tratamento tÉrmico 2

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  • 11

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Tratamentos Trmicos II

    Prof. Carlos Eduardo Fortis Kwietniewski

    Departamento de Metalurgia - UFRGS

    2

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos Inoxidveis

    Pinculo (torre) do prdio da Chrysler em Nova York feito de ao inoxidvel

    3

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos inoxidveis

    Ligas especiais desenvolvidas para resistir a corrosoPrimariamente

    Outras caractersticas excelente capacidade deconformao, boa tenacidade na T ambiente e a Ts criognicas, boa resistncia oxidao e fluncia.

    Resistncia corroso: Segredo CrOutros elementos podem ser adicionados para melhorar ainda mais

    a resistncia corroso, estabilizar certas fases, incrementar as propriedades mecnicas etc...

    4

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSTipos de aos inoxidveis

    Dplex Ferrticos Austenticos

    No podem ser endurecidos por ToTo

    Podem ser encruados ou sofrerem transformao martensticainduzida por deformao plstica.

    Martensticos Podem ser temperados e revenidos para altadureza e resistncia.

    Endurecveis por precipitao

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSProjeto da liga

    Resistncia corroso mnimo de 12%CrSegredo formao de uma camada de xido deCr muito aderente superfcie do ao.

    Esta camada muito fina, de apenas algumascamadas atmicas de espessura e protege oao ou passiva em muitos ambientes corrosivos.

    Resultado os aos inox tm grandes quantidades de Cr

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSDiagramas de Fase Fe-Cr

    Cr estabiliza o Fe-Resultado %Cr

    Expanso dos campos de estabilidade das ferritas (T) e (T).12%Cr estabilidadetotal da ferrita desde a Tambiente at a T de fuso.

    Campo da expande campo da (lupa austentica)Este diagrama base de projeto dos aos inox ferrticos e martensticosMartensticos precisam formar composio dentro da lupa expandida (elementos qumicos) e suficiente Cr para resist. corroso.Ferrticos Cr ferrita estvel em todas as temperaturas

  • 27

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSEfeito do cromo

    medida que o campo da ferrita se expande, o da austenita se contrai, produzindo o que frequentemente conhecido como lupa austentica. Outros elementos estabilizadores da ferrita, como o vandio e o molibdnio, agem similarmente ao cromo, produzindo a lupa austentica.

    8

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSElementos de liga

    Alm do Cr Ni o elemento mais importante no projeto dosaos inoxidveis.

    Estabiliza a expande o campo austenticoCom suficiente Ni, a

    estvel em todas as Ts.

    Apenas Fe-Ni preciso30%Ni para estabilizar a .Fe-Cr-Ni resist. corroso

    Ni necessrioEx.: 18%Cr-8%Ni

    Totalmente desdebem abaixo da T ambiente at fuso.

    Aos Inox Austenticos

    9

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSElementos de liga

    Quase todos os aos inoxidveis tm trs ou mais componentes(elementos qumicos), de forma que as suas relaes de fases em funo da temperatura e composio so representadas por diagramas de fase ternrios. No caso de sistemas com mais do que trs componentes, diagramas que combinam os vrios elementos estabilizadores da austenita e ferrita so estabelecidose as fases presentes na temperatura ambiente so relacionadas aos dois grupos de elementos de liga.Freqentemente, sees verticais de sistemas ternrios, nas

    quais a quantidade de um dado componente mantida constante, so empregadas para estabelecer as condies de trabalho a quente e tratamento trmico. Por exemplo, a Figura abaixo mostra uma seo vertical atravs do sistema ternrio Fe-C-Crpara uma quantidade de 13% em peso de cromo. Esta seo vertical , assim, til na racionalizao da microestrutura de aos inoxidveis martensticos em funo da %C e T.

    10

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSElementos de liga

    11

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    A Figura abaixo mostra sees verticais para vrias quantidades constantes de ferro. Ligas ricas em cromo solidificam na forma de ferrita e aquelas ricas em nquel na forma de austenita. Contudo, muitas ligas Fe-Ni-Cr solidificam na forma de misturas de austenitae ferrita, sendo que o lquido coexiste com estas fases durante a solidificao. Estes campos de trs fases aparecem na forma de tringulos, mostrados na Figura. Assim, microestruturas ferrtico-austenticas frequentemente se desenvolvem em aos inoxidveis.

    Elementos de liga

    12

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSElementos de liga

  • 313

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSMicroestruturas

    Conforme a composio qumica microestruturas - podem serformadas.

    De fato ao inoxidvel dplex so projetados para 50% e 50% . + solda e peas fundidas

    Pequena quantidade diminui a susceptibilidade de trinca a quente e de contrao.

    Tem maior solubilidade para P e S que causam fissuraoem estruturas totalmente austenticas.

    Por outro lado, um contedo muito alto de ferrita no metal de soldaou em fundidos de aos inoxidveis austenticos pode reduzir a resistncia corroso e a tenacidade.

    14

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSDiagrama de Schaeffler

    Efeito das vrias combinaes de elementos estabilizadores da e na microestrutura final.Estabilizadores da Cr, Mo, Si e Nb Calcula-se Ni e Cr Estabilizadores da Ni, Mn, C e N equivalentes (equaes).

    15

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSDiagrama de DeLong

    O nmero ferrita (FN), que pode ser calibrado com atrao magntica, j que a austenita no magntica e a ferrita , foi selecionado pelo conselho de pesquisa em soldagem para se correlacionar com o contedo de ferrita

    16

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos inoxidveis austenticos

    Consideraes: Varivel estabilidade martensita durante a conformao a frio AISI 301,302, 304 C e uso de elementos de liga evitar carboneto de Cr corroso intergranular AISI 304L, 316L, 321 e 347. Uso de Mo para aumentar a resistncia ao ataque localizado (pites) AISI 316Uso de grandes quantidades de Ni e Cr resistncia oxidao e a alta temperatura AISI 309 e 310.

    17

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSInox austenticos - Microestrutura

    AISI 316L recozidoAtaque especial para produzir

    contraste entre gros de diferenteorientao.

    Atacado para somenterevelar os contornos de gro.

    A microestrutura basicamente degros equiaxiais de com maclas derecozimento.

    18

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSInox austenticos - Microestrutura

    Consideraes:

    Estes aos so recozidos a altas temperaturas para promover a recristalizao e dissoluo de carbonetos, seguido por resfriamentoem gua para evitar a precipitao de carbonetos (ToTo solubilizao). Propriedades mecnicas mnimas tpicas:- Tenso de escoamento 205MPa- Resistncia trao 515MPa- Alongamento 40% Propriamente processados inox austenticos so realmente monofsicos, sem carbonetos, ferrita ou outras fases, com todos os elementos de liga em soluo slida. Nesta situao, que se consegue mxima resistncia corroso.

  • 419

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSCarbonetos intergranulares

    AISI 304 com carbonetos deCr precipitados em contornode gro.

    Condio sensitizado

    Altamente susceptvel corroso intergranularcatastrfica.

    Corroso intergranular causa esgotamento de Cr ao redor doscontornos de gro devido precipitao de carboneto de Cr.

    M23C6Metal: Mo, Fe e Cr

    %Cr no M23C6 diminui localmente a %Cr da para menos do que 12%, que a % necessria para garantir inoxibilidade. 20

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSCorroso intergranular - Soluo

    Reduo do teor de C do ao Ex.: AISI 304L 3 316L (L=low carbon)

    Cintica de precipitao de M23C6 in AISI 304.

    Precipitao mais rpida

    800-900oC

    >950oC Cr e C estodissolvidos na e no existefora motriz termodinmicapara a precipitao de carboneto de Cr.

    < 500oC difuso de Cr para a formao de M23C6 precipitao paraBaseado na figura Inox austenticos so recozidos ou solubilizados a TSentre 1040 e 1150oC e resfriados rapidamente (temperados) para eliminar a sensitizao.Tratamento de solubilizao dissolve os M23C6Rpido resfriamento previne a reprecipitao de M23C6 no intervalo crtico de T

    21

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSCorroso intergranular - Soluo

    Outra abordagem eliminar a precipitao de carbonetos de cromoAdio de elementos com forte tendncia para formar carbonetos

    Ti, Nb e Ta

    Aos inox austenticos AISI 321 e 347Ti

    NbEstabilizados

    Mecanismo os elementos de liga formam carbonetos, como oTiC e NbC, reduzindo o carbono disponvel para a precipitao de M23C6.

    ToTo de estabilizao realizado entre 840-900oC so projetados paraproduzir a mais efetiva intragranular disperso de carbonetos de liga.Sob muitas condies inox austenticos estabilizados so efetivos em reduzir a formao de carboneto de Cr e ataque intergranular.Contudo ZTA dissoluo de TiC e NbC, tornando possvel a precipitaode M23C6, caso as soldas sejam mantidas ou lentamente resfriadas atravs dointervalo crtico de T. Soluo submeter a solda a um ToTo final de estabilizao. 22

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFormao de martensita

    Martensita pode ser formada em aos inox austenticos: Termicamente resfriamento abaixo da T ambiente Mecanicamente conformao mecnica a frio

    Equao para MS Aos inox austenticosMS (oF) = 75(14,6-Cr) + 110(8,9-Ni) + 60(1,33-Mn) + 50(0,47-Si)+ 30000[0,068- (C+N)]

    Elementos substitucionais Cr e Ni efeito moderado na MSElementos intersticiais C e N efeito muito forte na MS

    Forte efeito de estabilizao da comrespeito formao de martensita.

    M23C6 formam nos contornos de gro da C e Cr so removidosda adjacente MS aumenta localmente martensita pode ser formada

    23

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFormao de martensita

    Formao de martensita induzida por deformao plstica:Acontece numa T maior do que a formao de martensita no

    resfriamento.

    Parmetro MD = maior T que uma % projetada de martensita se forma sob certas condies definidas de deformao.

    Este parmetro usado para caracterizar a estabilidade da relativa deformao.

    MD30(oC) = 413 462(C+N) 9,2(Si) 8,1(Mn) 13,7(Cr) 9,5(Ni) 18,5(Mo)

    T na qual 50% de martensita formada por 30% de deformaoverdadeira em trao.

    Novamente C e N efeito muito forte na estabilidade da Resultado aos com extra baixo C (304L) so muito sensveis formao de martensita induzida por deformao plstica.Vantagem AISI 301 e 302 Cr e Ni deformao a frio formao de martensita importante aumento de resistncia mecnica. 24

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Formao de martensita induzida por deformao

    304 mais estvel menor aumento de resistncia do que 301

  • 525

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Formao de martensita induzida por deformao

    Extenso de formao de martensita depende da T, taxa de , , alm da composio qumica.

