schlier, heinrich-problemas exegéticos del nt-selecciÓn

7/18/2019 SCHLIER, Heinrich-Problemas Exegéticos Del NT-SELECCIÓN

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HEINRICH SCHLIER

PROBLEM S

EXEGETICOS

FUND MENT LES

EN EL

NUEVO TEST MENTO

EDICIONES F A X

Zurbano 8 0

M DRID



AC TUALI DAD B I B LI C A

La Palabra y e l Espí ri tu

1 . — B O I S M A R D , L É O N - D U F O U R , S P IC Q y o t r o s .

Grandes temas bíblicos.

2.

—Auzou.

De la servidumbre al servicio. Estud io del Libro del Exodo.

3.—SCHNACKENBURG. Reino y reinado de Dios. Estudio biblico-teológico.

4.

—Auzou.

El don de una conquista. Estudio del Libro de J osué.

5.—LENGSFELD. Tradición, Escritura e Iglesia en el diálogo ecuménico.

6 . — A u z o u . La fuerza del espíritu. Estudio del Libro de los Jueces.

7.—JEREMÍAS. Palabras de Jesús.

8.—BOISMARD. El Prólogo de San Juan.

9.—CERFAUX y CAMBIER. El Apocalipsis de San Juan leído a los cristianos.

10.—BERNARD REY.

Creados en Cristo Jesús. La nueva creación, según

San Pablo.

11.—CERFAUX. Mensaje de las parábolas.

1 2 . — V A N I M S C H O O T .

Teología de Antiguo Testamento.

13.—TOURNAY. El Cantar de los Cantares. Texto y comentario.

14.—CASABÓ.

La Teología moral en San Juan.

1 5 . — A u z o u . La danza ante el Arca. Estudio de los Libros de Samue l.

16.—SCHLIER. Problemas excgéticos fund amentales en el Nuevo Testamento.

17.—TROADEC. Comen tario a los Evang elios Sinópticos.

18.—HAAG. El pecado original en la Biblia y ·en la doctrina de la Iglesia.

19.—ANDRÉ BARUCQ. Eclesiastés. Qoheleth. Texto y comentarlo.

20.—SCHELKLE.

Palabra y Escritura.

21.—JERF.MIAS.

Epístolas a Timoteo

Y

a Tito. Texto

Y

comentario.

)r ig iiü il : 1 1 1 1 ו 1 ו ז 1 ; ו ו INKKII SCHLIER. Besinnung auf das Neue Testament.

I: \cge1is1i1 • A 111 sal zr und Vortriige. 2.

a

e d . 1 9 6 7 . — H e r de r . Fr e i bur g -

Ba s e l - W i e n .

<:} Ver lag 11eider K.C¡ Fre ibu rg im B reisg au

Fdi c i o nc s FA X . M a dr i d . E s pa ña

Trad u cc i ó n p o r

JO SE CO SG A Y A , A g u s t i n o

E s p r o p i e d a d

I m p r e s o e n E s p a ñ a 1 9 7 0

P r i n t e d i n S p a i n

D e p ó s i t o l e g a l : M . 2 7 8 5 5 . — 1 9 7 0

( · - . t ri c a s H a l a r , S . L . - A n d r é s d e l a C u e r d a , 4 . - M a d r i d - 1 5 . - 1 9 7 0



16

Mundo y hombre en

evangelio de Juan

L A A S C E N S I Ó N D E J E S Ú S E N L U C A S

1 6

teci rniento, hecho accesible a los test igos de la Resurrección

de Jesucr isto de entre los muer tos, que adviene a su naturaleza

y la per fecciona. Es al mismo t iempo "la ot ra cara de la Resu-

r r ecc ión" ( Vi lmar ) y su co r r obor ac ión . También es l a consuma-

ción de la historia de la salvación de los

ρήματα terrenos de

Jesús, e l ú l t imo y def ini t ivo servicio de la

Leiturgía

ter rena de

Jesús. Como tal t iene una impor tancia básica para los hechos

salví f icos futuros. Es, en efecto , por una par te si tuación f rente

a una parusía nueva y f inal , y su supuesto previo. Es el funda-

mentó de aquel ín ter in de la Iglesia , por ser posibi l i tación y

causa desencadenante de la venida del Espír i tu Santo.

Pero también t iene su impor tancia para la existencia de los

f ieles. Por medio de la Resurrección de Jesús, que ha hal lado

su remate en la Ascensión, queda int roducida la resur rección

de todos; y a par t i r de el la , por medio del Espír i tu Santo, vie-

ne a los hombres el evangel io del Resuci tado, invi tando a la

conversión y br indando el perdón de los pecados. La Ascensión

de Jesús se celebra de modo adecuado por la comunidad que

está preparada para recibi r a l Espír i tu Santo promet ido para

test i f icación del nombre de Jesús en la alegr ía de la Resurrec-

ción de Jesús l levada al colmo, en la cer teza que espera con

paciencia su parusía y en la alabanza y la oración unánime a

Dios



I

An tes de consag r a r nos a so luc ionar e l p r ob l ema—nues t r o

ver dader o p r ob l ema—de cómo ha conceb ido e l evange l io de

}uan mundo y hombre, vamos a poner en claro 10 que signif ica

en nuest ro evangel io el concepto de mundo con el que tanto

t iene que ver el hombre.

Mundo es , en p r imer t é r mino , " t odo" ,

pauta.

Mundo es

"todo" cuanto se ha hecho y existe . S i leemos en 1 ,3: "Todo l ia

sido hecho por medio de El (del Logos)", también leemos en

1, 10: "El mundo ha sido hecho por El ." Este "todo" no está

acentuado, sino que cuando habla del mundo el evangel ista

l lama sin ref lexionar "todo" a cuanto está ante los ojos del

hombr e ( como hecho) . E l mundo es además e l mundo o " todo"

aquel lo en 10 que se hal la el hombre y donde éste mora. Cuan-

do se nac e se "vien e" al mu nd o, 1, 9; 16, 21; 18, 37, etc.,

cuando se muere se apar ta uno de él , "se sale uno de él" o le

"abandona", 13, 1; 16, 28, etc . Mientras se vive "permanece"

uno en el mundo, 17, 11; 1, 10; 9, 5, etc. Es el tiempo y el

espacio en que se hal la encuadrado el hombre; cí rculo y esce-

״ ar io de su vida. Tampoco se hacen muchas ref lexiones sobre

es to. Sólo donde se habla de que el hombre per tenece o no al

mundo ; e s dec i r , f o r malmen te—por de p r on to nos ha l l amos

ante esta ref lexión formal—, de que él no sólo vive en el

inundo, sino también en relación concreta con él , y que este

mundo t iene una relación especial para con él . Según 15, 19,

"el mundo ama a los suyos" y los "suyos son los hombres que

'proceden del mund o' " o "son del mu ndo ".



3 2 1

U N D O Y H O M B R E E N E L E V A N G E L I O D E J U A N

t o t a l i d a d y u n i d a d d e l mu n d o h u ma n o . M u n d o e s p a ra e l e v a n -

g e l i s t a e n p r i me r t é rmi n o l o q u e n o so t ro s d e n o mi n a mo s mu n -

d o h i s t ó r i c o . "Es t a b a e n e l mu n d o y . . . e l mu n d o n o l e c o n o -

c ió" , que hal lamos a l lado de la af i rmación: "Vino a los su-

yos, y los suyos ( los hombres) no le rec ib ieron" (1 , 10s .) . "Y e l

ju ic io consis te en que v ino la luz a l mundo, y los hombres ama-

ron m ás las t iniebl as que la luz " (3, 19; cf 7, 3 4; 12 18 19·

16, 8 9, etc.).

L׳ e este mu nd o se d ice , en consecue ncia , tod o cuanto pue de

deci rse del hom bre . El m un do en su to ta l i dad ve (14 , 17),

co no ce (14, 31; 1, 10; 17, 23 25), re cib e (14, 17), t ien e

m a l a s o b r a s (7, 7), o d i a 1 8

15

;

7

״ s . ,

(15 , 18), da paz (14 , 27). Se habla del pec ado de este mu n-

do, del m un do de los hom bre s (1, 29; 16 , 8) , de su m ue rte

(8, 21 24), de su "sa lvación" (3 , 17 ; 4 , 42), de su " ju ic io" (3 , 17 ;

12, 31 47, etc.), de su "gozo" (16 20), del amor de Dios para

con él (3, 16, etc.). El mundo en que vive y del que vive el

h o mb re , p e ro q u e só l o e n l a e x i s t e n c i a h u ma n a se mu e v e e n -

foca do como mu ndo , se hal la por 10 que a nuest r o ev angel io

re sp e c t a , p r i ma r i a me n t e e n e l mu n d o d e l o s h o mb re s p e n sa d o

y e n t e n d i d o , d e se a d o y q u e r i d o , t r a t a d o y su f r i d o e n su t o t a -

l idad .

Pa ra Ju a n e s t e c o smo s h u m a n o se h a l l a r e p re s e n t a d o e n e l

mu n d o má s p ró x i mo a é l : e n e l c o smo s c o n c re t o d e l mu n d o

j u d í o . Ve mo s a q u í c l a ra me n t e , h a s t a q u é g ra d o e ra p a ra é l

u n mu n d o h i s t ó r i c o . Es v e rd a d q u e e s t e mu n d o j u d í o e s t á s i e m-

p re a n t e su s o j o s só l o c o mo u n me ro re p re se n t a n t e d e l mu n d o

y por es te mot ivo se le l lega a enfocar y ca l i f icar de una ma-

ñ e ra v e rd a d e ra me n t e t í p i c a .

Nu e s t ro e v a n g e l i o h a b l a c o n b a s t a n t e f re c u e n c i a d e " l o s

hombres" en términos genera les . "La v ida era la luz de los

h o mb re s" (1 , 4 ) . "E l e ra l a v e rd a d e ra l u z q u e a l u mb ra a l o d o

hombre que v iene a es te mundo" (1 , 9 ) . "El sab ía lo que había

en e l hombre" (2 , 25). "He mani festado tu nombre a los l iom-

bres" (17 , 16 , e tc .) . El evangel i s ta conoce o t ros pueblos a l l ado

de Israe l : samari tanos (c . 4 ) , Romanos (11 , 48), g riegos (7 , 35 ;

12 , 20). Pero su in terés es tá absorb ido en casi su to ta l idad por

los " jud íos" . No só lo const i tuyen su mundo y e l mundo de los

a c o n t e c i mi e n t o s p o r é l r e l a t a d o s , s i n o "e l mu n d o " p o r e x c e l e n -

c ia . Son un parad igma para e l mundo, para e l mundo de los

.—21

U M AS E X E G É T I C O S .

M U N D O Y H O M B R E E N E L E V A N G E L I O D E J U A N

2 0

M und o es , por consiguien te , t am bién aque l lo de 10 que y

de donde v ive e l hombre que le pertenece , 8 , 23 ; 15 , 19 ; 17 ,

14 16. Y este p o d e r - se r -p e r t en ec i en t e־ a l -mu n d o c a ra c t e r í s t i c o

del hombre (y a la inversa : es te po de r -se r-princip io-del -mun-

do), es para e l hombre no só lo una re lac ión ex t r ínseca , s ino

a n t e t o d o u n a d e p e n d e n c i a d e c a rá c t e r i n t r í n se c o . M u n d o e s

todo aquel lo que puede determinar la ex is tencia del hombre y

su " lenguaje" , y 10 que determina de hecho ambas cosas , t a l

como e l hombre acontece en e l mundo. En Jn 3 , 31 d ice Jesús:

"El que procede de la t ie rra es te rreno y habla de la t ie rra ."

El mun do ta l com o 10 enc uen t ra e l hom bre , la t i e rra , hace

que é l y su lenguaje procedan de e l la . Este mundo puede darle

a l hombre modo de ser y lenguaje . Y es de ta l manera , que

e l h o mb re q u e e n é l mo ra p u e d e d e j a r se a b a rc a r y c o mp re n d e r

por é l y , por consiguien te , puede ex is t i r por é l . Cuanto más

re v i s t a e l mu n d o t a l c a rá c t e r , c u a n t o má s i n t e n sa me n t e l o u se

y en t ienda e l hombre como princip io de v ida , tan to más se

mo s t ra rá fa mi l i a r e n a p a r i e n c i a p e ro e x t ra ñ o e n re a l i d a d . Pu e s

se mani fies ta con la ex t rañeza de un poder que d ispone del

hombre no como de a lgu ien que es personalmente l ib re , s ino

q u e s i e mp re e s t u v o a d i sp o s i c i ó n . As í s e a b a rc a fo rma l me n t e

e l f e n ó me n o d e l "p r í n c i p e d e e s t e mu n d o " d e l q u e h a b l a re mo s

má s a d e l a n t e . Fo rma l me n t e c a ra c t e r i z a d o e l mu n d o e s c o mo

e l "d e d ó n d e " d e l h o mb re e n a j e n a d o h a s t a e l e x t re mo . Pe ro

el mundo no es só lo e l "en dónde" y "de dónde" del hombre ,

s i n o q u e —v i c e v e rsa —e l h o mb re e s t a mb i é n e l " e n d ó n d e " y

"d e d ó n d e " p ro c e d e e l mu n d o .

Es t a fo rmu l a c i ó n p u e d e se r o b j e t o d e fa l s a s i n t e rp re t a c i o -

nes . Quiere deci r que e l mundo es ta l , só lo s i es tá i luminado

por e l hombre . El mundo es mundo só lo s i sa le a l encuent ro

d e l h o mb re , h a c i é n d o se l e a c c e s i b l e .

El hombre

le oye, le ve y

le en t iende. Y e l mundo se ve , se oye y se en t iende a s í mismo

en e l hombre , en él. C u a n d o e l h o mb re , c o mo a c a b a mo s d e

d e c i r , h a b l a i n sp i ra d o p o r e l mu n d o , 10 h a c e e x p e r i m e n t a n d o

su afluencia a la que da expresión hablada . Esta es la conse-

cuencia fo rm al de 1 , 4 : "Y la v ida era la luz de los hom bre s ."

El mundo t iene acceso a s í mismo só lo a t ravés del hombre que

e n t i e n d e . E l mu n d o

está

en la luz y en la pa labra del hombre .

Así e l evangel io de Juan—y éste es e l segundo punto de

v i s t a d e n u e s t ra s r e f l e x i o n e s—l l a ma "c o smo s" a n t e t o d o a l a



322


II

En el conjunto de la existencia humana, este mundo, visto

por e l evange l i s t a como e l mundo h i s tó r i co r ep r esen t ado po r

los judíos, es—dicho en rasgos generales—según su or igen un

don del Logos. No se debe su ser a sí mismo, sino "al Verbo".

"Todo fue hecho por el Verbo" (1 , 3s.) , "y sin el Verbo no se

ha hecho nada" . Es t e "Ver bo" es D ios . D ios j un to a D ios , o

como también puede decirse, e l Hi jo en el esplendor del amor

del Padre (1 , l s . ; 17, 5 23, etc .) . Pero también es el "Verbo"

por excelencia, e l "Verbo en el pr incipio", e ternamente y antes

que todas las cosas. Logos no ha perdido en este aspecto su

sen t ido concep tua l . E l mundo existe po r med io de e s t e Ver bo .

Es t e Ver bo es su " r azón" . P o r med io de e s t e Ver bo r ec ibe su

se r . P e r o e l mundo t ambién es t á

en

este Verbo. El Verbo es,

como está escr i to , " la Vida" de todo cuanto ha sido hecho y al

mismo t iempo su "luz" (1 , 4) . La fuerza vi tal de todo cuanto

ha sido y es; la garant ía de su vida; la garant ía de todo cuan-

to ha venido a la existencia al hacer que el mundo, que debe

su ex i s t enc i a a l Ver bo , apa r ezca i l uminado en e l hombr e .

"Cuanto ha sido hecho en El (en el Verbo) era la vida, y la vida

era la luz de los hombres" (1 , 4) . En el Verbo por excelencia

se ha dado la vida, v ida en la luz, v ida manif iesta y clara. De

es t e modo puede t ambién dec i r se que e l mundo , l l amado a l a

existencia a t ravés del Verbo inicial que es Dios junto a Dios,

y está como en una vida i luminada por medio del Verbo inicial

que es Dios junto a Dios, es, por ot ra par te y para siempre,

revelación e inte rpreta ción de este V erbo. Y se puede con t i -

nuar diciendo que como tal exposición del Verbo, que es su

Vida-Verdad, hace ésta que el hombre la perciba en sí y por

medio de sí . Esta legi t ima en su existencia y en su ser así a l

Verbo mediante el cual y en el cual t iene su Vida-Luz.

Es t a e s t r uc tu r a f undamen ta l de l mundo como mundo ex i s -

(ente en el Verbo y abier to en el Verbo, sólo es visible en el

prólogo del cuar to evangel io . Y es el supuesto previo de toda

concepción del mundo (y de la concepción de la salud) de

nuest ro evangel ista . Claro que su tema es ot ro , incluso en reía-

c ión con e l mundo y l o s hombr es . P e r o p r ec i samen te e s t e o t r o


20

hombr es . Cuando Juan na r r a que " l a s muchedumbr es" de l o s

judíos cor r ían t ras Jesús, pone en boca de los far iseos el s i -

guíente comentar io: "Mira, e l mundo va t ras él" (12, 18s.) .

P o r o t r a pa r t e vemos que Jesús puede dec i r : "Yo he enseñado

siempre en la sinagoga y en el Templo donde todos los judíos

se congregan.. ." (cf también 7, 4 l l ss .) . De aquí que a los

"judíos" se les designe sólo de pasada y más o menos en su

existencia histór ico-empír ica. La mirada del evangel io des-

cansa en el los como en el t iempo de los hombres y del mundo.

Así , por ejemplo, no interesan los rasgos histór icos de los fa-

r iseos y sus relaciones con los "pr íncipes de los sacerdotes"

y los "jefes", s ino que todos éstos son sin dist inción alguna las

au to r idades y como t a l e s l o s r ep r esen t an t es dec i s ivos de l eos -

mos , m ien t r as que l a "mul t i t ud" son sus r ep r esen t an t es menos

cua l i f i cados o e l mundo f l uc tuan t e , d iv id ido e i gno r an t e , que

no sabe ni de dónde viene ni adónde va.

Es ca r ac t e r í s t i co t ambién que " lo s j ud íos" sean ocas iona l -

men te a lgo as í como una i n s t anc i a un i t a r i a y demas i ado t emi -

ble del mundo (1, 19) y que representen—por ejemplo, en el

c . 5 , f rente al c iego curado por Jesús—como una especie de

au to r idad . Mas : t an to se l e s cons ide r a ba jo e l pun to de v i s t a

de t í p i cos r ep r esen t an t es de l mundo , que aque l l o s que se han

d i s t anc i ado de l mundo po r l a f e ya no apa r ecen como jud íos ,

aun que 10 sean por su proced encia. Así , por ejem plo, Juan el

Bau t i s t a e s t á t o t a lmen te apa r t ado de l o s " j ud íos" y en f r en t ado

a ellos (1, 19ss.; 1, 31 33).

Ε inc lus o

Jesús, de quien se dice

expresamente que es un judío (4 , 9 22) , les es tan ajeno que

al hablar con el los de la Ley judía dice "vuest ra" Ley, no "la

nu es tra " (8, 17; 10, 34; cf 7, 19 22; 10 co ntr ari o 7, 51).

Ε

inc lus o e l na r r ador s e d i s t anc i a t an f undamenta lmen te de los

"judíos" que no sólo habla generalmente de el los con un sen-

t ido muy visible de extrañeza, muy palpable, s ino también, por

ejemplo, al refer i r se a los r i tos pur i f icator ios "de los judíos"

(2, 6) , de la "Pascua de los judíos", de la "f iesta de los judíos",

etcétera (2, 13; 5, 1; 6, 4; 7, 2; 19, 40 42). Jesús y los suyos

no son " jud íos" , aunque na tu r a lmen te pe r t enezcan a l pueb lo

judío. "Los judíos" son considerados en nuest ro evangel io co-

mo e l mundo , t a l como f ue r eve l ado med ian t e l a ven ida de

Jesús.



324


12, 35; 1 Jn 2 , 11) . Las t in ieblas encubren la meta y el camino:

"El que camina en t i n i eb l as no sabe adonde va ." F undamen ta l -

men te e s to e s 10 que se p r e t e nde dec i r . Tomás p r egu n ta : "¿C ó-

mo vamos a sabe r e l camino?" , pues to que no conocemos l a

meta (14, 4s.) .

Las t i n i eb l as como d imens ión de l mundo que va adueñándo-

se con t inuamen te de l hombr e , ocu l t an t odos l o s caminos y

ob j e t i vos y f a sc inan a l hombr e en su oscu r idad med ian t e su

ag r es ivo encubr imien to . Es t e encubr imien to o des t i no r u inoso ,

en el sent ido act ivo de la palabra, t iene lugar en el hombre. El

se abandona y se conf ía en sí mismo y permanece en este encu-

br imiento y ruina. El que cree en las t in ieblas, ha caído dentro

de la fatal idad ruinosa que l leva consigo el encubr imiento que

les es propio. Por eso hay que "creer ahora en la luz" que ha

venido en Jesús (12, 36) . Quien "ama" las t in ieblas queda en-

ca r ce l ado en su d imens ión . "Los hombr es amar on l a s t i n i eb l as

más que la luz" (3 , 19) . Sus "malas obras", debidas a la fe en las

t inieblas, quedarán ocul tas en esta dimensión (3 , 20) . Así como

—segxxn 1 Jn 2, 9ss. y 3, 14s.—la cerrazón putativa y querida de

la existencia humana se exhala en el odio al hombre y al mis-

mo t iempo se real iza a t ravés del medio del que odia, así las

t i n i eb l as acep t adas engendr an nuevas t i n i eb l as po r med io de l

hombre que en cuerpo y alma l lega a entregarse a el las.

Las t in ieblas de la existencia que se dan en el individuo por

med io de su mundo h i s tó r i co , van eng r osándose y adqu i r i endo

nuevo per f i l por medio del que las reconoce y se entrega en

sus manos . P o r e l poder de l a f a t a l i dad f undamen ta l de l encu -

br imiento que le avasal la , aparece el mundo como t inieblas. En

Dios no existen las tinieblas (1 Jn 1, 5). Y Dios está en la luz y

es luz (1 Jn 1 , 5 7) . Su creación es, como i luminada en su Verbo

or iginar io , v ida manif iesta y luminosa. Pero el mundo tal como

acaece, se encuentra ahora como t inieblas en el sent ido de que

au to - impone una y o t r a vez f a t a l i dad e f ec t i va , e l encubr imien to

jamás desviable de las t in ieblas, a t ravés del hombre que se l ia

incl inado hacia el las y para el las conquistado.

P er o , ¿de qué modo se man i f i e s t a e l mundo como t a l au to -

dest ino de las t in ieblas? Según el evangel io de Juan son la

men t i r a , e l pecado y l a muer t e l o s que dominan e l mundo y

el hombre, y representan las formas de las t in ieblas. Son las

f o r mas f undamen ta l es de e s t e au to - des t i no en e l que acaece e l


20

tema se ve real izando paso a paso sobre el t rasfondo de este

concep to de l mundo .

El evangel ista que anuncia la venida de la vida y de la luz

a este mundo en la persona de Jesús, ve que la real idad or igi -

nanamen te ab i e r t a y man i f i e s t a de l mundo po r med io de l Ver -

bo i n i c i a l se ha ce r r ado de maner a t r emenda y s i gue ce r r án -

dose s i n i n t e r r upc ión . E l mundo , t a l como apar ece h i s t ó r i ca -

mente, se ha conver t ido para el evangel ista en muy i r real , mer-

ced a esta cont inua interceptación de su Verbo or iginar io al

que debe su existencia. Ya no se le encuentra en su naturaleza

i luminada y viva en el Verbo inicial , s ino como "t iniebla". La

p r esenc i a de Jesús—Ver bo hecho ca r ne—en e l mundo se p in t a

así : "Y la luz br i l la en las t in ieblas" (1 , 5) . Los hombres, cuya

vida no se hace i luminar de nuevo por esta luz "andan en t in ie-

blas " (8 , 12; 12, 35 46; 1 Jn 2 , 6 9 11). Aquí " t inieb las"

(σκοτος

o σκοτία) no es en m od o a lgun o una

descr ipción plást ica un

t an to exager ada pa r a dec i r que e l mundo y l a v ida humana no

son abso lu t amen te t r anspar en t es ; desc r ibe l a cons t i t uc ión r ea -

l ísima que presenta el mundo actual .

