aavvaalliiaaÇÇÃÃoo ddoo ppllaannoo llooccaall … · 2011-2016 3 sumÁrio o presente documento...

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A A V V A A L L I I A A Ç Ç Ã Ã O O D D O O P P L L A A N N O O L L O O C C A A L L D D E E S S A A Ú Ú D D E E A A V V E E I I R R O O N N O O R R T T E E 2 2 0 0 1 1 1 1 - - 2 2 0 0 1 1 6 6

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AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDOO

PPLLAANNOO LLOOCCAALL DDEE SSAAÚÚDDEE

AAVVEEIIRROO NNOORRTTEE

22001111--22001166

Page 2: AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDOO PPLLAANNOO LLOOCCAALL … · 2011-2016 3 SUMÁRIO O presente documento resume: - A avaliação do Plano Local de Saúde Aveiro Norte 2011-2016 contendo,

Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 2

FICHA TÉCNICA

Título

Avaliação do Plano Local de Saúde Aveiro Norte 2011-2016

Edição

Agrupamento de Centros de Saúde de Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte

Rua Professor Ângelo da Fonseca, 186

3720-287 Oliveira de Azeméis

Telefone: 256 664 070 | Fax: 256 664 081

Email: [email protected]

Miguel Portela – Diretor Executivo

Coordenação técnica

Unidade de Saúde Pública

Rua Professor Ângelo da Fonseca, 186

3720-287 Oliveira de Azeméis

Telefone: 256 664 070 | Fax: 256 664 081

Email: [email protected]

Francisco Borges – Coordenador, Médico de Saúde Pública

Ana Isabel Coelho – Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária

Anabela Pedro – Técnica de Saúde Ambiental

Fernando Loureiro – Médico de Saúde Pública

Fernando Santos – Técnico de Saúde Ambiental

Joana Soares Ferreira - Médica de Saúde Pública

Manuela Giro – Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária

Margarida Duarte – Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária

Marta Loureiro – Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária

Pedro Ferreira – Médico de Saúde Pública

Fonte da imagem da capa:

Rede social. Plataforma Supra concelhia Entre Douro e Vouga. [Internet]. [place unknown]: Plataforma Supra concelhia Entre Douro e Vouga. [cited 2016 Aug 3].

Relatório de Actividades – 2012; [cited 2016 Aug 3]. [29 p.].Available from: http://www.seg-

social.pt/documents/10152/8702574/Relat_Atividades_2012_PSC_Entre_Douro_Vouga/a57b9586-b406-4390-9712-39de50cb9e28

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 3

SUMÁRIO

O presente documento resume:

- A avaliação do Plano Local de Saúde Aveiro Norte 2011-2016 contendo, não só a evolução dos indicadores

de monitorização e avaliação, mas também a sua comparação com os objectivos traçados, bem como a análise dos

desvios encontrados pelas partes interessadas;

- A atualização do diagnóstico da saúde da população, a qual juntamente com o indispensável contributo que

a reflexão pelos profissionais das Unidades funcionais e pelo Conselho da Comunidade do do Agrupamento de

Centros de Saúde de Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte proporcionou, disponibiliza o conhecimento necessário

para ponto de partida do próximo Plano Local de Saúde Aveiro Norte.

Contrariamente aos documentos anteriores, optou-se por reduzir a parte textual, bem como os anexos do

documento, de modo a facilitar a sua leitura.

Destacam-se os seguintes como problemas de saúde a priorizar e cujos determinantes importa identificar, de

modo a serem definidas as necessidades de saúde da população:

Tumores malignos

o Traqueia, brônquios e pulmão;

o Tecido linfático e orgãos hematopoéticos;

o Orgãos genitourinários;

o Estômago e tecido linfático e orgãos hematopoéticos;

o Cólon e reto;

o Ossos, pele e mama;

Doenças cerebrovasculares;

Doença isquémica do coração;

Diabetes;

Suicídios;

Doença crónica do fígado e cirrose;

Acidentes de veículos a motor;

Baixo peso à nascença;

Alteração do metabolismo dos lípidos;

Hipertensão arterial;

Abuso de tabaco.

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 4

ÍNDICE

FICHA TÉCNICA .............................................................................................................................................................. 2

SUMÁRIO ....................................................................................................................................................................... 3

MÉTODOS .......................................................................................................................................................................... 5

AVALIAÇÃO DO PLANO LOCAL DE SAÚDE AVEIRO NORTE 2011-2016 ............................................................................. 6

Avaliação processual ..................................................................................................................................................... 6

Avaliação do grau de cumprimento dos objetivos de saúde definidos para a população ........................................... 6

Análise dos desvios - perspectiva das partes interessadas ........................................................................................... 8

Parceiros internos – Profissionais das Unidades funcionais do ACeS ....................................................................... 8

Parceiros externos – Conselho da Comunidade do ACeS ....................................................................................... 11

ATUALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO ................................................................ 12

CARATERIZAÇÃO da POPULAÇÃO ............................................................................................................................... 12

