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O valor de ser único Cuidados com a saúde focam nas individualidades Há oportunidades que só a farmácia magistral oferece nfarmag REVISTA DA ASSOCIAçãO NACIONAL DE FARMACêUTICOS MAGISTRAIS - ANO 21 - OUT/NOV/DEZ 2014 - Nº 103 revista

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O valor de ser únicoCuidados com a saúde focam nas individualidades Há oportunidades que só a farmácia magistral oferece

nfarmagRevista da associação NacioNal de FaRmacêuticos magistRais - aNo 21 - out/Nov/deZ 2014 - Nº 103

revista

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º 103

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Espaço do EmprEEndEdor

n 1 0 3 - O U T / n O V / D E Z 2 0 1 4 3

editorial

AssociAção NAcioNAl de FArmAcêuticos mAgistrAis

Diretoria - Gestão 2013 - 2015

PresideNte Ademir Valério da Silva - SP

1° Vice-PresiDente Ivan da Gama Teixeira - SP

2° Vice-PresiDente Carlos Alberto P. Oliveira - DF

3° Vice-PresiDente Antonio Geraldo Ribeiro S. Júnior - SP

secretário-Geral Marcelo Brasil do Couto - PA

2ª secretária Rejane Alves G. Hoffmann - PR

tesoureiro Adolfo Moacir Cabral Filho - SC

2ª tesoureira Márcia Aparecida Gutierrez - SP

coNselho FiscAlAna Lúcia Mendes dos Santos Povreslo - SP

Marcos Antonio Costa Oliveira - MGMarina Sayuri M. Hashimoto - PR

reVista anfarmaGRua Vergueiro, 1855 - 12o andar CEP 04101-000 - São Paulo - SP

[email protected]

Tel.: 11 2199-3499 / Fax: 11 5572-0132

coNtAto comerciAlSimone Tavares

[email protected] técNico e de AssuNtos

regulAtóriosVagner Miguel

equiPe de FArmAcêuticosAdriana Alves, Jaqueline Watanabe, Lúcia Gonzaga,

Luciane Bresciani e Maria Aparecida SoarescoordeNAção editoriAl e ediçãoPresoti Comunicação - Grupo Interface

rePortAgem e redAçãoLuciana Sampaio, Marcos dos Anjos, Raíssa

Fernandes e Taís AhouagireVisão

Melissa BoechatArte e diAgrAmAção

Fontpress Assessoria de Comunicação Projeto gráFico

Fred AguiaresFotos

DivulgaçãoimAgem dA cAPA: Shutterstock

imPressão: Vox Editora

esPecialistas conViDaDosAnderson Oliveira, José Antônio Batistuzzo,

Luiz Cavalcante, Marlon Barg, Paula Carazatto, Sérgio Panizza e Zaida Freitas

Revista destinada aos farmacêuticos magistrais, diri-gentes e funcionários de farmácias de manipulação e de laboratórios; prestadores de serviços e fornece-dores do segmento; médicos e outros profissionais de saúde; entidades de classe de todo o território na-cional; parlamentares e autoridades da área de saúde

dos governos federal, estadual e municipal.

Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Anfarmag.

A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados.

É PERMITIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL DO CONTEÚDO DA REVISTA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Periocidade: Trimestral circulação: Nacionaltiragem: 5.500 exemplares distribuição dirigida

O que nos diferenciaHá muito tempo que temos falado sobre a

individualização. Não há dúvida, formulações específicas

para as características individuais de cada um vão cada

vez mais ao encontro das estratégias terapêuticas dos

prescritores e às necessidade dos pacientes.

Nesta edição, elencamos uma série de temas que

estão ligados àquilo que fazemos tão bem. As reportagens

abordam doenças, sintomas e condições cuja solução o

prescritor e o paciente, muitas vezes, só encontram na

farmácia magistral.

São oportunidades para a farmácia ir além. Aqui,

apontamos caminhos. A sua leitura é que dirá como

você pode crescer e se diferenciar atendendo tão

bem o paciente.

Para você se aprofundar nos temas que mais

interessarem e divulgar as soluções magistrais para os

profissionais de saúde, ainda disponibilizamos uma série

de conteúdos extras disponíveis em nosso site (anfarmag.

org.br/revistas-anfarmag).

Depois, conte para a gente o que mais foi útil para você.

Boa leitura!

Ademir Valério

Ademir Valério SilvaPresidente da anfarmag

nfarmagrevista

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4 r E V i s T a a n f a r m a g

índice

08

20 2803 editorial06 Quem disse

leiturana rede

07 Pílulas08 Pediatria

Cuidado redobrado com os pequenos

10 tPMSintomas pedemindividualização

16 correção de saborSaúde em diasem cara feia

18 opiniãoOportunidades na dermatologia clínica

24 Bem-estarComo lidar com a dor e suas variações

26 câncerAlternativas para reduzir os efeitos colaterais

34 GestãoLiderança para lidar com diferentes gerações

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Algumas áreas já trabalham de forma muito forte com a questão da singularidade e

dos processos terapêuticos individuais.”

Ademar Arthur Chioroministro da saúde

Foto

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co F

erre

ira

6 r E V i s T a a n f a r m a g

PalaVra do associado

Gostou das reportagens desta revista? Ficou com dúvidas? Tem algum tema que gostaria de ver na próxima edição?

Sua opinião faz toda a diferença! Fale com a gente pelo e-mail: [email protected]

leitura

Nutracêuticos na Prática: Terapia baseada em evidênciasO livro aborda o uso dos nutrientes a partir de estu-dos científicos publicados em periódicos respeitados, introduzindo os principais tópicos da prática nutra-cêutica. Explora o estresse oxidativo, processo infla-matório, glicação proteica e déficit mitocondrial, explicando como esses processos se relacionam com as doenças e quais os principais nu-trientes utilizados na sua modulação. Karina Ruiz Editora: Innedita - Preço: R$ 380

na rede

Banco de DrogasPrecisa de informação confiável on-line para tra-balhar em uma formulação, mas não sabe onde procurar? Uma fonte interessante e gratuita que ajuda no dia-a-dia da farmácia é o site Drug Bank. O banco de dados canadense com cerca de 7.700 drogas, disponibiliza, em inglês, monografias que trazem classificações biofarmacêuticas para auxiliar o formulador na escolha do excipiente. Acesse: drugbank.ca

QueM disse

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Pílulas

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PalaVra do associado

na rede

Curta e compartilheTem muita gente que ainda não sabe, mas a Anfarmag está no Facebook e faz o maior sucesso. Todos os dias, a entidade posta informações, dicas, notícias ou links. É

uma forma fácil de ficar por dentro do que ocorre no se-tor e receber atualizações sobre serviços.

Acesse, curta e compartilhe: facebook.com/anfarmag.nacional

Novidades em homeopatiaO Conselho Federal de Farmácia publicou em setem-

bro a Resolução nº 601, que regulamenta o âmbito farma-cêutico homeopata. O CFF também renovou a vigência da

prova de título de especialista em homeopatia. Mais informações: abfh.org.br

Onde estão as farmacopeias?Você já deve ter notado que com frequência recomendamos

consultar as farmacopeias para embasar o trabalho da farmácia. Para facilitar, a Anfarmag criou uma relação de todas que estão dis-

poníveis na internet. Você encontra os links no site: anfarmag.org.br

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A pele dos pequenos pede cuidados especiais que só o produto magistral oferece

A farmácia de manipulação tem ampliado o seu espaço em tratamentos de dermatites ou problemas de pele que afetam bebês. Além das tradicio-nais assaduras, há alergias, picadas de insetos e outras ocorrências para as quais as formulações magistrais são bastante eficientes.

Segundo o farmacêutico e diretor de pós-graduação do Ipupo, Lucas Portilho, a grande vantagem da farmácia magistral no tratamento de bebês é a possibilidade de individualizar a formulação para cada tipo de pele. “Temos que lembrar que a pele do recém-nascido e da criança não está completamente formada. As glândulas sudoríparas e a barreira cutânea ainda não estão totalmente formadas”, ressalta.