Es t e mundo h i s tó r i co , e s t e cosmos humano en e l que se

desar rol la y según el cual se di r ige la vida humana, y esta vida,

l a ex i s t enc i a humana , es t in ieblas. "Permanece en las t in ieblas"

quien no cree en Aquel que ha venido como Luz, 12, 46. El

mundo, ta l como existe ahora, es t in iebla. De este modo par -

t i c ipan l a s " t i n i eb l as" t ambién de l a e s t r uc tu r a f o r mal de l mun-

do . En p r imer t é r mino es un "espac io" que aba r ca a l o s hom-

bres y los encier ra dentro de sí ; una "dimensión" en la que se

det iene. Así lo vemos en los pasajes ci tados. Pero como tal es

también un "poder" que se propaga, que acosa, v iolenta, obl iga.

De su avasal lamiento deben l ibrarse los que de nuevo t ienen

la luz. Deben defenderse contra su poder (cf 12, 35 46) , porque

es indud ab le qu e este pod er ciega (cf 8, 12; 1 Jn 12, 11). Ha ce

que la existencia en el mundo sea oscura.

El r a sgo f undamen ta l de e s t e poder t eneb r oso de l mundo

que se adueña de los hombres y l lega así a su pleni tud, es en-

cubr imien to . E l evange l io no emplea es t e m i smo concep to .

P e r o gener a lmen te hab l ando p in t a muy b i en l o que con e l l o

quiere deci r . La luz descubre. En el descubr imiento existe la

luz. Está "t rasladada" en concreto , de 10 ocul to a 10 claro, a 10

públ ico. Las t in ieblas tapan y encubren. Ocul ta (cf 3 , 19 20;



326



320

su auto-glor ia tomada del mundo. Así aparece el mundo y la

existencia en la ment i ra de una arbi t rar iedad aparente, la men-

t i ra de la apar iencia de su propia glor ia tomada del mundo. El

mundo y la existencia aparecen así en la ment i ra del que es el

"men t i r o so" po r exce l enc i a , de aque l cuya "ca r ac t e r í s t i ca"

(τό ίδιον) es la me ntir a, del que es pa dre de la me nti ra por -

que la

e s t á engendr ando de con t inuo a l "dec i r l a" con t inua-

m e n t e

(λαλεί το ψ εοδος).

Atend iendo a l os r ec l amos de l a na tu r a l eza men t i r os a de

un mundo a r b i t r a r io y egoísta desean los hombres ser arbi t ra-

r ios y egoístas, y se cier ran así en banda a la esencia de la

verdad de una vida sincera y clara garant izada por el Verbo.

Dando o ídos a l a s ex igenc i as de un mundo apar en t emen te

poder oso po r s í m i smo , f r u s t r an l o s hombr es l a ve r dad p r imor -

dial de su vida, que les es dada por medio del Verbo, que es

Dios junto a Dios en la aper tura de su luz, y que se conserva

en el abr i r se a la vida que El nos garant iza. El mundo, que a

pesar de todo se debe al Verbo, se yergue en una glor ia propia,

presuntamente sin culpa, en el esplendor magníf ico de un que-

rerse por sí mismo y para sí mismo, que hace creer engañosa-

mente en un poder-ser -por-sí -mismo y en un deber-ser -por-sí -

mismo. Y los hombres, se conf ían en brazos de esta pretensión,

se ponen al servicio de esta ment i ra y , consiguientemente al de

su auto-enajenación. Con eso se auto-dest inan a las t in ieblas.

La apar iencia quer ida de un mundo y una vida arbi t rar ios, de

donde mundo y ex i s t enc i a humana t i enen su p r ocedenc i a en

la histor ia , y en la que vuelven una y ot ra vez a incurr i r , es una

de l a s f o r mas f undamen ta l es de l a s " t i n i eb l as" de e s t e mundo .

P er o l a s t i n i eb l as en que mundo y hombr es se man t i enen

son dist intas de la "ment i ra" y en cier to sent ido algo más. La

ment i ra que avasal la al mundo—ser de sí mismo y para sí mis-

mo—no sólo afecta a sus enunciados y por consiguiente a su

concepción, sino también a su actuación y compor tamiento. Las

t inieblas se manif iestan según el evangel io de )uan, también en

el "pecado". Cuando en nuest ro evangel io se habla del pecado

(I, 29; 8, 21 34 46 ; 9, 41 ; 15, 22 24; 16, 8

9)

o de los peca-

dos (8, 24; 9, 34; cf 19, 11) se piensa concretamente en la "in-

just icia" (¿

δίκια; 7, 18) o co n 1 Jn en la il eg al id ad (ανομία;

I (η 3, 4). Esta es la forma del pecado.

La naturaleza del pecado se descr ibe de modo dis t into. Se

mundo. De el las se habla sobre todo en el

capí tulo 9 del evan-

gelio.

El mundo, ta l como se encuentra, se hal la dominado por

una mister iosa y enigmát ica naturaleza de la apar iencia. La

apar iencia voluntar ia que él se da a sí mismo, de ser poderoso

por y en sí mismo. Esta apar iencia, quer ida y decidida, de

mundo au to - poder oso y a r b i t r a r i o e s denominada po r e l evan -

gel ista "la ment i ra" del mundo. En 8, 30-47 podemos hal lar

lúgubre exposición sobre el asunto. Dice que los judíos, como

r ep r esen t an t es de l mundo , no se hacen ad jud i ca r l o que son

de pa r t e de Dios—a qu i en s in embar go s iguen l l amando pad r e—,

sino de par te del diablo (8 , 44-47) . Su voluntad y sus obras res-

pond en, por o t ra par te , a 10 que se hacen ad judic ar . Aquel lo de

donde proceden y cuanto hacen responde a aquel de quien el los

reciben sus comunicaciones. Así se expl ica que tengan sus mis-

mos "afanes" y hagan sus "obras" (8 , 38 40 44) . El es el "pr ín-

cipe de este mundo", que t iene su reino en el mundo y lo ejer -

ce po r med io de l mundo . P e r o a l m i smo t i empo es t ambién

"el que no está en la verdad", porque "la verdad no está en

él" (8, 44).

Por ot ra par te , la verdad es, según el evangel io de Juan, la

real idad de una vida sincera y abier ta , garant izada por la Pa-

labra del pr incipio . Aparece pues en la Palabra hecha carne en

Jesús. Dentro de su dimensión—la dimensión de la vida ga-

rant izada por la Palabra, y por eso sincera y manif iesta—no ha

entrado el d iablo; no se le ha dejado un lugar . Esta dimensión

ni l lena ni inf luye en su naturaleza. Más bien está completa-

mente alejado de el la , es su enemigo. Su naturaleza es la no-

verdad del auto-poder o de la autocracia de la arbi t rar iedad

y sober b i a f undamen ta l es . S u esenc i a e s l a "men t i r a" de una

r ea l i dad au to - cons i s t en t e y no ga r an t i zada po r l a P a l ab r a ; de

una real idad cer rad a en sí mism a y en sí mism a resuel ta ; de

una real idad que no es clara ni manif iesta . Su esencia es—po-

demos dec i r l o t ambién— la nada, que pretende ser y que parece

ser

en esta su pretensión (Bul tmann) .

Y precisamente esta carencia de ser de que hablamos, es 10

que par t icipa al cosmos y hace que se encuentre como en su

reino. Logra así que el mundo sea como el mundo i r real de su

i r real naturaleza. Y así , d ice la ment i ra de un mundo aparen-

emen te pode roso en sí mis mo ; la men t i ra de la apar iencia de



3 2 9


mu er tos, co mo 10 mu estra el mi lagro de la resur recc ión de Lá-

zaro (c . 12) deben resuci tar . La muer te del mundo que a el la

está somet ido y ante el la sucumbe, no es imagen o f iguración

retór ica, s ino consecuencia de la ment i ra y del pecado de este

mundo, comienzo de su mister io . Es el poder br i l lante de las

t inieblas. Esa muer te—en la que con tanto agrado y de tan va-

r i adas maner as se a lo j a e l mundo , supues t amen te t an " r ea l i s -

t a"— apar ece s i gn i f i ca ti vamen te en e l mund o , den t r o de l acón-

tecimiento del mor i r .

Ahor a b i en , en e l homic id io—cuyo pa r ad igma es Ca ín , se -

gún 1 Jn 3 , 11—el hom icida hac e que los dem ás h om bres

exper imen ten i nmed ia t amen te su p r op i a mor t a l i dad y , en conse -

cuencia, la muer te . El matar a un hermano no es más que con-

sumación del odio; de ese odio en el que se revelan las t in ieblas

de la vida arbi t rar ia . Según el cuar to evangel io , los judíos

mues t r an , como r ep r esen t an t es de l a human idad , su r e so luc ión

hacia las t in ieblas de la vida arbi t rar ia , mediante la recusación,

persecución y, por úl t imo, mediante la voluntad de matar a

Jesús. Esta resolución resul ta de su cer razón f rente a la real idad

nuevamente surgida en Jesús, de una vida garant izada por Dios

y aceptada como don; vida que como tal está abier ta a Dios

y al hom bre (cf 8, 40; 11, 53). Los muer to s no so por tan a los

vivos debajo de el los. En el mundo y entre los hombres, ta l

como aparecen, br i l la la muer te como úl t imo ref lejo de la men-

t i ra y del pecado de una naturaleza que busca su propia glo-

r ia . La muer te es la

doxa

sombr ía y lóbrega de la naturaleza de

l a a r b i t r a r i edad que domina y co r r ompe l a Cr eac ión .

Vemos pues que a l apa r ece r e l mu ndo como mundo- h i s to -

r ia , aparece de hecho como "t inieblas". Estas t in ieblas son la

fatal idad real (en el sent ido act ivo de la palabra) de la natu-

raleza autocrát ica que domina el mundo. En pr imer lugar se

manif iesta en la cont inua recusación de su vida, existente y

abier ta med iante el Ve rbo pr imordia l , por la men t i ra del mun-

do de la autocracia; en segundo lugar en el cont inuo f racaso

de su vida, por el pecado o la fal ta de l iber tad de su actuación

egoísta; por úl t imo, en la cor rupción cont inua de su vivi r , por

la i r rupción en la muer te aniqui ladora de la fuerza más ínt ima

de esta ment i ra y pecado.

M U N D O Y H O M B R E E N E L E V A N G E L I O D E J U A N20

habla impl íci tamente de esta naturaleza en 15, 19, donde se

dice que "el mundo ama las cosas que son suyas", cf 1 Jn 4 , 5 .

El pecado es la vinculación egoísta de los hombres a sí mismos

com o a 10 propi o suyo y, por co nsiguiente, la vinculación a la

no-verdad y a la i r real idad. En 8, 34 se dice que la naturaleza

de l pecado es : "Todo e l que comete e l pecado es un esc l avo ."

El pecado es esclavi tud o fal ta de l iber tad. Esta fal ta de l iber -

tad cree naturalmente que es l iber tad (8 , 33) , 10 mismo que los

"ciegos" creen que "ven" (9 , 41) . Pero su real idad es, en opo-

sición al "obrar la verdad" (3 , 21) , un abandonarse en las l i -

gaduras de la no-verdad e i r real idad de lo arbi t rar io y de su

mundo ; una en t r ada en e l c í r cu lo de sus "a f anes" y po r con -

siguiente una caída en las "malas obras" y en el "mal obrar"

(3, 19 20) ; es aceptación de una esclavi tud, de la que sólo

puede l ibrar les la apar ición de una nueva real idad en Jesús, e l

"Verbo" histór ico. "La verdad os hará l ibres" (8 , 36) .

El pecado l iga a los hombres a la ment i ra del querer -ser -

personal de una vida arbi t rar ia y a su mundo i r real ; así van

tomando cuerpo las t in ieblas. Esta l igadura aparece especial -

mente en la incredul idad o en la desobediencia del hombre

f rente a la verdad, que ha vuel to a aparecer en Jesús de un

modo def ini t ivo. Así , pues, para nuest ro evangel ista la incre-

dul idad de los judíos es el pecado potenciado, el pecado en el

que el hombre no quiere dejar su vinculación a 10 arbi tar io al

hallarse en presencia de la verdad (cf 8, 24; 9, 40s.; 16, 8, etc.) .

Las t in ieblas se descubren en la muer te . Esta domina tam-

bién en la ment i ra y el pecado. El diablo, e l ment i roso, es tam-

bién "homicida desde el pr incipio" (8 , 44) . "Y vosotros sabéis,

se dice en 1 Jn 3 , 15, que ningún hom icida t iene la vida etern a

en sí ." "El esclavo no permanece en la casa para siempre" (8 , 35) .

"Mor iréis en vuest ros pecados", d ice Jesús a los judíos (8 , 24;

cf 8, 21). En el destino tic la mentira y del pecado colabora ya

la muer te . La declaración de lo i r real y la real ización de lo pre-

tencioso son por sí mismos señal de la nada. El acceso a la exis-

tencia arbi t rar ia o buscadora de su propia glor ia , ar rast ra hacia

su propio aniqui lamiento. Arrebata al hombre de la real idad de

esa vida que le garant iza el Verbo del pr incipio. Por eso Jesús

l lama "los muer tos" a los hombres que, como tales, se entregan

al poder aparente del mundo arbi t rar io que les sale al encuen-

t ro . "Los muer tos oi rán la voz del Hi jo de Dios" (5 , 25) . Los



3 3 1


la ment i ra , e l pecado y la muer te no convier ten el mundo en

t i n i eb l as abso lu t as . Cuando apa r ec ió en Jesús , e l Ver bo huma-

nado, la verdad manif iesta y def ini t iva, exist ía , según Juan, no

sólo incredul idad y repulsa, s ino también una elevada int ran-

qu i l i dad de p r egun tas y deseos sob r e e s t a ve r dad . Es to puede

ver se , po r e j emplo , en l a i n segur idad de l a "muchedumbr e"

ante J esus. "L os jud íos" se dividen f ren te a. El y f ren te a su

obra (7, llss. 32 40ss.; 9, 16; 10, 19ss.; 11, 45s.) , cosa que

ocurr ió incluso entre las f i las de los far iseos (12, 42) ; tan to

el los como el mundo se sienten int ranqui los por su causa. Cier -

t amen te l a s mu l t i t udes co r r en t r a s Jesús po r que l e t i enen po r

uno de l o s muchos θείοι άνθρωποι o inc lus o por uno de los

p r o f e t as t aumatu r gos , y en t i enden s us mi l ag r os no como s ignos

n i como r e f e r enc ia a o t r o mi l ag r o comple t amente d i s t i n to ,

s ino como pruebas directas del bienes tar ter renal (por ejemplo

6, 14s. 24ss.; 7, 11; 10, 41; 11, 56 ; 12, 9). Pe ro de tod os mo do s

la mult i tud s igue en movimiento y se ve de vez en cuando cons-

t reñida a pre gu nta r : "¿ Er es tú el Me sías ?" (10, 24).

Al f inal de la actuación públ ica de Jesús se saca en conse-

cuencia que las mul t i tudes le saludan como rey mesiánico de

Israel , c laro que según su modo pecul iar de entender las cosas,

que Jesús trata de corregir y aclarar (12, 13ss.) . Llegan también

"gr iegos" que dicen: "Queremos ver a Jesús" (12, 21) , pet ición

que es desest imada, puesto que el grano de t r igo debe pr imero

cae r en t i e r r a y mor i r . Los f a r i seos a f i r man : "El mundo en t e r o

va t ras El" (12, 19) , y en esta af i rmación no se hacen dist ingos

sobre el porqué. En cualquier caso es Jesús el que susci ta las

preguntas, la in t ranqui l idad y los deseos ocul tos de los hombres.

Por disimulada y refer ida a sí misma que sea esta i r rupción,

por rápidamente que se acal le , por mucho que en úl t ima ins-

t anda t r i un f en l a s r e spues t as o so luc iones p r op i as , e s una

prueba de que el hombre, siempre invest ido e inf lamado por la

vi r tud permanente del Verbo pr imordial que i lumina la vida,

se rebela con tra su dest ino ruinos o individual y con I ra sus

poderes. El mismo Pi lato , que rechaza la verdad que l ieuc de-

lante en la Persona de Jesús, y 10 hace incluso con la ap arent e

super ior idad del que en vi r tud de su cargo nada t iene que ver

con el la , se ve extraordinar iamente inquielo por su causa (19, 8) .

Que det rás de todo esto existe una necesidad ineludible del

hombre de una pleni tud t rascendente, se prueba en que los


2 0

III

Per o ahora tenem os que f i jarno s en la to tal idad de un ter -

cer punto de vista del que nuest ro evangel io no habla de un

modo temát ico, pero que suele aparecer una y ot ra vez en el

con t ex to .

I nc luso f r en t e a e s t a r u ina f a t a l de l a na tu r a l eza au toc r á t i -

ca y arbi t rar ia que gobierna el mundo, se mant iene la vida or i -

ginar ia en cier to sent ido por la garant ía de la Palabra. En

a lguna maner a—por que as í hay que hab l a r aqu í donde no se de -

clara el cómo—los hombres saben algo acerca de la luz y la

vida de que viven, y en algún modo son por tadores de deseos

respecto de el las. Cuando Jesús les dice: "Yo soy la luz del

mundo" (8 , 12) , o cuando el evangel ista les menciona "la luz

verd ade ra ( real )" (1 , 9 ; cf 1 Jn 2 , 8) , se da por supu esto n o sólo

que los hom bres e nt iend en 10 que es luz, s ino tambié n que en

lo posible buscan

la

luz y preguntan por la luz verdadera. Esto

vale también hablando de la vida.

El hombre quiere vivi r , no sólo en el sent ido pr imero de no

querer mor i r , s ino también en el sent ido de que t iene hambre

y sed de vida; hambre que t rasciende la vida ter rena. En el

cuar to evangel io , e l hombre reviste esta sed con el deseo de

un agua de vida milagrosa: "Señor , dame de esa agua para

que no vuelva a tener sed ni tenga que venir aquí a sacar la"

(4, 15) , d ice la samar i tana que no ha entendido bien el of recí -

miento de Jesús. También conoce incluso la naturaleza del

al imento mctaf ísico que fue dado a los padres del desier to en

el don del maná celestial (6, 31). En la medida en que el hom-

bre encier ra la vida dentro de sus imágenes y deseos y de este

modo los incorpora a sí , en esa medida se hal la f lechado hacia

todo eso. Así , e l don del "verdadero pan del cielo" (6 , 32) , del

"pan de vida" (6 , 35 48 51) que es Jesús mismo y lo da en su

carne, representa la pleni tud cr í t ica de todo el saber y el deseo

humanos sob r e l a v ida .

También saben l o s hombr es que t i enen neces idad de un

"pastor"—no sólo en Israel , s ino también entre los gent i les—

que les garant ice una di rección y les def ienda. No están despre-

venidos cuando Jesús se les anuncia, como 10 demuestra Jn c . 10.

En nuest ro evangel io se muest ra también de ot ro modo que



M U N D O Y H O M B R E E N E L E V A N G E L I O D E J U A N 3 32

de la naturaleza arbi t rar ia que domina sobre el los y sobre el

mundo , que vue lven a r ecusa r y deses t imar sus p r op ios deseos

de p r egun ta r po r la luz , a l a f i r ma r : " Nos o t r os vem os ." Con

es t a ac t i t ud f r u s t r an , po r o t r a pa r t e , t oda en t r ega l i b r e y de -

cisiva de sí mismos al Verbo que ahora ha hecho su apar ición

en Jesús ; f r u s t r an , po r t an to , t oda ve r dader a obed i enc i a de l a

fe que ahora es el camino en que surge la luz de la vida. "Oye-

ron esto algunos far iseos que estaban con El , y le di jeron:

¿Conque noso t r os somos t ambién c i egos? Dí jo l es Jesús : S i

f ue r a i s c i egos no t end r í a i s peca do ; pe r o aho r a dec í s : Vemos ,

y vuest ro pecado permanece" (9 , 40) . No, el conocimiento y el

deseo de los hombres, aquel la Palabra ocul ta , indest ruct ible

que es Dios junto a Dios y el Hi jo , y que se mant iene en pie a

pesar de la recusación de los hombres, no puede l iberar al

mundo de l a r u ina f undamen ta l de l a s t i n i eb l as que é l m i smo

se inf l ige. Esto sólo puede hacer lo la nueva apar ición del Verbo

en med io de e s t e mundo de l o s hombr es , l a ac tua l i dad de l Ver -

bo or iginar io hecho Palabra en la carne y la fe que se le abre

oyendo y v i endo .


320

judíos, como les dice Jesús, le "seguirán buscando", precisa-

men te a El , t ras haber le mat ado (7 , 34; 8 , 21). ¿Por qu é as í?

Hasta se gozarán cuando se vean desembarazados de El (16, 20) .

P e r o l e busca r án , po r que e l p r ob l ema humano de l a ve r dad no

se so luc iona l i qu idando l a ve r dad . Le busca r án , po r que e l p r o -

blema de la verdad, es deci r el deseo de la verdad y la voluntad

de la verdad, no se acal la jamás. La pretensión de la verdad

abier ta de una vida garant izada por el Verbo del pr incipio , no

se dejan reducir al s i lencio mediante la recusación en la men-

t i ra , e l equívoco del pecado y la cor rupción de la muer te . La

luz de la vida arde f i rmemente y la existencia manif iesta en el

Ver bo se hace anunc i a r i ne lud ib l e , imper io samen te en e l hecho

de con t inuar buscándose a s í m i sma .

No se d i ce cómo se e s t r uc tu r a concr e t amen te e s t a búsqueda

en el curso de la histor ia humana. Mas no sólo actúa en la

pregunta expresa, s ino que esta búsqueda también hal la su ex-

p r es ión en e l su f r im ien to de l o s hombr es que ya no pueden

p lan t eá r se l a .

Ε incluso el vaciamiento s in

espír i tu de la pers-

pec t i va humana a pa r t i r de l co r azón , que t i ene su me ta f í s i ca

en la computación técnica de todas las cosas para una ut i l iza-

ción próxima, sigue siendo test igo de esa búsqueda ineludible

de l a ve r dad . P e r o de t odo es to no hab l a exp l í c i t amen te nues t r o

evangel io .

Sin embargo, el conocimiento de la verdad y el afán por in-

vest igar , por inext inguible que sea en el mundo de los hombres,

no sa lva a l hombr e de su h i s t o r i a mor t a l . E l hombr e depende

demasiado de su visión y de sus propios módulos y 10 enjuicia

todo, hombre y Dios, como se dice, "según la carne" (8 , 15) o

"según l a s apa r i enc i as" . Es t á demas i ado apegado a l a i n t e r p r e -

tación del mundo y de sí mismo, del mundo que le pone en las

manos l a au to - g lo r i a au toc r á t i ca y t r ans f o r ma es t a i n t e r p r e t a -

ción del mundo y de la vida en acciones acordes con el la . In-

cluso su conoc imien to de D ios (5 , 18; 8 , 41; 10, 33; 18, 7) y

su celo por sus "padres" (8 , 30ss.) , por la Escr i tura (5 , 39) y

por la ley de Dios (5, 10ss.; 7, 19ss., 49ss.; 8, 17s.; [9, 13ss.];

18, 28) lo convier ten los judíos en provecho propio y en rechazo

de la verdad aparecida en Jesús, del Verbo que ahora se ha

encarnado. Tan apr isionados se hal lan en la no-verdad el los,

l o s r ep r esen t an t es de l o s hombr es . S u a r b i t r a r i a i n t e r p r e t ac ión

de l a r ea l i dad a t i ende t an i ncond ic iona lmen te a l a s p r omesas



17

El Revelador y su obra en el

evangelio de Juan



Según la teo logía joannea , la h i s toria de los hombres se rea-

l iza en la ta rea y conato in in terrumpido de impugnar la v ida

que se les garan t iza a part i r de la v i r tud de la pa labra del Dios

Creador. Tiene lugar, s i as í puede hablarse , en un deterioro

incesante de la Palabra por la que y en la que se ha enunciado

orig inariamente su rea l idad . Pero es ta Palabra a la que debe

la rea l idad de su ex is tencia , vuelve a expresarse de nuevo .