MORTALIDADE ............................................................................................................................................................ 18

MORBILIDADE E SUAS CONSEQUÊNCIAS .................................................................................................................... 21

COMENTÁRIOS À ATUALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ................................................................................................... 24

RECURSOS da COMUNIDADE ...................................................................................................................................... 24

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 5

MÉTODOS

Quadro 1. Métodos de cálculo dos indicadores de monitorização e avaliação do Plano Local de Saúde

Indicadores Fontes de informação População Período de

referência Em estudo Alvo

De avaliação

Número anual de

internamentos por

diabetes mellitus

ARSN Residentes

em Oliveira

de Azeméis,

S. João da

Madeira e

Vale de

Cambra

Residentes

em Oliveira

de Azeméis,

S. João da

Madeira e

Vale de

Cambra

2007

Taxa de mortalidade bruta

específica por diabetes

mellitus

ARSN 2014-2016*

Mediana de idades dos

casos confirmados de

tuberculose respiratória

Notificações de casos de doenças de declaração obrigatória†

2010

Prevalência de obesidade

SIARS

Utentes

inscritos no

ACeS

Prevalência de hipertensão

arterial

De

monitorização

Prevalência de excesso de

peso

Prevalência de abuso do

tabaco

Número de embalagens de

anti-hipertensores

dispensadas no ACeS

Nota: ACeS, Agrupamento de Centros de Saúde; ARSN, Administração Regional de Saúde do Norte, I.P.; SIARS, Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde; *, taxa tendencialmente esperada para o triénio 2014-2016; †, aprovadas pela Portaria n.º 1071/98 de 31 de Dezembro e pelo Despacho n.º 5681-A/2014 de 21 de abril.

Os desvios encontrados foram analisados pelas partes interessadas, em reunião da Direção Executiva e do

Conselho Clínico e de Saúde com os profissionais de cada Unidade funcional - que não a Unidade de Saúde Pública

(USP), coordenadora técnica do processo – e com os membros do Conselho da Comunidade.

As fontes de informação para a atualização do diagnóstico da saúde da população foram:

- A ARSN através do seu Departamento de Saúde Pública, incluindo a publicação Perfil Local de Saúde do

ACeS Aveiro Norte, do seu Departamento de Contratualização que disponibiliza a ferramenta Power BI com o

resultado dos indicadores de contratualização, e do Sistema de Informação das ARS (SIARS);

- O Instituto Nacional de Estatística através do seu sítio eletrónico;

- A própria USP através da informação sistematizada a partir do Sistema Nacional de Vigilância

Epidemiológica.

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 6

AVALIAÇÃO DO PLANO LOCAL DE SAÚDE AVEIRO NORTE 2011-2016

Avaliação processual

- Do próprio método de construção do Plano Local de Saúde (PLS) – já descrita no próprio PLS 2011-2016

- Do grau de participação das diversas partes interessadas – idem

- Da implementação do PLS – já descrita na monitorização do PLS concluída em Maio de 2015

Avaliação do grau de cumprimento dos objetivos de saúde definidos para a população

Figura 1. Número anual de internamentos por diabetes mellitus da população de Aveiro Norte de 2007 a 2015. O ponto verde corresponde ao

objectivo que foi traçado para 2016.

Figura 2. Taxa de mortalidade bruta específica por diabetes mellitus (por 100.000 habitantes por triénio) da população de Aveiro Norte nos

triénios 2008-2010 a 2012-2014. O ponto vermelho corresponde ao objectivo que foi traçado para 2021.

Figura 3. Mediana de idades dos casos confirmados de tuberculose respiratória da população de Aveiro Norte de 2010 a 2015. O ponto verde

corresponde ao objectivo que foi traçado para 2016.

125

105114

104

74 75

93

47

68

Obj.; 114

0

20

40

60

80

100

120

140

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

44,949,2

5350,6

53,8

Obj.; 35,6

0

20

40

60

2008-2010 2009-2011 2010-2012 2011-2013 2012-2014 2021

4845,5

43

35

59,557

Obj.; 50

0

10

20

30

40

50

60

70

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 7

Figura 4. Prevalência de obesidade por 1.000 utentes inscritos no ACeS Aveiro Norte de 2010 a 2015. O ponto vermelho corresponde ao

objectivo que foi traçado para 2016.

Figura 5. Prevalência de hipertensão arterial por 1.000 utentes inscritos no ACeS Aveiro Norte de 2010 a 2015. O ponto vermelho corresponde

ao objectivo que foi traçado para 2016.

Figura 6. Prevalência de excesso de peso por 1.000 utentes inscritos no ACeS Aveiro Norte de 2010 a 2015.

Figura 7. Prevalência de abuso de tabaco por 1.000 utentes inscritos no ACeS Aveiro Norte de 2010 a 2015.

Figura 8. Número de embalagens de anti-hipertensores dispensadas no ACeS Aveiro Norte de 2010 a 2015.