Por isso, as formulações devem ser elaboradas com insumos adequados e com todas as cautelas dentro das boas práticas para obter um produto manipulado personalizado e seguro. Há pesquisas que apontam que 40% das alergias que afetam a pele são causadas pelos conservantes das fórmulas. Outros 50% dos casos estão relacionados ao

uso de fragrâncias. “Os produtos indus-trializados têm conservantes e, muitos deles, também a fragrância para deixar o cheiro agradável”, destaca Portilho.

Segundo o farmacêutico, as formu-lações magistrais, quando manipuladas com foco nessa faixa etária, podem eliminar 90% das chances de uma reação alérgica ou irritação na pele do bebê. “Na formulação de um creme é possível não usar compostos etoxilados para a fabricação de emulsionantes, porque esse tipo de produto não é indicado para a pele do bebê”, explica. As fragrâncias possuem em sua composição substâncias denominadas “alergênicos”, portanto o

índice de alergia é maior em produtos perfumados.

As formulações são clássicas, como adianta Portilho. Na lista estão cremes protetores com silicone para crianças que usam fraldas, para evitar dermatites de contato ou mesmo as tradicionais assaduras. Os xampus e os sabonetes devem ser formula-dos como espuma de limpeza, que são mais adequados para a pele do bebê. Para os lenços umedecidos, uma indicação de ativo é o amisoft (cocoil glutamato dissódico na for-ma de solução aquosa a 30%), um tensoativo derivado do milho que

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Pediatria

Cuidado que vem de berço

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é extremamente suave e, portanto, indicado para a pele dos pequenos.

O desafio das farmácias é, então, desenvolver fórmulas cuidadosas, com o mínimo de ingredientes. “Nesses ca-sos, o menos é sempre mais. É preciso estudar sobre a pele e também os ativos para desenvolver produtos específicos para crianças”, enfatiza o farmacêutico.

A médica pediatra, dermatologista, professora da Universidade Federal do Paraná e presidente do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Kerstin Taniguchi Abagge, diz que a dermatite atópica é a doença de pele mais comum nas crianças. Mas há casos de dermatoses frequentes como acne, micoses superficiais, infecções bacterianas e parasitoses (sarna e piolho).

Os médicos têm recorrido com frequência à manipulação para in-dividualizar o tratamento. Produtos hipoalergênicos, sem perfume e com menos conservantes ou mesmo a ade-quação do veículo, da dosagem ou da concentração dos princípios ativos para o uso em crianças estão entre as vantagens. Em alguns casos, não há o

Na DúviDa...recomeNdAdo Não recomeNdAdo

Surfactantes vegetais e suaves Surfactantes etoxilados

Fragrâncias livres de alergênicos Fragrâncias

Conservantes suaves Conservantes liberadores de formol e parabenos

Emulsionantes suaves Emulsionantes etoxilados

Glicerina Óleo mineralEspumas de limpeza pH = 7,0 Sabonete em barra pH = 10

medicamento industrializado para de-terminada faixa etária pediátrica. Entre os exemplos estão o uso de propranolol em hemangiomas infantis, seja em xarope ou produto tópico, e o N-Acetil Cisteína em creme para ictiose.

Para a médica, o intercâmbio de informações científicas com farmacêu-ticos magistrais em relação a princípios ativos, suas ações e interação com outros produtos é uma grande ajuda para os pediatras.

O que fOrmular?Creme com Ciclopirox Olamina 1%Mandar 100gIndicação: Dermatite de fraldasPosologia: Usar nas áreas afetadas pela dermatite após limpeza do local na troca de fraldasAgentes antifúngicos têm sido usados para combater a dermatite causada pelo uso de fraldas em crianças juntamente com corticosteroides e outros agentes antimicrobianos.Ref. Bibliográficas: Controle da dermatite causada pelo uso de fraldas em crianças, Aditya K. Gupta, and Alayne R. Skinner, International Journal of Dermatology 2004, 43 , 830 – 834.

Encontre outras formulações para levar ao prescritor em: anfarmag.org.br - Acesse: Home > Revista Anfarmag > Conteúdo Extra

Saiba mais on-line:• Sugestõesdeformulaçãoedicasfarmacotécnicas

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Condição que incomoda as mulheres apresenta mais de 150 sintomas e exige tratamentos individualizados

MuitOs sintOMas, muitos tratamentos

Ser repentinamente atingido por um turbilhão de sintomas que alteram seu organismo fisica e emocionalmen-te não parece uma situação muito agradável. Mas isso é o que muitas mulheres têm de enfrentar mensal-mente, quando sofrem da chamada tensão pré-menstrual, a TPM. De acordo com Zilca Gyenes, ginecologista com mais de 30 anos de atuação, a síndrome foi conceituada na década de 1950 pela médica Katharina Dalton, sendo entendida como “a recorrência de sinais e sintomas psicossomáticos exclusivamente durante a segunda fase do ciclo menstrual e que regridem com o início da menstruação, apresentando mais de 150 sintomas descritos”.

A ginecologista aponta que três em quatro mulheres apresentam sintomas da TPM durante seus anos férteis, com maior intensidade, geralmente, na terceira década. ”A síndrome tam-bém ocorre com mais frequência em mulheres que possuem pelo menos um filho, têm antecedentes familiares

ou pessoais de depressão grave, ou têm antecedentes de depressão pós--parto ou algum transtorno anímico afetivo”, explica.

Entre tantas possibilidades de sintomas que podem vir a ocorrer, alguns dos mais comuns são: disten-são abdominal ou sensação de gases, sensibilidade nas mamas, cefaleia, sensação de torpor mental, constipa-ção ou diarreia, cólicas abdominais, aumento de peso, menor tolerância a luzes e ruídos, sensação de cansaço e lentidão, ansiedade, nervosismo, tensão, depressão leve a moderada, distúrbios do sono. A TPM ocorre em maior ou menor grau, sendo que os sintomas podem se exacerbar próximo ao período de transição para o climatério, segundo Zilca.

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tPM

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A causa exata da síndrome ainda é motivo de debate entre os especialistas, mas as mudanças nos níveis hormonais aparecem como o principal motivador. Existe também o fato de ser causada pela resposta individual de cada mulher a essas mudanças. Além disso, a TPM pode estar rela-cionada a outros aspectos tais como os sociais, culturais, endócrinos, psicológicos e genéticos.

Tratamento diversificado O amplo leque de sintomas que a TPM pode

causar exige uma diversidade na hora do trata-mento. Segundo o farmacêutico especialista Luiz Cavalcante, cada mulher apresenta uma quantidade e uma intensidade de sintomas diferentes e, por isso, é necessário pensar em tratamentos indivi-dualizados. “No caso da TPM, o tratamento por meio de medicamentos manipulados pode ser eficiente, já que é possível que os componentes direcionados a diferentes sintomas sejam dosados de maneira individual”, explica.

Cavalcante dá um exemplo de formulação possível para atuar contra os sinais da tensão pré--menstrual em pacientes que sentem a síndrome de forma acentuada, sendo que cada componente

é direcionado a diferentes sintomas: 200mg de piridoxina, 25mg de espironolactona e 2mg de diazepam uma vez ao dia.

Segundo o farmacêutico, a piridoxina é con-siderada uma vitamina neuro-reguladora. Isso porque é transformada em piridoxal fosfato no fígado, o qual ativa a descarboxilase glutâmica, que promove a descarboxilação do ácido glutâmi-co, transformando-o em GABA. O GABA atua hiperpolarizando as membranas dos neurônios. A piridoxina pode contribuir muito para reduzir os sintomas de insônia, irritabilidade ou compor-tamento agressivo, por exemplo.

Já a espironolactona compete com a aldosterona, que retém sódio e acumula água, promovendo a formação do edema, contribuindo contra os inchaços, comuns na síndrome. O diazepam atua como modulador dos canais de cloreto do receptor GABA, estabilizando mais rapidamente as membranas neuronais.

“O médico pode variar as doses da formulação proposta, tendo em vista as necessidades de cada paciente. Pode aumentar ou até retirar alguns dos componentes para que a medicação seja mais assertiva em relação aos sintomas individuais de

Sensibilidade nas mamas, cefaleia, sensação de torpor mental e cólicas abdominais estão entre os sintomas da TPM

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Zilca gyenes: “três em quatro mulheres apresentam sintomas da tPm”

 O que fOrmular?Piridoxina, cloridrato.... 300mgMagnésio aspartato....300mgEspironolactona............25mgExcipiente qsp .............1 cápsula.Indicação: Tensão pré-menstrual.Posologia: Tomar 1 cápsula pela manhã, iniciando 2 semanas antes da menstruação.Ref. Bibliográfica: Batistuzzo, J.A. et al Formu-lárioMédico-farmacêutico,Pharmabooks,4ªed, São Paulo, 2011.