    Efeito da T e na formao de martensita induzida por no 304.

    T % martensita mesmo para % martensita taxa de % martensita 26

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSOutras fases em aos inox austenticos

    Idealmente austenticos microestruturas com 100% Contudo devido segregao durante a solidificao tende

    a se formar, sendo comum em fundidos e soldas de inox austenticos.Peas conformadas so homogeneizadas por trabalho a quente

    Pequenas sees e chapas estrutura uniforme Sees espessas e forjados trabalho a quente

    Mostram alguma intragranular

    - em um ao AISI 304LAlongada por laminao

    27

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSOutras fases em aos inox austenticos

    Ferrita- em inox austentico pode levar formao de fase-Pode afetar negativamente a ductilidade, tenacidade

    e resistncia corroso dos inox austenticos.

    Fase- caractersticas: fase intermetlica com quantidades iguaisde Fe e Cr. Estrutura cristalina complexa (tetragonal de corpo centrado)com 30 tomos por clula unitria, podendo conter outros elementos,como o Mo.Fase- em aos austenticos com Fe- forma-se nas reas de ,porque o Cr (principal elemento da ) j est concentrado nestas reas.Transformao lenta e depende da composio da liga.

    Portanto Fase- encontrada em inox austenticos queforam submetidos a longos perodos de tempo a T (500-700oC).

    Outras fases alm de ferrita, sigma e M23C6 vrios carbonetose nitretos de liga, e outras fases intermetlicas, como Laves () e chi ().

    28

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFase-

    Ao: 316T= 660oCt = 80.000h

    Extraoeletroltica deprecipitados

    29

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSOutros aos inox austenticos

    Alm dos austenticos conformados contendo ~18%Cr e 8%Ni

    Outros grupos foram desenvolvidos para aplicaes especficas.

    Cada austentico conformado tem um similar fundido comdesignao especfica.

    CF-3 304L CF-8 304 CF-3M 316L CF-8M 316Austenticos fundidos composio qumica modificada para

    facilidade de fundio.

    Particularmente % Cr e Si% Ni

    Como resultadoPresena de Fe- trinca a quente

    30

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSOutros aos inox austenticos

    Muitos austenticos so resistentes ao calorNesta classes %Cr e Ni

    Resistncia oxidao e resistncia mecnica a alta T

    Novamente existem classes conformadas e fundidas 309 e 310

    HH e HKOutras classes fundidas %C do que as classes conformadas

    Carbonetos de liga

    Importante componente microestrutural

    resistncia flunciaAustenticos resistentes ao calor usados em Ts de at 1100oC

    Muitas vezes em ambientes agressivos

  • 631

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSOutros aos inox austenticos

    Outros grupos com substituio parcial do NiAISI 200 ligados ao Mn e N (estabilizadores da )

    Propriedades e caractersticas de encruamentosimilares aos tipos 301 e 302.

    Alguns tipos % Mn e N e % Ni resistncia mecnica Trademark Nitronic tenso de escoamento: 345-480MPa

    Significativamente maior do que a srie 300

    Novo austentico super nitrogen at 1%NAinda maior resistncia com bom

    nvel de tenacidade.

    32

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSToTo de aos inox austenticos

    J visto inox austenticos no podem ser endurecidos portratamento trmico, como tmpera para formar martensita ou porendurecimento por precipitao.

    Possibilidades: Adio de elementos de liga soluo slida Conformao mecnica a frio encruamento e/ou transformao martenstica induzida por deformao plstica.

    Tratamentos trmicos: Recozimento recristalizao restaurao da ductilidade de materialencruado. Tratamentos para prevenir a precipitao de carbonetos de Cr podem incluir tratamentos de solubilizao para dissolver os carbonetosde Cr ou tratamentos de estabilizao para causar a precipitao de carbonetos de liga, reduzindo a disponibilidade de C para a precipitaode carbonetos de Cr. Alvio de tenses aplicado a soldas (cuidar com o intervalo crtico de T).

    33

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos inoxidveis Ferrticos

    Cr principal elemento de liga garante a estabilidade da paratodo o intervalo de T.C mantido baixo garantir alta tenacidade e ductilidade e

    prevenir a formao de (o carbono expande a lupa austentica).

    34

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos inoxidveis Ferrticos - Microestrutura

    Inox ferrtico recozido policristalino monofsico

    Recozimento recristalizao de material encruado760-966oCRpido resfriamento evitar a formao de fases prejudiciais

    ductilidade e tenacidade.

    35

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos inox Ferrticos Propriedades mecnicasInox ferrticos no podem ser endurecidos por ToToFerrita taxa de encruamento baixa

    Reduz a ductilidadeConsequentemente ferrticos no so frequentemente

    endurecidos por trabalho mecnico a frio.

    Propriedades mecnicas: Valores tpicos de material recozido: Tenso de escoamento 240-380MPa Resistncia trao 415-585MPa Alongamento 20-35%

    Ductilidade e tenacidade dependem de muitos fatores Temperatura T resistncia e ductilidade e tenacidade

    Inox ferrticos apresentam uma transio dctil/frgilCoalescncia de microcavidades

    ClivagemT de transio dctil/frgil

    Austenticos no(aplicaes criognicas)

    36

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos inox Ferrticos Propriedades mecnicas

    Ductilidade e tenacidade dependem de muitos fatores Tamanho de gro gro fino ductilidade e tenacidade Elementos intersticiais intersticiais ductilidade e tenacidade Partculas de segunda fase eliminao ductilidade e tenacidade

    Prticas modernas de aciaria, como desgaseificao a vcuo,permitiram uma importante reduo dos teores de C e N, quepor sua vez reduz ou mesmo elimina os precipitados de carbonetos e nitretos.

  • 737

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos inox Ferrticos Fases intermetlicas

    Inox ferrticos expostos durante operao ou processamento500-1000oC fases intermetlicas frgeisProeminenteFase-

    Domina a parte central do diagrama Fe-Cr

    Ver slide 6Fases intermetlicas combinao de Fe, Cr e Mo e outros metais

    de transio.

    Estruturas cristalinas complexas contendo muitos tomos.

    38

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos inox Ferrticos Fases intermetlicas

    Fases intermetlicas formadas a 850oC em um ao inoxidvel ferrtico 25Cr-3Mo-4Ni. Formao nos contornos e dentro dos gros. A fase-domina a microestrutura aps 300 minutos a 850oC. A presena de Ni pode levar formao de austenita adjacente fase-. Tudo indica quea diminuio dos teores de cromo e molibdnio e a concentrao de nquel em reas prximas s partculas de fase- diminuem a estabilidade da ferrita, sendo esta fase substituda ento pela austenita.

    Fase- Fase-

    39

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFases intermetlicas Cintica de formao

    Cintica de formao curva CDepende da composio

    qumica do ao.

    25Cr-3Mo-4Ni

    Menos liga tempos deincubao

    teis porque definem as faixas de temperatura que podemser usadas para dissolver as fases, bem como as faixas quedevem ser evitadas por rpido resfriamento para prevenir aprecipitao das fases intermetlicas. Tambm indicam astemperaturas de operao que devem evitadas na aplicaodos aos inoxidveis ferrticos. 40

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos Inoxidveis Martensticos

    Inox Martensticos podem ser forjados e ento ToToAustenitizao, tmpera e revenido

    Aplicaes que precisam manter o gume de corte,alta resistncia, alta dureza e resistncia ao desgaste.

    ToTo de tmpera possvel atravs do balanceamento do teorde Cr que garanta resistncia corroso e permita total transformaopara austenita dentro da lupa austentica no aquecimento.

    Lupa austentica expandida por C e NAssim C e N tornam possvel se alcanar a lupa

    austentica mesmo em aos com alto teor de Cr.

    41

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos Inoxidveis Martensticos

    Lupa austentica: Efeito do C e N

    42

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos Inoxidveis Martensticos

    Alguns aos C dureza limitada a 45HRc AISI 403 e 410Outros aos C 60HRc os AISI 440

    Precisam ter mais Cr para compensar pelo Cr preso naforma de carbonetos de Cr.

    Devido ao alto Cr temperabilidade temperadosao leo ou mesmo ao ar.

  • 843

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSInox Martensticos Tratamentos trmicos

    Recozimento produzir ferrita e carbonetos esferoidizadosMxima ductilidade e usinabilidade

    Aquecimento subcrtico 650-760oCOu maiores temperaturas e resfriamento lento

    AISI 416 recozido

    Gros de ferrita ecarbonetos esfricos.

    Setas incluses desulfeto (MnS) para maiorusinabilidade (0,15S min.)

    44

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSInox Martensticos Tratamentos trmicos

    Endurecimento austenitizao entre 925-1065Ctmpera em leo ou resfriamento ao ar.

    Austenitizao T ideal depende do grau de solubilizao doscarbonetos desejado e necessidade de evitara formao de Fe- por superaquecimento.

    T dissoluo de carbonetos resistncia corroso resistncia mecnica

    Inox martensticos condutividade trmica menor do que ao comumNecessidade de pr-aquecimento: 760-790oC

    Minimizar distoro e fissuraono aquecimento.

    45

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSInox Martensticos Tratamentos trmicos

    AISI 403 temperado martensita em ripas (C)Aos com Cr e C podem conter importantes fraes volumtricasde carbonetos e retida (AISI 440). 46

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSInox Martensticos Tratamentos trmicos

    AISI 410 temperado e revenido.

    Esquerda austenitizao a 925oC.Direita austenitizao a1010oC.Observaes:

    Dureza mantida at 450oC T austenitizao dissolvemais Cr, tornando o pico deendurecimento secundrio maisevidente.Fragilizao do revenido entre425-565oC. Evitar esta faixa deT de revenido.

    47

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos inoxidveis endurecveis por precipitaoInox endurecveis por precipitao alta resistncia e tenacidade,

    com uma resistncia corroso mnima (adequada).Motivao superar as seguintes limitaes:

    Resistncia mecnica alcanada por soluo slida e encruamento das classes austenticas e ferrticas. Ductilidade e tenacidade alcanada pela classe martenstica.Mecanismo o aumento de resistncia ocorre por precipitao de

    compostos intermetlicos, tal como o Ni3Al, em uma matriz austenticaou martenstica dctil de baixo carbono. Compostos com Cu ou Ti tambm.

    Matrizes obtidas atravs do balano dos elementos de liga: Martenstica Austentica metaestvel pode ser convertida para martensita Austentica completamente estvel

    ToTo Envelhecimento ou precipitao48

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Classificao Temperatura MS e MF e comportamento a partir da solubilizao.