Tiene lugar como una palabra h is tórica en e l cen t ro de la h is-

toria . "Y e l Verbo se h izo carne y habi tó en t re nosot ros" (1 ,

14). "Y apareció la v ida" (1 Jn 1 , 2 ) . En e l Verbo hecho carne

apareció de nuevo la v ida; pero ahora en e l cen t ro del mundo.

Esta Palabra es la misma Palabra que ex is t ía ya "en e l p rin-

c ip io" y que era "Dios jun to a Dios" . Pero es ta Palabra ha

ent rado , por o t ra parte , en lo audib le , v i s ib le y palpable de 10

mundano-humano (1 , 13 ; 3 , 6 ; 6 , 63). Se ha hecho un hombre

c o n c re t o e n u n mu n d o c o n c re t o . E l Ve rb o se h a h e c h o "c a rn e "

e n e l h o mb re Je sú s , c u y a h u ma n i d a d , a t e n d i e n d o a l n o mb re ,

procedencia y tenor de v ida , pone con mucha frecuencia núes-

t ro evangel io de re l ieve . Es Jesús de Nazare t , un " jud ío" (4 , 9 ) ,

e l "h i jo de José de Nazare t" (1 , 45), cuya "madre" y cuyos

"he rm ano s" son conoc idos (2 , l ss . ; 6 , 42 ; 19 , 25ss . ; 2 , 12 ; 7,

3ss .) , cuya edad puede ca lcu larse (8 , 57), cuyos caminos y lu -

gares de permanencia pueden c i tarse , e tc . Es verdad que , puesto

que este hombre es e l

Verbo

h e c h o h o mb re , e s a l mi smo t i e m-

po lo que es te Verbo es: Dios jun to a Dios , Dios como Hi jo

de Dios. La f i l i ac ión d iv ina acentúa por eso en e l evangel io de

Juan la comunidad de natura leza y de amor del Hi jo con e l

Padre , comunidad en la que se da a experimentar a los hom-

Ι ΊΙ Ο Π Ι . Γ M A S T X E G É T I C O S . . . 2 2



3 3 9

L R E V E L A D O R Y S U O B R A E N J U A N


3 8

(3, 35; 5, 21; 10, 17; 15, 9; 17, 23s., 26). Da testimonio de El

(5, 31s. , 36s.; 8 , 18) . El Padre es también quien le señala "la

ho r a" e l

kcárós

de su vida, la hora escatológica de su Pasión

(7, 6, 8, 30 ; 8, 20 ; 12, 3 7 s 1

17

;

13

27

״ ) .

de esta hora, pero entonces no ser ía esta hora (12, 27) . El Padre

ha br indado a su Hi jo el cál iz de la muer te (18, 11) . Su inexo-

rabie "debe" determina la "exal tación" del Hi jo (12 [32] 34;

3, 14s.), que luego los hom bres l levan a cabo (8 , 28) ; "exal ta-

ción" que se real iza en la humil lación en la Cruz. El Padre es,

por úl t imo, quien

busca

la doxa del Hi jo no sólo ya sobre

la tierra (8, 50, 54s.) , sino que ensalza también al Hijo en su

muerte con el esplendor de su poder (12, 28; 17, 1, 5, 24; cf

7, 39; 12, 16, 23; 13, 31s.) . Pero en todo esto, en la misión del

Hi jo al mundo y a la muer te , a la muer te y a la glor ia , da el

Padre en el Hi jo sus dones, los dones de su amor para con la

v ida de l o s hombr es : "po r que t an to amó Dios a l mundo que

le dio a su unigéni to Hi jo , para que todo el que crea en El no

perezca, sino que tenga la vida eterna (3, 16; cf 6, 40; 1 Jn 4,

10s. , 19) . En esta misión y don del Hi jo por el Padre tuvo lugar

en el mundo histór ico el enunciado del Verbo, de la Palabra

hecha h i s to r i a .

Pero esto es sólo una cara del fenómeno. La ot ra cara es la

que nos presenta el Hi jo dado por el Padre, que se da al Padre

y en El a los hombres. El Hi jo en su obediencia acepta su en-

t rega por medio del Padre. Acepta su ser -entregado y 10 hace

exp resam ente co mo don y 10 gara nt iza ; es deci r , se garant iza

a sí mismo a l o s hombr es . As í puede dec i r : "P o r q ue he ba j ad o

del cielo no para hacer mi voluntad, sino la voluntad del que

me envió. Y ésta es la voluntad del que me envió, que yo no

pierda nada de 10 que me ha dado, sino que 10 resuci te en el

úl t imo día. Porque ésta es la voluntad de mi Padre, que todo

el que ve al Hi jo y cree en El tenga la vida eterna. . ." (6 , 38ss.) .

O también: "Mi al imento es hacer la voluntad del que me

envió y acabar su obra" (4, 34; cf también 5, 30; 8, 29; 14,

15, 10; 17, 4). El Hijo vive de hacer la voluntad del Padre. El

lia "con oc ido " al Pa dre (17, 25; cf 10, 15). 1:1 "s ab e" ace rca

de El (7, 29; 8, 55). Le "honra" (8, 49), le "ama" (14, 31), busca

la "g lori a" del Pad re (7, 18; 13, 32; 17, 4). No bu sca su gloria

(7, 18; 8, 50 54); no la busca entre los hombres (5, 41s.; 6,

l ' l s .) . No acepta test imonio de el los, s ino su propio test imonio

bres. En este hombre, por consiguiente, que como Hijo es una

misma cosa con el Padre, ha l legado al mundo y a su histor ia

el Verbo inicial , la Palabra del pr incipio. En este hombre—po-

demos t ambién dec i r —se ha enunc i ado h i s tó r i camen te l a P a -

labra. El hecho de que también en estas relaciones el concepto

ó

λο'γος no sea un simple

" t í t u lo" , s i no que ha conse r vado

su sent ido conceptual , y asimismo el hecho de la apar ición

en Jesús del

Verbo

del pr incipio en su signif icado verbal , en

vir tud de cuya vida i luminada surge en medio de la histor ia

humana, es objeto de referencia por par te del evangel ista al

f inal del prólogo: "A Dios nadie le ha visto nunca; el Hi jo uni-

géni to , que está en el seno del Padre, ése nos le ha dado a

conocer" (1 , 18) . El enunciado no t iene objeto . Este es el enun-

ciado por excelencia. Se i rá desar rol lando en el evangel io .

Este enunciado del Verbo eterno en medio de la histor ia

aconteció en la real ización obediente de la voluntad del Padre

por medio de Jesús, por medio de su "obra". "Yo te he glor i -

f icado sobre la t ier ra , l levando a cabo la obra que me enco-

men dast e real izar " (17, 4: cf 4 , 34) . Esta "o bra " de Je sús

obediente abarca dos cosas en una: la entrega de su vida y el

test imonio personal en sus palabras y signos. En la entrega de

su v ida exper imen tan sus pa l ab r as y s i gnos su "con t en ido" . En

sus pa l ab r as y s i gno exper imen ta su en t r ega una i n t e r p r e t ac ión

y actual ización cimentadoras. En ambas cosas a la vez se or igi -

na la revelación del Verbo hecho carne.

Fi jémonos, en pr imer lugar , cómo se considera la revela-

ción que t iene lugar en la entrega de Jesús. Esta es la obra del

Padre. El ha enviado al Hi jo al mundo (3, 17-34; 5 , 36ss, , e tc .) .

Le ha of recido su obra (10, 18; 14, 31) . Le muest ra su obra

en su actuación (5 , 20) . El lo ha puesto todo en sus manos,

toda la salud (3 , 35; 5 , 26; 13, 3) , todos los medios y caminos

salv íficos (16, 15; 17, 7), tod os los hom br es (17, 26), le ha

"sel lado" para su poder y para su obra (6 , 27) . El Padre hace

que para El se abran los cielos (1, 51). El se halla al lado del

Hi jo (8, 16, 29; 16, 32). En tre el Pad re y el Hi jo tiene luga r un

con t inuo i n t e r cambio , un conoc imien to con t inuo en l a i n t e r i o -

ridad (10, 15, 38; 14, 10, 20; 17, 10 21). Son una misma cosa

(10, 30; 17, 11, 22), tan una sola cosa que el Padre está en el

Hij o (5, 23; 11, 4; 13, 31s., 20; 14, 1 7 9 13; 15, 23s.; 16, 3;

17, I ). El Pad re le ama, 10 mism o que le ha am ado siempre



339

E L R E V E L A D O R Y S U O B R A E N J U A N


41

34; 15, 12ss.) · En la existencia obediente de Jesús por los

hombres aletea el amor que toma sobre sí la prevar icación de

la verdad que representa la fatal idad ruinosa personal y cen-

t ral del mundo. Así , en la entrega de Jesús a Dios y por los

hombr es en med io de l o s hombr es que es t án ce r r ados en banda

f r en t e a D ios y f r en t e a s í m i smos , se a lumbr a una v ida que

es clara, que está abier ta y que garant iza la sincer idad y aper -

tura. Se expresa de nuevo en esta entrega obediente de Jesús

la Palabra que alumbra la vida en medio de un mundo en act i -

tud de recusación. La nueva promesa de Dios y de su vida para

el hombre que le recusa se hal la así en medio de la aversión

de l mundo r espec to de Dios y de s í m i smo como mundo de

Dios.

Este enunciado del Verbo hecho carne en la entrega obe-

diente de Jesús, no es total . La entrega de Jesús no es la única

"obra de Dios", la única real izada por El . Per tenece más bien

a su "ob r a" e l t e s t imon io pe r sona l en sus pa l ab r as y s i gnos .

En este autotest imonio, y sólo en él , vuelve en sí e l enunciado

del Verbo hecho carne en la histor ia; porque sólo en este

autotest imonio hal la su expresión hablada. Y sólo en él l lega

a su t é r mino , e s dec i r : a l a Encar nac ión en t r e l o s hombr es .

En 17, 4ss. se ve clara la relación que hay entre "obra" de Je-

sus y su "P a l ab r a" . Aqu í d i ce Jesús en p r imer t é r mino : "Yo t e

he glor i f icado sobre la t ier ra , l levando a cabo la obra que me

encomendaste real izar ." Esta glor i f icación del Padre por el

Hi jo consist ió en que éste "reveló el nombre" del Padre (17,

6 ) . ¿Cómo? "Yo l e s he comun icado l a s pa l ab r as que t ú me

diste " (17, 8). Y por eso "el lo s han gua rdad o tu pal abra " (17,

6) . Sobre esa Palabra, que va evolucionando en palabras y que

como Palabra de Jesús es Palabra de Dios, se pronuncia de con-

t i nuo en nues t r o evange l io , y de much í s imas maner as que no

podemos de t a l l a r po r e l momen to . Es enunc i ado , doc t r i na , t e s -

t imonio y mandato en una sola pieza. Esta palabra es luminosa

como el día , aclara, s i túa ante la decisión y al mismo t iempo

inst ruye. Y esto ocurre en su atomización en mucha s pa labras

y, no obstante, también como única Palabra.

Junto a las palabras de Jesús se hal lan sus hechos. Son

"obras" de Jesús y "signos" de Jesús. En las disquisiciones del

evangel ista en el cap. 5 (5 , 17-23) pueden apreciars e los rasgos

y sus obras que son obras del Padre (5 , 36; 10, 25) . No hace su

propia voluntad (5 , 30; 6 , 38) . Y puede decir : "Yo vivo por

el Pa dre " (6, 57) . "El Pad re está en mí" ("y yo en El "; 10, 38;

14, 10 20; 17, 21) . "Y o y el Pad re so mos u na m isma c osa" (10,

30; 17, 11 21) . Y así puede ci tarse su misión por el Padre,

"su sal ida de Dios" (8 , 42; 13, 3 , e tc .) y su "bajada" (6 , 62; 3 ,

13, etc .) o "veni da" (5 , 43; 10, 10, etc .) o su "ve nida al mu nd o"

(1, 11; 3 , 19, etc .) . De este modo cabe sintet izar la to tal idad de

su apar ición histór ica así : "El sabía. . . que había sal ido de Dios

y que volvía a Dios" (13, 3; cf 8, 14; 16, 28).

El enunciado de la Palabra en medio de la histor ia humana

es, bajo este aspecto, su venida para i r . Se t rata de la estancia

pasajera del "poqui to", puesto que se apresura a volver a al lá

(17, 13 11) , de 10 t ransi tor io de su "t ienda" sobre la t ier ra como

Verbo hecho carne (1 , 14) . Y esta entrada en el mundo para

retornar al lá y entrar en la glor ia eterna del Padre se real iza

como en t r ega obed i en t e de s í m i smo . Da su consen t im ien to

a la hora que el Padre le ha determinado (12, 27) . Bebe el cál iz

que le of rece el Padre (18, 11) . Cumple el mandamiento del

Padre (10, 18; 14, 31), ofrece su vida libremente (10, 11 15 17

18) , of rece personalmente su vida (12, 25) , muere como el grano

de trigo que cae en la tierra (12, 24).

P e r o p r ec i samen te po r e s to se da t ambién a l o s hombr es .

La entrega del ent regado al Padre se real iza al mismo t iempo

en la entrega a los hombres. La entrega a los hombres sólo se

real iza en la entrega al Padre. En relación con cuanto acaba-

mos de decir surge en el evangel io de Juan el υπέρ ήμώ ν, el

por nosot ros de su vida. Yo soy el buen pas tor . El buen

pas to r da su vida por las oveja s (10, 11 15). Na die t iene m a-

yor amor que es te de dar uno la vida por sus amigos . Vosotros

sois mis amigo s . . . (15, 13). Y yo me sant i f ico por ellos , para

q ue también el los sean sant i f icados en la verdad" (17, 19; cf

11, 50 51; 6, 51; 18, 14). Apenas si se desarrolla este 6χέρ en

la teología joannea. Sólo se pone de rel ieve: en pr imer lugar ,

que en es t a en t r ega de s í m i smo po r l o s hombr es como "co r -

dero de Dios", El "qui ta el pecado del mundo" (1 , 29 [36]) ;

y en segundo término, que en esta su entrega en favor de los

hombres se demuestra su amor , y así es ef icaz el amor del

Padre para con el los en el amor de su Hi jo amado (cf 13, 1



339


pr epar adas po r un s igno y e s to s s i gnos a lumbr ados adecuada-

mente por medio de las palabras. El signo desemboca en la pa-

labra de Jesús. La palabra de Jesús se funda en el s igno. El

carácter verbal de las acciones de Jesús y el carácter efect ivo

de sus pa l ab r as se puede compr en der t ambién , po r que l a s o b r as

de Jesús—al i gua l que sus pa l ab r as—son " t e s t imon ios" de Je -

sús (5 , 36; 10, 25; 5 , 3 lss. ; 3 , 11 32) . Lo más caracter íst ico

de todo es el f inal de la pr imera par te del evangel io , donde se

d i ce : "Aunque hab í a hecho t an g r andes mi l ag r os en med io

de el los, no creían en El , para que se cumpliese la palabra del

p r o f e t a I sa í a s que d i ce : "S eñor , ¿qu i én p r es tó f e a nues t r o

mensa j e? , y e l b r azo de l S eñor , ¿a qu i én ha s i do r eve l ado?"

(12, 37s.) . Los signos-hechos de Jesús son la pleni tud, el cum-

pl imiento de la

akoé,

de la predicación de los profetas. Y vice-

versa: la palabra de Jesús es su acción (8 , 28b 38) . "Las pala-

bras que yo os digo no las hablo de mí mismo: el Padre que

mora en mí hace sus obras", leemos en 14, 10. De ambas co-

sas, de las obras y de las palabras de Jesús se ha dicho que

hacen entrar en la luz (2, 11; 9, 3; 17, 6).

Pero si e l Ve rbo hecho carn e hal la expresión ha blada en

palabras y acciones de aquel lo que ha enunciado en su entrega,

¿qué es p r op i am en te 10 que exp r esa en l a pa l ab r a? ¿Qué es

10 que en las palabras y acciones de Jesús se hace púb l ico, al

revelarse en el las lo que se habló en El y en su muer te? Pueden

dar se d i s t i n t a s r e spues t as , y t odas t omadas de l evange l io . En

pr imer lugar , revela "10 ter renal" y lo "celest ial" (3 , 12) . Según

otros p asa jes : 10 que ha oído y visto junto al Pa dre (3 , 11 32;

6, 45s.; 8, 26 38 40), 10 que el Padre le ha dicho (12, 50) y lo

que le ha enseñado (8 , 28) . Pero, ¿qué es, en resumidas cuentas,

l o que , adoc t r i nado po r e l P ad r e , ha v i s t o y o ído? P odr í amos

r esponder con t oda b r evedad f undándonos en 8 , 27 : e l P ad r e ;

pues "Yo hablo al mun do 10 que le oigo a El (al Padre) . No

compr end ie r on que l e s hab l aba de l P ad r e ." P e r o , ¿cómo I es

di jo que era el Padre? ¿Qué contesta Jesús al reqt ier imieiUo

de F e l i pe : "S eñor , mués t r ano s a l P ad r e y nos bas t a"? Con tes -

ló : " . . . quien me ha visto a mí , ha visto al Padr e. . . ¿Es q ue no

crees que yo estoy en el Padre y que el Padre está en mí?"

(M, 8ss.) . Por tanto ¿qué es lo que se manif iesta cuando Jesús

revela al Padre? El mismo.


4 2

esenciales de este fenóme no. Aqu í se habla de la curación del

paral i t ico (5 , 15) . En esta curación "obra" Jesús al igual que

en una de sus "obra s" m ás peque ñas (5 , 20). Pero Jesús n o

obra solo, s ino que "mi Padre obra hasta ahora" (5 , 17) . El

Padre obra todas sus obras al indicar le en el amor a su Hi jo ,

todo cuanto él hace (5 , 19) . Y el Hi jo obra, "no haciendo nada

por sí mismo", al "ver" las obras del Padre y real izar de este

modo l a s suyas p r op i as . E l "no puede hace r nada po r s í m i smo" .

Esta obra de la curación que se ha real izado por medio del

Hi jo como indicación del Padre no t iene sent ido por sí misma.

Esta curación es más bien una referencia a ot ra curación com-

pletamente dist inta . El "levántate , toma tu camil la y anda" (5 ,

8 ) se r e f i e r e a o t r o " l evan t a r se" comple t amen te d i s t i n to , e s de -

ci r , a l levantarse en la resur rección de los muer tos. El carácter

mi l ag r oso de l Jesús que cu r a t e r r enamen te a lude a l r e suc i t ado r

de l o s muer tos , que ha r ec ib ido de l P ad r e t oda krisis y con

el la toda la vida de los hombres (5 , 21ss.) . Todos estos momen-

tos vuelven a surgir de nuevo en el evangel io: las acciones

maravi l losas de Jesús, en las que se puede hal lar las acciones

de Dios, estas acciones u obras son "señales" en las que el

acontecimiento se t rasciende a sí mismo y la revelación y ocul-

tamiento t ienen lugar a la vez, de manera que sólo las puede

comprender el que sigue 10 que el las indican, es deci r : la doxa

que en el las se manif iesta . Así , la mul t i tud del pueblo, mi lagro-

sámen te a l imen tado , conoc ió a l "p r o f e t a que v i ene a l mundo"

(6, 14s.) en la persona de Jesús, mediante el mi lagro que El les

ob r ó y po r e so p r ec i samen te qu i e r e "hace r l e r ey" . P e r o Jesús

les dice: "En verdad en verdad os digo, vosotros me buscáis

no porque habéis visto los milagros, s ino porque habéis co-

mido los panes y os habéis saciado" (6 , 26) . El los, que vieron

el signo (= el mi lagro de Jesús) con sus propios ojos, no lo

han cons ide r ado

como

signo, es deci r , como alusión a ot ra

ha r tu r a muy d ive r sa y a un pan comple t amen te d i s t i n to .

F i j émonos f o r malmen te a p r opós i t o de e s to que acabamos

de exponer , en un punto que no l lega a valorarse dentro de

la nar ración (5 , 17ss.) . Puesto que las acciones de Jesús según

nuest ro evangel io son señales, se hal lan ínt imamente unidas a

las palabras de Jesús. Esto no sólo se desprende del hecho de

que en los capí tulos 5 , 6 y 9 están los signos concatenados y

subor d inados a l a s pa l ab r as de Jesús , o b i en , e s t a s pa l ab r as



339


yo. Ε incluso como a veces se

añade : e l pan "ve r dader o" o

real , la vid "verdadera" o real , e l árbol de la vida, e l pastor

"bueno" o ve r dader o , soy yo ; con o t r as pa l ab r as : l o que r ea l

y ve r dader amen te e s pan de v ida y pan de v ida po r an tonoma-

sia en contraposición a todo 10 que es pan de vida aparente o

un pan presunto, soy yo.

Es t as cons t r ucc iones o r ac iona l es de l a r eve l ac ión pe r sona l ,

en l a med ida en que r ep r esen t an un enunc i ado pu r o y s imp le ,

desembo can a menudo en un l l amamien to y con eso mues t r an

que todas el las cont ienen una pretensión del revelador , que

es la pretensión contenida en su promesa. Estos logia sobre

la revelación quie ren de cir : quien q uiera poseer la vida real

y verdadera, sobre la que los hombres conocen algo y hacia

la cual miran, pero que no t ienen ni pueden darse; quien

quiera recibi r la luz de la que toda ot ra luz es una mera indi-

cación; quien arda en deseos de tener ese guía y custodio ver -

dader o con e l que l o s hombr es sueñan de con t inuo ; qu i en

desee la verdad y el acceso a el la por el que todos los hombres

preguntan, aquí a mi lado, aquí en mí existe todo esto para

quien lo quiera recibi r . Yo soy el don que doy, y doy el don

que soy. Soy el don por excelencia. Así se manif iesta Jesús en

sus s i gnos y pa l ab r as como l a p l en i t ud de t oda expec t ac ión ,

aunque también como la cr isis de toda espera. Lo pr imero se

expresa en su auto-designación judía como Mesías (4 , 26; cf 1 ,

41 49b, etc .) y en el t í tu lo heleníst ico "Soter del mundo" (4 , 42) ;

e s to ú l t imo sob r e t odo en e l nombr e "Hi jo de l hombr e" , que

también es Juez a quien Dios ha confer ido toda la potestad de

juzgar en el sent ido de que El t iene la resolución def ini t iva

de vida o muerte (5, 27; 9, 35 39, etc.) .

Dar la vida, br indar la luz y de este modo hacer caer sobre

los hombres la decisión cr í t ica y estar por el los es también,

por ot ra par te , la obra de la revelación del Hi jo fuera de sus

"palabras-yo". De todo esto hal lamos empapado el evangel io .

No vamos a descender a detal les, s ino que nos daremos por

sat isfechos con un par de ejemplos.

En sus palabras se manif iesta al creyente "la vida". "En

verdad en verdad os digo que el que escucha mi palabra y

cree en el que me envió t iene la vida eterna y no es juzgado,


345

Más informaciones no hal lamos en el evangel io . En sus pa-

labras y signos se manif iesta en úl t ima y en pr imera instancia

a sí mismo. Sus palabras y signos son en pr imera y úl t ima ins-

t anc i a una man i f es t ac ión y r eve l ac ión pe r sona l . "Aunque yo dé

t es t imon io de mí mi smo , m i t e s t imon io es ve r dader o" ( 8 , 14 ;

cf 8 , 18; también 5, 31ss.) . "Las obras que yo real izo en nom-

bre de mi Padre, e l las dan test imonio de mí" (10, 25; cf 5 , 36) .

El Ver bo hecho ca r ne que se enunc ió

a sí mismo

en su entrega

obed ien t e a D ios y po r l o s hombr es , se exp r esa a sí mismo y a

es to s sus enunc i ados en sus pa l ab r as y s i gnos ; se exp r esa ve r -

ba lmen te a s í m i smo en es to s enunc i ados suyos . Hay que hab l a r

con esta pregnancia. Pues, por una par te: Jesús se test i f ica a

sí mismo en el evangel io de Juan únicamente porque en sí mis-

mo test i f ica al Padre. No podemos pasar por al to este aspecto.

Según el evangel io de Juan no hay mul t ipl icidad de revelacio-

nes, s ino una única revelación: Jesús mismo y en El , Dios. Y

por la ot ra: este Jesús que da testimonio de sí (y con ello da

test imonio del Padre) , es el Jesús que ha aceptado su entrega

por med io de l P ad r e en su au to - en t r ega obed i en t e y pe r sona l

al Padre en favor de los hombres, y al hacer esto se ha mo$~

trado

como el Verbo hecho carne. Si pues en sus palabras y

acciones alude a sí mismo, alude a sí como a aquel en el que

Dios se ha en t r egado en f avo r de l o s hombr es de una maner a

concreta: en la carne.