27,5

43,7

51,47

60

71,42

94,9

Obj.; 14,2

0

20

40

60

80

100

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

157,6165,3

178,6195,6 199,8

207,7

Obj.; 156,9

0

50

100

150

200

250

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2010 2011 2012 2013 2014 2015

0

20

40

60

80

100

120

2010 2011 2012 2013 2014 2015

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 8

Análise dos desvios - perspectiva das partes interessadas

Parceiros internos – Profissionais das Unidades funcionais do ACeS

Explicações para os desvios relacionadas com:

Ambiente familiar

Para diminuir a prevalência de obesidade, é necessário

o Trabalhar os encarregados de educação, designadamente aumentando a sua literacia alimentar;

o Responsabilizar os Pais; há que lhes proporcionar ferramentas, alertá-los, mas eles têm de procurar

activamente o que é melhor para os filhos;

o Trabalhar os Avós (por exemplo, para perceber que os iced teas contêm cafeína e açúcar e que as

tostas compradas nos supermercados têm muita gordura e muito açúcar).

Políticas saudáveis

Foi identificada a inexistência em Cesar, Fajões, de locais adequados para, por exemplo, correr ou fazer

caminhadas à noite.

São necessários acordos entre as Autarquias e ginásios, protocolos com as Autarquias no âmbito da prática

de desporto direcionada para os diferentes grupos da sociedade (com vantagens na inscrição e

mensalidades). Seria importante, por exemplo, disponibilizar-se hidroginástica.

É necessário aumentar as taxas/ os impostos sobre os alimentos calóricos e as bebidas alcoólicas para

diminuir a prevalência de obesidade.

É imperioso intervir no comércio periescolar.

É necessário reverter as consequências da crise económica, a qual motivou dietas menos adequadas por

razões económicas com consequentes aumentos ponderais.

É necessário repensar a carga laboral dos trabalhadores, a qual não permite a adopção de estilos de vida

saudáveis.

É necessária maior intervenção nas máquinas de vending colocadas nos Agrupamentos Escolares e nos

serviços de saúde.

Houve quem tenha levantado a possibilidade de alguns fármacos terem sido introduzidos no mercado e

advogados por pressão da indústria farmacêutica.

Serviços de saúde

É necessário promover o aleitamento materno.

O facto da causa de morte dos diabéticos poder não ser esta doença mas estar a ser codificada dessa

maneira pode ter contribuído para a não diminuição da mortalidade por diabetes.

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 9

A inexistência de Nutricionista foi frequentemente mencionada como sendo um problema a resolver de

modo a ser possível diminuir a prevalência de obesidade. Enquanto a maioria dos profissionais que o

mencionaram se referissem a intervenções em ambiente de consulta, houve quem especificasse a

necessidade de Nutricionista para intervir na comunidade.

Foi igualmente identificada a necessidade de resposta célere por parte das consultas de especialidade/ a

inexistência de resposta de Endocrinologia. Foi ainda apontada a ausência de resposta por Psicologia (para,

por exemplo, trabalhar a motivação do utente para alterar os seus estilos de vida) e a falta de tempo por

parte da equipa de saúde para procurar colmatar estas falhas. Há, de facto, pouco tempo para, por exemplo,

ensinar os utentes a lerem os rótulos. Os profissionais têm de gastar o recurso tempo com trabalho que não

se traduz em ganhos na saúde para a população.

O grande tamanho das listas de utentes constitui-se como um problema neste âmbito.

A intervenção dos cuidados de saúde nos determinantes da mortalidade por diabetes e da prevalência de

hipertensão e de obesidade só se poderá observar perante um maior tempo de seguimento dos utentes da

própria lista.

Foi mencionada a necessidade de serem dinamizadas sessões de educação para a saúde em grupo

direcionadas a esta problemáticas.

Há limitações funcionais e económicas para o uso de gliptinas, fármacos inibidores da dipeptidil peptidase - 4

(DPP4), no tratamento da diabetes tipo 2.

O grande investimento feito para reduzir a hemoglobina A1C, o qual é advogado nas normas de orientação

clínica, não se traduziu numa diminuição da mortalidade; para tal, terá de focar-se a atenção nos factores de

risco.

A pressão para reduzir os custos associados às unidades de saúde pode ter limitado o acesso a determinada

medicação, uma vez que se pode ter optado por fármacos menos onerosos mas que não contribuem para a

redução da mortalidade, como os diuréticos e os beta-bloqueadores. Os medicamentos genéricos com

associações fixas têm muitas limitações.

A intervenção que tem vindo a ser desenvolvida sobre estas doenças também se traduziu numa maior

sobrevivência de diabéticos e de obesos, o que aumenta a sua prevalência.

Foi igualmente apontado, como obstáculo à diminuição da prevalência de diabetes, o facto de não se

conseguirem codificar as hiperglicemias intermédias, ou seja de perceber rapidamente que utentes têm

risco aumentado de desenvolver a doença.

Instituições da comunidade

É necessário intervir no setor da restauração para incrementar a diminuição da utilização de sal e gorduras

nas ementas.