    Inox endurecveis por precipitao

    Assim, trs classes de aos:- Martensticos- Semiaustenticos- Austenticos

    ToTo Envelhecimento ou precipitao

  • 949

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos inoxidveis endurecveis por precipitao

    Alguns aos representativos das diferentes classes.Estes aos srie AISI 600Normalmente nomes comerciais

    50

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Inox endurecveis por precipitao - MartensticosCaracterstica C e Ni MF logo acima da T ambiente

    Assim tem baixa estabilidade e se transforma paramartensita de baixo carbono na T ambiente (solubilizao).

    Sofre aumento de resistncia mecnica por envelhecimento a baixa T que causa a precipitao de intermetlicosmuito finamente distribudos na matriz martenstica.

    Ni3Al

    PH 13-8 solubilizadoe envelhecido

    Revenido visvel da matrizque ocorre durante o tratamentode envelhecimento.

    Tenso de escoamento:760 1240MPa

    51

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Inox endurecveis por precipitao SemiaustenticosEx.: 17-7 PH (17%Cr-7%Ni)

    MS < T ambiente Totalmente austenticos dcteis (YS 275MPa)Deformveis nesta condio!

    Tratamento de condicionamento: Austenita Condicionamento

    Precipitao de carbonetos

    Sobe MS e MF

    Transformao martensticaEnvelhecimento

    Aumento de resistncia mecnica

    52

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Inox endurecveis por precipitao SemiaustenticosCondicionamento da :

    Baixa T (730-760oC) MF prximo a T ambienteTransformao martenstica

    Envelhecimento (450-510oC) endurecimento Alta T (930-955oC) menos carbonetos precipitados

    MF < 0oCSubzero completa a transformao

    Martensita tem mais C mais dura Envelhecimento endurecimento

    Passa de 275MPa (austentico) 1275-1725MPaTransformao martenstica + envelhecimento

    53

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Inox endurecveis por precipitao - AustenticosEx.: A286Alta quantidade de nquel (24-27%Ni)MS muito baixa no pode ser transformadoSimilares ao inox austenticosEndurecimento precipitao de compostos

    intermetlicos na matriz austentica

    Resistncia ao escoamento 690 MPaNo so to resistentes quanto os martensticos e semiaustenticos,

    mas apresentam excelente desempenho mecnico a elevada T sendoamplamente empregados na indstria aeroespacial.

    54

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos inoxidveis dplex

    So projetados e processados quantidades iguais de e Composio qumica Cr e Mo boa resistncia corroso por

    pites, por fresta e corroso sob tenso em meios contendo sulfetos ecloretos.

    Com uma resistncia mecnica duas vezes superior a do aoinox austentico recozido.

  • 10

    55

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos inoxidveis dplex

    Composio qumica varia de 17 a 30%Crvaria de 3 a 13%Ni

    Geralmente, como o Cr mais alto e o Ni mais baixopara garantir adequada estabilidade para a .

    Dplex 7Mo-Plus

    Fase branca Matriz

    56

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    As propriedades mecnicas dos aos inoxidveis dplex so uma funo do comportamento em deformao da ferrita e austenita. A Figura abaixo mostra as curvas tenso-deformao verdadeiras, obtidas por ensaios de trao em amostras planas de um ao inoxidvel dplex Al 2205. medida que a temperatura do ensaio diminui, as resistncias ao escoamento e trao aumentam significativamente, sem uma queda respectiva da ductilidade. Este comportamento reflete a dependncia importante da resistncia ao escoamento da ferrita com a temperatura, isto , ntido o aumento acentuado desta propriedade quando a temperatura de teste cai abaixo da temperatura ambiente, o que seria acompanhado normalmente por uma diminuio abrupta de ductilidade. Contudo, a austenita compensa pela ductilidade mais baixa da ferrita, em parte porquedesenvolve taxas acentuadas de encruamento, atravs de transformao martenstica induzida por deformao.

    Aos inoxidveis dplexComportamento mecnico:

    57

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos inoxidveis dplex

    Comportamento mecnico:

    58

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFases deletrias

    Os aos inoxidveis dplex altamente ligados, similares aos aos inoxidveis austenticos e ferrticos, esto sujeitos a efeitosdeletrios de outras fases, alm da ferrita e austenita, na resistncia corroso, ductilidade e tenacidade. A ferrita susceptvel formao de fase- entre 600 e 950oC, bem como de carbonetos de cromo entre 560 e 1050oC. Como resultado, crucial que se faa o rpido resfriamento atravs dos intervalos crticos de temperatura, durante a fabricao e o processamento, assim como se reconhea as temperaturas limite de operao.

    Soldas sempre um problema!

    59

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    Modernamente, outras classes de aos inoxidveis dplex tm sido produzidas, como os aos super e hiperdplex. De fato, tudo indica que o parmetro conhecido como resistncia ao pite equivalente (PRE), cujo valor pode ser definido pela equao apresentada na Figura, o critrio de classificao empregado.

    Novos aos Dplex

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    Aos Ferramenta

    Ferramentas de fresamento, furao e corte

  • 11

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    Aos ferramenta ligas utilizadas na fabricao de ferramentas, matrizes e moldes, que do forma e cortamoutros materiais, incluindo aos, metais no-ferrosos e polmeros.

    So ligas especiais, porque:- Grandes quantidades de liga- Difceis de fabricar

    Custo final de uma ferramenta:

    - Rota de fabricao (forjamento x metalurgia do p)- Matria-prima

    Aos Ferramenta

    62

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    Sucesso na aplicao de um ao ferramenta:

    - Matria-prima livre de defeitos, segregao e controle de incluses.Inclusive importante a correta seleo do ao.

    - Projeto da ferramenta baixo risco de fratura durante a fabricao eoperao, bem como longa vida til. Redues abruptas de seo, cantos vivos e outras singularidades geomtricas de mesmo efeito devem ser evitados.

    - Tratamento trmico Finalmente, uma ferramenta produzida com a melhor matria-prima e projeto adequado pode falhar em servio, como conseqncia de uma microestrutura desfavorvel (erro no tratamentotrmico).

    obs.: O sucesso de uma ferramenta resultado da multiplicaodestes 3 fatores e no da soma!

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    Classificao dos aos ferramenta

    Sistema Instituto Americano de Ferro e Ao (AISI)Critrio Caractersticas fundamentais:- Presena de elementos de liga: aos rpidos ao W ou Mo- Aplicao: para trabalho a frio ou a quente- Tratamento trmico: temperveis em gua, ar ou leo

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    Principais grupos de aos ferramenta - AISI

    Temperveis em gua Grupo W Baixa liga para aplicaes especiais Grupo L Resistentes ao choque Grupo S Temperveis em leo para trabalho a frio Grupo O Temperveis ao ar para trabalho a frio Grupo A Alto carbono, alto cromo para trabalho a frio Grupo D Para trabalho a quente Grupo H Aos rpidos ao tungstnio Grupo T Aos rpidos ao molibdnio Grupo M Para moldes Grupo P

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    Manufatura dos aos ferramenta

    Fuso primria forno eltrico a arco (75% de sucata de aoferramenta)

    Refino adio de elementos de liga: Cr, V, W, Mo, Co, Si e MnAps ajuste da composio qumica lingotamento convencionalConformao mecnica forjamento e laminao

    Dar a forma desejada ao produtoMelhorar as propriedades mecnicas da liga

    Refino do gro e distribuio dos carbonetos

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    Conformao a quente distribuio de carbonetosUma distribuio no uniforme dos carbonetos pode produzir baixa

    tenacidade e uma resposta ineficiente ao tratamento trmico.Efeito da matria-prima

    Certos aos

    Possuem carbonetos

    Distribuio

    Desempenho

  • 12

    67

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Rota alternativa de produo Metalurgia do p

    Rota tradicional de fabricao difcil de ser aplicada para aos de alto C ealta liga.

    Lenta velocidade de resfriamento do lingotamento convencional

    Formao de estruturas grosseiras de carbonetosdifceis de serem quebradas por trabalho a quente.

    Problemas: crescimento de gro excessivo, resposta no uniforme ao ToTo, propriedades transversas inferiores e baixa tenacidade.

    Metalurgia do p capacidade de produzir uma distribuio fina e uniforme de carbonetos, devido a rpida solidificao, durante a atomizao,por exemplo.

    68

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    Ao T15 - Rota tradicional x metalurgia do p

    Rota tradicional Metalurgia do p

    69

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    Metalurgia do p: VantagensResultado da fina e regular

    distribuio de carbonetos.- Maior usinabilidade no estado recozido

    - Melhor resposta ao tratamento trmico

    - Retificao facilitada na condio de mxima dureza

    - Tenacidade superior

    Desvantagem maior custo e disponibilidadeObs.: Sempre considerar o custo de pea produzida

    70

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    Princpios de tratamentos trmicos de aos ferramenta

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    Recozimento

    Objetivo reduzir a dureza para aumentar a usinabilidadeNo processo de fabricao, o recozimento fica entre as

    operaes de conformao mecnica e usinagem.

    Microestrutura alvo esferoidita (carbonetos esferoidizados dispersos em uma matriz de ferrita.

    Proteo contra oxidao e descarbonetao necessriaFornos a vcuo e de atmosfera controlada e banhos de sais

    72

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    Esferoidita

    Carbonetos esferoidizados na ferritaAo AISI 52100

    Carbonetos primrios e secundriosAo D2

    obs.: Geralmente, o ao ferramenta vem da usina na condio de recozido!obs.: A qualidade da matria-prima avaliada com base na forma, tamanho edistribuio dos carbonetos primrios.

    Carboneto primrio

  • 13

    73

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSRecozimento

    O recozimento (esferoidizao) realizado atravs do aquecimento at a temperatura em que toda a ferrita se transforma para austenita. As partculas de carbonetos so retidas e esferoidizadas, e a austenita se transforma para ferrita e carbonetos esferoidizados adicionais no resfriamento. Se os aos ferramenta forem recozidos a temperaturas muito altas, os carbonetos de liga se dissolveriam e a austenita enriquecida de carbono poderia formar carbonetos nos contornos de gros ou transformar para perlita ou mesmo martensita no resfriamento, produzindo uma microestrutura muito dura para ser usinada. Da mesma forma, a alta temperabilidade dos aos ferramenta faz com que o lento resfriamento da temperatura de recozimento seja essencial para garantir que a austenita se transforme em esferoidita ao invs de perlita ou martensita.

    74

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Tratamentos trmicos para alvio de tenses

    Tenses internas ou residuais presentes mesmo semtenso externa aplicada.

