anual - ami · fórum internacional “encontro de culturas – ouvir para integrar”. ......
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08RelatóRioANUAL08
Rua José do Patrocínio, 49, 1959-003 LisboaTelf. 21 836 2100 π Fax 21 836 2199 π E-mail: [email protected]
www.ami.org.pt[f
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anual08RelatóRio
Carta do Presidente
Relatório Narrativo Ano de 2008
2.1 As missões internacionais
2.2 A acção social em Portugal
2.3 Ambiente
2.4 Alertar Consciências
Relatório de Contas 2008
3.1 Origem e utilização de recursos
3.2 Balanço
3.3 Demonstração de resultados
3.4 Parecer do conselho fiscal
Perspectivas FuturasAgradecimentos
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CaRtaDO PResidente
“Perante todas as suas actividades, que têm como único objectivo servir o Ser Humano
e contribuir para a concretização de um Mundomenos conflituoso, mais harmonioso e sustentável,
decidiu a Fundação adoptar a mensagem “Por uma Acção Humanitária Global.”
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Comoesterelatóriodeactividadesecontassobe-jamentedemonstra,aFundaçãoAMIdesenvolveu,em2008,umaactividadeímpar,peseemboraasituaçãofinanceira,económicaesocialqueafectouoMundointeiroe,obviamentePortugaltambém,assimcomotodasassuasinstituições.
Naáreainternacional,tentou-seintervircomumamissãodeemergênciaemMyanmar,infelizmentesemsucesso,devidoaobloqueioexecutadopeladitatorialjuntamilitarquesubjuga,hádécadas,aquelepaíseoseupovo,erealizou-seumaintervençãodeemergên-cianoZimbabué.Tambémnamesmaárea,após16anosdepresençacomequipasmédicasemAngola,decidiu-sepeloencerramentodemissõescomvolun-táriosexpatriados,devidoacrescentesdificuldadesnaobtençãodosvistos,epelasuasubstituiçãopelofinan-ciamentoaumaONGlocal.Aindapelaviadofinancia-mentoaONG’slocais,aFundaçãoAMIdecidiucon-cretizarprojectosnaLibéria,noQuénia,noMali,noRuandaenoBurundi(estesdoisúltimos,ainiciarape-nasem2009)ealargarasuanotávelintervençãonoSriLanka.
NaáreasocialemPortugal,manteve-seaimpor-tanteparceriacomaFNAC,aHPeaGalileu,oquepermitiu a abertura demais uma Infoteca contra aexclusão,destavez,noCentroPortaAmigadeCas-cais.TodososCentrosPortaAmiganopaísreforça-ramassuasactividadesperanteacrescentepressãosocialderivadadacriseeconómicaqueprovocouumdesemprego crescente. Essa actividade, verdadeira-menteexcepcional, só foipossível comumenorme
Carta do Presidente
empenhode todaavastaequipadoDepartamentodeAcçãoSocial.Comosobressairáparaqualquerum,apósaleituraatentadesterelatório,aactividadesocialdaFundaçãoétãovastaeintensa,quesetornadifícildestacarumaacçãoemparticular.Mesmoassim,per-mito-mesalientaro10.ºaniversáriodoCentroPortaAmigadeChelas,acomemorarem2009.
Na área ambiental, o crescendo de actividadesemprojectoseemparcerias justificouoreforçodaequipa,sempredinâmica,tendo,inclusive,essedina-mismocriativoeinovador,sidoreconhecidoemPor-tugalpelaatribuiçãodoprémioGreenProjectAward.
OdepartamentoambientaldaFundaçãonãosóexpandiuemquantidadeequalidadeassuasacçõesanteriores,comoabriuumanova frente,particular-menteútilepromissora:arecolhadeóleosusadosjuntodeautarquiasecentenasderestaurantes,paraasuaulteriortransformaçãoembiodiesel.
Noquedizrespeitoàsensibilizaçãodasociedadecivil,queapelidamosde“AlertarConsciências”,aFun-dação,em2008,concretizouo10.ºaniversáriodoPré-mioAMI–JornalismoContraaIndiferença,semprecomopatrocíniofieldogrupoBES;lançouoseunovositeedecidiuorganizarem2009,emparceriacomaFundaçãoAcademiaEuropeadeYuste,deEspanha,oFórumInternacional“EncontrodeCulturas–OuvirparaIntegrar”.
AactividadeenotoriedadeacrescidasdaFunda-çãopermitiramaindaaobtençãodoEstatutoConsul-tivoEspecialjuntodoConselhoEconómicoeSocial(ECOSOC)dasNaçõesUnidas;o lançamentopela
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Imprensa Nacional-Casa da Moeda, da primeiramoedaemPortugalquedistingueumaInstituiçãoeasuacausa;olançamentodoFundoContraaIndife-rençajuntodomundoempresarialeobenefíciodeumaexemplarcampanhadeapoiopeloGrupoIber-sol.
Perantetodasassuasactividades,quetêmcomoúnicoobjectivoserviroSerHumanoecontribuirparaaconcretizaçãodeumMundomenosconflituoso,maisharmoniosoesustentável,decidiuaFundaçãoreveroseulogótipoeadoptaramensagem“PorumaAcçãoHumanitáriaGlobal”.
Naáreafinanceira,oanode2008foi,comoeraexpec-tável,umanodetensãoegrandeexpectativa.Nãoobs-tantetersidoumanodedesvariofinanceiroglobal,infe-lizmentecumprindoaspioresexpectativasqueanuncieinosúltimosrelatóriosdaFundação,conseguimosencer-rar,positivamente,ascontasde2008,emboracomresul-tadosbastanteinferioresaosanosanteriores.Nocená-riofundacionaleuropeu,comumadiminuiçãomédiade20%dopatrimóniodasFundações,aAMIresistiu.Taljustificouquenãoreduzíssemosonossoorçamentoeonossoplanodeactividadespara2009,antespelocontrá-rio,contrariandoassimaAMIatendênciadedoisterçosdasfundaçõeseuropeias.
AFundaçãoAMImanterá,comosemprefez,umagrandevigilânciaeprudênciaperanteoincertocená-rioglobalenacionalmasagiráconscienteda impe-riosanecessidadedasuaacçãoparamuitosmilharesdeSeresHumanosedasuaforçaqueresultadaformi-dávelequipaquesoubeconstituir.
Assimsendo,venceremosemnomedaHuma-nidade.
Fernando de La Vieter Ribeiro Nobre
Presidente e Fundador da AMI
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“Educai as crianças e já não será preciso castigar os adultos.”[Pitágoras]
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missões exploratórias e de Avaliação
missões de emergência
missões de desenvolvimento
missões de Apoio a iniciativas locais
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22.1 Relatório Narrativo do Ano de 2008
As missões internacionais
DeacordocomoBancoMundial,existemcercade200milhõesdemigrantesnomundo,quecorrespondema3%dapopulaçãomundial,sendoinúmerososdesafioseasoportunidadesquedecorremdessasituação,comosejamamigraçãocomoumdireitohumano,afugadecérebros(brain drain)e,emparticular,dosprofissionaisdesaúde(care drain),adesertificação,osefeitosdasmigra-çõesinternacionaisnodesenvolvimentosocialeeconó-micodospaísesdeorigemedeacolhimento,asalteraçõesnaemigraçãofemininatradicional,poissãocadavezmaisasmulheresqueemigramsozinhas,emboraaemigraçãotradicionalsemantenhaatravésdoreagrupamentofami-liar,oacolhimentodosimigrantes,aregulaçãodosfluxosmigratórios,entremuitasoutras.
NolimiardoséculoXXI,asMigraçõeseoDiálogoInterculturalsurgiram,porisso,naagendapolíticamundialcomoumassuntoprioritárioqueseverificoudesdelogopelastemáticasescolhidaspelaONUepelaUniãoEuro-
“Ao contrário das árvores, as estradas não surgem da terra, ao acaso das sementes. Tal como nós, têm uma origem. Origem ilusória já que
uma estrada nunca tem um verdadeiro começo; antes da primeira curva, lá para trás, já havia outra curva e ainda outra. Origem
inatingível, pois que a cada encruzilhada se juntam outras estradas, que vêm de outras origens...“
[Maalouf, Amin]
peiapara assinalardetermina-dosanosdaprimeiradécadadoséculo,designadamente,oAnoInternacionaldoDiálogoEntreasCivilizações(2001),oAnoInter-nacionaldosDesertosedaDeser-tificação(2006),oAnoEuropeudaMobilidadedosTrabalhadores(2006),oAnoInternacionaldasLínguas(2008)eoAnoEuropeu do Diálogo Inter-cultural(2008).
Assim,noanoemquecomemora 24 anos deajuda humanitária, a AMIreitera o reforço institucio-nal dasONG’s locais comopilar fundamental da ajuda
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aodesenvolvimento,apoiandoumtotalde43micro-projectos,de36ONGs,em27países,privilegiandosempre,nodesenvolvimentodassuasactividades,odiálogointerculturalepromovendooencontroentrecidadãosdediferentespaíseseculturas.
Assim,duranteoanode2008efectuou-seumtotalde42 missões internacionais,em27 países doMundo.
∏ Afeganistão (2) ∏ Angola (2) ∏ Austrália∏Bolívia∏Brasil∏CaboVerde(2)∏China(2)∏Filipi-nas∏Guiné-Bissau(3)∏Índia∏Indonésia(4)∏Líbano∏Libéria∏Mali∏Moçambique∏Panamá∏Paquistão∏Quénia ∏ República Centro Africana ∏ RepúblicaDemocrática do Congo ∏ S. Tomé e Príncipe∏Senegal(2)∏SriLanka(5)∏Tailândia∏Timor-Leste(2)∏Ucrânia∏Zimbabué
Em2008,aAMImarcoupresençaemCaboVerde,Guiné-Bissau,Angola,SãoToméePríncipeeRepúblicaDemocráticadoCongo(ex-Zaire),atravésdemissõesdedesenvolvimentocomequipasexpatriadas,promo-vendoprojectosdeformaçãodetécnicoslocais,educa-çãoparaasaúdeeparaodesenvolvimento,assistênciamédica,nutriçãoereabilitaçãodeinfra-estruturas.
Recursos Humanos
Em2008,aAMIenviouparaoterreno135expatriados(mais8%doqueem2007)emmissãoexploratória,deavaliaçãooudesenvolvimento,nomeadamente:
•30enfermeiros(dosquais14estagiários)•19médicos(dosquais8finalistasdemedicina)•4nutricionistas•2técnicosdedesenvolvimento•1biólogaespecialistaemVIH/Sida•2delegados(AustráliaeAngola)•36aventureirossolidários•44supervisoresemmissãoexploratória,deavaliaçãoedeimplementaçãodeprojectosnoterreno
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Missões de desenvolvimento, emergência e Microprojectos em 2008
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Desenvolvimento MicroprojectosEmergência
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2estágios Ami / Bes
3ª edição do Programa de estágios Ami/Bes
Em2008,realizou-sepeloterceiroanoconsecutivoaparceriacomoBES(BancoEspíritoSanto)paraoenviode10estagiáriosemmissão.Destafeita,foramenviadosestagiáriosdemedicinae3finalistasdeenfer-magemparaas4missõesdaAMI.EstesestagiáriosintegraramasequipasdaAMInoterrenoecontaramcomoapoiodoBESquesuportouoscustosdasvia-gens,dosvistosedosubsídiodealimentação.
ApósumprocessodeselecçãoemJunhoeumasessãodeformaçãoimplementadapeloDepartamentoInternacional,osestagiáriospartiramparaoterrenoentreAgostode2008eJaneirode2009.Osdestinosforamas4missõesdaAMIcomequipasexpatriadas:CaboVerde,Guiné-Bissau,RepúblicaDemocráticadoCongoeSãoToméePríncipe.
Umavezmais,apresençadosestagiáriospermi-tiuoreforçodasactividadesaoníveldaformaçãodetécnicosdesaúdeedasacçõesdesensibilizaçãojuntodapopulação,peloqueestáprevistaamanutençãodaparceriaem2009.
De referirque,pelaprimeiravez,começaaveri-ficar-sequeantigosestagiários,querpeloProgramaBES,querpeloProgramaRegulardeEstágiosAMI,vol-tamapartircomaAMIemmissão.
Pedidos de Ajuda
Os87 novos pedidos de ajudarecebidosem2008provieramde 39 países, de 5 regiões do mundo,distri-buídosdaseguinteforma:
ÁSIA 24pedidos 9paísesÁFRICA 47pedidos17paísesAMÉRICA 8pedidos 6paísesMÉDIOORIENTE 4pedidos 3paísesEUROPA 4pedidos 4países
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Pedidos de ajuda por Região de origem
África Ásia MédioOriente
NúmerodePedidosRecebidos
NúmerodeProjectosRecebidos
EuropaAmérica
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“A educação para a saúde promove a adopção de comportamentos
saudáveis.“
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2missões exploratórias e de Avaliação
Duranteoanode2008efectuaram-se17 missões exploratórias e de avaliação,envolvendoaparticipaçãode25 profissionais expatriados, em 12 países:
Afeganistão ∏ Angola ∏ Brasil ∏ Cabo Verde∏Guiné-Bissau(3)∏Paquistão∏RepúblicaDemocrá-ticadoCongo(2)∏S.ToméePríncipe(3)∏SriLanka∏Tailândia∏Ucrânia∏Zimbabué
missões de emergência
Oanoficoumarcadoporalgumascriseshumanitá-rias.Segundoalistaanualdasprincipaiscriseshuma-nitáriaspublicadapelosMédicosSemFronteirasdesde1998,nopassadoanode2008,ascrisesdemaiordes-taqueforamaSomália,aEtiópia,oMyanmar,oPaquis-tão,oZimbabué,oSudão,aRepúblicaDemocráticadoCongo,oIraque,ascriançasmalnutridas(desdeoHaiti,aoBangladesheàCostadoMarfim)eatuber-culosenomundo.
Deacordocomumconjuntodecritériosanalisa-dos(tipo,dimensãoelocalizaçãodacatástrofe,ajudainternacionaljáatribuída,pedidodeajudadasautori-dadeslocais),aAMIponderoucasoacasootipodeintervençãopossível.
EmMaio,ocicloneNargysassolouoMyanmar,antigaBirmânia,provocandocercade130.000vítimasmortaisedesaparecidaseumenormerastodedestrui-ção.EstacriseveioagudizarascondiçõesdedezenasdemilharesdepessoasquemorremanualmentecomSida,MaláriaeTuberculose.
Aautorizaçãodeentradadepessoalhumanitáriofoi,porém,extremamentedificultadaouatétotalmentebanidapelaJuntaMilitar.
Nestecontexto,aAMItentoudarinícioaumamis-sãodeemergência,semsucesso,emvirtudedarecusadasembaixadasdoMyanmaremRomaeBangueco-queemconcederemvistosaosexpatriadosquepre-tendiamdeslocar-separaumamissãoexploratória.OPresidentedaAMIpermaneceunaTailândiaduranteváriosdiasnosentidodetentarobter,semsucesso,ovistodeentradalocalmente.
UmsurtodecóleradeflagrounaGuiné-BissauapartirdeMaioeganhouforçacomoiníciodaépocadaschuvas.Segundoasautoridadessanitáriaslocais,onovosurtovitimoumaisde200pessoas,elevandopara perto de 20 os casosmortais desdeMaio de2008.
A região de saúdedeBolama foi a última a serafectadae,mesmonãohavendomuitamortalidade,oscasosdiagnosticadostenderamaaumentar.AAMI,presente nesta zona desde o ano 2000, continuoua apostar na prevenção, com reforço das habituaisacçõesdesensibilização.
AequipadaAMIcolaborouaindanamontagemeorganizaçãodeumatendadeisolamentodecasos,facultadapelaUNICEF,noHospitalSimãoMendesemBissau,tendodepoisregressadoaBolama,asuazonadeintervenção.
Apesar da cólera semanifestar de formamaisacentuadanaszonasmaisurbanizadas,adificuldadedosacessosàsregiõesmaisremotasdopaíspodepotenciarosperigosparaapopulação.Temsidotam-bémestaumadasmaiorespreocupaçõesdosvolun-
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táriosdaAMIque,emOutubro,sedeslocaramàIlhadasGalinhasemvirtudedoprojectoqueaONGtemvindoadesenvolvernestelocal,ondeforamconfron-tadoscomaexistênciade17novoscasosem4dias,dosquaisdois forammortais.Nesta ilha,aequipada AMI optou por fazer intervenções directas emconjunto comas autoridades sanitárias deBissau,lutandocomafaltaderecursoseasdificuldadesdeacessibilidade.
OZimbabué foiafectadoporumsurtodecóleraqueseagudizoucomoiníciodaépocadaschuvas.
A18deDezembro,aONUreportou1.123mortese20.896casossuspeitos,temendo-sequeestaepide-miapudesseaindaviraafectar70.000pessoas.
Aepidemiacomeçouapropagar-semuitorapida-mentenumsistemadesaúdevulnerável.Ocolapsoeconómicodelongoprazonumpaíscomumataxadeinflaçãode231milhões%agravaaindamaisascondi-çõesdevidalocais.
Faceaestecenário,aAMIenviou2elementosemmissãoexploratóriacomoobjectivodefazerumlevan-tamentodenecessidadeseverificaraviabilidadedeumaintervençãodaAMIcomequipasexpatriadasouemparceriacomorganizaçõeslocais.
A equipa comprovouo impactodamalnutrição,malária edoVIH/Sida,potenciandooagravamentodesituaçõesdecólera.Aestruturapúblicadesaúdenãoapresentacapacidadeparafazerfaceaestepro-blema.Oatrasonopagamentodossalários,aliadoàgalopantedegradaçãodascondiçõesdetrabalhodos
profissionaisdesaúde,àsrupturasdestockdemedi-camentos,àfaltadeáguaeelectricidade,àsfalhasouausência de sistemas de comunicações e de trans-porte,provocaramoabandonomaciçodospostosdetrabalho.Afragilidadedosistemadesaúdezimbabue-anoassociadaàsrestriçõesimpostaspeloMinistériodaSaúdeàentradadepessoaldesaúdeexpatriadonopaís,levouaAMIaconcluirqueamissãoapenaspode-riaserimplementadaemparceriacomumaorganiza-çãolocal,nomeadamentecomaIgrejaCatólica,quetemmontadaumaestruturaparalelaaoServiçoNacio-naldeSaúde,eficienteeeficaznamedidadopossível,constituídaporumarededeclínicasehospitaisespa-lhadosportodoopaís.
Postooreferido,aequipadaAMIestabeleceucon-tactoscomoBispodeHararequesolicitouacolabo-raçãodaAMInaregiãodeGokwe,motivopeloqual,duranteamissãoexploratóriaaoterreno,aequipasedeslocouduasvezesaessazona.
OenviodaequipamédicasóveioaserautorizadoemFevereirode2009.
Jánosúltimosdiasdoano,o povo palestinianonaFaixadeGaza foi vítimadeuma incursãomili-tarisraelita,estimando-seamorte,nosprimeiros10dias,demais500palestinianos,dosquais1/5eramcrianças.
APalestinacontinuatambémasofrerretaliaçõestais comoo corte de fontesde energia e o impedi-mentodoacessoamedicamentosealimentos,assis-tênciamédicaeajudahumanitária.
Faceaestecontextoeemrespostaaumpedidode ajuda daDelegação da Palestina emPortugal, aAMIdecidiu financiaraaquisiçãodemedicamentosnovalorde10.000€.
Derelembrarqueem2007,aAMItinhaenviadoumaambulânciaemedicamentosparaopovopales-tiniano.
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2missões de desenvolvimento
Em2008,aAMIdesenvolveu5 missões de desen-volvimentoem5 países,envolvendo66 elementos,dosquais 32 profissionais expatriados(9médicos,15enfer-meiros,4nutricionistas, 1voluntárionaáreasocial,1 foto-jornalista, 1 biólogo, 1 técnico de desenvolvi-mento),18 estagiários expatriados(6demedicinae12deenfermagem)e16 contratados localmente.
Angola∏CaboVerde∏Guiné-Bissau∏RepúblicaDemocráticadoCongo∏S.ToméePríncipe
AngolaChiange (Formação, reabilitação de infra-estrutu-ras, assistência médica e educação para a saúde)Oprojecto,orçadoem293.000€,co-financiadopelo
IPAD, localizou-senasededoMunicípiodosGambos–Chiange.OMunicípio,situadonosuldaProvínciadaHuíla,suldeAngola,temumapopulaçãode151.000habi-tantes.AactuaçãodaAMIabrangeuoCentroMunicipaldeSaúdedoChiange(CMSC),principalinfra-estruturade
saúdedaregião,5PostosdeSaúdeperiféricos(dos15exis-tentesnoMunicípio)e5 escolasbásicasdoMunicípio.
AregiãodosGambos,talcomooutrasáreasruraisemAngola,tinhagravesproblemasaoníveldapresta-çãodecuidadosprimáriosdesaúde.Osquadroslocaisdesaúderevelavambaixosníveisdequalificação,queranível técnico,queraníveldegestãohospitalar.Asinfra-estruturasdesaúdeestavamdegradadas.OCen-trodeSaúdenãotinhaumfuncionamentoefectivo.
Poroutrolado,oMunicípiopossuíapoucasalterna-tivasalimentares,sendoqueéumaregiãopredominan-tementedegado,afectadaporsecasfrequentes.
Parafazerfaceaestesproblemas,oprojectodeli-neadodividiu-seemváriascomponentes:
Formação dos técnicos locais: deformaamelhorarosserviçosdesaúde,foidadaformaçãoaosquadrosdesaúdelocaisaoníveltécnicoedagestãohospitalar.Paraoefeito,foramrealizadoscursosmensaisetrêsJornadasdeFormação.Estasactividadesforamcom-plementadaspela formaçãoemexercícioquedecor-reudiariamente.
“A ‘educação para o desenvolvimento’ (ED) constitui um processo educativo constante que favorece as interrelações sociais, culturais, políticas
e económicas entre o Norte e o Sul, e que promove valores e atitudes de solidariedade e justiça que devem caracterizar uma cidadania global
responsável. Consiste, em si mesma, num processo activo de aprendizagem que pretende sensibilizar e mobilizar a sociedade para as prioridades
do desenvolvimento humano sustentável.“[Uma visão Estratégica para a Cooperação Portuguesa.]
iPAD – instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
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eapopulaçãotemagoraacessoamelho-rescuidadosdesaúdeprimários(assistên-ciamédica,deenfermagem,medicamen-tos,vacinação).
Além disso, a população estámaissensibilizada para as questões ligadasà saúde pública (nomeadamente VIH//SIDA,malária, tuberculose, higiene esaúdesexualereprodutiva)eànutrição,
tendooaumentodasegurançaalimentarficadoasseguradoatravésdaformaçãonaáreadanutri-çãonasescolasquepassoutambémpeladistribuiçãodeumamerendaescolardiária.
