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^-_yT«3_£?f"'-* w .-, _. *- - _________ ^^H ___^^_____________ ______ ^m_||UM||0^^ I * ^HI _________! ________________ ______¦ _________ ¦__. . ^^p\/**ff^^^" W JWrWf m * BEDICÇiO, IDMINISTHiÇÃO E OFFICINAS 16—Praça da Independência—17 LADO DA AVKHIDA l6 DB NOVEMBRO, _M BBLKtá TELEPHONB _33 n>—— ESTADO BO PARI —ESTADOS UNIDOS 10 BRASIL ISSIGNITÜRiS PARA A AMAZÔNIA Semestre ._ lõfooo Anuo 309000 Pagamento, assim de assignaturas como de qukesquer publicações, adiantado,^. ' Absolutamente imparcial, a FOLHi DO I0RTE recebe e publica todos e qnaesquer artigos, noticias'e informações, comtanto qne lançados em termos convenientes. ISSIGNITÜRIS PARA TORA DA AMAZONIA Semestre 20$ooo Anno . 381000 NUMERO AVULSO DO DIA NUMERO ATRASADO . . . 120 RS. 50O » DOMINGO, 14 de março de 1897 Morro o viscomlo do Souza Pontos (1893) Anno 2.°Rum. 438 Recebem-se publicações até as 8 horas da noite. _ »>¦. ç -. •-%*? ) EDIÇÃO ROSA Duyíí ¦ l _¦__.! .#! _>_u2 l-_ í»' 7 L.,- pois é possivel qae __15 'te'- nha comprehendido ainda ? E' possivel que ao passar por mim, não ouça as pancadas fortes do meu coração? . ^ Emquanto, se lhe tomoS a mao, acho-a sempre impassivel, jamais estremeceu den- tro da minha essa pequenina m_o que de- via dar aos meus lábios, que a bocea re- cusa, o beijo de misericórdia.f Olho-a quando a vejo distraída, olho-a; mais duma vez seus olhos me teem sur- prehendido nessa contemplação, sem, to- davia, demonstrarem ter percebido o que se passava em minh'alma. Que hei de fazer para que ella saiba do meu amor? Como dizer-lh'o ? Se a vejo andar sigo- lhe os passos, as flores de que ella fala sao as minhas flores, o que ella festeja eu amo... Deus meu, pois é possivel que n„o te- nha comprehendido ainda? Sem vêl-a sin- to a ausência de mim mesmo, falta-me tudo e tudo me aborrece... mal a encon- tro estremeço e soíTro, mal a encontro. Penso em evitai-a, penso em esquecei-a, mas esquecer a vida é quasi um crime e ella, força é dizei-o, é a minha vida. Tudo tenho tentado: quando ella fala inclino-me para ouvil-a e se a vejo em silencio, os olhos baixos (oh presumido coração!) che- go a cuidar que ella indifferente e fria, pensa em mim Deus meu, que hei de fa- zer para que ella me comprehenda? Seu nome nao me sai dos lábios, nao o pronuncio alto, aspiro-o, levo-o á minh'al- ma como um canto, para acalental-o e, no meu coração, como em um berço, mi- nh'alma adormece embalada por esse can- to. A's vezes tenho Ímpetos de confessar- lhe tudo, olho-a, mas encontro o seu olhar tao frio que... Deus meu, pois é possivel que nao te- nha comprehendido ainda? A' noite meu pensamento povoa-se com essa estatua: sao os seus olhos, é a sua bocea, sao os seus cabellos, é o seu sorriso, é a sua voz, é o seu andar... como ha tantas seducções em uma mulher, e porque n3o tens força, coração, para resistir aos sortilegios desse formoso e desejado inferno ? Vive, na The- baida do peito; faze-te forte, asceta; faze- te bem Lrte para que t_ nao seduzam mais os seus encantos. Mas nao, apenas ouves o seu passo, ficas submisso e humil- de e, para que te contenhas, as mais das vezes, forçâs-me a evital-a. Achou-me pai- lido e doentio, certa manha e falou-me. Que lhe disse eu ? nao sei, me nao lem- bro. Melhor seria que eu ali mesmo lhe tivesse dito a razão da minha pallidez en- ferma, Se eu lhe falasse? Mas... qium sabe?l Quem sabe se ella, como eu, nao scffre em silencio? Quem sabe se ella, também nao me procura n'àlma o segredo que eu guar- do dolorosamente ? Por vezes tenho sur- prehendido seus olhos negros fitos no meu rosto. Quem sabe se ella também, á noite, recolhendo, nao terá, muita vez, soluçado fremente: Deus meu, pois é possivel que nSo tenha comprehendido ainda ? COELHO NETTO. CARNETS para baile, cartões para con- vites e participações, e papel de fantasia para cartas n3o ha sortimento igual no Pará ao da livraria commercial. Rua Conse- lheiro Joao Alfredo, n.° 12.(d l Folhetim da Folha do Norte—14-3-97 O Livro da Saudade (excekpto) Para o céo ! —Vamos passear, Bertha ? e attrahi para sobre os joelhos aquella j iasinha, o thesouro dos meus amores. Olhou-me com a meiguice que os pães sabem divisar nos seus cherubins, enlaçando- me em- torno do pescoço os bracitos rosa- dos... —Vamos aquelle jardim que tem muitas flores, muitas ? E despontou nos seus labich ura beijo que eu fui colher soffrego. —Porque será que os outros jardins n3o s3o lindos como aqueüe ? —E potque será que as outras crianças n3o s3o lindas como tu ? ²Mas custa muito a crear as ílorinhas, custa ? Aquellas que trouxe domingo a mama? ²Se custa, Bertha ! E's também uma flor, O mimo e tnlevo d'esse paraizo que é o meu lar, uma aurora de esperanças ainda mal desabiochando para a existência; e nao pre- sentes os desvelos com que te cerco, os an- ceies que metoiluram quando estás doente ? —As florinhas também adoecem, também roeírera ? Emma Wíli/i.í íi.i-u t :¦(, —Tome o meu coração de 14 annos, ame-o, que elle sempre fiel o amará;—isto me disse um dia a sonhadora Emma, p*ssando ás mi- nhas mãos a pequenina e sangrenta viscera que ella acabava de arrancar do seio ! —Agora dê-me o seu. Quero fazel-o fe- liz; quero dar-lhe a provar os gozosjmais re- quintados do Amor e do Prazer,—murmu- rou ella ainda. E, que perfume e doçuras ti- nham a sua voz ! Assim o cumpri. A's suas mãos, que aíTa- gani e martyrisam, passei o meu ingênuo, puro e amoroso coração de 21 annos, com todas as illusões e sonhos do primeiro amor; —e em troca recebi o seu.. . , ?Aninhei-o no lugar do outro, do meu ; e, iei-lhe carinhos, affectos sinceros, as minhas alegrias; e fiz desse volúvel coração de 14 annos o único sonho de gloria que minh'al- ma anhelou, na embriaguez dessa posse que eu cria perfeita e absoluta. E nunca,—eu o juro!—nunca desviei o olhar e o espirito_.de sobre elle; por que esse bello e amado coiaçao era Emma, e Emma .foi sempre pâxa"mim o encantamento, a pro- messa de melhores dias, a vida, o paraizo!... Longos annos tive-o commigo ; mas nun- ca—uma vez mesmo que fosse!—senti-o bater de amor por mim dentro do peito I « Esse coração é falso. Emma te enga- na ... » murmuravam todos; e eu cria-os mentirosos I «A prova ?»—pedia-lhes; e a prova tive-a eu hoje quando, arrancando-o do peito,— abri o, e achei—esse formoso coração, que eu tanto aderava e que tantas vezes me tra- hira, cheio, bem cheio dc mentiras, votos falsos, perfidias e ódio, até ódio ! então, e num supremo esforço, 6 que eu resolvi desfazer-me delle, desse falsário amigo . . . Menos dolorida, porém, que a chaga que a ingratidão de Emma me rasgou n'alma, será a atroz vingança do remorso a lacerar- lhe a consciência, porque a minha bem-ama- da teve um dia a feliz idéa de trocar o seu perjuro coração pelo meu, com todas as suas illusões douradas, os sonhos do primei- ro amor e a abundância do meu eterno per- dao a absolver-lhe os crimes de suas conti- nuas traições, perfidias e mentiras . . . AGOSTINHO VIANNA. Teu olhar* Eu tenho visto cândidos olhares rubros dos mais puríssimos fulgores, eu tenho visto aos centos e aos milhares verdadeiros olhares multicores; Eu tenho visto muitos centenares cheios dos mais santíssimos amores, eu tenho visto, emfim, milhões de pares os mais bonitos e 03 mais seduetores; Entre esse immenso e grato cataclysmo de olhares meigos, innocentes, bellos, por um somente em lagrimas me abysmo: E esse é o teu, suavíssima senhora, a cuja luz meus últimos desvelos scintillam mais que o alvorecer da aurora. (Das Amorosas, no prelo). JOÃO DE ALMEIDA. —Já se sabe. Cada uma que tu vaes co- lher, minha travessa, é uma vida que se es- tiola, é uma sepultura que rasgas a essas pé- talas mimosas. —As que nSo fazem maldades também vao para o céo como nós ? —Também. Para o céo 1 E haverá outro céo mais pia- cido e venturoso que este onde vivo ? Sahimo.. Eu ia jovial, feliz, com a minha Bertha pela mao, receioso de a perder, so- bresaltado que m'a roubassem. A mãe veio espreitar-nos á janella; olhei para cima edis- .se-lhe adeus, com um soniso muito vaidoso que significava: —Cá vou com a Bertha, com a nossa Ber- tha ! Caminhamos logo, mas, ainda ao virar a esquina, tornei a olhar para traz, espiando o ciume da querida companheira que ficava tm casa, fazendo-lhe negaças com a minha felicidade. —Oh 1 como a rua me parece acanhada, mesquinha, para conter dois entes de tal fóim. venturo.os! E no i.lto, um snl muito vivo, muito ri- dente, parece que até inundava de luz a mi- nha alma ! Visinha. besbilhoteiras inveslig.vara-nos a coberto das petsianas ou por detraz das cortinas; eu, sem a.tentar nasvisinhas besbi- lhoteiras, para que nao houvesse de as cum- piimentar, ia carregando um sobi'olho de ferocidade. Estariam a .«.bicar a minha Bertha ? 00_STT_R__VSTES oi -((_>!__;_ íii ,__,..__.. íi__ ciOK-3 .__£. _ ,_wá-<wb Vagava per^„M]aa^(ixupsas... Nas jarras, quanta áriemona defuneta! Nos gueridons agonisavam rosas. \wi{-6 'iwnuaji. q;u_., ._ ..obislèStifi ___{3 òb .oí.-_j_ -¦'¦*"> _6 daíb-arnoS .¦__" O -.. VULTOS REPUBLICANOS Sobre o fauleuil a loura Estremecida, Tendo no cilio a lagrima primeira, Talvez revia as paginas douradas Do romance da vida que vivera. A meiga rola que buscava o ninho, Talvez pungida pelo rosto d'ella, P'ra vêl-a rir tamboreava o bico Sobre as vidraças"'-verdes da janella. Viam-se ali sepultos na poeira Velhas árias, riquíssimos enfeites, Crayons quebrados, rendas da Bretanha, Piincipios de aquarella e braceletes. Pouco além do divan, sobre um consolo, Cheio de cravos murchos e lianas, Manon Lescaut dormia inconsciente Bem ao lado das Horas Maríanas. E sobre a estante do piano antigo, Que aquella saia outr'ora harmonisou, Estava posta Do na Juanita Junto da Ave Maria de Gounod. E perto d'uma carta abandonada, —Das juras da paixão cheiroso erário— Viam-se ao lado de canteis poeirentos As contas desfiadas de um rosário. De um quadro, ao fundo, de caixilhos toscos O Louro Hebreu estava a agonisar, E d'outro além, de fulgidas molduras, Avultava o festim de Balthazar. O caprichoso gênio do contraste Em toda aquella câmara brilhava: Ora a lagrima estava junto ao riso, Ora junto ao soluço o beijo estava! (Excerptodo prefacio da obra que, com o titulo acima, e como contribuição para a educação cívica da mo- cidade paraense, será lançada á publicidade). ,io-4 dm.ivro de combate o que se vae iV. G^rtfjÇíáííS^W umP'do painel posto deante aa mòciaSUelámazonica, afim de n'elle re- verenciar aquelles que por seu civismo e por suas inabaláveis crenças, obreiros da verda- de, tao poderosamente concorreram para o advento da jornada gloriosa de. 15 de No- vembro. Formar o coração das crianças pelo exem- pio, modelar-lhes a alma com o estimulo d'aquelles cujos nomes o povo repete como uma prece—eis a santa missão que.nos com- pete, deixando-lhes como legado precioso uma pátria livre, composta de cidadãos que pelo amor ás leis, amem também a Republi- ca que os egualou. Depois das tremendas hecatombes que ensangüentaram a França, e que a historia indica pelo nome suggestivo de Terror, Vi- ctor Hugo aíürmára com profunda verdade : « a libertação das consciências e em seguida a libertação dos povos, eis a tarefa sublime que o século XIX realiza». .. E essa libertação de consciências de que fala o sublime exilado de Jersey, outra cousa nao é senão o preparo de cidadãos dignos para uma pátria também digna. Essa missão é nossa, dos contemporâneos, dos que mau grado as vicissitudes por que passou a Repu- blica, ainda quando simples idéa em propa- ganda, souberam affirmar por actos e por exemplos o que vale a firmeza de crenças, de quanto é capaz o homem consciente de seus direitos, forte pelas convicções de seu ideal. Vamos arroteando a seara, que nossos vindouros tei ao de colher. O egoismo atro- phia. Desgraçados os que nao quizerem concor- rer com seu contingente para o engrandeci- mento da Pátria republicana I Sobre dois vasos, no balcão florido, Da janellinha de onde o mar se via, Emquanto um lyrio pallido murchava, Uma saudade as pétalas abria. Em frente ao busto d'uma soror presa De mysticas ternuias,—indiscretas, Azas atilando em musical ruido, Connubiavam duas borboletas. D'um contador no mármore vetusto, Onde expiravam cactos e bromelias, Graziella devera estar corando, Pousada junto á D ama das Camelias. Pelas cortinas do cheiroso leito De pau-setim, finíssimos lavores, Vagueava o fantasma lacrimoso Dos seus últimos sonhos peccadores. Tudo ali me falava que essa estância, Onde o contraste palpitava vivo, Era de antigas, mortas alegiias, O lacrimoso túmulo festivo! Dir-se-ia a tarde uma harpa peregrina, Replecta da mais fulgida magia, D'onde a Natura,—triumphal maestro— Arrancava suspiros de harmonia! JOÃO DE DEUS DO REGO. . . Este livro é uma obra de fé, um legado de ver- dades e de ensinamentos â mocidade da mi- nha terra, para que aprenda na vida dos ho- mens que elle com fidelidade registra, a bem amar nossa Pátria e a saber levar pelo futu- ro em fora a sagrada tradição da querida terra paraense. ESTEPHANIO BARROSO. _N"a primavera Canta. Resurge em festa a Naturesa, E á luz do sol ridente, á luz sadia, Revive o campo e toda a pradaria Faísca e fulge alacremente accesa! No coração de cada flor ha presa Doce e subtil caricia que extasia A borboleta errante... E a symphonia Da passarada irrompe de surpresa . ., Paira por tudo a nota electrisante D'uma alegria ingenita, cantante I... —Bella epopéia ideal I Felicidade, Que a vida encanta, anima e revigora!... —Mas, porque a vida em breve se evapora? —Porque nao dura sempre a mocidade ? PERES JÚNIOR. | Solteiro o solteirão Polydoro tem 30 annos, é rico e solteiro duas coisas muito boas e geralmente apre- ciadas. Se lhe perguntar porque nao casa, ri-.e e responde que é porque ninguém o quer; na realidade é elle qiie nao quer ninguém. Nao lhe falem em casamento, é coisa que aborrece. Casar! para quô ? Penhorar a sua liberdade, ter horas certas para comer, recolher a casa, doimir Nao, solteiro é melhor. Por emquanto quer ficar livre, quer gozar, e elle a esta palavra gozar, uma extensão illimitada. Ninguém melhor que elle a com- prehende. Considera a mulher como uma boneca, um brinquedo de estimação com quem a gente se diverte. Nao sei porquê, mas é o ai Jesus ! de quantas moças ha. Elle, o cruel, o ingrato, nao faz caso ; ha tantas! Se de cada uma acceitasse um cabello, ti- nha com que fazer macia almofada para, nas suas horas vagas, descançar a cabeça e so- nhar novas conquistas. E' de todas as festas, de todos os diverti- mentos. Em faltando eHe, falta tudo. Vejam n'esta sala como tudo está triste, sem sabor. Ha muita gente, mas falta al- guem : Polydoro nao está. De repente fica tudo alegre, animado, por- quê ? Polydoro entrou. Com quem dansará ? com aquella loura «mignonne» ou com esta elegante morena ? A anciedade é geral; sao tantas as invejo- sas! ii Elle dansa tao bem ! Como tudo o que faz é bem feito: até calado é interessante. Nao admira, é solteiro ! E' amável, delicado, attencioso com as moças bonitas e . . . ricas. Com as feias e pobres é mordaz, satyrico indiíTerente. Mas com todas é cortez. Muitas alimentam n'um cantinho do seu coração uma vaga esperança, uma illusao: ser ama- do por elle; casar com elle ! Tempo perdido. Polydoro nao gosta de ninguém, ama a si próprio. Elle nao é "feio; ha mesmo quem o ache sympathico. Também sou d'esta opinião. Uns gabam-lhe o olhar; outros o sorriso e a belleza dos dentes. Tem um modo de passar a mao no farto cabello e torcer o bigode que é d'elle. Em questão de ioilette, é um verdadeiro pelit-maitre. O seu quarto é um mimo. Em matéria de luxo e conforto, reuniu tudo o que ha de mais agradável. So(íi,poufs, cadeiras de balanço, de braços, chaises-lon- gues, preguiçosas, têle à tête, almofadões tur- cos; ha de tudo: um verdadeiro museu. E o toucador então ! Essências de todas as qualidades: para o lenço, para o cabello, para a cara, para as mãos .... Escovas de todos os feities. Pentes de todos os tamanhos. Na banca de cabeceira, uma bandeja com vinhos finos e licores. Ao da cama, o ultimo romance do dia, O Polydoro I Ah ! o Polydoro ! Teria muito mais que dizer; mas nao que- ro; Breve veremos o reverso da medalha. Agora, nada lhe falta; é moço, é rico, é solteiro. Feliz Polydoro I MARGOT. (A seguir). I A's portas das lojas assomava geri!., e ha- via de jurar que todos segredavam : —La vae elle. vae elle com a filha. Uma criança tao galante ! Um anjo ! E esta ultima palavra ressoava a meus ou- vidos, nitida, repetida como um echo divino ! Um anjo! Até me suppunha caminhar para o céo, guiado pelamaosinha de um cherubim! Cer- tamente era ella que me conduzia. nem lhe escutava 03 passos miudinhos que antes retiniam sobre a calçada, como n'uma placa de ctystal. Um débil sopro vinha ao embate do meu rosto afogueado em júbilo; era o movimento das suas azas que o produzia. Na terra d3o ha d'estes prodígios, nao. Era para o céo que iamos... Ao termo da calçada, umas senhoras vi- nham cruzar-se comnosco. Nao tiravam os olhos da minha Bertha, sorriam-se, diziam palavras baixinho... Quem me dera saber o que ellas diziam ! Ao passarem junto a nós, detiveram-se, beijaram a criança, os meus enl.vos, emquan- to eu, coittjando-a., tinha a vida suspensa de taes caricias, e mal reprimia as lagiimas orgulhosas que vinham a toldar-me os olhos. Seguimos. Para o céo 1 Para o céo I... De quando em quando, eu dirigia a Ber- tha phrases banaes, perguntas infantis,como se fosse um pequenino companheiro da sua edade. -Ella ria-se muito, ura rir crystallino, um rir de criança, como eu nunca ouvi. Oh ! nunca, nunca mala ouvi I Passou um homem, trajando pobremente. Elle, porventura entregue á sua desdita, nao reparou em nós; entregues a tanto gozo, tam- bem não cuidamos n'elle, e a minha querida foi embaraçar-se na sua frente. Que ódio eu tive ao pobre homem ! Des- cuidado ! Mau ! Nao vêr a Bertha ! Nao vêr a minha filha 1 —Magoou-te ? Magoou-te ? Disse que não, mas como acredital-o ? —Nem ao menos te enxovalhou o vesti- do, amor ? ... Para o céo! Para o céo !.... N'aquella tarde ella colheu muitas flores, qual mais louça, qual mais cândida. O jardineiro era um bom amigo das cri- ancas. Como ellas o estimavam, apesar da sua barba inculta e mãos callosas de gigante de pedra! Nao fugiam aos seus beijos, ain- da que a tal barba inculta lhes magoasse os rostinhos cândidos; mas também não fugiam de lhe acceitar um cacho de jasmins, tão vi- çosos, tao fragantes, e que elle sabia esco- lher a primor. estava o bom jardineiro esperando- nos, com uma braçada de flores, mal nos enxeigou. —Tintas, tantas ... Estas sao para a ma- ma, sim ? Quiz que eu ficasse n'um banco a guardar-lhe o thesouro, emquanto ella ia correr, emquanto ia brincar com outras cri- ancas que vinham chegando. —Ve se cahes, louquinha I e dei-lhe um beijo como talisman de alguma graça. De uma vez, ouvi-lhe dizer ás compa- nheiras: —¦%' o meu papai Ellas fitaram-me curiosas, e, de concerto Com o chilrear das avesinhas eu ouvia um coro: . —E' o papá de Bertha. Ainda é novo, ainda é novo... O bando nao me perdia de vista, e eu sentia-me confundido, como se estivesse no banco dos réos em tribunal im- placavel! passam, vao os pequeninos juizes a inquitir-me: —Tens um ar tao sério ? Tu ralhas com a Bertha? Compras-lhe muitos brinquedo»? Quando lhe dás outro vestido novo ? Es bomsinho como o meu papá ? E tinha receios que me condemnassem, que fossem imaginar não ser eu muito ami- go da quetida Bertha 1 Desejava chamal-as, envolvel-as em afagos e mimos, para as con- vencer que era eu o melhor dos papás, o melhor dos amigos; e havia de compellir a Bertha, carinhosamente, por meio de pala- vras suaves, a declarar-lhes ali mesmo, na minha presença, que eu era doido por ella ! Se eia! Como eu estou velho agora I S3o _s ruinas de um passado bem feliz, e a única ventura que me resta é a saudaHp gratas memórias de horas que df "' entre amargura? e deleites./ vou para o iardim - * tao lindas florejai mas de outtcf tulipas, n'\xa^ gante. A' sombra jj nheço lhe a I C_¦?¦""¦ ¦' --V.." mas eu nao sou o mesmo de então, p bres ruínas de um passado bem feliz. Como este Armamento é sombiio e taci- turno ! Foi-se o azul vibrante, garrido, que vestia o céo da minha mocidade. Agora, até o céo é fúnebre! Naov estas flores também nao s3o as mes- más, nao attrahem as crianças e as mari- posas... O jardineiro conheceu-me, veiu falar-me, olhando com veneração estas pobres ruinas de um passado bem feliz. Perguntou pela Beitha. Era tao amigo d'ella! A Bertha! E eu qn'¦>..oroinettido não me recordar, nãr —Foi para o cér Afa'stei me d'al; homem que vi' ainda gottejan*' Nao, nao.,.' deu-me fló/ as sauf3" lhar.< m niy c -'..'!