    Origem Aquecimento e resfriamento no-uniformeentre a superfcie e o centro da pea.

    Deformao plstica no-uniforme entre asuperfcie e o centro da pea.Tipos:

    - Trativas prejudiciais pode causar trincas durante as etapas de fabricao e tambm reduzir a resistncia fadiga ea tenacidade.- Compressivas geralmente benficas diminuem a tensoefetiva aplicada, aumentando a resistncia nucleao e propagao de trincas por fadiga.

    Controle destas tenses fundamental em todas as fases dos TosTos

    75

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Quando:

    Aps usinagem e retificaoGera tenses residuais que durante a

    tmpera podem produzir trincas e distoro.

    Retificao pode produzir tenses residuais em ferramentastemperadas e revenidas, que durante servio podem levar ruptura (trincas).

    Recozimento para alvio de tenses

    Tipicamente para aos ferramenta, o alvio de tenses realizado a 650oC, sendo que o resfriamento de grandes sees a partir desta temperatura deve ser realizado lentamente at pelo menos 300oC. Esta precauo reduz os gradientes de temperatura entre a superfcie e o ncleo das peas, evitando o desenvolvimento de novas tenses residuais.

    76

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Endurecimento

    Etapas do processo:

    - Austenitizao- Tmpera- Revenido

    77

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSConsiderao

    Necessidade de pr-aquecimentoLembrando:

    Aquecimento expanso e depois contrao

    Temperatura no uniforme

    Diferenas de temperatura entre a superfcie e o ncleo

    Mudanas dimensionais ocorrem a diferentes temposcomo uma funo da posio.

    Mudanas de volume localizadas

    Produzem tenses

    Distoro e fissurao

    Pr-aquecimento

    Promove uniformidade datemperatura ao longo da seo dapea.

    Minimiza o choque trmico e o risco de trinca e empenamento78

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    A etapa de austenitizao muito crtica no endurecimento de um ao ferramenta. nesta etapa que ocorre a distribuio final dos elementos de liga entre a matriz austentica (que formarmartensita) e os carbonetos retidos. Esta distribuio fixa a composio qumica, frao volumtrica e disperso dos carbonetos retidos. Os carbonetos retidos no somente contribuem para a resistncia ao desgaste, mas tambm controlam o tamanho de gro austentico. Quanto mais finos os carbonetos e maior a sua frao volumtrica, mais eficiente o controle do tamanho de gro austentico. Assim, se a austenitizao for realizada a uma temperatura muito alta, um crescimento de gro indesejvel pode ocorrer, medida que os carbonetos de liga coalescem ou se dissolvem na austenita.

    Austenitizao

  • 14

    79

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Os elementos de liga que no esto presos na forma de carbonetos, esto em soluo na austenita. De fato, estes carbonetos retidos, consequentemente, controlam a composio qumica da austenita. Esta, por sua vez, define a temperabilidade,a temperatura Ms, quantidade de austenita retida e o potencial de endurecimento secundrio de um ao ferramenta.

    Austenitizao

    80

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    A Figura abaixo mostra o efeito da temperatura de austenitizao e de tratamentos subzero nas curvas de revenido de um ao ferramenta AISI A2. A mais alta dureza na condio de como-temperado e revenido(sem subzero) produzida pela austenitizao a 950oC. Neste caso, aps a tmpera, a austenita retida est finamente dispersa e numa quantidade mnima, de forma que o resfriamento subzero tem um efeitomnimo sobre a dureza. Com o aumento da temperatura de austenitizao, uma maior quantidade de elementos de liga entra em soluo, a temperatura Ms cai e mais austenita retida na temperatura ambiente. Como resultado, a dureza na condio de como-temperado erevenido cai, sendo que o resfriamento subzero tem um grande efeito, medida que maior a frao volumtrica de austenita retida que se transforma em martensita durante este resfriamento. A Figura tambm mostra que eventualmente o revenido, atravs de uma combinao da transformao da austenita retida e endurecimento secundrio, tambmaumentar a dureza de estruturas como-temperadas com grandes quantidades de austenita retida. O que no est mostrado na figura o aumento indesejvel do tamanho de gro austentico que ocorre medida que mais carbonetos se dissolvem com o T de austenitizao.

    Austenitizao

    81

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAustenitizao

    82

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    TemperabilidadeA temperabilidade da maioria dos aos ferramenta alta. Assim,

    a tmpera em leo ou o resfriamento ao ar, dependendo da composio qumica da liga, condies de austenitizao e tamanho da seo transversal, suficiente para produzir as microestruturas e propriedades especificadas, com uma mnima distoro e trincas de tmpera.

    83

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    TemperabilidadeUma diferena fundamental entre estes aos e os aos

    ferramenta de alto carbono o efeito importante da austenitizaoe contedo de carbonetos retidos na temperabilidade. Por exemplo, altas temperaturas de austenitizao diminuem a quantidade de carbonetos de liga, deixando um maior teor de liga na matriz austentica, aumentando, consequentemente, a temperabilidade. Assim, o efeito dos elementos de liga na temperabilidade de aos de alto carbono pode ser bem diverso, intrinsecamente dependente das condies de austenitizao.

    84

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFormao de carbonetos em contorno de gro

    Os aos ferramenta so susceptveis formao de carbonetos nos contornos de gro, durante o endurecimento por tmpera em leo ou por resfriamento ao ar. A Figura abaixo mostra, esquematicamente, os efeitos de trs taxas de resfriamento na transformao de um ao ferramenta tpico. A temperabilidade alta dos aos ferramenta suprime efetivamente a formao de perlita para todas as taxas de resfriamento. A formao de bainita tambm prontamente suprimida, exceto em ferramentas de grande seo transversal. Contudo, a formao de pequenas quantidades de carbonetos nos contornos de gro da austenita difcil de suprimir, como mostra a interseco das duas taxas de resfriamento mais lentas com a curva que marca o incio da formao de carbonetos Ci. Estas quantidades pequenas de carbonetos no afetam significativamente a dureza, mas reduzema resistncia fratura, podendo levar formao de trincas na tmpera ou desempenho reduzido de aos para matrizes de trabalho a quente, como o H13.

  • 15

    85

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    Formao de carbonetos em contorno de gro

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    A segregao de fsforo para os contornos de gro da austenita durante a austenitizao para o endurecimento tambm contribui para problemas de fratura em aos de alto carbono. A combinao de fsforo segregado e alto teor de carbono leva formao de cementita em contorno de gro, mesmo durante a tmpera em leo, reduzindo a resistncia fratura dos contornos de gro de austenita prvia. Como resultado, se as tenses de tmpera ou servio forem altas o suficiente, pode ocorrer a falha por fratura intergranular, especialmente em aos com gro austentico grosseiro. A susceptibilidade fratura nos contornos de gro pode ser reduzida por controle da temperatura de austenitizao, que especificada de tal forma a produzir gros austenticos finos. Nestes ltimos casos, quando as microestruturas forem endurecidas e revenidas a baixa temperatura, a fratura ocorre por cisalhamento transgranular ou fratura dctil associada com a formao de microvazios ao redor das partculas retidas de carbonetos.

    Formao de carbonetos em contorno de gro

    87

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    Ao ao carbono e baixa liga temperado e revenido martensitase transforma para ferrita e partculas de carbonetos.

    baixa T de revenido finas partculas de carbonetos!

    Revenido

    Reduo de dureza, mas a queda no to importante.Carbonetos de transio

    T de revenido formao de Fe3CFe3C se torna instvel e as partculas crescem, produzindouma reduo importante de dureza.

    88

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSRevenido

    Em aos ferramenta altamente ligados, o revenido pode ser usado no somente para aumentar a dureza (atravs de endurecimentosecundrio), como tambm para produzir uma disperso de carbonetos de liga estveis, resistentes ao coalescimento durante a exposio ao calor. De fato, a formao de carbonetos de elementos de liga, que produz o endurecimento secundrio, requer a difuso dos elementos formadores destes carbonetos, alm do carbono. Os tomos destes elementos se movimentam basicamente por difuso substitucional atravs do reticulado cbico de corpo centrado do ferro na condio microestrutural de martensita revenida. Este processo caracterizado por baixos coeficientes de difuso. A difuso mais lenta torna as distncias percorridas por difuso muito curtas, produzindo carbonetos de elementos de liga muito finos e pouco espaados (mecanismo responsvel pelo endurecimento secundrio). Esta mesma difuso lenta retarda o coalescimento dos carbonetos durante servio em elevada temperatura, tornando os aos ferramenta resistentes ao amolecimento durante operaes de trabalho a quente, como em forjamento ou fundio por injeo e operaes de usinagem em alta velocidade.

    89

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Comportamento no revenido

    Classe 1 aos ao carbono e baixa liga. A dureza cai e a tenacidadeaumenta com a T de revenido.Classe 2 aos para trabalho a frio, com mdia a alta liga. Os elementos retardam o amolecimento.Classe 3 aos rpidos com grande liga. Os carbonetos de liga formados norevenido no s evitam o amolecimento,como promovem endurecimento secundrio.Classe 4 aos para trabalho a quenteA dureza se mantm com o aquecimento, mas a dureza menor devido ao menor contedo de carbono do ao.

    90

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    Transformao da austenita retida e mltiplos revenidosA austenita retida se transforma em ferrita e cementita durante o

    revenido. Em aos de baixa liga, como discutido em captulos anteriores, a austenita retida se transforma para ferrita e cementitaentre 200 e 350oC. A austenita em aos ferramenta de alta liga, contudo, muito mais estvel e no se transforma completamenteat que temperaturas superiores a 500oC sejam alcanadas. A figura abaixo mostra mudanas na dureza e na quantidade de austenita retida no ao ferramenta AISI H13 em funo da temperatura de revenido. aparente que alguma austenita retida se mantm at altas temperaturas de revenido.

  • 16

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    Transformao da austenita retida e mltiplos revenidos

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    Transformao da austenita retida e mltiplos revenidos

    Um inconveniente, contudo, da transformao da austenita retida durante o revenido a formao de carbonetos interripas. Estes carbonetos so grosseiros e planares, sendo supostamente responsveis por redues importantes de tenacidade ao impacto. O duplo revenido, assim, tende a esferoidizar os carbonetos, reduzindo o seu efeito fragilizante. Acredita-se que o duplo revenido tambm tenha o efeito de revenir alguma martensita que tenha sido formada pela transformao da austenita retida em martensita durante o resfriamento da temperatura do primeiro revenido. De fato, a formao de martensita aps o revenido atribuda precipitao de carbonetos de liga na austenita duranteo endurecimento secundrio. Como resultado do teor reduzido de carbono e liga da austenita retida, as temperaturas Ms aumentam e martensita se forma no resfriamento at a temperatura ambiente.