Encontre outras formulações para levar ao prescritor em: anfarmag.org.brAcesse: Home > Revista Anfarmag > Conteúdo Extra

cada mulher”, sugere o farmacêutico.Outra possibilidade sugerida por

Cavalcante e que pode ser administrada em diferentes dosagens de acordo com as necessidades individuais é: 1mg de flufenazina e 25mg de espironolactona, uma cápsula ao dia. De acordo com o farmacêutico, essa preparação deve ser administrada diariamente, a partir do 19º dia do ciclo menstrual, até o fim da menstruação. O primeiro compo-nente age como ansiolítico leve nessa concentração, atuando nos sintomas de irritabilidade e insônia. Já a espirono-lactona atua na formulação aliviando a mastalgia, devido à eliminação do edema.

Associado às formulações citadas, sugere-se ainda a administração do ácido gama-linolênico encontrado no óleo de prímula e no óleo de bor-ragem. Segundo Cavalcante, o ácido gama-linolênico protege os neurô-nios contra a lipoperoxidação de suas membranas, promovendo também a estabilidade dessas células. “O uso concomitante com o óleo pode trazer ainda melhores resultados. Ele deve

ser administrado duas vezes ao dia, do primeiro dia do ciclo menstrual até o fim da menstruação. Vale lembrar que, embora um resultado razoável possa ser obtido já no primeiro ciclo, a melhoria passa a ser mais efetiva após o 3º ciclo menstrual”, aponta.

Zilca Gyenes lembra que é preciso aliar à medicação assertiva um estilo de vida apropriado. “Atividade física regular, hábitos de sono saudáveis e a alimentação balanceada e na frequência correta também são essenciais para o alívio dos sintomas”, comenta. Para a ginecologista, é vital que haja uma boa relação entre médico e paciente para que seja possível a observação das individualidades e das reais ne-cessidades de cada mulher.

Ela cita ainda a possibilidade de uso de tratamento homeopático, “que é extremamente eficaz e segu-ro, agindo no organismo como um todo e abrangendo sintomas físicos e emocionais”. Há também a opção dos fitoterápicos e de acupuntura como alternativas.

Saiba mais on-line:• Sugestõesdeformulaçãoedicasfarmacotécnicas•OpçõesfitoterápicasparaTPM

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ANUNCIOjunho 2013

sexta-feira, 31 de maio de 2013 17:31:39

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Quem já teve de tomar medicamentos amar-gos sabe a importância da correção de aroma e sabor nas fórmulas orais. A prática, além de evitar cara feia, é essencial para aumentar a adesão ao tratamento.

O farmacêutico especialista Anderson Oliveira explica que a correção é um diferencial para o sucesso dos tratamentos e deve ser mais explorada: “A correção é feita na indústria de forma muito limitada, em termos de variedade e combinações. As preferências em relação a sabor são individuais, e a customização e a personalização só podem ser feitas pela farmácia magistral”.

O farmacêutico especialista Luís Antônio Paludetti dá um exemplo. “Imagine um paciente que usa sulfato de glucosamina diariamente na forma de sachês, em um tratamento de três anos. A formulação é comumente oferecida com sabor de laranja. Agora, imagine como será ingerir, dia após dia, o mesmo medicamento com gosto de laranja. Se a farmácia pode oferecer opções, como limão, groselha, morango ou guaraná, o tratamento fica mais humanizado”, sugere.

Geralmente, as formas farmacêuticas que sofrem correção são as orais líquidas, as pastilhas, os pós para reconstituição e os comprimidos de administração bucal.

Os especialistas explicam que o uso de medi-camento é uma experiência sensorial complexa, que implica a estimulação de diversos sentidos, principalmente o paladar, o olfato, a textura e a temperatura. “A correção não será bem sucedida se apenas o sabor e o odor forem considerados”, diz Paludetti.

No que se refere ao paladar, algumas subs-tâncias conferem sabor adocicado (são os edul-corantes ou adoçantes). Outras, sabor ácido (acidificantes), e algumas reforçam o sabor agradável (reforçadores).

Quanto ao olfato, há substâncias os mais variados aromatizantes. Já para a textura, há os chamados espessantes ou agentes de  viscosidade,

Correção de sabor e do odor é benefício que só a farmácia oferece

Saúde boa sem cara feia

16 r E V i s T a a n f a r m a g

saBor

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capazes de melhorar a estabilidade da formulação e torná-la mais agradável. “Temos também substâncias que conferem sensações diversas, como os refrescantes (menta), sensação picante (como a canela) ou calor (como gengibre), e outras que realçam o sabor (como a baunilha). Essas são utilizadas para disfarçar os sabores desagradáveis que não puderam ser mascarados com outros adjuvantes”, explica Paludetti.

Anderson lembra que nem sempre a correção garante sabor agradável. “Muitos fármacos têm o sabor tão ruim que o máximo que se consegue é melhorar um pouco. Mas já é crucial para tornar o tratamento mais aceitável”.

Atenção redobradaA adição de corretivos permitidos, em quantidades corretas, não deve

causar qualquer prejuízo na ação do medicamento, mas sempre é necessário investigar eventuais incompatibilidades entre os componentes do corretivo e do medicamento. Esse processo deve ser feito com cautela. “Flavorizantes têm caráter ácido e podem alterar o pH da formulação, modificando o perfil de estabilidade de alguns fármacos”, afirma Oliveira.

A correção deve também levar em consideração pessoas com diferentes necessidades. Por exemplo, alguns pacientes têm alergias a corantes e a far-mácia magistral pode produzir medicamentos com o sabor corrigido e sem a presença dos corantes.

Outro alerta é para o risco de os pacientes abusarem dos medicamentos em função do sabor. “Mesmo que seja gostoso, o produto ainda é um medica-mento e seu uso deve ser aquele restrito à necessidade do tratamento”, alerta.

COrreTOreS e eviDeNCiaDOreS DO PalaDar

Substância AplicaçãoMentol

Suspensões orais: 0,003%Xaropes: 0,005% a 0,015%

Pastilhas: 0,2% a 0,4%Pasta dental: 0,4%

Enxaguatórios bucais:0,1% a 2%

Amargo (dessensibilizante do paladar)

Ácido cítricoConc. usual: 0,3% a 2,0%

Evidenciador do sabor, mascaramento do sabor amargo, ação sialogoga

Ácido tartáricoConc. usual: 0,1% a 0,3%

Evidenciador do sabor, correção do amargo, ação sialogoga

Cloreto de sódio (NaCl)Conc. usual: 0,3% a 0,5%

Supressão do amargo

Saiba mais on-line:•Cursogratuito:Correçãodesaborempreparaçõesorais

A baunilha realça o sabor, a canela dá sensação picante e o gengibre, calor.

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A farmácia de manipulação foi uma aliada na busca por soluções para preen-cher lacunas na terapêutica dermatológica tópica e sistêmica.

Na década de 1970, com a retomada da cultura de manipulação, auxiliávamos o médico mesmo não encontrando ampla gama de insumos no mercado nacional. As importações eram restritas e a variedade, muito pequena, tendo a farmácia que usar, em alguns casos, medicamentos industrializados como ponto de partida para preparar uma fórmula dermatológica.

A demanda em estética resumia-se a melasma, alopecia e acne, embora doenças de pele tenham sempre preocupado por alterar a aparência, retirando o paciente do convívio social.

Na década de 1980, vieram grandes conquistas terapêuticas com o advento da “era dos ácidos” em especial a tretinoína (acne), e o minoxidil (alopecia). Muitos se lembram das formulações feitas a partir do Loniten® comprimidos, o Ilosone® e Dalacin C®.

A mudança de foco da dermatologia veio nos anos 1990, com a constatação de que os resinoides, usados em acne, também possuíam efeito de rejuvenescimento. Hoje, vemos um contingente de insumos dedicados à estética, como antioxidantes e antiaging.