Cabo Verdeilha do Fogo (Formação e Educação para a saúde)Tendo emconta apercepçãoda realidade cabo-
-verdianaqueaAMIpossui,frutodeumtrabalhocon-tínuodemuitosanosnestepaís,propusemo-nosem2008,cingindooraiodeintervençãoàIlhadoFogo,continuaraequilibrarasbasesda regiãoatravésdeumaabordagemintegradaemáreasfulcraiscomoaeducaçãoeasaúde,emparceriacomasDelegaciasdeSaúdeedaEducação,organizaçõescomoaCruzVermelha Cabo-Verdiana, o ICCA (Instituto Cabo--VerdianodaCriançaedoAdolescente),oICASE(Insti-tutoCabo-Verdianodeacçãosocialeescolar)eoutrasassociaçõesactivasdaIlha.ParaaAMI,estasparce-riassãofundamentaisnosucessodas intervenções,querpeloseucaráctercontínuoaoserviçodascomu-nidades,querpeloefeitomultiplicadorqueestesagen-tesprovocamnaabordagemaopúblico-alvodestasacções.Paraaproximarosparceiros,aAMIcriouumaComissãodeSaúdeEscolarquefez,duranteesteano,umdiagnósticodoestadodesaúdenasEscolasdaIlhadoFogoe traçouumplanodeactividadesconjuntoapontadopara2009.
Reabilitação: foramreabilitadoseequipados5Pos-tosdeSaúdeeoCMSC.
Assistência Médica: foiprestadaassistênciamédicaeapoioàvacinaçãonoCMSCenosPostosPeriféricosdurantetodoociclodeprojecto.Nãoexistianenhummédicolocalmente,peloqueomédicodaAMIeraoúnicoadarassistênciaaestapopulação.
Acções de Educação para a Saúde: foramrealiza-dasacçõesdeeducaçãoparaasaúdenoCMSC,pos-toseescolasquepromovessemaadopçãodecompor-tamentossaudáveis.
Nutrição: deformaaminorarascarênciasalimen-tares,foirealizadoumquestionáriodehábitosalimen-taresnaregiãopelonutricionistaetrabalhou-senasescolascomascomunidadeseducativas,deformaadiversificar os hábitos alimentares. Complementar-mente,foidistribuídaumamerendaescolarquepermi-tiumelhoraroestadonutricionaldascriançaseincen-tivaraescolarizaçãobásica.
NofinaldaintervençãodaAMI,foipossívelverificarumamelhoriageraldos indicadores identificados.Osconhecimentos técnicosdopessoaldesaúde localnaáreadasaúdepúblicaenutriçãoforammelhoradoseacapacidadeorganizacionalreforçada;oCMSC,oPostodeSaúdedaTchibemba,doDongue,doTapu,daTaca,edoViriambundoencontram-sereabilitados,equipadoseafuncionar.ForamconstruídaslatrinasduplasnosPostos
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2Aequipadeenfermagemdeucontinuidadeaotraba-
lhodesenvolvidonasUnidadesdeSaúdeBasedeChãdasCaldeiras,CampanasdeBaixoeMonteGrande.
Oprojectode2008/2009,queseprolongouatéFeve-reirode2009,estáorçadoem81.187€econtoucomoco-financiamentodaCâmaraMunicipaldePalmelaedoGrupoAuto-Sueco.
Guiné-BissauBijagós (Educação para o Desenvolvimento)AAMIestápresentenaIlhadeBolama,Arquipélago
dosBijagós,desde2000,comumamissãodeassistên-ciamédicaedeenfermagem.ApartirdeJunhode2004,estendeu-seoprojecto,queremtermosgeográficos(alar-gou-seatodaaregiãosanitáriadeBolama,queincluiIlhadasGalinhaseSãoJoão),queremtermossectoriais(pas-souaincidir-senaformaçãodematronasedeagentessanitários,bemcomonarealizaçãodeassistênciamédicanastabancas.Em2005deu-secontinuidadeàinterven-çãoe,paraalémdaassistênciamédica,daformaçãoesensibilizaçãoparaasaúde,foramreabilitadas8Unida-desdeSaúdeBase(USB)emtodaaregião.Em2006,assegurou-seamanutençãobásicadestasUSBseman-teve-seoapoioanteriormentedescrito.Oanode2007foimarcadopelareformulaçãodoprojectodeinterven-ção,adequandoosobjectivostraçadosàsnovasnecessi-dadesencontradas,numafaseemqueofuncionamentodasunidadesdesaúdeéumarealidadeeaformação/sensibilizaçãoparaasaúde,umaconstante.Esteanode2008foialturadeapostarnobinómioSaúde/Desenvolvi-mentojuntodeumapopulaçãojámarcadapelapresençadaAMI.Areconstruçãodepoços,aplantaçãodehortaseotrabalhonalimpezadeespaçospúblicoscomosjovenslocaismarcaramoiníciodeumnovodesafioquesepro-longaparaoanode2009.
Em2008,oprojectocontoucomoco-financiamentoda ImprensaNacional -CasadaMoedaedaempresa
OIH,queorganizouumtorneiodeGolfeareverterparaesteprojecto.
Em2008,foiaplicadoumorçamentode,aproximada-mente,142mileuros.
República democrática do Congo (RdC)Nioki (Assistência médica, Formação e Educação para a saúde)AAMI,cujaprimeiraintervençãonaRDCremontaa
1994,mantémumamissãonaáreadasaúdeemNiokidesdeAgostode2005.
Os ciclos de projecto têm uma duração de 12meses,cominícioemAgostoeconclusãoemJulhodoanoseguinte.
Alémdecuidadosprimáriosdesaúde,asequipasdaAMItêmtrabalhadoaoníveldagestãoeorganizaçãohos-pitalaredarealizaçãodeacçõesdesensibilizaçãoàspopu-laçõesedeformaçãoaostécnicoslocaisdesaúde.
Aintervençãocentra-senoHospitaldeNioki(Hospi-taldeReferêncianaRegiãoepropriedadedaSODEFOR–SocietédeDéveloppementForestier).Estavamplane-adasalgumasdeslocaçõesadispensáriosdesaúdenaslocalidadescircundantes,masestasacabarampornãoseconcretizarem2008faceàslimitaçõesdetransportedaSODEFORemNioki,provocadaspelacrisemundialqueafectougravementeocustodoscombustíveis.
Ociclodeprojecto2007/2008contoucomumorça-mentode€137.446,37,tendoaSODEFORapoiadocomumtotalde€96.530.
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Desde 2007, além da intervenção referida, a AMIimplementouadistribuiçãoalimentaraosdoentesinter-nadosnoHospitaldeNioki, comespecial enfoqueàscriançasmalnutridas,eoacessogratuitoamedicamen-tosetratamentosclínicosaosdoentessemrecursoseco-nómicoseemestadoclínicourgente.Estavertentenutri-cionalpermitiudarapoioa985crianças.
s. tomé e PríncipeCaué (Nutrição, Formação e Educação para a Saúde)Dandocontinuidadeaoquetemsidoaintervenção
daAMInoDistritodeCauédesde1988ereconhecendoosconstrangimentosaodesenvolvimentoquesubsistemnoâmbitodasaúde,nomeadamente,aausênciadegru-posdetrabalhomultidisciplinaresparaaintervençãonaáreadasaúde;ainexistênciadeprogramasintegradosnaáreadanutriçãoqueabordemosproblemasverificadosnestaáreadodistrito;ainaptidãodosactoreslocaisparaamobilizaçãoecoordenaçãodaintervençãonaáreadasaúde;adeficienteformaçãodostécnicosdesaúdelocaisedosagentessanitáriosemáreasmédicasespecíficas;eaescassezedificuldadesnoacessoarecursoseserviçosessenciaisparaaprevençãodadoençaeinformaçãosobrerecursosecomportamentosalternativosparaapromoçãodasaúde,aAMIdefiniucomoáreasdeintervençãopara2008:a)anutrição,b)acapacitaçãoparaapromoçãodasaúdenascomunidadesec)aformaçãoaostécnicosdesaúdedoDistritodoCaué.
Oprojectofoico-financiadopeloGrupoEmpresarialIbersolecontoucomumorçamento,em2008,decercade122mileuros.
Durante o ano de 2008, as equipas médicas da AMI no terreno efectuaram 12.578 consultas médicas. O grá-fico seguinte indica o total de consultas por missão.
Foram ainda realizadas 206acçõesdeformaçãoaos técnicos de saúde locais, das quais beneficiaram 2.993formandos, e 151acçõesdesensibilizaçãoàspopula-çõeslocais, nas quais participaram 9.581pessoas.
CaboVerde(Enfermagem)
2383
Congo2801
total de consultas nas missões aMi em 2008
Guiné-Bissau4806
SãoTomé2588
0
1000
2000
3000
4000
5000
acções de formação e sensibilização nas missões em 2008
CaboVerde Congo
AcçõesdeFormação
Acçõesdesensibilização
SãoToméGuiné-Bissau
1901
630
11133
535045
757
37 28213
361389
8 122
5126
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Nºdeformandosdasacçõesdeformação
Nºdeparticipantesnasacçõesdesensibilização
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2missões de Apoio a iniciativas locais
Procurandodarrespostaaospedidosdeapoioquerecebeanualmente,aAMIfinanciou,duranteoanode2008,34 micro-projectos desenvolvidospor29 orga-nizações de 22 países,de5 áreas geográficas:África(9),Ásia(7)AméricaLatina(3),MédioOriente(2),Oceânia(1),beneficiandocercade60.000pessoas.
Afeganistão (3) ∏ Angola ∏ Austrália ∏ Bolívia∏Brasil∏CaboVerde∏China∏Filipinas∏Guiné--Bissau(2)∏Índia∏Indonésia(4)∏Líbano∏Libéria∏Mali∏Moçambique∏Panamá∏Quénia∏Repú-blicaCentroAfricana∏Senegal (2)∏SriLanka(5)∏Tailândia∏Timor-Leste(2)
AfeganistãoNangarhar (Acção Social – Manutenção de Escola primária, Construção de Posto de Saúde e de um Centro vocacional)Em2008,aAMIapoioutrêsprojectosdaONG
HopeofMother,nomeadamente,amanutençãodaescolaprimária,aconstruçãodeumpostodesaúdeeaconstruçãodeumcentrodetreinovocacional.
Inicialmenteorçadoem98.285Usd,oprojectodemanutençãodaescolaprimáriaseráprolongadoaté2010,comumacréscimoorçamentalde95.218Usd.
Aconstruçãodeumpostodesaúdejuntoàescolaprimária,novalorde25.810Usd,comoobjectivodeatender430criançasquefrequentamaescolaprimáriaerespectivasmães,comoformadeaumentarafrequênciaescolarderaparigaserapazesedemelhoraroestadodesaúdedessesgrupos-alvo,contoutambémcomoapoiodaSANOFI,quesetraduziuem€5000.
Finalmente,teveinícioaconstruçãodocentrodetreino vocacional, cujo projecto orçado em 70.478Usd,terminaráem2009.
Osobjectivosdeste terceiroprojectoconsistememcontribuirparaumaeconomiasustentávelmenosdependentedeajudaestrangeira,estimularoinves-timentoestrangeirodirecto,criaroportunidadesdetrabalhoparaasmulhereslocais,promoveroAfega-nistãocomopotencialprodutordepedraspreciosasesemi-preciosas,abrirmercadosdeexportaçãoparaas gemas epedraspreciosas afegãs emelhorar ascompetências,capacidadeseconhecimentodoslapi-dadoreslocais.
AngolaHuílaPassadaasituaçãodeemergênciaemAngola,a
AMIdelineouumanovaestratégiadeintervençãoquepassou,apartirde2008,pelacooperaçãocomopaísatravésdofinanciamentodeprojectosdedesenvolvi-mentodebaselocal.
Nessesentido,comoobjectivodecontribuirparaasustentabilidadedaorganização,criarumcentroderecursoseumabibliotecaparausodosestudantesdaMatala,aAMIdecidiuapoiaroprojectodaONGlocalCopolua.
O projecto, previsto até 2009 e orçado em€15.000, pretende beneficiar directamente a ONGe, indirectamente, os estudantes, a população daMatalaeapopulaçãoalvodasacçõesdeeducaçãoparaasaúde.
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“Construir a Paz pelo Diálogo Intercultural. “
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2AustráliaSidney (Apoio social às comunidadesluso-descendentes carenciadas)AAMImanteve,em2008,oapoioàscomunidades
luso-descendentesnaAustrália,noâmbitodeumprojectoiniciadoem2006,cujovalortotalascendea€30.000.
BolíviaSanta Cruz (Crianças com deficiência)Iniciadoem2007,oprojecto“Contuayudaseré
feliz”daONGFundación“Amoresvida”–HogarSanJosé, terminouem2008, concluindo-sequenoanoanteriorhaviaatingidoosseguintesobjectivos:– aquisiçãodeequipamentonecessárioparaprestar
umserviçomédicodeacordocomasnecessidadesdascrianças;
– aquisiçãodeumveículoparatransportedascriançasparaasconsultaseparaarecolhadedonativos;
– instalaçãodeumsistemadearcondicionadoparamaiorconfortodascrianças,numazonacomumclimamuitoquente.
O principal objectivo do projecto consistia emmelhorar as infra-estruturas de um lar para criançascom deficiência e estimulá-las de forma a poderemexpressar e desenvolver as suas capacidades, tendobeneficiadodirectamente20criançascomdeficiência,abandonadas,emSantaCruz,entreos0eos8anos.Oprojectocontacomumorçamentode€15.000.
BrasilMilagres (Saúde Social)A terminar em2009,oprojecto “InovaroAten-
dimentodeSaúdeSocialdoHospitaleMaternidadeMadreRosaGattorno”,beneficiadirectamente 1888pessoas,quesãoatendidasmensalmente,nomeada-mente,725criançaseadolescentes,158mulheres,30parturientese406famíliasassociadas.
Iniciadaem2005,aparceriadaAMIcomaACOM–AssociaçãoComunitáriadeMilagres,centra-senoobjectivodecontribuirparaaprestaçãodecuidadosdesaúderestaurativosepreventivos,comqualidadeeequidade,àcomunidadequeprocuraosserviçosde saúde doHospital eMaternidadeMadre RosaGattorno.Oprojectoestáorçadoem€75.000.
Entretanto,ficouacordadocomaONGqueaAMIirálançaroprojectoMissãoAventuraSolidárianoBra-sil.Aprimeira edição(comummáximode14aventu-reiros)irárealizar-seemAgostode2009.Oprojectoafinanciarseráaconstruçãodeequipamentos.Haveráaindaapossibilidadedesefinanciaracriaçãodeumamandala(modeloinovadordeirrigação,emformadecírculos concêntricos e comvárias culturas integra-das, quedistribui águauniformementeparaplanta-çõesdiferentes,possuindoumcustoinferioràirriga-çãotradicional).Concebidapara7famílias(1.000€),édefácilutilizaçãoparaosagricultoresfamiliaresepro-moveaqualidadedevida,aprodutividadeeconómicaeoequilíbrioambiental.
ChinaCuofutun (Construção de Escola Primária)Adecorrerdesde2007comoapoiodaAMI,opro-
jectodeconstruçãodeumaescolaprimáriaemCuo-futun,cujosbeneficiáriosdirectossão67alunostibe-tanosentreos6eos12anos,eumprofessor,estáorçado em €20.000e a sua conclusão estáprevistapara2009.
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FilipinasBulacan (Crianças abandonadas)Oprojecto“ApoioàAlimentaçãodasCriançasaban-
donadasedependentesdoOrfanatoBethanyHouseSto.Niño”decorredesde2007comoapoiodaAMI.
Trata-sedeumprojectodoorfanatoBethanyHouseSto.Niño,cujoobjectivoconsisteemapoiar70criançasórfãs,financiandoasuaalimentação,educaçãoeinser-çãosocial,sustentando-asatéqueseconsigaimplemen-tarumprogramadeinvestimentolocalquefinancieofun-cionamentoeamanutençãodolar.
Orçadoem€25.000,prevê-sequeoprojectotermineem2009.
Guiné-BissauBolama (Projecto de auto-sustentabilidade de ONG)
AparceriadaAMIcomaCabazGarandiremontaa2000,apartirdoqualaONGtemvindoaprestarapoioàmissãodaAMIemBolama.
Comoobjectivodeconstruirumaresidencialparaaco-lhertrabalhadoresdocajueturistasquesedesloquemaBolama,aAMIdecidiuapoiarem2007areconstruçãodeumaantigacasacolonialquefuncionará,também,comosededaorganização.
Oprojectoterminaem2008econtacomumorça-mentode€20.000porpartedaAMI.
Bolama (Fomentar o Desporto como factor de promoção da cidadania)AAMIcontacomacolaboraçãodosjogadoresdo
ClubedeFutebol Estrela Negra de Bolamaemactivi-
dadesdesensibilizaçãoeeducaçãoparaasaúdenaIlhadesde2005.
Noseguimentodessaparceria, em2007,aAMIdecidiuapoiaroclubeatravésdeumprojectodedoisanos,orçadoem€10.000.
Oprojecto,cujosobjectivosconsistiramemfinan-ciar o equipamento desportivo, bem como as des-locações e alimentaçãoda equipanos jogos, surtiuimpactosobreapopulação,namedidaemqueospró-priosjogadoresexerceminfluênciaaoníveldasdinâ-micasjuvenis.
Índia Andaman e Nicobar(Catástrofe natural – tsunami)Em2008terminouoprojectodesaneamentobásico,
iniciadoem2005,queaAMIdecidiuapoiar,atravésdaONGFriend’s Society,noâmbitodoapoioàsvítimasdoTsunamiqueassolouosudoesteAsiático.
Orçado em €8.752, o objectivo do projecto, cen-trado na tentativa de alterar hábitos de comporta-mentonoquedizrespeitoaosaneamentobásico,foiatingidoatravésdaconstruçãode16latrinas.
indonésiailha das FloresEm2008,aAMImanteveoapoioaos4projectos
na IlhadasFloresque financiadesde2006(EndeeSikka(2))e2007(Larantuka),porsugestãodaEmbai-xadadePortugalemJacarta.
Larantuka e Ende (Saneamento do Serviço Hos-pitalar)DoisdosprojectosqueaAMIdecidiuapoiarnaIlha
dasFloresdecorremnasregiõesdeLarantukaeEndeeconsistemnamelhoriadoserviçodesaúdedosres-pectivoshospitais.
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2NaregiãodeEnde,oprojectodeaperfeiçoamento
dosistemadesaúde,orçadoem€50.000ecomdatade conclusãoprevistapara2009,procura atingir-seatravésdainstalaçãodepoçosdeágua.
Por sua vez, o projecto da região de Larantukaconta com um orçamento de €25.000 e prevê-se,igualmente,quetermineem2009.
Osbeneficiáriosdeambososprojectossãoapopu-laçãodecadaumadasregiões,numtotalde225milpessoas.
Sikka (Melhoria do Serviço Hospitalar, acesso à água, saneamento básico, nutrição e ambiente)NaregiãodeSikka,emMaumere,sãodoisospro-
jectosapoiadospelaAMI,nomeadamente,oprojectodeintervençãonoHospitaldeSikkaeoprojectoGreenPeace.
Oprojectode intervençãonoHospitaldeSikka,intitulado“HealthySikka”,estáorçadoem €25.000eterminaem2009.
OprojectoGreenPeace, comumorçamentode€12.000eduraçãoprevistaaté2009,apostanocul-tivodesementesedesenvolvimentoagrícola,benefi-cia150famíliaseédesenvolvidopelaMarianaSocialFoundation.
líbano Beirute (Equipamento Médico)NasequênciadamissãodeemergêncianoLíbano,
aONG“AssociationdesDocteursduLiban”solicitouapoioàAMIparaumprojectodeaquisiçãodemate-rialmédico,comoobjectivodemelhorarosserviçosprestadospelapoliclínica,beneficiandoosutentesdamesma.
O projecto, orçado em €90.000, termina em2009.
libéria Gardnersville (reabilitação de infraestruturas de Saúde)Em2008,aAMImanteveoapoioaumprojectode
reabilitaçãodeumcentrodesaúdequepretendebene-ficiarapopulaçãodaregiãodeGardnersville.
Oprojecto,apresentadopelaONG StMarkGos-pel Church Clinic, está orçado em €10.000 e termi-naráem2009.
mali Mamaribougou (Assistência Médica e reabilita-ção de infra-estruturas)Apesardeserumadasdemocraciasmais fortes
docontinenteafricano,oMaliétambémumdos25paísesmaispobresdomundo,comumaacentuadadependênciadaajudaexternaeumamarcadavulnera-bilidadefaceàsvariaçõesdospreçosinternacionaisdoouroedoalgodão,asprincipaisexportaçõesdopaís.
Assim,apósamissãoexploratóriaem2006,aAMIdecidiuapoiaro projectodeAssistênciaMédico-Social,CuidadosPrimáriosdeSaúdeereabilitaçãodopostodeMamaribougou,daONGAssocia-tionMaliennepourleDéveloppe-mentdelaSantéCommunautaire(AMDSC).
O projecto dispõe de umorçamento de €15.000 e a suaconclusão está prevista para2009.
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moçambiqueQuelimane (Assistência médica e medicamentosa, formação e reabilitaçãode infraestruturas)Moçambique temvindo a apresentar umcresci-
mentoeconómicofortedesdeofimdaguerracivil,emgrandepartedevidoàreconstruçãopós-guerra.
No entanto, segundo o relatório de desenvolvi-mento2007/2008dasNaçõesUnidas,apercentagemdepopulaçãoavivercommenosde1dólarpordiaéde36,2%.
Em2007,aONGMesadeS.LázarosolicitouàAMIfinanciamentoparaumprojectodeapoioàreabilitaçãodas instalaçõesda instituiçãoeaodesenvolvimentodassuasactividades,nomeadamente,acolhimentoeacompanhamentointegradodecriançaseapoioefor-maçãoapaisefamiliares.
Oprojectoteveaduraçãodeumanoebeneficiou29criançaserespectivospaisefamiliares.
Orçadoem€14.350,esteprojectofoitotalmentefinanciado pelo PrémioNatura, um galardão ins-
tituído para distinguir projectos deajuda humanitária ou de protecçãodanaturezaeatribuídoàAMIparaesteprojecto.
Panamá (recuperação Nutricional)
Apesar de um forte desenvolvi-mento económico ter reduzido ataxadedesempregopara29%em
2008,edeseesperarqueoprojectodeexpansãodocanaldoPanamáfomenteessaredução,opaíspossuiasegundadistribuiçãoderendimentosmenosiguali-táriadaAméricaLatina.