Y po r e s t a m i sma r azón se man i f i e s t a pe r sona lmen te en sus

palabras y signos test i f icantes, como la vida y la luz, y la krisis

sa lvador a de l mundo . S u r gen aqu í an t e t odo sus "pa l ab r as - yo"

que no podemos recensionar una por una. "Yo soy el pan de

vida; el que viene a mí no tendrá hambre. . ." (6 , 35; cf 6 ,

41 51a) . "Yo soy la resur rección y la vida; el que cree en mí

vivi rá , aunque muera; y todo el que cree y vive en mí no mo-

r i rá para siempre" (11, 25) . "Yo soy la luz del mundo; el que

me sigue no anda en t in ieblas, s ino que tendrá luz de vida"

(8, 12) . "Yo soy el buen pastor y conozco a las mías y las mías

me conocen a mí . . ." (10, 14; cf 10, 11) . "Yo soy el camino,

la verdad y la vida; nadie viene al Padre si no es por mí"

(14, 6) , e tc . Más impor tante que los detal les es el conocimien-

to del carácter de esta revelación personal de Jesús, contenido

en estos logia. En su const rucción el "yo" es predicado, no

sujeto: el pan de vida se hal la en mí; la luz del mundo soy



339



4 6

a juzgar al mundo, sino a salvar al mundo. El que me rechaza

y no recibe mis palabras, t iene ya quién le juzgue; la palabra

que yo he hablado, ésa le juzgará en el ú l t imo día" (cf 3 , 18ss.) .

Por eso no juzga a nadie (8 , 15) y sin embargo ha recibido en

sus manos todo el ju icio de par te de Dios (5 , 22ss.) . El , en

cuya entrega surgió la vida del mundo y en cuyas palabras y

signos se manifestó la vida a los hombres, se ha conver t ido

en decisión sobre la vida y la muer te para todo el mundo.

En consecuenc i a , e l enunc i ado de l Ver bo hecho ca r ne en

Jesús de Nazaret se ha real izado en la entrega en favor de

los hombres de la vida recibida como don de Dios, v ida que

se les comunica como don en la palabra y en los signos.

Es t a v ida "ha apa r ec ido" en med io de l mundo que , dominado

por l a na tu r a l eza de l a a r b i t r a r i edad , mues t r a una ac t i t ud de

recusación ante la vida verdadera, ante la vida que viene de

Dios y a Dios se dirige (1 Jn 1, 2s.); y ha roto con su ofre-

cimiento las t in ieblas de la apar iencia, de la fal ta de l iber tad

y de l a muer t e . La a r b i t r a r i edad que dominaba a l mundo ha

sal tado hecha pedazos. La muer te de Jesús como pleni tud de

su venida a la t ier ra es el ju icio sobre la i r real idad de esta

naturaleza y sobre la i r real idad de su mundo. "Ahora es el

juicio de este mu nd o; ahor a el pr íncipe de este mund o será

a r r o j ado f ue r a" , d i ce Jesús cuando va a comenzar su P as ión

(12, 31; cf 16, 11) . Con esto queda ya "vencido el mundo"

(16, 33) . Ahora es cuando se real iza ya la resur rección de

en t r e l o s muer tos . "Dí jo l e Jesús ( a Mar t a ) : Resuc i t a r á t u he r -

mano. Mar ta le di jo: Sé que resuci tará en la resur rección en

el úl t imo día. Dí jole Jesús: Yo soy la resur rección y la vida.

El que cree en mí , v ivi rá . . ." (11, 20ss.) . Con la venida de Jesús

al mundo, que hal la su pleni tud en la muer te , no sólo ha

amanecido el "día" esperado por Abraham (8, 56) , no sólo se

han cump lido las pro me sas de Moisé s (1, 45; 5 , 39 45s.), no

sólo se ha cumplido la visión del profeta Isaías (12, 38ss.) ,

s ino que ya se han actual izado en la histor ia toda salud esca-

tológica y todo juicio escatológico.

Pero no por eso se les ha el iminado como futuros. La voz

que l lama a juicio a los muer tos en sus sepulcros no se ha

apagado. Pero la salud y el ju icio han sido enviados por ant i -

cipado con la apar ición de la Palabra de |esús, hasta tal pun-

porque pasó de la muer te a la vida", leemos en 5 , 24. Y Pedro

conf i esa en nombr e de l o s Após to l es : "T ú t i enes pa l ab r as de

vida ete rna " (6 , 68; cf 5, 21ss. ; 4 , 14; 10, 27s.; 12, 49s.;

8 , 51; 17, 2s.) . Precisamente esta vida, que hal la su expresión

en el test imonio personal del Jesús que se entrega, aparece

t ambién en sus "ob r as" , como nos 10 demues t r a an t e t odo l a

per ícopa de la resur rección de Lázaro de entre los muer tos en

el cap. 11. En estas ob ras surge la vida de un mo do signif ica-

t ivo, cier tamente en la real idad de la vida por excelencia, pero

somet ida aún a la velación provisional del acontecimiento te-

r reno.

En las palabras y obras de Jesús aparece también la luz. El

ha l legado ya como la luz del mundo y br i l la en el mundo (1, 5 ;

3, 19ss.; 12, 35s.) . El milagro de la curación del ciego lo de-

mues t r a . Comienza con l a s pa l ab r as : "Mien t r as e s toy en e l

mundo soy luz del mundo" (9 , 5) . Y concluye con estas ot ras:

"Yo he venido al mundo para un juicio , para que los que no

ven vean, y los que ven se vuelvan ciegos" (9 , 39) . Con Jesús

como Aquel en quien se abre, se manif iesta la vida y la luz

en la palabra y en la obra, se abre también la verdad. La Pa-

labra de Dios es la Verdad (17, 17) . Precisamente esta Pala-

bra la ha dicho Jesús que, en su entrega obediente a Dios

por l o s hombr es , e s l a Ver dad . "Un hombr e que os ha hab l ado

la verdad, que oyó a Dios", ésta es una de sus caracter izacio-

nes (8 , 40; cf 8 , 45) . Ha venido para pronunciar esta palabra

(18, 37) y trae consigo la hora de la verdad (4, 23s.) y la li-

ber tad (8 , 3 ls .) . S i Jesús, como Verbo hecho carne, es en sus

palabras y signos el que hace accesible a los hombres la luz y

la vida que han surgido con su muer te , es también al mismo

t iempo su decisión y su juicio . Jesús no ha sido enviado ni

ha venido para juzgar al mundo, sino para salvar lo (3 , 17;

12, 47) . Y a pesar de to do pu ede de cir : "Y el ju icio con siste

en que vino la luz al mundo y los hombres amaron más las

t inieblas que la luz" (3 , 19;

cf

9, 39). Su venida como luz

se conver t i rá en juicio para aquel que no acepte en El la luz.

Y la luz se acepta en su palabra. Así puede decirse en 12, 46ss. :

"Yo he venido como luz al mundo, para que todo el que cree

en mí no permanezca en t in ieblas. Y si a lguno escucha mis

palabras y no las guarda, yo no le juzgo, porque no he venido



18

Concepto de Espíritu en

evangelio de Juan


4 8

t o que l o s hombr es f r en t e a El , f r en t e a l Ver bo hecho ca r ne ,

ya ahora, donde quiera que se abre camino en la vi r tud del

Espír i tu , pueden y deben alcanzar la decisión sobre su vida.

Por la revelación del Verbo hecho carne de la histor ia , todo

el mundo se hal la—ahora ya—en presencia del úl t imo día.



Ten iendo p r esen t e e l con t ex to , l a conoc ida a f i r mac ión de

Jn 4, 24: "Dios es espír i tu", quiere deci r que Dios se hal la

al l í donde sopla el Espír i tu . No def ine en modo alguno—como

alguien ha dicho con toda razón

1

—a Dios como Esp í r i t u . Af i r -

ma más bien que Dios se manif iesta en el Espír i tu y , en este

sent ido, como Espír i tu . Por eso el autént ico adorador , e l que

adora a Dios en verdad, sólo puede adorar le en espír i tu . Espí-

r i tu es el modo como Dios se hace presente, podr íamos decir .

Y esto es así , porque Dios lo "da", i l imi tadamente, o en su

plenitud (Jn 3, 34; cf. 14, 16 [26]

2

. Y 10 es, porque (como

Parácl i to) "pro ced e del Padr e" ( Jn 15, 26) . Per o amba s af i r -

maciones en su conjunto nos muest ran que Dios se da en Es-

1

Cf. , por e jem plo , A . SCHLATTER,

Der Evangelist Johannes

(1 9 4 8 ) ,

126; A. WIKENHAUSER,

Das Evangelium nach Johannes

(1 9 4 8 ) , 9 0 (H a y

·aducc ión española); R. BULTMANN,

Das Evangelium des Johannes

(1 9 5 3 ) ,

141; R. H. LIGHTFOOT, St. John s Gospel (1956) , 134 . Aq uí se a lud e a

p a s a je s c o m o 1 J n 1 , 5 ; 4 , 8 (1 6 ) . L o c o n tr a r io p o d e m o s v e r lo , p o r

ejemplo , en J . E. BELSER,

Das Evangelium des Hl. Johannes

(1905) , 136;

I'u ZAHN

, Das Evangelium des Johannes

(1908), 245 .

Cf. 1 Jn 3 , 24 ; 4 , 13 . Cla ro que τ ό π ν ε ΰ μ α e s, d es d e e l p im ío d e

v i s ta l i e u n a c r í t i ca t e x tu a l , d i s c u t ib l e . B * s y r s l o o m i te n , ׳ r e m e n dó de-

la i i le Jn 6 , 6 3b nadie podrá dec ir que se trata de "una adic ión 11o joánica

en abso luto" (BULTMANN,

JE ,

c o m e n ta n d o e l p a s a je ) . D e s d e lu e g o 11o se

p u e d e d e m o s tr a r q u e la s p a la b r a s •κ ν ε ο μ ά ε α τ ι ν se a n u na a d ic ió n r e d a c -

a n u a l" p o r e l h e c h o d e q u e fa l t e n e n Jn 6 , 6 8 . D i la i l i n e n le p o d r á h a -

i r i s e q u e e l π ν ε ΰ μ α d e J n 6, 6 3 ( Z a h n ) o e l H i jo (I ־. IJÍ Iauge) sea donador;

c I. W ik e n h a u s e r , c o m e n ta n d o e s te p a s a je . T o d a v ía h a y m e n o s r a z o n e s

para re lac ionar e l π ν 5ΰ μ α δ ι δ ό ν α ι c on l a g e n e r a c ió n d e l H i jo d e la e s e n -

• 1a de l Pad re , ta l co m o prete nde B e lser a l com ent ar es te p asaje .



3 5 3

O N C E P T O DE E S P Í R I T U E N J U A N

que hace capaces a los Apóstoles de perdonar y retener los

pecados, es el a l iento del que se ha despedido para i r a l Padre.

P e r o no neces i t amos apoyar nos en es to s t e s t imon ios i nd i -

rectos. El evangel ista nos hace ver con toda clar idad en Jn 7 , 39

su propio modo de pensar . El agua viva del Espír i tu la recibi rá

el creyente sólo después de la glor i f icación de Jesús

4

. "P ues

aún no había sido dado el Espír i tu , porque Jesús no había sido

glor i f icado." Igualmente claro es el test imonio de Jn 16, 7:

"Os conviene que yo me vaya. Porque si no me fuere, e l Abo-

gado no vendrá a vosotros. . . , pero si me fuere os le enviaré."

La misión y comunicación del Espír i tu , que ya hablaba desde

las palabras del Jesús ter reno, sólo se sigue t ras la glor i f icación

de l S eñor . Un icamen te l a g lo r i f i cac ión de l Ver bo enca r nado

en el Verbo del pr incipio alumbra el Espír i tu que este Verbo

trae consigo. El Espír i tu , podemos decir lo , es el soplo del po-

de r oso esp l endor como Ver bo e t e r no .

El Esp í r i t u como t a l apa r ece en nues t r o Evange l io : po r una

par t e , e s una espec i e de p r op i edad pe r sona l

5

; por ot ra , una

relación indeleble respecto de Jesús. La pr imera se expresa al

refer i r se a su "venida" ( Jn 16, 7 8 13) , a su ser o a su perma-

nencia entre los Apóstoles ( Jn 14 16 17) ; o también a su "oí r"

y "hablar", como veremos en seguida. Con razón se le designa

en es t e a spec to como una f o r ma pa r a l e l a

6

de Jesús. Así como

Jesús es enviado por el Padre ( Jn 5 , 30; 8 , 16, etc .) , sale del

Padre (Jn 8, 42; 13, 3, etc.) , no habla de sí mismo (Jn 7, 16s.;

12, 49s., etc.) , así también el Espíritu (Jn 14, 16 26; 15, 26;

16, 13). No es ya solamente

τό πνεύμα (Jn 3, 5 6 8 34 ; 4 , 23 24;

6, 63 ; 7, 39), (τό) πνεύμα (το) άγιον (Jn 14, 26; 20, 22) ; τό πνεύμα

τής αλη&είας (Jn 14, 17 ; 15, 26 ; 16, 13)

7

, sino

t ambién

' C f . S C H L A T T E R , B U L T M A N N ,

JE ,

c o m e n t a n d o e l p a s a j e .

" C f. M . MEINERTZ, Theologie des NT, II , 1950 , 277 (edic. esp añola ,

L׳ 'AX, Madrid). Cf. también W. THÜSING, Die Erhohung und Verhcrrli-

clutng Jesu im Johannesevangelium (1960) , 164s.

" Cf. BULTMANN, JE , 4 3 7 ss . Excursus: Der Parakleí ( cu a d ern o a d i d o -

nal 19 57), 48 s. ; G . BORNKAMM, Der Paraklet im Johannisevangelium , en :

l׳ '1׳ slschrift R. Bultmann (1949), 12s. ; ThWB, V, 798 812 (BUIIM). V é a s e

11 este objeto tam bién FR. MUSSNER, Die joanneisehen l arakletsprüche

untl die apostolische Tradition, BZ NF 5 (1961) , 56-70 , quien en la pá-

y ina 56 , nota 2 , recensiona a lgunas obras b ibl iográf icas.

' Cf. BULTMANN, JE , 4 51 ; E. SCHWEITZI R, Artíc ulo π ν ε ο μ .α ThWB, VI,

L'KIMI M S I .XECÉTICOS. . .—23

C O N C E P T O D E E S P Í R I T U E N J U A N

5 2

pír i tu sal iendo de sí mismo. El Espír i tu es Dios, es su presen-

cia extát ica y car ismát ica

3

.

Mas el Espír i tu en que Dios se manif iesta es también el

Espír i tu de Jesús. Se ha establecido, según Jn 1 , 32, "perma-

nentemente" en Jesús. Al poner de rel ieve el Espír i tu "que per -

manece", e l evangel io quiere aludir probablemente a la unión

del Espír i tu a Jesús, y la vinculación del Espír i tu a El no sólo

dur an t e su ac tuac ión t e r r ena , s i no t ambién y sob r e t odo des -

pués de su glor i f icación; en el sent ido de que la "permanencia"

en el Jesús ter reno, es indicación de la "permanencia" absoluta.

Por eso en el evangel io aparece una sola vez una conexión del

Espír i tu con el Jesús ter reno. "Las palabras que yo os he ha-

blado son espír i tu y vida", d ice Jesús, Jn 6 , 63b. Las palabras

de Jesús a sus discípulos l levan en sí mismas la fuerza des-

cubr ido r a de Dios . Hacen que veamos—en l a f ue r za de l Esp í -

r i t u—a Dios . P o r e so son t ambién , como se d i ce i n in t e r r um-

pidamente ( Jn 3 , 34; 5 , 19ss. , e tc .) , Palabra de Dios.

Pero el evangel ista no vuelve a hablar , por 10 demás, de

que aquí tenga el Espír i tu un papel que desempeñar . Esto quie-

re deci r que para él se mostraba ef iciente el Espír i tu en las

palabras (y signos) ter renos de Jesús, pero que todavía no des-

vela el propio E spír i tu e stas palabra s. Sólo 10 hará cua ndo

Jesús sea "g lo r i f i cado" po r su muer t e y e l Ver bo hecho ca r ne

haya entrado en la doxa del Verbo del pr incipio. Así , según

el evangel io , d ice Juan el Baut ista: que Jesús sobre quien des-

ciende el Espír i tu permaneciendo en El , es el "que baut iza con

el Espír i tu Santo" ( Jn 1 , 33) . Pero este baut ismo sólo t iene lugar

después de la glor i f icación que se presupone también en Jn 3 .

Jn 3 , 22, donde no se habla del Espír i tu , no se ref iere al bau-

t ismo del Espír i tu . Jn 4 , 2 negará—quizá teniendo en cuenta

e l bau t i smo de l Esp í r i t u—que Jesús haya bau t i zado . La p r i -

mer a comun icac ión de l π ν ε ύ μ α

se rela ta (Jn 20, 22s.)

ref i r ién-

dola al Resuci tado; es deci r , en el sent ido joanneo del Jesús

que ya no se encuentra en el mundo, sino que se hal la camino

del Padre (cf Jn 20, 17; 17, 11). El soplo del Espíritu Santo,

י״

Según 1 Jn 3, 24; 4 , 13 aparece b ien claro el hec ho de qu e "nos-

o t ro s" t en em o s e l E sp í r i t u p a ra q u e Di o s p erm a n ezca en n o so t ro s y

n o so t ro s p erm a n ezca m o s en Di o s . D i o s e s t á p resen t e en e l E sp í r i t u .

Γ .Ι

Ι λ ρ ί π Ι ι ι h a c e q u e e x p e r im e n t e m o s a D i o s .



3 5 5

O N C E P T O D E E S P Í R I T U E N J U A N 3 5 4


52

Glor i f icado ya no habla

έν χαρ οιμίαις, si no ( έ ν ) παρρησ ία (Jn 16,

25 29; cf 16, 12 15)—y tercero, una exper iencia. El

Esp í r i t u ,

como don de Jesús g lo r i f i cado ped ido a l P ad r e , i n t e r p r e t a l a

total idad de la obra del Jesús ter reno en su objet ivo y en su

f in , a par t i r de su glor ia y consiguie ntem ente en su ve rda d; y

hace que aparezca como tal a aquel los que la admiten. Lo que

Jn 2, 22; 12, 16 (cf . 7 , 39) hace valer a propósi to del "recuerdo"

refer ido a palabras singulares de Jesús—es decir , que sólo fue-

r on en t end idas po r sus d i sc ípu los cuando Jesús e s t aba en su

g lo r i a—hay que en t ender lo pa r ad igmát i camen te y va l e r e spec -

to a la recordación total del Espír i tu

n

. Así puede decirse del

Espír i tu en Jn 16, 14: "El me glor i f icará." Esto acontece al

mostrar Él a Jesús y su obra sumida en el Verbo Eterno y al

expresar los de este modo. Con este hacer aparecer a Jesús en

su doxa " l l eva" e l Esp í r i t u "a t oda ve r dad" y se man i f i e s t a

como el "Espír i tu de la verdad", es deci r , como el Espír i tu por

el que se descubre la verdad. Y esto es Jesús en su real idad

inocul table.

Par t iendo de aquí se aclara una observación que siempre se

ha hecho a propósi to de este evangel io , y se ref iere al d iscurso

de desped ida : l o s enunc i ados sob r e e l Esp í r i t u que hab í a de

venir y sobre el Jesús que vendrá también de nuevo, se ponen

uno al lado de ot ro sin del imi tar los ni razonar los

12

, como si

se hab l a r a de un f u tu r o ún i co e i dén t i co . E l Jesús que r e to r -

n a r á

1 3

es para Juan—cuyo evangel io no olvida el eschaton

12-14) cette révélat ion" (es decir, la de Jesús, la "déf in i t ive", 13 , 13-14) .

Cf. también O. CULLMANN,

Urchristentum und Gottesdienst

(

2

1950) , 47ss. ;

R . B U L T M A N N ,

Theologie des NT ( Ί 9 5 8 ) , 4 4 1 s . ( 4 2 1 ) ; F R . M U S S N E R ,

I.

c

6 1 ״ s .

11

E n

ú l t ima instancia el evangel io de Juan es esta "recordación to -

ta l" . Puede verse por su estructura formal y teo lóg ica .

12

Cf . 14 , 15-17 (Espíri tu ); 18-20 , 21-24 (Jesú s); 2 5-26 (F.spíri t״ ) y

16 , 7-11 , 12-15 (Espíri tu); 16-19 , 20-24 (Jesús) . Cf . BUIIMANN,

ThNT,

410 , 442 .

13

E s s i g n i f i ca t i v o q u e l o s en u n c i a d o s j o a n n eo s so b re l a v en id a d e

Cristo , que precedentemente t iene lugar en el Espíri tu , se s irvan de una

terminolog ía que en parte procede de la tradición pascual y en parte de

la tradición de la parusía. Cf. BULTMANN,

JE ,

4 4 8 ;

ThNT,

410s. En tod a

su objet iv id ad quiere esto decir que 10 que les ha acont ecid o a los Ap ós-

lo les en la Pascua , según la tradición, y lo que k · acontecerá en la pa-

111M׳a d e Jesús, está recog ido en la experiencia del Espíri tu , en la medida

ó

χαράκλητος (Jn 14, 26 ; 15, 26 ; 15, 7). Com o tal es (ό) άλλος

χαράκλητος (Jn 14, 16), 10 qu e sup on e que

Jesús es el único

" a y u d a d o r "

8

.

Pero resul ta claro que ser ía una comprensión er rónea sacar

de aquí la conclusión de que el Espír i tu es un segundo Jesús.

No es así . Porque a pesar de todas las pruebas que aluden a la

ef icacia personal del Espír i tu al lado o t ras Jesús, se habla cía-

ram ente de un cará cter relacional . Es Jesú s quien se 10 pide al

Padre (Jn 14, 16), Jesús es quien lo envía (Jn 17, 6). Lo envía

procedente del Padre ( Jn 15, 26) , así como el Padre le enviará

"en el nombre" de Jesús, y esto no quiere únicamente deci r

a instancias de Jesús, s ino "en nombre" de Jesús, con el que

el Espír i tu se persona. El Espír i tu es, por consiguiente, e l pe-

dido por Jesús, e l enviado del Padre por medio de Jesús, e l

"ayudador " dado en e l nombr e de Jesús , en e l que Dios—no

olvidemos esto—se manif iesta . El es la cor r iente de agua viva

que mana del corazón de Jesús, que der rama el Glor i f icado

(Jn 7, 37ss.) .

S in embar go , podemos aún de t a l l a r y concr e t a r más l a v incu -

l ac ión de l Esp í r i t u con Jesús . P odemos hace r lo c i e r t amen te

va lo r ando e l momen to ya menc ionado de l sop lo de l e sp l endor

p o d e r o s o d e J e s ú s — V e r b o E n c a r n a d o — c o m o m o m e n t o d e l V e r -

bo eterno. El Jesús que ha entrado en su doxa hal la expresión

y acción desveladas en todo su camino y efect ividad, en el Es-

pí r i tu . "Lo que El (el Espír i tu) oye, lo di rá" ( Jn 16, 13) . "El

dará test imonio de mí" ( Jn 15, 26) . La fórmula que abarca este

hecho es la de Jn 14, 26: "El os recordará todo cuanto yo os

he d i cho ."

Ύ χομιμνήσ κειν

9

significa, en

relación con el

πνεϋμα,

p r i m e r o u n a

ac tua l i zac ión , segundo una i n t e r p r e t ac ión

1 0

—el

8

En 1 Jn 2 , 1 "Jesucristo , el Justo" es de nom inad o

ζ α ρ ά χ λ η τ ο ς

al

lado de l Padre . Aq u í t i en e l a f u n c i ó n ex c l u s i v a d e u n " i n t erceso r" ;

f u n c i ó n q u e p u ed e o rd en a rse , co m o es n a t u ra l , o b j e t i v a m en t e d en t ro d e

la función general de "auxiliador". Cf. SCHNACKENBURG,

Die Johannes-

briefe

(1953) , 78ss.