Essa reviravolta deixou a dermatologia clínica em segundo plano, criando uma carência para os médicos focados na área. Não podemos nos esquecer que o tratamento das dermatoses continua sendo um nicho importante de atuação – tanto no papel

social da farmácia, quanto do ponto de vista econômico para as empresas.

Nem sempre é o caminho mais fácil, mas é um caminho possível e promissor – entre os desafios, estão os conceitos e critérios para a importação, aquisição e disponibilidade de insumos para as far-mácias magistrais, como para psoríase, vitiligo e rosácea.

O médico precisa saber que pode contar com nosso serviço para os cuidados com seus pacientes. Sempre haverá demanda para o tratamento das doenças de pele. A farmácia magistral, acompanhada dos avanços técnicos e tecnológicos, pode e deve se destacar na oferta de formulações individualizadas e que facilitem a adesão do paciente ao tratamento.

a farmácia e a dermatologia clínicaAutor: Paula Carazzatto*

*Paula Carazzatto é farmacêutica membro da Câmara Técnica da Anfarmag e ministrante de curso de Terapêutica Tópica em Dermatologia e Cosmética Dermatológica para médicos.

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oPiniÃo

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Quando a pele perde o tomMultifatorial, vitiligo exige usos isolados ou combinados de diferentes fármacos

Ele chega sem aviso e sem pedir licença. Pode começar com uma mancha pequena que evolui rapidamente ou levar anos para atingir um estágio mais severo. O vitiligo acomete cerca de 1% da população mundial e traz consigo um forte impacto para a autoestima e a sociabilidade de quem carrega a doença. Isso porque produz marcas brancas pelo corpo, principalmente nas extremidades (mãos e pés) e, para lamento dos pacientes, no rosto. Acaba gerando ainda mais angústia em pessoas que já são naturalmente ansiosas.

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“É muito mais que uma questão estética. O vitiligo é uma doença que precisa ser tratada e, de preferência, o quanto antes”. Quem afirma é o membro da Sociedade Brasileira de Dermato-logia e médico do Ambulatório de Vitiligo da Universidade Federal de São Paulo, Celso Lopes. De acordo com ele, o ideal é que o paciente pro-cure ajuda assim que notar as manchas, quando a resposta ao tratamento tem as melhores chances de sucesso. Porém, ressalta, em qualquer estágio é possível agir sobre a doença.

Lopes se aprofundou no estudo do vitiligo e explica que há diversas formas de tratamento. Para ele, ainda é preciso avançar nas pesquisas sobre o tema, mas a farmácia oferece alternativas que podem melhorar o bem-estar do paciente. Ele falou sobre o assunto para a Revista Anfarmag.

Quais são as principais características da doença?O vitiligo é uma doença crônica. Um quarto

dos pacientes tem histórico familiar e, em metade dos casos, ele surge antes dos 20 anos. É caracte-rizado por manchas acrômicas (sem pigmentação) que podem acometer qualquer região da pele.

Quais são as causas do vitiligo?Já está comprovado que é uma doença autoi-

mune, mas há diversas teorias que tentam explicar o vitiligo. Uma delas é que poderia ser resultado do estresse oxidativo. Há também os fatores que desencadeiam o aparecimento em quem tem predisposição. Entre eles, questões emocionais e traumas físicos localizados (trabalho manual, desgaste dos pés, cotovelos, joelho).

Você pode explicar mais sobre a relação do estresse oxidativo com o vitiligo?

O paciente de vitiligo parece ser mais sus-ceptível ao estresse oxidativo, podendo ainda apresentar deficiência da enzima catalase, que ajuda na varredura dos radicais livres. Ou seja: a pessoa produz muitos radicais livres e tem diminuída a capacidade de eliminá-los. Quando se acumulam, eles criam o quadro de estresse oxidativo, intoxicando o melanócito (célula que produz melanina), que vai perdendo sua função.

Então os antioxidantes são uma alternativa de tratamento?

Sim, é possível usar tanto antioxidantes tópi-cos quanto sistêmicos orais. Praticamente toda a linha de antioxidantes disponível pode ser usada, dependendo da resposta de cada paciente. Eu.

O paciente de vitiligo tem propensão a liberar mais radicais livres que o normal e a apresentar deficiência da enzima catalase

particularmente, uso muito Polypodium leucotomos, vitamina C, Ginkgo biloba, ácido pantotênico.

Quais outras opções podem controlar o problema?Normalmente, combinamos opções terapêuticas para

atacar em mais de uma frente e de acordo com as várias formas clínicas da doença. Como o vitiligo é autoimune, o tratamento sempre inclui imunossupressores (corticoi-des) orais ou tópicos ou imunomoduladores (tacrolimus e pimecrolimus) tópicos. Também uso muito os psoralenos para a fototerapia: metoxisaleno, trisoraleno e essência de bergamota (apenas tópico).

Como esses medicamentos agem na fototerapia?Antes do banho de sol ou de luz, o paciente usa os

psoralenos, que provocam uma reação fotoquímica na pele, liberando substâncias que ajudam na pigmentação da área atingida. Outra opção interessante é fazer a suplementação de fenilalanina. Esse aminoácido atua na síntese da melanina e pode auxiliar na recuperação.

Qual é a sua opinião sobre o uso de vitamina D ou aná-logos da vitamina D?

A vitamina D ainda é objeto de pesquisa e os resultados são controversos. Não dá para afirmar com certeza que ela tenha ação sobre o vitiligo, até porque vivemos uma epide-mia de carência de vitamina D. Ainda assim, sempre faço a dosagem no paciente com vitiligo e, se necessário, prescrevo suplementos.

Existem também estudos que apontam a relação da vi-tamina B12 com o vitiligo.

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SAIBA MAIS ON-LINE

É verdade. Alguns pacientes podem ter deficiência de B12, ácido fólico, zinco. Nesses casos, a suple-mentação faz parte do tratamento. Há trabalhos científicos que indicam que corrigir essas dosagens pode ajudar no tratamento. É diferente de outras doenças associadas, como os distúrbios de tireoide, que podem ocorrer de forma paralela, mas não influenciam no vitiligo.

Qual a sua opinião sobre o uso da quelina no tratamento de vitiligo?

Assim como no caso das su-plementações, no consultório o médico sente falta de serem feitas mais pesquisas que indiquem re-sultados conclusivos sobre o uso da quelina (furocromo presente na planta ammivisnaga). Porém, já há

alguns estudos que mostram efeito sobre o vitiligo. Isso porque ela atua como um antioxidante. Eu a uso eventualmente em quadros mais localizados.

Qual a importância de individu-alizar o tratamento para vitiligo?

A escolha do tratamento vai de-pender da idade do paciente, forma clínica, estágio da doença e tempo de evolução. Além disso, o vitiligo é multifatorial, o que implica usos isolados ou combinados de diferentes fármacos. Muitas vezes, é possível colocar em uma mesma formulação vitaminas e antioxidantes, e em outras os corticoides, em diferentes doses.

Saiba mais on-line:• Reportagemexclusiva:Psoríase• Sugestõesdeformulaçãoedicasfarmacotécnicas

 O que fOrmular?Methoxsalen ...10 mg - 20 mgExcipente qsp ...1 cápsulaIndicações: Psoríase; vitiligo.Posologia: Tomar 1 cápsula de 10 mg a 20 mg duas horas antes da ex-posição à luz ultravioleta A (320 nm - 400 nm). A exposição deve ser progressiva segundo critério médico.

Ref. Bibliográfica: Batistuzzo, J.A. et al FormulárioMédico-farmacêutico,Phar-mabooks,4ªed,SãoPaulo,2011.

Encontre outras formulações para levar ao prescritor em: anfarmag.org.brAcesse: Home > Revista Anfarmag > Conteúdo Extra

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Uma em cada três pessoas terá algum tipo de dor crônica durante a vida. Isso porque o envelhecimento da população aumenta nas pessoas a prevalência de dores na coluna, articulações, doenças reumáticas, câncer, degenerações, inflamações e outras enfermidades que podem provocar dores crônicas.