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 10

Foi identificada uma escola em que foi difícil/ burocrático implementar as medidas diéticas necessárias para

uma criança obesa. Outra Unidade adiantou a necessidade de intervir ao nível das ementas escolares e a de

verificar o comércio peri-escolar.

É necessário intervir junto de alunos, Pais, professores e outros funcionários dos agrupamentos escolares.

É necessário aumentar a carga horária atribuída à Educação Física e Motora.

O facto de a criança que leva para a escola lanches saudáveis não se identificar, por isso mesmo, com o

grupo de pares constitui-se como um problema. São necessários lanches saudáveis iguais para todos.

É necessário que se disponibilize apenas leite branco nas escolas, em vez do leite achocolatado, ainda que

com teor reduzido.

São necessárias mais parcerias com os agrupamentos escolares.

É necessário que os meios de comunicação social divulguem informação sobre estas temáticas.

Outras questões societais

Há que responsabilizar a sociedade pela sua saúde.

Há ainda algumas questões alimentares que a população não aceita como sendo parte do tratamento.

É necessário contrariar o crescente sedentarismo da população.

É também necessário contrariar o seguinte: as crianças têm inúmeros “empregos”, o que implica lanches

que sejam rápidos de desembrulhar e de comer; os que são mais fáceis neste aspecto são os hipercalóricos.

Estas crianças chegam tão tarde a casa que, por vezes, já nem têm fome para jantar adequadamente, de tão

cansadas que estão e de tantas lambarices que ingeriram.

Os utentes que, no passado, tiveram muitas restrições no acesso a alimentos por limitações económicas têm

dificuldade em reduzir, no presente, quando essas limitações estão ultrapassadas, a sua ingestão.

É necessário melhorar a percepção de que a obesidade não é um problema individual, mas antes um

problema da sociedade.

São necessárias campanhas de educação para a saúde no sentido de promover a atividade física e a

alimentação saudável.

Prevê-se ainda um aumento na prevalência de hipertensos e de diabéticos, bem como na mortalidade por

estas doenças.

Questões metodológicas

O horizonte temporal considerado pode ter sido demasiado curto para apreciar alterações na mortalidade.

O aumento nas prevalências de obesidade e de hipertensão arterial traduz uma maior identificação/

atribuição de códigos/ um melhor registo. Ou seja, tratar-se-ão de aumentos que, pelo menos em parte, não

serão reais mas antes que traduzem um melhor diagnóstico destas prevalências na população.

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 11

O aumento na prevalência de hipertensão pode também traduzir a alteração dos critérios para o seu

diagnóstico, contribuindo assim (e de igual modo ao supra identificado) para um aumento que, pelo menos

em parte, não será real.

A hipertensão diagnosticada com base em medições que não por monitorização ambulatória da pressão

arterial, o que se traduz em falsos positivos, pode estar sobrestimada.

Parceiros externos – Conselho da Comunidade do ACeS

Explicações para os desvios relacionadas com:

Ambiente familiar

É necessário consciencializar os Pais para o facto de a autorização para sair da escola à hora do almoço ter

como corolário o recurso a alimentos não saudáveis.

Há que incutir os hábitos saudáveis já nas grávidas.

Políticas saudáveis

É necessário ensinar os Pais a cozinhar de forma saudável. Por exemplo, a Junta de Freguesia de Cucujães

dinamiza sessões de ginástica; há que aproveitar este tipo de iniciativas promotoras de saúde para

igualmente haver lugar à educação alimentar.

É necessário retomar a reflexão sobre a aplicação de uma taxa aos refrigerantes.

O ritmo de vida da sociedade, acelerado e por objectivos, facilita o desenvolvimento de hipertensão.

Instituições da comunidade

Os planos de atividades das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e dos Agrupamentos

Escolares devem estar orientados para a prevenção da doença e para a promoção de hábitos de vida

saudável.

Em ambiente escolar, há que continuar o ensino sobre estilos de vida saudáveis desde a pré-escola até ao

ensino secundário, há que continuar a restringir as vendas de produtos açucarados e com sal, bem como a

disponibilização de alimentos saudáveis (que já existe nalguns agrupamentos, por exemplo, com a oferta de

um copo de leite) e o encerramento dos bares à hora de almoço para incentivar o recurso à cantina escolar.

Outras questões societais

É necessário modificar os maus hábitos alimentares e a preferência por fast food.

É necessário publicitar alimentos saudáveis.

Tem de ocorrer uma mudança no constructo social de que os medicamentos são a panaceia.

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 12

ATUALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO

CARATERIZAÇÃO da POPULAÇÃO

Quadro 2. População residente por local de residência e sexo em 2015

Local de residência

Habitantes

Densidade populacional (nº/Km2) Sexo masculino Sexo feminino Total

Número Var. Número Var. Número Var.

Oliveira de

Azeméis 32.038 -4,2 34.940 -1,3 66.978 -2,7 415,7

S. João da Madeira 10.064 -1,4 11.385 -0,8 21.449 -1,1 2.700,4

Vale de Cambra 10.508 -5,3 11.403 -3,1 21.911 -4,2 148,7

Total (ACeS Aveiro

Norte) 52.610 -3,9 57.728 -1,5 110.338 -2,7 348,76

Notas: Var., variação do número de efetivos em 2015 relativamente ao número apurado no Censo de 2011.