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BEDICÇiO, IDMINISTHiÇÃO E OFFICINAS16—Praça da Independência—17

LADO DA AVKHIDA l6 DB NOVEMBRO, _M BBLKtá

TELEPHONB _33n> ——

ESTADO BO PARI —ESTADOS UNIDOS 10 BRASIL

ISSIGNITÜRiSPARA A AMAZÔNIA

Semestre ._ lõfoooAnuo 309000Pagamento, assim de assignaturas como

de qukesquer publicações, adiantado,^. '

Absolutamente imparcial, a FOLHi DOI0RTE recebe e publica todos e qnaesquerartigos, noticias'e informações, comtanto

qne lançados em termos convenientes.

ISSIGNITÜRISPARA TORA DA AMAZONIA

Semestre 20$oooAnno . 381000

NUMERO AVULSO DO DIANUMERO ATRASADO . . .

120 RS.50O »

DOMINGO, 14 de março de 1897Morro o viscomlo do Souza Pontos (1893)

Anno 2.° Rum. 438Recebem-se publicações até as 8 horas da noite.

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7.,- pois é possivel qae __15 'te'-

nha comprehendido ainda ? E' possivel queao passar por mim, não ouça as pancadasfortes do meu coração? . ^

Emquanto, se lhe tomoS a mao, acho-asempre impassivel, jamais estremeceu den-tro da minha essa pequenina m_o que de-via dar aos meus lábios, já que a bocea re-cusa, o beijo de misericórdia. f

Olho-a quando a vejo distraída, olho-a;mais duma vez seus olhos me teem sur-prehendido nessa contemplação, sem, to-davia, demonstrarem ter percebido o quese passava em minh'alma.

Que hei de fazer para que ella saiba domeu amor?

Como dizer-lh'o ? Se a vejo andar sigo-lhe os passos, as flores de que ella falasao as minhas flores, o que ella festeja euamo...

Deus meu, pois é possivel que n„o te-nha comprehendido ainda? Sem vêl-a sin-to a ausência de mim mesmo, falta-metudo e tudo me aborrece... mal a encon-tro estremeço e soíTro, mal a encontro.Penso em evitai-a, penso em esquecei-a,mas esquecer a vida é quasi um crime eella, força é dizei-o, é a minha vida. Tudotenho tentado: quando ella fala inclino-mepara ouvil-a e se a vejo em silencio, osolhos baixos (oh presumido coração!) che-go a cuidar que ella indifferente e fria,pensa em mim Deus meu, que hei de fa-zer para que ella me comprehenda?

Seu nome nao me sai dos lábios, nao opronuncio alto, aspiro-o, levo-o á minh'al-ma como um canto, para acalental-o e, nomeu coração, como em um berço, mi-nh'alma adormece embalada por esse can-to. A's vezes tenho Ímpetos de confessar-lhe tudo, olho-a, mas encontro o seu olhartao frio que...

Deus meu, pois é possivel que nao te-nha comprehendido ainda? A' noite meupensamento povoa-se com essa estatua: saoos seus olhos, é a sua bocea, sao os seuscabellos, é o seu sorriso, é a sua voz, é oseu andar... como ha tantas seducções emuma só mulher, e porque n3o tens força,coração, para resistir aos sortilegios desseformoso e desejado inferno ? Vive, na The-baida do peito; faze-te forte, asceta; faze-te bem Lrte para que t_ nao seduzammais os seus encantos. Mas nao, apenasouves o seu passo, ficas submisso e humil-de e, para que te contenhas, as mais dasvezes, forçâs-me a evital-a. Achou-me pai-lido e doentio, certa manha e falou-me.Que lhe disse eu ? nao sei, já me nao lem-bro. Melhor seria que eu ali mesmo lhetivesse dito a razão da minha pallidez en-ferma,

Se eu lhe falasse? Mas... qium sabe?lQuem sabe se ella, como eu, nao scffre emsilencio? Quem sabe se ella, também naome procura n'àlma o segredo que eu guar-do dolorosamente ? Por vezes tenho sur-prehendido seus olhos negros fitos no meurosto. Quem sabe se ella também, á noite,recolhendo, nao terá, muita vez, soluçadofremente: Deus meu, pois é possivel quenSo tenha comprehendido ainda ?