De acordo com o anestesio-logista Irimar de Paula Posso, diretor da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, uma das formas de classificação da dor é quanto a seu tempo de duração: “Em sua manifestação aguda, ela não passa de três meses. Após esse período, ela é considerada crônica”. Segundo ele, a dor aguda pode ser tratada com analgésicos e anti-inflamatórios.

Já o tratamento da dor crônica depende da origem do problema. “Em alguns casos, antidepressivos ajudam no tratamento. A estimu-lação elétrica transcutânea também apresenta resultados”, comenta. Já a cefaleia é muito bem tratada com acupuntura”, comenta.

Cuidado magistralComo a dor crônica pode estar

relacionada a inúmeros problemas de saúde, seu tratamento requer diferentes abordagens. Um dos caminhos são os medicamentos magistrais, conforme explica Na-tan Levy, farmacêutico da capital paulista e associado Anfarmag. “Podemos preparar a substância com base nas especificidades do quadro de cada paciente, ade-

quando também a formulação de acordo com peso, sexo, idade e intensidade”, diz. Além disso, a possibilidade de associação de princípios ativos, como analgési-cos e anti-inflamatórios, facilita a posologia.

O setor magistral conta com anti-inflamatórios (não hormonais e hormonais), que são prescritos quando o analgésico apenas não faz efeito e há necessidade de atacar o processo inflamatório que está causando a dor. Nesses casos, o paciente geralmente apresenta rubor e elevação da temperatura na área dolorida. Quase todos os princípios ativos anti-inflamatórios não protegidos por patentes podem ser manipulados; apenas para citar alguns, há o diclofenaco sódico

A dor é minha, em mim doeu

Crônica ou aguda, sensação prejudica a qualidade de vida; alívio pode ser desafio para alguns pacientes

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BeM estar

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 O que fOrmular?Cetoprofeno.....................10%Ciclobenzaprina HCl..........1%Propilenoglicol..................10%Base transdermica qspPosoloia: Aplicar um pump nos locais dolorosos 3 vezes ao diaConfira dicas farmacotécnicas em anfarmag.org.brRef. Bibliográfica: ANSEL,H.C.;POPOVICH,N.G.;ALLENJR,L.V.FormasFarmacêuticas & Sistemas de Liberação de Fármacos. 8 ed. São Paulo, S.P.: Editorial Premier, 2007.AULTON,M.E..DelineamentodeFormasFarmacêuticas.2ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2005.BATISTUZZO,J.A.O.;ITAYA,M.;ETO,Y.FormulárioMédicoFarmacêutico.3ª.ed.SãoPaulo,SP:Pharmabooks,2006.FERREIRA,A.O.GuiaPráticodaFarmáciaMagistral.Vol.1.3ª.ed.SãoPaulo,SP:Pharmabooks,2008.307-319.PRISTA,L.N.;ALVES,A.C.;MORGADO,R.Tecnologiafarmacêutica. 5.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1995.v.1.6.THOMPSON,J.E.APráticaFarmacêuticanaManipulaçãodeMedicamentos..ProtoAlegre,RS:Artmed,2006.

Encontre outras formulações para levar ao prescritor em: anfarmag.org.brAcesse: Home > Revista Anfarmag > Conteúdo Extra

ou potássico, cetoprofeno, meloxicam e indometacina.

Já os analgésicos, divididos entre opioides e não opioides, são largamente prescritos. Conforme explica Levy, os não opioides como o ácido acetilsalicílico, dipirona, fenilbutazona e paracetamol são indicados para dores mais leves, como a lombar, muscular e cefaleias leves. Já as dores crônicas e de maior intensidade, como a dor reumática e nevrálgica, podem ser tratadas por meio de analgésicos opióides como a codeína e tramadol. Os relaxantes musculares, manipulados à base de substâncias como carisoprodol e ciclobenzaprina, também são aliados no tratamento da dor crônica.

Direto na peleAinda pouco difundidos entre médi-

cos, os géis transdérmicos de alta permeabi-lidade são produzidos exclusivamente pelo setor magistral e apresentam resultados para o tratamento de dores localizadas. “Eles provocam menos efeitos colate-rais, mas falta uma maior divulgação”, afirma Levy.

Para quem passou por cirurgias na garganta ou apresenta alguma doença nessa região, como o câncer, uma alternativa é a veiculação de princípios ativos por meio de xaropes e géis transdérmicos. As pastilhas bucais também são indicadas, com a possibilidade de associação com flavorizantes e aromatizantes.

Saiba mais on-line:• Sugestõesdeformulaçãoedicasfarmacotécnicas

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A quimioterapia é uma das principais estratégias para o combate ao câncer, juntamente à radioterapia e à cirurgia. O paciente recebe diversos medicamentos, cada um com uma ação diferente no organismo. Ao caírem na corrente sanguínea, eles impedem que o tumor se espalhe. Ocorre que a quimioterapia destrói também células saudáveis, e o paciente precisa lidar com um conjunto de efeitos colaterais.

Náuseas e vômitos são os principais, conforme ex-plica o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Evanius Wiermann. Queda de cabelo, sensação de fadiga, constipação, diarreia, enfraquecimento das unhas (onicólise), aftas, alterações de paladar, salivação excessiva ou ausência de saliva são também transtornos possíveis. “Esses sintomas podem se manifestar em conjunto ou separadamente e dependem da intensi-dade do tratamento e das drogas usadas”, comenta. Alterações na imunidade, favorecendo infecções, também são comuns.

A destruição de células tumorais também tem como aliada a radioterapia, que age localmente sobre a lesão. Os efeitos variam de acordo com o local. “Se for na garganta, a pessoa pode ter boca seca. No pulmão, há

a possibilidade de surgirem pneumonias. Na próstata, é comum o paciente sofrer de inflamações no reto ou na bexiga”, enumera.

Na pele, há riscos de queimaduras e lesões. Como resposta, o farmacêutico associado à Anfarmag em São Paulo, Natan Levy, considera essencial a hidratação. De acordo com ele, substâncias hidratantes associadas a anti-inflamatórios como alfa-bisabolol (princípio ativo da camomila) e a arnica podem ser um alívio. Dentre os hidratantes, estão o PCA Na, NMF e a co-enzima Q10 lipossomada.

Os fitoterápicos e a quimioterapiaA farmacêutica Polyana Ehlke Wiedmer, associada

à Anfarmag em Campo Largo (Paraná), enfrentou um câncer de colo de útero em 2007, logo depois de ter o primeiro filho. Como a lesão foi detectada logo, Polyana venceu a doença após uma cirurgia de histerectomia.

À época, Polyana acabou descobrindo o poder do gengibre. O produto ajuda a

Drible os efeitos colaterais

Produtos magistrais aliados a um estilo de vida

saudável trazem ganho aos pacientes

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câncer

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Saiba mais on-line:• Sugestõesdeformulaçãoedicasfarmacotécnicas

 O que fOrmular?Ondansetrona........................8mgÁgua purificada......................20%Gel transdérmico qsp....1doseMande seringas calibradas com 10mL ou em saches monodose ou frasco dosador calibrado (1mL).Indicação: NáuseasPosologia: Aplicar 1ml, 3 vezes ao dia, nos pulsos e atrás das orelhas.

Sugestões de gel base: Aristoflex, Carbopol, Natrosol, Polaxamer.Sugestões de promotores da permeabilidade: DMSO, Lauril sulfato de sódio, ácido acetil salicílico, além de propilenoglicol da formulação.Independentemente do promotor de permeação utilizado, é importante garantir concentrações adequadas de umectante nesta formulação.Ref.:Batistuzzo,J.A.etalFormulárioMédico-farmacêutico,Pharmabooks,4ªed,São Paulo, 2011.

Encontre outras formulações para levar ao prescritor em: anfarmag.org.brAcesse: Home > Revista Anfarmag > Conteúdo Extra

Paulo de tarso, do Hospital albert einstein, destaca os benefícios da medicina integrativa

Polyana tratou-se de um câncer logo depois de ter o primeiro filho

controlar as náuseas por causa das propriedades antieméticas. É normalmente manipulado em cápsulas de 500mg, ingeridas três vezes ao dia.

Durante o tratamento, Polyana também descobriu os benefícios da graviola, que age sobre o sistema imunológico. “Os efeitos práticos são muito bons. Depois da minha experiência, passei a estudá-los melhor e a recomendá-los aos médicos e pacientes. Recebo relatos muito positivos”, conta.