Figura 9. Pirâmide etária da população residente na área geográfica de intervenção do ACeS Aveiro Norte a 31 de dezembro dos anos civis

2011 e 2015.

Figura 10. Densidade populacional (habitantes/Km

2) em Oliveira de Azeméis, de 2011 a 2015.

-55

00

-52

00

-49

00

-46

00

-43

00

-40

00

-37

00

-34

00

-31

00

-28

00

-25

00

-22

00

-19

00

-16

00

-13

00

-10

00

-70

0

-40

0

-10

0

20

0

50

0

80

0

11

00

14

00

17

00

20

00

23

00

26

00

29

00

32

00

35

00

38

00

41

00

44

00

47

00

50

00

53

00

0-4 anos

5-9 anos

10-14 anos

15-19 anos

20-24 anos

25-29 anos

30-34 anos

35-39 anos

40-44 anos

45-49 anos

50-54 anos

55-59 anos

60-64 anos

65-69 anos

70-74 anos

75-79 anos

80-84 anos

≥ 85 anosMulheres 2011

Homens 2011

Mulheres 2015

Homens 2015

410

412

414

416

418

420

422

424

426

428

2011 2012 2013 2014 2015

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 13

Figura 11. Densidade populacional (habitantes/Km

2) em S. João da Madeira, de 2011 a 2015.

Figura 12. Densidade populacional (habitantes/Km

2) em Vale de Cambra, de 2011 a 2015.

Figura 13. Índice de dependência (%) dos jovens por concelho de Aveiro Norte, na região Norte e em Portugal, de 2011 a 2015.

Figura 14. Índice de dependência (%) dos idosos por concelho de Aveiro Norte, na região Norte e em Portugal, de 2011 a 2016.

2680

2690

2700

2710

2720

2730

2740

2750

2011 2012 2013 2014 2015

145

146

147

148

149

150

151

152

153

154

155

156

2011 2012 2013 2014 2015

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

2011 2012 2013 2014 2015

Oliveira de Azeméis

S. João da Madeira

Vale de Cambra

Total (ACeS Aveiro Norte)

Região Norte

Portugal

20

22

24

26

28

30

32

34

36

38

40

2011 2012 2013 2014 2015

Oliveira de Azeméis

S. João da Madeira

Vale de Cambra

Total (ACeS Aveiro Norte)

Região Norte

Portugal

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 14

Figura 15. Índice de dependência (%) por concelho de Aveiro Norte, na região Norte e em Portugal, de 2011 a 2015.

Figura 16. Índice de envelhecimento (%) por concelho de Aveiro Norte, na região Norte e em Portugal, de 2011 a 2015.

Figura 17. Número de nados vivos por concelho de Aveiro Norte, de 2011 a 2015.

Figura 18. Esperança de vida à nascença (em anos) da população de ambos os sexos do ACeS Aveiro Norte, da região Norte e de Portugal

continental, nos triénios desde 1996-1998 a 2011-2013 (sem informação relativa ao triénio 2009-2011).

40

42

44

46

48

50

52

54

2011 2012 2013 2014 2015

Oliveira de Azeméis

S. João da Madeira

Vale de Cambra

Total (ACeS Aveiro Norte)

Região Norte

Portugal

100

120

140

160

180

200

2011 2012 2013 2014 2015

Oliveira de Azeméis

S. João da Madeira

Vale de Cambra

Total (ACeS Aveiro Norte)

Região Norte

Portugal

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

2011 2012 2013 2014 2015

Oliveira de Azeméis

São João da Madeira

Vale de Cambra

Total (ACeS Aveiro Norte)

81,1

81,0

80,8

73

74

75

76

77

78

79

80

81

82

19

96

-19

98

19

97

-19

99

19

98

-20

00

19

99

-20

01

20

00

-20

02

20

01

-20

03

20

02

-20

04

20

03

-20

05

20

04

-20

06

20

05

-20

07

20

06

-20

08

20

07

-20

09

20

08

-20

10

20

09

-20

11

20

10

-20

12

20

11

-20

13

ACeS Aveiro Norte

Região Norte

Portugal continental

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 15

Figura 19. Esperança de vida à nascença (em anos) da população masculina do ACeS Aveiro Norte, da região Norte e de Portugal continental,

nos triénios desde 1996-1998 a 2011-2013 (sem informação relativa ao triénio 2009-2011).

Figura 20. Esperança de vida à nascença (em anos) da população feminina do ACeS Aveiro Norte, da região Norte e de Portugal continental, nos triénios desde 1996-1998 a 2011-2013 (sem informação relativa ao triénio 2009-2011).

Figura 21. Número de desempregados inscritos no instituto de emprego e formação profissional (IEFP), por género.

Figura 22. Distribuição (%) da população residente por nível de escolaridade mais elevado completo.