Assim,em2008aAMImanteveoapoio,iniciadoem 2007, ao Projecto de Fortalecimento do CentrodeRecuperaçãoNutricionaldoPanamáedeCentrosComunitáriosdaNutreHogaranívelnacionaldaONGAsociaciónNacionalProNutriciónInfantil.
Deentreosobjectivospropostosparaoprojecto,foramjáatingidosalguns,nomeadamente,aconstru-çãodeuma cerca em redordoCentroComunitáriodeChiriqui;asobrasdemelhoriadasinfra-estruturasdoSub-CentroNutricionaldeDobrote;acomprade4bateriasdepainelsolarpara2doscentroscomunitá-riosdeNutrição(BuenosAireseLosVallesdeCanaza)eacomprade1bombaetubosparaocentrocomuni-táriodeDivala.
Oprojectoestáorçadoem€30.000,asuaconclu-sãoestáprevistapara2009edirige-sea6.000crian-çascomidadesinferioresa6anos,oriundasdecomu-nidadesruraisindígenasecamponesas.
Quénia Nairobi (Hiv/SiDA)Aviolênciapós-eleitoralqueassolouoQuénia,no
limiarde2008,emarticulaçãocomacrisefinanceiraglobal,provocouareduçãodoPIBde7%para2,2%.
Aagravaressasituação,oQuéniadebate-secomcercade1milhãoe500milhabitantesinfectadoscomovírusHIV/SIDA.
Poressarazão,em2008,aAMIcontinuouaapoiaroprojecto“AidforYouthHIV/AIDSEducationandTrai-ning”daONG Poverty Relief Aid,orçadoem€9.290,ecujoobjectivoédiminuironúmerodeinfectadoscomoHIV/SidanobairroKwa Njenga,nosarredoresdeNairobi.
Oprojectoterminouem2008.
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2República Centro Africana Bangui (Educação, Hiv/SiDA e Capacitação Feminina)Em2008,aAMImanteveoapoioaoprojectode
ampliaçãodaEscolaMgr.AloysKobés,destinadoabeneficiarcriançascomproblemasdeinclusãosocial,órfãsouportadorasdedeficiência.
Paraalémdas2salasdeaulaprevistasnoprojecto,comoobjectivodeaumentaracapacidadedaescola,foitambémconstruídaumapequenasecretaria.
Aescola,dirigidapelaCongrégationdesFillesduSaintCoeurdeMarie,tem562alunose12professo-rasassalariadas.
Oprojectocontacomumorçamentode €25.000,estandoasuaconclusãoprevistapara2009.
senegalCasamança (Promoção da Paz)Associando-se aos esforços de manutenção da
paznaregiãodeCasamança,aAMIdecidiuapoiaroprojecto“ProgramadeConsolidaçãodoProcessodePazemCasamança”,emKatack,daONGAPROSOR(AssociationpourlaPromotionSocialeenMilieuRuraletUrbain),cujaparceriaremontaa1996.
O projecto pretende contribuir para o fortaleci-mentodoprocessodepazatravésdareconstruçãodeinfra-estruturasdesaúdeemCasamança,permitindooregressodosrefugiadoseoacessoàsaúdedapopu-lação,atravésdalutacontraaimigraçãoclandestina,assegurandocuidadosdesaúdeprimáriosematerno-infantis, assegurando a disponibilidade demedica-mentosgenéricosegarantindooacessoaconsultaspré-nataiseavacinaçãodascrianças.
Comumorçamentodisponívelde€24.076,opro-jectobeneficia13.329pessoaseterminaem2009.
réfane (Capacitação Feminina, reabilitação de Estruturas de Saúde e Educação)Apar dosmicroprojectos de apoio à população
local,queaAMIapoiadesde1996,emparceriacomaAPROSOR,decorre,desde2007,oprojecto“MissãoAventuraSolidária”,queconsisteemrecebervolun-táriosdispostosa conhecer a cultura local e contri-buirparaoseudesenvolvimento.Paraalémdecola-boraremnostrabalhosdereabilitaçãoidentificadosedesenvolvidospeloslocais,contribuemparaofinan-ciamentodosmicroprojectos,promovendo,assimafixaçãodaspopulaçõesatravésdacriaçãodeempregoeestabelecendopontesentreculturas.
Em2008,realizaram-se3missões,emAbril,JunhoeNovembro.
EmAbril,amissãopermitiuiniciaraconstruçãodeumacercanomercadodeToubaToul,reabilitaroCen-trodeNutriçãodeRéoMaoeentregarbensàescoladeensinomédiodeRéfane.
Amissão de Junho permitiu reabilitar o CentroFeminino e Tinturaria emNdiodiome e seu respec-tivoequipamento,contribuindoparaaerradicaçãodapobrezaeparaacapacitaçãofeminina;apoiaracons-truçãofaseada(2ª fase)deumacercanoCentrodeSaúdedeBoukheeequiparamaternidadedohospitaldeRéfanecomcamas,colchõeseventoinhasdetecto,melhorandoascondiçõesdesaúdelocais.
Porsuavez,amissãodeNovembropossibilitouareabilitaçãodoCentrodeSaúdeemReoMao,contri-buindoparaamelhoriadascondiçõesdesaúdelocais,eacontinuaçãodoapoiodaconstruçãofaseada(3ª
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Ora,numpaísmarcadopeloconflito,alimentadopelasdiferençasreligiosaseemqueproliferamasacu-saçõesdeviolaçãodosdireitoshumanos,instituiçõescomooCSRafiguram-sefundamentaisnosentidodealertarconsciênciasedarvozàsociedadecivil.
Poressarazão,em2008,aAMIapoiouareabilita-ção,manutençãoeequipamentodoCentro,permitindoarealizaçãodassuasactividades,deentreasquaissedestacam semináriossobretrêstemáticasfundamen-tais,aPaz,oDiálogoInter-religiosoeaIgualdadedeGéneropretendendo,nofuturo,acolherconferênciassobreAmbiente,GlobalizaçãoeDireitosHumanos;eapublicaçãotrimestraldeumarevista,cujoobjectivoéalertarparadeterminadostemas,comoajustiçaeapaz.
Iniciado em 2007, o projecto está orçado em215.509USDeterminaráem2011.
Batticaloa (Diálogo intercultural)EmBatticaloa,aAMIapoiadoisprojectosdaFun-
daçãoBurgherPortugalSri-Lanka(PSLBF),nomeada-mente,amanutençãodasactividadesdaFundaçãoeaconstruçãodoCentroSocialeCulturalD.LourençodeAlmeida.
APSLBF funcionacomoum forteelode ligaçãoentreapopulaçãoburgherdeBatticaloaeprocurarevi-talizarasmarcasdainfluênciaportuguesanopaís.
Aconclusãodoprojectodemanutençãodasactivi-dadesdaFundação,orçadoem443.452Usd,estápre-vistapara2009.
Porsuavez,oCentroSocialeCulturalD.LourençodeAlmeidaseráafuturasededaFundaçãoPortugal–SriLanka,queseráconstituídoporumsalãoparaaco-lhereventos,escritóriosequartosparaarrendar.
Orçadoem390.060Usd,prevê-sequeoprojectodeconstruçãotermineem2010.
Aindaem2008,aAMIapoiouavindade10estu-dantese2professorasdeBatticaloaaPortugal,finan-
fase) de uma cerca noCentro de Saúde deBoukhe,melhorandoascondiçõesdesaúdelocais,jáqueassimseimpediuoacessodosanimaisaoespaço,garantindoahigienedolocal.
As3missõesrealizadasem2008levaram36aven-tureirossolidáriosaoterrenoepermitiramangariarumtotalde€15.745,aplicadonosprojectosapoiados.
Para2009,prevê-seoalargamentodoprojectoàGuiné-BissaueaoBrasil.
sri lanka Marcadoporumcenáriodeconflito,protagonizado
pelamaioriabudistanopoderepelaminoriahindu,representadapelogruposeparatistaTigresTamil(LTTE),localizadaessencialmentenazonanortedopaís,queexigeaindependênciadesde1983,oSriLankaassistiuaoagravamentodatensãopolíticaem2008,oqueveiodificultarajá,porsisó,lentarecuperaçãodosefeitosnefastosdotsunamideDezembrode2004.
Assim,em2008,aAMImanteveoapoioàFunda-çãoBurgherPortugal-SriLanka,emBatticaloa,aoOrfa-natoD.Bosco,emMaggona,eaoCentroparaaSocie-dadeeReligião(CSR),emColombo.
Colombo (Direitos Humanos)LocalizadoemColombo,oCSRpossuicomoobjec-
tivoprimordialapromoçãodosdireitoshumanosatra-vés do diálogo entre as religiões predominantes nopaís,nomeadamenteoBudismo,oHinduísmo,oCris-tianismoeoIslamismo.
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2ciandoaemissãodevistosepassaporteseadesloca-çãoentreBatticaloaeColombo.
OpedidochegouàAMIatravésdoCentrodeFor-mação e Investigação em Psicologia (CEFIPSI). OPadreFrancisDiaseaFundaçãoPortugal-SriLankaforam fundamentais para que o grupo conseguisseconcretizaraviagem.
Ovalortotaldoapoiotraduziu-seem3.040Usd.OgrupovisitouaAMInodia20deOutubrode
2008.
Maggona (Construção de infra-estruturas para auto-sustentabilidade do orfanato)
Em2008,aAMIapoiouumnovoprojectodoOrfa-natoD.Bosco,cujaparceriaremontaaDezembrode2004,paraaumentaracapacidadedapocilgapara500porcos,tornando-anaprincipalfontederendimentodoorfanato.
Asobrasforamconcluídasem2008,dispondodeumorçamentode€15.798,00.
Oorfanatoacolheagora108crianças,verificando-seumaaposta fortena formaçãoecapacitaçãodascrianças, nomeadamente através da frequência deaulasdeinformáticaedecostura.
tailândiaBanguecoque (Hiv/Sida)AAMImanteveoapoioaoprojectoAIDS Home-
care Program, implementadopelaHumanDevelop-mentFoundation,destinadoaajudarosseropositivosqueresidemnosbairrosdeBanguecoque.
Oprojectocontoucomumorçamentode€30.000eterminouem2008.
timor-leste Aindaarecuperardaexplosãodeviolênciaeins-
tabilidadede2006,queperturboufortementeaacti-vidadeeconómicadossectorespúblicoeprivado,edainstabilidadepolíticageradaem2008,comoaten-tadoaoPresidentedaRepúblicaeaoPrimeiro-Minis-tro,Timor-Lestecontinuaaenfrentargrandesdesafiosnoquedizrespeitoàreconstruçãodeinfra-estruturas,aofortalecimentodaadministraçãocivileàcriaçãodeempregoparaosjovensqueprocuramentrarnomer-cadodetrabalho.
Assim,em2008,aAMIdecidiumanteroapoioadoisprojectosemAileueLaclubar.
Aileu (Assistência Médica)Iniciado em 2006, o projecto da ONG Primary
HealthCareApostolate,PoliclínicadeSãoFranciscoXavierdeDare,deassistênciamédicaeapoioalimen-tarasetepostosnasvilasdeRemapati,Talitu,Sarlala,Seloi, Turisai, Fatuk-Hun e Bilu-Hatu, terminou em2008.
Osprincipaisobjectivosdoprojecto,orçadoem34.200USD,consistiramnaprestaçãodecuidadosdesaúdeprimáriosenoapoioàpopulaçãocarenciadaeaosórfãosatravésdadistribuiçãodesuplementosali-mentares.
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Laclubar (Promoção da saúde e acção social)Em2008,aAMImanteveaparceriacomaOrdem
HospitaleiradeS. JoãodeDeus, iniciadaemMarçode 2006, atravésdo apoio aoprojecto “SaúdeparaTodos”.
Destinadoapromovero trabalhovoluntáriodosjovens,contribuindoparaodesenvolvimentolocaldeLaclubarnosdomíniosdasaúdeeacçãosociale,con-sequentemente,paraaerradicaçãodapobreza,opro-jectoestáorçadoem14.301€easuaconclusãoestáprevistapara2009.
outros Projectos
Àsemelhançadeanosanteriores,foramatribuídosapoiospontuaisemajuda humanitáriaamais4 pro-jectos em 3 países.
s. tomé e PríncipeCampanha Equador (Envio de material escolar)EmOutubrode2008,aAMIfoicontactadapor
umaempresaqueestavaadesenvolvera“Campa-nhaEquador”,tendosidopedidacolaboraçãoàAMI
naangariaçãodebensdeajudahumanitáriaparaamesma, a serem entre-gues à Santa Casa daMisericórdia em SãoTomé.
A AMI doou t-shirts,calçado e material decostura no valor de€3.247,50.
Campanha de Desparasitação
OsalunosdaescoladoBombarral,atravésdaBibliotecadoBombarral,desenvolveramumacampa-nhadeangariaçãodefundoscomoobjectivodefinan-ciararealizaçãodeumacampanhadedesparasitaçãonasescolasdodistritodoCaué.
AcampanhafoirealizadaentreMarçoeJunhode2008pelaequipadaAMInoterreno.
DuranteomêsdeAbril,estevetambémpresentenoterrenoumaequipadaONGPortuguesa“HelpIma-ges”querealizouumareportagemsobreacampanha,intitulada“CartadaDaniela”,quepermitiráàAMIumamaiorsensibilizaçãodosjovensportugueses.
Acampanhapermitiuangariar €1.216,destinadosafinanciaradesparasitaçãode1735crianças.
Guiné-Bissau e Cabo Verdeiniciativa Dino e o Carro Azul (Envio de material escolar)AIniciativa“DinoeoCarroAzul”éummovimento
criadoporumgrupodeportuguesesquetemcomoobjectivoangariarmaterialescolareenviá-loparapaí-sesemdesenvolvimento.Estainiciativatemvindoacrescere temhojeumconjuntodeescolasassocia-daseaindaoutrasentidadesqueaderemanualmenteàCampanha.
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AAMIparticipoucomum stand,a realizaçãodeactividadesparacriançasejovenseaorganizaçãodeumamesaredonda,subordinadaaotema“DesafiosàCooperaçãoparaoDesenvolvimentoemÁfricanonovo contexto Internacional”, cujos oradores foramRobertoQuessange,RogérioRoqueAmaro,JoséCen-teioeFernandoNobre.Asessão foimoderadapeloProfessorAdrianoMoreira.
Curso Prime lisboa 2008A PRIME (Partnerships in InternationalMedical
Education) é umaorganização internacional de for-madoresnaáreadasaúde,tendoemvistaamelho-riadaqualidadedoscuidadosprestadosaosdoentes,particularmenteempaísesmenosdesenvolvidos.Esteobjectivoéalcançadopormeiodoensino,capacita-çãoeinspiraçãodeprofissionaisdesaúdeemtodoomundo,paraprestaremcuidadosclínicosdequalidade.APRIMEjárealizouacçõesdeformaçãoemmaisde30paísesetemprotocolosestabelecidoscomFaculdadesdeMedicinaeUniversidadesdetodooMundo.
OprimeirocursorealizadoemPortugal,de15a17deOutubro,noHospitaldaLuz(Lisboa),foiorganizadopelomédicoJorgeCruz,emcolaboraçãocomaAMI.
ParaalémdosformadoresdaPRIME,foramorado-res,FernandoNobre(médicoepresidentedaAMI),eAlbertoVaquina(médicoeactualgovernadordapro-vínciadeSofala–Moçambique).
Assistiramaestecurso80pessoas.
AparceriacomaAMI,emconcreto,foiestabele-cidaem2005,tendosidodefinidoqueomaterialnesseanoseriaenviadoparaanossamissãoemAngola.Jáapartirde2007,foiacordadoque70%dosbenssedestinamàsmissõesinternacionaisdaAMIe30%aosCentrosPortaAmigadaAMIemPortugal.
Parcerias com outras instituições
Projecto CitrineNodia15deMaiodecorreuademonstraçãofinal
doProjectoCITRINEnaThales(emOeiras)noqualaAMIparticipounaqualidadedeutilizadorfinal.
OProjectoCITRINE,co-financiadopelaComissãoEuropeia,éumprojectodeinvestigaçãoquetemcomoobjectivo construir ferramentas que permitam umamelhorcoordenaçãoentreONG’seaUniãoEuropeiaeumamaioreficiêncianasoperaçõeshumanitárias.
Nessediafoiefectuadaumademonstraçãodosis-temadeinformaçãointegrado,desenvolvidonosúlti-mosmeses.Tendocomocenárioumcampoderefu-giados,pretendeu-semostraraspotencialidadesdasferramentasnacoordenaçãodotrabalhodosparceirosnormalmenteenvolvidosnumaemergência.
dias do desenvolvimentoOrganizada pelo IPAD (Instituto Português de
ApoioaoDesenvolvimento),a1ª EdiçãodosDiasdoDesenvolvimentodecorreude5a7deJunhonoCen-trodeCongressosdeLisboaetevecomotema“Acoo-peraçãoportuguesa:alínguaeaculturanapromoçãododesenvolvimento”.
EsteeventocontoucomaparticipaçãodeváriasONG’s(OrganizaçõesNãoGovernamentais)portuguesas.
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outros enviosRegistaram-se,ainda,outrosenviospontuaispara
asmissões,porportadoreemmão,debensdeajudahumanitária.
Missão n.º envios tipo ajuda
S.Tomé 4Medicamentosematerialmédico,materiallogísticoematerialeducativo.
Guiné-Bissau 3Medicamentos,materialmédicoevestuário.
R.D.Congo 2Materialeducativoemateriallogístico.
CaboVerde3 Medicamentos,material
médicoemateriallogístico.
TOTAL 12
Comércio JustoEmOutubro de 2008, a AMI foi contactada pela
Empresa“PanoCru”quepretendecomercializarsacosfeitosemjuta.Paraoefeito,aempresapretendecomprarossacosapartirdoBangladeshnumalógicadecomér-ciojusto.
OapoiodaAMIconsistiunarealizaçãodecontactoscomaONGparceiranoterrenonosentidodeobterinfor-maçãosobrepotenciaisprodutoresdejutanopaís.
logística
Oenvio programado de medicamentosparaasdife-rentesmissõesforadopaísmaterializou-senumtotalde9 envios de medicamentos, apartirdaHolanda,numtotalde3.183 Kg e55.229 Euros.
Missão n.º envios
Peso em Kg
Valor em €
CaboVerde 2 11 1.723
Guiné-Bissau 3 1.591 25.923
RepúblicaDemocráticadoCongo
1 883 16.010
S.ToméePríncipe 3 698 11.573
TOTAL 9 3.183 55.229
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Acrisesocioeconómicadespoletadaem2007alas-trourápidaeglobalmente,provocandoumaumentodaprocuradosequipamentossociaisdaAMI.
2.2
A Acção social em Portugal
Outrofactorarealçaréoaumentodonúmerodemulheresquetemvindoaprocurarapoio.Assim,em2008,52%dapopulaçãoeradosexofeminino.Aper-centagemdemulherespobrestemvindoaaumentar.Situações como a Monoparentalidade, a ViolênciaDomésticaeoDesempregopoderãoestarnaorigemdestefenómeno.NoCentroPortaAmigadeAngradoHeroísmoéondeseverificaumamaiorfrequênciademulheres(66%).NaáreadaGrandeLisboa,estedife-rencial émais significativo emcentros sociais comoChelas(62%),Cascais(60%)eAlmada(56%).NaáreadoGrandePorto,noCentroPortaAmigadoPorto(51%)edeViladeNovadeGaia(57%)osvalorestambémsãosuperiores.ApenasnoCentrodasOlaiasseverificaumnúmerosuperiordehomens(56%).
Osescalõesetárioscommaiorpesocontinuamaserdos40aos49anos,representando21%dototaldapopulaçãoatendidaeodos30aos39anos,com18%.Segue-seoescalãodos50aos59anos,com15%.Veri-fica-sequecontinuaaserapopulaçãoemIdadeActiva(69%)quemmaisrecorreaoscentrosPortaAmigadaAMI.
Comumpesocadavezmaior,anaturalidademaissignificativacontinuaaseraportuguesa,com79%doscasos,registando-seumaumentode15%emrelaçãoaoanode2004.Darestantepopulação,seguem-seosnaturaisdosPALOP(PaísesAfricanosdeLínguaOfi-cialPortuguesa–13%).
566 1723
95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07
1172 17
301763 17
13
4089
3935
2925
2479
2457 30
74
2991
evolução dos novos casos
2949
08
evolução dos casos atendidos
NaáreametropolitanadeLisboarecorreramaosapoiossociais3.918pessoas,mais3%queem2007.NaáreametropolitanadoPortoprocuraram-nos2.696pessoas,mais2%queem2007.
No Funchal e em Coimbra, os serviços da AMIforamprocuradosrespectivamentepor536e363pes-soas.Noseuprimeiroanodeatendimentoaopúblico,oCentroPortaAmigadeAngradoHeroísmoapoiou189pessoas.
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Frequência População atendida segundo Áreas Geográficas
Áreas geográficas 2004 2005 2006 2007 2008 total
Lx-Olaias 1.444 1.318 1.562 1.788 1.841 7.953
Lx-Chelas 208 288 360 502 545 1.903
Lx-AGraça 42 59 57 71 78 307
Almada 519 595 562 513 574 2.763
Cascais 515 815 857 926 880 3.993
Grande Lisboa 2.728 3.075 3.398 3.800 3.918 16.919
Porto 2.169 1.946 1.165 1.161 985 7.426
APorto 0 0 38 42 47 127
Gaia 0 395 990 1.450 1.664 4.499
Grande Porto 2.169 2.341 2.193 2.653 2.696 12.052
Coimbra 438 397 453 415 363 2.066
Funchal 594 635 480 518 536 2.763
AngraHeroísmo - - - - 189 189
Coimbra e Ilhas 1.032 1.032 1.023 933 1.088 5018
Total 5.929 6.448 6.524 7.386 7.702 33.989
Quantoaoestadocivil,osvaloressãosemelhantesaosde2007,porumladoumapopulaçãoconstituídaporindivíduossós,sejamelessolteiros,divorciadosouviúvos(59%).Apesardeoshomens(51%)estarememnúmerosuperiornestasituaçãodeisolamento,sónacategoriadeestadocivilsolteiroéquetalseverifica(59%).Quandotocaaoestadocivildedivorciado(a)eviúvo(a),onúmerodemulhereséclaramentesuperiorcom58%e79%,res-pectivamente.Poroutrolado,encontramosumapopu-laçãocasadaouemuniãodefacto(34%),constituídamaioritariamentepormulheres(61%).Homens Mulheres
Frequência da PopulaçãoPopulação Atendida por Escalão Etário
(segundo o sexo)
<15anos
603 585
Dos16aos59anos
26742599
>60anos
765458
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2Aescolaridadebaixa continuaa serumacaracte-
rísticapredominantenestapopulação,queapresentaumataxadeanalfabetismode12%,observando-seque15%dasmulheresnãotemqualquerfrequênciaesco-lar,contra10%doshomens.41%frequentouo1ºciclodoensinobásico,dosquais52%erammulherese48%homens,20%o2ºciclo,tambémaquiseverificandoumnúmerosuperiordemulheres(51%)e11%frequentouo3ºciclo,verificando-senestecasoumamaiordispari-dadeentremulheres(54%)ehomens(46%).Relativa-menteàtaxadeanalfabetismo,verifica-seumareduçãode1%.Poroutrolado,observa-seumaumentode9%nataxadefrequênciado2ºciclodeescolaridade.