5

Cf . N. A. DAHL,

Anamnesis. Mémoire et commémoration dans le

Christianisme primitif,

e n :

Studia Theologica

I (1948) , 94 .

10

Cf. O. MICHEL,

ThWB, XV,

681 (art ículo μ ι ρ η σ *0|1 α׳ . ); "Esta re-

co rd a c i ó n j o a n n ea es m á s o m en o s u n co n o c i m i en t o n u ev o y v erd a d ero . "

II. VAN DEN BUSSCHE,

Le discour d adieu de Jésus

(1959) , 94: "Le sou-

venir qu' i l leur communique, n 'a pas pour effet de leur rafra ichir la

mi'mnirc, c'est la v is ión cla ire de tout ce que signif ie et contient (16 ,



3 5 7

O N C E P T O D E E S P Í R I T U E N J U A N

futuro escatológico mediante la actuación del Espír i tu , no se

realiza más que 10 que ya se realizaba en la palabra y en la

ob r a de l Ver bo hecho ca r ne ; f undamen ta lmen te só lo l o que

ocurr ió , 10 que se hizo po r el Logos del pr incipio , es d eci r , la

apar ición de la luz y de la vida, la i luminación de la vida. No

se d i ce t axa t i vamen te que e l Esp í r i t u a lumbr e . P e r o cuando de

El se dice que hace i r radiar poderosamente la glor ia de Jesús

14

y en el la , en la doxa del Hi jo , br i l lar también la doxa del Padre,

se hal la incluida también en el la una i lust ración (Jn 16, 14) . Lo

pr op io ocu r r e cuando se hab l a de su "descubr imien to" ( Jn 16 ,

8) . Se dice expresamente que el Espír i tu "da vida", Jn 6 , 63.

Según el evangel io de Juan, este espír i tu , en cuya operación

luminosa y vi tal aparece Jesús en su doxa, en el poder de su

esp l endor , f acu l t a a l o s hombr es como po r t ado r es y d i s t r i bu i -

dores y se si rve de la palabra y de los signos para su opera-

ción. Verdad es que el cuar to evangel io no centra su interés

sobre este punto. Por eso las af i rmaciones al respecto son in-

cidentales. Esto , s in embargo, no quiere deci r que su concep-

ción teológica general no incluya precisamente estos objetos.

No hay duda alguna de que también, según los escr i tos joanneos,

el Espír i tu viene al encuentro de todos los baut izados. Juan 3,

lss . lo presupone y declara así . Las promesas sobre el adoctr i -

namiento a cargo del Espír i tu en las palabras de despedida si r -

ven, en la persona de los Apóstoles, también para todos los

f ieles de cuya recepción del Espír i tu habla expresamente Juan 4,

23 (6, 63 64)

15

. As í m i smo se podr á admi t i r con t oda p r oba-

bi l idad que nuest ro evangel io reconoce la existencia de car is-

mát icos entre los f ieles. El "discípulo amado" no es, según

Juan , s ímbo lo de una mancomunidad de p r o f e t as

16

, pero se

puede defender per fectamente la tesis de que él representa al

ca r i smát i co f r en t e a P ed r o , r ep r esen t an t e de l m in i s t e r i o y en

14

Co n es t o t ra t a m o s d e d a r u n a v ers i ó n d e l f o n d o o b j e t i v o d e l co n -

cep t o i n t ra d u c i b i e δ ο ξ α ζ ε ι ν .

15

Cf. Jn 4 , 14 , aun cuando es verdad que só lo debiera hablarse de la

gnosis y , por tanto , só lo indirect amen te del Espíri tu , l a primera carta

11c Juan corr obora 10 dicho en el evang el io : I 111 2 , 20 27; 3 , 9 24;

4 , 13.

'* Cf. A. KRAGERUD, Der Lieblingsjünger (19v>) . Vi íase a este objeto

R. SCUNACKENBURG,

BZ NF 4

(1960) , 302-307 .

C O N C E P T O D E E S P Í R I T U E N J U A N5 6

concreto en sent ido apocal ípt ico como un fenómeno en el l í -

mi te—el Jesús que viene en el Espír i tu ; es deci r , e l Jesús "re-

co r dado" en e l Esp í r i t u como Ver bo hecho ca r ne . E l r e to r no de

Jesús es la l legada a su doxa mediante el Espír i tu , que mani-

f iesta y abre esta su doxa. Por ot ra par te , ahora es cuando se

puede y se debe relacionar con el Espír i tu todo cuanto en el

evangel io se af i rma acerca del Jesús que ha de volver . En el

Espír i tu vendrá Jesús a los Apóstoles ( Jn 14, 3 18 23 28) . En el

Esp í r i t u se mos t r a r á a qu i enes l e aman y guar dan sus manda-

mientos ( Jn 14, 21) , y éstos le "verán" puesto que "vive" en El

(Jn 14, 19; 16, 16s. 19). En el Espíritu los verá El personalmen-

te (Jn 16, 22). En el Espíritu "hará El su mansión en ellos"

(Jn 14, 23). En el Espíritu "los arrastrará hacia Sí" (Jn 12, 32)

"y los tomará consigo" ( Jn 14, 3) . No quedarán en la t ier ra

abandonados como huér f anos ( Jn 14 , 18 ) , po r que e l Esp í r i t u

quedará con el los, junto a el los y en el los para siempre (Jn 14,

16). Po r eso el t iemp o del Espír i tu será t ie mpo del Esp ír i tu ,

porque Este enseña a los Apóstoles "todas las cosas", Jn 14, 26,

y "les anunciará el futuro" ( Jn 16, 13b) ; a l predicar a Jesús

a quien escucha y de quien recibe 10 que habla ( Jn 16, 14) . En-

tonces tendrá lugar la gnosis en la que se conozcan el Padre,

el Hi jo y los mismos Apóstoles ( Jn 14, 20; cf 14, 7) . Enton-

ees comenzará la oración en el nombre de Jesús ( Jn 14, 13;

16, 24 26) y será adorac ión " en es pír i tu y en verd ad" q ue es

Jesús ( Jn 4 , 21 23) . Y las oraciones serán oídas. Jesús, en cuyo

nombre están hechas, les dará cumplimiento ( Jn 14, 13; 15, 7) ,

pe r o t ambién e l P ad r e . De es t e modo nada quedar á pend ien t e

de nuest ras preguntas, s ino que reinará una alegr ía sin com-

pl icaciones, s in preguntas ni problemas (Jn 16, 22 24) . Y aún

ocu rr i rá algo má s: l legaremo s a la desvelación y al descubr í -

mien to de l cosmos . Apar ece r á an t e sus o jos l o que es pecado ,

just icia , todo el lo presentado por el espír i tu cr í t ico, y de este

modo quedará convicto ( Jn 16, 8) .

En todo este acontecer en que se toma de antemano el

en que en el Espíri tu se ha l la tanto el Jesús resuci tado como el Jesús

f u t u ro , e l Gl o r i f i ca d o . . . S ó l o en e s t e s en t i d o l i m i t a d o p u ed e d ec i r se q u e ,

s eg ú n J u a n , " e l a co n t ec i m i en t o p en t eco s t a l . . . co i n c i d e co n l a P a scu a y l a

parusía" (BULTMANN,

JE

4 4 8 , 4 5 1 ;

ThNT,

410s.). C f. VAN DEN BUSSCHE,

I. c.. 87ss.; 92s.



3 5 9

O N C E P T O D E E S P Í R I T U E N J U A N 3 5 9

33; 3 , 5 ; as imism o 10 hal lam os cons t i tuye ndo el fondo , en el

cap. 5

2 2

. La dependenc i a mu tua de Esp í r i t u y pa l ab r a se de -

duce también del hecho de que al emplear las palabras λαλειν,

άναγγέλειν, μαρτορεΐν, διδάσκειν, υπομιμνήσκειν, έλέγχειν

(Jn 14,

26; 16, 13 15; 16, 8)

2 3

se habla del

E s p í r i t u

2 4

. La relación

expresa la hemos visto ya en Jn 15, 26. Podemos añadir ahora

por nuest ra cuenta que en el evangel io que nos ocupa se habla

t ambién ocas iona lmen te de l

λ&γος de los

Após to l es . As í po r

al evangel io orig ina l , s ino que haya sido interpolado por la redacción

eclesia l—tal como af irma BULTMANN, JE 98 , nota 2 ; ThNT 411 , s iguien-

do el parecer de WENDT, WELLHAUSEN, WREDE, etc.—no se apoya en

razón a lguna , s i no se acepta la tesis genera l del carácter

a n t i sa c r a ־

m e n ta l d e l J u a n o r i g i n a l . Pe r o p r e c i sa m e n te ta l t e s is h a p e r d i d o m u c h o

de su peso , espe c ia lm ente de sde los e studio s de O. CULLMANN (c f . las

páginas 355s. de esta obra , nota 10) , a pesar de la uni la tera l idad de los

m i sm o s ) . E l h ech o d e q u e en J u a n 3 , 8 s e h a b l e d e l re - n a c i m i en t o só l o

Ix τ ο ϋ π ν ε & μ α τ ο ς , s e b a s a s e n c i l la m e n t e en q u e aquí só lo hay que pensar,

incluso tratándose del bautismo, en el poder ef icaz. Por eso "el l ibre

so p l o " d e l E sp í r i t u ( ό π ο υ θ έ λ ε ι π ν ε ϊ ) n o e s t á en co n t ra d i cc i ó n co n su

v i n cu l a c i ó n a l a g u a ( ¡ o t a m b i én i n c l u so a la m i sm a P a l a b ra ) . L a f ó rm u -

la , que parte ya del mismo v iento y recibe una ampliación y aclaración

m ed i a n t e u n seg u n d o g i ro l l en o d e p l a s t i c i d a d (χ α ί τ ψ φ ι ο ν ή ν ά χ ο ό ε ι ς ,

α λ λ ' ο υ χ 0 1?ία ς ״ ο θ ί ν ε ρ χ ε τ α ι χ α ί π ο δ ϋ τ τ ά γ ε ι ), n o a lu d e a l a vo l un t a d d e

no querer l igarse e l E sp í r i t u a u n e l em en t o , s i n o q u e ex p resa , co m o e l

segundo g iro , la incomprensibi l idad de esta v irtud maravi l losa , para acen-

t u a r a ú n m á s l a i n co m p ren s i b i l i d a d d e 1 0 ren a c i d o . De m o d o co n t ra r i o

opinan C. K. BARRET, The Cospel according to St. John (1955) , 75 .

Cf . t a m b i én su a r t í cu l o : The Holy Spirit in the Fourth Cospel: JTh

St NS 1 (1950 ), 1-15 . E. SCHWEITZER, igno ra en s u gran artí culo

π ν ε ΰ μ α

en ThWB, VI, 387-453 toda esta p ro b l em á t i ca , i n c l u so p a sa a h a b l a r d e

Jn 3 , 3 -5 . Esto es fáci lmente intel ig ib le s i se t iene en cuenta su a f irma-

ció n: "La función del bautis mo y de a cena del Señor es para Juan el

test imonio de la Encarnación", 439 , 28s.

22

Cf. O. CULLMANN, 1. c., 86-89.

23

Cf. 1 Jn 2, 27.

2 1

E s t o n o n o s p erm i te , co m o es n a t u ra l , d ec ir co n E . S ru wi . n / i ' . u ,

1. c., 442, 22ss. (quien por su parte se apoya en BARRF.T, The Cospel. 76s.,

y en A. STROM, Vetecornet, Acta Seminar¡¡ Neoteslanwnlici Upsaliensis,

11 (1944), 439), "que π ν ε ύ μ α n o e s p a ra J u an más que la virtud de la

predicación de Jesús como Redentor, en la cua l el mundo de Dios va a l

encuentro del hombre". Según la menta l idad de Juan, el π ν ε δ μ α n o es

la virtud de la p red i ca c i ó n d e J esú s co m o Red en t o r" , y m u ch o m en o s

so lo ésta , s ino la v irtud de la automanifestación de Dios en la automani-

testación de Jesús que ha entrado en su doxa . l i sta v irtud se s irve entre

otras cosas de la pa labra (humana, o apostó l ica)

y

se comunica a el la .

C O N C E P T O DE E S P Í R I T U E N J U A N

52

comun idad con e l m i smo P edr o

17

. Al mismo t iempo se da en

el cuar to evangel io una relación ref leja entre los Apóstoles, que

en Jn 6 , 67 70 71; 20, 24 reciben en nombre de oí

δώδεκα y que

aparecen en pr imer plano en los caps . 13-17, y el Esp í r i t u

18

.

Est a relación viene expre sada en Jn 15, 26 Quiere deci r que

los Após to l es a qu i enes hab l a , r ec ib i r án e l Esp í r i t u pa r a que

su test imonio se haga viva voz en el test imonio de el los. El

t e s t imon io de l Esp í r i t u v i ene pues a e s t a r j un to a l t e s t imon io

de el los y el de el los al lado del test im onio del Es pír i t u ; esto

prueba que aparece en la l ibre decisión y con la plena adhesión

de sus por tadores a él .

Resu l t a i n t e r esan t e que l a f undamen tac ión de l a p r omesa

ob l iga to r i a de su t e s t imon io de l Esp í r i t u r ad ique en su comu-

nidad ininter rumpida con Jesús desde el pr incipio (de su obra)

20

.

Esto nos da a conocer el o t ro factor de la predicación apos-

tól ica: la par t icipación histór ica en las palabras y hechos de

Jesús. En 1 Jn 1 , 1-3 tene mo s una interp retació n de tal fun-

damentación. Es especial la relación entre el Espír i tu y los

Apóstoles en el sent ido de los Doce en Jn 20, 19 23. El πνεύμα

cqiov que se les of rece les conf iere el poder de perdonar los pe-

cados . Con lo que se bosqueja

t ambién l a r e l ac ión de dependen-

cia que hay entre misión y recepción del Espír i tu .

El Esp í r i t u pa r a su comun icac ión se l i ga a de t e r minados

por t a do r es h um ano s ; y 10 p r op io ocu r r e en cuan to a l o s me-

dios. Esto se ve claro en el evangel io de Juan por la alusión

a la relación de Espír i tu y agua en el baut ismo, y de Espír i tu

y de pa l ab r a . P r imer amen te e s a lud ido

21

—o supues to—en Jn 1 ,

17

Quizá hay que entender en este aspecto las escenas de Jn 13 , 22-25

y 20, 3-10.

18

V éa se t am bié n FR. MUSSNER, 1. c., 67; E. SCHWEITZER, ThWB, VI ,

4 4 0 ,

3 1 s ״ t r a ta d e v e r e n J n 2 0 , 2 2 " a l o s o n c e c o m o r e p r e se n ta n te s d e

l o s c r e y e n te s , p r i n c i p a l m e n te " , d a n d o l a razón, característ ica en él , de

que, de lo contrario , habría que restring ir el d iscurso de despedida (por

e j em p l o , t a m b i én e l p recep t o d e l a m o r) a só l o l o s d e t en t a d o res d e m i -

nisterios (nota 753) .

19

Para el problema v isto en su to ta l idad, cf . Y. M. J . CONGAR, Le

St-Esprit et le corps a postolique réaUsateurs de l oeuvre du Christ,

en :

RPhiletTh 36 (1952) , 613- 625; 37 (1953) , 24-48 .

־' " En cua nto al

¿

π ' α ρ χ ή ς e n e s te se n t i d o , c f . 1 J n 2 , 7 2 4 ; 3 , 1 1 ;

2 ,111 5s.

Cf. 1 Jn 2 , 20 27; 3 , 9; 5 , א ( '? ) . El qu e δ ϊ ο τ ι χ α ί n o p er t en e zc a



360


el los y estará en el los. De este modo se expl ica que "todo el

que ha nac ido de l Esp í r i t u " , t odo bau t i zado es un mi l ag r o i n -

comprensible ( Jn 3 , 8) . Es cier to que el Espír i tu se si rve tam-

bién de la

σάρξ (Jn 6, 51ss.; 6, 63; [17, 2]; cf. 1, 14)

2 8

. Pero ni

El ni sus obras son de es te mundo.

Cf . 1 Jn 4, 2; 2 Jn 7.


352

ejemplo en Jn 15, 20: "Si han guardado mi palabra, guardarán

t ambién l a vues t r a"

25

. En Jn 17, 20 ora Jesús no sólo por sus

Apóstoles, s ino también por "aquel los que crean en mi palabra".

Na tu r a lmen te que es t a pa l ab r a , po r un l ado no es más que e l

testimonio del Espíritu que hallamos en Jn 15, 26 (cf 16, 12ss.) ,

pero por ot ra la palabra en la que los Apóstoles, que han reci -

bido, creído y guardado las palabras de Jesús—que son pala-

bras del Padre—siguen repi t iéndolas (cf 16, 15; 17, 6-8) . El

Ver bo Encar nado se ha dado a o í r , ve r y t oca r po r sus Apos to -

les en el Espír i tu—pues también la mano que toca se hal la

pene t r ada po r su l l amada—y jus t amen te e s t a p r omesa , e s t e

señalamiento y este suceso se unen a 10 manif iesto en la fe ,

pa r a se r i n t e r p r e t ado en l a v i r t ud de l m i smo Esp í r i t u

26

.

S i e l Espír i tu hace pues por medio de la palabra y de los

s ignos "o f i c i a l" y "ca r i smát i cam en te" , que Jesús y t odo cua n to

con El existe se manif iesten en su verdad

2 7

; si , según esto, el

Jesús que ha de venir se hace presente de hecho y prel iminar -

men te en e l Esp í r i t u , no t end r á nada de ex t r año que t ambién

a Este, a l igual que a Jesús ( Jn 16, 3) , solamente se le puede

ver en la fe . Esto se deduce indirectamente de Jn 6 , 63 y 6 , 64.

Directamente se dice en Jn 7 , 39 y sobre todo en 14, 17 19s.

El mundo como mundo no "ve" n i "conoce" e l Esp í r i t u . Tam-

poco l e " r ec ibe" . Le " r ec ib i r án" l o s "que han ven ido a l a f e"

en Jesús . Es tos l e "conocen" . P o r que El "pe r manece" j un to a

25

Cf. 1 Jn 4, 6.

26

Vem o s a q u í , b i en m a n i f i e s t a , l a e s t ru c t u ra f u n d a m en t a l d e l a P a -

l a b ra . P o rq u e s i l a P a l a b ra - E sp í r i t u d e l o s Ap ó s t o l e s , e l eg i d o s , en v i a d o s

y dotados de poder, es una respuesta a la Pa labra , encarnada en el Ver-

bo hecho camino y obra , esta Palabra es por su parte, en su camino y

en su obra , una respuesta a la promesa y a l mandato del Padre. Por la

m i sm a ra zó n q u e l a P a l a b ra d e l p r i n c i p i o co m o e l (υ ι ο ς ) 6 μ ο ν ο γ ε ν ή ς

(Jn 1 , 14; 3 , 16), e s una respuesta a l l lamam iento y mirada de l am or de l

Pa d r e . Es to se d e sp r e n d e d e l f o n d o o b je t i v o q u e l a t e e n c i e r to s p a sa je s ;

por e jem plo: Jn 5 , 19ss. ; 8 , 26 28 38; 17 , 5 24 . Palabra es esenc ia l-

m e n t e

s eg ú n J u a n , t a m b i én ά χ ο ή

L o

o ído , 10 que hay que o ír, cf . 12 , 38 .

Según esto , predicación es esencia lmente la not icia que anuncia 10 que

se ha hecho objeto de not icia . Esto va le, como es natura l , igual para la

palabra de la

γ ρ α φ ή c o m o pa ra el λ ο γ ο ς y l a ο μ ο λ ο γ ί α d e l a I g le s ia . S in

e m b a r g o , e s ta p ro b l em á t i ca a p a rece d en t ro d e l p l a n o j o a n n eo só l o en

1 Jn. Cf . , por ejem plo ; 1 Jn 2 , 22s. ; 4 , 2s . , 13 ss . ; 5 , 5 .

" Cf. 1 Jn 5, 6ss.



19

Meditaciones sobre el concepto

joanneo de verdad



I

Al l í donde el evangel io de Juan habla por pr imera vez de la

verdad toca inmediatamente el lugar de su ser . Este lugar es

según 1, 14, el Verbo hecho "carne". Su esplendor está l leno

de ve r dad . Mas e l Ver bo "Encar nado" es só lo una f o r ma de l a

Palabra que en el pr incipio estaba "junto a Dios" y era "Dios"

(1, l s .) . Por eso la verdad es el resplandor de esta Palabra del

pr incipio.

Al leer : "En El (en 10 que hem os l lamado el Verb o del

pr incipio) estaba la vida, y la vida era la luz de los hombres"

(1, 4) , vemos que el don de la verdad es para nuest ro evange-

l io la vida y la luz. La Palabra, cuyo esplendor es la verdad

como don, hace surgir la vida en medio de su esp lend or ; una

vida que es al mismo t iempo luz de los hombres. En el mag-

niñeo esplendor de la Palabra del pr incipio surge como verdad

la vida i luminada. En este sent ido, la verdad es la vida que

sale a la luz en el esplendor magníf ico de la Palabra. Lo que

es la vida i luminada por excelencia, es

άλήθε«*. Pero en el evan-

gel io de Juan, que reduce a una unidad completamente nueva

el concepto fund am enta l gr iego y hebr eo de verdad , άλήΆ εια

es , hab lando f o r malme nte , e s o que pa t en teme nte s e man t i ene

en pie como lo jus to y lo valedero. La Palabra del pr incipio,

que es Dios , hace que aparezca el don de la vida i luminada

como algo que s iempre está patente como lo valedero- justo .

La verdad es 10 que es, f rent e a la concu rrencia de la me n-

t i ra que es el fenómeno t rascendente y radical del poder de

las t in ieblas y de la muer te , antagónico de la verdad. "Aquél



S O B R E E L C O N C E P T O J O A N N E O D E V E R D A D 3 6 7

verdad conserva su naturaleza como don y como gracia. De

aquí que la naturaleza de la verdad, que l lega a la pleni tud en

su l iber tad por medio de la entrega f ranca y abier ta , sea cono-

cida bajo el nombre de amor . Y de hecho, según nuest ro evan-

gel io , e l esplendor de la Palabra del pr incipio en la que aparece

la verdad, es como el ref lejo de un amor recibido. "Mi glor ia ,

que Tú me has dado , po r que me amas t e an t es de l a c r eac ión

del mundo", dice la Verdad a Dios, su Padre (17, 24; cf 17, 5) .

La ve r dad apa r ece como e l r e sp l andor de l amor . As í man t i ene

también su br i l lo en el amor , que es la salvaguardia de la na-

turalez a de la verd ad. Por eso la fórm ula es reve rsible : e l

amor se basa en la naturaleza de la verdad. Amor no es más

que entrega abier ta del amante y del amado a la aper tura ex-

t raordinar ia de la vida luminosa de la gracia . La verdad, que

emerge del br i l lo de la Palabra del amor , es en su l iber tad y en

su entrega la permanencia del amor que también se hal la bajo

su custodia.

P odemos pues dec i r has t a aho r a : l a ve r dad t i ene su na tu -

raleza en el esplendor poderoso de la Palabra del pr incipio ,

que está junto a Dios y es Dios. Como verdad, el la es el don

de l o pe r manen te - ab i e r t o y de l o va l ede r o - como- jus to de l a

vida i luminada. En medio de las t in ieblas que la sojuzgan y

avasal lan y contra el dest ino ruinoso de la muer te , e jerce sin

cesar el ju icio de separación y decisión mediante la vi r tud del

t raslado que en el la anida. Y esto lo hace el la en su l iber tad

que conserva en la entrega de sí misma.

II

P a r a nues t r o evange l io , l a ve r dad se ha hecho "ca r ne" . Es t a

verdad es el hombre Jesús. Y todo cuanto el evangel io dice

sob r e e l l a , pa r t e de l encuen t r o con es t e hombr e , cons ide r ado

como encuentro con la verdad. Lo que no quiere deci r que la

verdad se l imi te a Jesús. Pues según el cuar to evangel io , Jesús

es exper imen tado exp r esamen te como P a l ab r a o r ig ina r i a que

está junto a Dios y es Dios, y surge puramente en la vida y en

la luz. La naturaleza de la verdad a par t i r de la Palabra del

pr incipio aletea al l í donde siempre (y como siempre) acontece

la i luminación de la vida. Ahora bien, nuest ro evangel io dice

3 Ü ( I S O B R E E L C O N C E P T O J O A N N E O D E V E R D A D

(el d iablo) fue un homicida desde el pr incipio , y no se mantu-

vo en la verdad porque la verdad no estaba en él . Cuando habla

la ment i ra , habla de lo suyo propio. . ." (8 , 44) . Este poder de

la no-ve rdad n o existe "en el pr incipio ", com o la Palabra , que

está junto a Dios y es Dios. Pero existe "desde el pr incipio" y

desde en tonces se ha enseñor eado de t oda l a h i s t o r i a humana .