78,5

77,8

77,6

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

19

96

-19

98

19

97

-19

99

19

98

-20

00

19

99

-20

01

20

00

-20

02

20

01

-20

03

20

02

-20

04

20

03

-20

05

20

04

-20

06

20

05

-20

07

20

06

-20

08

20

07

-20

09

20

08

-20

10

20

09

-20

11

20

10

-20

12

20

11

-20

13

ACeS Aveiro Norte

Região Norte

Portugal continental

83,6

84,0

83,9

76

77

78

79

80

81

82

83

84

85

19

96

-19

98

19

97

-19

99

19

98

-20

00

19

99

-20

01

20

00

-20

02

20

01

-20

03

20

02

-20

04

20

03

-20

05

20

04

-20

06

20

05

-20

07

20

06

-20

08

20

07

-20

09

20

08

-20

10

20

09

-20

11

20

10

-20

12

20

11

-20

13

ACeS Aveiro Norte

Região Norte

Portugal continental

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 16

Figura 23. Distribuição (%) da população empregada por setor de atividade económica.

Figura 24. Pensionistas da segurança social por 1.000 habitantes da população ativa (15 anos de idade ou mais).

Figura 25. Beneficiários do rendimento social de inserção da segurança social por 1.000 habitantes da população ativa (15 anos ou mais).

Figura 26. Criminalidade por 1.000 habitantes.

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 17

Figura 27. Poder de compra per capita por concelho de Aveiro Norte, em 1993, 2000, 2004, 2005, 2007, 2009 e 2011.

Quadro 3. População servida por sistemas públicos de abastecimento de água e por sistemas de drenagem de águas residuais

Abastecimento de água Drenagem de águas residuais

2006 2009 2006 2009

Oliveira de Azeméis 64,7 72,0 40,4 43,0

S. João da Madeira 97,7 100,0 97,7 100,0

Vale de Cambra 70,6 81,0 69,0 81,0

Total (ACeS Aveiro Norte) 72,0 79,0 57,0 62,0

Região Norte 82,5 92,0 66,4 75,0

Portugal 90,3 95,0 77,0 83,0

Quadro 4. População servida por estações de tratamento de águas residuais

Estações de tratamento de águas residuais (ETAR)

2006 2009

Oliveira de Azeméis 24,4 24

S. João da Madeira 97,7 100

Vale de Cambra 69,0 54

Total (ACeS Aveiro Norte) 47,3 45

Região Norte 64,0 65

Portugal 70,7 73

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

1990 1995 2000 2005 2010 2015

Continente

ARS Norte

Oliveira de Azeméis

São João da Madeira

Vale de Cambra

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 18

MORTALIDADE

Quadro 5. Taxa de mortalidade bruta, em 2015

Local de residência Taxa por 1.000 habitantes-ano

Oliveira de Azeméis 9,2

S. João da Madeira 8,6

Vale de Cambra 12,1

Região Norte 9,3

Portugal 10,5

Quadro 6. Taxa de mortalidade padronizada por todas as causas antes dos 75 anos, nos triénios 2009-2011 e 2010-2012

Taxa por 100.000 habitantes menores de 75 anos

2009-2011 2010-2012

HM H M HM H M

ACeS Aveiro Norte 247,8 340,9 165,1 243,3 333,1 163,7

Região Norte 274,4 392,2 171,4 268,8 384,7 167,4

Portugal continental 284,1 402,9 179,7 277,1 394,1 174,5

Notas: HM, ambos os sexos; H, sexo masculino; M, sexo feminino.

Tanto no triénio 2009-2011 como no 2010-2012, a taxa de mortalidade padronizada por todas as causas

antes dos 75 anos na população de Aveiro Norte foi inferior à da Região Norte, tendo esta diferença significância

estatística no sexo masculino e quando consideramos ambos os sexos em conjunto.

Quadro 7. Óbitos de crianças com menos de um ano por local de residência, de 2011 a 2015

2011 2012 2013 2014 2015

Oliveira de Azeméis 2 1 0 0 0

São João da Madeira 0 0 0 0 1

Vale de Cambra 0 0 1 1 0

Aveiro Norte 2 1 1 1 1

Quadro 8. Evolução da taxa de mortalidade infantil (/1.000 nados vivos) por triénios, de 2002-2004 a 2011-2013

2002-04 2003-05 2004-06 2005-07 2006-08 2007-09 2008-10 2009-11 2010-12 2011-13

Taxa de mortalidade infantil 3,5 3,1 2,3 2,4 3,5 4,3 3,3 2,3 1,6 1,7

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 19

Figura 28. Evolução da taxa de mortalidade infantil e componentes por triénios, de 1996-1998 a 2011-2013.

Figura 29. Mortalidade proporcional no triénio 2010-2012, por ciclo de vida para os grandes grupos de causas de morte, ambos os sexos.

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 20

Figura 30. Taxa de mortalidade padronizada, por grandes de grupos de causas de morte, antes dos 75 anos em ambos os sexos (/100.000 habitantes), no triénio 2010-2012.