COELHO NETTO.

CARNETS para baile, cartões para con-vites e participações, e papel de fantasiapara cartas n3o ha sortimento igual no Paráao da livraria commercial. Rua Conse-lheiro Joao Alfredo, n.° 12. (d

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Folhetim da Folha do Norte—14-3-97

O Livro da Saudade

(excekpto)

Para o céo !—Vamos passear, Bertha ? e attrahi parasobre os joelhos aquella j iasinha, o thesouro

dos meus amores.Olhou-me com a meiguice que só os pãessabem divisar nos seus cherubins, enlaçando-

me em- torno do pescoço os bracitos rosa-dos...

—Vamos aquelle jardim que tem muitasflores, muitas ? E despontou nos seus labichura beijo que eu fui colher soffrego.

—Porque será que os outros jardins n3os3o lindos como aqueüe ?

—E potque será que as outras criançasn3o s3o lindas como tu ?

Mas custa muito a crear as ílorinhas,custa ? Aquellas que trouxe domingo a mama?

Se custa, Bertha ! E's também uma flor,O mimo e tnlevo d'esse paraizo que é o meular, uma aurora de esperanças ainda maldesabiochando para a existência; e nao pre-sentes os desvelos com que te cerco, os an-ceies que metoiluram quando estás doente ?

—As florinhas também adoecem, tambémroeírera ?

EmmaWíli/i.í íi.i-u

t :¦(,—Tome o meu coração de 14 annos, ame-o,que elle sempre fiel o amará;—isto me disseum dia a sonhadora Emma, p*ssando ás mi-nhas mãos a pequenina e sangrenta visceraque ella acabava de arrancar do seio !—Agora dê-me o seu. Quero fazel-o fe-liz; quero dar-lhe a provar os gozosjmais re-quintados do Amor e do Prazer,—murmu-rou ella ainda. E, que perfume e doçuras ti-nham a sua voz !

Assim o cumpri. A's suas mãos, que aíTa-gani e martyrisam, passei o meu ingênuo,puro e amoroso coração de 21 annos, comtodas as illusões e sonhos do primeiro amor;—e em troca recebi o seu.. .

, ?Aninhei-o no lugar do outro, do meu ; e,iei-lhe carinhos, affectos sinceros, as minhasalegrias; e fiz desse volúvel coração de 14annos o único sonho de gloria que minh'al-ma anhelou, na embriaguez dessa posse queeu cria perfeita e absoluta.

E nunca,—eu o juro!—nunca desviei oolhar e o espirito_.de sobre elle; por que essebello e amado coiaçao era Emma, e Emma

.foi sempre pâxa"mim o encantamento, a pro-messa de melhores dias, a vida, o paraizo!...Longos annos tive-o commigo ; mas nun-ca—uma vez só mesmo que fosse!—senti-obater de amor por mim dentro do peito I

« Esse coração é falso. Emma te enga-na ... » murmuravam todos; e eu cria-osmentirosos I

«A prova ?»—pedia-lhes; e a prova tive-aeu hoje quando, arrancando-o do peito,—abri o, e achei—esse formoso coração, queeu tanto aderava e que tantas vezes me tra-hira, cheio, bem cheio dc mentiras, votosfalsos, perfidias e ódio, até ódio !

Só então, e num supremo esforço, 6 queeu resolvi desfazer-me delle, desse falsárioamigo . . .

Menos dolorida, porém, que a chaga quea ingratidão de Emma me rasgou n'alma,será a atroz vingança do remorso a lacerar-lhe a consciência, porque a minha bem-ama-da teve um dia a feliz idéa de trocar o seuperjuro coração pelo meu, com todas assuas illusões douradas, os sonhos do primei-ro amor e a abundância do meu eterno per-dao a absolver-lhe os crimes de suas conti-nuas traições, perfidias e mentiras . . .

AGOSTINHO VIANNA.

Teu olhar*

Eu tenho visto cândidos olharesrubros dos mais puríssimos fulgores,eu tenho visto aos centos e aos milharesverdadeiros olhares multicores;

Eu tenho visto muitos centenarescheios dos mais santíssimos amores,eu tenho visto, emfim, milhões de paresos mais bonitos e 03 mais seduetores;

Entre esse immenso e grato cataclysmode olhares meigos, innocentes, bellos,por um somente em lagrimas me abysmo:

E esse é o teu, suavíssima senhora,a cuja luz meus últimos desvelosscintillam mais que o alvorecer da aurora.

(Das Amorosas, no prelo).

JOÃO DE ALMEIDA.

—Já se sabe. Cada uma que tu vaes co-lher, minha travessa, é uma vida que se es-tiola, é uma sepultura que rasgas a essas pé-talas mimosas.

—As que nSo fazem maldades tambémvao para o céo como nós ?—Também.

• Para o céo 1 E haverá outro céo mais pia-cido e venturoso que este onde vivo ?

Sahimo.. Eu ia jovial, feliz, com a minhaBertha pela mao, receioso de a perder, so-bresaltado que m'a roubassem. A mãe veioespreitar-nos á janella; olhei para cima edis-.se-lhe adeus, com um soniso muito vaidosoque significava:

—Cá vou com a Bertha, com a nossa Ber-tha !

Caminhamos logo, mas, ainda ao virar aesquina, tornei a olhar para traz, espiando ociume da querida companheira que lá ficavatm casa, fazendo-lhe negaças com a minhafelicidade.

—Oh 1 como a rua me parece acanhada,mesquinha, para conter dois entes de talfóim. venturo.os!

E lá no i.lto, um snl muito vivo, muito ri-dente, parece que até inundava de luz a mi-nha alma !

Visinha. besbilhoteiras inveslig.vara-nosa coberto das petsianas ou por detraz dascortinas; eu, sem a.tentar nasvisinhas besbi-lhoteiras, para que nao houvesse de as cum-piimentar, ia carregando um sobi'olho deferocidade.

Estariam a .«.bicar a minha Bertha ?

00_STT_R__VSTES

oi -((_>!__;_ íii ,__,..__..íi__ ciOK-3 .__£. _ ,_wá-<wbVagava per^„M]aa^(ixupsas...Nas jarras, quanta áriemona defuneta!Nos gueridons agonisavam rosas.

\wi{-6 'iwnuaji. q;u_., ._..obislèStifi ___{3 òb .oí.-_j_-¦'¦*"> _6 daíb-arnoS .¦__" O -..

<» VULTOS REPUBLICANOS

Sobre o fauleuil a loura Estremecida,Tendo no cilio a lagrima primeira,Talvez revia as paginas douradasDo romance da vida que vivera.

A meiga rola que buscava o ninho,Talvez pungida pelo rosto d'ella,P'ra vêl-a rir tamboreava o bicoSobre as vidraças"'-verdes da janella.

Viam-se ali sepultos na poeiraVelhas árias, riquíssimos enfeites,Crayons quebrados, rendas da Bretanha,Piincipios de aquarella e braceletes.

Pouco além do divan, sobre um consolo,Cheio de cravos murchos e lianas,Manon Lescaut dormia inconscienteBem ao lado das Horas Maríanas.

E sobre a estante do piano antigo,Que aquella saia outr'ora harmonisou,Estava posta Do na JuanitaJunto da Ave Maria de Gounod.

E perto d'uma carta abandonada,—Das juras da paixão cheiroso erário—Viam-se ao lado de canteis poeirentosAs contas desfiadas de um rosário.

De um quadro, ao fundo, de caixilhos toscosO Louro Hebreu estava a agonisar,E d'outro além, de fulgidas molduras,Avultava o festim de Balthazar.

O caprichoso gênio do contrasteEm toda aquella câmara brilhava:Ora a lagrima estava junto ao riso,Ora junto ao soluço o beijo estava!

(Excerptodo prefacio da obra que, com o titulo acima,e como contribuição para a educação cívica da mo-cidade paraense, será lançada á publicidade).

,io-4 dm.ivro de combate o que se vaeiV. G^rtfjÇíáííS^W umP'do painel posto deante

aa mòciaSUelámazonica, afim de n'elle re-verenciar aquelles que por seu civismo e porsuas inabaláveis crenças, obreiros da verda-de, tao poderosamente concorreram para oadvento da jornada gloriosa de. 15 de No-vembro.

Formar o coração das crianças pelo exem-pio, modelar-lhes a alma com o estimulod'aquelles cujos nomes o povo repete comouma prece—eis a santa missão que.nos com-pete, deixando-lhes como legado preciosouma pátria livre, composta de cidadãos quepelo amor ás leis, amem também a Republi-ca que os egualou.

Depois das tremendas hecatombes queensangüentaram a França, e que a historiaindica pelo nome suggestivo de Terror, Vi-ctor Hugo aíürmára com profunda verdade :« a libertação das consciências e em seguidaa libertação dos povos, eis a tarefa sublimeque o século XIX realiza». ..

E essa libertação de consciências de quefala o sublime exilado de Jersey, outra cousanao é senão o preparo de cidadãos dignospara uma pátria também digna. Essa missãoé nossa, dos contemporâneos, dos que maugrado as vicissitudes por que passou a Repu-blica, ainda quando simples idéa em propa-ganda, souberam affirmar por actos e porexemplos o que vale a firmeza de crenças,de quanto é capaz o homem consciente deseus direitos, forte pelas convicções de seuideal.

Vamos arroteando a seara, que nossosvindouros tei ao de colher. O egoismo atro-phia.

Desgraçados os que nao quizerem concor-rer com seu contingente para o engrandeci-mento da Pátria republicana I

Sobre dois vasos, no balcão florido,Da janellinha de onde o mar se via,Emquanto um lyrio pallido murchava,Uma saudade as pétalas abria.

Em frente ao busto d'uma soror presaDe mysticas ternuias,—indiscretas,Azas atilando em musical ruido,Connubiavam duas borboletas.

D'um contador no mármore vetusto,Onde expiravam cactos e bromelias,Graziella devera estar corando,Pousada junto á D ama das Camelias.

Pelas cortinas do cheiroso leitoDe pau-setim, finíssimos lavores,Vagueava o fantasma lacrimosoDos seus últimos sonhos peccadores.

Tudo ali me falava que essa estância,Onde o contraste palpitava vivo,Era de antigas, mortas alegiias,O lacrimoso túmulo festivo!

Dir-se-ia a tarde uma harpa peregrina,Replecta da mais fulgida magia,D'onde a Natura,—triumphal maestro—Arrancava suspiros de harmonia!

JOÃO DE DEUS DO REGO.

• . . Estelivro é uma obra de fé, um legado de ver-dades e de ensinamentos â mocidade da mi-nha terra, para que aprenda na vida dos ho-mens que elle com fidelidade registra, a bemamar nossa Pátria e a saber levar pelo futu-ro em fora a sagrada tradição da queridaterra paraense.

ESTEPHANIO BARROSO.

_N"a primavera

Canta. Resurge em festa a Naturesa,E á luz do sol ridente, á luz sadia,Revive o campo e toda a pradariaFaísca e fulge alacremente accesa!

No coração de cada flor ha presaDoce e subtil caricia que extasiaA borboleta errante... E a symphoniaDa passarada irrompe de surpresa . .,

Paira por tudo a nota electrisanteD'uma alegria ingenita, cantante I...—Bella epopéia ideal I Felicidade,

Que a vida encanta, anima e revigora!...—Mas, porque a vida em breve se evapora?—Porque nao dura sempre a mocidade ?

PERES JÚNIOR.

| Solteiro o solteirão

Polydoro tem 30 annos, é rico e solteiroduas coisas muito boas e geralmente apre-ciadas.

Se lhe perguntar porque nao casa, ri-.e eresponde que é porque ninguém o quer; narealidade é elle qiie nao quer ninguém.

Nao lhe falem em casamento, é coisa queaborrece. Casar! para quô ?Penhorar a sua liberdade, ter horas certas

para comer, recolher a casa, doimirNao, solteiro é melhor.Por emquanto quer ficar livre, quer gozar,

e elle dá a esta palavra gozar, uma extensãoillimitada. Ninguém melhor que elle a com-prehende.

Considera a mulher como uma boneca,um brinquedo de estimação com quem agente se diverte.

Nao sei porquê, mas é o ai Jesus ! dequantas moças ha.

Elle, o cruel, o ingrato, nao faz caso ; hatantas!

Se de cada uma acceitasse um cabello, ti-nha com que fazer macia almofada para, nassuas horas vagas, descançar a cabeça e so-nhar novas conquistas.

E' de todas as festas, de todos os diverti-mentos. Em faltando eHe, falta tudo.

Vejam n'esta sala como tudo está triste,sem sabor. Ha muita gente, mas falta al-guem : Polydoro nao está.

De repente fica tudo alegre, animado, por-quê ? Polydoro entrou. Com quem dansará ?com aquella loura «mignonne» ou com estaelegante morena ?

A anciedade é geral; sao tantas as invejo-sas! ii

Elle dansa tao bem ! Como tudo o que fazé bem feito: até calado é interessante.

Nao admira, é solteiro !E' amável, delicado, attencioso com as

moças bonitas e . . . ricas.Com as feias e pobres é mordaz, satyrico

indiíTerente. Mas com todas é cortez. Muitasalimentam n'um cantinho do seu coraçãouma vaga esperança, uma illusao: ser ama-do por elle; casar com elle !