A contribuição da medicina integrativa Apesar dos efeitos positivos, o uso de fitoterápicos e suplementos deve ser

acompanhado pelo médico. Essa é a orientação do cirurgião Paulo de Tarso Lima, responsável pelo grupo de Medicina Integrativa do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. “Essas substâncias podem interagir com as drogas convencionais e causar malefícios ao paciente, que geralmente está imunodeprimido”, aconselha.

Para o especialista, no contexto do tratamento oncológico, a medicina in-tegrativa reafirma a importância da relação entre médico e paciente, utilizando o melhor de diversas disciplinas. “Nosso foco é fazer com que o paciente se conecte com sua qualidade de vida antes, durante e depois do tratamento e atente para a importância do autocuidado”, afirma.

Uma rotina saudável, aliás, é fundamental para a prevenção da doença. “A American Society of Cancer considera que a prática de exercícios físicos, o controle do estresse, alimentação adequada e outros fatores ligados ao estilo de vida reduzem em cerca de 60% a possibilidade de uma pessoa desenvolver câncer”, diz o médico.

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Profissionais discutem suplementação como alternativa coadjuvante para o tratamento de

doenças neurodegenerativas

Caminhos possíveis

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neurodeGeneraçÃo

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Casos de doenças neurodegenerativas como mal de Alzheimer, mal de Parkinson, esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica (ELA) devem aumentar nas próximas décadas. O envelhecimento da população mundial é um dos fatores que explica esse fenômeno.

Para se ter uma ideia, o Alzheimer afeta entre 24 e 37 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde, e a estimativa é de que esse número dobre até 2030 e mais que triplique até 2050.

Descrita pela primeira vez em 1817, por James Parkinson, a doença neurológica que causa tremores, lentidão nos movimentos, rigidez muscular e alterações na fala e na escrita atinge cerca de 4 milhões de pessoas em todo o mundo. Esse número deve dobrar até 2040.

Os casos de Esclerose Múltipla aumentaram 10% nos últimos cinco anos, afetando cerca de 2,3 milhões de pessoas. Destas, 35 mil são brasileiros que sofrem com a doença, que é incurável e repleta de efeitos devastadores.

A busca de tratamentos para essas doenças é constante. Aos poucos, a suplementação vitamínica surge como linha coadjuvante. Segundo a farmacêutica, Karina Ruiz, que é consultora técnica na área de nutracêuticos, nutricos-méticos e suplementos e autora do livro “Nutracêuticos na Prática – Terapia baseada em evidências”, além dos fármacos já existentes, a farmácia magistral pode ter uma atuação coadjuvante por meio de dosagens específicas de vitaminas, minerais, antioxidantes diversos, coenzima Q10, boosters energéticos, além de proteínas e lipídeos funcionais que, afirma, retardam o surgimento de en-fermidades ou amenizam os sintomas.

Nessa lista, a farmacêutica lista suplementos como huperzine-A (isolado de extrato padronizado de Huperzia serrata), que está associado à melhoria da memória, e a riboflavina ou vitamina B2, que melhora os sintomas do mal de Parkinson. Outras opções são Ginkgo bilo-ba, ácido fólico, vitamina B6, Polypodium leucotomos, creatina, coenzima Q10, ácido alfa-lipoico e os antio-xidantes. “Esses suplementos atuam na prevenção e/ou como estratégias que retardam e/ou melhoram os sintomas”, diz.

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A vitamina D tem sido apontada como a grande promessa para o tratamento das doenças neurodegenerativas, pois é um agente que modula o processo inflamatório e imu-nológico. “Há um estudo que demonstrou que, quando as mulheres foram expostas a quantidades adequadas de vitamina D durante sua vida, 99% não desenvolveram a esclerose múltipla; portanto, pode e deve ser indicada para profilaxia e tratamento dessa doença neurodegenerativa”, garante Karina. 

Em relação à vitamina B12, além de ser importante para a formação de bainhas de mielinas neuronais, ela controla os níveis de homocisteína, um aminoácido tóxico associado à piora das doenças neurodege-nerativas e comprometimento cognitivo.

No entanto, a suplementação vitamínica deve ter indicação médica cuidadosa, já que as doses recomendadas podem ultrapassar os níveis de tolerância (UL) usuais. No caso do tratamento de esclerose múltipla, por exemplo, as doses da vitamina D podem chegar a 100.000 UI ou a 150.000 UI, quando a média é de 800 UI. A regra vale também para fitoterápicos, como enfatiza a farmacêutica.

O nutrólogo Clésio Castro desta-ca que as pesquisas sobre a necessidade de suplementação vitamínica ainda são consideradas polêmicas por algumas espe-cialidades médicas. “No caso das doenças neurodegenerativas, é difícil encontrar medicamentos que deem conta de todo o tratamento. Cada paciente é único e é preciso considerar que a manifestação desse tipo de enfermidade pode ser causada pela

falta de vitaminas, que estão diretamente relacionadas aos processos vitais”, avalia.

A recomendação do médico é para que o profissional responsável pelo tratamento sempre investigue se o paciente tem algum grau de déficit de vitaminas no organismo. “Os polivitamínicos garantem doses diárias mínimas. Mas, se há falta, esses produtos não são eficientes”, alega. A solução passa, mais uma vez, pelas farmácias magistrais, que podem manipular dosagens em per-centuais alternativos, de acordo com a necessidade e com a prescrição indicada.

Malhação cerebralO vice-coordenador do Departamento

Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Norberto Anízio Ferreira Frota, afirma que hábitos saudáveis de vida e de alimentação são os principais fatores que devem ser considerados pelas pessoas que pretendem se prevenir de do-enças neurodegenerativas, especialmente quem tem casos na família. Controle da pressão, da glicemia e do estresse e, ainda, a prática de atividade física são essenciais.

Frota encara os suplementos com pru-dência e afirma: “Não há tratamentos para retardar o aparecimento ou os sintomas em longo prazo”. Sobre o uso da vitamina D, ele diz que ainda não há trabalhos que com-provem que a reposição modifique o curso das doenças. “Os compostos de vitaminas e oligoelementos podem melhorar a memória no curto prazo, mas é preciso cuidar para que o uso de vitaminas não gere doenças como cálculo renal ou hipervitaminose”, adverte. “A ABN já divulgou nota oficial condenando o uso indiscriminado da vitamina D para o tratamento de esclerose múltipla”.

Médico geriatra do Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Newton Terra segue a mesma linha: “Não há re-médio vitamínico que ressuscite neurônio morto”. Terra defende que a prevenção a esse tipo de doença deve começar logo após o berçário, com qualidade de vida, exercício físico, dieta balanceada e estí-mulo ao cérebro. Na lista de atividades estão leitura com reflexão, informática e aprendizado de idiomas.

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neurodeGeneraçÃo

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Recentemente, a campanha do balde de gelo – estratégia de comunicação que se espalhou pelas redes sociais – chamou a atenção da população em todo o mundo para a condição de pacientes que sofrem com a esclerose lateral amiotrófica (ELA).

Patologia neurodegenerativa complexa, a ELA resulta na perda progressiva de neurônios motores superiores e inferiores, causando incapacidade progressiva e paralisia dos músculos esqueléti-cos. Entre os sintomas estão disfagia, depressão, déficit cognitivo, hipermetabolismo, ansiedade, insuficiência respiratória. O paciente passa a ter dificuldade para se alimentar de forma autônoma e sente fadiga durante as refeições, o que aumenta o risco de desnutrição.

O mestre em Ciências da Saúde e especialista em Ciências Farmacêuticas, Marlon Barg, explica que essa desnutrição afeta o prognóstico e a qua-lidade de vida, tornando-se necessárias avaliações frequentes do status nutricional da pessoa. A opção

por uma dieta hipercalórica, modificação dietética de textura e suplementação adequada ajudam na prevenção de um quadro mais sério. Por isso, afirma, suplementos dietéticos têm se tornado importantes para os pacientes com ELA. Ele cita dado veiculado pela publicação científica Nutrition in Clinical Practice, que mostra que os suplementos são usados por até 80% dos pacientes. “Acredita-se que esses suplementos afetem diversos mecanismos motores, aliviando os sintomas da ELA”, diz.