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Finalmente

    - Cada ao ferramenta tem a sua temperatura tima de revenido. Existem tabelas que apresentam estas temperaturas.- O revenido deve ser realizado logo aps a tmpera- Recomenda-se um lento aquecimento at a T de revenido parase evitar o acmulo de tenses e distoro.- Resfriamento lento da temperatura de revenido recomendadopara evitar a formao de tenses residuais.

    Todos estes comentrios a respeito dos tratamento trmicosaplicados aos aos ferramenta tm como objetivo deixar claro aoengenheiro que o desempenho de uma ferramenta ou matrizpode estar intimamente ligado qualidade do ToTo empregado.

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos ferramenta temperveis em gua Grupo W

    - Estes so essencialmente aos ao carbono com uma pequena quantidade de elementos de liga.- a classe mais barata de todos os aos ferramenta- Contudo, requer ateno no processamento e ToTo para que se alcance o desempenho esperado.- %C principal fator no controle das propriedades e resposta ao ToTo.- liga produz pequena quantidade de carbonetos de liga menor resistncia ao desgaste se comparados a outros aos mais ligados.- temperabilidade tmpera severa em salmoura ou gua- Mesmo com tmpera severa endurecimento raso alguns casos benfico, j que produz uma superfcie dura e resistente ao desgaste e um ncleo macio e tenaz.

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos ferramentas de baixa liga para aplicaes especiaisGrupo L

    - Muito similares aos aos do grupo W, mas com uma quantidade umpouco maior de elementos de liga.- Mais liga maior resistncia ao desgaste e maior temperabilidade,podendo alguns aos serem temperados em leo menor alteraodimensional- Correntemente apenas os tipos L2 e L6 so produzidos

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    Aos ferramenta resistentes ao choque Grupo S

    Desenvolvidos para produzirem uma boa combinao de alta dureza, alta resistncia e alta tenacidade ou resistncia ao impacto.

    Alm do Mn, Cr e Mo, adicionados aos aos ferramenta para fornecer temperabilidade e resistncia ao revenido, o silcio uma importante adio, nica para os aos do tipo S.

    Si Resistncia ao revenido e uma microestrutura com sensibilidade fratura reduzida. O tungstnio tambm adicionado em quantidades significativas na classe S1.

  • 17

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Estratgia metalrgica

    Manter o C ao redor de 0,5%

    Martensita de alta resistncia

    Sem carbonetos grosseiros que reduzem atenacidade.

    Aos ferramenta resistentes ao choque Grupo S

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos ferramenta temperveis em leo para trabalho a frio Grupo O

    - Alta dureza e alta resistncia ao desgaste como resultado do alto carbono e pequenas adies de elementos de liga.- Alto carbono martensita de alta dureza (dureza funo da %C)- Elementos de liga moderada temperabilidade tmpera ao leo

    No tem quantidade suficiente para produzir muitos carbonetos e garantir dureza a quente, necessrias parausinagem em alta velocidade ou trabalho a quente.

    Portanto estes aos so restritos para operaes de trabalho a frio.

    99

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos ferramenta temperveis em leo para trabalho a frio Grupo O

    100

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSMicroestrutura

    Estrutura recozida a 725oC, com lentoresfriamento. Ferrita e carbonetos esferoidizados.

    Austenitizado a 815oC, temperado emleo e revenido a 220oC. 58,5HRcMartensita + alguns carbonetos

    Superaquecido (980oC), temperado emleo e revenido a 220oC. Martensita + altafrao volumtrica de austenita retida.

    Estrutura fragilizada (trincas de tmpera)

    101

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAustenitizao

    De fato, a temperatura de austenitizao, assim como a composio qumica, tm um efeito importante sobre a temperabilidade dos aos da classe O. At uma certa temperatura(se excessivamente alta pode produzir os efeitos adversos descritos no slide anterior), quanto maior a temperatura de austenitizao maior a quantidade de carbono e de elementos de liga em soluo e maior a temperabilidade do ao, como mostra a figura abaixo. Esta figura tambm mostra que o ao O7, se comparado ao ao O1, por ter um maior teor de elementos comgrande tendncia de formar carbonetos, acaba por produzir uma maior frao volumtrica destas fases, o que compromete a temperabilidade (compare a figura a com b).

    102

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Temperabilidade

    AISI O1

    Menos carbonetos o que produzmaior temperabilidade, porm menor resistncia ao desgaste.T austenitizao temperabilidade

    AISI O7

    Maiores teores de Mo, W e V,bem como mais carbono. Maiscarbonetos e menor temperabilidade

  • 18

    103

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFormao de grafita

    Alguns aos da classe O, como o O6, apresentam grafita na sua estrutura. A formao desta fase resultado da presena de carbono e silcio em teores altos. De fato, o silcio um elemento grafitizante, que tende a impedir ou dificultar a formao de cementita. Como resultado, parte do carbono deste ao acaba ficando na forma de grafita, o que resulta em uma maior usinabilidade na condio de recozido (ver Figura a) e um melhordesempenho em servio na condio temperado e revenido (ver Figura.b), devido a efeito de lubrificao slida produzido pela grafita.

    104

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Ao AISI O6

    Recozido: ferrita + Carbonetos

    Grafita

    Temperado e revenido:Martensita + alguns carbonetos + grafita

    Formao de grafita

    105

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos ferramenta temperveis ao ar para

    trabalho a frio Grupo A

    Segredo de sucesso combinao de alto carbono com relativa altaquantidade de liga.

    Garante tmpera ao ar e a formao de carbonetos primrios

    Estes carbonetos so mais duros que a prpria martensita, o que aumenta sensivelmente a resistncia ao desgaste destes aos se comparados a aos com menor quantidade de liga. o endurecimento ao ar produz mnima distoro e resistncia fissurao durante o endurecimento.

    Apesar de terem uma boa resistncia ao revenido, mostrando inclusive endurecimento secundrio, estes aos apresentam uma dureza a quente bem inferior a outros aos ainda mais ligados, de forma que no so usados para operaes de usinagem em alta velocidade ou trabalho a quente.

    Concluso Aos do tipo A operaes de trabalho a frio106

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos ferramenta temperveis ao ar paratrabalho a frio Grupo A

    107

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSMicroestruturas

    Caracterstica mais aparente

    Dois tamanhos de carbonetos

    Grandes Primrios

    No se dissolvem mesmocom trabalho a alta T

    Resultado da combinaode alto C com alta liga

    Carbonetos menores

    Formados durante o recozimento ou revenido

    Recozido

    Carbonetos primrios

    Quantidade carbonetossecundrios

    Temperado e revenidoa 150oC

    Dissoluo de carbonetossecundrios. Sem alteraode carbonetos primrios.

    108

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Endurecimento

    Pr-aquecimento para a austenitizao 650-675oCDiminui o tempo na T de austenitizao e, portanto,

    reduz o tempo para a descarbonetao. uma preocupao devidoa alta %C destes aos.

    Notvel caracterstica tmpera ao arBloco de 50 x 150 x 250mm endurecido totalmente para63-65HRc com o resfriamento ao ar.

    Susceptvel descarbonetao reduz a dureza da pea temperadaPortanto aquecimento ao vcuo, banho de sais ou atmosfera

    controlada.

  • 19

    109

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Temperatura de austenitizao (endurecimento)

    T baixa deixa C e liga na forma decarbonetos, reduzindo a temperabilidadee a dureza na pea temperada.

    T alta muito C e liga na austenita, tendocomo resultado uma grande quantidade de austenita retida.

    Dureza como-temperadoX

    Temperatura de austenitizao

    Comportamento parablico

    110

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Revenido

    Revenido do ao A com trs temperaturas de austenitizao.Alm disso ao comum com 1%C

    ao O2

    A2 maior resistncia ao revenidoPequeno pico de endurecimento

    secundrio a 510oC

    Mais intenso T austenitizao

    111

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos ferramenta de alto carbono e alto cromo para trabalho a frio Grupo D

    So os aos para trabalho a frio mais altamente ligados!O Cr o principal elemento de liga (~12%)

    Outros elementos Mo, V, W, Co, Ni e Mn

    112

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    - Alto carbono e alta liga endurecimento profundo- Temperveis ao ar exceto o D3 (temperado em leo)

    Caractersticas

    Isto garante mnima distoro e baixo risco de trincas

    - Alto carbono e alta liga grande frao volumtrica de carbonetosque promove alta resistncia ao desgaste para operaes de trabalho a frio.- D7 maior quantidade de carbonetos maior resistncia ao desgaste de todos os aos do grupo D.

    Endurecimento profundo

    Com tanto Cr, estes aos podem ser considerados Inox?

    O que precisa para ser considerado Inox?

    113

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    Microestrutura

    Transversal Longitudinal

    Ao D recozido

    Observar:

    - Carbonetos primrios- Carbonetos primriosalongados na direo delaminao a quente.

    - Carbonetos secundriosformados no recozimento

    - Carbonetos alongados

    Materialanisotrpico

    114

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    Microestrutura

    Carboneto primrio

    Carboneto secundrio

    Ao D temperado

    Maior parte dissolvido durante o aquecimento paraa tmpera.

    Estes no se dissolvem

    Microestrutura:Martensita+austenita retida+carbonetos

  • 20

    115

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    Processamento

    - Aos D baixa condutividade trmica gradientes de T entre oncleo e a superfcie da pea distoro e fissurao

    Pr-aquecimento (650-700oC)

    - Recozimento antes da usinagem ou endurecimento

    Endurecimento

    - Alta teor de liga alta temperabilidade- Resfriamento ao ar formao de martensita para sees relativamente profundas.- D2 corretamente austenitizado totalmente endurecido para62-64HRc em um bloco de 75 x 150 x 250mm- Mo aumenta a temperabilidade - D3 sem Mo precisa de tmpera em leo- Aquecimento em atmosfera neutra para evitar a descarbonetao

    116

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    Efeito da T de austenitizao

    Dureza como-temperadax

    T de austenitizao

    - Cada ao tem uma faixa tima de T de austenitizao para alcanarmxima dureza tima dissoluo de carbonetos quantidade certade C e liga na austenita.- T dissoluo de carbonetos menor dureza- T quantidade de carbono e liga em soluo Austenita retida

    117

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Revenido

    - Os aos do grupo D mostram uma granderesistncia ao amolecimento (revenido).- Algumas condies acentuado pico deendurecimento secundrio.