Tempo perdido. Polydoro nao gosta deninguém, só ama a si próprio.

Elle nao é "feio; ha mesmo quem o achesympathico. Também sou d'esta opinião.Uns gabam-lhe o olhar; outros o sorriso e abelleza dos dentes.

Tem um modo de passar a mao no fartocabello e torcer o bigode que é só d'elle.

Em questão de ioilette, é um verdadeiropelit-maitre.

O seu quarto é um mimo.Em matéria de luxo e conforto, reuniu

tudo o que ha de mais agradável. So(íi,poufs,cadeiras de balanço, de braços, chaises-lon-gues, preguiçosas, têle à tête, almofadões tur-cos; ha de tudo: um verdadeiro museu.

E o toucador então !Essências de todas as qualidades: para o

lenço, para o cabello, para a cara, para asmãos ....

Escovas de todos os feities.Pentes de todos os tamanhos.Na banca de cabeceira, uma bandeja com

vinhos finos e licores.Ao pé da cama, o ultimo romance do dia,O Polydoro I Ah ! o Polydoro !Teria muito mais que dizer; mas nao que-

ro; Breve veremos o reverso da medalha.Agora, nada lhe falta; é moço, é rico, é

solteiro.Feliz Polydoro I

MARGOT.(A seguir).

I A's portas das lojas assomava geri!., e ha-via de jurar que todos segredavam :—La vae elle. Lá vae elle com a filha.Uma criança tao galante ! Um anjo !

E esta ultima palavra ressoava a meus ou-vidos, nitida, repetida como um echo divino !

Um anjo!Até me suppunha caminhar para o céo,

guiado pelamaosinha de um cherubim! Cer-tamente era ella que me conduzia. Já nemlhe escutava 03 passos miudinhos que antesretiniam sobre a calçada, como n'uma placade ctystal.

Um débil sopro vinha ao embate do meurosto afogueado em júbilo; era o movimentodas suas azas que o produzia. Na terra d3oha d'estes prodígios, nao. Era para o céo queiamos...

Ao termo da calçada, umas senhoras vi-nham cruzar-se comnosco.

Nao tiravam os olhos da minha Bertha,sorriam-se, diziam palavras baixinho... Quemme dera saber o que ellas diziam !

Ao passarem junto a nós, detiveram-se,beijaram a criança, os meus enl.vos, emquan-to eu, coittjando-a., tinha a vida suspensade taes caricias, e mal reprimia as lagiimasorgulhosas que vinham a toldar-me os olhos.Seguimos. Para o céo 1 Para o céo I...

De quando em quando, eu dirigia a Ber-tha phrases banaes, perguntas infantis,comose fosse um pequenino companheiro da suaedade.-Ella ria-se muito, ura rir crystallino, umrir de criança, como eu nunca ouvi. Oh !nunca, nunca mala ouvi I

Passou um homem, trajando pobremente.Elle, porventura entregue á sua desdita, naoreparou em nós; entregues a tanto gozo, tam-bem não cuidamos n'elle, e a minha queridafoi embaraçar-se na sua frente.

Que ódio eu tive ao pobre homem ! Des-cuidado ! Mau ! Nao vêr a Bertha ! Naovêr a minha filha 1

—Magoou-te ? Magoou-te ? Disse quenão, mas como acredital-o ?—Nem ao menos te enxovalhou o vesti-

do, amor ? ... Para o céo! Para o céo !....

N'aquella tarde ella colheu muitas flores,qual mais louça, qual mais cândida.

O jardineiro era um bom amigo das cri-ancas. Como ellas o estimavam, apesar dasua barba inculta e mãos callosas de gigantede pedra! Nao fugiam aos seus beijos, ain-da que a tal barba inculta lhes magoasse osrostinhos cândidos; mas também não fugiamde lhe acceitar um cacho de jasmins, tão vi-çosos, tao fragantes, e que elle sabia esco-lher a primor.

Lá estava o bom jardineiro esperando-nos, já com uma braçada de flores, mal nosenxeigou.

—Tintas, tantas ... Estas sao para a ma-ma, sim ? Quiz que eu ficasse n'um banco aguardar-lhe o thesouro, emquanto ella iacorrer, emquanto ia brincar com outras cri-ancas que vinham chegando.

—Ve se cahes, louquinha I e dei-lhe umbeijo como talisman de alguma graça.

De uma vez, ouvi-lhe dizer ás compa-nheiras:

—¦%' o meu papai

Ellas fitaram-me curiosas, e, de concertoCom o chilrear das avesinhas eu ouvia umcoro: .

—E' o papá de Bertha. Ainda é novo,ainda é novo... O bando nao me perdia devista, e eu sentia-me confundido, como seestivesse no banco dos réos em tribunal im-placavel!

Lá passam, lá vao os pequeninos juizes ainquitir-me:

—Tens um ar tao sério ? Tu ralhas coma Bertha? Compras-lhe muitos brinquedo»?Quando lhe dás outro vestido novo ? Esbomsinho como o meu papá ?

E tinha receios que me condemnassem,que fossem imaginar não ser eu muito ami-go da quetida Bertha 1 Desejava chamal-as,envolvel-as em afagos e mimos, para as con-vencer que era eu o melhor dos papás, omelhor dos amigos; e havia de compellir aBertha, carinhosamente, por meio de pala-vras suaves, a declarar-lhes ali mesmo, naminha presença, que eu era doido por ella !Se eia!

Como eu estou velho agora IS3o _s ruinas de um passado bem feliz, e

a única ventura que me resta é a saudaHpgratas memórias de horas que df "'entre amargura? e deleites. /

Cá vou para o iardim - *tao lindas florejaimas de outtcftulipas, n'\xa^gante.

A' sombra jjnheço lhe a I

C_¦?¦""¦ ¦' --V.."

mas eu já nao sou o mesmo de então, pbres ruínas de um passado bem feliz.Como este Armamento é sombiio e taci-

turno !Foi-se o azul vibrante, garrido, que vestia

o céo da minha mocidade. Agora, até o céoé fúnebre!

Naov estas flores também nao s3o as mes-más, já nao attrahem as crianças e as mari-posas...

O jardineiro conheceu-me, veiu falar-me,olhando com veneração estas pobres ruinasde um passado bem feliz.

Perguntou pela Beitha. Era tao amigo d'ella!A Bertha! E eu qn '¦>..oroinettido

não me recordar, nãr—Foi para o cérAfa'stei me d'al;

homem que vi'ainda gottejan*'

Nao, nao.,.'deu-me fló/as sauf3"lhar.<mniyc

-'..'!

Page 2: 120 RS. EDIÇÃO ROSAmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1897_00438.pdf · ESTADO BO PARI —ESTADOS UNIDOS 10 BRASIL ISSIGNITÜRiS PARA A AMAZÔNIA Semestre ._ lõfooo Anuo 309000

Tíí*a?,2gí_;-

?

folha do Worte-—14 de março de 1897

Vossos telegrammasNoticias do paiz

Kio, lido mnrço.(À]>rcsen-lados ds 4 h. 20 m. p. m. c recebi-dos cm nosso escriptorio ás 8 h. 40to. a. ,.. de hontem, Demorados por¦interrupção nas linhas)

O transporto-cruzador Andradae..tíí a receber carvão.

Sahirá amanhã com destino ao.Estado da Bahia.

Aquartelloi.,por ordem do governo,o destemido batalhão p ..riotico Tira-den les, que estava licenciado portempo indeterminado.

A policia vigia rigorosamente ai-gumas pessoas suspeitas de remette-rem armamento a Antonio Conselhei-ro.

Foi considerado incapaz para oserviço militar o coronel Souza Me-nezes, que o governo mandara sub-metter a conselho de investigação, a-fim dc justificar-se do desastre dasforças sob seu commando. em Ca-nudos.

O partido autonomista fluminense,de que . chefe o dí. Francisco Portei-la, e com o qual fundiram-se ps ulti-mos dissidentes do partido republi-cano federal, no Rio, offereceo-se aogoverno para organisar um batalhãode voluntários para combaterem An-tonio Conselheiro.

O conselheiro Antonio Ennes mau-dou sentimental' o governo pelo desas-tre das forças federaes em Canudos.

E' provável, segundo dizem, queseja o coronel Serra Martins nomea-do commandante de uma brigada quetem de seguir para o sertão da Bahia.

Começa a preoecupar o espiritopublico a falta de noticias do 2G.°batalhão de infanteria, que estava es-tacionado em Geremoabo, na Bahia,próximo ao sertão de Canudos.

No Arsenal de Guerra trabalha-seaclivamente no «presto de muniçõesde guerra pura os batalhões de arti-Hieriae de infanteria que devem seguirpara Canudos.

Calcula-se que Antonio Conselhei-ro conseguio aprisionar munições para110 tiros de canhão.

Consta que acham-se em MinasGeraes o dr. Affonso Celso (viscondede Ouro Preto), o dr. Cândido de Oli-veira e o dr. Carlos de Laet.

Consta que o governo fará partirpara o Estado da Bahia uma divisãonaval composta de dois cruzadores eduas torpedeiras, a qual será comman-dada pelo contra-almirante CarlosFrederico de Noronha, um dos maisdistinetos e disciplinadores officiaessuperiores da marinha brasileira.

Corre aqui o boato de que o gene-ral Joaquim Pedro de Oliveira Salga-do, ex-subchefe da revolução riogran-dense do sul, promovida por Gumer-cindo Saraiva, está commandando asforças de Antonio Conselheiro.

Posso, porém, affirmar que o gene-ral Salgado está no Estado do RioGrande do Sul.

cambio :A taxa cambial que vigorou hoje

foi de 7 7i8 d.

Rio, 13. (Expedidos ds 7 h. p.to. e recebidos em nosso esoriptorioás 9 h. 30 m. de hontem).

Foram nomeados os generaes An-tonio Joaquim Gomes Pimentel eCláudio do Amaral Savaget paracommandarein duas das brigadas que.Wt'- '¦ Bahia.

"•triotico Tiradcntcs"¦ombater Antonio

vindos'. ma-

ta de impedir, quanto possivel, a pro-pagação do morbus.

O governo está chamando volun-tarios para alistarem-se em batalhõespatrióticos com destino á Bahia, acombater Antonio Conselheiro.

Appella, em tal convite, para o pa-triotismo dos republicanos.

Está resolvido que o 2.° e o 13.°batalhões de infanteria não sigampara a Bahia.

Em logar d'elles, seguirá o 4.c ba-talhão de artilheria, aquartelado noPará.

O governo está resolvido a elevar a10.000 homen., em vez de 7.000, asforças que destinam-se ao Estado daBahia, ein segunda expedição contrao bandido Antonio Conselheiro.

Foi nomeado commandante do 5."districto militar (Paraná e Santa Ca-tharina), o general de brigada JoséMaria Marinho da Silva.

Está plenamente confirmada a no-ticia da morte do coronel Tamarindo.

Os officiaes do exercito, amnistia-dos pelo Congresso, offereceram aogoverno seus serviços no campo dabatalha contra Antônio Conselheiro.-

Acha-se enfermo ¦0'^àh^al^JÉkr'• .„..____ -.7" ' ~»íttr> ¦•IHSDro.-ii-"' -f"^ -nardo V asques. **•

Soffre de incommodos cardíacos,que são antigos e graves.

Tentou suicidar-se o alferes do 30°batalhão de infanteria, Jayme Galvão.

Diz-se que 300 soldados do 7o ba-talhão de infanteria, sabendo da mortedo coronel Moreira César, que era seucommandante, atiraram-se ao rio Vasa-barris.

Calcula-se em 000 o numero dosmortos e feridos entre os soldados dasforças legaes em Canudos.

Acha-se enfermo em Petropolis ofestejado jornalista dr. Ferreira d'A-raujo.

Chegou o cruzador 15 de Novem-bro.

O dr. Fernando Mendes, o bri-lliante redactor-chefe do Jornal doBrasil, offereceo-se ao governo pararaobilisar a 2" brigada da guarda na-cional, de que é coronel, afim de seguirpara Canudos.

Vão aquartelar os batalhões Aca-demicos e Benjamin Constant, quehaviam sido licenciados após o gover-no do marechal Floriano.

Noticias do extrangeiro

Rio, 11 de março. {Demo-rados por inlerritpção nas linhas.)

Dizem de Roma que o governo ita-liano mandará um batalhão á ilha deCreta.

De Tokio communicam que a Ca-mara jrponeza votou o estalão do ouro.

Segundo telegramma expedido deAthenas, sabe-se que o governo gregotem 6.00C homens na fronteira turca.

O governo hespanhol vae mandarásPhilippinas,segundo despacho oriun-do de Madrid, o general Primo Rive-ra, em substituição do general Polavie-ja, no commando das forças hespanho-Ias naquella provincia revolucionada.

De Moutevidéo dizem que a fevo-lução triumpha na Republica Oriental.

Apparicio Saraiva derrotou o gene-ral Munoz.

0 nosso roda-pò da cdiçilo do amanha 6occnpado pela chronica—BRINCADEIRAS,em quo o nosso chistoso colaborador BEBÊfaz prodígios do espirito, em palpitante as-siiinpto dc acüiiilidadc lia vida do Boloni.

15:000$000Na próxima terça-feira, 16 corre a lote-

ria da Capital Federal do plano de 15:000$por 3.000 o bilhete inteiro.

Sabhnb ., 2_, será extiahido o ccllossalplano W 6,a da sorte grande de 100:000$por 12S000 o bilhete inteiro, 58000 meiose 1S200 décimos.

Ma agencia Fialho, ao largo das Mer->tao sendo vendidos com bonita-pro-' ;,v'ptes de ambas as loterias.