Surge así la verdad como apar ición de la vida luminosa que

br i l la a par t i r de la Palabra del pr incipio contra la fascinación

de la ment i ra de las t in ieblas y muer te , sojuzgadora de la ver -

dad. "La luz br i l la en las t in ieblas." Es verdad que el espíen-

dor de la Palabra del pr incipio , la verdad, la vida luminosa,

no se ext ingue en esta oscur idad de la ment i ra: "Y las t in ieblas

no la acogieron" (1 , 5) . Esa desolación sin cuento de la aber ra-

ción, el encubr imiento, e l desfase, de ofuscación y de ruina,

de des t r ucc ión , de an iqu i l amien to , que es l a men t i r a , queb r an t a

con t inuamen te l a ve r dad en l a h i s t o r i a .

La penetración de la verdad se real iza merced a su poder

de discr iminación. Por medio de él l lega a la dist inción y a la

separ ac ión . La ve r dad no t r a t a so l amen te de a f i r mar se con t r a

el poder de la ment i ra , es también su cr isis . Es siempre la ver -

dad en su tarea de búsqueda. En el la aletea la super ior idad de

lo pr imordia l que es aqu el lo a 10 que debe su existencia. N o

sólo rasga la oscur idad de la no-verdad, sino que la pone a la

luz y la "juzga" tal como es (cf 3, 19ss.; 16, 8ss.) . Pero su

juicio es de conformidad con su naturaleza, un t raslado hacia

la l iber tad que es donde radica su propia ent idad. "La verdad

os hará l ibres" (8 , 32) . La no-verdad como poder y fenómeno

de las t in ieblas y de la muer te nos l iga a la servidumbre de lo

no pe r manen te . "El s i e r vo no pe r manece en casa pa r a s i empr e"

(8, 35) . Al entrar en juego la verdad de la Palabra del pr inci -

pió , se desl iga y se ar ranca del dest ino ruinoso de la no-verdad

que es por naturaleza algo caduco y perecedero. La verdad si túa

f rente a la perspect iva eterna de su l iber tad que sopla en su

na tu r a l eza como don o g r ac i a .

La verdad real iza esto al guardarse a sí misma en su l iber -

t ad . Queda ga r an t i zada ; y l a ga r an t í a e s su l i be r t ad . No se de -

ter iora si da asueto a su l iber tad. Al contrar io: así se af i rma

y colma su l iber tad. La emancipación de sí misma, que real iza

la verdad, acontece en su entrega. Pero la entrega es sólo la

forma externa donde se guarda el don, y en la que también la



368

S O B R E E L C O N C E P T O J O A N N E O D E V E R D A D

nuevo—conf i ándose so l amen te a e s t e r e sp l andor y en t r egán -

dose a él ; pues tal como ahora se manif iesta , es el esplendor de

la glor ia de Dios—en el resplandor puro y or iginar io de la Pa-

labra, del Verbo. En su muer te por el mundo se levanta hasta

es t e r e sp l andor . En l a " i da" de Jesús a l P ad r e , como denomina

el evangel io a esta muer te , que es sin duda alguna su muer te

ter rena, t iene lugar el ascenso de Jesús, Verbo hecho carne,

a su "glor ia" or iginar ia . En su "exal tación" a la Cruz, que es

su úl t ima humil lación, es donde i r rumpe el esplendor or igi -

nar io del Verbo. En el "levantado" de la Cruz es donde el res-

plandor del Verbo ha roto sus l igaduras de un modo def ini t ivo.

Y jun t amen te con es t e r e sp l andor 11a aparecido asimismo la

verdad como don suyo (cf 17, l ss .) .

La apar ición def ini t iva del esplendor del Verbo y de su ver -

dad acontece en el "Espír i tu de la verdad" (14, 17; 16, 13, etc .) .

El "Espír i tu de la verdad" es el soplo del esplendor de la ver -

dad, nacido en la muer te de Jesús por los suyos (cf 7 , 39) . Su

soplo no es más que el cont inuo retorno y venida de Jesús que

ha ampar ado de f in i t i vamen te l a ve r dad en su Cr uz , i n se r t án -

dola en el esplendor de la Palabra or iginar ia . En su soplo se

hal la alojada la verdad que se expresó en la Cruz. En él a l ienta

la af i rmación de la verdad que tuvo lugar en la Cruz en favor

nues t r o . E l Esp í r i t u de l a ve r dad hace que es t emos adher idos

a la verdad mediante el recuerdo de Jesús (cf 14, 26) . Así es

como nos anuncia el Espír i tu de la verdad "lo futuro" (16, 13) .

Ahora bien, "10 venidero" es lo futuro de la verdad que existe

en la Persona, camino y obra de Jesús y , por ot ra par te , consiste

en la verdad presente de nuevo en el Espír i tu . Por eso el Espí-

r i tu de la verdad "l leva a toda verdad" (16, 13) ; esto es, a l res-

p l andor de l a v ida man i f i e s t a . También es to acon t ece , como

pr o t es t a i n in t e r r umpida con t r a e l "esp í r i t u de l mundo" , donde

sin duda alguna se expresa la no-verdad de una vida sorda y

hermética (cf 16, 8ss.) . Y en ello se declara el Espíritu de la

ve r dad , "P ar ác l i t o " ,

״ Abo ga do (14, 16 26; 15, 26, etc. ) . ¿Ab o-

gado de qu i én? I ndudab lemen te , abogado de l o s huér f anos de

este mundo (cf 14, 16ss.) , de los que se ha apar tado la verdad.

P er o t ambién abogado de l a ve r dad en e l mundo - en un sen -

t ido or iginar io de la palabra—; el que hace que siga esta verdad

gobernando el mundo. El soplo de la verdad en el Espír i tu es

pues la asistencia siempre salvaguardado™ del mundo.

I 'ROBI.FMAS EXEGÉTICOS. . .—24


3Ü(I

que la verdad ha venido al mundo en Jesús y se atest igua te-

r reno-humanamente en El de tal modo, que El se hace a la vez

acceso a el la . En Jesús, la verdad se concentra para est ructurar -

se inmaculada, plena y def ini t ivamente; y sólo así . En El ha

hal lado expresión como en su test igo y se ha abier to camino.

"Yo he nac ido y he ven ido a l mundo pa r a da r t e s t imon io de l a

verdad" (18, 37) . "Yo soy el camino, la verdad y la vida" (14, 6) .

Jesús e s e l au to t es t imon io y l a au toaper tu r a de l a ve r dad que ,

como esplendor del Verbo del pr incipio, hace que la vida sur ja

en la luz.

Lo es en sus "palabras y obras", o , puesto que sus obras

signif ican lo mismo que sus palabras, lo es en sus "palabras y

señales". Donde t ienen lugar , se da un despl iegue del Verbo pr i -

mordial hecho Palabra en el hombre, y con el lo luz y vida. El

evangel io repi te esto incansablemente. En las palabras y señales

de Jesús se hace palabra la Palabra del pr incipio (y su verdad) ,

como histór ica y en la histor ia .

P e r o t r a s sus pa l ab r as , su s seña l es y su "ob r a" apa r ece f un -

damen ta lmen te El , Ver bo de l p r i nc ip io , hac i éndose pa l ab r a de

modo d ive r so : en l a pa l ab r a y seña l f undamen ta l es de su cu r -

so vi tal . En el capí tulo 17 del evangel io ora Jesús a Dios pen-

sando en sus Após to l es : "S an t i f í ca los en t u ve r dad . Tu pa l ab r a

es tu verdad" (17, 17) . La palabra que si túa a los Apóstoles

dentro de la verdad y que los hace verdad es la Palabra (per -

manente) de Dios que procede de la boca de Jesús y se hal la

en sus palabras y señales. Al manifestar les esta Palabra en la

verdad, los sant i f ica. La verdad es, como vida i luminada por

esta Palabra y como luz vivida, la dimensión de lo santo.

Y t r a s a lgunas o t r a s a f i r mac iones , p r os igue Jesús : "Y yo me

sant i f ico por el los, para que también el los sean sant i f icados en

la verdad" (17, 19) . Según esto la sant i f icación en la verdad t ie-

ne lugar por medio de la sant i f icación de Jesús en favor de

el los. Consiguientemente en la muer te de Jesús por los suyos y

por el mundo se publ ica también la palabra de la verdad, la

palabra que l leva a la verdad. En sus palabras y señales ha de-

j ado t r a s luc i r Je sús—se d i ce t ambién—su esp l endor , e l e sp í en -

dor de su Verbo, de su Palabra or iginar ia , toda vida y luz

(cf , por ejem plo, 2 , 11); e l br i l lo en que res plande ce la v erda d.

E11 su muer t e por el mund o ma nif iesta este mism o re splan dor

per o de modo d ive r so . En su muer t e po r e l mundo pene t r a de



3 7 1

O B R E E L C O N C E P T O J O A N N E O D E V E R D A D

III

A l a p r egun ta de qué modo puede exper imen ta r se e s t a ve r -

dad , r e sponde nues t r o evange l io en p r imer l uga r y de maner a

so r p r enden t e que es t a ve r dad se de j a "ve r " : "Y v imos su esp í en -

dor (el resplandor del Verbo hecho carne) , l leno de gracia y de

verdad" (1 , 14) . Esta "visión percibe como verdad ese resplan-

dor en el que el la se muest ra ocul tamente. Es la aceptación y

recepción de su señal en el esplendor . Pero esta percepción t iene

lugar al mismo t iempo "en el o ído".

La verdad en Jesús se presenta, c laro está , como un autotes-

t imonio. La legi t imación de la verdad es un enunciado. Sus se-

ñales y sus test imonios son una misma cosa. Ambos se reciben

en la percepción. La verdad se da a conocer en la palabra enér -

g i ca y conmovedor a de su man i f es t ac ión . No se de j a a r r eba t a r

y alojar más que por el conocimiento, en la visión y audición.

Esta in-habi tación se real iza al abr i r se su palabra o signo cami-

no en nosotros, de tal modo que esa misma in-habi tación se

convier te en nuest ro propio espacio vi tal a l conver t i r se la pa-

l ab r a en nues t r a "pe r manenc i a" y noso t r os en l a suya . "Mi

palabra no t iene cabida en vosotros", d ice Jesús a los judíos

que sólo alcanzan una fe super f icial , provisional e incoat i -

va (8 , 37) . Pero: "Si permanecéis en mi palabra. . . conoceréis la

ve r dad" ( 8 ,

3

l s s . ) . Si la ve r dad— en su Esp í r i t u— se p r esen t a a

nuest ra vista y oído, y nos abr imos a el la viendo y oyendo, de-

teniéndonos en el la , haciendo que el la se detenga en nosotros;

l a hemos exper imen tado conoc i éndo la .

Ver , o í r y conocer se hal lan vinculados a la fe según nuest ro

evangel io . Fe signif ica la decisión que enfoca la visión, la audi-

ción y el conocimiento en favor de esta verdad concreta (y de

ninguna ot ra más) . Así puede ser la fe la puer ta y el f i rmamento

del conocimiento. La fe es siempre el s í con que el v idente y

oyente se entregan a la decisión personal , en úl t ima instancia

sin fundamento posible , de la verdad y, por tanto, a su dominio,

a su reinado y a su l iber tad. Siempre es la fe una decisión radi-

cal , ineludible e invest igable en torno, en favor del "yo soy"

(8, 24; 13, 19) de la ver dad en la que el creyente f ran que a la

puer ta que le conduce y le abre a un panorama extensísimo y

l leno de clar idades.


Ü(I

Con la concentración y expresión de la verdad en la persona

y ex i s t enc i a de Jesús ha quedado en p r inc ip io de f in i t i vamen te

asegurada su presencia en la histor ia . Por ot ra par te , la histo-

r ia se ha desgar rado, por pr incipio de su dialéct ica cont inua y

necesar ia de "pr ivación y ocul tamiento", por medio de la En-

carnación del Logos y ha quedado l ibre para encaminarse a la

verdad presente. Su dialéct ica se ha aquietado en

un

punto, y

alcanza en él su f in cont inuamente. Prueba de esto es el curso

de la histor ia en la que va adquir iendo caracteres cor tantes y

tomando inc r emen to l a no - ve r dad , f ue r a de l a ve r dad , en con -

t raste velado o manif iesto con el la , hasta que l lega a enmudecer

la pregunta misma sobre la verdad. Ahora bien, al l í donde hasta

el problema mismo sobre la verdad desaparece, puede volver a

da r l e r e spues t a l a ve r dad , i ncansab l emen te p r esen t e pese a t odo :

mediante la apar ición escatológica de su ser .

La ve r dad ex i s t e aho r a en pe r sona . Ya nunca más puede r e f u -

giarse dentro de la ser iedad de la

ιδέα τού αγαθού (e n se nt id o

platónico) . Tampoco puede por pr incipio tener su esencia en la

apar iencia de las cosas. En el s ími l de la caverna de Platón se

expr esa imp l í c i t amen te e l f enómeno de l enseñor amien to de l a

"idea" sobre la verdad, y la metamorfosis de la verdad en la

verdad de la "idea". El sími l , hace notar Heidegger , "nos da una

imagen de 10 que Platón dice en tor no a la

ιδέα τού αγαθού: αύτη

κυρία άλήθειαν και νοΰν παρασχομένη (517 C, 4), 'ella m ism a e s

señora al garant izar personalmente la no ocul tación (a 10 que

se muest ra) y al mismo t iempo percepción (de lo no ocul to) ' .

La

αλήθεια apa rece , vien e bajo el yug o de la ιδέα

Doctrina

de

Platón sobre la verdad,

p. 41).

Este yugo se ha quebrado. Pi lato pregunta, en la conocida

escena del evangel io: "¿Qué es la verdad?" (18, 38) . Cree que

la verdad es un "algo". No se da cuenta de que se hal la ante

la verdad en persona y que esta verdad es un

βασιλεύς qu e no

ha recibido su reino de es te mundo. Por ser ahora la verdad

una verdad en persona, sale de la luz nuevamente su

ca r ác t e r

or iginar io de exigencia y pretensión y nunca volverá a perderse,

aun cuando se le eche abajo. La verdad como tal , a la cual hay

que r esponder . Es t a su na tu r a l eza no puede bo r r a r se de l o s

co r azones . N ingún pensamien to es t á d i spensado de e l l a .



2

Fe conocimiento am or en el

evangelio de Juan

1

1

C o m o b i b l i o g r a f í a , c f . Μ . E . BOISMARD, La connaissance dans

l alliance nouvelle d aprés la premiére lettre de s. lean: Rev. B ihl. 56

(1949) , 365-391; M. BONINGUES, La foi dans l évangile de s. Jean ( 1 9 5 2 ) ;

C. R. BOWEN, Love in the Fourth Cospel: Journ. of Reí. Π ( 1933) , 31 - 41 ;

I׳'. M . BRAUN,

L'accueil de la foi selon s. Jean: Verh.

Λ

<11. 12

(1955) ,

י44-363 ; R. BULTMANN, Das Evangelium des Johannes ( 1953 ) ; de l m i s m o ,

iheologie des NT (

3

1958) , 422s s . , 427s s . ; de l m i s m o , 1'hlVII, I , 71 l ss . ;

VI, 224ss . ; I . O. BUSSWELL, The Ethics of B elieve in the Fourth

Cospel: Bibl. Sacra 80 ( 1923 ) , 28 - 37 ; A . D i ι

<>

un HAY, La Conception

iohanniqu e de la foi: Nouv. Rev. Théol. 91 (19V>). 561 57 6; G . EICHHOLZ,

Chiuhe und Liebe im i Johannesbrief: Ε ν . Thco l. ( 1937) , 411 - 437 ;

W. CÍKOSSOUW,

Pour Mieux comprendre s. Jean

(1946) , III ss . ; W. P.HATCH,

S O B R E E L C O N C E P T O J O A N N E O D E V E R D A D7 2

Conocimiento y fe cor roboran y conservan la verdad en la

"acción" u "obra". Se t rata de una acción en que la verdad mis-

ma actúa mediante la decisión cognoscente del oí r y del ver . La

preeminencia del conocimiento por la fe , se mant iene. En él se

manif iesta la verdad y 10 verdadero. Pero la acción de la verdad

t iene un rango preeminente en tanto que en el la (en la acción) ,

se l leva a cabo de un modo ef iciente la exper iencia de la verdad.

La acción de la verdad es un hacerse inst rui r en la verdad por la

verdad, hasta l legar a la acción. Es la aceptación enérgica y la

conservación de las ofer tas de la verdad

(τηρ εΐν... τάς Ιντολά ς).

Se real iza en el cam inar . Hacer la verda d es tan to como ca-

minar en su luz (1 Jn 1, 6s . ) y mediante es to, dar tes t imonio en

su favor ; incluso ser una luz de la verdad. Como dice el evan-

gel io (5, 33ss . ) , Juan el Baut is ta ha dado tes t imonio en favor de

la verdad. Para el lo era

él una "luz que arde y br i l la". En el br i l lo

ardiente de la verdad él se ha conver t ido en su propia antorcha.

El "caminar en la luz" (de la verdad) es un caminar en el

amor . "El que dice que le conoce y no guarda sus mandamien-

tos, miente, y la verdad no está en él . Pero el que guarda su pa-

l ab r a , en é se l a ca r idad de Dios e s ve r dader amen te pe r f ec t a"

(1 Jn 2 , 4s.) . La verdad se mant iene al l í donde, teniendo la

mi r ada f i j a en l a P a l ab r a , se r ec iben y acep t an sus man dam ien tos

e i n s t r ucc iones . P r ec i samen te aqu í e s donde l l ega a su p l en i t ud

la car idad de Dios. Porque el que guarda los mandatos de la

car idad entra en la aper tura y en la f ranqueza, que es de donde

pr oceden l o s mandamien tos y adonde se encaminan , y l o s guar -

da al mismo t iempo para el prój imo. Esta aper tura es la perspec-

t iva del amor . Así es como se real iza el amor en la verdad, y la

verdad en el amor . El que odia—única contraposición del que

ama—inc luso den t r o de l a ce r r azón de una v ida he r mét i ca y s i n

caminos, le ar rebata al odiado y se ar rebata a sí mismo en esta

no-verdad, la "luz de la vida" (1 Jn 2 , 11) .

La verdad, por consiguiente, se exper imenta en el hecho de

que quien se ve subyugado por el resplandor de su Palabra,

oyéndola y viéndola en el conocimiento decisivo de la fe , se ar ro-

j a en sus b r azos , que han t omado l a f o r ma de b r azos de amor .



El concepto de la fe t iene gran impor tancia para el evangel io

de Juan . Lo podemos deduc i r no só lo po r e l númer o desacos-

tumbr adamen te f r ecuen t e con que apa r ece—si no he con t ado

mal , unas 97 veces—y por los discursos y relatos que hablan

sobre la necesidad de creer y de las promesas hechas al ere-

yente, s ino también porque el evangel io se sabe escr i to para

desper tar la fe que es la que recibe la vida (20, 31) .

Según nuest ros textos, esta fe se enciende en la Palabra de

Jesús en toda su extensión y de muy dist intas maneras. Pala-

bra contenida en los l ibros del Ant iguo Testamento. Estos ya

dan test imonio de Jesús y piden que se crea en El (5 , 39ss. ;

cf 12, 27ss.) . Es también la palabra del Baut ista , test igo de la

luz y del Cordero y amigo del Esposo (1 , 7 15 19ss. 29ss. ; 3 ,

25ss. ; 10, 40ss.) . Naturalmente, es central la palabra del Jesús

t e r r eno en cuyos enunc i ados se exp r esa e l Ver bo hecho ca r ne .

Es además la palabra de aquel los que venidos a la fe , la predi-

can; por ejemplo, la samar i tana (4 , 39; cf también 12, 17) . Pero

ante todo es la palabra del Espír i tu , del que tan a menudo se

habla (14, 26; 15, 26; 16, 8 13-15), y como tal, la palabra de los

Apóstoles, o sea de los "Doce", enviados por Jesús (15, 20 27;

17, 20) , de tal modo que El puede concatenar ya su palabra con

la de los cr ey ent es o la de la Iglesia (3, 11). La fe, e 1 cualqu ier

caso, t iene que ver con la palabra de Jesús en su total idad, l i s ta

palabra precede a la fe . La fe es provocada por medio de esta

palabra. Es l lamada a la existencia por el hecho de que hal la su

expresión hablada en esta palabra. A par t i r de aquí , aparece la

f e e senc i a lmen te como r espues t a o como co r r espondenc i a a l a

palabra o a la locución del enunciado de D i o s en Jesús.

The Idea of Faith in Christ

(19 26) ; W. H. HOWARD,

Chistianity according

to St. John

(

3

1 9 4 7 ) , 1 5 l s s . ; J . H U B V ,

De la connaissance de foi dans

s. lean: Reeh. de Science relig.

21 (1931), 385-421; M. MEINERTZ,

Theo-

logie des Neuen Testaments (1 9 5 0 ) , I I , 2 9 1 s s . (E d ic ió n e s p a ñ o la , F A X ,

Ma d r id ) ; P H . H . ME N O U D ,

La foi dan s l évangile de Jean

( 1 9 3 6 ) ; J . P A -

SCHER,

Der Glaube ais Mitteilung des Pneuma nach Johannes 6,

6 1 - 6 5 :

Theol. Quart. 1 1 7 (1 9 3 6 ) , 3 0 1 - 3 2 1 ; R . M. P O PE , Faith and Knowledge

in Pauline an d Johannine Though t: Exp. Tim.

4 1 (1 9 3 0 ) , 4 2 1 -4 2 7 ;

A . SCHLATTER,

Die Theologie der Aposte¡

C '1 92 2) , 1 4 6 s s 1 4 9

״ s s ; de

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(

4

1927) , 486ss . , 595ss . ; R. SCHNA-

CKENBURG, Der Glaube im vierten Evan gelium (Diss. Breslau 1937 ); del

m i s m o , Die sittliche Botschaft des Neuen Testaments (1954) , 244ss . (Ha y

t r a d u c c ió n e s p a ñ o la ) ; C . S P I C Q , Agape (19 55) ; V. WARNACH, Agape (1 9 5 1 ) ,

I Mlss .; H. W ENZ,

Sehen und Glauben bei Johannes: Theol. Zeitschrift

17

(1901). 17-25 .



3 7 7

E , C O N O C I M I E N T O , A M O R E N J U A N


7 6

ésas dan test imonio de mí; pero vosotros no creéis , porque no

sois de mis ovejas. Mis ovejas oyen mi voz. . ." (10, 25ss. ; cf 8 ,

46s.; 12, 46ss. , e tc .) . Al af i rmar Jesús en 8 , 43: "¿ Po r qu é no

en t endé i s m i l engua j e? P o r que no podé i s o í r m i pa l ab r a" , qu i e r e

decir : porque no creéis; como puede verse ya en 8 , 45ss. El oí r

no sólo abre de par en par la fe , s ino que la fe se per fecciona en

el oí r . Y f inalmente puede decirse que la fe se conserva en el

oí r : éste es, en resumidas cuentas, e l caso del oí r como oír obe-

diente (cf 12, 46ss.) .

Por ot ra par te , la fe impl ica, según el evangel io de Juan, un

ver . También es un mirar . Esto se hal la en ínt ima conexión con

la Encarnación del Verbo y con su manifestación en sus "seña-

les", es deci r , en los milagros visibles que real izó. Estas señales

hacen que sur ja el ver de la fe que de este modo se vincula a el la .

También como ver es la fe una respuesta . Esta visión no es

ya un mirar lo que se t iene ante los ojos. Tampoco es 10 con-

t rar io , en el sent ido de una percepción interna que no t iene

necesidad de inspección ocular de ningún género. También

los judíos vieron a Jesús y las señales que acompañaban a sus

acciones. Pero no creyeron ni vieron nada. Las acciones de

Jesús no hicieron más que poner de rel ieve

su

ceguera (cf 9,

39ss.) . Ejemplo claro de esto lo tenemos en las masas popula-

res al imentadas por Jesús que acto seguido vieron también en

El a l "p r o f e t a" y qu i s i e r on p r oc l amar l e como su " r ey" ; pe r o

como no podían prescindir de sí mismas, no vieron la señal y

luego volvieron a pedir ot ra "señal" "para que veamos y crea-

mos" (6, 14s. 26 30). La visión de la fe es un remitirse desde

la real idad externa de las acciones de Jesús a 10 que el las encu-

br iendo descubren: a su doxa o glor ia .