Esta mesma ordenação da taxa de mortalidade padronizada, por grandes de grupos de causas de morte,

antes dos 75 anos, no triénio 2010-2012, ocorreu no sexo feminino, sendo que no masculino a ordem entre as

doenças do aparelho respiratório e digestivo se inverteu.

Figura 31. Taxa de mortalidade padronizada, por grandes de grupos de causas de morte (nível 2), antes dos 75 anos em ambos os sexos (/100.000 habitantes), no triénio 2010-2012.

Figura 32. Taxa de mortalidade padronizada, por grandes de grupos de causas de morte (nível 3), antes dos 75 anos em ambos os sexos (/100.000 habitantes), no triénio 2010-2012.

No triénio 2010-2012, as causas com taxas de mortalidade padronizadas para a idade na população de

Aveiro Norte com idade inferior a 75 anos que foram estatisticamente superiores às da região Norte foram:

- Tumor maligno do tecido linfático e orgãos hematopoéticos - para ambos os sexos;

- Lesões autoprovocadas intencionalmente (suicídios) - para ambos os sexos e para o sexo masculino;

- Acidentes de transporte e destes os acidentes de veículos a motor – para o sexo feminino.

11,2

14,4

14,5

19,1

30,8

41,4

93,1

0 20 40 60 80 100

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas

Doenças do aparelho respiratório

Doenças do aparelho digestivo

Causas externas de mortalidade

Sintomas, sinais e achados anormais não classificados

Doenças do aparelho circulatório

Tumores malignos

3,0

5,0

7,0

7,2

9,0

10,0

11,5

21,0

30,0

0 5 10 15 20 25 30 35

Tumor maligno do lábio, cavidade oral e faringe

Acidentes de transporte

Lesões autoprovocadas intencionalmente (suicídios)

Tumor maligno dos ossos, pele e mama

Tumor maligno de outras localizações e de local. não esp.

Tumor maligno do tecido linfático e orgão hematopoéticos

Tumor maligno dos órgãos geniturinários

Tumor maligno do aparelho respiratório

Tumor maligno do aparelho digestivo e peritoneu

0,3

1,1

1,8

2,7

3,8

4,5

4,7

5,0

7,0

9,8

10,0

10,3

14,1

15,2

18,8

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Tuberculose

VIH / sida

Tumor maligno da bexiga

Tumor maligno do pâncreas

Tumor maligno do esôfago

Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)

Pneumonia

Acidentes de veículos a motor

Doença crónica do fígado e cirrose

Tumor maligno do cólon e reto

Tumor maligno do estômago

Diabetes Mellitus

Doença isquémica do coração

Doenças cerebrovasculares

Tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 21

MORBILIDADE E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Figura 33. Percentagem de nascimentos pré-termo, 2000-2013 (média anual por triénios).

Figura 34. Percentagem de crianças com baixo peso à nascença, 1996-2013 (média anual por triénios).

Figura 35. Proporção de recém-nascidos de termo (≥ 37 semanas completas de gestação) de baixo peso (< 2.500 gramas), com parto em unidade hospitalar e alta durante 2015, residentes na área de abragência de cada ACeS da ARS Norte.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

00-02 02-04 04-06 06-08 08-10 10-12

%

Continente ARS Norte ACeS Aveiro Norte

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

96-98 98-00 00-02 02-04 04-06 06-08 08-10 10-12

%

Continente ARS Norte ACeS Aveiro Norte

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 22

Quadro 9. Número de casos confirmados de doenças de declaração obrigatória aprovadas pela Portaria n.º 1071/98 de 31 de dezembro e pelo

Despacho n.º 5681-A/2014 de 21 de abril notificados ao Delegado de Saúde em 2012, 2013, 2014 e 2015

2012 2013 2014 2015

Campilobacteriose 0 0 2 7

Doença dos legionários 2 3 0 0

Doença invasiva meningocócica 2 0 1 1

Doença invasiva pneumocócica 0 0 0 1

Gonorreia 0 0 0 1

Hepatite B 0 0 2 6

Hepatite C 0 0 10 1

Lepra 0 0 1 0

Leptospirose 0 1 0 0

Listeriose 0 0 1 0

Malária 0 1 0 2

Outras salmoneloses 0 0 3 0

Sífilis 0 0 2 1

Tosse convulsa 2 3 0 1

Tuberculose 24 15 13 10

VIH/SIDA 0 0 3 12

30 23 38 43

Relativamente à comparabilidade entre doenças no ano de 2015, importa notar as orientações que as

Autoridades de Saúde receberam (em Outubro desse ano) no que respeita à validação dos casos:

“Os casos com data de diagnóstico no ano imediatamente anterior ao ano de notificação serão considerados até

ao encerramento das bases de dados – 30 de Março (por ex. casos com ano de diagnóstico 2015 e notificados até 30 de

Março de 2016 serão considerados). Excetua-se deste procedimento as notificações de VIH/SIDA e Tuberculose que são

consideradas independentemente da data de diagnóstico de acordo com a estratégia de vigilância dos respetivos

programas. . . . No caso particular da infeção Hepatite B e C deve observar-se que se considera os estadios agudo e crónico,

bem como na infeção VIH/SIDA se considera os estadios infeção VIH e SIDA, como estadios distintos da doença, que

interessam monitorizar e não de uma duplicação de notificações.”