P,. a machina parais segura o mais

LAURO SODRÉ CRISE ALIMENTÍCIA

Nosso serviço telegraphico, demorado dodous dias porinterrupçao;nas linhas, dá-nossobre a cipera do nosso eminente amigo, naCapital Federal, as seguintes noticias :

Rio, 11 de março.

Estão aqui sendo prepatadas, pulo gover-no e pelos paraenses, subidas provas deápre.ço para serem prestadas ao dr. Lauro So-dré em sua chegada.

A colônia paraense escolheu uma comrnissão, que trabalha activamente, sendo seu pre-sidente o dr. Cícero Penna.

Rio, 12.

O dr. Manuel Barata, senador pelo Pará,esteve hoje em demorada conferência como dr. Piudente de Moraes, presidente daRepublica.

O chefe da nação brasileira pedira ao emi-nente chefe republicano paraense que lhecommunicasse todas as noticias que tivessedo dr. Lauro Sodré, avisando-o da sua che-gada exacta a esta capital.

O Presidente da Republica ordenou que ádisposição do dr. Sodré seja posto, nocáesPharoux, um dos landaus presidenciaes de-vidamente preparado, mandando ainda quecondueçao especial seja dada pelo Arsenalde Marinha em lanchas do respectivo mi-nistetio.

A bordo irá o coronel Luiz Mendes deMoraes, chefe da casa militar da presiden-cia, cumprimentar o dr. Lauro;£SH_;? &&!$noD-edò Chefe do Estado. . ., \. , .'"

O dr. Bernardino de Campos, ministro dafazenda, vae receber, em lancha especial daAlfândega, o, ex-governador do Pará. Me-diante convite e instâncias especiaes seus, to-mará passagem nessa lancha o dr. ManuelBarata.

Também o ministro da guerra, generalArgollo, c o da marinha, contr'almirante Al-ves Barbosa, mandam seus ajudantes de pes-soa. em embarcações especiaes, dar as boasvindas ao dr. Lauro Sodré.

A familia do dr. Lauro Sodré tem desem-barque especial preparado por ordem do dr.Manuel Barata, que para elle mandou pôr ádisposição diversas embarcações a vapor.

Entre os republicanos mais enthusiastasprojecta-se fazer ao dr. Sodré, logo ao pisarterra, estrondosa ovaçao de caracter alta-mente significativo.

Para o Theatro Recreio estão publicadosannuncios de uma deslumbrante festa e es-pectaculo de gala em honra ao dr. Sodré.

Começaram hontem as operações decisi-vas.

Faltou carne pnra o consumo publico, sobo regimen da mais ampla liberdade de com-mercio.

Mais uma vez se deu confirmação aquilloque, desde muito terap'-, todo mundo sabe:os exploradores do mercado de carnes que-rem o que elles chamam «a liberdade de in-dustiia e commercio» paiv. em descançoexe-cutare n seus planos.

Quando vigorava o contracto de 5 deabril, que a alta magistratura da Republicasoube sagrar com o prestigio da sua autori-dade, os exploradores actuaes do mercadode carne gritavam que faltava carne porquea intendencia contractara um monopólio.

E, no emtanto, contra a campanha crude-lissima que solTrcu a empreza, infeliz atécom a oscillação cambial, que mais lhe pe-zava p_r ir piover-.-e de gado no extrangei-ro, foi possivel manter um regimen de fome-cimento relativamente regular de carne, sabeDeus com que sacrifícios!

Porque não se aba-itecem do gado os srs.marchantes hoje, livres no seu commercio,?

O que elles podem dizer calcula-se pelassuas costumadas lamúrias; o que todo mun-do sabe que é real é que assim procedempara justificar o augmento do preço de mui-to planejado e contra o qual sabemosque está alerta também o ilíustre sr. dr. go-vernador dò Estado.

Quizes.em elles e a carne não faltaria emBelém, se não com fartajabundancia, na me-dida justadas necessidades e tornando-lhesaté mais certo o ganho.

Isso, entretanto, nao serve: é preciso, parapagar as despezas com as questões capri-chosas contra a intendencia e para rehãveros lucros deixados ae perceber, ganhar mui-tó^epressa e sej& compíS.;-- v* , j -

,<^F$.S!&$JiW «Profiaipios aos tempos kn-^ÇMgfim-«Sfiíf dgmenta-se o preço

Academia de Letras Paraense

Pede-nos o sr. Guilherme de Miranda apublicação do seguinte:

«Convidam-se os litteratos abaixo men-cionados para uma reunião preparatória,que terá lugar no Atheneu Paraense, hoje(domingo, 14), ás 9 horas do dia, afim dese crear nesta capital uma Academia deLetras:

Barão de Marajó, barão de Guajará, Se-veriano Bezerra, Vilhena Alves, SerzedelloCorrêa, Antônio Lemos, Enéas Martins,Bertholdo Nunes. Joao Marques de Carva-lho, Paulino de Brito, Heliodoro de Brito,Cândido Costa, Barroso Rebello, BertinoMiranda, Barbosa Rodrigues, Flavio Cardo-so, Juvenal Tavares, João Malcher, ArthurLemos, d. Maria G.ajarina Lemos/joão doRego, Joaquim Mendonça Junior, EuclydesFaria, Guilherme de Miranda, d. MariaValmont, Arthunio Vieira, Eustaquio de Aze-vedo, Theodoro Rodrigues, Acrisio Motta,Arthur Vianna, Licinio Silva, Francisco Pa-checo, Euclydes Dias e Américo Azevedo.

Discutir-se-ão as bases do novo grêmiolitterario, procedendo-se immediatamente áeleição dos directores.

Serão considerados fundadores os convi-dados que comparecerem».

A' ultima hora hontem pediram-nos a pu-blicação destas linhas:«A reunião convocada afim de delibe-

rar-se sobre a fundação de uma Academiade Letras neste Estado, fica addiada paraquando fôr novamente annunciadá, vistoainda continuar acamado o sr. BertholdoNunes, director do Atheneu Paraense, emcujo estabelecimento deve realisar-se a reu-nião alludida».

e como por encanto começatão a appareceras barcadas de gado que as vezes foram atéreenviadas para as fazendas do meio daviagem.

Se o governo municipal de Belém, aforaa honrosissima excepçâo que desde o 5 deabril nelle se encontra ao lado do povo, fossecapaz de tomar uma providencia contra aexpoliação que o negocio de carnes verdesameaça voltar a ser entre nós, appellariamospara elle.

Isso seria, porem, ingenuamente ridículo.Ao Congresso, assim, e ao Executivo do

Estado a supplica em nome dos interessespopulares. O remédio é mais fácil do querealmente parece, Faça-se, ainda com pe-queno sacrifício, o transporte fácil entre oRio da Prata e o Pará e as crises não se ar-marão mais.

Pode haver nisso um ônus ?E' melhor suppottal-o, sabei á mesmo o

povo justificai-o, o generoso povo que nãorecusa um imposto só dos que lhe reclamam,com tanto que vejamos horisonte futuro maislimpo na questão da alimentação publica.Faça-se isso e hão de ver todos comodesapparecem como por encanto as crises ecomo o próprio gado marajóara passa a serbem tratado.

Facilitar a communicaçao com o Rio daP,ata ou abrir o caminho a Goyaz :—o quenão fôr isso é palliativo ridículo no que con-cerne á alimentação publica de Belém.

Aguardemos a acção dos poderes publi-cos.

Deserção de praças0 40.0 batalhão federal

Recebemos hontem, do estimavel sr. te-nente-coronel R. Nonnato Neves de Seixasuma attenciosa catta, que agradecemos ecujos tópicos, a seguir, temos prazer emeditar :

«Circula n'esta cidade o boato de quetem desertado praçis deste batalhão, emvista de achar-se elle com oídem de embar-car.

Sendo este boato pouco lisongeiro aoscréditos do mesmo, e em todo ponto desti-tuido de fundamento, venho na qualidadede seu commandante assegurar-vos que, atéa presente data, nem simples faltas tem sidocomrnettidas, quanto mais deserções; garan-tindo-vos que em geral todas as praçasacham-se satisfeitíssimas e desejosas de se-guirem para os sertões da Bahia actualmen-te assolados pelo bandido Antonio Conse-lheiro.

Se desejardes certificar-vos de visu podeiscomparecer ao quartel deste batalhão.Muito agiadecido ficarei se pelas colum-

nas de v. sso conceituado jornal fizerdes pu-blicas estas considerações.»

Antônio Conselheiro

Ultimo grito da seiencia!

DESCOBERTA GIG1NTESC1FIM DO SÉCULO!

Assahy QuinadoApprovado o autorisada a venda pela exma

J n_a de Higiene e re-gistrado na inoictissima Junta CommercialTratamento seguro das sezões, febres de

qualq-cr caracter, ncvralgiasdo fundo palustro o iuflammaçSt, do figado

e do baço cunytK_utivas ao impaludismo

O Assahy Quinado na 1 só 6 um anti-fobiil de primeira irilcm, como também 6 oúnico preparado quo 6 manipulado com pro-d"cto da flora paraense o amazonense, razãoporquo devo s.r usado de preferencia a ou-tro qualquer.

Laboratório o deposito i—Pharmacia edrogaria S. Matheus; pharmacia á estradado Na-ircth. n ijj e drogada á travessaS Matheus, n. 46, do

FRANCISCO XIMENES & 0«

A tríplice -._l._--.cs_Nao mantém a paz na Europa, que amea-

ça conflagração.O poderoso depurativo Pílulas de Pião, po-rêm, garante a'cura das moléstias da pelle.Deposito

DROGARIA NAZARETH

A MORTE DO CORONEL TAMARINDO

Nosso servfço telegraphico, em data de11, e despacho que vae hoje na competen-te secçâo, annuncia que infelizmente estáconfirmada a morte do bravo e distinctocfficial que suecedeu a Moreira César nocommando em chefe das tropas em opera-ções em Canudos. .,

A respeito dessa morte recebemos hon-tem, ainda em nosso serviço especial, o se-guinte telegramma:

«RIO, 12 de março.

O coronel Tamarindo, depois de grave-mente ferido como annunciei, foi conduzidoem uma rede para lugar onde melhores emais promptos soecorros pudesse receber.

Em caminho a pequena expedição foi as-saltada por um grupo de faccinoras, dos fa-nalicos de Canudos, que mataram todos osmembros d'aquella, tendo sido o coronelTamarindo degolado.

Depois, para cumulo de selv.'geria e he-diondez, sua cabeça foi espetada em ummastro de grande altura, á roda do qualtripudiaram longo tempo as feras conselhei-ristas».

*Na secçâo especial de telegrammas ha in-

teressantes informes sobre as expedições aCanudos.

O embarque do 40.°Satisfazemos de bom grado ao pedido de

inserção que nos foi feito do palácio, para oseguinte

CONVITE

O Governador do Estado convidao povo paraense para assistir ao em-barque do 40.° batalhão de infanteriado exercito que segue por ordem doGoverno Federal a incorporar-se ásforças federaes que devem operar nossertões da Bahia contra as hordas diri-gidss pelo fanático Antonio Conse-lheiro.

Pretende assim o Governo do Es-tado prestar justa homenagem aos va-lentes soldados republicanos —que sa-crificando o bem estar e a tranquilli-pade estão sempre na estacada em de-feza das instituições republicanas deque é o glorioso Exercito brasileiroguarda vigilante e iutemerato.

Ao commandante da brigada estadual foiespedida ordem para que forme um batalhãode infanteria, afim de prestar as honras ao40.0 de infanteria, como signal de identifica-ção completa entre as forças esladuaes e asfederaes. 'rff-^

PARA A QUARESMA

Sedas, merinós, cachemiras, crepons eguarnições pretas, tudo muito moderno, rece-beu o

BAZAR PARAENSE (10

Jornalzinho da moda

Realiza-se a 20 do fluente, conforme oaviso inserto n'oulro local, uma sumptuosasoir/e dansante nos vastos salões da Asso-ciação Dramática, Recreativa e Benefi-cente.

Reina geral enthusiasmo entre as fami-lias que costumam freqüentar os elegantessaraus d'essa benemérita associação.

O «APOLOGISXA.CHRISTAO»CAFÉ BEIRÃO

E O

« O remédio para sezões, c Licor Cafó Beirão» queso acha annunciado cm outra pagina, vao faseudofigura importante na cura d'c_so mal. A sahidaenormo da casa fabricadora attesta os bons resultadosdo seu empiego, ¦*

(c O apologista Christ.o> do dia i de Maio de1895. (9_N

Caso grave. Victima ha quatro annos de uma terrivel

cihbronte, que me trazia a maior parte dotempo prostrado no leito, tenho a satisfaçãode declarar que com o uso apenas de 6 fras-cos do efEcaz Peitoral de Cambará, de Sou-za Soares, alcancei o meu restabelecimentocompleto.—Tenente-coronel Silvino Ribeiro.(Firma reconhecida).

A elite paraense deve visitar a Per/u-maria Universal, onde encontrará pós d'ar-roz de um aroma inexcedivel, veloutinas,satininas e opaline face pjwder.

Creme Simon, cold-creams e outros paraa belleza do rosto. Creme pérola de Barry.

7—Rua de Santo Antonio—7 (14

ECHOS E NOTICIAS

Nova lei orgânica vae ser votada para o'partido republicano paraense.Em seguida e de accordo com ella serão

reorganisados o directorio central, os dire-ctorios districtaes e o congresso do partido.

Até o Castanhal, em trem especial eacompanhado por diversos cavalheiros, se-gue hoje pela manhã o sr. dr. Paes de Car-valho.

S. exc.a deve regressar á tarde.

As sessões do Senado e da Câmara tive-ram h-ntem pouco interesse.

—Naquelle ficou approvado em ultimadiscussão o projecto que concede prêmio aoagricultor que apresentar 300 kilos de taba-co em folhas preparadas para exportação.