    - Aos D baixa tenacidade- Martensita de alto carbono- Grande densidade de carbonetos grosseiros- Tenses residuais

    Revenido diminui as tenses residuais e aumenta a tenacidade e a plasticidade damartensita.

    118

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos ferramenta para trabalho

    a quente Grupo H- Resistem ao amolecimento durante longas e repetidas exposiesa alta temperatura, como em operaes de conformao a quente efundio sob presso.

    119

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    Etapas de tratamento trmico

    - Altas temperaturas de austenitizao empregadas Pr-aquecimentos- Resfriamento ao ar ou banho quente- Revenido antes de se alcanar a T ambiente- Mltiplo revenido para prolongada vida til

    120

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    Aspectos de interesse

    Carepa camada de xido que se forma na superfcie da ferramentadurante o ToTo deve ser deixada nas ferramentas, a menos que estejaexcessivamente espessa ou associada a uma camada descarbonetada.

    Muito resistente abraso e ajuda a reter o lubrificante

    Diminuindo os efeitos do desgaste

    Ferramentas lixadas e polidas tendem a sofrer escoriao e agarre (emperramento) mecnico.

    Se for indispensvel o tratamento da superfcie

    Reaquecimento abaixa da T de revenido

    Nova formao da camada

  • 21

    121

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aspectos de interesse

    - Antes da operao pr-aquecimento das ferramentas e matrizesMinimiza choques trmicos

    - Perodos de repouso manter as ferramentas mornas- Refrigerao da matriz previne superaquecimento local, tornandoa temperatura de operao mais baixa e uniforme.

    - Injeo resfriamento interno por circulao de gua- Forjamento borrifos de gua, leo ou ar

    - Cuidado para se prevenir a corroso no armazenamento dasferramentas aps o tratamento trmico.

    Pequenos pontos de oxidao podem se tornar pites de corroso quando a ferramenta for colocada em servio.

    122

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSAos do grupo H ao cromo

    Embora a dureza a quente seja inferior a de outros aos do grupo H, a alta resistncia ao choque destes aos os torna preferidos para a maior parte das aplicaes de trabalho a quente,principalmente quando as ferramentas precisam ser refrigeradascom gua ou outro lquido. De fato, o segredo da grande tenacidade e alta resistncia ao choque destes aos o baixo teor de carbono.

    123

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Endurecimento

    - Devido ao bom contedo de Cr alta temperabilidade Endurecimento com resfriamento ao ar

    - Outra caracterstica baixo a mdio carbonoEste o segredo da boa tenacidade

    e resistncia ao choque.

    O teor de C controla a temperatura MS

    Baixo a mdio C alta MS

    Menor quantidade de austenita retidaDetalhe pode haver a precipitao de carbonetos nos contornos de

    gro, que podem causar fratura intergranular.

    Importante Preservar a fratura124

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSTemperatura de austenitizao

    T austenitizao baixa durezaBaixa dissoluo de carbonetos

    C e liga em soluo

    temperabilidade Martensita

    T austenitizao maior durezaMaior dissoluo de

    carbonetos

    Matrizes pequenas total endurecimentoMatrizes grandes parcial endurecimento

    Resfriamento ao ar:

    125

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    Revenido

    Aos H ao Cr boa resistncia ao amolecimento durante o revenido

    Bom desempenho em operaesde trabalho a quente

    Dureza inicial mais baixa devido aocontedo modesto de carbonoCurvas bastante planas em funo da T

    de revenidoDureza mantida por endurecimento

    secundrio carboneto de vandio

    126

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Fadiga trmica dos aos ferramenta H11/H13

    Principal PrincipalRede RedeFlutuaes de T

    e tenso

    Redes de trincasfinas e rasas

    Fadiga trmica

    Limita a vida daferramenta

    Trincas cobertasde xidos

    Ranking = Trinca Principal + Rede

  • 22

    127

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Fadiga trmica dos aos ferramenta H11/H13

    Profundidade das trincas pode ser correlacionada aos nmeros

    Severidade da fadiga trmica soma dos nmerosAumento do nmero de ciclos aumenta a severidade da fadiga

    trmica e a profundidade das trincas.

    Estimar a profundidade de retificao necessria pararemover a rede de trincas.

    Muito grosseiras estas trincas influenciam negativamente noacabamento superficial das peas injetadas.

    128

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Tenses trmicas Fadiga trmica

    A medida que o metal se solidifica e resfria, a superfcie contrai e tenses trativas so estabelecidas na superfcie da matriz.

    Trincas causadas por tenses cclicasSe desenvolvem quando a superfcie

    da matriz aquecida a temperaturasmaiores do que o seu interior.

    Metal lquido entra em contato com a superfcie da matrizTenses superficiais compressivas se desenvolvem, a medida

    que a superfcie da matriz expande e restringida pelo interiormais frio.

    So estas tenses cclicas que produzem as trincas de fadiga

    129

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSComo amenizar?

    Baixo coeficiente de expanso trmica e boa condutividade trmicaajudam a minimizar os gradientes trmicos e as tenses cclicas.

    Matrizes de injeo de alumnio Pr-aquecidas reduzir os gradientes de Tentre a superfcie e o ncleo.

    Maiores temperaturas de operao das matrizes pr-aquecidastambm aumentam a tenacidade do ao ferramenta e a tenacidade fratura.

    Diminuindo assim a magnitude das tenses cclicas que leva formao das trincas.

    Qualidade da matria-prima: Incluses e carbonetos grosseiros resistncia fadiga trmica.Evitar a descarbonetao e a cementao durante o ToTo.

    Atmosferas controladas ou fornos a vcuo. 130

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFadiga trmica - Controle

    Ateno em ferramentas acabadas por eletroeroso:Da superfcie para o ncleo da ferramenta, forma-se uma

    camada frgil bruta de fuso com altas tenses residuais trativas, uma camada dura de martensita no revenida e uma camada mais macia de martensita superrevenida. Esta microestrutura muito sensvel aos efeitos da fadiga trmica. O polimento ou abraso remove as estruturas frgeis e substitui as tenses residuais trativas por compressivas, aumentando a vida em fadiga.

    131

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    - So os mais duros de todos os aos para trabalho a quente- Oferecem excelente resistncia ao amolecimento e eroso por metal lquido.- Microestrutura com muitos carbonetos de liga isto que garantea elevada dureza e resistncia ao desgaste.

    Contudo Menor tenacidade e maior susceptibilidade fratura frgil.

    - Esta a razo para se usar baixo carbonoQuanto menos carbono, maior a tenacidade do

    ao.Mesmo assim menor resistncia ao choque trmico do que os aos ao cromo.

    No podem ser rapidamente resfriados com guadurante operao sem o risco de ruptura.

    Aos do grupo H ao tungstnio

    132

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Quando usar ento?

    Matrizes de aos ao tungstnio so usadas quando mxima resistnciaa quente e resistncia ao amolecimento a elevadas temperaturas so osprincipais requisitos, e a resistncia ao choque, ainda que importante, uma considerao secundria.

    Assim:

    Vrios tipos de aos H ao W oferecem vrias combinaes de resistncia ao desgaste e eroso a alta temperatura e tenacidade.

    Tudo depende da quantidade de carbono e liga, bem como detratamento trmico.

  • 23

    133

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Austenitizao e revenido

    Ao AISI H21

    Austenitizado em 3 temperaturas

    Aumento da T austenitizaopromove: dureza na condio de como-temperada. pico de dureza no revenido Maior T que resiste ao amolecimento.

    134

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos do grupo H ao molibdnioOs aos do grupo H ao molibdnio foram desenvolvidos durante

    a ltima grande guerra para suprir a escassez de tungstnio, sendo que apresentam propriedades intermedirias entre aquelesligados ao cromo e ao tungstnio. De todos os aos deste grupo j produzidos, o ao AISI H42 o nico ainda amplamente utilizado. A composio nominal deste ao 5%Mo, 6%W, 2%Ve 4%Cr, sendo disponvel com vrias concentraes de carbono.A presena de elementos de liga em quantidades importantes

    garante a formao de uma grande frao volumtrica de carbonetos, o que controla a dureza e promove endurecimento secundrio durante o revenido.

    135

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos rpidos

    - Mantm alta dureza a temperaturas elevadas: 52HRc a 540oC e 48HRc a 595oC.- High-speed steeel vem de High-speed cutting, isto ao rpido parausinagem em alta velocidade. - Principal propriedade dureza a quente = dureza ao rubro- Grande quantidade de carbonetos de liga na microestrutura tratada termicamente.- Endurecimento profundo com resfriamento ao ar calmo.- Pronunciado endurecimento secundrio no revenido-Grupos M ou T depende se o principal elemento de liga o Mo ou W

    Caractersticas:

    136

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos rpidos

    137

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Caractersticas

    - Aos M e T tm praticamente o mesmo desempenho- Questes econmicas os aos M so mais utilizados- Diferena de custo peso atmico do molibdnio aproximadamente ametade do tungstnio. Assim, em peso menos Mo necessrio para produzir desempenho equivalente.- Os tomos de Mo e W tm raios atmicos similares e formam praticamenteos mesmo tipos de carbonetos.- A substituio de 1,6 a 2,0% em peso de W por somente 1% em peso deMo produz microestruturas e propriedades marcadamente similares nos aosrpidos.- Aos do grupo M podem ser subdivididos Mo + tungstnio limitado

    Mo + adies substanciais de WMo M1, M7 e M10Mo-W M2, M3 e M4

    - M1, M2 e M10 e T1 similares em propriedades e desempenho em corte,podendo ser usados intercambeavelmente para muitas aplicaes. - Cada subgrupo M inclui Co mais Co Superduros (70HRC revenido)

    138

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Austenitizao

    - Etapa crtica no tratamento trmico de aos rpidos - Temperatura muito alta, pouco abaixo do ponto de fuso do ao- Tempos de austenitizao muito curtos 2 a 5 minutos- Dois pr-aquecimentos minimizar choque trmico- Carbonetos primrios nunca de dissolvem- Temperaturas de austenitizao: Aos T 1290oC

    Aos M 1220-1230oC- Funes da austenitizao: Determina a frao volumtrica de carbonetos

    Controla a composio qumica da austenitaSer transformada para martensita

    Aumenta a quantidade de carbono da matriz parauma quantidade adequada para supersaturar a martensita, bem como causar endurecimentosecundrio.