82% da população não possui formação profis-sional.Estapercentagemsubiuem12%de2004para2008.
OsrecursoseconómicosprovêmdoacessoaváriossubsídioscomooRSI(RendimentoSocialdeInserção–16%).DaspessoasapoiadascomoRSI,59%sãomulheres.78%dapopulaçãoestádesempregada,21%recorreaapoiosinstitucionais,17%vivedeapoiosdefamiliareseamigosedosquesobrevivemdereformasepensões(15%),onúmerodemulheres(61%)émuitosuperioraodoshomens(39%).
EmrelaçãoaosdescontosefectuadosparaaSegu-rançaSocial,éelevadoonúmeroquenãoosfaz(28%),tendodiminuído2%emrelaçãoaoanoanterior.Des-taca-seaindaque,dosque fazemdescontos,quasemetadeofazcomirregularidade(47%).Desalientarquehámaismulheres(53%)afazerdescontosdoquehomens(47%).Fazem-nodeformaregular55%dasmulherese50%doshomens.
Relativamentearedesfamiliares,96%dizterfami-liaresvivos,emboraapenas52%mantenhacontactocomosmesmos.Das7.702pessoasque frequenta-ramosCentrosSociaisdaAMI,51%têmfilhose16%afirmouquevivemcompletamentesozinhas.Dasquevivemsozinhas,agrandemaioriasãohomens(75%).
OsprincipaismotivosquelevarammaispessoasarecorreraosapoiosdosCentrosSociaisdaAMIsãoaPrecariedadeFinanceira(87%)eoDesemprego(40%).Segue-seaSaúde(15%),aFaltadeHabitaçãoeoDesa-lojamento(13%).DototaldepessoasqueevocaramaFaltadeHabitaçãocomomotivo,77%sãohomense23%mulheres.
População sem-abrigo
A AMI, enquanto entidade não governamental,mantémoconceitomaisabrangentedesem-abrigoadoptado pela FEANTSA (Federação Europeia dasAssociaçõesNacionaisqueTrabalhamcomosSem-Abrigo),queconsistenadivisãodapopulaçãoem4grandesgruposqueseenquadramnassituaçõesde:sem-tecto(vivenarua),semcasa(viveemhabitaçõestemporárias),habitaçãoprecária(despejo)ehabitaçãoinadequada(construçõesabarracadas).
Assim,em2008,foramatendidaspelaprimeiravez640pessoas(novoscasos)queseenquadramnestatipologia.Desde1999, já foramapoiadas6.650pes-soasemsituaçãodesem-abrigo.
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ficando-sequeaproporçãodehomens(34%)aper-noitarnesteslocaisésuperioràdasmulheres(16%).Seguem-seosAlberguescom21%.Otipodehabitaçãoprecáriaqueincluibarracaeconstruçãoclandestinaénaordemdos7%.Observa-seumnúmero,aindaquereduzido,depessoasaresidiremcasaalugada.Noentanto,pertencemaogrupodossem-abrigoporqueseencontramnumasituaçãodeprecariedadehabita-cionalameaçadasporacçõesdedespejoe/ouexpul-são.
Noanode2008, frequentaramosequipamentossociaisumtotalde1.445pessoassem-abrigo,represen-tando19%dapopulaçãototalatendida.Emcompara-çãocomoanode2004,verificou-seumaumentode291casos.
Anaturalidadedapopulaçãosem-abrigoquepro-curouapoionosequipamentossociaisémuitoseme-lhanteàdapopulaçãoemgeral,destacando-seanatu-ralidadeportuguesa(68%),seguindo-seosnaturaisdosPALOP(15%)edosPaísesdeLeste(6%)tendosidoverificada,nesteúltimogrupo,umaligeiradescida.
Porumlado,temosumapopulaçãoqueviveisolada(maioresde16anos),sejaporquesãosolteiros(57%),divorciados(15%)ouviúvos(3%).Assim,75%dapopula-çãosem-abrigovive/estásó,vivecomcônjuge(10%)oucomcompanheiro(5%).
Emtermosdeescolaridade,encontramosumataxadeanalfabetismode7%,umaescolaridadebaixaem59%dapopulação(umnúmerosuperioraodoanopassado), respectivamente 1º ciclo (37%), 2º ciclo(22%)e3ºciclo(13%),comumafrequênciadoensinomédio/superiorde5%.
Quantoaos locaisdepernoita, temosaRuaqueenglobaescadas/átrios,prédios/carrosabandonados,contentoreseestações,abarca30%dapopulação,veri-
População sem-abrigo Evolução dos Novos Casos
488
99 00 01 02 03 04 05 06 07
591708
1017
562 612 609789
634 640
08
Homens Mulheres
População sem-abrigo Locais de Pernoita
CasaAlug.
38 18
Pensão
10053
Quarto
9030
Barraca
8124
Rua
386
50
Albergues
270
34
Outros
132 100
Relativamenteaosrecursoseconómicos,osmaisfrequentes são amendicidade, os apoios/subsídiosinstitucionais(23%)eosapoiosdeamigosedefami-liares(14%).ORSIabrange14%dapopulaçãosem-abrigo.
Importaaindarealçarqueamaiorpartedaspes-soassem-abrigoquerecorreuàajudadaAMI,refereencontrar-senestasituaçãohámenosdeseismeses(56%)encontrando-senestasituação58%doshomense50%dasmulheressem-abrigo.Subsequentemente,osperíodosentre 1e2anos (11%)ede3a4anos(10%)comoSem-Abrigosãoosquecomportammaispessoas.Dasmulheres,7%encontra-senasituaçãodesem-abrigoentre3a4anos,enquantonogrupodoshomensestenúmeroéde11%.
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imigrantesOpapeldePortugalcomopaísreceptordefluxos
migratóriosdestacou-seapartirdemeadosdadécadade90doséculoXX,alturaemqueaestruturadaimi-graçãosofreutambémalterações,umavezqueosflu-xosimigratóriospassaramaencontrarasuaorigem,
deformaacentuada,naEuropadeLesteenão,apenas,comoatéaíacontecia,nosPALOPenoBrasil.Estarea-lidadeacentuou-secomoalargamentodaUniãoEuro-peiaem2004a8paísesdaEuropadeLesteeduasilhasmediterrânicas.
Actualmente,Portugalapresenta-secomoumpaíssimultaneamentedeimigraçãoeemigração,segundodadosapresentadospeloInstitutoNacionaldeEsta-tística(INE)queestimava,em2006,aexistênciade38.800novosimigrantese12.700novosemigrantes.
Constata-se, portanto, que a diversidade cultu-ralnãoéumelementonovonarealidadeportuguesa,sendoqueaoriginalidaderesidiránoreconhecimentoenaaceitaçãodasvantagensdainterculturalidade,dassuasparticularidadeseomnipresença.
Assim,em2008apopulaçãoimigrantecontinuouarecorreraosequipamentossociaisdaAMIrepresen-tando21%dapopulaçãototalatendida.TemvindoaaumentarapopulaçãodosPALOP(60%dosutentesestrangeiros)eadiminuiradospaísesdeLeste(11%).Poroutro lado,verifica-seumaumentonaafluênciaaosnossoscentrosdeimigrantesprovenientesespe-cialmentedoBrasileÁsia(OutrosPaíses)represen-tandojá14%dapopulaçãoimigranteatendida.
Segundo dados oficiais, a População de Lestetem-sevoltadoparaoutrospaísesdeacolhimentoealgunsregressaramaosseuspaísesdeorigem.
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
0
evolução da População imigranteem situação de precariedade
Ano2005
Ano2006
Ano2007
Ano2008
Homens Mulheres
População sem-abrigo tempo sem-abrigo
(segundo o sexo)
<1mês
297
77
1-3meses
220
45
4-6meses
139
34
7-11meses
6627
1-2anos
119
33
3-4anos
5413
>4anos
10665
PALOP EuropadeLeste
OutroPaís
Africano
PaísesU.E.
OutroPaís
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Porta Amiga – serviços ComunsAs7.702pessoasquesedirigiramaosserviçosdeAcção
SocialdaAMItiveramaoseudisporumlequevariadodeserviços,noâmbitodasatisfaçãodasnecessidadesbásicasedaconstruçãoeacompanhamentodoprojectodevida.
Dos serviços mais solicitados é de salientar o apoio social (58%) na ajuda à elaboração de um projecto de vida,tendohavidomaismulheres(54%)quehomens(46%)aprocuraresteserviço.Asatisfaçãodeneces-sidadesbásicascontinuaemprimeirolugar:génerosalimentares(64%),refeitório(33%),roupeiro(47%).Oserviçoderefeitórioéfrequentadomaioritariamenteporhomens(61%).Poroutrolado,asmulheres(56%)procurammaisadistribuiçãodegénerosalimentares.
A alimentação é uma das principais necessida-des básicas que a população-utente procura satisfazerquandoprocuraosapoiosdaAMI,paralevarparacon-fecçãoe/ouconsumoemcasa,nainstituiçãoeparareceberemsuacasa–ApoioDomiciliário.
Nos equipamentos sociais e através do ApoioDomiciliárioforamservidas196.950refeições.Desde1997,jáforamservidas1.943.950refeições.
PCAACEm2008,aAMIsubmeteu,novamente,umacan-
didaturaaoPCAAC(ProgramaComunitáriodeAjudaAlimentaraCarenciados),anívelnacional,queper-mitiuumavezmaisminorar as carências alimenta-resdaspessoasquerecorremaosseusequipamen-tossociais.
NoâmbitodoPCAAC,desde2002,aAMIjádistri-buiucercade3.000toneladasdealimentos.Duranteoanode2008,aAMIdistribuiumaisde440toneladasemgénerosalimentares.Onúmerodefamíliasapoia-daspassoude5.524(2007)para6.062(2008)eforamapoiadas,esteano,16.027pessoas.
evolução das Refeições distribuídas
123,777
104.654
100.121
105.006
126,527
209.965
197.965
197.055
181.395
197.778
202.023
1997
1998
1999
2000
20012002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
196.950
distribuiçãoajuda alimentar (em toneladas)
244
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
520
366
420530
488
441
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2Abrigos Nocturnos
AFundaçãoAMItememfuncionamentodoisCen-trosdeAlojamentoTemporário,umemLisboa,AbrigodaGraça (1997), eoutronoPorto,AbrigodoPorto(2006).OsAbrigospretendemdarumarespostadeintervençãosocialdirigidaahomensentreos18eos65anos,dequalquernacionalidade,naturalidade,raça,credoreligiosoouideologiapolítica,queseencontrememsituaçãodesem-abrigoeemprocessodereinser-çãosocioprofissional.
Estesequipamentossociaistêmcomoobjectivosgerais:proporcionaracolhimentotemporárioaindiví-duossem-abrigo,emidadeactiva,quedisponhamdecondiçõesquepermitamasuareinserçãosocioprofis-sional;proporcionarumespaçodepromoção,emqueoindivíduopercepcioneasuasituaçãocomosendodemudançaenãocomtendênciaparaoconformismoeacomodação.
Todososhomensqueestiveram/estãonosAbri-gos, estão em situação de sem-abrigo, consideran-do-seestacomoumarealidadeemqueumindivíduonãopossuiresidênciafixa,pernoitandomuitasvezesnasruas(sejaemcarroseprédiosabandonados,esca-das/átriosdeedifícios,contentoreseestaçõesdecom-boio), recorrendo a alternativas precárias, como osalberguesnocturnos,quartosdepensõesouespaçostemporariamentecedidosporamigosoufamiliaresouaviveremtemporariamenteeminstituições,comocen-trosderecuperação,hospitaisouprisões.
Aadmissãodosutentesfaz-se,regrageral,porcon-tacto/encaminhamentodeinstituiçõeseorganizaçõesque trabalhamcomsituaçõesquesepodemdefinircomodesem-abrigo(dequesãoexemploasEquipasdeRuaeosCentrosPortaAmigadaAMI).
Desde1997,osAbrigosapoiaramumtotalde636homensemsituaçãodesem-abrigoeemfasederein-serçãosocioprofissional,tendo-severificado,em2008,umaumento(24%)nonúmerodenovoscasosapoia-dospelosAbrigosNocturnos.
Desde1997,anodeaberturadoAbrigodaGraça,esteequipamentojádeuapoioa531pessoas, númeroaqueacrescemas105pessoasapoiadaspeloAbrigodoPorto,inauguradoem2006.
Foramapoiadospelaprimeiravez94homenssem--abrigoduranteesteano,57noAbrigodaGraçae37noAbrigodoPorto.Noentanto,paraalémdosqueentraramesteano, foramapoiadosoutrosqueesta-vamnosAbrigosdesdeoanopassado,ouquetinhamjásaídoeregressaram.Assim,onúmerototaldepes-soasapoiadasporestesdoisequipamentossociaisfoide125,oquerepresentaumaumentode10%emrela-çãoa2007.
Os escalões etários commaior peso situam-seentreos 30eos49anos (60%)eentreos 50eos59 (21%), ou seja, umapopulação em idade activa.Amaioria(66%)énaturaldePortugale29%denatu-ralidadeestrangeira,sendoquenãofoipossívelapurarosdadosdosrestantes5%.
DapopulaçãoimigranteapoiadapelosAbrigos,osPALOPsãoosquetêmmaisexpressão(33%),segui-dosdogrupodeOutrosPaíses(31%)ondeseincluemindivíduosnaturaisdaAméricadoSuleÁsia.
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“A alimentação é uma das principais necessidades básicas procuradas.“
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[Foto: Nuno Lobito]
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2Relativamente às habilitações literárias, estas são
muitobaixas,contabilizando-seumaproporçãoseme-lhanteentreo1ºciclooumenos(28%),o2ºciclo(27%)ebaixandopara18%o3ºciclo.Verifica-seaindaqueumelevadonúmeronãotemqualquerformaçãoprofissio-nal(49%).
DosRecursosEconómicos,salienta-seorecursoà mendicidade como aquele commaior expressão(24%).Traduzem-seaindanoacessoaváriossubsí-dios,nomeadamenteoRSI(13%)eapoiosinstitucio-nais(8%).Existeaindaumapercentagemquesobre-vivecomumsalário temporário (15%)esalário fixo(14%)sebemqueprecários,poisnãopermiteasaídaimediatadestasituação.
NoquedizrespeitoaoslocaisdepernoitapréviosàsuaentradanosAbrigosNocturnos,asuamaioriaencontrava-se em albergues (38%).Na rua (espaçoondeseincluemcarroseprédiosabandonados,esca-das/átriosdeedifícios,contentoreseestaçõesdecom-boio)encontravam-se18%.
Emrelaçãoaotempodepermanêncianasituaçãodesem-abrigo,observa-sequegrandeparteseencontravanestasituaçãohá6mesesoumenos(58%)sendoquedestes,maisdemetadeseencontravanasituaçãosem--abrigohámenosde1mês(61%).Aindadereferirque14%estáemsituaçãodesem-abrigoentre1a2anos.
DeentreosmotivosquelevaramestapopulaçãoaprocurarapoionosAbrigospode-seconsiderarqueaprecariedadefinanceira(94%),odesemprego(74%)eafaltadehabitação(34%)foramosqueregistarammaiorpeso.
Noquedizrespeitoàsnecessidadesdealimenta-ção,osdoisAbrigosserviram28.535refeiçõesduranteoanode2008.
equipas de RuaAsEquipasdeRuasãoumprojectodeapoioàs
pessoassem-abrigoquetemcomoobjectivomelhoraraqualidadedevidadapopulação-alvo,promovendorespostasintegradasdeváriasáreas,àsnecessidadesencontradas.Procuramaindacomplementara inter-venção realizadapelosCentrosPortaAmigaepres-tarumapoiopsico-socialcontínuodeformaaevitarregressões,prevenindo,destemodo, futurasformasdeexclusãosocial.
AsEquipasdeRuadaAMIsãoprojectosdedoisCentrosPortaAmiga.AEquipadeRuadeLisboa,doCentroPortaAmigadasOlaiaseaEquipadeRuadeGaiaePorto,doCentroPortaAmigadeGaia.
AsEquipasprestamserviçosaoníveldoapoiosocial,atravésdeumtécnicodeServiçoSocial;apoiopsicoló-gicoatravésdeumpsicólogo;eapoiomédicoedeenfer-magem,serviçosparaosquaisasequipascontamcomacolaboraçãodevoluntárioseestagiáriosnasrespecti-vasáreas.
Asáreasdeintervençãoencontram-sedelimitadasporfreguesias,sendoqueaEquipadeRuadeGaiasedeslocatrêsvezesporsemanaparaintervirnacidadedoPortoreservandodoisdiasparaacidadedeVilaNovadeGaia.
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AEquipadeRuadeLisboaactuanas freguesiasdeBeato;SantaEngrácia;Lapa;S. João;S.Nicolau;SantoCondestável;S.JorgedeArroios;Graça;CoraçãodeJesus;Madalena;Marvila;SantaMariadosOlivais;Alcântara;S.JoãodeBritoeAltodoPina.
Duranteoanode2008,asEquipasdeRuadeLis-boaeGaia,noseuconjunto,acompanharamumtotalde 186 sem-abrigo, dos quais 109 foram atendidospelaprimeiravez(71naEquipadeRuadeGaia;38naEquipadeRuadeLisboa).
Daqueles apoiados pela primeira vez, 89 sãohomense20sãomulheres.Osescalõesetárioscommaiorpesosituam-seentreos30eos49anos(69%)eentreos50eos59(16%),sendopoisumapopula-çãoemidadeactiva.
Relativamenteàpopulaçãoimigrante,estarepresenta16%dapopulaçãototalatendidapelasEquipasdeRua,comumamaioriaprovenientedosPALOP(41%),seguidadenaturaisdeoutrospaísesdaUE(29%).
Relativamente às habilitações literárias, estascaracterizam-se por serem baixas, verificando-seque35%temo1ºciclooumenos.Regista-seaindaumagrandequantidadededadosinexistentes(52%).Aindaimportantemencionaréque47%nãotemfor-
maçãoprofissional.Assim,podedizer-sequeestaéumapopula-ção combaixasqualificações,oquedificultaainserçãonomer-cadodetrabalho.
O recurso económico maiscomuméamendicidade(28%),seguidadossubsídioseapoiosinstitucionais(19%).14%sobre-vivecomorecursoaoRSIe13%depensões/reformas.
Olocaldepernoitamaisfrequente-menteutilizadopelaspessoasatendidaspelasEqui-pasdeRuadaAMI, é a rua (31%), espaçoonde seincluem carros e prédios abandonados, escadas//átriosdeedifícios,contentoreseestaçõesdecomboio.Deseguidaencontra-seoquarto(19%)comolocaldepernoitaeosalbergues(14%).Importadizerque,doscasosatendidosnaregiãodeLisboa,apercentagemdepessoasapernoitarnaruaésuperior(42%)àqueseencontrounaregiãodoPorto(25%).
25%daspessoasapoiadasencontra-senestasitua-çãohá6mesesoumenos.Poroutrolado,encontra-seumaelevadapercentagemdepessoasemqueofenó-menopersistehámaisde4anos(34%).
Emquestõesdesaúde,noquedizrespeitoaoVIH/SIDA,observa-seumgrandedesconhecimento,vistoqueem81%doscasos,aspessoasnãoconhecemasuacondição.Registaram-se,aindaassim,6%depor-tadoresdovírus.Emtermosdeconsumodesubstân-ciasaditivasverificou-seumaelevadapercentagemdeconsumidores(51%).
Dosmotivosquelevaramestapopulaçãoaprocu-raroapoiodasEquipasdeRua,pode-seconsiderarqueaprecariedade financeira(66%),odesemprego(62%)eafaltadehabitação(62%)foramaquelesquesedestacaram.
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2Apoio domiciliário
OApoioDomiciliárioéumprojectodoCentroPortaAmigadasOlaias.Noanode2008prestouapoioa81utentes,27homense54mulheres,dosquais19sãonovosutentes.Desde2000,jáforamapoiadas259pessoas.
Amaioriadapopulaçãotemmaisde70anos(93%),énaturaldazonadeLisboa(40%)etemo1ºciclodeescolaridade(41%),sendoqueapercentagemdepessoassemescolaridadeepessoascomoníveldeensinomédio//superior(15%)éamesma.Relativamenteaoestadocivil,ousãoviúvos(42%)oucasados(30%).Quantoarecursoseconómicos,90%vivedereformasepensões.
Duranteoanode2008foramdistribuídas13.703refeições.Desde2000, já foramdistribuídas121.273refeiçõesatravésdoApoioDomiciliário.
educação, Formação Profissional e emprego
educaçãoEFA – Educação e Formação de AdultosDecorreu,noCentroPortaAmigadeGaia,oCurso
EFAB1quesurgiucomoarespostaadequadaàneces-sidade, percepcionada na prática do atendimentosocialefectuadanoâmbitodoServiçoSocial,deaqui-sição/aumentodashabilitaçõesliteráriasdepessoasemsituaçãodeanalfabetismooucomo1ºcicloincom-pleto.Nestesentido,estabeleceu-seumaparceriacomaDREN(DirecçãoRegionaldeEducaçãodoNorte)atravésdoAgrupamentodeEscolasDr.CostaMatos.
OCursoEFAB1foileccionadoentre19deNovem-brode2007e20deJunhode2008.
Ensino 1º CicloNoCentroPortaAmigadoPorto,atravésdacedên-
cia de um professor pela Escola Ramalho Ortigão(DREN),foipossívelministraroensinodo1ºciclodeescolaridadeaumgrupode34pessoas(19noanolec-tivo07/08e15noano08/09).Relativamenteaoanolectivo07/08foramleccionadas,entreJaneiroeJulho,120aulascomaduraçãode4horascada.Noqueres-peitaaoanolectivo08/09foramdadas20aulasentreNovembroeDezembro.
apoio domiciliário
Novoscasos CasosAcompanhados
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3434
20
48
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25
51
2002
38
77
2003
30
83
2004
33
91
2005
31
90
2006
29
93
2007
19
81
2008
evolução das Refeições distribuídas
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
3.6266,612
11.407
15.09219.360
17.861 17.253 16.35913.703
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edasorganizações,clínica,comunitária;AcçãoSocial(5);EducaçãoSocial (4);MestradoemEnfermagem(2);MestradoemCiênciasdaEducação/FormaçãodeAdultos(1);Medicina(1).