Houve outras votações de menos impor-tancia.

Na Câmara foi presente uma reclamaçãode Charles Delforge contra o privilegio re-querido por Paul Fehre para uma fabricade flores.

Approvaram-se muitos projectos em ter-ceiia discussão e entre elles o que, enviadopelo Senado, autorisa o governo a reorgani-sar as repartições estaduaes,

A "Singor Vibrante" . n rainha de to-das as machinas do costura, por sor a maisdurável, a mais simples o a mais silencio-sa; dá se dez contos do réis a quem pro-var quo ha eçial ou mollior,

Únicos doposilos—rua Quinzo do Novem-bro, n.'10 o travessa da Vigia, casa Amaral,do J, V, (TOliveira & Comp,

No paquete «Alagoas» toma passagem atéo Ceará, onde vae demorar cerca de um mez,o estimado commerciante da praça de Be-lem, sr. J. J. Fernandes, nosso muito preza-do e distincto amigo.

A Fabrica de Papel Paraense, Marituba,tem h< je em funecionamento todos os seusma^hinismos.

Alli vão em visita diversas pessoas dese-josas de conhecer o progresso que o futu-roso estabelecimento ha feito.

Oi visitantes devem tomar o trem pelohoiario ás 6-30' na estação central, á estra-da de S. José e na 2 de Dezembro minutosdepois.

A distineta ofHcialidade do 40o batalhãofoi hontem incorporada despedir-se do go-vernador do Estado que os recbeu cora asmaiores demonsir ções de aíT.ctp.

Entre os i fii iaes e o hnprado governa-dor trocaram se ns mais sinceros protestosde dedicação á R.publiea.

Fui liLntem apresentado ao commandodo districto militar o deseitor do 15o ba-talhão Pedro J sé da Silva, c.ptuiado pelosubpi efeito do Outeii..

O dr. Olegario ria Costa, especialista nasmoléstias dos olhos, ouvidos, nariz e gar-ganta, participa aos seus amigos e clientesque abrio o seu consultório á lua Conselhei-ro João Alfredo n. 74, 1.° andar.

A' classe pobre ofierece gratuitamente osseus serviços médicos, podendo ser encon-trado todos os dias em seu escriptorio das9 ás n da manhã.

O estimavel estudante paraense Benedi-eto Lopes, filho do nosso prezado amigo sr.Viriato Lopes David, acaba de fazer a mvantagem seus preparatórios na Capital Fe-deral

A assembléa geial dos sócios da Praça doCommercio está convocada para o dia ió demarço, afim de ouvir o relatório deeleger novo corpo diligenteanno.

Ante-hontem por falta de numero não severificou a reunião.

1896 ecorrente

Vae seguir até a Bahia o ilíustre e estima-vel sr. desembargador Napoleão Simões deOliveira, que alli se demorará cerca de doismezes.

Em carta attenciosissima diversos mora-dores da estrada da Independência recla-mam a attenção da Folha para a constru-cção exagerada de barracas naquelle local,onde, segundo elles, é isso por lei prohi-bido.

,«Taes pardieiros, diz um trecho da carta,i$3o são construídos, como se diz, por gentede poucos recursos para se porem ao abrigodas exigências de proprietários. Ao contra-rio, desde m«ito tempo esse gênero de con--trucçãi Morado por um certo numerode f. I'" ^js que, comj_nsiç_nifír->"*- - ^ifâl,.fazem lucros enormes "rima-nife-to prejuízo do emi/w, uj nos-sos arrabaldes».

Os reclamantes affirmam que se a in-tendência auizesse poderia' impedir o quese está faze,i_o agora mesmo, nesse gênero,em frerte ao Museu.

Verificada a existência dessa irregulari-dade, outros votos não podemos ter por nos-sa vez.

Devido ao excesso de matéria editorialpara a edição de hoje, fomos compellidos aadiar para a de amanha vários artigos jácompostos e outras publicações pagas.

Entre aquelles ficam o 7.» da Questão dascarnes, do nosso amigo sr. dr. Corrêa Men-des; entre estas o interessante relatório daconceituada e prospera companhia de segu-ros Previdente.

Confeccionado pel.o dr. chefe de seguran-ça, foi já submettido á appnvação do go-vernador do Estado o novo regulamentopaia os vehiculos d'esta capital.

Ao que nos infounam, s. exc;a bem es-forçou-se para sanar varias lacunas e irregi'laridades de que desde muito resenti?este serviço.

Além das demais disposições, é esta a wbella que acompanha o novo regulamento :Carro tomado por hora, embora no mes-mo sigam passageiros até a lotação:k.0r.a7 5*000Cada hora que exceder á primeira 3focoUma corrida ou viagem de um ponto aoutro determinado:

Da praça da Independência á praça daRepublica, S. José, Baptista Campos e Arse-nal de Marinha (por passageiros).. 3S000Idem, idem da praça da |Indepen-dencia á praça Floriano Peixoto SS;coIdem, idem da praça da Indepen-dencia ao Marco da L«gua. . . 158000Idem, idem da praça da Indepen-dencia á praça chefe de esqua-dra Pedro da Cunha (largo deS. João do Bruno) . . ; . , 88000De qualquer ponto da cidade aocemitério de S Izabel'.... 15J000Quando a viagem for feita das 10 horasda noite até ás b da manhã, os preços se-rão augmentados com mais 38000.Carros tomados por ajuste para ca-samentos .•¦•..... 5oS:ooidem, idem, idem para baptisados 158000Para os pontos não designados n'esta ta-bella ou não incluídos nas zonas pela mesmaindicados, o preço será previamente ajusta-do, não podendo exceder o máximo do

preço das viagens feitas por hora.A hora principiada será contada porin-teiro.

A New-Home ó a melhor ma-onina conhecida para costura.

Hoje á tarde uma banda de musica doRegimento Militar do Estado tocará no ele-gante pavilhão do largo da Pólvora.

Continuamos a ter reclamações contra oserviço da caixa econômica.

Aliás a quasi unanimidade d'ellas reco-nhece a impossibilidade em que está o sr.dr. Para-assú, integro director do estabeleci-mento, de melhorai-o na medida do que de-via ser feito.

A incúria do governo federal é que já nãose explica, especialmente sabendo, como nóssabemos, que de tudo está a par,

Aquillo já chegou ao ponto de, tanto ha-verem lá demorado umas cadernetas paracontagem de juros, que ao recebel-as a parteos ratos já as haviam roido I

Parece incrível, mas c a triste realidade.Mais uma vez terá, comtudo, o ministério

da fazenda noticia do abandono em que poraqui andam essas cousas.

Fizeram-nos uma reclamaçãi, que comoum pedido endereçamos ao ilíustre sr. dr.Emilio Goeldi. *—Por falta de cartões de.ignativos ou de

qualquer expediente mais pratico e segurotem-se dado no Museu, em dias de muitaconcorrência trocas propositaes de chapéose guarda-chuvas.A reclamavão se torna sempre impossível

porque nao ha uma prova especial e certoque a acompanhe, como haveria no regimendos cartões numerados.

Fácil como é de remediar tal cousa, pedi-mos ao infatigavel sr. dr. Goeldi sua esclare-cida attenção para ella.Qualquer piovidcnda a tomar fó em be-neficio viiá a ser do estabelecimento em hôahora confiad., á sua diiecçãj competentissi-

ma e superior.

Ao o mmandante da rortale.a da barrafoi encaminhada uma petição do preso dejustiça Fileto Antonio de Oliveira, recolhi-'uo ,1 cadeia de S. José.

Page 3: 120 RS. EDIÇÃO ROSAmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1897_00438.pdf · ESTADO BO PARI —ESTADOS UNIDOS 10 BRASIL ISSIGNITÜRiS PARA A AMAZÔNIA Semestre ._ lõfooo Anuo 309000

m^. iiç?.-«.í,--

Folha do Horte —14 -de março de 1897 3

JgfiSpO M^JCOR ESTABELECIMENTO DO BRASIL!!

ondo o pLiblico encontra de tudo quanto precisa e mais barato!!tarios—MOURISCA. BARROS & DELFIM—Rua de Santo Antonio, n. 39—PARÁ

mMarca registrada

¦-.

Falleceu ante-hontem ás 8 horas da noiteno hospital de catidade o infeliz ManoelAntonio de Lima, que, conforme noticia-mos, fora gravemente ferido na noute deIO do corrente por Gonçalo Antonio Oli-veira na refinação de asssucar de AntonioFrancisco Vieira de Magalhães, sita á tra-vessa de S. Antonio, canto da rua do Ria-chuelo.

A cidade foi policiada ante-hontem ánoite por 208 praças do Regimento Mili-tar do Estado.

Na enfermaria da cadeia de S. José con-tinuam em tratamento 3 presos.

Esteve hontem de permanência na esta-ção de policia o sr. subprefeito da Trin-dade.

Hoje fará serviço ali o sr. subprefeito deNazareth.

Termina amanha o praso marcado peloLloyd Brasileiro para /o recebimento depropostas para os reparos de que carece

trapiche da Sub-gerencia.

S Amanhã ás .0,/horas do dia haverá ses-•'» '<i arsp-»-* >éafretai na Companhia de'ea/get

[ aiança

O vapor «Hilary» sahirá amanha á noi-te para Manáos.

Hoje ás 6 i|2 da tarde ha sessão naSociedade Beneficente Alliança Guajarinapara proseguir-se na discussão dos estatu-tos.

Amanhã ás 6 112 horas do dia celebra-se missa em Nazareth por alma de JoãoLopes de Figueiredo, fallecido em Cametá.

Ha hoje ás 3 horas da tarde sessão naSociedade Fraternidade Odivellense em casado professor Santos, á praça chefe de es-quadra Pedro da Cunha.

Hoje ás 8 H2 horas da manhã ha ses-sao no Grêmio Litterario Portuguez, afimde serem empossados os funecionarios elei-tos para o corretor. anno e lido o relato-tio da directoria de iSoó, bem coma o

JSSSj^^BSMí?:™ 7Vai "Kofe -panróS nos Pauhiny e Acrp

.vapor «Cidade de Mazagão».|Km;.([--) \

Está annucciada para sabBado vindouroa partida da Assembléa Paraense, relativaa este mez.

Foram transferidos para o dia 18 os exa-mes de praticantes do Correio e que deviamrealisar-se amanhã.

A legitima HcsJ^Honie só se ven-do no OENTRO OOMMERCIAL PARAENSEdo Moreira dos Santos & Comp.,—ÚNICOSagentes, rua 15 do Novembro, n. 8.

O cidadão Marcos Balieiio de Sousa foinomeado carcereiro da cadeia de Oeiras.

O Museu Paraense estará hoje franco ávisitação publica, das 8 ás 11 da manhã edas 3 ás 5 da tarde.

Rocha Silva & G." vão retirar do depositodo Aura 50 caixas de pólvora nacional.

Vão ser feitos vários reparos na depen-dencia de palácio, onde está installada asecretaria do governo.

Foi declarado ao inspector d'alfandegaque parte do matei ial do monumento áRepublica veio consignado a Emilio Mar-tiras.

O inspector da Companhia de Bombei-ros vae informar á Câmara dos Deputadossobre o orçamento do material destinadoaquella Companhia.

O governo recommendou ao inspector dothesouro que mande fornecer á Companhiade Bombeiros, 40 camas de ferro com oscolchões e travesseiros.

Pela governo foi approvada a arremata-çao feita nos dias 2, 5 e 15 do mez findona repaitiçao de obras publica para for-necimento de diversos objectos a immi-grantes.

Ao director da repartição de obras pu-blicas, recommendou o governo que, comurgência, mande organisar planta e orça-mento de uma ponte-trapiche em logar quepara tal se preste, na villa de Portei, deaccordo com a veiba consignada na lei n.434 de 21 de Maio do anno passado.

A repartição de obras publicas vae en-viar, com urgência, á secretaria do gover-no a planta e orçamento dos trabalhos afazer com a canalisação d'agua em Óbidos.

A repartição de obras publicas vae in-formar, cora urgência, sabre os prejuízossoffridos por Bernardino Bentes em obrasexecutadas n'aquel!a repartição.

Hoje á 1 hora da tarde ha sessão naSociedade Beneficente dos Carreiros Brasi-leiros.

Na intendencia foram hontem c ^mpridasas sepulturas do cemitério de S. Izabel, n.15.332, por dd. Plácida de Mattos OrnellasFeneira e Justina de Mattos Ferreira Faria,e n. 17.988, por Antonio Leite.

Pioccdente de Manáos, é amanhã espe-rado em-nosso porto o paquete nacional«Alagoas».

Desertou do corpo de cavallaria a praçaJoão Raulino doi Santos.

Ao procurador geral do Estado foi enca-minhada uma petição do preso de justiçaAntonio Francisco dos Santos.

Foram hontem detidos na estação poli-ciai: Fernando Roquette, 43 annos, portu-guez, marítimo, branco, por desordens, áordem do subprefeito da Sé; João Francis-co Soares, 25 annos, parahybano, ferreiro,pardo, por embriaguez e desordens, á ordemdo subprefeito da Trindade; Manuel Alvesde Britto, 25 annos, paraense, pardo, pa-deiro, por desordens, á ordem do subpre-eito de Nazareth.

NOTAS ARTÍSTICAS

A' entrada do theatro da Paz, ante-hon-tem á noite, a direcção da companhia Tom-ba e a empreza pediam ao publico, emboletim d?, ultima hora, desculpas caso arepresentação do Fta-Diavolo tivesse exitomenos agradável.

Determinara esse pedido súbito, aindaque passageiro, incommodo de que fora ac-commettido o tenor R. Sartori. '¦'-,

Foi utilissima essa prevenção.

Amanhã não trabalha a CompanhiaTomba.