Cie r tam ente, 10 l lamat ivo de la perso na y de las acciones

de Jesús puede como tal , en una coyuntura concreta , desper tar

una pregunta en torno a El . Así por ejemplo, la samar i tana,

que vencida por el mi lagro de que Jesús penetrara en su vida

ínt ima, se formuló a sí y a los demás la pregunta: ¿I־ s por

v e n t u r a

éste el Mesías?" (4 , 29) ; una pregunta que incluso

puede exci tar la fe en los demás (4 , 39ss.) . En este sent ido,

pueden en general las señales exci tar una fe inicial ; en la que

jesús no conf ía , c laro está , pues en tal género de fe suele quedar

interceptada a menudo la pr imera referencia a la glor ia de Je-

Por eso, según nuest ro evangel io , la fe es pr imar iamente un

oír . En el o í r , la fe acepta lo oído, sal iéndole al encuentro. El oí r

mismo impl ica los siguientes rasgos esenciales: en cualquier

caso es un oí r -hacia y un concentrarse, oyendo-hacia, en la voz o

la palabra que se publ ica; no es sólo un escuchar o prestar aten-

ción, aunque esto también se supone ya. Todo esto se hal la im-

pl icado dondequiera se hable del oí r real . Esto les ocurre clara-

mente a los dos discípulos de Juan el Baut ista , de quienes se

dice: "Los dos discípulos que le oyeron siguieron a Jesús"

(1, 37; cf 1, 40). Pero este oír es, por otra parte, un oír en el que

caben dist inciones. Las "ovejas" no oyen la voz de los "ladrones

y sal teadores", pero sí la del "buen pastor" (10, 3s. 8 16 27) .

El oí r es cr í t ico respecto al s innúmero de voces que se abren

camino hacia el oyente. De este oí r tenemos que decir además

que es un oí r que recibe y conserva lo oído. Es un oí r que por

el hech o de oí r penetra en 10 oído. "E n verda d, en verdad os

digo que l lega la hora, y ésta es, en que los muer tos oi rán la voz

del Hi jo de Dios, y los que la escucharen (= los que al escu-

char la se echen en brazos de la vida que l lama con esta voz) ,

vivi rán" (5 , 25) . Es también un oí r que al o í r permanece en lo

oído (cf , por ejemplo, 8 , 31) . Oyendo y dist inguiendo el verdade-

ro oyente presta o ído a 10 oído— es tod o oídos f ren te a el lo—,

para per tenecer le por medio de la sumisión. "Quien escucha mis

palabras", "el que recibe mis palabras", "quien las. . . guarda" y

"e l que me obedece" , ha l l amos j un t as e s t a s cua t r o f ó r mulas en

12, 47s. Por úl t im o nos queda una cosa aún por ven t i lar : en el

oí r manif iesta el oyente quién es. "El que es de Dios, escucha las

palabras de Dios; por eso vosotros no las oís , porque no sois de

Dios" (8 , 47; cf 18, 37) . Esto es, con una fórmula general : en el

oí r muest ra siempre el oyente de dónde procede.

El oí r es el fenómeno esencial de la autointerpretación del

oyente. Y este oí r es la fórmula interna de la fe . Como fenóme-

no en el que se abre la fe precede a la fe y se halla a su lado,

po r de l an t e de e l l a . "Noso t r os m i smos hemos o ído y conoc ido

(en el sent ido de la fe cognoscente, cf 4 , 41) que éste es verda-

deramente el Salvador del mundo" (4 , 42) . "Todo el que oye a

mi Padre y recibe su enseñanza (= en la enseñanza ha guardado

la fe, cf 6, 47), viene a mí" (6, 45b). Pero oír y fe pueden mante-

ner intercambios recíprocos; es deci r , e l o í r puede ocupar el

puesto de la fe . "Las obras que yo hago en nombre de mi Padre,



3 7 9


esos tales se conf ían generosamente y con l iberal idad a la ver -

dad que a el los toca y que t rata de hacer les l ibres.

A pa r t i r de e s t a s r e f l ex iones podemos f i na lmen te compr en -

der que en el evangel io de Juan, ver y oí r se hal lan muy pro-

ximos y, o bien designan ambos a dos un mismo fenómeno, o

pueden confundirse el uno con el o t ro (cf 3 , 32; 5 , 37s.;

8 , 38 40) . El ejemplo más impresionante lo hal lamos fuera del

evangel io , en el exordio de la pr imera car ta de Juan: "Lo que

era desd e el pr incipio , lo que hem os oído, 10 que he mo s v isto

con nues t r o s o jos , 10 que con t em plamos y pa lpa r on nu es t r a s

manos t ocando a l Ver bo de v ida—por que l a v ida se ha man i -

f es t ado y noso t r os hemos v i s to y t e s t i f i camos y o s anunc i amos

la vida eterna, que estaba en el Padre y se nos manifestó—10

que hem os visto y oído os 10 anun ciam os a vosotro s, a f in de

que viváis también en comunión con nosotros" (1 Jn 1 , l -3 .

a

).

Oír , ver , tocar , ver , ver , o í r : todos son modos en los que se

comun ica l a

Palabra

de vida y en esta Palabra se comunica la

vida que en el la se manif iesta . La real idad de la vida se ha

proclamado al oído oyente en el Verbo hecho carne, se ha mos-

t rado al o jo vidente, se ha conf iado a la mano tocante; de

modo que la respuesta de la fe se manif iesta en el o ído, en la

vista , en el tacto .

Volvamos al punto de par t ida. Di j imos que la fe incluye

una visión, según el evangel io de Juan. Junto al o í r , la fe es

tamb ién ese ver del que ya hemo s hablado . Y 10 es nu evam ente

en un t r iple sent ido, como el oí r . Por una par te , la visión pre-

cede a l a f e : "Muchos de en t r e l o s j ud íos que . . . hab í an v i s to

cuanto hizo creyeron en El" (11, 45) . El ver hace brotar la fe .

En segundo lugar , la visión sigue a la fe: "Si crees, verás la

doxa de Dios" ( concr e t amen te en l a r e su r r ecc ión de Láza r o )

(11, 40). Sólo cuando la visión que es la que abre la fe, se ve

gobernada por el la , se le manifestará el resplandor magníf ico

del Dios que aparece en la obra de Jesús. Sólo así será una vi -

sión f ranca por hal larse inst ruida y dejarse inst rui r . I ' inalmcn-

te visión y fe se usan como sinónimos. Así ocurre cuando, por

ejemplo, la una se hal la al lado de la ot ra , com o en 6, 40: "Po r-

que ésta es la voluntad de mi Padre, que todo el que ve al Hi jo

y cree en El , tenga la vida eterna"; o 12, 44s.: "El que cree en

mí, no cree en mí, sino en el que me ha enviado, y el que me

F E , C O N O C I M I E N T O , A M O R E N J U A N

76

sús por la mirada ref lexiva y egoísta sobre los propios intereses

y necesidades. No puede revelarse a los ojos de los que sola-

mente creen en milagros y cuya mirada se desf igura al momen-

to, s ino sólo a aquel los ojos que contemplan su glor ia (cf 1 ,

14; 2, 24).

Si el ver se hace obediente a la apar ición de la señal , en-

tonces se le manif iesta como don la real idad que la señal mués-

t ra . Este ver se manif iesta como fe. En la curación del ciego se

manif iesta Jesús como luz por excelencia a aquel que se deja

l levar sinceramente y sin t rabas por la señal como señal . A la

vista de Lázaro sal iendo de su tumba brota la fe en quien es

por antonomasia la resur rección de muer tos y vivos (11, 40 25ss.) .

En la con f ianza de esta visión abier ta en 10 que se mue st ra con-

cretamente en Jesús y sus "obras" surge la visión vi tal izadora y

l lena de clar idades de la real idad inmutable y valedera—de la

verdad—, que hace alcanzar la fe . Por lo que respecta a tal mi-

r a r pod r í amos dec i r , aunque suene a pa r ado j a , que r e su l t a su -

per f luo ese acontecimiento en el que por vez pr imera se encien-

de la fe que ve. En tal v isión se prueba que las "obras" de Jesús

son "palabras" y viceversa; sólo que la palabra de las señales

es por una par te más pol ivalente y pel igrosa, porque las apa-

r iencias se hal lan más ínt imamente l igadas a el la y , por ot ra

par te , la real idad se of rece en el la con más fuerza y , por así

deci r lo , más de golpe al hombre. En cambio la palabra en las

pa l ab r as e s más un ívoca y cons igu i en t emen te más i nev i t ab l e ,

por una par te; por la ot ra: es una l lamada más débi l y justa-

menfe por eso, t iene necesidad de una acogida más fuer te por

parte de la fe.

Si las señales de Jesús se ent ienden como milagros que deben

ahorrar le al hombre la emancipación de sí mismo en pro de la

real idad señalada y de la fe , se oyen las palabras de Jesús:

"Si no veis señales y milagros no creéis" (4 , 48) . No en vano, es

ve r dad , condesc i ende e l Resuc i t ado con e l Após to l Tomás en

manifestar su real idad no sólo a su vista , s ino también a su

tacto . S igue of reciendo hasta en su misma Resurrección la rea-

l idad de la carne en la que el Verbo se ha aposentado para ha-

cer ver su glor ia . Pero Tomás hace que se le enseñe también

en la fe por m edio de estas in st rucc iones de la carne has ta l ie-

gar a la real idad divina así señalada. Y sin embargo, aún t iene

que oí r : "Dichosos los que sin ver creyeron" (20, 29) , porque



3 8 1


P er o , ¿cómo podemos ca r ac t e r i za r más de ce r ca e s t e cono-

c imien to? Na tu r a lmen te , e l concep to t i ene t ambién en e l evan -

gel io de Juan una envergadura concreta que alcanza a tener

cono cimie nto de la impor tan cia (por ejemplo, 4 , 1 53) , tener

conocimiento de (7 , 49) , saber con cer teza (por ejemplo, 5 , 6 ;

11, 57; 16, 19), hasta entender (3, 10; 10, 6; 12, 16; 13, 7, etc.) ,

pen etrar con la mirada (1 , 48; 2 , 24s.; 5 , 42) , habe r adq uir ido

conocimiento (13, 35; 14, 20 31; 15, 18; 16, 3; 17, 3 7, etc.) ,

exper imentar (8 , 31s.) , echar de ver (10, 14s.) y saber (por ejem-

pío , 3, 10 11; 7, 26 27; 8, 55 ; 10, 4 ; 13, 7; 14, 7).

Nos interesan sólo los signif icados más intensivos. Cono-

c imien to en sen t i do ab r ev i ado es una acep t ac ión asen t i en t e de

la Palabra, que se descubre en esta aceptación como algo cono-

cido y de este modo garant iza un conocimiento. Según Jn 1 ,

10 - 12 , a l t e r nan "admi t i r " , "acep t a r " y "conocer " , e i nc luso

también "creer". Trátase del Logos; así 17, 6ss. , donde se t rata

de las palabras del Verbo hecho carne que son despl iegues de

l a P a l ab r a de l P ad r e . "Han guar dado t u pa l ab r a . Ahor a saben

que t odo cuan to me d i s t e v i ene de t i : po r que yo l e s he comu-

nicado las palabras que tú me diste , y el los ahora las recibie-

ron, y conocieron verdaderamente que yo sal í de t i , y creyeron

que tú me has enviado."

Se supone de todos modos que quien l lega al conocimiento

en la aceptación asent iente de la Palabra, se det iene en esta

Palabra, hace que el la sea su dimensión. En 8, 31s. se dice: "Si

pe r manecé i s en mi pa l ab r a , conocer é i s . . . l a ve r dad ." Es t e cono-

c imien to—y és t e e s e l segundo pun to esenc i a l—no es un p r o -

ceso facul tat ivo, y sin compromiso, en el que el cognoscente se

hal la l ibrem ente dista nciad o de 10 conoc ido, porque 10 cono cido

(es deci r , 10 que le da a conocer ) no le atañe. Y tampoco es

sólo un adueñ arse de 10 conocid o, ni d ispon er de 10 conoc ido

por el conocimiento. Conocer es más bien hal larse en la l lamada

determinante de lo conocido o de lo que se da a conocer , y ser

determinado por el la en el conocimiento. En las palabras de

Jesús: "Yo soy el buen pastor y conozco a las mías y las mías

me conocen a mí" (10, 14) , e l concepto conocimiento impl ica

abandonar se en l o s demás , ve r se i n f l u ido y de t e r minado po r l o

conocido, en los demás y por los demás, y percibi rse así recí -

p r ocamen te . E l conoc imien to de Jesús supone po r e so un se r

conocido por El . El conocer y ser conocido se real iza en este


76

ve, ve al que me ha enviado." Y 10 mismo sucede cuando un

concep to desp r ende a l o t r o : "F e l i pe l e d i j o : S eñor , mués t r a -

nos al Padre y nos basta . Jesús le di jo: Fel ipe, ¿ tanto t iempo

ha que estoy con vosotros y no me habéis conocido? El que

me ha v i s t o a m í , ha v i s t o al P ad r e ; ¿cómo d i ces t ú : Mués-

t ranos al Padre? ¿No crees que yo estoy en el Padre y el Pa-

d r e en mí?"

La fe es un oí r . Pero la fe es también un ver . No se puede,

en relación con el la , n i enf rentar el o í r y el ver mutuamente, n i

contraponer los a la fe . Creer signif ica más bien entrar obedien-

temente en la pura promesa de la real idad revelada en el o ído

que se dec ide en su f avo r o ( y ) abandonar se obed i en t emen te en

la pura manifestación de esta real idad con visión f ranca. Creer

es, según nuest ro evangel io , un oí r y un ver por antonomasia,

con jun t amen te ab i e r t o s en l a l l amada y man i f es t ac ión de l a

revelación y que responde a el la con una obediencia asen-

t i en t e .

No es de extrañar por tanto, que, según nuest ros textos,

la fe hal le su pleni tud y se conserve esencialmente en el cono-

cimiento. En el d iscurso sobre el buen pastor del capí tulo dé-

cimo, se dice repet idas veces que las ovejas "oyen" la voz del

pastor (10, 3 8 16 27) . Pero esto hay que entender lo de "sus"

ovejas, de las que le "conocen" (10, 14; cf 4, 42; 8, 55). Y

en 8 , 43 l eemos : "¿P or qué no en t endé i s m i l engua j e? P o r que

no podéis oí r mi palabra." En el o í r se or igina un conocimiento,

al volverse tal o í r sobre sí mismo en este conocimiento. El co-

nocimiento es oí r in tel igente, que éste conserva en sí . Quien no

oye "la palabra" de Jesús, no puede conocer su "lenguaje", que

es el lenguaje de su palabra, e l lenguaje que su palabra pronun-

cia. Pero también el ver abre el conocimiento y se conserva

en él. Esto po dem os ded ucir lo de 14, 7 , dond e dice Jesú s: "Si

me habé i s conoc ido , conocer é i s t ambién a m i P ad r e . Desde

ahora le conocéis y le habéis visto ." Pero conocimiento no es

sólo "haber visto", s ino también "ver", porque 14, 9 cambia

"haber conoc ido" po r "haber v i s t o" ; i dén t i co es e l caso de

14, 19s. Y 14, 17 habla del "E spír i tu de verd ad" , "que el mu ndo

11o puede recibi r , porque no le ve ni le conoce". La visión, que

es la que abre el conocimiento, se interpreta y queda asentada

en el conoc imien to .

3 8 3



76



cimiento alcanza en la fe su for taleza inter ior y su decisi -

vi l idad.

Esta fe t iene, por ot ra par te—y esto es 10 que caracter iza un

nuevo e l emen to es t r uc tu r a l—una r e l ac ión i nde l eb l e con Aque l

que la despier ta mediante sus palabras y acciones. Se relaciona

con Dios Padre, con el mismo Jesús Hi jo , con el acontecimien-

to salví f ico que t iene lugar en este Hi jo , y con los dones salví -

f ieos. Desde aquí se produce la vocación e indicación de la fe ,

para volverse al lá oyendo y viendo; es deci r , conociendo. Así

cree el creyente "en Dios" (14, 1) y (como ya hemos formulado

en una ocasión) "en el que me ha enviado" (12, 44) . Pero este

creyente, ante todo y casi de modo exclusivo, "en Jesús" (12, 11) ,

"en El" (2, 11; 3, 16 18; 4, 39; 6, 40, etc.: cf "en mí", 6, 35;

7, 38; 11 25s.; 12, 44 46, etc .) y cier ta me nte co mo "e n el Hi jo"

(3, 36; cf 3, 16 18), "en aquel a quien El ha enviado", "en el Hijo

del hombre" (9, 35), "en la luz" (que es El) (12, 36). Cree en El

como "pan de vida" (6 , 35) , como "la resur rección y la vida"

(11, 25s.) , en pocas palabras, "en su nombre" (1 , 12; 2 , 23) o "en

el nombre del Hi jo Unigéni to" (3 , 18) , en el cual se hal la presente

10 que Jesús es, opera y da.

En vez de "c r ee r en" puede t ambién f o r mula r se "c r ee r que" .

En esta form ulació n el conocim iento de la fe y su obje to se con-

vier ten en confesión de la fe , expresándose su carácter de res-

puesta con sent ido especial . El paradigma de este t ipo de confe-

s ión es l a r e spues t a—ya hemos a lud ido a e l l a—que da P ed r o en

nombre de los Doce a la pregunta de si también el los quer ían

irse: "Señor , ¿a quién i remos? Tú t ienes palabras de vida eter -

na. Y hemos creído que tú eres el Santo de Dios" (6 , 69) . Pero

t ambién podemos t r ae r a co l ac ión l a r e spues t a de Mar t a . A l a

pregunta de Jesús sobre si cree que El es la resur rección y la

vida, conf iesa el la: "Creo que tú eres el Mesías el Hi jo de Dios,

que has venido al mundo" (11, 27) . Así , este "creo que. . ." asiente

a aquel lo que le adviene como pretensión y af i rmación de Jesús :

que El es el Mesías, e l Hi jo de Dios (20, 31) ; que ha sido enviado

por Dios y que ha sal ido de Dios (11, 42; 16,2 7 30; 17,8 21 23 ) ;

que E l est á en el Pa dre y el Pa dr e en El (14, 10 I ls.) ; que E l

"es" (8, 24; 13, 19).

La fe que responde en el o í r , ver y conocer, puede exp r esa r

en enunc i ados y f ó r mulas concr e t as l o que ha descub ie r to en su

caso como un ex i s t i r pa r a e l o t r o . También e l conocer —esto

es lo tercero—es, como el creer , la manifestación de un ser .

En el evangel io de Juan no hal lamos pruebas de esto , pero sí

en su pr imera car ta: "Sabemos que el Hi jo de Dios vino, y nos

dio intel igencia para que conozcamos al que es Verdadero, y

(así ) nosotros estamos en el Verdadero, en su hi jo Jesucr isto"

(1 Jn 5 , 20; cf 4 , 7) . En el conocimiento se descubre el ser

de 10 conocido.

Si en este conocimiento, como hemos visto , se real iza y

conserva el o í r y el ver de la fe , es comprensible que, a tenor

de la teología joannea, el con ocim iento y la fe estén ínt i mam en-

te compenetrados y que el conocimiento sea conocer la fe , y la

fe cono cimie nto de la fe . Por ot ra pa r te , se pue de con statar una

t r i p l e r e l ac ión mutu a de cono c imien to y f e . E l conoc imien to

precede a la fe . Así hay que entender probablemente Jn 16, 30:

"Ahor a sabemos ( = hemos conoc ido ) que conoces t odas l a s

cosas. . . en esto creemos que has sal ido del Padre." Es claro

1 Jn 4 , 16: "Y nosotros hemos conocido y creído la car idad

que Dios nos t iene." Pero conocimiento y fe signif ican 10 mismo.

Que el Padre haya enviado al Hi jo es, por una par te , asunto de

la fe (11, 42; 17, 8 21) ; por ot ra , asunto del conocimiento

(17, 3 23) . Que Jesús haya venido del Padre es objeto de la fe

en 16, 27s.; que su doctr ina proceda del Padre es objeto de co-

nocimiento en 7 , 17. Se cree, pero al mismo t iempo se sabe que

Jesús es el Cr isto (11, 27; 2 0, 31 : 6 ,6 9; cf tamb ién 8, 32: 14,6 ) .

F e y conoc imien to se ha l l an de e s t e modo yux tapues tos en enun-

c i ados p l e r o f ó r i cos , pa r a des ignar un mi smo f enómeno : 14 ,

9; 17, 8.

Por úl t imo, hay también pasajes en los que el conocimiento

sigue a la fe . Así se hal la formu lada la confesión de Pe dro :

"Hemos creído y conocido que tú eres el Santo de Dios" (6 , 69) .

Y en 10, 37 leemos: "Si hago las obras de mi Padre no me

creáis; pero si las hago, ya que no me creáis a mí , creed a las

obras, para que sepáis y conozcáis que el Padre está en mí y yo

en el Padre." El conocimiento como pleni tud del oí r y del ver

por excelencia es conoc imien to de la fe . El con ocim iento se ma-

nif iesta en la fe , y ésta se manif iesta en el conocimiento. La fe

se real iza también en el conocimiento, igual que el conocimien-

to se real iza en la fe . Y por úl t imo, la fe se consol ida en el cono-

c imien to a l e s t ab l ece r se y conse r va r se ; y v i cever sa : e l cono-

3 8 5


F E , C O N O C I M I E N T O , A M O R E N J U A N76



del acceso a la real idad salví f ica que se br inda, el tema es la fe .

De el la se dice por ot ra par te lo que signif ica; esto es, lo que le

acontece al hombre en la fe . A grandes rasgos: la fe hace que el

que cree esté en el Padre y en Jesús, y que el Padre y Jesús estén

en el que cree. "En aquel día conoceréis que yo estoy en el Padre

y vosotro s en mí y yo en voso tros " (14, 20; cf 15, 4; 16, 33;

17 ,

21 s

26) . En la fe se le descubre al hombre el reino de Dios

y de Jesús como un plano vi tal . Porque en la fe se descubre

Dios a sí mismo por medio de Jesús, y en Jesús al hombre que le

acoge. Per teneciendo en esta nueva dimensión recibe el creyente

su or igen y procedencia de Dios, de ar r iba, ha sido engendrado

po r Dios o nacid o de Dios (cf 1, 12s.; 8, 47 ; 12, 36; 1 Jn 5,

1 18s.).

Con esto queda dicho ya que en la fe nunca se cambia sólo la

pos i c ión den t r o de l a s pos ib i l i dades humanas—la f e no es en

modo a lguno una de l a s a s í l l amadas concepc iones de l mundo ,

que 10 cons ide r an desde f ue r a y sue l en m a len t ender lo con mu-

chísima f recuencia—, sino que en el la se ha dado un paso ab-

soluto: el paso de la muer te a la vida. "En verdad en verdad

os digo, quien oye mi palabra y cree en el que me ha enviado

t iene la vida eterna y no es juzgado porque pasó de la muer te

a la vida" leemos en Jn 5 , 24. En la fe abandona el hombre la

zona mor tal de su vida y de su mundo, y f i ja su residencia en

la vida eterna. "En verdad en verdad os digo, el que cree t iene

la vida e ter na " (6, 47, cf 3, 15 36; 5 40; 6, 50s. 53 57 58; 10, 28;

17, 3 ; 20, 31; 1 Jn 5 , l l ss . , e tc .) . Y la guarda m ient ras gu arde la

palabra en la que se manif iesta y abre la vida eterna: "En ver -

dad en verdad os digo, si a lguien guarda mi palabra, no verá la

muer te nunca" (8 , 51 52) .

