemplo,

    as propagandas em geral.

    5. Funo metalingustica = utiliza o cdigo como

    assunto ou explicao do prprio cdigo. Por exemplo,

    um dicionrio.

    6. Funo potica = enfatiza a elaborao da

    mensagem de modo a ressaltar seu significado. Por

    exemplo, uma poesia.

    Nos textos ficcionais predomina sempre a funo

    potica, pois o autor cria mundos que no tm,

    necessariamente, de corresponder ao mundo real.

    importantssimo notar que nenhuma mensagem

    apresenta apenas e exclusivamente uma nica funo

    da linguagem. Uma das seis funes ser

    predominante, mas nunca exclusiva.

    COMPREENSO E INTERPRETAO TEXTUAL

    ERROS COMUNS EM ANLISE DE TEXTOS

    EXTRAPOLAO - o fato de se fugir do texto, ou

    melhor, escorregar na maionese. Ocorre quando se

    interpreta o que no est escrito. Muitas vezes so

    fatos reais, mas que no esto expressos no texto.

    Deve-se dar importncia somente ao que est relatado.

    REDUO - o fato de se valorizar uma parte do

    contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se

    de considerar o texto como um todo para se ater

    apenas parte dele.

    CONTRADIO - o fato de se entender justamente o

    contrrio do que est escrito. bom que se tome

    cuidado com algumas palavras, como: pode, deve,

    no, o verbo ser, principalmente.