44 quinta categoria - terceiro subgrupo - casos 3

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Quinta categoriaAnimais e pressentimentos de

morte

Terceiro subgrupo

Casos 03

A senhora Carita Borderieux, atualmente diretora da revista Psychica, publicou na Revue Scientifique et Morale du Spiritisme (1918, pág. 136) um artigo sobre os pressentimentos de morte nos animais e do qual extraio estes três casos reunidos pela própria autora:

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“Primeiro caso:

Uma de minhas amigas morava em Neuilly-sur-Seine, onde morreu de tuberculose. Sua agonia foi perturbada pelos sinistros ganidos de um cão das vizinhanças. Os pais da doente, desesperados por não poderem silenciar o animal, normalmente calmo, deram ordem para que levassem até ele um pedaço de carneiro que tinham acabado de preparar. Tentativa inútil: o cão desprezou o suculento pedaço e continuou a “gritar para a morte”.

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Segundo caso:

O senhor Marcel Mangin, famoso pintor e psiquista, morto em 1915, tinha um cão dotado da faculdade de pressentir a morte das pessoas da família. Antes mesmo que o doente pudesse causar preocupações às pessoas que estavam a sua volta, o animal se punha a ganir de maneira estranha, tanto que acabavam notando as previsões e se assustando com elas.

O senhor Marcel Mangin teve morte súbita por embolia.

Ora, no dia anterior, enquanto nada fazia prever uma morte tão próxima, o cão se pôs a ganir de maneira significativa.

– Que quer dizer este cão vil? – perguntaram-se o senhor e a senhora Mangin.

No dia seguinte, o pintor estava morto...

Assustada e injusta, é preciso admitir, a senhora Mangin sacrificou o animal.

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Terceiro caso:

A senhora Camille, célebre vidente de Nancy, contou-me que tinha tido uma cachorrinha dada a exteriorizar pressentimentos de morte.

O marido da senhora Camille estava doente há muito tempo, mas, embora seu estado não apresentasse nenhum agravamento, o animalzinho se meteu subitamente embaixo da poltrona onde ele se descansava e se pôs a emitir um uivo lamentoso.

– Que tem esse animal? – disse o doente. – Dir-se-ia que ele anuncia minha morte...

Acalmaram o doente e afastaram o animal. No dia seguinte, o marido da senhora Camille faleceu.”

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Dos três casos citados pela senhora Borderieux, o que envolve o falecimento do senhor Marcel Mangin, psiquista bastante conhecido, é o mais impressionante; primeiramente, porque envolve uma circunstância análoga àquela do caso precedente, ou seja, o cão começou a “ganir para a morte” quando seu dono ainda gozava de excelente saúde e nada podia fazer prever a iminência de seu fim; em segundo lugar, porque soubemos através desse relato que o mesmo cão já tinha, noutras ocasiões e da mesma maneira, anunciado acontecimentos iminentes demorte na família.

No primeiro dos três casos citados, não podemos deixar de achar característico o incidente do cão que recusa um pedaço de carne suculento, preferindo não interromper seu misterioso mandato de “uivar para a morte”. Diríamos que nestas ocorrências os animais se encontram em condições de semisonambulismo,em que o automatismo subconsciente, ao comandar o campo de consciência deles, torna-os insensíveis a algumas tentações dos sentidos que seriam irresistíveis numa situação normal.