Formação ProfissionalÀsemelhançadoanoanterior,realizou-se,aolongo
doanode2008,oprojectodeformação“GestãoeCul-turaOrganizacional”,constituídoporumconjuntode7acçõesdeformação,numtotalde42horas.
Osbeneficiáriosdirectosforamasequipastécni-casdosEquipamentoseProjectosSociaisdaAMIeosbeneficiáriosindirectos,apopulaçãoutente.
EmNovembrode2008,deuinícioaacçãodefor-mação“GestãoeCulturaOrganizacional”nocentroPortaAmigadoFunchalquedecorreráatéMarçode2009,contandocom13formandos.
Paralelamente,decorreramalgumasacçõesdesen-sibilização emalgunsdos equipamentos sociais daAMI,destacando-seHigiene e Segurança no Trabalho, Acção Social – Que Direitos?, Idosos e Segurança no Dia-a-Dia, Novas Medidas de Protecção Social, Cida-dania e Regras Sociais, Passaporte Imigrante – Acesso à Saúde Sexual e Reprodutiva, e Envelhecimento da População Portuguesa.
empregoComoapoiodoIEFP(InstitutodoEmpregoeFor-
maçãoProfissional,aAMIaderiuaalgunsprogramas,nomeadamente:• UNIVA(UnidadedeInserçãonaVidaActiva),Clube
deEmpregoeGabinetedeApoioaoEmprego• ProgramasOcupacionais–CarenciadoseSubsi-
diados• EstágiosProfissionais• EmpresadeInserção• ProgramaVida-Emprego
Ensino da Língua PortuguesaTambém no Centro Porta Amiga do Porto foram
ministradosdoiscursosdeEnsinodaLínguaPortuguesaparaimigrantes,quedecorreramentreMarço/JunhoeSetembro/Dezembrode2008.Cadacursoteveadura-çãode97horasaolongode52dias,comumtotalde21alunos,dosquais12terminaramcomaprovação.OscursosforampossíveisgraçasaumprotocoloinformalcomaDRENqueaprovouduascandidaturasaoPro-gramaExtra–EscolarparaoEnsinodaLínguaPortu-guesaaImigrantes, financiandoopagamentodaprofes-soraeacertificaçãodosalunos.
Alfabetização NoCentroPortaAmigadasOlaias,esteprojecto
foiiniciadoemFevereirode2006,comoapoiodeumaprofessoravoluntária.
Em2008foifrequentadopor13utentes,11mulhe-rese2homens.
Esteapoiofoisolicitadoesteanoporalgunsestran-geiros.SãoimigrantesqueprocuramempregoemPor-tugaleparaquemaaprendizagemrápidadealgumvocabulárioéessencial.Comoestesnecessitamdeumapoiomaisindividualizado,houvenecessidadedepro-curaroutraprofessora.
Estágios CurricularesOscentrossociais integraramnassuasactivida-
des estágios curriculares de diversas áreas: ServiçoSocial(8);Psicologia(6)nasdiferentesáreas:social
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2UNivA Centro Porta Amiga de ChelasEm2008,aUNIVAfoifrequentadapor86indiví-
duos,sendoquedestes,80sãonovoscasose6sãoutentesquejáfrequentavamoCentroemanostran-sactos.
Destes 86, foram abrangidos 52 indivíduos emsessõesdetécnicasdeprocuradeempregoinformaiseindividuaissendoque31conseguiramcolocaçãonomercadodetrabalho,eosrestantes34foramenca-minhadosparao IEFP/CNO(InstitutodeEmpregoeFormaçãoProfissional/CentrodeNovasOportuni-dades).
Refira-sequedesdeofinalde2006aUNIVAdoCentroPortaAmigadeChelasnãose tem limitadoapenasaoserviçodeapoio na procura de empregoeorientação profissional e vocacional,mastambémassegura as apresentações quinzenais dos indiví-duos desempregados, residentes nas freguesias deMarvilaeOlivais,areceberaprestaçãodesubsídiodedesempregoeque,por isso,obedecendoaumanormaimpostapeloIEFP,têmdeseapresentarquin-zenalmentenosentidodeconfirmarasuasituaçãofaceaoemprego.
Emrelaçãoàsapresentaçõesquinzenais,foramfei-tas,nestaUNIVA,11.639,umamédiadiáriade50a60apresentações.
No último trimestre de 2008, verificou-se umaumento de 35% aproximadamente, em relação a2007,tendorecorridoaesteserviço1.240desempre-gados,reflexoclarodoagravamentodasituaçãosocio-económicaqueopaísatravessa.
Clube de EmpregoCentro Porta Amiga de OlaiasOClubedeEmpregoatendeuumtotalde73pessoas
aolongodesteano,dasquais43seinscreveramnoclubepelaprimeiravez.Foifeitoumtotalde302atendimen-
tose1.550encaminhamentos.Destes1.550,saliente-seque1490foramencaminhadosparaofertasdirectasdeemprego;33paraofertasformativas;8paraRVCC(Reva-lidação e Certificação de Competências) e/ouNovasOportunidadese19paraProgramasTerapêuticos.
Centro Porta Amiga do FunchalO ano de 2008 integrou dois anos de financia-
mentodoClubedeEmprego.Registou-seumtotalde18novoscasose4casosreavaliados.Foramfeitos47atendimentos (acompanhamentos)dosquais6 sãocasosexternosaoCentro.
Gabinete de Apoio ao Emprego (GAE)Centro Porta Amiga de vila Nova de GaiaAolongode2008,oCentrofoiconfrontadocom
aexistênciadeumgrupodeutentesque,nasequên-ciadodesemprego,encontrava-senasituaçãotípicadenovapobreza.
Duranteoanode2008,recorreramaesteserviço133utentes,nasuamaioriadenacionalidadeportu-guesa.Amédiadeidadesrondaos38anos,existindoindivíduosnafaixaetáriasuperioraos45anosesendoamaiorpartemulheres(61%).
Dos 133 indivíduos, 92 estavam à procura deemprego,enquantoosrestantesprocuravamforma-ção.Emrespostaàsnecessidadesencontradas,reali-zaram-se63encaminhamentosparaemprego.
Apesardasdificuldades,20utentesestãoinseridosnomercadodetrabalhoe24foramorientadosparaformação.
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Programas Ocupacionais – Carenciados e SubsidiadosOs Programas Ocupacionais, (POC) têm como
objectivos:• ocupação temporária de trabalhadores subsidia-
dosouemsituaçãodecomprovadacarênciaeco-nómicaementidadessemfinslucrativos;
• criaçãodenovospostosdetrabalho;• sensibilização das entidades sem fins lucrativos
paraumamelhorintegraçãonavidaactiva.• noanode2008estiveramemProgramasOcupacio-
nais18pessoas,sendoque11delastransitaramde2007.DaspessoasqueestiveramintegradasemPro-gramaOcupacional,2passaramparaaEmpresadeInserçãodaAMI.Acrescente-seaindaque8destesprogramastransitamparaoanode2009.
Estágios profissionaisAAMIenquadrou,em2008,18EstágiosProfissio-
naisquesedistribuírampelosváriosequipamentosesede.Dos18EstágiosProfissionais,10representamnovosprojectose8transitaramde2007.
Empresa de inserçãoO projecto de entrega de refeições “Simpatia à
Porta”continuaaserapoiadoempartepeloInstitutodeEmpregoeFormaçãoProfissional(IEFP),sendoosobjectivosdasEmpresasdeInserção:• combaterapobrezaeaexclusãosocialatravésda
inserçãooureintegraçãoprofissionais;
• permitiraaquisiçãoedesenvolvimentodecompe-tênciaspessoais,sociaiseprofissionaisadequadasaoexercíciodeumaactividade;
• criarpostosdetrabalho.Noanode2008passarampelaempresadeinser-
ção“SimpatiaàPorta”5pessoas,dasquaisumatran-sitoude2007,duasentraramcomcontratosatermocerto,eduasterminaramcontratoatermocertoepas-saramparaoquadrodepessoaldaAMI.
Programa vida-EmpregoNoâmbitodasmedidasactivasdeempregoeforma-
çãofoicriadooprogramaVida-Emprego,quevisapoten-ciara(re)inserçãosocioprofissionaldetoxicodependen-tes,comoparte integranteeessencialnoprocessodetratamento.Asacçõesdesenvolvidas incidemnas ver-tentesde informação,orientaçãoeformaçãoprofissio-nal,bemcomointegraçãosocioprofissional.Asmedidasespecíficassão:estágiodeintegraçãosocioprofissional,apoioaoempregoeprémiodeintegração.
No anode 2008, dos 7 colaboradores inseridospelo programa 1 terminou a 2.ª fase, tendo havidoseguimentopor3meses;umencontra-sedebaixaeoelementoqueseencontravana1.ªfase(estágio)desis-tiuporrazõespessoais;osrestantes4elementoscon-tinuamintegrados.
Programas n.º de utentes
UNIVA 86
ClubedeEmprego120 Acompanhamentos
(+1550encaminhamentos)
GabinetedeApoioaoEmprego
133
ProgramasOcupacionais 18
EstágiosProfissionais 18
EmpresadeInserção 5
ProgramaVida-Emprego 7
TOTAL 387
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[ CAP ]
2 Projectos de Rse (Responsabilidade social empresarial)
infotecas FNAC/AmiAsInfotecasFNAC/AMIfuncionamcomoespaço
decombateàinfo-exclusão.Osprojectos,quebene-ficiamdoapoiodaHP(doaçãodematerial informá-tico)edaGalileu(doaçãodecursosdeformação),têmcomovocaçãoprimordialproporcionaràspopulaçõescarenciadasdascomunidadesondeestão implanta-dos,aoportunidadedesefamiliarizaremcomasTec-nologias de Informação eComunicação (TIC), atra-vésdadisponibilizaçãodecomputadorescomacessoàInternetparalivreutilizaçãoeparaarealizaçãodeacçõesdeformaçãoemTIC.
A Infoteca Fnac/AMI do Centro Porta Amiga deGaia,inauguradaa5deDezembrode2007,terminouem2008oseuprimeirociclodeformaçãoqueabran-geu54formandos,divididosemcincoturmasconsti-tuídasporidadeeníveisdeescolaridade.Oprojectoprovouserumsucessoa todososníveis,querpelaadesãoregistada,querpelosníveisdeformaçãoalcan-çados.Nodia10deOutubro,realizou-seumacerimó-niadeentregadediplomasaosformandosdoprimeirociclo.AocasiãoserviudeigualmodoparacomunicarformalmenteolançamentopelaAMIepelaFNAC,emparceriacomaHPeaGalileu,demaisumaInfoteca,destaveznaPortaAmigadeCascais,emDezembrode2008.
AFnac lançoudoisprodutospara financiar esteprojecto:oCD“NovosTalentos2008”eolivro“OPra-zerdaLeitura”,comovalorsimbólicode €4,tratan-do-setambémdeumainiciativadeapoioanovosartis-tasedefomentodaleitura.
Futebol Contra a indiferençaANike, atravésdaRSEPortugal, atribuiuopré-
mioFundoNikenovalorde €12.500parafinanciarasegundaediçãodoprojecto“FutebolContraaIndife-rença”.Esteprojectoconsistenaorganizaçãoerealiza-çãodeumtorneiodefutebolentreequipasrepresen-tativasdosequipamentossociaisqueaAMItememPortugal.Estasequipasde12elementossãoconstitu-ídasporjovenscomidadescompreendidasentreos16eos24anos,queprovenhamdefamíliasdesfavo-recidas.Em2008,foramrecebidasasduasprimeirastranchesnumtotalde €8.500.Orestanteseráentre-gueem2009,apósaconclusãodoprojectoeentregadorelatóriofinal.
Oprojecto“FutebolContraaIndiferença”foigalar-doado pelo Governo Civil do Porto com o PrémioRegional “Igualdade na Diversidade”, atribuído noâmbitodoAnoEuropeudaIgualdadedeOportunida-desparaTodos.
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2Parcerias e Redes Nacionais e internacionais
FeANtsA – Federação europeia de Associações Nacionais que trabalham
com os sem-AbrigoComsedeemBruxelas,aFEANTSAéamaiorrede
europeiacomumtrabalhocentradonossem-abrigo.Recebeapoio financeirodaComissãoEuropeiaparaodesenvolvimentodassuasactividades,trabalhadepertocominstituiçõesdaUniãoEuropeia,possuiesta-tutoconsultivonoConselhodaEuropaenasNaçõesUnidas. A FEANTSA é constituída por umaAssem-bleia-geral(todososmembros),umConselhoAdmi-nistrativo(representantedecadaestado-membrodaUniãoEuropeia)eumComitéExecutivo.
AAMIémembroassociadodestainstituiçãodesde1997.
ReAPN – Rede europeia Anti-PobrezaAAMIémembroassociado,desde1995,daRede
Europeia Anti-Pobreza (REAPN) que representa emPortugal a European Anti PovertyNetwork (EAPN),desdeasuafundaçãoem1990.
AREAPNéumaentidadesemfinslucrativos,reco-nhecida comoAssociaçãodeSolidariedadeSocial, deâmbitonacional,tendosidoconstituídanotoriamentea17deDezembrode1991.Em1995,éreconhecidapeloInstitutodeCooperaçãoPortuguesacomoOrganizaçãoNãoGovernamentalparaoDesenvolvimento(ONGD).
Deentreosprincipaisobjectivosdesteorganismo,des-tacam-searealizaçãodeacçõesqueaumentemaeficáciadosprogramasdelutacontraapobrezaeaexclusãosocialeincentivemacçõesinovadorasnestecampo;adinamiza-çãodeumainteracção(rede)entreasinstituições,gruposepessoasquetrabalhamnoterrenodalutacontraapobrezaeaexclusãosocial;acolaboraçãonaconcepção/definiçãodeprogramasdeacçãoepolíticassociais;eapromoção,
porumlado,juntodaspessoasougruposqueseencon-tramemsituaçãodepobreza/exclusão,ejuntodosagentesdeintervenção(profissionais,trabalhadoressociais,diri-gentesdeinstituiçõesparticularesdesolidariedadesocial),eporoutro,aintegraçãosocialeaorganizaçãodeserviçoseoutrasactividadesquevisemprincipalmenteodesenvol-vimentocultural,económico,moralefísicodaspessoasqueseencontramemsituaçãodepobreza/exclusão.
Rede Alargada de instituições de Acolhimento e integração de Refugiados
AAMIfezparte,noanode2008,doSecretariadodaRedeAlargadadeInstituiçõesdeAcolhimentoeIntegraçãodeRefugiados,etevecomofunçõesaorganizaçãodereu-niões,aelaboraçãoedifusãodeplanose relatórioseaprodução/difusãodeoutrosdocumentos,assimcomoaorganizaçãodeacçõesformativasedeoutrasactividades.Àsemelhançadosoutrosanos,foramrealizadasreu-niõesbimensaiscomasinstituiçõesquefazempartedes-tarede,acçõesdeformaçãotemáticas,foicomemoradooDiadosRefugiados(20deJunho)onde,paraalémdaor-ganizaçãodaGaladoRefugiado,aAMIparticipouatravésdosutenteseelementosdasequipasdosCentrosPortaAmigadaregiãodeLisboa,nasactividadesdesportivaselúdicasnessedia.
AsinstituiçõesquefazempartedaRedesão:AMI,OIM(OrganizaçãoInternacionaldasMigrações),APAV(AssociaçãodeApoioàVítima),CAVITOP(CentrodeApoioàsVítimasdeTorturaemPortugal),CEPAC(Cen-troPadreAlvesCorreia),CentroDistritaldaSegurança
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SocialdeLisboa,CICPortugal,ComissãoNacionaldeProtecçãoCriançaseJovensemRisco,CPR(ConselhoPortuguêsparaosRefugiados),ExércitodeSalvação,IEFP,InstitutodeHigieneeMedicinaTropical,MédicosdoMundo,SantaCasadaMisericórdiadeLisboaeoSer-viçodeJesuítasaosRefugiados.
Rede social ARedeSocialbaseia-senosvaloresassociadosàs
tradiçõesdeentreajudafamiliaresolidariedademaisalargada,procurandofomentarumaconsciênciacolec-tivadosváriosproblemassociaiseincentivandoacria-çãoderedesdeapoiosocialeintegradoanívellocal.
Trata-sedeumamedidapolítico-socialquereco-nheceeincentivaaactividadedasredesdesolidarie-dadelocalnocombateàpobrezaeàexclusãosocialenapromoçãododesenvolvimentosocial,baseadanalivreadesãodasautarquiaslocaiseentidadesprivadassemfinslucrativosepúblicasquequeiramparticipar.
TodososCentrosSociaisdaAMIparticipamnasRedesSociaisLocais.
Noentanto,hácentrosqueparticipamemgruposdetrabalhosobretemáticasespecíficasdentrodestasRedesSociais,nomeadamenteoCentroPortaAmiga(CPA)deAlmada,queparticipanoGrupodeTrabalhoparaaImi-gração;oCPAdeCascais,quecolaboranoNúcleoExe-cutivodaComissãoLocaldeAcçãoSocial(CLAS),emparticularnoGrupodetrabalhoparaaSaúde,IdososeFamília;oAbrigoNocturnodeLisboa,queparticipanoGrupodeTrabalho–PopulaçãoSem-Abrigo;oCPAdeCoimbra,queintegraoGrupodeTrabalhodeInteracção
InstitucionaleoGrupoqueabordaatemáticadosSem-abrigo;eoCPAdeAngradoHeroísmo,quefazpartedaRededeMobilidadeHumana.
CAisO Projecto CAIS, através da venda da respectiva
Revista,temcomoobjectivocontribuirparaamelhoriaglobaldascondiçõesdevidadepessoassemcasa/lar,socialeeconomicamentevulneráveis,emsituaçãodepri-vação,exclusãoerisco.Em2008,aAMIrecebeu28ven-dedores,menos10quenoanotransacto.Estadiminuiçãoestárelacionadacomfactoresdiversos,desdeoregressodevendedoresimigrantesaospaísesdeorigem,ainte-graçãonomercadodetrabalhoou,mesmoemalgunscasos,afaltadeadesãoaoprojecto.
Rsi – Rendimento social de inserçãoAtravésdaintegraçãonasComissõesLocaisdeAcom-
panhamento (CLA), os Centros Porta Amiga fazem odevidoacompanhamentodassituaçõesdeRSI(Rendi-mentoSocialde Inserção),queconsisteempromoverainclusãoatravésdaatribuiçãodeumaprestaçãopecu-niáriaqueincluiumprogramavisandofavorecerainser-çãosocioprofissionaldosindivíduos.Afinalidadedestaestratégiaéconferiraosseusbeneficiárioserespectivosagregadosfamiliaresapoiosadaptadosàsuasituação,deformaaconseguirresponderàssuasnecessidadesbási-casecontribuirparaumaprogressivainserçãolaboral,socialecomunitária.
Prestação de trabalho a Favor da Comunidade (PtFC)Trata-sedeumamedidalegalqueprevêotrabalhoa
favordacomunidadecomoalternativaaocumprimentodepenasoumultas,quetemporbaseumprotocoloela-borado como IRS (InstitutodeReinserçãoSocial).Oobjectivoéapoiara(re)inserçãosocialdeindivíduoscompenaslevesacumprir,tendosidoinseridas,em2008,26pessoasnaAMIe9emregimedePrestaçãodeTarefas.
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Tendoemcontaqueasaúde,nasuadefiniçãomaisalargada,vaimuitoalémdameraausênciadedoença,sendosimumestadodecompletobem-estar físico,mentale social,umadaspreocupaçõesdaAMIéadefesadomeioambiente,comoformadeprevenirumpotencialprejuízodeste estadodebem-estar, resul-tantedadegradaçãoambiental.
Nestesentido,aAMIdecidiufazerdoambienteoseuquartopilar,comoformadedemonstrarque,hoje,maisdoquenunca,cuidardasaúdeétambémcuidardoambiente.
AscampanhasambientaisedereciclagemqueaAMI desenvolve são disso amaior prova, reunindoastrêsvertentesdasustentabilidadequeinteragemesecomplementam,umavezquecontribuemparaodesenvolvimentoeconómicodainstituição,osfundosangariadossãoaplicadosemprojectosdelutacontraaexclusão,contribuindo,porisso,paraacoesãosocial,econsistememprojectosdevalorizaçãoambiental.
2.3 Ambiente
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“Cuidar da saúde é também cuidar do ambiente.”
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Reciclagem de Radiografias
A AMI realiza, desde 1996, a Campanha anual de Reciclagem de Radiografias.Em2008,acampanhapermitiurecolher96toneladasderadiografiasqueresultaramem111.234 euros.
Recolha de óleos Alimentares usados
EmJulhode2008,aAMIlançoujuntodograndepúblico,o projecto de recolha de óleos alimentares usados,que conta já com a participação de cincomil pontosde recolha em todo o país, incluindo restaurantes,hotéis,cantinas,escolas,juntasdefreguesiaecâmarasmunicipais. No primeiro ano de funcionamento doprojecto, foram recolhidos 89.492 kgs de óleos, quepermitiramgerarumareceitade€5.474,62.
EsteprojectoambientaldaAMIpermiteevitar,queracontaminaçãodaságuasresiduais,quandooóleoédespejadonaredepúblicadeesgotos,queradeposi-çãodosóleosalimentaresusadosematerro,quandocolocadosnoscontentoresderesíduoscomuns.
Osóleosalimentaresusadossão transformadosembiodiesel, fornecendo uma alternativa ecológicaaoscombustíveis fósseis,econtribuindoaindaparareduzirasemissõesdeCO2.Aocontráriodoqueporvezesacontececomobiodieseldeproduçãoagrícola,estaformadeproduçãonãoimplicaadesflorestaçãonemaafectaçãodeterrenos,nemconcorrecomomer-cadodaalimentação.
Sãoproduzidos,todososanos,emPortugal120milhõesdelitrosdeóleosalimentaresusados,quan-tidadesuficienteparaproduzirbiodieselequivalentea42milhõesdelitrosdepetróleo,oquecorrespondeacercade0,5%dototaldasimportaçõesanuaisportu-guesasdestecombustívelfóssil.AAMIdáassimoseucontributoparafavoreceraindependênciaenergéticadopaís,conseguindoatingiresteobjectivodeformasustentávelecomumavisãodelongoprazo,nãocom-prometendooutrosrecursosigualmentefundamentaisparaodesenvolvimentodasociedadeeparaobem-estardaspopulações.