De acordo com o farmacêutico, estudo publi-cado no periódico Arquivos de Neuropsiquiatria mostrou que a suplementação com whey protein e maltodextrina melhora os parâmetros bioquímicos e nutricionais em pacientes com ELA, reduzindo significativamente a proteína C reativa e a creatina quinase – marcadores bioquímicos do estresse oxidativo que também fornecem indícios de lesão muscular. Marlon cita também outros componentes nutricionais, como descreve:

Para além do balde de gelo

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Saiba mais on-line:• Informaçõessobredosagensdevitaminaseminerais

NíveiS De DOSageNS DiáriaS PermiTiDaS De viTamiNaS e miNeraiS em meDiCameNTOS

Componente  Dose diária para adultos  Dose diária pediátrica Vitamina D  800 UI  · Lactentes 40 UI/kg até o limite de 400 UI

· Pediátrico 40 UI/kg até o limite de 800 UI Vitamina E  1.200 UI  · Lactentes 20 UI/kg até o limite de 200 UI

· Pediátrico 20 UI/kg até o limite de 400 UI Vitamina B12 Cobalamina 

1.000 mcg  · Lactentes 50 mcg/kg até o limite de 500 mcg· Pediátrico 50 mcg/kg até o limite de 1.000 mcg 

Confira a tabela completa de limites de tolerância permitidos pela Portaria SVS/MS 40/98 no site: anfar-mag.org.br - Home > Revista Anfarmag > Conteúdo Extra

• Vitamina E – importante antioxidante celular, tem demonstrado retardar o desenvolvimento de doenças como a ELA. Estudo publicado no Amyotrophic Lateral Sclerosis and Frontotemporal Degeneration demonstrou que o risco da ELA diminui na medida em que ocorre aumento do tempo de suplementação com vitamina E. Segundo o estudo, a suplementação por mais de cinco anos está associada às baixas taxas de ELA. Importante salientar que a vitamina E proveniente da dieta é composta por quatro compostos tocoferois (α, β, γ, δ) e quatro tocotrienois (α, β, γ, δ), enquanto a vitamina E de suplementação contém apenas α tocoferol, que é preferencialmente absorvido devido à afinidade com a proteína de transferência da vitamina E.

• Vitamina D – os pacientes com ELA demonstram ser mais propensos a baixos níveis de vitamina D por causa da idade, inatividade física, menos tempo de exposição solar e desnutrição. Segundo Marlon, a investigação clínica sugere que a administração de vitamina D pode melhorar a capa-cidade muscular comprometida e reduzir a expressão de biomarcadores associados ao estresse oxidativo e inflamação.

Marlon ainda apresenta informações de que a esclerose lateral amiotrófica está ligada a fatores genéticos que levam a mutações importantes em enzimas antioxidantes citossólicas. “A administração de antioxidantes pode reduzir a severidade dos sintomas e auxiliar na melhora da qualidade de vida dos pacientes. Pode-se destacar a N-Acetilcisteína (potente antioxidante que aumenta os níveis de glutationa), o ácido alfa-lipoico (que inibe a lipoperoxidação), a coenzima Q10 (responsável pela melhora do transporte de elétrons na mitocôndria), as catequinas do chá verde (que reduz os marcadores de neuroinflamação e estresse oxidativo), o Ginkgo biloba (um inibidor da disfunção mitocondrial neuronal e do estresse oxidativo) e a creatina (que auxilia na fraqueza muscular associada à doença)”, relaciona.

Para completar, ele cita um estudo que avaliou pacientes com ELA apresen-tando perda de peso: “Verificou-se que a administração de dieta hipercalórica com carboidratos auxilia na estabilização da perda de peso, provocando melhora da sobrevida de pacientes com essa patologia, conforme publicado no jornal especializado Amyotrophic Lateral Sclerosis & Frontotemporal Degeneration”.

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neurodeGeneraçÃo

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CONTROLE DA QUALIDADE;

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Quem nunca ouviu um farmacêutico experiente reclamando dos mais novos? Ansiedade, dificuldade com prazos e dispersão são algumas das acusações. As queixas dos jovens sobre os mais velhos também não são segredo: falta de flexibilidade, lentidão, formalidade em excesso.

Hoje convivem nas empresas três gerações de pessoas economicamente ativas e é comum as di-ferenças causarem mais conflitos do que deveriam. De acordo com pesquisa da Amcham-Brasil, 75%

das empresas brasileiras enfrentam problemas no relacionamento entre gerações. Para lidar com essa salada mista, o líder tem papel fundamental. Quando as equipes são heterogêneas, o desafio é acalmar os ânimos e somar habilidades complementares.

Para tirar o melhor dessa equipe o líder precisa, antes, entender a raiz de tudo. Cada uma das gerações viveu momentos históricos distintos e foi influenciada por mentalidades e referências diferentes, criando seus próprios padrões comportamentais. Veja:

Autor:

Autor: Alexandre Carreiro*

entre a exPeriência e a novidade

• Muitos dos proprietários das farmácias ou funcionários mais experientes nasceram entre 1940 e 1960. São os baby boomers, uma geração que viveu o pós-guerra e foi educada com muita disciplina. Eles aprenderam que é preciso “vestir a camisa” da empresa e se dedicar de forma integral e com lealdade. Para eles, trabalho bom é o trabalho de uma vida inteira.

• A geração seguinte, nascida de 1960 a 1980, viu o Brasil passar por muitas mudanças e entendeu que o jogo pode virar a qualquer momento. Eles viveram a inflação descontrolada e o racionamento. Por isso, mesmo com um perfil mais empreendedor, a chamada geração X busca segurança.

• Já a geração Y, em compensação, nasceu no meio de uma revolução tecnológica, entre 1980 e 2000, em um período de desenvolvimento econômico. Para este grupo, o trabalho precisa ser fonte de crescimento e realização pessoal. Do contrário, larga tudo e parte para a concorrência – ou para um projeto próprio.

Com perfis tão diferentes, o segredo do líder é mapear as características da própria equipe e encontrar o

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Gestâo

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Saiba mais on-line:•Cursogratuito:Liderança•Cursogratuito:Gestãodeconflitos

*Alexandre Carreiro é coach com experiência nos temas: Senso de Equipe, Gestão de Conflitos, Liderança, Análise de Problemas e Tomada de Decisões, Inovação e Criatividade

que há de melhor em cada geração. Por exemplo: o baby boomer tem ótima

habilidade para gerir equipes, gosta de falar cara a cara, fazer reuniões. Enquanto isso, o profissional Y resolve quase tudo pelo smartphone e não tem muita paciência para reuniões demoradas, mas tem grande vontade de aprender e é ágil, desenvolto. O profissional da geração X, por sua vez, está na transição: seu trabalho é sempre muito planejado e ele valoriza a hierarquia, como os mais velhos, mas também é aquela pessoa que aprendeu a incorporar a tecnologia no trabalho, se aproximando dos mais novos.

Para criar a química entre esses pro-fissionais, pode ser interessante um baby boomer se aproximar de um Y e se tornar seu mentor. Da mesma forma, o profissional X pode aliar seu perfil mais empreendedor ao alto potencial de inovação do Y, ajudando a direcionar sua energia. Afinal, inovar é pensar diferente, mas agindo com ordem e método.

É interessante notar que todos os profissionais precisam se esforçar para fazer o relacionamento dar certo, mas a iniciativa deve vir principalmente das duas gerações mais velhas. Com a maturidade que já adquiriram, têm condições de se aproximar dos jovens profissionais – tanto para ajudá-los a crescer quanto para se adaptarem às mudanças. Afinal, não é só o profissional de 20 e poucos anos que está diferente. O mercado como um todo se modifica com as novas gerações.

Uma dica prática é focar na comunicação, que ainda é o principal desafio enfrentado por empresas de todas as áreas, incluindo o setor magistral. Costumo recomendar a criação de comitês de relacionamento

dentro da empresa. Assim, os profissionais de todas as idades têm espaço para falar e ouvir, periodicamente (pode ser toda semana, a cada quinze dias, uma vez ao mês), sobre as dificuldades que encontram no dia-a-dia. Podem, juntos, entender como minimizar os atritos.