Em recita de assignatura é possível quena terça-feira suba á scena uma bellíssimapartitura—Rafado e la Foinaiina.

Os últimos jornaes que temos, recebidosde Paris, registram, e entre elles a chroni-ca theatral do Figaro, o brilhante exito comque Leonor Rivero reappareceu no palcoparisiense na KifKif, atrahente revista quefazia as delicias dos espectadores do Eldo-rado.

A Rivero regressa para o Brasil em Maio.

Um acto de justiça.Ao assumir ante-hontem a regência da

orchestra,. no..,theatro da Paz, e ap' terrrJi-,,nar0a3caprichosa exequgapjdarouyàrturaao-

fo,iWA,#-c<**iftPn«io8-á, ovjicâo. •«Maiida a verdade que se diga que a or-iejstr%tfateve. ••quasi irreprehensivel essa

noute.

O Rio continua a ser a terra das revis-tas. Admira até o estrondoso suecesso quelá fez o Vendedot de Pássaros, em 96.

Agora está uma nova revista O Lambe-Feras a fazer barulho.

A sr." Protti, da Companhia Tomba, quefora accommettida de gravíssimos incom-modos gástricos, está em franca convales-cença.

PUBLICAÇÕES A PEDIDO

Totó de reconhecimentoIllustre Sr. Redactor da FOLHA DA norte.

—Peço-lhe o obséquio de inserir em seuconceituado jornal as linhas seguintes :

Achando-me em franca convalescença deuma pertinaz enfermidade, com a qual luteimais d'um anno, cumpre-me o dever de virpela imprensa tornar bem patente o meu re-conhecimento para com o exímio e distinetoclinico, o exm. sr. dr. Almeida Pernambucoe o muito distineto sr. dr. Américo M. SantaRosa, pela maneira carinhosa e feliz com queme operaram.

Não podia ter sido mais acertada a minhaentrada no hospital D. Luiz I, onde fui ope-rado e tratado.

Tornou-se-me menos doloroso o soffri-mento e mais breves os dias n'esta casa deverdadeira beneficência e humanidade.

Encontra-se nos seus dignos mordomos,administrador e no próprio enfermeiro a me-lhor vontade, zelo, actividade e intelligencia.Só agora sei o quanto é digno de bôa notaeste hospital. Ha pouco foi-me elle recom-mendado; hoje sou eu que o recommendoa todos cujos soffrimentos queiram vêr embreve debellados e como eu sentirão a mes-ma grata impressão.

Pará, 14 de marco de 1897.

Serafim G. da Fonseca.

AO NOSSO PRESADO TIO

Olyntho de Uma,actualmente no Rio de Janeiro, enviamosamplexos pelo seu anniversario natalicio nodia de hoje.

Pará, 13 de março de 1897.Nozinho.Paquita,

•———m—yt-m a m* a—t——

AnniversarioCompleta hoje (13 do corrente) 30 annos

de idade o conhecido clinico paraense dr.José Ribeiro.

S. s. ainda na flor da idade, modesto e la-borioso, é um dos clínicos mais estimados eapieciados pela distineta sociedade bele-mense.

Perdeu-seUm medalhão de ouro para relógio

com o monogramma E D em platina,eiitregan lo--o no escriptorio d'estejornal se dará gratificação.

Pará, 11 de março de 1897.

E<1. Dubourjal1 irwniiiUI -e> •*¦#»> •*> mrn ¦ w

Ceitifico quo a tosse que soffri durante oito mozesidosapparflceu por completo com o uso das Pílulas Ex-pectoruntes do dr. Heiazslmami.

Juan B Saraiva, (x6(Firma reconhecida).

Fechamento de portasAos srs. fiscaes da Intendencia recom-

mendamos a irregularidade com que umabarbearia, á calçada do Collegi ¦>, illude apostura do fechamento aos domingos, tendoannexado a essa officina um botequim, quelhe dá franco accesso.

Barbeii os prejudicados.

BACUBYPelo dia de hontem fellicitam em pencaos consocios do «Nó»

Caixa de Óculos.Caiado).Cobra.Papagaio moleiro.Matomba.Banana.Pau Pielo.Uiysses.

UMA CURA MARAVILHOSAPELO LICOR PARAENSE

Srs, Budriçuet Vidigal ô- Comp,

Tendo uma minha sobrinha sido atacadade horríveis acce.sos de febres, e quasi prós-tada pela terrível moléstia, comprei um vi-dro do seu maravilhoso Licor Paraense e ásprimeiras dozes desappareceram as febres,nao chegando a tomar metade do vidropara ficar completamente curada.

A'vista do maravilhoso effeito, recom-raendo a todos que soffererem de febres e se-z"i?es, o seu poderoso Licor Paraense, porqueé hoje o especifico mais infallivel contraeste mal.

Pedindo a vmes. que tornem publico embem da humanidade soffredora esta cura ra-diçal do Licor Paraense, sou

De V. am°.Pará, 20 de Julho de i8çs.—An/onir

Sisva Castro.—Firma reconhecida.

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Peitoral d,BRILHANTES CUR\

Victima durante 3c;brunhadora bronchite'^improficuos todos os re,Sr. João Coelho de Que\calmente com o uso do Irá, de Souza Soares. )

—A Exm.a esposa do 1Gomes, vice-cônsul de PtParanaguá, padecendo di! •zes de uma bronchite do ,tabeleceu-se completamen,nas de quatro frascos, ten)inutilmente cerca de cinco;dios!

—Dous frascos apenasSr. commendador Antonio .de uma grave bronchite. \—Em casa do commerciijVirissimo da Costa, uma criaigravíssima bronchite capillar,!o uso de Ires frascos. \ ,

—O Sr. tenente-coronel Si\atormentado durante 4 annos \rivel bronchite, apenas com 6 )beleceu-se completamente. \

—Em menos de tres dias',major honorário Francisto GoiS,curou-se de uma forte bronchit\

—Dous filhos do commerciatDomingues (Je Jesus Braz, que pkmuitos mezes de uma desesperar.'chite, rebelde a todos os remedigados, curaram-se radicalmente;de um mez.

Os ageriRodrigues, Vidigal 6] ¦¦¦¦¦¦ r

Milhares do pessoas são anêmicas eldebei-mento as creanças, porquo ignoram que as 1rugíaosaa do dr. Heinzelmann são efficazesenfermidades. \

Sou testemunha de muitíssimos doentes cu'estas pílulas. \

Dr. Josi A. M\(Firma reconhecida).

ESPECÍFICOS

HENRIQUE E. N. SANTOS

. BLENOL,—r-ni-a ínflammações e corri-

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Á Amazônia:Communicamos aos nossos bons amigos e

freguezes que a nossa officina está capricho-samente montada, sob a direcção de um ha-bil cortador alfaiate extrangeiro, e dispõe deperfeitos operários, aptos para satisfazeremas exigências da moda e da elegância.

Rogamos a honra de uma visita.

JOÃO CORREIA &-COMP.Alfaiataria Internacional

RUA TREZE DE MAIO, NUM 68-CANTO DA TRAVESSA DE SÃO MATHEUS

Precisa-se de officiaes costi*-

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\'.V:\

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Nem ao menos um aiIr '

«Illm. sr.—W com summo prazer que tomo';dade do enviar-lhe estas linhas, para mostr-meu reconhecimento o gratidão. \

«Accommottido, ha mais do 5 mezes, do 1flagcllo.—As Sezões—sem quo houvesse um r\que ao monos desse um alllvio aos meus soffrirpude restabclcccr-mo em miinha saudo, num sassim posso dizer, usando do Licor do Café QuBeirão,

«Britou um só vidro para a cura radical, e oxeconirucndado a muitas pessoas atacadas desse,que fazendo uso uso delle, tom ficado immediatate curadas.

«Sâo bem merecidos os nomes de — Remédio Se.rei dos remédios, inspiração do céu, etc*, o sirva resta de testemunho verdadeiro de quo n&o h;*medicamento melhor do que e'*~ •

c V. S. pôde utUisar-so desSou do V. S. Cr." Att." ObriCosta. /' '..

clgarapé-assú, 5 de Agos>'—-r"Medi

DR. COSTA LIMA,'Com/ pi<u.._<v 4UÍnze|annos de clinica, depois de ter completadoos seus estudos na Europa, principalmente'nos hospitaes de Vienna, offerece os seus ¦serviços á distineta sociedade paraense.

Especialidades— Partos, moléstias de se-nhoras, da pelle e dos ouvidos.

Residência—Estrada S. Jeronymo, junto aon. 62. Consultório—Pharmacia Cezar San-tos, de 1 ás 2 horas e Chermont de 2 ás 3da taide. Recebe chamados a qualquer hora.

(6in. 11 1 —h»-t»-**-*Mtsamm ¦

Soffrendo atrozmente do estômago o difíiceis diges-toes, certifico quo cuiei*mo tomando as Pílulas Antt-dyspcpticas do dr. Heinzelmann.

Dr. Alberto R. llernandei, (19(Firma reconhecidi).

Page 4: 120 RS. EDIÇÃO ROSAmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1897_00438.pdf · ESTADO BO PARI —ESTADOS UNIDOS 10 BRASIL ISSIGNITÜRiS PARA A AMAZÔNIA Semestre ._ lõfooo Anuo 309000

<£.

4 Folha do Norte — 14 de março de 1897

...tini lo GoinHiercioÍ5 r-e março de 1897.

Mercaif.o <-e cambioO mercado no Rio -büo hoje a 7 15116

fume, dando um banco 3 d., tornando-segeral esta t^x* mais tarde.

Telegrammas da uliima hora avisam tero mercado fechado frouxo a 8 d. cemcompradores de papel particular a estataxa.

Aqui os bancos afixaram a tabeliã de7 15116, e saesram de tarde a 8 d. naosendo porém geral a esta taxa.

Os bancos oílereciam comprar papel par-ticular a 8 ijió, nao constando transacçaoalguma por falta absoluta de letras.

BorrachaContinua o mercado sem suprimento de

qualquer soite.Daa Ilhas é cotada nominalmente a 78700

e 38700.Fecha amanha, pela manha, para New-

York o «Granjense» com .|8o toneladasd'.tqui e de Manáos.

Ha ainda em primeiras mãos um stocknao inferior a 320 tz-neladas do Seilao.

Moviuienío da JtolsaDia 12, até ds 3 horas da tarde.

Corretor Antonio Sousa.

VENDAS:60 acçOes do Banco do Pará, a 146S.50 ditas da Companhia de Seguros Pre-

vidente, a 758000.20 ditas da Companhia de Seguros Pa-

raense, a 155S000.700 ditas do Banco do Amazonas, com

dividendo, a 1408000.200 ditas do mesmo Banco, a 1268000.

50 ditas do mesmo Banco, a 1228503.

1080 títulos.

Embarcações § despachadas

o.-~ vhou do-ca-

Companhia de Seguros Segurança

REI.ATO._liODA

Directoria a apresentar 0111 assemblèa gerados accionistas em 15 do março de 1897

SRS. ACCIONISTAS.¦

Vimos cumprir o nosso dever, prestando-vos conta de nossa administração durante oanno próximo passado e começamos por ex •por-vos um facto para o qual solicitamos avossa attençao.

A renda da Companhia no ultimo semes-tre, decresceu e muito; a causa, comquantoestejamos convencidos de que já a deveissaber, julgamo-nos todavia na obrigação decommunicar-vol-a.

Em 29 de maio d'esse anno, organisou-sen'este Estado mais urna Companhia de Se-guros com a denominação Previdente, sendoalguns dos seu3 incorporadores os maioreidos nossos segurados, cuji conseqüência erafácil de prever-se, a retirada ds seus segurosde nossa Companhia.

Logo depois de installada essa Companhia,um syndicato fora creado também; e, naoobstante ser elle composto de uma pequenaagremiação de commerciantes d'esta praça,tendo por fim segutarem as suas propiiasmercadorias, nao deixou por isso de tambémconcorrer muito para escassear as nossasrendas.

Apezar d'isso, srs. accionistas, esta directo-ria tem empregado todos os seus esforços naacquisiçao de novos segurados, como altestao balanço que ella tem a honra de submet-ter ao vosso exame.

Existem 267 apólices geraes de rs. 1.0008,1 de rs 6008 e 8 de rs. 200$ representandors. 270:3838400; 339 apólices do Estado dejuros de 5 °(0 de rs. 1.000$ na importânciade rs. 340:3868200 e 192 ditas de juros de6°[o de «li-ersos valores pela de rs. 78:100$;ao todo rs. 688:8698600.

Acham-se estes titulos sob a 'guirda

doBanco Commercial do Pará, exceptuando-se140 apólices do Empréstimo Interno do Go-verno Federal, de 1895, compradas por in-termedio do Banco Norte do Brasil e 30 di-tas compadas ao Banco do Pará, cujas cau-tellas dos mencionados Bancos estão emnosso poder para serem trocadas- pelos titu-.los definitivos.

DIVIDENDOS

O do i.° semestre foi de rs, 108 e o .!<• 1 o'e rs. 68 por arca..