Pero en la fe también se le manif iesta al hombre la luz. El

que cree abandona por la fe las t in ieblas, e l crepúsculo del mun-

do ruinoso. "Yo he venido como luz al mundo, para que todo el

que cree en mí no permanezca en t in ieblas" (12, 46) . En la fe

— co nc reta me nte : en la fe que se t iene en la luz recibi rá el

creyente su vida i luminada por la luz y de este modo "tendrá

luz" (12, 35s.) . En la fe se apar tará del creyente la esclavi tud

mor tal del pecado, esa l igadura egoísta y autocrát ica a sí mismo

y al mundo, que es el que entrega al hombre a su muer te (cf 8 ,

24; 16, 9) . Quien permanece en la palabra de Jesús, será l ibre

por la real idad incambiable y valedera que en el la anida, la

P R O B L E M A S E X E G É T I C O S . . . — 2 5

real ización. Ahora bien, también se cree a alguien. No sólo se

dice en nuest ro evangel io

π ιστεύειν εις y πιστεύειν

ό τ ι,

s ino

t ambién

πιστεύειν τινί Y

así se cree "al que me ha enviado"

(5, 24) , a l Padre, por consiguiente; cree Jesús (5 , 46; 6 , 30; 8 ,

31 45s .; 10, 37s.; cf 4, 21; 14, 11); "a Aq uel a quien (Dios) ha

enviado" (5 , 38) ; cree a su palabra o a sus palabras (2 , 22; 4 , 50,

5 , 47) y a sus "ob ras " (10, 38) ; cree ta mbié n "a la E scr i tura ",

"a Moisés", a la predicación del profeta I saías (2 , 22; 5 , 46s.;

12, 38) . Con esto quiere deci rse que todo esto se acepta como

segur o ; d i cho más exac t amen te , se acep t a como t e s t imon io se -

guro, como un test imonio al que uno se puede conf iar en lo to-

cante a aquel lo que atest igua.

La f e , po r cons igu i en t e , en t r aña un momen to de con f i anza .

Es t a con f i anza no es a lgo sob r eañad ido y t ampoco l e p r ecede de

mo do que crezca ju ntam ente con la fe , s ino que mues tra su ef i -

cacia en la realización de la fe. La fe que conoce en el oír y en

el ver , en vinculación obediente a aquel lo de lo que ha sido l ia-

mada y sacada, expresa precisamente todo este asent i r y se

ha l l a pene t r ada de con f i anza . Cr ee r "en" Jesús e s t an to como

creer "a" Jesús (6, 29; 8, 30s.; cf 1 Jn 5, lOab). Tal fe recibe

as imi smo e l nombr e de f e po r an tonomas i a . E l concep to abso -

lu to "c r ee r " a l t e r na t ambién ocas iona lmen te con c r ee r en , c r ee r

que, creer a alguien (cf 3, 18; 6, 35s.; 9, 35s.: 38, 12, 37: 39,

14 l i s . ; 20 , 31a :b ) . Nues t r o evange l io no conoce un concep to

general de fe en sent ido teológico.

Esta fe vinculada desde sus or ígenes a su propio pr incipio

manif iesta , por ot ra par te , a l creyente la real idad de este or i -

gen, ta l como en el la af lora. En cier to sent ido no es sólo la fe

quien hace af lorar esta real idad. Según nuest ro evangel io , exis-

te también un acceso sacramental a la real idad aparecida en el

Verbo hecho carne, que, claro está , sólo se garant iza de una

maner a f ecunda a l que c r ee . Nues t r os t ex tos ca r ecen de un

concep to común r espec to a l acceso sac r amen ta l ; hab l an r e í a -

t ivamente con poca f recuencia de el lo y las más de las veces

de un modo velado. A veces se ci ta ocasionalmente el baut is-

mo (3, l ss . 22s.; 19, 34s.) , con más interés la Eucar ist ía (6 , en

concreto 6 , 51-58; 19, 34) , una vez la peni tencia (20, 19ss.) .

B i en es ve r dad que t ambién puede ve r se l a v ida sac r amen ta l

a t r avés de nues t r o s t ex tos . P e r o sus r a sgos quedan en e l f ondo

de la escena y no son el tema. Mirándolo desde el punto de vista

386

F E , C O N O C I M I E N T O , A M O R E N J U A NF E , C O N O C I M I E N T O , A M O R E N J U A N

76



de dependencia. Así leemos 6, 44s.: "Nadie puede venir a mí ,

si e l Padre que me ha enviado, no le t rae. . . Todo el que oye a

mi Padre y recibe su enseñanza, viene a mí ." El oyente, que

no sólo escucha, sino que está decidido a oí r como aprendiz

exper imen ta l a "a t r acc ión" de l P ad r e a Jesús . Es t a "a t r acc ión"

hace que "venga" a Jesús el que está dispuesto a aceptar 10

oído. Con ot ras palabras: Creer signif ica seguir la at racción de

Dios en el o í r obediente. En la decisión de la fe que se real iza

como obed i enc i a con f i ada de l conoc imien to oyen t e y v iden t e

se abandona el creyente en brazos de la at racción de Dios,

at racción que t iene lugar en Jesús y en su palabra y señales. La

obediencia de la fe es la real ización de su don.

En la alegoría de la vid de la vida (Jn 15) invita Jesús a sus

d i sc ípu los a que pe r manezcan en El . Es t a pe r m anenc i a , como

lo muestran 8 , 31 y 15, 7 , s ignif ica la perseverancia en la (audi-

ción de la) palabra y el dejarse determinar absolutamente por

ella. Significa, pues, la fidelidad de la fe (cf también 5, 38, 1 Jn 2,

14 24; 3 , 6 24) . Est a admon ición a perm anec er en Jesús, q ue

se ext iende en el cap. 15, desde el ν. 1 al 8, vuelv e a ap are-

cer de nue vo en 15, 9, pero aho ra en la form a de perm anc-

ced en mi am or , y es te pensam iento se s igue has ta 15, 17.

Junto al ma nda to de la fe f iel surge, cons iguien teme nte s in

pas o in t e r med io ac l a r a to r io—el mandamien to de l amor . L a p r i -

mera car ta de Juan no se l imita a poner es te hecho expresa-

me n te : Y su p r ecep to es que c r eamos en el nom br e de su Hi jo

J es ucr i s to y nos amemos mutuamente conf or me a l mandamien-

to que no s dio (3, 23; cf 5, 1 3s.). La estru ctu ra de la cart a

obedece

también a este mandamiento doble. Y así , según la

comprensión joannea, la fe entra en una luz completamente nue-

va: está subordinada al amor y éste a el la .

A este propósi to tenemos que considerar a fondo y previa-

mente, que este amor subordinado a la fe , a l i g u a l q u e la f e q u e

conoce en el o í r y el ver , es esencialmente respuesta

a la re

ve-

ación de Dios en Jesús.

Dios

es amor , y el amor

v i e n e

׳>/> Dios

dice la pr im era car ta de Jua n, de la que ahora l eñemos que

aconsejarnos con más f recuencia (1 Jn 4 , 7 8 16) . Este amor es

el amor eterno del Padre al Hi jo (17, 24) . El Hi jo , como Verbo

eterno, t iene su naturaleza en el resplandor de este amor

(17, 24:5 ) . Pero también el Ver bo Enca rnado , Jesús, perman ece

verdad, Jesús mismo (8, 31s. 36) . Queda así calmada el hambre

y sed de vida que tiene el creyente (4, 14; 6, 7ss. 35 48ss.; 7, 37)

y así logrará éste exper imentar la protección y el apacientamien-

to del guía y pastor auténtico (10, 3ss. 9s. 16 28s.) . Solamente él

recibirá el Espíritu (7, 38s.) , y con él el poder de vida y la fuerza

y vi r tud luminosa de Jesús presente en él . Las plegar ias del que

cree serán oídas (14,13s.; 15, 16; 16, 23s. 26) . Sus problemas que-

darán acal lados, aparecerá el gozo, y la paz hal lará asiento en él

(14, 27; 15, 11; 16, 20ss.) . Experimenta, ya ahora en la palabra

y en la señal (11, 40) y luego claramente, la doxa, la mirada de

Dios y de Jesús que hacen la vida luminosa (17, 24). La fe es así,

como dice la pr imera car ta de Juan, "la victor ia" que ha vencido

a l mundo , e sa na tu r a l eza mundana a r r u inada po r e l pecado , l a

ment i ra y la muer te , y al poder de la arbi t rar iedad que le do-

mina , a l "ma l " . "Todo e l que ha nac ido de Dios vence a l mundo .

Y ésta es la victor ia que vence al mundo, nuest ra fe" (5 , 4) . "Os

escr ibo, jóvenes, porque sois fuer tes y la palabra de Dios perma-

nece en vosotros, y habéis vencido al maligno" (2, 14; cf 2, 13).

Pero tenemos que en todo esto , la fe es, según el evangel io

de Juan, una decisión del hombre y al mismo t iempo un don

que se le hace. Lo pr imero puede verse quizá en el hecho de que

Jesús invi ta a la fe , es deci r , a una venida hacia El : "Si alguno

tiene sed, venga a mí y beba, el que cree en mí" (7, 37). En una

ocasión se habla también de que los judíos no "quieren venir"

a Jesús (5, 40) y esto es no querer creer (cf 5, 38), sino buscar

la glor ia (doxa) entre los hombres y no en Dios (5 , 44) . En la in-

credul idad va tomando cuerpo el prefer i r las t in ieblas a la luz

(3, 18ss.) . El no oír y no aceptar las palabras de Jesús es un re-

chazo y una negación de su persona (12, 46ss.) . Incredul idad es

desobediencia (3 , 36) . Creer es la obra exigida por Dios (6 , 29) .

En la fe se mant iene una aper tura voluntar ia y act iva de la obe-

diencia a Jesús. El oí r y ver de la fe cognoscente se hal lan pene-

t rados por esta aper tura de la obediencia conf iada. Frente a el la

se encuentran ot ros enunciados. Así cuando Jesús dice a los

judíos: " . . . habéis visto y no creéis; todo cuanto me da el

Padre, vendrá a mí" (6 , 36s.) . O: "Nadie puede venir a mí , s i

no le es dado por el Padre" (6 , 65; cf también 17, 6 9) . O:

"Y yo, cuando sea levantado de la t ier ra , a t raeré todos a mí"

(12, 32; cf 14, 3) . Ambos enunciados, aparentemente contradic-

tor ios, se hal lan también yuxtapuestos en una y misma relación

3 8 9



8 8



am ado y cre í do que he sa l ido de Dio s (16 , 27) . El amor a Jesú s

s e h a l l a co n ten i d o en l a f e en s u p r o ced e n c i a d e Dio s . L a f e

in c lu y e s i em p r e e s t e am o r .

E l am o r e s t am b ién l a o b s e r v an c i a d e s u p a l ab r a y d e s u s

m a n d a m ie n to s . S i a lg u n o m e am a , g u a r d a r á m i p a l a b r a ( 1 4 , 2 3 ) .

S i m e am á i s g u a r d a r é i s m i s m a n d a m i en t o s ( 1 4, 1 5 ; c f 1 4, 2 1 ;

1 5 , 1 0 ) . Su p a l ab r a y m an d am ien to o s u s p a l ab r a s y m an d a -

m ien to s ab a r can , p o r o t r a p a r t e , t o d o s u t e s t im o n io p e r s o n a l

q u e , a l s e r e l t e s t im o n io p e r s o n a l d e s u en t r eg a , r ep r e s en t a a l

m i s m o t i em p o u n a a s i s t en c i a y u n a ex ig en c i a (c f , p o r e j em p lo ,

12 , 49s . y 15 , 12) . El amo r que ha pres tad o o íd o y ha g ua rd ad o

la p a l ab r a d e J e s ú s , 10 h a p e r c ib i d o en l a f e co m o a s i s t en c i a q u e

r ep r e s en t a a l a v ez u n a ex ig en c i a d e am ar a l am an te . De e s t e

m o d o 1 4 , 2 1 e s l a g u a r d a d e l o s m an d am ien to s d e J e s ú s , l a

p r u eb a d e am o r h ac i a E l . Seg ú n 1 7 , 6 s s . l a g u a r d a d e s u p a l ab r a

o l a a cep t ac ió n d e s u s p a l ab r a s s e r ea l i z a en e l r e co n o c im ien to .

E l o f r ec im ien to d e l am o r d e Dio s en e l am o r d e J e s ú s ex p e r i -

m en ta s u acep t ac ió n p o r p a r t e d e l h o m b r e , cu an d o é s t e r e s -

p o n d e a e l l a m ed ian t e e l am o r c r ey en te en J e s ú s , y en J e s ú s r e s -

p o n d e a l am o r d e D io s .

Pe r o e l am o r a J e s ú s i n v o cad o p o r m ed io d e e s t e o f r ec im ien -

to no só lo se manif ies ta en la real ización de una fe amorosa o

d e u n am o r c r ey en te a J e s ú s . E l o f r ec im ien to d e s u am o r en c i en -

d e t am b ié n u n am o r d e l o s c r ey e n te s en t r e s í . E l am o r d e Dio s

en J e s ú s ace p t ad o en l a f e y e f i c az en l a m i s m a f e , i n c lu y e ad e -

m ás e l am o r h ac i a l o s d em ás ap ó s to l e s . T am b ién e s t e am o r ,

y p r ec i s am en te é l , e s e l cu m p l im ien to d e s u p a l ab r a y d e s u s

m a n d a m i e n t o s . E s t e a m o r y p r e c i s a m e n t e é l, e s el a d e n t r a -

m ie n to d e l c r ey en te en l a i n s t r u cc ió n in c lu id a a l a v ez en e l

m a n d a to d e am o r d e J e s ú s . E s t e e s m i m an d a to , q u e o s am é i s

lo s u n o s a l o s o t r o s , p o r q u e ( y co m o ) ( κ α θ ώ ς ) y o o s h e a m a d o

(15 , 12 ; cf 1 Jn 3 , 16 ; 4 , 11 19) . U n ma nd am ien to nue vo o s

d o y , q u e o s am é i s l o s u n o s a l o s o t r o s ; p o r q u e ( y co m o y o ) o s

h e am a d o , a s í t am b ién lo s u n o s a l o s o t r o s ; p o r q u e ( y co m o

y o ) o s h e am a d o , a s í t am b ién am a o s m u tu a m e n te ( I ?•1). Su

am o r e s r azó n e i n t im ac ió n a q u e e l l o s n o só lo l amen a El ,

s i n o t am b ién m u tu am en te . E s t e am o r t i en e en e l o t r o s u n o r m a

e s e n c ia l . T a m b i é n e l a m o r m u t u o p r a c t i c a d o n e l cu m p l im ien -

to d e s u m a n d a to p o r la f e e s e s en c i a lm en te am o r h a s t a e l f i n ;

es deci r , ha s ta la en tr ega d e la propi a v ida (13 , I s s . 12ss . ; 15 ,

en e s t e am o r , al ex p e r im e n ta r lo s i em p r e d e n u ev o co m o a m o r

del Pa dr e d ir ig ido a El (3 , 35 ; 5 , 20 ; 10 , 17 ; 15 , 9 ; 17 , 23 26)

y r e s p o n d e a m a n d o a l Pad r e ( 14 , 3 1 ; 1 5 , 1 0 ). Po r o t r a p a r t e ,

en e s t e Hi jo am a d o v i en e a l m u n d o e l am o r e t e r n o d e l P ad r e

al Hi jo , que es e l am or en e l qu e v ive e l Hi jo . En e l Hi jo lo

d em u es t r a el Pad r e a l o s h o m b r es . Po r q u e t an to am ó Dio s a l

m u n d o q u e l e d io a s u Un ig én i to Hi j o . . . ( 3 , 1 6 ). Aú n s e v e m ás

c l a r o en l a c a r t a p r im e r a d e J u an : L a ca r id ad d e Dio s h ac i a

n o s o t r o s s e h a m an i f e s t ad o en q u e Dio s en v ió a l m u n d o a s u

Hi j o Un ig én i to p a r a q u e n o s o t r o s v iv am o s p o r E l . E n e s to e s t á

l a c a r id ad , n o en q u e n o s o t r o s h ay a m o s am ad o a Dio s , s i n o

en q u e E l n o s am ó y en v ió a s u Hi jo , v í c t im a ex p ia to r i a d e

nu es t ro s peca do s (1 Jn 4 , 9ss . ; cf 4 , 16 ; 3 , 1 ; Jn 17 , 23) . Ant es

q u e a t o d o s n u es t r o s am o r es e l am o r d e D io s s e h a d a d o a ex -

p e r i m e n ta r en s u Hi jo , q u e b r in d a e l am o r d e l Pad r e en e l s u y o

p r o p io . J e s ú s h a am ad o a s u s Ap ó s to l e s h a s t a e l f i n ( 1 3 , 1 ;

cf 13 , 34) . Son amigos suyos por su amor (15 , 13ss . ) . Su amor es

su en tr ega en fav or de e l los (10, 15 ; 15 , 12ss .) . Y es te am or de

Dio s q u e an t eced e a t o d o am o r h u m an o , am o r d e Dio s q u e ap a -

r ece en l a en t r eg a p e r s o n a l y am o r o s a d e J e s ú s , a f i r m a c ió n ú l -

t i m a y v e r d a d e r a m e n t e p e r s o n a l d e l V e r b o h e c h o c a r n e , h a c e

q u e ah o r a s u r j a el am o r d e l o s s u y o s . Pu ed e d e e s t e m o d o d e -

c i r s e : L e s h e m a n i f e s t a d o t u n o m b r e y s e g u i ré m a n i f e s t á n -

d o lo , p a r a q u e e l am o r co n q u e T ú m e h as am ad o e s t é en e l l o s ,

y yo en ellos (17, 26).

E s t e am o r l l am ad o a l a ex i s t en c i a p o r m ed io d e l a r ev e l ac ió n

del nombre del Padre por la Persona y la obra de Jesús se raa-

n if ie s ta en e l am or a Je sús y a Dios . D e é l se habla en 8 , 42 ;

14, 15 21 23s. 28; 16, 27 ; 21, 15; 1 Jn 2, 15; 4, 20 ; 5, lss . El

amor a Jesús y a Dios que es la i r rad iación del amor de Dios

a l o s s u y o s en J e s ú s , n o e s p r im ar i am en te m ás q u e l a f e . Po r

cons igui en te , no só lo es tá l igado a la fe , s ino qu e se l leva a ca bo

en la real ización de la fe . Jesús ha conocido , se d ice en Jn 5 , 42ss . ,

q u e l o s j u d ío s n o t i en en en s í e l am o r d e Dio s . T r a t a n d e q u e

l e s v ean lo s h o m b r es , n ad a l e s im p o r t a l o q u e p u ed a v e r Dio s .

Y as í les resu l ta impos ib le la fe . El amor a Dios es la fe . La fe

e s e l am o r . L o m i s m o s e d e s p r en d e d e J n 8 , 4 2 s s . : l o s j u d ío s n o

am a n a J e s ú s . A l n o en t e n d e r s u l en g u a j e p o r n o p o d e r o í r s u

p a l ab r a , n o co n f í an en E l ( c f t am b ién 1 4 , 2 8 ) . Hab lan d o d e l o s

Ap ó s to l e s d ice J e s ú s q u e e l Pad r e l e s am a p o r q u e m e h ab é i s

390


F E , C O N O C I M I E N T O , A MO R E N J U A N

388



ca t en ad o s a p a r t i r d e s u o r ig en . C la r o q u e l a fe p u ed e l l eg a r

a s u p l en i tu d en e l co n o c im ien to y l l eg a r a s o b r eab u n d a r , a

d e r r a m a r s e en el am o r , p e r o s ó lo p o r q u e e s t a f e en c i e r r a d en t r o

d e s í co n o c im ien to y am o r , y s e e s t á r ea l i z an d o y a en u n o í r

y u n v e r am an te y co n f i ad o . C o m o t a l , e s t a f e r e s p o n d e a l a

a s i s t en c i a y ex ig en c i a d e l a en t r eg a d e l Ve r b o h ech o ca r n e en

J e s ú s , Ve r b o m ed ian t e e l cu a l s e h a l l a u n id o a Dio s , co m o l i a -

m a d o p o r Dio s . Fe e s o b ed ien c i a d ec id id a d e l co n o c im ien to

co n f i ad o y am o r o s o q u e s e ab an d o n a a l a i n i c i a t i v a d e l a g r ac i a .

9ss . ; 10 , l l s s . ; 1 Jn 3 , 16) . Re pet ida s veces y baj o d is t i n to s

p u n to s d e v i s t a s e h ab l a d e e s t e am o r en l a c a r t a p r im e r a d e

J u an . J u n to a s u f u n d am en ta c ió n ap a r ece s u f o r m a co n c r e t a

y s u co n t r a s t e d e p r in c ip io co n e l o d io . Pe r o t en e m o s q u e r e -

n u n c i a r a h ab l a r s o b r e e s to .

Pu es to q u e e l am o r ac tú a o cu l t am en te y a en l a f e y e s a l

m i s m o t i em p o co m o s u s u p e r ab u n d an c i a , s u ap l i c ac ió n a l a s

r e l ac io n es d e l o s Ap ó s to l e s en t r e s í , s u s p r o m es as s o n id én t i c a s

a las de la fe . Qui en am a v ive de Di os y en Dios . Se deja def i -

n i r p o r Dio s y p o r J e s ú s . C o n o ce a Dio s . D io s e s s u ex p e -

rie nci a (cf Jn 17, 26 ; 1 Jn 2, 5; 3, 10; 4, 7 12). Su vid a es luz

en e l d o b le s en t id o d e q u e s e h a l l a i l u m in ad a p o r e l am o r m a-

n i f e s t ad o en l a Pa l ab r a d e J e s ú s y p o r q u e co m o t a l o f r ece o t r a

luz y per spe ct iv a d is t in t as (1 Jn 2 , 9ss . ) . El am an te es com o el

c r ey e n te— en e s t a d i s t i n c ió n e l s u j e to e s u n o y e l m i s m o — al -

g u ien q u e h a p a s ad o d e l a m u e r t e a l a v id a . C o m o a m a n te h a

d e j a d o l a m u e r t e t r a s d e sí , y a n o l a co n s id e r a co m o s u f u t u r o

actual (1 Jn 3 , 14) . Se hal la en la v ida , y de es te modo es fuente

d e v id a . C o n t in u am en te ex p e r im en ta y a ah o r a en e l e s p í r i t u

al que se abre en la fe , e l amor de Dios y de Jesús . El amor

en g e n d r a d e co n t in u o e l s e r am a d o . E l q u e m e am a ( y t am b ién

a m i h e r m an o , c l a r o e s t á ) s e r á am ad o d e m i Pad r e , y y o t am -

b ién le am a r é y m e m an i f e s t a r é a é l . S i a lg u n o m e am a , g u a r -

d a r á m i p a l ab r a , y m i Pad r e l e am ar á , y v en d r e m o s a é l, y en

él ha rem os mo ra da (14 , 21 23; cf 17, 26 ; 1 Jn 4 , 12 16) . Qu ien

guarda y ama la palabra de Jesús , se hal la en la presencia de

J e s ú s , d e l am o r d e Dio s m ed ian t e e l cu a l D io s m i s m o y J e s ú s

s e le h an co n f i a d o . Seg ú n la c a r t a p r im er a d e J u an t am b ién

t i en e e l am an t e u n a parrhesía v a lo r y l i b e r t ad d e l ev an ta r s u

r o s t r o d e l an t e d e Dio s en e l d í a d e l j u i c io . De aq u í q u e l a v e r -

d ad e r a p r o m es a d e l am o r y s u ca r ac t e r í s t i c a en el m u n d o e s

q u e n o co n o ce e l t em o r . D io s e s c a r id ad , y e l q u e v iv e en

ca r id a d p e r m an ec e en Dio s y Dio s en é l . L a p e r f ecc ió n d e l am o r

en n o s o t r o s s e m u es t r a en q u e t en g am o s co n f i an za en e l d í a

d e l j u i c io , p o r q u e co m o e s E l a s í s o m o s n o s o t r o s en e s t e m u n -

d o . E n l a c a r id ad n o h ay t em o r , p u es l a c a r id ad p e r f ec t a e ch a

fue ra e l te m or . . . (1 Jn 4 , 16ss . ).

E n co n c lu s ió n : s eg ú n e l ev an g e l io d e J u an , a l q u e e s t á

v in cu lad a d e m ú l t i p l e s m an e r a s la p r im er a ca r t a d e l m i s m o

ap ó s to l , fe , co n o c im i en to y am o r s e h a l l an í n t im am en te co n -

schlier, heinrich-problemas exegéticos del nt-selecciÓn

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