  • 24

    139

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Microestruturas temperadas Ao T1

    Austenitizadas as vrias T

    a subaquecimento (870)Frao muito alta de

    carbonetosb propriamente aquecida a

    1260oCCarbonetos de liga residuais

    dispersos na matriz martensticac-d superaquecidas a 1290 e 1320oC, respectivamente

    c carbonetos coalescidos commartensita e muita austenitaretida.

    d fuso parcial 140

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Austenitizao Tamanho de groFerramentas propriamente

    endurecidas

    Gros finos

    Ao AISI T6 austenitizadoem vrias temperaturas

    (1260-1315oC)

    T austenitizao maior groCarbonetos finos e bem distribudos

    Boa matria-prima

    Gros finos e uniformes

    141

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Transformaes no resfriamento e endurecimento

    - Aos rpidos alta liga alta temperabilidadeEndurecem profundamente

    - Embora enduream ao ar normalmente so temperados em salou martemperados na faixa de 540-650oC.

    Isto promove a equalizao da temperatura ao longo da seo da pea, diminuindo o nvel de distoro e chancede fissurao.

    - Objetivo do endurecimento formar martensita e preparar amatriz para o endurecimento secundrio.

    - Microestrutura de como-temperado martensita + carbonetosprimrios + austenita retida.- Dureza do ao temperado depende da T de austenitizao

    142

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Revenido e dureza dos aos rpidos

    - Condio de como-temperada martensita + carbonetos primrios + austenita retida

    70%, 10% e 20% respectivamente normalmente- Principal modificao microestrutural do revenido

    Precipitao de carbonetos

    143

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Revenido

    Curvas de revenido para osaos M1 e T15

    Picos de endurecimento secundrio que pode superara dureza inicial.

    Isto no acontece paraoutros aos com menos liga

    Endurecimento secundrio

    Precipitao de carbonetosde liga

    Incio 315oCPico 510-565oC

    144

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Revenido Efeito da T de austenitizao

    Ao T1

    T de austenitizao

    Precipitao de carbonetos

    Endurecimento secundrio Dureza para todas T de

    revenido

  • 25

    145

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Austenita retida

    Em aos rpidos muito estvelPraticamente, no se transforma no

    revenido.Transforma resfriamento da T de revenido para

    martensita.

    Precisa ser revenida

    Por isso, usa-se duplo e triplo revenidos

    Reduz a tenacidade do ao

    146

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos para moldes Grupo P

    Requisitos essenciais: Usinabilidade preparar as cavidades internas dos moldes com alta produtividadee mnimo desgaste das ferramentas. Capacidade de polimento importante para matrizes usadas para a moldagem de plsticos transparentes, onde uma superfcie muito lisa no produto final mandatrio.Para estas aplicaes, o ao precisa ser livre de incluses, ter uniformidade qumica emicroestrutural e alta dureza superficial. Resistncia ao desgaste material que flui dentro da matriz ou molde pode causarsrio desgaste. necessria uma superfcie dura e resistente ao desgaste. Alta dureza superficial alm de capacidade de polimento e resistncia ao desgaste, alta dureza superficial necessria para resistir indentao. Alta resistncia do ncleo prevenir o afundamento da matriz com as tenses detrabalho. Tenacidade resistir a choques mecnicos e trmicos Mnima alterao dimensional no endurecimento prefere-se materiais para matrizes que precisem mnimo acabamento para ajuste do dimensional aps o ToTo. Resistncia corroso Alguns plsticos so altamente corrosivos. Resistncia perda de dureza no revenido temperaturas levemente altas estoenvolvidas na moldagem de alguns produtos. Matriz perde dureza sofre desgaste

    147

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Aos para moldes Grupo P

    148

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Trs grupos principais de aos do tipo P:

    Aos ao carbono para cavidades produzidas por hubbingAo com carbono muito baixo (

  • 26

    151

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFerros Fundidos

    152

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSRelaes entre as fases

    Diagrama Fe-C reao euttica envolve um lquido com 4,3%CPode envolver a formao de cementita ou

    grafita:

    L (4,3%C) = A (2,11%C) + Cementita (6,67%C)

    L (4,3%C) = A (2,08%C) + Grafita (100%C)ou

    Detalhe a forma e a morfologia da fase rica em carbono determinaa natureza de um dado FoFo.

    Ferros fundidos podem ser: Hipoeutticos %C < composio do euttico Hipereuttico %C > composio do euttico Eutticos %C = composio do euttico

    A estrutura euttica de austenita e cementita recebe o nome deLedeburita.

    153

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    FosFos contm elementos quealteram significativamente oscontornos ou linhas dos camposde fase no diagrama Fe-C.

    Necessidade isotermas ternrias ou sees verticais precisam ser usadas para aproximaras relaes de fases.

    Silcio elemento qumico fundamental em FosFos.

    Relaes entre as fases

    Seo vertical do sistema Fe-C-Sia 2,00% de silcio.

    As composies do eutetide e euttico soalteradas para menores teores de carbono ecampos de trs fases existem para uma faixa temperaturas. 154

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSRelaes entre as fases

    Figura mostra carbono na formade cementita.

    Contudo Si promove a formaode grafita, assim como o Al, B (0,25%) tendem a reduziro potencial de grafitizao em FosFos.

    155

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSEfeito do Si e C

    Faixas de C e Si associadas com aos e os vrios tipos de FosFos.Os FosFos cinzento e nodular, que solidificam direto para grafita e austenitatm maiores teores de Si e C do que osFosFos branco e malevel, que solidificamcomo austenita e cementita.Figura anterior Si diminui a %C do

    lquido euttico. Este efeito avaliadoquantitativamente pelo carbonoequivalente (C.E.):

    ou

    3%%%.. PSiCEC ++=

    SiCEC %3/1%.. +=

    Quando existe uma % alta de P 156

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSEfeito do Si e C

    C.E. = 4,3 indica que uma liga de composio euttica, como o caso para uma liga Fe-4,3%C ouqualquer liga em que a soma de Fe,Si e P d 4,3, de acordo com asequaes anteriores.

    A taxa de resfriamento tambm afeta a solidificao, de forma queum resfriamento mais lento ou mais

    rpido favorece a formao de grafita ou cementita, respectivamente.

    Valores de C.E. maiores ou menoresdo que 4,3, produzem ligas hiper ehipoeutticas, respectivamente.

    Detalhe um mesmo FoFo pode formar grafita em sees espessas e de resfriamento lento e cementita em sees finas de rpido resfriamento.

  • 27

    157

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSComposio qumica

    Faixas de composio qumica para FosFos no ligados.Consideraes: S em soluo slida promove a formao de matriz ferrtica S em soluo slida ou Mn acima do necessrio para combinar com o S promove a formao de matriz perltica. P >0,2% forma estrutura euttica de baixo ponto de fuso, conhecida comosteadita, que consiste de fosfeto de ferro e ferrita ou fosfeto de ferro, cementita e ferrita. Este constituinte se forma no ltimo lquido a se solidificar, promovendofluidez, sendo uma microestrutura dura e relativamente frgil de FosFos cinzentos. Outros elementos adicionados por razes especficas.

    158

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Branco

    Solidificao produz microestruturas de carbonetos e Duros e frgeis. Produzem uma superfcie de fratura

    plana e refletiva, que d o nome aos FosFos brancos.

    Condies favorveis: Teores relativamente baixos de C e Si Resfriamento rpido Sees transversais de pequenas dimenses

    159

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Propriedades mecnicas:FoFo Branco

    Dureza muito alta (50HRc ou maior)Depende da frao volumtrica de

    carbonetos e da microestrutura da matriz.Virtualmente, no usinveis (acabamento por

    retfica).Detalhe apesar da alta dureza, a microestrutura do FoFo branco

    indesejvel em FosFos cinzentos.

    Contudo algumas vezes, esta microestrutura incorporadaem rea do cinzento que requerem alta resistncia ao desgaste.

    Como? uso de chills (coquilhadores) nos moldes de fundio.Insertos metlicos ou de grafite nos moldes que

    causam transferncia de calor rpida e localizada. Com isso, obtm-se microestruturas com carbonetos ao invs de grafita.

    160

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Branco

    Propriedades mecnicas:Apesar da baixa tenacidade estas ligas so empregadas

    em aplicaes que requerem alta resistncia ao desgaste, bemcomo resistncia corroso e oxidao.

    Si, Ni e Cr garantem proteo contra a corroso e resistncia ao calor e a oxidao.

    161

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Branco

    Tipos: No ligado ou baixa liga microestrutura: cementita + perlita,sendo muito frgeis. Maior tenacidade adio de moderadas quantidades de Ni eCr (por exemplo: 4%Ni e 2,5%Cr) microestrutura: carbonetos+ martensita maior resistncia mecnica e resistncia corroso e oxidao. Alta liga contm de 15 a 30% de Cr, sendo usados em operaes de triturao de minrio e em outras operaes severasem meios corrosivos microestrutura: carbonetos + matriz (podevariar de perlita para misturas de austenita e martensita, o quedepende da composio qumica e taxa de resfriamento.

    162

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Branco - Tipos

    No ligado Hipoeuttico < 4,3%C Euttico = 4,3%C Hipereuttico > 4,3%C

  • 28

    163

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Branco - Tipos

    No ligado Euttico:

    Pequenos glbulos de perlita em um fundo de cementita (ledeburita). 164

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Branco - Tipos

    No ligado Hipoeuttico:

    Dendritas de perlita, reaspontilhadas de ledeburita ereas brancas de cementita.

    165

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Branco - Tipos

    No ligado Hipereuttico:

    Longos cristais de cementita em um fundo de ledeburita.166

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Cinzento

    Solidificao formao de grafita com morfologia de flocos, veios ou lamelas.

    Fratura grafita na superfcie produz uma aparncia cinza que dao cinzento o seu nome.

    No atacado

    Atacado (matriz perltica)

    167

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Cinzento

    Superfcie de fratura:

    Grafita

    Tendncia de fratura secundria ao longo da interfaceveio de grafita/matriz. 168

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Cinzento

    Variantes dos veios de grafita:Funo da taxa de resfriamento e composio qumica!

    5 tipos de grafita de acordocom as especificaes AFS-ASTM.Estas so imagens reduzidas, masna norma esto disponveis a 100X.

  • 29

    169

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Cinzento

    Propriedades mecnicas diretamente relacionadas a sua microestrutura.

    Veios de grafita praticamente, sem resistncia mecnicaResultado Resistncia fratura sob cargas de

    trao ou flexo.

    Alguns dados: Resistncia trao = 152MPa Ductilidade < 1,0% FoFo cinzento de matriz

    ferrtica.Contudo a resistncia trao e dureza podem aumentar

    com a transformao da matriz para perlita ao invs de ferrita ou mesmo produzindo uma distribuio da grafita que reduza caminhos contnuos e preferenciais de fratura atravs da microestrutura.