VA.ORI-i A ENTRAR

N. «a*

Alagoas, dn Mantos ifíMà*ànhãQ. do Sul 16Lisbonense, do NiwYtrk 17Madeircnse, do Man.-os 17Cyril, da Europa 17Bazil, da Europa 18Paraense, do Coará 20OrienU de Mandes 20Planttii, do Mancos 22Anselm. da Europa 21Gregory da Kiíropa 2,|Maranhão, do Mandos 2 >Alue do Sol 26Manauense, da Europa 27Sobralense, de Manáos »7Ihlary, de Manáos 3»)

VAPORES A SAHIR

Granjense, para New-Yoik hojeOriente, para Manáos {nojoAlagoas, para o Sul 15Lanfranc, para Manáos 16Maranhão, para Manáos IÜMadeircnse, para Europa 20Lisbonense, para Maranhão o Ccnrá 20Planeta, para o Sul atOriente, para Maranhão 21Domtnic, para Manáos 23Paraense, para New-York 24Maranhão, para o Sul 25Anselm, para Maranhão e Ceará 27Alice, para o Sul 29Sobralense, para Europa 03Manauense, para Manáos 30

Declarações e avisos

Grêmio Litterario PortuguezASSEMBLÈA GERAL ORDINÁRIA

Por ordem do sr. pn sidento o em harmonia com oquo dispõe o art 33 dos estatutos, convido os dignossócios a reunir-se cm sessão ord.naii.i do assemblèageral no próximo domingo 14 do corrente ás 8 r[2horas da manhã, afim do serem empossados os func-cionarios de 1897 e ser lido o relatório da directoriado 1896, bem cciuo o pareoer da commi são do exa-mo de contas-

Fará, 9 de março de 1897.

A. Sampaio.Ia secrctirio da assemblèa geral. {1

Associação Dramatica,R-cercativa c BenoílcentoSARAU DANSANTE

Dc ordem da comntieeão promotora do sar*u dan-santo, a realizar-se em 20 do comute, aviso aos srssócios que desde hoje estão o. ingicssos á sua dispo*sição, d ove ndo ser piocuiado. no recinto social, ú?s 8ás 10 horas da noite

Previno mais quo, para obter o respectivo ingresso,-ó unicamento necessário apresen*ar o recibo ái iluen-te moz. ;

Pedido do convites r.*" '" *' •* ','" ?-r

Companhia de SegurosLealdade

QUARTO DIVIDENDOPaga-se este dividendo, nus horas do'expediente, de

r de.março em diante, nt ésrrtptoiio da Companhia,á trav.ssii dr Kn.etub*o Guimarães n r j, dt írwitu daigti.ja dt» Metrôs, á in:;.-o de 8"| sobre o capitalic.ílisad", cu 4$uOo por acção.

Par**, 2Ó de ff.v.?rciro de 1E9;.

On diier.loies,'Manoel Pirrira (HosRicardo /'.•• * eira L />.-Alf.van.itf À-t/í.*/..

Jockey-CÊsaÊ. ParaenseASSEMBLÈA GERAL

Na foi mi do artigo 42 dos catwtut.s, o para o fimn'(t)le preyciij.to, convido a* s srs. ucci. mistas para asessão de a.souibl-ia g«. ai. quo r.o iealisará em ia deabril próximo, na sódo da S< ctedude, á rua da In-dustiia n. 56, á I hora di t.rde

Pará, 10 do ma'ço d.) 1897.O p.esidente,

Manoel Pereira Dias.

R».?I S :cie lade Portaguza BenificenteT>e o. dom do illm. sr presidente, convido os snrs.

sócios a reunirem-se em se.são extraordinária de ;.s-semblei geral, (pio terá 1 g.ir rs 6 horas di trdu de21 do corrente niez áíiiri de snr apreseut da, p lá dire-ctoria, ura» firoposta para rcfo.ma dos estatutos d'eslareal HocÍf-di.do

Sula das ses-üc. da Real Sociedade 1'oituguez.i Be-nt-fi cento, r.o Pará, em 10 do março do 1897—Fnin-cisco Júlio Péieiià, 1" secretario da assemblóa geral.

AVISOS MARÍTIMOS

Amazon Steam Navigation Company, Limitei

VIAGEM AO RIO JURUA

O paquete a vapor «Prudente do Moraes-#,comaian-dante o i.° tonento Victor Paulino.seguo viagem parao alto rio Ju-uá, ato onslo pcrmittír a navegação, nodia 15 >.e março vindouro, ia 9 horas du manhã'.

Recebe carga ató o dia 13 nem só para o rio Ju-rui como para Mwnios.

O eng**j. mento do ca-ga o fretes, trata-so directa-mente cum o sr gerente.

Ainda ha praça para 4 noo volumesO expediente dVsta viagem será dado na véspera

da partida, rás 3 horas da tarde.Bclcm -2 do fevereiro do 1897,

LINHA DO PINHEIRO /J

•.om do sr. governador do EsJ/ado, fica alto-¦¦*' f

"*'~'"\ da linha do Pinheiro /o seguiuto mo-Sdia 10 do corrente y" '-'a d" vapor/ d\ste porto seri

'"-•Kjucllo/á 1 i[i datordo,/-ra7.fieniçAí>.

' »_Çf- j

-.íados, a snlefa dovTjnliutr- !Amando as outras oomo fi-'.,L. ¦"<¦<¦. l,43

OSS LENE

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J das preparações ántisep-ticas elogiadas para curar as

Doençasdas VIAS URINARIAS

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^|P(IED*LIHS EM PABIS^Bv

% *r W.^kUrlÁúiiiciliirHtik^i •* 9\% IAIIÚPc è ?âST.f; Jo Dr líO 4 §

y± Contra 3 a IrritaçÕet do petto, &^L Cor. «ripacões, CatarrhoÊ, J?

PEITORAL-2EB

\.

iffiANJENSE»/> segue para Now-York (viaj correnle. Recobe malas o pas-¦ da manhã,

o I8p7.

hurii, Brochlthurst Gr> Comp

\. R COSTEIRAj

i Juiuá, em a noite 17 do\. "L»s para o quo d'«p3o do L

corrente,bons cern-

com mondas no escript 1Í0 d». M Ho

no trapiche Auxiliar até o dia da

,5s_i .*v¦.!*_*._•.,«-- «si •*;L:M

Boiang.al. -» ÀLagnna c!o Nobie», no rio La-

;<i-se seri' g;il sem condição, com,3 de d>:s<:anço e em l tes de iojra cima.

aqui com Thnmé de Vilhenao iLnguna do N brt» com o pro-*<*.:¦•¦•.¦•

í <

o de Novembro de 189*).

-attençaoJb-iro & Ca, propiietarir.s das cf-le mármore uma á rua da Indus-88 e outra em frente ao cemitério

ta Izabel, participam ao publ?co emue resolveram fazer grande reducç.o

. ;eços de pedras para moveis e tudo'diz respeito a mármore..uta-se qualquer encommenda em

bre, com esculptura e architectura;' em alto ou baixo relevo, ce g stos

. jiísde dos exms. freguezes, assim comoi.m fornecemos desenhpi para esco-

.'á vontade das pessoas que as requi-iem, pois os temos em grande quanti-1} e de variado gosto.ixecuta-se qualquer encommenda commáxima agencia, para o que dispomos

í muito pessoal, habilitado a b m servir/publico.

.;Garantimos a boa execução dos traba-ps que nos forem confiados.

É VÊR PARA CRERRUA DA INDUSTRIA, 88. (49

_, -¦—-—- ..-- --—¦-.,-.. ¦¦-¦¦_,¦- 1. . .-. ¦.¦-¦-e»—.i-ii--

I.I<ÍXTII>Ail<.Madame Júlio Herrmann, tendo de se re-

•Jtirar para a Europa no próximo mez, previ-j] ne seus amáveis freguezes e o povo em ge-I ral, que está fazendo liquidação de todas as

ferfumarias e objectos de fantasia, exi- tentes¦ '1 aos 100:000 paletots, def on-l— FRKÇOS SEM COMPETÊNCIA.

(4

jin-eloiciai.

(5. *}

r\

ura emfs a sua'ti Cons-I dtscm-

.6 o 8 e um terreno aonquís; trato-se com oj escriptorio, á traves-»

(3

TerrenoVende-se um magnífico para rdificar, com

9 i]2 braças d« frente e 28 dita? de fundo,na Estrada de S. Jerónyrnp, peito do cantoda Estrada Dois de Dezembro.

Está todo cercado, tem algurr.as arvoresfruetiferas, é plano e direita, está numa lo-ralidade esplendida, e vende-se em conta.

A tratar com o corretor Antonio Sousa, átravessa de S. Matheus. (5

Obras de vimeCarrin' os para creançcs, c >to toldo, foltios elogan-

tes, xarflei para roupa, ditos para pfio e frueta. cestaid**arco e balaios para pa iarias tabole:roe para het >ii

poiros par* roltnlro e para familia..IftADA. i !nrs« ÇiU-poi Sallta

i.Mtabbeè'dó-peito,RèsfriariiQrrtottGgt&rRWmoM.*WHÍà*. \•'^ü-.; r«rr..iyduo..!i^_-flik101—*-. oa sup 3l>sbi.7"í. k.;"-".M

B^*&$8e^szm<'^z£&5£3ÈasjWntwáÊ'

HOVÂ lAIÂDElB

idrcii.! Sft».

D-CONSTÂNTIN PAULMEMBRO DA ACAnSMIA DE MEDICINA

Hedlco dois noívfiuaee sle ParleModelo depositado

Medalho de Oura, Parle I88S

Adoptada. nos Iiospita.es de ParisDoposlto gerei : P. LEPLANQUAIS

te, Bouteoard Magenta, Parts.No PARA : CARVALHO LEITE «1 C"

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Palpitaçoes, Su/I-oaçõesOppreBB&o, Asthma, Catarrho

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Relatório favorável da Academia de .edicina de PirUApprovados pela Junta de Hygiene do Urazil.

Devo-sa exigir sobre oada Frasco os nomesi» E. MOÜSNIEReD«L, PAPILLAUDDeposite Gorai: Pli»• GI GON,7,r.Coq-Hérou, Paris

K Eli IODAS AS PnlNCIPAES P-AIMACIAS.

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' f

Vinho velho do Horto«ADRIÃO»

A extraordinária e mu:to justa reputaçãode que g^za este geneioso vinho nos merca-dos do sul, vae se manifestando na nossapraça, de uma furma promeitedora. Assim oattesta a grande procura já obtida e a qualserá d'agora em diante melhermente satis-feita, em conseqüência do maior vulto e fre-quencia das remessas.

E' com júbilo que registramos o apreço eas conquistas alcançadas ptlo excellente vi-nho ADRIÃO.

A propósito julgamos acertado pievenircontra qualquer equivoco :

Quando comprarem o vinho veiifiquembem se é ADRIÃO, de que sao

Únicos imporMoros neslii cida !ol/Iiv.i

E.fHntb Aives & C.l (I1

Chamam s a attençao dos srs. rJPò^neti-rios para a inscripção da 3/ corrida extra-ordinária, que fechará ás 7 horas da noitedo dia 15.

O projecto desde já se encentra na secre-taria desta sociedade.

Pará, 11 demaiçode 1897.—-;// While,secretario. (2

Chapas de espelhoslizas e de crystalo,vaes e quadradas para te-vatorios, toilettes c guarda-vestidos.

Despachou a Cadeira de Prata deAlbino Francisco Pereira & C*

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À todos.Gazeta Tlioatral-Littoraria-Mii-ical-IIlustratla ' -<•

publicada om Suo PauloAGENTE NO PARA:—R L. BITTENCOURT

A Livraria Bittencourt ~a única casa onde se encontram musicas lin-dksimas, recebidas por todes os vapores.

SeTi folar no maior numero, menciona-seas que mais s. bresaem pelo primor da com-prsiçao e deleite da harmonia, que se têmimposto ao agrado geral:

WALSAS.-—In sweet repose, Prohe-kuss, Ninetta, Valsons toujours, Le ré-veil de la rose, bouton en fleur;'blt-ter Sweet, B rag anca, Myosotis, Coquet-te, Brézilienne, L'immensit_, Sem ti nAoposso viver, Bella paulista, Crê e espe-ra, Consuelo, Madrioal, Viver paraamar, Ange d'amour, Madrilena,'Mar-garitas, Mire usted, Senorita, Sobera-na, Me gusta usted, Muciiacha, More-ninha, (Carlos Gomes) etc, etc.

SCHOTT/SCIIS.-—T)EL.imo, Sultana,Pequetita, Betjos de anjo, EsplendidoMaçSsinha, Priminha, Fregolina, Ten-taçAo, Resed_, Ciiarmi en pas de qua-tre, etc. etc.

POLKAS:—Bismark, Camilla, Nuvemde pássaros, Dá-me um beijo?, Pequeni-na, Edith, Cubana, Despantins, Quegraça !!!, I-Q7, etc, etc.

MAZURKAS:—L'esperance, Plainte,A phantasia, Beli e americaine, etc, etc.

QUADRILHAS:-Grande collecçao dasmais lindas.

OPERAS:—Dt Carl . Gemes, Mascagni,Venanzi e outros.

—Em principio de março epera-se umavariada collecç.o das melhores composiçOes,editadas em Buenos-Aires, Londres, Allema-nhaje Itália. (6

ASSENTO FIXOCadeiras americanas com assento de pau

e palhinha, ditas austríacas com e sem ba-lanço, consolos, cabides, cadeiras para cri-anca», camas, guarda-roupa, toilettes, retie-tes, lavatorios, camas de ferro e madeira, me-sas para jantar, todo o tamanho commodascom esem pedra, puarda-louça com lindosfiorOes vendem a preços razoveis na Cadeirade Prata de

EBINO FRANCISCO PEREIRA & C."travessa fructuoso Guimarães n. 50

Entre as ruas Nova e 13 de Miao

ft

APPARELHOSPara sola de jantar, compostos de mes» elástica,

guarda-louca, aparador, bilhefra, de 500$ a 1.000$,conforme a oscalha das pessoas, com pedras ou semellas, na Cadeira D ourada, atravessa Campos (SallesPa<winh>t). n. 22

Dhaiias dobradascinco variedades

No grande armazém de moveis, do Albino Fran cia-co Pereira & Comp., A travessa Fiucluoso Guitòarfies.n. 50, ontre aa ruas Nova do Sant'Anna o Troie JoMaio,

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