AsreceitasangariadaspelaAMIcomavalorizaçãodosóleosalimentaresusadossãoaplicadasnofinan-ciamentodasEquipasdeRuaquefazemacompanha-mentosocialepsicológicoaossem-abrigo,visandoamelhoriadasuaqualidadedevida.
Reciclagem de tinteiros, toners e telemóveis
Outro dos projectos ambientais desenvolvidospelaAMIéareciclagemdetinteiros,tonersetelemó-veis,quepermitepouparrecursosnaturaisessenciaisaoseu fabrico(5 litrosdepetróleoporcadatinteirooutoner),aomesmotempoqueevitaadeposiçãoematerrodestesequipamentos,cujosresíduossãopreju-diciaisparaoambiente.
No segundo ano do projecto, foram recolhidos5.448 telemóveis, permitindo angariar um total de€1.785,66,e205.105 tinteirose toners,gerandoumareceitade€59.965,47.
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Projectos Ami
Galeria AmiArte Desdeháalgunsanos,acriatividadepassoutam-
bémaconstituirumaactividadedeproduçãoconcretadevalor,traduzindo-senumaligaçãofecundaeforteentreaFundaçãoAMIeasArtes.
Destaligaçãoresultou,entretanto,arealizaçãodeexposiçõesdepinturaeescultura,emLisboa,noPortoenoutrascidadesdopaís.
Atravésdesteseventos,deram-seospassosnecessá-riosàcriaçãodeumarededecolaboraçõesedecontac-tosquepermitiramodesenvolvimentodeumaactividaderegulardeproduçãoartísticadestinadaàcomercialização,resultandopartedoprodutodasvendasparaofinancia-mentodasacçõeshumanitáriasdaFundação.
Aestaredetêmaderidonumerososartistas.Assim,aAMIdecidiuabrirnasuaDelegaçãoNorteum
espaçoespecialmentededicadoàArte,quejásetornouumareferêncianacidadeInvicta,agaleriaAMIARTE.
Éaquiqueartistas,diletantes,amadoresdaArteeAmigosdaAMI,etambémempresárioseoutrosagen-teseconómicosoupersonalidadesdanossavidasocialecultural,têmàsuadisposiçãoumnovoespaçoondeaacçãohumanitáriaeaartesecruzam.
Este espaço acolheu 5 exposições ao longo de2008:• 19 de Março a 19 de Abril, exposição de poesia e
pintura “Corpo-Corpo” de Alice Valente.AinauguraçãocontoucomapresençadoProfessorGui-lhermed’OliveiraMartins,PresidentedoCentroNacionaldaCultura.Realizou-seumconcertoparapianoporDinaResende,queinterpretoupeçasdeDebussyeumrecitaldepoesiaporAlbertoAugustoMiranda.• 24 de Abril a 24 de Maio, exposição de fotografia
“Por Aí” dofotógrafoJorgedeMatos.Amostrade30fotosilustroumomentosdispersosdavidaedoquotidianodoRioDouro.• 7 de Maio a 6 de Junho, a 2.ª edição de Arte
Urbana.AexposiçãofoicomissariadaporLauraCastro,tendoestesobjectosdeintervençãoartísticaestadoexpos-tosemmupiespelacidadedoPorto.Asobras,ofere-cidaspelosartistasparaesteeventosãodaautoriade:AlbertoCarneiro,RuiAnahory,EvelinaOliveira,Antó-nioQuadros,RuiAguiar,JorgeAbade,ZulmiroCarva-lho,Laranjo,DianaCostaEmerencianoeDarioAlves.• 31 de Maio a 28 de Junho,aexposição Ex-Machine,
doartistaplásticoÍcaro.
2.4Alertar Consciências
“Somos todos uma nação, e não podemos resolver
problemas se não nos virmos assim: uma nação com muitas culturas. Quando começarmos
a pensar dessa forma, entramos no que chamo o verdadeiro
princípio da história.”[Amin Maalouf]
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• 5 de Julho a 12 de Setembro, “Desenhos Sem Nome”.Daautoriadecriançasmoçambicanas,incluicercadesetentadesenhosdealunosdaEscolaPrepara-tóriadeMalhangalene.AspequenasobrasdearteforamencontradasnolixoporLiaePitumKeilAma-ral,quandocooperantesemMoçambiqueem1982,quedecidiramoferecê-lasàAMI.
missão Aventura solidáriaInspiradapelosucessodosprojectosdevoluntariado
internacionais,aAMIdecidiuapostarnumconceitodefinanciamentosustentávelemaishumano.Estainiciativatemoobjectivodepromoverasustentabilidadedosprojec-toslocaisqueaAMIapoiaeassimcontribuirparaaerradi-caçãodapobreza,possibilitandoofinanciamentodepro-jectospedidospelasociedadecivillocale,poroutrolado,acriaçãodeempregonospaísesvisitados,estabelecendopontesentreculturasnosentidodepromoverapaz.
AMissãoAventuraSolidáriaproporcionaapossi-bilidadederealizarumaviagemúnicaeoriginaledecontribuirparaarealizaçãodeumprojectodedesen-volvimentolocal,atravésdoseufinanciamento,mastambémdaparticipaçãodirectanoterreno.
Oprojectoteve inícioemAbrilde2007,datadamissãopilotoaoSenegal, tendosido realizadasatéaofinalde2008cincomissõesondeparticiparam52aventureiros(33mulherese19homens).
OimpactonapopulaçãodeRéfanefoirelevante,tendo-seconsolidadoacriaçãodeempregos,estimu-ladoaeconomialocaleacriaçãodemelhorescondi-çõessociaisnasáreasdasaúdeedaeducação.
Atéaomomento,eapósestascincoMissões,cal-cula-sequeosbeneficiáriosindirectosdoprojectopos-samchegaràs5.000pessoasdasquaiscercade2.000sãocrianças.
AAventuraSolidáriapermitiuangariar€15.475des-tinadosdirectamenteparaosprojectosapoiados.
Acções de Formação de Voluntários internacionaisÉumapreocupaçãocrescentedaAMI,aadequada
preparaçãodosvoluntáriosinternacionais,numcon-textoemqueaajudahumanitáriaeaajudaaodesen-volvimentoexigemumaactuaçãocadavezmaispro-fissionalizadaerigorosa.
Assim,realizou-senosdias13e14deMarçoe2e3deOutubroasIIeIIIAcçõesdeFormaçãoaVoluntá-riosInternacionais,respectivamente,dirigidasamédi-coseenfermeirosquejátinhamfeitomissãocomaAMIouquepretendiampartiremmissãonumfuturopróximo.
Oobjectivodestasacçõesdeformaçãoprende-secomanecessidadededaralgumasferramentasparaqueosvoluntáriosmelhorrealizemumamissãointer-nacional.
Ami comemorou 20 anos a passar fronteiras no PortoAAMI realizounodia 15deMaio,naFundação
CupertinodeMiranda,noPorto,umjantardeanga-riaçãodefundos.Estejantarfoitambémocasiãoparaolançamentodolivro“AMI–20AnosaPassarFron-teiras”,quepassaemrevistaasmissõesdasúltimasduasdécadasequeabordatemashumanitáriosparaosquaisaAMIvemalertando.
Apósojantar,tevelugarummomentomusicalacargodeWandaStuartearealizaçãodeumleilãodearte.
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2exposição Guiné-Bissau: “o tempo parou… mas eles continuam a sonhar”Aproveitando uma colecção de fotografias tira-
daspelo fotógrafoPauloAlexandreCoelhoaquandodasuadeslocaçãoàmissãodaAMInaGuiné-Bissau,foicriadaumaexposiçãoitinerantecompostapor34obras quemostram a história de uma comunidadeondeaindasenotamascicatrizesdesucessivasguer-ras,emqueosrostosendurecidosdosanciãoscon-trastamcomaalegriadasbrincadeirasdascriançaseondeasestruturasbásicasestãoparadas.Paraoscercade8.700habitantesdoarquipélagodosBijagós,otempopareceterparado,masnãoéporissoquedei-xaramdecontinuarasonhar…
Aexposiçãofoiinauguradanodia5deDezembronaGaleriaAMIArte.
lançamento do novo site da AmiCientedeque,naeradascomunicações,umaima-
gemapelativaeactualéumveículofundamentalparaatransmissãodeumamensagemforteecoesa,aAMIdecidiurenovaraimagemdositenodia28deFeve-reiro,comoapoiofieldaEstreia.
AapresentaçãodomesmotevelugarnaFundaçãoMárioSoares.
Prémios e distinções
Atribuídos Prémio AMi – Jornalismo Contra a indiferençaEm2008decorreua10ªediçãodoPrémioAMI–
–JornalismoContraaIndiferença.Desde 1999 já concorreram a este prémio
280 jornalistas com um total de 468 trabalhos.Em1999estiveramaconcurso38 trabalhos de 30 jor-nalistas.Jáem2008onúmerode jornalistas concor-rentes foi de 59 com 74 trabalhos.Istorepresentaumacréscimode 20,5%nos trabalhos a concurso e de49%dejornalistasaconcorreremaesteprémio.
Houvejá52meiosdecomunicaçãoenvolvidos.DesdeaprimeiraediçãodoPrémioAMI–Jorna-
lismoContraa Indiferença,até2008, jáestiveramaconcurso234trabalhosdeimprensa,165detelevisão,47derádioe22online.
Assim,50%dostrabalhosconcorrentesforamdeimprensa,35%detelevisão,10%derádioeapenas5%online.
Saliente-sequeapenasnosanosde2003,2004e2008concorreramtambémtrabalhosonline.
De 2007 para 2008, a tendência dos trabalhosconcorrentesseremmaioritariamentedeimprensafoiinvertida.Ouseja,em2008houvemais22trabalhosdetelevisão,menos13deimprensaemais6derádiodoqueem2007.
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JornalistasConcorrentes TrabalhosConcorrentes
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052004
2003
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evolução do n.º de Jornalistas e trabalhos Concorrentes 1999-2008
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2Comparandooprimeiroanoemquese realizou
esteprémio(1999)e2008,houveumasubidade14%nonúmerodetrabalhosdeimprensa,63%nonúmerodetrabalhosdetelevisão,45%nosderádioe100%nostrabalhosonline(umavezqueem1999nãohouvenenhumtrabalhoonlineconcorrente).
DesdeaprimeiraediçãodoPrémioAMI–Jorna-lismoContraa Indiferença foram jágalardoados49trabalhos (17primeirosprémiose32mençõeshon-rosas),dosquais24detelevisão,6derádioe22deimprensa.
Recebidos
eCosoC (economic and social Council of the united Nations) atribui estatuto Consultivo especial à Ami
OECOSOCatribuiu,emSessãodeJulhode2008,oEstatutoConsultivoEspecialàAMI:“NGO in Special Consultative Status with the Economic and Social Cou-ncil of the United Nations”.
EsteestatutopermiteàAMIdesignarrepresentan-tesoficiaisjuntodasNaçõesUnidas–quernaSedeemNovaIorque,quernasrepresentaçõesemGene-braeViena,comvozactivanasreuniõeseconferên-ciasdesteorganismointernacional.
Percentagem de trabalhos Concorrentespor categoria
Rádio10%
Televisão35%
Imprensa50%
Online5%
Prémio aMi – Jornalismo
ano autor(es)
1998PedroRosaMendesAnaLeal
1999 AugustoMadureira
2000 CarlosNarciso
2001JoséVegarRosárioSalgueiro
2002JorgeAlmeidaJorgeAraújo
2003SandraClaudinoCândidaPinto
2004PedroCoelhoPauloMoura
2005 CristinaLaiMen
2006SóniaMoraisSantosDanielCruzeiro
2007AlexandraBorgesMiriamAlves
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Ami recebeu reconhecimento por parte da Comunidade islâmica
AAMIrecebeunodia23deJunhoumreconheci-mentodaComunidadeIslâmicaemPortugalpelotra-balhodesenvolvidoemproldahumanidade:“Pelo ins-pirador exemplo de generosidade, solidariedade e amor pelo próximo que diariamente nos transmite no cons-tante combate contra a pobreza, a exclusão social, o subdesenvolvimento, a fome e a doença que, por todo o mundo, destroem vidas e sufocam o direito das populações às condições mínimas de sobrevivência, em resultado das calamidades, das guerras e da into-lerância dos Homens. Pela dedicação na assistência médica e humanitária prestada pelos seus membros, movidos pelo mais desinteressado sentimento de fra-ternidade”.
EstiverampresentesnacerimóniaLuisaNemésio(Secretária-Geral)eSerafimJorge(Administrador).
Ami ganhou um Green Award 08 na categoria de projectos desenvolvidosAAMIfoigalardoadanodia27deNovembrono
CentrodeCongressosdoEstoril,comoGreenProjectAward,prémiodestinadoareconhecerevalorizarasboaspráticas,osprojectosambientaiseodesenvol-vimentosustentável.EstadistinçãofoijustificadapelaoriginalidadeecriatividadecomqueaAMIconcebeuaideiadeutilizararecolha,reutilizaçãoereciclagemderesíduoscomofontedeangariaçãodefundosaaplicarnosseusprojectossociais.
OGreenAwards,dividoem3categorias(comuni-cação,trabalhodeinvestigaçãoeprojectosjádesen-volvidos),quecontoucom267candidaturasnestasuaprimeiraedição,resultadaparceriaentreogrupodecomunicaçãoGCI,aAgênciaPortuguesadoAmbienteeaQuercuseforamentreguesnasrespectivascate-goriaspeloSecretáriodeEstadodoAmbiente,Hum-bertoRosa,peloPresidentedaCâmaraMunicipaldeCascais,Antóniod’OreyCapuchoepeloMinistrodoAmbiente,doOrdenamentodoTerritórioedoDesen-volvimento Regional, FranciscoNunes Correia, querealçou,aoentregaroprémioaFernandoNobre,Pre-sidentedaAMI,oreconhecimentounânimepelojúri,daacçãoambientaldaAMIcomoumexemplodecapa-cidadeemreunirnosseusprojectosambientaisastrêsvertentesdasustentabilidade.
Natura selectionOPrémioNaturaéumaformadereconhecereagra-
deceràspessoaseorganizaçõespelosseusprojectosdeajudahumanitáriaouprotecçãodanatureza.
Em2008,aAMIfoiumadasvencedorasdestepré-mio,novalorde €14.350,comoprojectoMissãodeApoioaONGLocal–MesadeS.Lázaro,QuelimaneemMoçambique.
sanofi-AventisAoabrigodoprogramamundial“CarryingOutPro-
jectsHereandAbroad”,ogrupofarmacêuticoSanofi-AventispremiouaAMI,pelosegundoanoconsecutivo,porpropostadeduasfuncionáriasdogrupo,voluntá-riasdaAMI.Oprémio,novalorde5000€, foiparaoprojecto“NourishedChild,HealthyChild”,quedecorreemMoçambique.
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2Voluntariado
NaAMI,osvoluntáriossãoumapeçaessencialedesempenhamumpapelfundamentalnaconcretiza-çãodosprojectosda instituição,actuandoemduasáreas,nacionaleinternacional.
Em2008,verificou-seumaumentode45%deins-criçõesnosectordevoluntariado, registando-seumtotaldeaproximadamente 1000voluntáriosactivos,nacionaiseinternacionais,nessemesmoano.
delegações e NúcleosEm2002, lançaram-seasbasespara a criaçãode
núcleosdaAMIemtodoopaís,comoobjectivodedis-seminaramensagemdainstituição,atravésdacolabora-çãoe/oudivulgaçãodecampanhasnacionais,dapromo-çãodeeventoslocaisedaangariaçãodefundos.
Em2008,paraalémdaformalizaçãodonúcleodeCasteloBrancoa29deJaneiroedaconstituiçãodonúcleodaCovilhãa26deFevereiro,foramváriasasiniciativasdasdelegaçõesedosnúcleosdaAMIcomoobjectivodealertarconsciênciasedifundiraimagemdainstituição.
Assim,nodia20deAbrildecorreu,emCoimbra,a2ªediçãodacorridaurbanaPontesdeAmizade,orga-nizadapelaDelegaçãoCentro.
Nodia30deJulho,naEscolaPráticadeInfantariadeMafra,oNúcleodeMafraorganizouumjantarelei-lãodeangariaçãodefundosparaaAMI,eduranteoanode2008,omesmonúcleoorganizouquatropas-seiospedestrescomoobjectivodeangariardonati-vosparaaAMI,daraconheceroconcelhodeMafraefomentarogostoporpráticasdevidasaudável.
Porsuavez,nodia7deJunho,onúcleodeLou-sadaorganizouo16ºEncontrodosAmigosdaAMI,enquantode13deAbrila6deMaio,onúcleodeTomarapoiouaTurmaTodooTerrenonasua 5ª Expedição TT à Guiné-Bissau.
socorrismoAequipadesocorrismodaAMI temumadupla
tarefa,pois,paraalémdedarformação,fomentandoaimportânciadeaprendertécnicasbásicasdesocor-rismoquepodemsalvarvidas,alertandoassim,cons-ciências,participaeminúmeroseventoscomacçõestambémdeprevenção,nomeadamente,emeventosdesportivos,dinamizandoopostodeprimeirossocor-rosdoZoodeLisboaduranteoVerão; eprestandoapoioaosperegrinosdeFátima.
Assim,paraalémdoscursosdesocorrismo,quecontabilizaram,em2008,umtotalde9cursose125formandos,asequipasdesocorrismodaAMIvoltaramadarapoioaosperegrinos.
Aindaem2008,foi implementadoumnovopro-jecto, intitulado“SocorrismoJúnior”,quetemcomoobjectivo principal a sensibilização dos jovens dos14-17anosparaalgunsconceitosdesaúde.
divulgação nas escolasNoanolectivo2007/2008,asededaAMIfoisolici-
tadapor61escolaspararealizarsessõesdesensibilizaçãoaumtotalde3544alunos,registando-seumaumentode62%relativamenteaoanolectivo2006/2007.
Estenúmeroaumentaexponencialmenteseconside-rarmosasEscolasvisitadaspelasDelegaçõeseNúcleosdaAMI.
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2 Responsabilidade social empresarial
Duranteoanode2008,aAMIempe-nhou-seemconsolidarotrabalhodetrêsanoscompletosdeabordagempersonali-zadaaosseusparceirosempresariais.
Parteintegrantedoesforçodediver-sificação de fontes de financiamentodaAMItemcomoprincipaisfunçõesagestãodasparcerias empresariais comoobjectivodesatisfazerasnecessidadesdefinanciamento,benseserviçosdetodososdeparta-mentosdainstituiçãoeaangariaçãodeparceirosparaosváriosprojectosdaFundação,passíveisdeenvolvi-mentoempresarial.Paratal,aAMIrecorreacandidatu-rasalinhasdefinanciamentoeprogramasdefilantropiaempresariaisparaoterceirosector,aodesenvolvimentodeprodutossolidáriosquetêmcomoalvoopúblicocomdiferentesníveisdeidentificaçãoeenvolvimentocomaAMI(ex.KitSalvaLivros,AgendaEscolar,MissãoAven-turaSolidária)e/ouasempresas(AgendadeSecretária,PresentesdeNatal,Calendário).
De igual importância é a participação em even-tosligadosaoterceirosector,àresponsabilidadesocialempresarialeàfilantropia,quetêmcomoobjectivooestabelecimentodenovoscontactosquepotencialmentesepoderãotraduziremnovosapoiosparaaAMI.
Comoresultadodesteesforçodediversificaçãodasparcerias,apresentaçõesdetalhadasdosprojectosdaAMIecontinuaçãodotrabalhodenetworkingdesde2005,em2008,ovalorangariado totalizou € 667.113,compreendendo fundos, bens e serviços, verifican-do-seumaumentode56%facea2007.
Dascampanhasdeangariaçãodefundosedonati-vosempresariaisde2008,destacam-seosseguintes:
moeda Contra a indiferençaÉaprimeiradeumanovasériedemoedasdecolec-
çãosobolema“UmaMoeda,UmaCausa”,iniciativaquepretendealiaranumismáticaàlutapelaafirma-çãodevaloresdesolidariedadesocialeapoiarentida-desquesededicamaestesfins.
AAMIfoiaprimeirainstituiçãohumanitáriaportu-guesaaterumamoedaevocativa.A“MoedaContraaIndiferença” temovalor facialde €1,50eumaemis-sãode 50.000 exemplares. Estas serãodistribuídasatravésdosistemabancárioetrocadaspeloseuvalorfacial.JáasmoedascomacabamentoespecialdotipoFlordeCunho,têmumaemissãode300.000exem-plaresecustam5euros,revertendo20%destevalorparaaAMI.AmoedadaAMItemigualmenteumaver-sãocomacabamentoespecialdotipoproofcunhadaaprata(92,5%).Apenasforamproduzidas5.000moe-dasdeste tipoqueserãovendidaspor40eurosemdiversasinstituiçõesbancárias.
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ibersolOGrupoIbersoleaAMIlevaramacabo,durante
omêsdeOutubro,umacampanhaderecolhadefun-dosparaoProgramaAlimentarMundial (PAM)dasNaçõesUnidas.Sobolema“Parasalvarascriançascom fome, junte-se a nós e à AMI”, os clientes dogrupo foramconvidadosaefectuarumdonativode20cêntimosnumdos225restaurantesdoconjuntodemarcasrepresentadaspelaempresa:PizzaHut,KFC,BurgerKing,Pans&Company,PastaCafféeÒKilo.OGrupoIbersolfoiaindamaislongeefezumdonativoàAMIdeigualvaloraoentreguepelosseusclientes.Nummêsdecampanha,ainiciativapermitiuapoiarosprojectosdenutriçãodasNaçõesUnidasanívelmun-dialedaAMIemSãoToméePríncipe.
milhas solidáriasATAPlançou,pelaprimeiravezem2008,estacam-
panhaquebeneficioutrêsinstituições,incluindoaAMIeapelou,entreDezembrode2007eJaneirode2008,aosmembrosdoprogramaVictoriaparaquedoassemasmilhasacumuladasnosseuscartões.
Fundo Contra a indiferençaAAMIapresentou,a27deFevereirode2008,um
novoprojectoderesponsabilidadesocialempresarial,oFundoContraaIndiferença.OeventodecorreunaFundaçãoMárioSoaresefoiapresentadopelospresi-dentesdaAssociaçãoPortuguesadeProfissionaisdeMarketingedaFundaçãoAMI.Esteprojectorepresentaumdesafiosolidárioàsempresaseoutrasentidades
públicaseprivadasportuguesasparaumacidadaniaempresarialmaisactiva.AderindoaoFundoContraaIndiferença,asempresaseoutrasentidadesprivadasepúblicaspodemcontribuirparaumarespostaaindamaiseficazdaAMIemsituaçõesdeemergência.
Responderamaesteapelo10entidades.