Ou seja, os casos de hepatite B e C, de tuberculose e sobretudo de VIH/SIDA estão sobrestimados em relação

às outras doenças.

Figura 36. Evolução entre 2011 e 2015 dos seis grupos de doenças mais prevalentes nos utentes inscritos no ACeS Aveiro Norte.

Notar a este propósito que, em 2015, a percentagem de consultas no ACeS com pelo menos um código da

Classificação Internacional dos Cuidados Primários (ICPC) preenchido foi 98,6 %.

0

50

100

150

200

250

300

350

2011 2012 2013 2014 2015

alteração do metabolismo dos lípidos hipertensão arterial

abuso de tabaco perturbações depressivas

obesidade diabetes

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 23

Figura 37. Evolução entre 2011 e 2015 dos seis grupos terapêuticos com maior número de embalagens de medicamentos dispensadas aos utentes do ACeS Aveiro Norte.

Figura 38. Episódios de internamento hospitalar com realização de amputação major de membro inferior em diabéticos por cada 10.000 residentes na área de abragência de cada ACeS da ARS Norte.

Figura 39. Episódios de internamento hospitalar por doença cerebrovascular, com data de alta em 2015, por 10.000 residentes na área de abragência de cada ACeS da ARS Norte com menos de 65 anos.

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.000

500.000

2011 2012 2013 2014 2015

Aparelho cardiovascular Sistema nervoso central Sangue

Doenças endócrinas Aparelho locomotor Aparelho digestivo

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Avaliação do Plano Local de Saúde

Aveiro Norte 2011-2016 24

COMENTÁRIOS À ATUALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

Para o planeamento das intervenções na comunidade de Aveiro Norte, nomeadamente no que diz respeito

às atividades desenvolvidas pelos diferentes actores da saúde e do serviço social, importa destacar as seguintes

características da população:

- O seu envelhecimento tem como consequência o aumento do peso social dos dependentes;

- Apesar da taxa de mortalidade antes dos 75 anos ter sido, nos dois últimos triénios, inferior à da região

Norte e à do continente e da esperança de vida à nascença ser, quando consideramos o sexo masculino ou os dois

sexos em conjunto, superior à da região e à do continente, o mesmo não se passa com a esperança de vida à

nascença do sexo feminino; para além disso, a esperança de vida à nascença da população de Aveiro Norte, ao

contrário do que tem acontecido com a da região e a do continente, diminuiu entre os dois últimos triénios;

- No triénio 2010-2012, dos 5 aos 44 anos, o que mais matou na população são as causas externas

(codificação que inclui os acidentes, as lesões autoprovocadas intencionalmente, as agressões, as intervenções legais

e de guerra e algumas complicações da assistência médica); dos 45 aos 74 anos, foram os tumores malignos,

seguidos das doenças cardiovasculares;

- No mesmo período, dos tumores malignos como causa de morte antes dos 75 anos, destacam-se, por

ordem decrescente de taxa de mortalidade padronizada (por 100.000 habitantes), os das seguintes localizações:

Traqueia, brônquios e pulmão (18,8), o qual mata mais que as doenças cerebrovasculares (15,2),

que a doença isquémica do coração (14,1) e que a diabetes (10,3)

Orgãos genitourinários (11,5)

Estômago e tecido linfático e orgãos hematopoéticos (10,0)

Cólon e reto (9,8)

Ossos, pele e mama (7,2); estes tumores têm valores de taxa de mortalidade padronizada

superiores aos suicídios e à doença crónica do fígado e cirrose (7,0), e aos acidentes de veículos a

motor (5,0);

- Ainda no triénio 2010-2012 e antes dos 75 anos, o tumor maligno do tecido linfático e orgãos

hematopoéticos (ambos os sexos), os suicídios (ambos os sexos e sexo masculino) e os acidentes de veículos a

motor (sexo feminino) causaram mais mortes na população de Aveiro Norte do que na região Norte de forma

estatisticamente superior;

- A proporção de crianças com baixo peso à nascença tem aumentado e regista valores superiores aos da

região Norte e do continente;

- Dos seis grupos de doenças mais prevalentes nos utentes inscritos no ACeS Aveiro Norte, a alteração do

metabolismo dos lípidos, a hipertensão arterial, o abuso de tabaco, a obesidade e a diabetes continuam a

aumentar.

Todas estas causas de morbimortalidade se constituem, pois, como problemas de saúde a priorizar e cujos

DETERMINANTES importa identificar, de modo a serem definidas as NECESSIDADES DE SAÚDE da população.

RECURSOS da COMUNIDADE

Estes recursos podem ser consultados no PLS 2011-2016.