    170

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFormao dos Ferros Fundidos

    171

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Cinzento

    Propriedades mecnicas:Alta resistncia compresso + excelente capacidade de

    amortecimento de vibraes tornam estas ligas muito adequadaspara equipamentos pesados e fundaes de mquinas-ferramenta.Detalhe o processo de fundio pode produzir formas

    complicadas de uma variedade de tamanhos, que seriam difceisou mesmo impossveis de serem produzidas por conformao.

    Alm disso muitos fundidos recebem uma usinagem deacabamento, o que fcil devido a alta usinabilidade destas ligas.

    172

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    Alvio de tenses aliviar tenses internas produzidas por umresfriamento no uniforme dos fundidos com forma irregular. Recozimento aumentar a usinabilidade

    Aquecimento subcrtico para ambos TosTos

    550-650oC aliviar tenses internas sem reduzirsignificativamente a resistncia e a dureza.

    700-760oC reduzir a dureza para aumentar a usinabilidade atravs da esferoidizao da matriz perltica.

    900-955oC campo de fases austenita-carbonetos-grafita usadas para transformar carbonetos massivos e duros em grafita.Detalhe microestruturas com carbonetos massivos (FoFo branco) podem se

    formar em sees finas de FosFos cinzentos. Estas so praticamente impossveisde serem usinadas e, sempre que possvel, devem ser evitadas.

    FoFo CinzentoTratamentos trmicos:

    173

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Nodular

    FoFo nodular tambm conhecido como FoFo dctilSolidificao formao de grafita com morfologia esfrica

    Crescimento das esferas de grafita causado pela inoculao de crio ou magnsio no metal fundido.

    No atacado

    Atacado (matriz ferrtico-perltica)

    Olho-de-boi 174

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Nodular

    Superfcie de fratura:

    Grafita

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Nodular

    Matriz a transformao da austenita para ferrita, perlita ou ambas uma funo dos elementos de liga presentes e da taxa de resfriamento.

    Cinzento ou nodular solidificado austenita + grafitaReduzindo a temperatura diminui a solubilidade de C na

    Consequentemente precipitao adicional de grafita naforma de veios ou ndulos.

    Continuando o resfriamento pode formar ferrita e grafita, com agrafita adicional crescendo nos veios ou ndulos existentes.

    Este processo favorecido pela presena de Si, Al e pequenas quantidade de Ti. Alm disso, visto que depende da difuso de C,ocorre mais facilmente para menores taxas de resfriamento.

    Continuando o resfriamento tambm pode se transformar emperlita. Este processo ocorre quando uma maior taxa de resfriamento imposta e na presena de elementos de liga, como o Mn, Cr e Mo.

    176

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSMatriz Efeito dos elementos de liga

    Resultado dependendo da composio qumica e das condies deprocessamento, a microestrutura da matriz de FosFos cinzentos e nodulares pode ser inteiramente ferrtica, perltica ou uma mistura.

    177

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFormao dos Ferros Fundidos

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Nodular

    Propriedades mecnicas:Partculas esfricas de grafita promovem um aumento importante

    de resistncia trao, ductilidade e tenacidade.

    Exemplo FoFo nodular de matriz ferrtica tem uma resistncia trao de 414 MPa e um alongamento de 18%.

    resistncia e ductilidade atravs de aumento da resistnciada matriz.

    Resistncia fratura muito mais dependente da microestrutura damatriz do que para os FosFos cinzentos, com a sua rede interconectadade veios de grafita.

    Concluso importante devido benfica disperso de grafita, fundidos de FoFo nodular competem com peas forjadas de ao.

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    No somente alvio de tenses e recozimento, mas tambm aqueles TosTos aplicados aos aos.Microestrutura mais dctil matriz completamente ferrticaToTo de ferritizao austenitizao a 900oC, seguido por

    manuteno a 700oC, a fim de transformar completamente a austenita em ferrita e grafita.Normalizao + revenido produz uma matriz perltica de

    maior resistncia mecnica e resistncia ao desgaste.Tmpera + revenido produz a microestrutura de maior

    resistncia mecnica.Austmpera tem sido cada vez mais empregada, mas precisa

    atender requisitos especiais, que sero descritos em detalhe emseguida.

    FoFo NodularTratamentos trmicos:

    180

    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo nodular austemperado

    Solidificao FoFo nodularToTo de austmpera

    Austenitizao + transformao isotrmica

    BainitaPropriedades mecnicas:

    Maior resistncia mecnica com boa ductilidade e tenacidadese comparados ao FosFos nodulares temperados e revenidos.

    Importante adio de Mn, Ni e Mo para adquirir mnimatemperabilidade e evitar a formao de perlita no resfriamento ata temperatura de transformao isotrmica.

    Com perlita reduziria a tenacidade

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo nodular austemperado

    Propriedades mecnicas:

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo nodular austemperado

    Austenita transformao em 2 estgios durante a transformao isotrmica. 1 estgio formao de placas de ferrita e rejeio de C paraa austenita adjacente. A austenita de alto C muito estvel, sendoum componente da estrutura do FoFo nodular austemperado quetem alta resistncia e tenacidade. Bainita mistura de ferrita e austenita diferente da clssica

    estrutura baintica de ferrita e carboneto, produzida em aos baixaliga e mdio carbono.Sem cementita conseqncia do alto Si em FosFos nodulares

    austemperados.Efeito do Si tem solubilidade muito baixa na estrutura cristalina da

    cementita, de forma que precisa ser rejeitado de reas de crescimentoda cementita. Como resultado, a formao de cementita retardada devido necessria difuso do Si.

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo nodular austemperado

    Austenita transformao em 2 estgios durante a transformao isotrmica. 2 estgio decomposio da austenita que fica entre as placas deferrita para ferrita e carbonetos. S ocorre aps longos tempos, de forma que torna possvel a difuso do Si a partir da cementita que cresce. A formao desta microestrutura (ferrita + carbonetos) reduz aductilidade e a tenacidade dos FosFos austemperados. Portanto, a transformao isotrmica deve ser interrompida antes deste estgio.

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGS

    (ALTO CARBONO)

    (ALTO CARBONO)

    + (ALTO CARBONO)

    ToTo de austmpera

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo nodular austemperado

    Microestrutura:FoFo nodular austemperado 3,72%C, 2,32%Si, 0,42%Mn e

    0,05% Mg, austenitizado a 900oC por 1h e austemperado em sal a 370oC por 1h.

    Matriz

    Ferrita baintica + Forma de placasEntre as placas (branca 37%)

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Malevel

    Distribuio e morfologia da grafita similar ao FoFo nodularResultado fundidos com ductilidade e tenacidade,

    recebendo o nome de malevel.Contudo processo de produo muito diferente daquele

    empregado para produzir FosFos nodulares.

    Primeiramente produo da pea em FoFo branco.Seguido ToTo para transformar os carbonetos em grafita

    Detalhe os FosFos maleveis tm teores de C e Si reduzidosse comparados aos FosFos cinzentos e nodulares, a fim de promovera formao de carbonetos no resfriamento. Contudo, uma mnimaquantidade de C necessria para manter boa fluidez e uma taxarazovel de grafitizao durante o ToTo.

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Malevel

    ToTo de maleabilizao produz grafita que grosseiramenteesfrica, mas muito mais irregular do que os ndulos de grafitaencontrados nos FosFos nodulares.

    Atacado (matriz ferrtica)

    Resistncia trao = 275MPa Alongamento = 5%

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSToTo de maleabilizao

    Maleabilizao: FoFo branco FoFo malevelCiclo de recozimento de 2 estgios:

    1. Aquecimento no campo de fases -Fe3C (950oC).A grafita nucleia nas interfaces -Fe3C e cresce por difuso

    de C das partculas de carboneto que se dissolvem.

    Eventualmente: Estrutura metaestvel -Fe3C

    Estrutura estvel -grafitaObservaes:

    O primeiro estgio de grafitizao (dependente de difuso) ocorredentro de um tempo de 3 a 20h, dependendo da composio qumica edo espaamento dos ncleos de grafita. Altos teores de C e Si promovema grafitizao, mas elementos como o Cr, que estabilizam carbonetos,reduzem as taxas de grafitizao.

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSToTo de maleabilizao

    Maleabilizao: FoFo branco FoFo malevelCiclo de recozimento de 2 estgios:

    2. Para malevel ferrtico transformar toda a austenitapara ferrita e grafita.

    Isto acontece empregando-se taxas de resfriamentomoderadas da temperatura de recozimento do primeiro estgio ataproximadamente 750oC, seguido por resfriamento muito lento de 3 a 11oC por hora.

    Detalhe Converso da austenita para uma matriz perltica apso primeiro estgio de grafitizao alcanada por resfriamento ao ardos fundidos de aproximadamente 870oC.

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSFoFo Malevel

    Tratamentos trmicos:Podem ser tratados termicamente para essencialmente as

    mesmas microestruturas dos FosFos nodulares.

    Alm disso devido favorvel distribuio de partculasdispersas de grafita, FosFos maleveis podem ser empregados emaplicaes que requerem maior resistncia trao, ductilidade etenacidade do que para o caso dos FosFos cinzentos.

    Observao final o tamanho das peas e o longo ToTo de maleabilizao devem ser considerados, caso exista a possibilidade dese obter grafita nodular diretamente na solidificao, sem ToTo.

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSTribologia

    Simulador multirotacional de desgaste de quadril da MTS

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSTRIBOLOGIA

    Introduo:Movimento de uma superfcie slida sobre outra importante

    para o funcionamento de muitos tipos de mecanismos, ambos artificiais e naturais.

    Este movimento gera frico ou atrito DesgasteNecessidade de reposio de componentesTotal perda de funcionalidade

    Engenheiro precisa eliminar ou atenuar o desgastePara tanto Entender de tribologia

    Do Grego (esfregar, atritar), que a cincia e tecnologia da interao de superfcies emmovimento relativo, sendo que esta incorpora o estudo da frico,lubrificao e desgaste

    Ponto importante Para combater o desgaste, preciso estudar fricoe lubrificao!

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    Prof. Carlos FortisLamef - UFRGSTRIBOLOGIA

    Importncia:

    A palavra tribologia foi, primeiramente, apresentada em 1966 porum comit do governo do Reino Unido, ainda que frico, lubrificao e desgaste tenham sido estudados por muitos anos antes disso. O comit tambm fez uma estimativa da economia que poderia ser alcanada pela indstria do Reino Unido se princpios tribolgicos conh