Auto-suecoO Grupo Auto-Sueco apoiou a AMI através do
financiamentodetrêsprojectosecontribuindoparaodesenvolvimentoeconómico,socialeculturaldepopu-laçõesemPortugal,AngolaeCaboVerde.
OGrupoAuto-Suecocontribuiu,ainda,comoutrodonativo,paraoprojecto“SaúdeEscolareAssistênciadeEnfermagemnaIlhadoFogo”,quetemcomoobjec-tivocontribuirparaamelhoriadoestadodesaúdedapopulação,nomeadamentedascriançasejovens,comapermanênciadeumenfermeirodaAMIduranteumano.Estaparceriafoiformalizadaduranteojantardo75ºaniversáriodaAuto-SuecoparaoqualfoiconvidadoopresidentedaFundaçãoAMI,FernandoNobre.
o Kit salva livros e a agenda escolarFerramentaútilparaestudantes,esteéumproduto
solidárioquetambémpromoveasboaspráticas.UmeuroporcadaKitvendidoécanalizadoparaoprojectodeAcçãoSocialEPES(EspaçodePrevençãodaExclu-sãoSocial).
Asegundaediçãodaagendaescolar2008/2009teve como temática o Ambiente (Qualidade do Ar,Migrações,Resíduos,Energia,AlteraçõesClimáticas,Água,DesenvolvimentoSustentável).Porcadaagendavendidaaopreçode6€,1€reverteuafavordeprojec-tosrelacionadoscomainfância,ajuventudeeasaúdematerno-infantil.
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RelatóRio decontas2008
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“Não obstante a instabilidade decorrente da crise financeira referida, a AMI conseguiu manter
o nível global da sua actividade de anos anteriores.”
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33.1 origem e utilização de recursos
receitas
O ano de 2008 foi caracterizado por uma grave crise financeira com início nos Estados Unidos, ainda em 2007, e que rapidamente se propagou ao mundo inteiro.
À crise financeira seguiu-se a crise económica que esteve na origem de preocupantes problemas sociais asso-ciados principalmente a elevadas taxas de desemprego.
Estas dificuldades, que afectaram de um modo geral aqueles a quem o nosso apoio se dirige no mundo inteiro, foram também sentidas de forma sig-nificativa pela população portuguesa, o que fez aumen-tar os pedidos de ajuda nos Centros Porta Amiga da AMI, bem como nos Abrigos Nocturnos.
Não obstante a instabilidade decorrente da crise financeira referida, a AMI conseguiu manter o nível glo-bal da sua actividade de anos anteriores.
Para que isso fosse possível, foi importante conti-nuar a contar com a disponibilidade e apoio do Minis-tério do Trabalho e Solidariedade Social, do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, de algu-mas autarquias, nomeadamente Palmela, que apoia a missão de Cabo Verde, e Cascais, que apoia o Cen-tro Porta Amiga do concelho, e de outras instituições, tais como a J.B. Fernandes Memorial Trust que apoia a Porta Amiga do Funchal e o contributo dos Doadores e Amigos da AMI.
Também o papel da Câmara Municipal de Lisboa no financiamento do Abrigo Nocturno, a funcionar na Graça, foi de grande importância e permitiu que aquele equipamento cumprisse plenamente os seus objecti-
vos. O Governo Regional dos Açores ajudou mais uma vez a suportar o custo das actividades da Fundação.
Mantiveram-se diversas iniciativas que têm possibi-litado a diversificação da origem das receitas, nomeada-mente o Cartão de Crédito, o Cartão de Saúde e várias parcerias com empresas ou instituições. Foi importante a emissão pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, da Moeda Contra a Indiferença, cuja venda proporcionou receitas significativas à AMI.
Na área ambiental manteve-se a preocupação de con-ciliar o objectivo de protecção do ambiente com a obten-ção de fundos através da venda dos resíduos recolhidos. Nesse âmbito prosseguiu-se com a recolha de radiogra-fias, tinteiros e telemóveis e alargou-se a intervenção com o aproveitamento de óleos alimentares usados e resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos.
Continuou-se a sensibilizar os contribuintes para que aproveitem a possibilidade de consignar à AMI 0,5% do seu IRS, o que proporcionou resultados apreciáveis.
Entidades Públicas22%
União Europeia0%
Proveitos Financeiros9%
Donativos em Espécie13%
Donativos33%
Entidades Privadas5%
Outras Receitas18%
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Foi ainda importante o montante recebido na sequên-cia de legados testamentários de pessoas que considera-ram a AMI nas entidades beneficiárias dos seus bens.
evolução da repartição das receitasA proporção do sector público no conjunto dos
financiadores da Fundação manteve-se semelhante ao que se verificou em anos anteriores, representando apenas 22% do total das receitas.
Continua a ser fundamental o apoio dos doadores que, considerando as doações directas, receitas de tes-tamentos, consignação de IRS e donativos em espécie ultrapassam já 50% do total de recebimentos.
Receitas
2006 2007 2008
União Europeia – 0% 0%
Entidades Públicas 22% 23% 22%
Entidades Privadas 5% 5% 5%
Donativos 21% 17% 33%
Donativos em Espécie 14% 13% 13%
Proveitos Financeiros 19% 22% 9%
Outras Receitas 19% 20% 18%
despesas
O esforço financeiro da AMI está direccionado essencialmente para a ajuda humanitária quer inter-nacional quer no apoio à população mais carenciada do nosso país. Foram afectos a estas áreas respectiva-mente 26% e 49% do nosso orçamento.
O restante foi utilizado nos custos de estrutura e acções de divulgação e sensibilização dos nossos doadores.
Informação / Comunicação / Marketing 11%
Missões Internacionais26%
Acção Social 49%
Estrutura14%
Despesas
2006 2007 2008
Missões Internacionais 37% 33% 26%
Acção Social 44% 44% 49%
Informação/ Comunicação/ MKT 8% 9% 11%
Estrutura 11% 14% 14%
evolução da distribuição dos recursosO aumento de solicitações por parte dos utentes dos
Centros Porta Amiga e Abrigos Nocturnos obrigou a um esforço adicional no apoio a esta população mais fragili-zada. Daí a maior importância que a intervenção interna vem representando no conjunto das despesas, o que vem demonstrar o papel fundamental da sociedade civil no apoio social às populações mais carenciadas.
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cee Poc a c t i V o activo bruto amort. e prov. activo líquido activo líquidoC (a) IMOBILIZADO:
I Imobilizações incorpóreas:1 431 Despesas de instalação 0,00 0,00 0,00 0,00 1 432 Desp. de invest. e desenvolvimento 0,00 0,00 0,00 0,00 2 433 Prop. industrial e out. direitos 0,00 0,00 0,00 0,00 3 434 Trespasses 0,00 0,00 0,00 0,00 4 441/6 Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 4 449 Adiant. p/c de imob. incorpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
II Imobilizações corpóreas:1 421 Terrenos e recursos naturais 1 004 095,80 0,00 1 004 095,80 872 032,99 1 422 Edifícios e outras construções 5 858 161,00 897 684,04 4 960 476,96 4 060 513,55 2 423 Equipamento básico 265 839,85 244 276,26 21 563,59 21 790,06 2 424 Equipamento de transporte 608 941,63 547 254,25 61 687,38 99 472,65 3 425 Ferramentas e utensílios 9 340,84 3 689,84 5 651,00 0,00 3 426 Equipamento administrativo 375 868,64 329 034,90 46 833,74 51 804,43 3 427 Taras e vasilhame 0,00 0,00 0,00 0,00 0 429 Outras imobilizações corpóreas 43 781,55 43 071,34 710,21 1 288,32 4 441/6 Imobilizações em curso 54 045,02 0,00 54 045,02 627 446,97 4 448 Adiant. p/c de imobil. corpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00
8 220 074,33 2 065 010,63 6 155 063,70 5 734 348,97
III Investimentos financeiros:1 4111 Partes cap. em empresas do grupo 0,00 0,00 0,00 0,00 2 4121+4131 Emprést. a emp. do grupo 0,00 0,00 0,00 0,00 3 4112 Partes cap. em empresas associadas 2 013 726,84 0,00 2 013 726,84 1 734 666,84 4 4122+4132 Emprést. a empresas associadas 0,00 0,00 0,00 0,00 5 4113+414+415 Títulos e out. aplic. financeiras 2 130 492,11 511 560,86 1 618 931,25 1 637 409,67 6 4123+4133 Outros empréstimos concedidos 0,00 0,00 0,00 0,00 6 441/6 Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 6 447 Adiant. p/c de invest. financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00
4 144 218,95 511 560,86 3 632 658,09 3 372 076,51
D CIRCULANTE:I Existências:1 36 Matér.-primas, sub. e de consumo 0,00 0,00 0,00 0,00 2 35 Produtos e trabalhos em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 3 34 Subp., desp., resíduos e refugos 0,00 0,00 0,00 0,00 3 33 Produtos acabados e intermédios 0,00 0,00 0,00 0,00 3 32 Mercadorias 355 997,40 286 333,38 69 664,02 70 494,56 4 37 Adiantamentos p/c de compras 0,00 0,00 0,00 0,00
355 997,40 286 333,38 69 664,02 70 494,56
3.2 Balançoactivo
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cee Poc a c t i V o activo bruto amort. e prov. activo líquido activo líquidoII(a) Dívid. de terc. – Médio e longo prazo:
24 Estado e outros entes públicos 0,00 0,00 0,00 0,00
II Dívidas de terceiros – Curto prazo:1 211 Clientes, c/c 170,00 0,00 170,00 12 209,50 1 212 Clientes - Títulos a receber 0,00 0,00 0,00 0,00 1 218 Clientes de cobrança duvidosa 0,00 0,00 0,00 0,00 2 252 Empresas do grupo 0,00 0,00 0,00 0,00 3 253+254 Empresas particip. e participantes 0,00 0,00 0,00 0,00 4 251+255 Outros accionistas (sócios) 1 100 835,57 0,00 1 100 835,57 864 009,69 4 229 Adiantamentos a fornecedores 0,00 0,00 0,00 0,00 4 2619 Adiant. a fornec. de imobilizado 0,00 0,00 0,00 0,00 4 24 Estado e outros entes públicos 0,00 0,00 0,00 0,00 4 (26)2+6/8+
+221 Outros devedores 263 008,75 237 219,67 25 789,08 28 140,42 5 264 Subscritores de capital 0,00 0,00 0,00 0,00
1 364 014,32 237 219,67 1 126 794,65 904 359,61
III Títulos negociáveis:1 1511 Acções em empresas do grupo 0,00 0,00 0,00 0,00 3 1521 Obrig. e tít. part. em emp. do grupo 0,00 0,00 0,00 0,00 3 1512 Acções em empresas associadas 0,00 0,00 0,00 0,00 3 1522 Obrig. e tít. part. em emp. assoc. 0,00 0,00 0,00 0,00 3 1513+1523+
+153/9 Outros títulos negociáveis 4 727 116,69 526 688,46 4 200 428,23 4 520 925,45 3 18 Outras aplicações de tesouraria 1 364 374,50 0,00 1 364 374,50 839 591,19
6 091 491,19 526 688,46 5 564 802,73 5 360 516,64
IV Depósitos bancários e caixa:12+13+14 Depósitos bancários 10 200 080,78 10 200 080,78 11 574 012,74
11 Caixa 30 241,50 30 241,50 17 636,00
10 230 322,28 10 230 322,28 11 591 648,74
E Acréscimos e diferimentos:271 Acréscimos de proveitos 283 872,48 283 872,48 190 799,98 272 Custos diferidos 11 838,47 11 838,47 31 120,27
295 710,95 295 710,95 221 920,25
Total de amortizações 2 187 344,66
Total de provisões 1 439 468,34
TOTAL DO ACTIVO 30 701 829,42 3 626 813,00 27 075 016,42 27 255 365,28
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cee Poc caPital PRóPRio e PassiVo 31/12/08 31/12/07
A (a) CAPITAL PRÓPRIO:I 51 Capital 24 939,89 24 939,89
521 Acções(quotas) próprias – Valor nominal 0,00 0,00 522 Acções(quotas) próprias – Descontos e prémios 0,00 0,00 53 Prestações suplementares 0,00 0,00
II 54 Prémios de emissão de quotas 0,00 0,00 III 55 Ajust.de partes de capital em filiais e associadas (10 470,00) (10 470,00)
56 Reservas de reavaliação 1 154 078,37 1 154 078,37 IV Reservas:
1/2 571 Reservas legais 0,00 0,00 3 572 Reservas estatutárias 0,00 0,00 4 573 Reservas contratuais 0,00 0,00 4 574 a 579 Outras reservas 37 500,00 37 500,00 V 59 Resultados transitados 22 365 741,13 20 172 783,75
Subtotal 23 571 789,39 21 378 832,01
VI 88 Resultado líquido do exercício 57 564,59 2 133 458,18 89 Dividendos antecipados 0,00 0,00
TOTAL DO CApITAL pRópRIO 23 629 353,98 23 512 290,19
PASSIVO:B provisões para riscos e encargos:1 291 Provisões para pensões 0,00 0,00 2 292 Provisões para impostos 0,00 0,00 3 293/8 Outras provisões para riscos e encargos 509 350,80 524 286,62
509 350,80 524 286,62
C Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:1 Empréstimos por obrigações:
2321 Convertíveis 0,00 0,00 2322 Não convertíveis 0,00 0,00
1 233 Empréstimos por títulos de participação 0,00 0,00 2 231+12 Dívidas a instituições de crédito 0,00 0,00 5 2612 Fornecedores de imobilizado - Títulos a pagar 0,00 0,00 6 252 Empresas de grupo 0,00 0,00 7 253+254 Empresas participadas e participantes 0,00 0,00 8 251+255 Outros accionistas(sócios) 0,00 0,00 8 239 Outros empréstimos obtidos 0,00 0,00 8 2611 Fornecedores de imobilizado, c/c 0,00 0,00 8 24 Estado e outros entes públicos 0,00 0,00
221 Fornecedores 0,00 0,00 8 262(3/8)+211 Outros credores 0,00 0,00
0,00 0,00
BalançoCapital Próprio e Passivo
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cee Poc caPital PRóPRio e PassiVo 31/12/08 31/12/07
C (a) DíVIDAS A TERCEIROS – CURTO PRAZO
1 Empréstimos por obrigações:2321 Convertíveis 0,00 0,00 2322 Não convertíveis 0,00 0,00
1 233 Empréstimos por títulos de participação 0,00 0,00 2 231+12 Dívidas a instituições de crédito 43 946,93 0,00 3 269 Adiantamentos por conta de vendas 0,00 0,00 4 221 Fornecedores, c/c 49 797,18 110 147,17 4 228 Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 0,00 0,00 5 222 Fornecedores - Títulos a pagar 0,00 0,00 5 2612 Fornecedores de imobilizado - Títulos a pagar 0,00 0,00 6 252 Empresas de grupo 0,00 0,00 7 253+254 Empresas participadas e participantes 0,00 0,00 8 251+255 Outros accionistas(sócios) 1 104 404,01 866 161,19 8 219 Adiantamentos de clientes 0,00 0,00 8 239 Outros empréstimos obtidos 0,00 0,00 8 2611 Fornecedores de imobilizado, c/c 0,00 0,00 8 24 Estado e outros entes públicos 32 849,52 32 016,84 8 262(3/8)+211 Outros credores 14 389,72 29 467,46
1 245 387,36 1 037 792,66
D Acréscimos e diferimentos:273 Acréscimos de custos 429 091,43 500 879,86 274 Proveitos diferidos 1 261 832,85 1 680 115,95
1 690 924,28 2 180 995,81
TOTAL DO pAssIVO 3 445 662,44 3 743 075,09
TOTAL DO CApITAL pRópRIO E pAssIVO 27 075 016,42 27 255 365,28
Carlos Nobreadministrador
Fernando Nobrepresidente
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[ CAP ]
3 3.3 demonstração dos resultados
código das contas exercícios
cee (1) Poc cUstos e PeRDas 31/12/08 31/12/07
A
2. a) 61 Custo merc. vend. e mat. cons. Mercadorias 99 907,52 174 054,82 Matérias 0,00 99 907,52 0,00 174 054,82
2. b) 62 Fornec. e serviços externos 6 009 303,13 5 943 737,74 3 Custos com o pessoal
3. a) 641+642 Remunerações 1 644 221,76 1 619 850,47 3. b) Encargos sociais:
643+644 Pensões 0,00 0,00 645/8 Outros 534 695,79 2 178 917,55 527 920,38 2 147 770,85
4. a) 66 Amortizaçoes e ajustamentos exercicio 227 296,04 218 050,84 4. b) 67 Provisões 39 920,88 267 216,92 106 149,12 324 199,96
5 63 Impostos 8 080,44 9 068,62 5 65 Outros custos e perdas operac. 421 300,17 429 380,61 563 928,13 572 996,75
(A) 8 984 725,73 9 162 760,12
6 682 Perdas em emp. do grupo e ass. 0,00 0,00 6 683+684 Am. e prov. apl. e inv. fin. 524 571,15 22 396,44 7 681+685/8 Juros e custos similares:
Relativos a emp. do grupo 0,00 0,00 Outros 3 344 202,57 3 868 773,72 475 255,29 497 651,73
(C) 12 853 499,45 9 660 411,85
10 69 Custos e perdas extraord. 63 499,38 89 609,81
(E) 12 916 998,83 9 750 021,66
8+11 86 Imp. sobre o rend. do exerc. 0,00 0,00
(G) 12 916 998,83 9 750 021,66
13 88 Resultado líquido do exerc. 57 564,59 2 133 458,18
12 974 563,42 11 883 479,84
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código das contas exercícios
cee(1) Poc PRoVeitos e GanHos 31/12/08 31/12/07
B
1 71 Vendas Mercadorias 233 958,88 285 328,90 Produtos 0,00 0,00
1 72 Prestações de serviços 4 171 612,55 4 405 571,43 4 487 169,76 4 772 498,66
2 (3) Variação da produção 0,00 0,00 3 75 Trabalhos para a prop. empresa 0,00 0,00 4 73 Proveitos suplementares 82 500,57 117 965,88 4 74 Subsídios à exploração 7 409 330,66 4 996 204,94 4 76 Outros prov. e ganhos operac. 0,00 6 000,00 4 77 Reversoes amortizaçoes e ajustamentos 100 072,18 7 591 903,41 46 058,03 5 166 228,85
(B) 11 997 474,84 9 938 727,51
5 782 Ganhos em emp. do grupo e ass. 300 000,00 390 102,08 5 784 Rendim. de partic. de capital 0,00 0,00
6 (4) Rendim. de tít. negociáveis ede out. aplic. financeiras: Relativos a empr. do grupo 0,00 0,00 Outros 456 978,67 1 384 571,33
7 (5) Outros juros e prov. similares: Relativos a empr. do grupo 0,00 0,00 Outros 195 980,26 952 958,93 143 839,27 1 918 512,68
(D) 12 950 433,77 11 857 240,19
9 79 Prov. e ganhos extraordinários 24 129,65 26 239,65
(F) 12 974 563,42 11 883 479,84
REsuMO:
Resultados operacionais: (B)-(A)= 3 012 749,11 775 967,39 Resultados financeiros: (D-B)-(C-A)= (2 915 814,79) 1 420 860,95 Resultados correntes: (D)-(C)= 96 934,32 2 196 828,34 Resultados antes de impostos: (F)-(E)= 57 564,59 2 133 458,18 Resultado líquido do exercício: (F)-(G)= 57 564,59 2 133 458,18
Carlos Nobreadministrador
Fernando Nobrepresidente
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[ CAP ]
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nota introdutória
denominação social: Fundação de Assistência Médica InternacionalFUNDAÇÃO AMI
Objecto: Ajuda humanitária
Sede: Rua José do Patrocínio, 49, 1959-003 LISBOA
Capital Social euros: 24.839,89
Instituição de Utilidade PúblicaActividade da Fundação: A Fundação exerceu a sua actividade na prestação
de ajuda humanitária quer em território nacional, quer em largas parcelas do resto do Mundo.
[ As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade
As notas cuja numeração se encontra ausente neste anexo não são aplicáveis à Fundação.
As Demonstrações financeiras foram prestadas segundo a convenção dos custos históricos, e na base da continuidade das operações da Fundação, em conformi-dade com os princípios contabilísticos fundamentais da prudência, consistência, substância sobre a forma, mate-rialidade e especialização dos exercícios. ]
anexo ao Balanço e à demonstração de resultados em 31 de dezembro de 2008
1. derrogação de PrincípiosContabilísticosDevido à natureza da actividade da Fundação –
prestação de serviços de cariz humanitário não remu-nerados – financiados maioritariamente por donati-vos espontâneos de particulares e empresas, estes são considerados como proveitos operacionais.
Particularmente no ano de 2008 foram recebidos valores provenientes de testamentos (em dinheiro e em bens imóveis) que totalizam o montante de € 794.831,28, que igualmente foram considerados pro-veitos operacionais. Caso não o tivessem sido o resultado do exercício seria negativo e da ordem de € 737.266,79. Contudo, o valor global dos Capitais Próprios – € 23.571.789,39 não sofreria qualquer alteração.
2. Conteúdos não comparáveis com exercícios anterioresDesde a publicação da Lei de Liberdade Religiosa
(Lei n.º 16/2001) que a Fundação AMI, como Institui-ção de Utilidade Pública, se tem vindo a candidatar à obtenção do donativo de 0,5 % de IRS que os contri-buintes podem consignar a Instituições Religiosas ou a Instituições particulares de Solidariedade Social ou Pessoas Colectivas de Utilidade Pública, tendo vindo regularmente a ser contemplada pela consignação efectuada pelos contribuintes.
No exercício de 2008, o valor recebido € 565.552,72 foi considerado como proveito operacional do exercí-cio, dado que foi aplicado no financiamento de activi-dades correntes, enquanto no ano de 2007, no qual
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foi recebido a quantia de € 568.104,57 foi classificada directamente em Resultados Transitados.
3. Critérios Valorimétricos e ContabilísticosOs principais critérios valorimétricos utilizados na
preparação das demonstrações Financeiras foram os seguintes:
.1) Imobilizações Financeiras – As Imobilizações financeiras são constituídas por:
a) Participações financeiras valorizadas pelo método de equivalência patrimonialb) Investimentos em imóveis valorizados ao custo de aquisição sendo as respectivas amortizações calculadas pelo método das quotas constantes, regime mensal, com base nas taxas máximas de amortizações fiscalmente aceites decorrentes das tabelas do DR 2/90 de 12 de Janeiro (actualizado pelo DR 16/94 de 12 de Junho)., as quais são coin-cidentes com a vida útil esperada dos bens.c) Investimentos em valores filatélicos valoriza-dos ao custo de aquisição. Quando o valor actual de mercado esperado é inferior ao registado con-tabilisticamente é criado o correspondente ajusta-mento de modo a que aqueles valores se igualem.d) Investimentos em obras de arte valorizados ao valor de doação. Quando o valor actual de mer-cado esperado é inferior ao registado contabilisti-camente foi criada o correspondente ajustamento de modo a que aqueles valores se igualem.
As taxas anuais de amortizações utilizadas foram as seguintes, por percentagem:
Edificíos e outras construções 2
.2) Imobilizações Corpóreas – As imobilizações Corpóreas encontram-se registadas:
a) ao custo de aquisição, sendo as respectivas amor-tizações calculadas pelo método das quotas cons-tantes, regime mensal, com base nas taxas máximas de amortizações fiscalmente aceites decorrentes das tabelas do DR 2/90 de 12 de Janeiro (actualizado pelo DR 16/94 de 12 de Junho), as quais são coincidentes com a vida útil esperada dos bens.b) os bens que foram doados à Fundação encon-tram-se registados pelo valor da doação, normal-mente o valor contabilístico da entidade doadora ou o valor corrente de mercado, sendo as respecti-vas amortizações calculadas nos mesmos termos do número anterior.c) os terrenos e edifícios adquiridos até 31 de Dezembro de 1999 foram reavaliados com base em avaliação económica efectuada por entidade credí-vel e independente, tendo as respectivas amortiza-ções tido por base o valor reavaliadoAs taxas anuais de amortizações utilizadas foram
as seguintes, por percentagem:
Edifícios e outras construções 2
Equipamento básico 10 – 20
Equipamento de transporte 25 – 50
Ferramentas e utensílios 25 – 12,25
Equipamento administrativo 10 – 33,33
Bens em estado de uso 50
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3.3) existências – As mercadorias estão valorizadas
ao custo médio de entrada dividindo-se em dois gru-pos:
a) Mercadorias que se destinam a comercializaçãob) Mercadorias que se destinam às missões nacio-nais e internacionaisNo que se refere a estas últimas e dado o fim a
que se destinam – ser utilizadas nas nossas missões – considera-se nulo o seu valor de mercado, pelo que se optou pela criação de um ajustamento para deprecia-ção de existências equivalente a 100 % deste activo
.4) Títulos Negociáveis – Os Títulos Negociáveis são registados ao valor esperado de realização. Os juros obtidos são reconhecidos como proveitos no exercício em que é tomada a decisão de distribuição de dividendos.
Nos casos em que se admite a hipótese de o valor de realização ser inferior ao valor contratado foi cons-tituída a respectiva Provisão.
.5) Acréscimos e diferimentos – A Fundação regista nestas rubricas os custos e os proveitos que respeitam a exercícios futuros e que serão imputa-dos aos resultados de cada um desses exercícios pelo valor que lhes corresponda, compreendendo essencial-mente:
a) Os custos e os proveitos relacionados com o car-tão de saúde que se referem ao exercício de 2009. b) Os custos respeitantes ao exercício de 2008 que serão pagos em 2009c) Os proveitos referentes ao exercício de 2008 recebidos em 2009d) Os proveitos que se destinam a financiarem activi-dades que decorrerão em 2009 e anos seguintes.
4 . activos expressos em moeda estrangeiraTodos os Activos e Passivos expressos em moeda
estrangeira foram convertidos para euros utilizando:• As taxas de câmbio contratadas com os bancos
para a data de pagamento dos passivos• As taxas de câmbio vigentes em 31de Dezembro de
2008 e 2007, publicadas pelo Banco de Portugal.• As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis,
originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data do Balanço, são registadas como proveitos e cus-tos na Demonstração de Resultados do exercício.
7. número médio de pessoas ao serviço da empresa
O número médio de pessoas ao serviço da Funda-ção no exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 era o seguinte:
Empregados 158
Profissionais Liberais 16
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10. movimento do activo imobilizado
O movimento ocorrido nas contas de imobilizações corpóreas e financeiras durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:
10.1. Activo bruto
saldo inicial aumentos alienações e abates transferências saldo final
Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 872 032,99 119 562,81 12 500,00 1 004 095,80
Edifícios e outras construções 4 857 582,21 358 327,50 642 251,29 5 858 161,00
Equipamento básico 264 658,13 5 234,47 8 201,15 4,148,40 265 839,85
Equipamento de transporte 651 443,66 23 304,74 70 806,77 5 000,00 608 941,63
Ferramentas e utensílios 9 340,84 9 340,84
Equipamento administrativo 354 936,93 21 835,37 903,66 375,868,64
Outras imobilizações corpóreas 43 781,55 43,781,55
Imobilizado em curso 627 447,27 96 307,58 3 394,60 -666 314,93 54 045,32
TOTAL IMOBILIzADO CORpóREO 7 671 882,74 633 913,31 83 306,18 -2 415,24 8 220 074,63
Investimentos financeiros
Partes de capital em empresas associadas 1 734 666,84 300 000,00 20 940,00 2 013 726,84
Outras aplicaç. financeiras – Imóveis 1 346 896,31 1 346 896,31
Outras aplicaç. financeiras – Obras arte 125 101,12 1 650,00 126 751,12
Outras aplicaç. financeiras – Val. filatelicos/Arte 656,844,68 656 844,68
TOTAL IMOBILIzADO InCORpóREO 3 863 508,95 301 650,00 20 940,00 0,00 4 144 218,95
TOTAL IMOBILIzADO 11 535 391,69 935 563,31 104 246,18 -2 415,24 12 364 293,58
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3 10.2. Amortizações / Ajustamentos
saldo inicial Reforço Diminuição transferências saldo final
De imobilizaçöes corpóreas: Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções 797 068,66 100 615,38 897 684,04
Equipamento básico 242 868 07 9 226,41 7 818,22 244 276,26
Equipamento de transporte 551 971,01 52 306,20 57 022,96 547 254,25
Ferramentas e utensílios 3 689,84 3 689,84
Equipamento admnistrativo 303 132,50 26 409,08 506,68 329 034,90
Outras imobilizações corpóreas 42 493,23 578,11 43 071,34
TOTAL AMORT IMOBILIzADO CORpóREO 1 937 533,47 192 825,02 65 347,86 2 065 010,63
Investimentos financeiros
Partes de capital em empresas do grupo
Partes de capital em empresas associadas
Outras aplicações financeiras – Imóveis 102 205,61 20 128,42 122 334,03
Outras aplicações financeiras – Obr arte 28 976,12 28 976,12
Outras aplicações financeiras – Val filatelicos 360 250,71 360 250,71
TOTAL IMOBILIzADO InCORpóREO 491 432,44 20 128,42 0,00 0,00 511 560,86
TOTAL AMORTIzAçõEs DO IMOBILIzADO
2 428 965,91 212 953,44 65 347,86 0,00 2 576 571,49
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12 – reavaliações de imobilizações Corpóreas (legislação)
A Fundação procedeu no exercício de 1999 à reava-liação dos terrenos e edifícios registados no seu imo-bilizado, com base em avaliação económica indepen-dente
13 – reavaliações de imobilizações Corpóreas
custos históricos Reavaliação Valores contabilistic
reavaliadosDe imobilizaçöes corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 127 816,96 183 978,05 311 795,01
Edifícios e outras construçöes 630 911,67 970 100,32 1 601 011,99
TOTAL DE AMORTIz DO IMOBIL CORpóREO 758 728,63 1 154 078 ,37 1 912 807 ,00
14 – afectação de imobilizações Corpóreas
As Imobilizações Corpóreas encontram-se afectas às seguintes actividades:
Sede e serviços comuns 3,535,184,39
Acção social 4,632,415,55
Acção internacional 52,474,39
Total 8,220,074,35
16 – empresas do Grupo
Existem comparticipações nas seguintes empre-sas cujas últimas contas apresentadas se reportam ao exercício de 2008:
pacaça Comércio de Artigos de Artesanato e para Medicina Lda.
Sede
Rua José do Patrocínio, 49,
1959-003 Lisboa
Concelho de Lisboa
Percentagem detida 99 % ( em 31-12-2008 )
Resultado apurado Lucro de € 1.050,65
Capitais Próprios € (4.484,20)
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Hospital particular do Algarve s A.
SedeCruz da Bota, Alvor
Concelho de Portimão
Percentagem detida 20,94 % ( em 31-12-2008)
Resultado apurado Lucro de € 1.583.094,98
Capitais Próprios € 9.516.071,32
Hotel salus s.A.
SedeCruz da Bota, Alvor
Concelho de Portimão
Percentagem detida 2,5 % ( em 31-12-2008 )
Resultado apurado Prejuizo de € 5.859,18
Capitais Próprios € 1.486.564.93
Valencia Arte Contemporaneo e Inversion, s.L.
Sede
Plaza de Alfonso
el Magnanimo, 12
Valência Espanha
Percentagem detida 6,45 % ( em 31-12-2008 )
Resultado apuradoPrejuizo de € 94.854,39
( em 31-12-2007 )
Capitais Próprios€ 4.520.185,96
( em 31-12-2007)
Os saldos com a empresa do grupo em 31 de Dezembro
de 2008 e 2007 são os seguintes:
2008 2007Contas a receber pacaça Lda. 180,295,84 182,786,59
20 – Valorização de activo Circulante a valor inferior ao do mercado
No que se refere às existências de mercadorias que se destinam às missões nacionais e internacionais e que fazem parte do activo circulante, e dado que na sua grande maioria foram oferecidas e não se destinam a comercialização, foi decidido constituir uma provisão pelo seu valor global, para que o valor líquido deste activo seja nulo.
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21 – movimento de ajustamentos ao activo Circulante
saldo inicial aumento Redução saldo final
Existências Mercadorias 311.607,07 17.451,04 42.724,73 286.333,38
Dívidas de terceiros Empresas do grupo 182.786,59 2.490,75 180.295,84
Outros devedores 39.903,83 17.020,00 56.923,83
Total 222.690,42 17.020,00 2.490,75 237.219,67
TOTAL 534.297,49 34.471,04 45.215,48 523.553,05
23 – Valor global das dívidas de cobrança duvidosa incluídas em contas de Balanço
Em 31 de Dezembro de 2008 existem dívidas a receber referentes a um conjunto de terceiros que se encontram provisionadas a 100 % e que totalizam € 237.219,67.
28 – não existem dívidas ao estado e outros entes Públicos em situação de mora.
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34 – movimento de Provisões
saldo inicial aumento Redução saldo finalProvisões para riscos e encargos
Provisões para cartões 524.286,12 39.820,88 54.856,70 509.350,30
TOTAL 524.286,12 39.920,88 54.856,70 509.350,30
40 – movimento nas contas de Capital Próprio
Rubricas saldo inicial aumento Redução saldo FinalCapital Social 24 939,89 24 939,89
Ajustes de part. capital em filiais e associad. -10.470,00 -10.470,00
Reservas Reavaliação 1 154 078 ,37 1 154 078,37
Reservas Doações 37.500,00 37.500,00
Resultados Acumulados 20.172.783,75 2.192.957,38 22.365.741,13
Resultado Líquido do Exercicio 2006 2.133.458,18 57.564,59 2.133.458,18 57.564,59
TOTAL 23.512.290,19 2.250.521,97 2.133.458,18 23.629.353,98
41 – demonstração das existências vendidas e consumidas
O custo das existências vendidas e consumidas nos exercícios de 2008 e 2007 foi determinada como segue:
2008 2007
Existências iniciais 382.101,63 407.736,00
Entradas 106.805,91 148.420,45
Regularização existências -33.002,62 0,00
Existências finais 355.997,40 382.101,63
Custo nos períodos 99.907,52 174.054,82
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Carlos Nobreadministrador
Fernando Nobrepresidente
44 – Vendas e Prestações de serviços por actividades
As vendas e Prestações de serviços realizadas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 31 de Dezembro de 2007 são unicamente suporte à actividade principal da Fundação
2008 2007
Vendas (artigos diversos) 233.958,88 285.328,90
P Serviços – Acção social 110.317,89 106.061,36
P Serviços – Cartão saúde 3.988.990,26 4.349.415,90
P Serviços – Outros 72.304,40 31.692,50
Custo nos períodos 4.405.571,43 4.772.498,66
45 – demonstração dos resultados Financeiros
2008 2007
Custos e perdas
Juros suportados 56.828,06 63.889,38
Amortizações investimentos financeiros 20.128,44 20.128,44
Ajustamentos p.a aplicações financeiras 504.442,71 2.268,00
Diferenças de câmbio desfavoráveis 363,85 14.257,99
Outros custos e perdas financeiras 3.287.010,66 397.107,92
3.868.773,72 497.651,73
Resultados financeiros -2.915.814,79 1.420.860,95
952.958,93 1.918.512,68
2008 2007
proveitos e ganhos
Juros obtidos 583.723,15 1.444.102,29
Ganhos em associadas 300.000,00 390.102,08
Rendimentos imóveis 59.621,00 82.750,00
Diferenças de câmbio favoráveis 9.614,78 1.558,31
Resultados financeiros 952.958,93 1.918.512,68
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346 – demonstração dos resultados
extraordinários
2008 2007
Custos e perdas
Perdas em existências 33.827,57 75.917,34
Multas e penalidades 156,65 1.470,43
Perdas em imobilizações 8.836,62
Correcções relativas a exercícios anteriores 18.877,48 12.172,97
Outros custos e perdas extraordinárias 1.801,06 49,07
63.499,38 89.609,81
Resultados extraordinários -39.369,73 -63.370,16
24.129,65 26.239,65
2008 2007
proveitos e ganhos
Ganhos em existências 824,95
Ganhos em imobilizações 250,00
Correcções relativas a exercícios anteriores 12.591,03 14.813,33
Outros proveitos e ganhos extraordinários 10.713,67 11.176,32
24.129,65 26.239,65
48 – outras informações adicionais48.1. Outros devedores
2008 2007Pacaça Lda. 180.295,84 182.786,59
Sanitae 39.903,83 39.903,83
Devedores rendas 18.646,41
Devedores cartão de saúde 16.868,81 8.497,59
Devedores credores diversos 7.234,53 19.642,83
Contas a regularizar 59,33
263.008,75 250.830,84
48.2. Outros credores
2008 2007
Ajudas custo pessoal expatriado 13.390,00 14.620,17
Futuro 7.597,10
Outros credores 999,72 7.250,19
14.389,72 29.467,46
48.3 Acréscimos de Proveitos
2008 2007
Cartão saúde 64.064,28 80.930,05
Depósitos 93.698,33 66.097,04
Projectos internacionais 32.456,47 27.517,16
Pacaça Lda. 38.400,00
Outros 55.253,40 16.255,73
283.872,48 190.799.98
48.4. Acréscimos de custos
2008 2007
Cartão saúde 141.626,72 127.660,72
Remunerações a liquidar 233.891,48 207.390,48
Outros 53.573,23 165.828,66
429.091,43 500.879,86
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48.5. Custos diferidos
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Seguros diferidos 10.450,55 31.120,27
Outros 1.387,92
11.838,47 31.120,27
48.6. Proveitos diferidos
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Fundo Ásia 786.711,10 1.072.241,52
Fundo Libano 46.367,99 52.787,92
Amigos da AMI 39.772,88
Mailing 84.272,00
Financiamento Obras Gaia 54.000,00 55.200,00
Financiamento Obras Abrigo Porto 110.400,00 112.700,00
Financiamento Imobilizado Abrigo Porto 18.750,00 21.875,00
Outros particulares 239.018,63
Rendas imóveis alugados 754,00 2.248,00
IPAD projectos internacionais 151.892,80
C M Lisboa – Abrigo da Graça 84.507,14
Diversos 8.449,82
1.261.832,85 1,680.115,95
48.7. estado e outros entes públicos
2008 2007IRS retenção na fonte 4.639,77 5.099,97
Segurança Social 28.209,75 26.916,87
32.849,52 32.016,84
Processos judiciais em curso
A Fundação AMI realizou um Concurso Público para elaboração de um projecto de arquitectura para construção da sua futura sede. Um dos concorrentes – Julião Azevedo – Arquitectos, Lda. – colocou no Tri-bunal Administrativo de Círculo de Lisboa, 4ª Unidade Orgânica dois processos contra a Fundação AMI ( Pro-cesso 2277/08.4BELSB e Processo 2278/08.2BELSB ) o primeiro uma providência cautelar e o segundo um processo de anulação do Concurso Público. Desta liti-gância não se espera que advenha no futuro qualquer impacto económico, pelo que foi decidido não consti-tuir qualquer provisão para este efeito.
Carlos Nobreadministrador
Fernando Nobrepresidente
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1. No cumprimento das disposições legais e esta-tutárias, o Conselho Fiscal emite o seu Parecer sobre o Relatório, Balanço e Demonstração de Resultados apresentados pelo Conselho de Administração, e rela-tivos ao exercício findo em 31de Dezembro de 2008.
2. Acompanhámos durante o ano as actividades da Fundação e registámos com satisfação que, não obs-tante as dificuldades económicas e financeiras que caracterizaram o ano de 2008, a AMI continuou a con-tar com o apoio dos seus financiadores quer institu-cionais quer particulares. Foi assim possível manter o nível de actividade de anos anteriores, principalmente na vertente interna onde se verificou o incremento da afectação de meios, sem que isso tivesse consequên-cias na situação patrimonial.
3. Para se conseguirem estes resultados continuou a ser importante o apoio das entidades governamen-tais, principalmente do Ministério do Trabalho e Soli-dariedade Social, o contributo dos Doadores e Amigos da AMI, a procura de financiadores para uma grande parte dos projectos desenvolvidos e a concretização de diversas iniciativas geradoras de receitas.
3.4 Parecer do Conselho Fiscal
4. Na sequência dos exames a que procedemos, e tendo em atenção que o Balanço e Demonstração de Resultados reflectem com rigor a situação financeira e patrimonial da Fundação, o Conselho Fiscal dá pare-cer positivo à aprovação das contas apresentadas pela Administração.
Lisboa, 31 de Março de 2009
O Conselho Fiscal
Manuel Dias Lucas(Presidente)
Maria Inês Castelo Branco Lisboa
Feliciano Manuel Leitão Antunes
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FUTURAS
PERSPECTIVAS
“Para que os processos de reconciliação se consolidem, é necessário que os povos
reúnam condições para trabalhar e sobreviver com os seus próprios meios e capacidades.”
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4 Perspectivas Futuras
Partilhando da preocupação das Nações Unidas em contribuir para que os países reúnam condições para consolidar os processos de reconciliação, a AMI pretende, em 2009, manter a sua presença em países assolados pelo conflito ou a recuperar das suas con-sequências, quer através de missões com expatriados, em países como a República Democrática do Congo e a Guiné-Bissau, quer através do apoio a ONG’s locais, no Afeganistão, em Angola, na Libéria, no Senegal, no Sri Lanka e em Timor-Leste.
Nesse sentido, e sendo uma das suas áreas de actu-ação, a acção de alertar consciências, sensibilizando a opinião pública para uma indignação activa, a AMI pre-tende, em parceria com a Fundação Academia Europea de Yuste, Espanha, organizar o Fórum “Encontro de Culturas – Ouvir para Integrar” em Maio de 2009, que
“Reconhecendo que os processos de reconciliação são particularmente necessários e urgentes em países
e regiões do mundo que sofreram ou estão a sofrer as consequências de conflitos que afectaram e dividiram
sociedades nas suas várias facetas, nacional e internacional, a Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu proclamar 2009
como o ano Internacional da Reconciliação.”[56.ª Sessão Plenária, 20 de Novembro de 2006]
irá permitir reunir a diversidade de culturas na Europa, fomentar a compreensão e a aceitação mútuas, bem como a tolerância e o diálogo intercultural, assegu-rando assim, a promoção de uma sociedade aberta, tolerante e menos indiferente. Esta iniciativa, tal como todas as que a AMI realizar em 2009, terão a preocu-pação de assinalar o 25.º Aniversário da AMI.
Em 2009, o Centro Porta Amiga de Chelas come-mora mais um aniversário de combate à pobreza e à exclusão social, contabilizando 10 anos a oferecer aos seus beneficiários um variado leque de serviços, nomea- damente ajuda alimentar, dispensário, distribuição de medicamentos, bem como apoio escolar, social e psi-cológico, dando especial atenção à reintegração social e profissional através de iniciativas como a Unidade de Inserção na Vida Activa (UNIVA).
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Este equipamento social, à semelhança dos restan-tes 10 espalhados pelo país, reforça a sua importân-cia numa altura em que se prevê, para 2009, o agra-vamento da crise económica mundial e o aumento da procura de apoio para necessidades essenciais como a alimentação, a saúde, a habitação e o emprego, sobre-tudo no seio de famílias da classe média.
Ciente de que para que os processos de reconciliação se consolidem, é necessário que os povos reú-nam condições para trabalhar e sobreviver com os seus pró-prios meios e capacidades e tenham acesso a um ambiente económico e social positivo, a AMI pretende expandir a Mis-são Aventura Solidária ao Bra-sil e à Guiné-Bissau, uma inicia-tiva que permite contribuir para a concretização de um projecto de desenvolvimento local. Estão, assim, previstas, em 2009, uma missão ao Brasil, duas à Guiné-Bissau e três ao Senegal.
Através do desenvolvimento de novos projectos e da manutenção de iniciativas já existentes, a AMI acre-dita estar preparada para os desafios que se vislumbram em 2009.
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AgRAdECImentos
“Em primeiro lugar, agradecemos a todos os voluntários e aventureiros solidários, que tornaram possível a missão da AMI
em Portugal e no Mundo.”
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5Ministério do Trabalho e Solidariedade SocialInstituto Português de Apoio ao DesenvolvimentoGoverno Regional dos AçoresCâmara Municipal de CascaisCâmara Municipal de LisboaCâmara Municipal de PalmelaImprensa Nacional–Casa da MoedaFundação Stanley HoJ B Fernandes Memorial TrustAmigos e Doadores da AMIAuto Sueco, LdaAuchanBanco Espírito SantoBusquetsCompanhia das CoresCimpor Citibank International PLCDynargie Disney ChannelERP-European Recycling PlatformEsegurEstreiaFnac
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5GalileuHewlett PackardR.S.E Portugal / Fundo NikeIbersol SGPS SAInternational House JA Santos Carvalho Lions ClubeLisgráficaMontepio GeralMy Brand Natura InvictaOIH ProficoRepsol PortuguesaQuidNoviSanofi AventisStaples Office CentreTAP Farmalux/Tecnifar, SAValorsulVisãoWestimber(Sodefor)Y&R Redcell
“Não obstante as dificuldades económicas e financeiras que caracterizaram o ano de 2008,
a AMI continuou a contar com o apoio dos seus financiadores quer institucionais quer particulares. Graças a todos eles,
conseguimos fazer a diferença.”
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Rua José do Patrocínio, 49, 1959-003 LisboaTelf. 21 836 2100 π Fax 21 836 2199 π E-mail: [email protected]
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