Outro ponto: os sistemas rígidos de hierarquia são cada vez menos aceitos pelos colaboradores. Portando, fazer com que o profissional sinta que tem acesso às lideranças e reduzir a ostentação de poder dos cargos mais altos (salas separadas para os gestores, copeiras exclusivas, etc.) são formas de melhorar o ambiente de trabalho.

Além disso, o funcionário espera crescer. Portanto, mais que alguém que comanda, o líder é aquele que ouve, participa e dá feedback. Cada geração traz características que parecem romper com um sistema an-terior, mas a verdade é que elas se forma-ram observando, questionando e aprendo com os mais velhos. A empresa só tem a ganhar quando há abertura e disposição para trabalhar em conjunto.

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Gestâo

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38 Fator de equivalência: quando e como aplicar39 Fale com o prescritor: Ginkgo biloba39 Boa prática: manipular com precisão40 Fique em dia: qualificação de fornecedores41 É legal saber: medicamentos via correio42 Sem dúvida: exigência da Anvisa43 Grau e pistilo: preparações orais líquidas44 Artigo: fotoprotetores e diferentes emolientes

EncartEtécnico

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Fatores de correção servem para corrigir teores de ativos em casos de correção de umidade, para conseguir equivalência do sal em relação à sua base ou mesmo quando o teor do ativo fornecido está abaixo do preconizado em literatura.

Aplique o fator de correção quando:

• a substância for comercializada na forma diluída;• a substância possuir fator de equivalência (sal em relação à sua base

ou substância hidratada em relação à forma anidra);• as substâncias estiverem diluídas por razões farmacotécnicas e de

segurança; • desejar calcular o teor elementar em sais minerais ou aminoácidos

quelatos;• os agentes nutracêuticos estiverem disponíveis em forma diluída; • for necessário fazer correção do teor e/ou umidade, se estiverem abaixo

do limite mínimo indicado no laudo do fornecedor.

Para corrigir o fator de equivalência, calcule:

Equivalente grama do sal ou éster / Equivalente grama da base

Para correção do teor indicado no certificado de análise, aplique regra de três em relação àquele indicado na literatura (farmacopeias oficialmente aceitas ou, na ausência de citação, considere a especificação do fornecedor e/ou fabricante).

Quando a substância requerer cálculos tanto de fator de hidratação quanto de equivalência, e correção de teor do ativo em função do certificado de análise do fornecedor, aplique:

Fator Total = fator de equivalência sal/base X fator de correção da umidade X fator de correção do teor

Quantidade a ser pesada = quantidade prescrita X Fator Total X uni-dades posológicas (número de doses solicitadas)

Em todos os casos, a literatura deve sempre ser consultada.

Correção de insumos Quando e como aplicar fatores de correção de insumos ativos?

Fator de eQuivalênCia

- Fator de EquivalênciaExplicação sobre como aplicar determi-nado fator de equivalência

- Boa práticaDica de procedimento de boas práticas na farmácia magistral

- Fique em diaInformação sobre prazos que a farmácia deve cumprir

- Fale com o prescritorChamar atenção sobre oportunidades que podem ser levadas aos prescritores

- É legal saber – 1 páginaDica relacionada ao cumprimento da legislação que rege as farmácias

- Sem dúvida – 1 páginaPublicação de resposta para a dúvida técnica ou legal mais frequente ou pertinente que o SAA recebeu no trimes-tre

- Grau e pistilo – 1 páginaMatéria com informações técnicas sobre como realizar determinados procedi-mentos na farmácia. Texto curto, dividido em itens, box, cálculos

- Artigo – 4 páginasArtigo técnico assinado por especialista convidado

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Notas técNicas

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Ginkgo biloba Associações de salicilatos e Ginkgo biloba

Você já percebeu a frequência de pacientes idosos que fazem uso contínuo de AAS Infantil e Ginkgo biloba?

O Ginkgo biloba pode aumentar o efeito antiplaquetário de salicilatos.

CONDUTA: Em decorrência da gravidade da reação relatada, considere evitar o uso combinado desses agentes. Observar sinais e sintomas de sangramento (especialmente de sangramento intracraniano) quando salicilatos e Ginkgo biloba forem utilizados concomitantemente.SALICILATOS: ácido acetilsalicílico, ácido aminossalicílico, salicilato de colina, salicilato de sódio, salsalato, trissilicato de magnésio colina.

O Ginkgo biloba pode inibir a agregação plaquetária e, conse-quentemente, os efeitos com o ácido acetilsalicílico podem ser de natureza aditiva.

Manipular com precisãoSegurança no manuseio diário de bases galênicas cremosas

Na manipulação com semissólidos, utilizam-se bases galênicas tradicionais (cremes aniônicos, não iônicos, géis aquosos, sabonetes cremosos) que são mantidas em recipientes com capacidades razoáveis. O manuseio diário desses recipientes pode se tornar fonte de contaminação microbiológica, apesar dos conservantes presentes na base. Uma maneira de eliminar esse risco é fracionar, em condições seguras, as bases galênicas em pequenas porções, com organização adequada e rastreável. Atente-se ao procedimento de fracionamento, o treinamento dos técnicos e a rotulagem dos recipientes.

Boa prátiCa

- Fator de EquivalênciaExplicação sobre como aplicar determi-nado fator de equivalência

- Boa práticaDica de procedimento de boas práticas na farmácia magistral

- Fique em diaInformação sobre prazos que a farmácia deve cumprir

- Fale com o prescritorChamar atenção sobre oportunidades que podem ser levadas aos prescritores

- É legal saber – 1 páginaDica relacionada ao cumprimento da legislação que rege as farmácias

- Sem dúvida – 1 páginaPublicação de resposta para a dúvida técnica ou legal mais frequente ou pertinente que o SAA recebeu no trimes-tre

- Grau e pistilo – 1 páginaMatéria com informações técnicas sobre como realizar determinados procedi-mentos na farmácia. Texto curto, dividido em itens, box, cálculos

- Artigo – 4 páginasArtigo técnico assinado por especialista convidado

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Fale Com o preSCritor

- Fator de EquivalênciaExplicação sobre como aplicar determi-nado fator de equivalência

- Boa práticaDica de procedimento de boas práticas na farmácia magistral

- Fique em diaInformação sobre prazos que a farmácia deve cumprir

- Fale com o prescritorChamar atenção sobre oportunidades que podem ser levadas aos prescritores

- É legal saber – 1 páginaDica relacionada ao cumprimento da legislação que rege as farmácias

- Sem dúvida – 1 páginaPublicação de resposta para a dúvida técnica ou legal mais frequente ou pertinente que o SAA recebeu no trimes-tre

- Grau e pistilo – 1 páginaMatéria com informações técnicas sobre como realizar determinados procedi-mentos na farmácia. Texto curto, dividido em itens, box, cálculos

- Artigo – 4 páginasArtigo técnico assinado por especialista convidado

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Notas técNicas

Com que periodicidade a farmácia deve efetuar o Processo de Qualificação de Fornecedores de Insumos e de Materiais de Embalagem?

O Processo de Qualificação de Fornecedores é, na realidade, um processo contínuo de aprimoramento da relação entre a farmácia e seus fornecedores. Destina-se a preservar a qualidade do abastecimento dos insumos que o estabelecimento recebe para uso em suas preparações, evitando-se desgastes e desconfortos pelo fornecimento de materiais não conformes e/ou fora do padrão de qualidade exigido pela farmácia.

A farmácia deve estabelecer Procedimento Operacional Padrão (POP) descrevendo as etapas para o Processo de Qualificação dos Fornecedores de Insumos, no qual deverá inserir informações sobre:

1. Periodicidade de avaliação dos fornecedores: considerar período anual para avaliação da documentação legal do(s) fornecedor(es), podendo arquivá-los ele-tronicamente; a maioria dos fornecedores disponibiliza a documentação legal no site.2. Periodicidade para a realização da Auditoria: pode ser definida por decisão do Respon-sável Técnico. A auditoria pode ser efetuada pela farmácia, por grupo de farmácias ou por associação que a represente, conforme descrito na Resolução RDC 67/2007.3. Determinar critérios para efetuar a avaliação geral do fornecedor, que podem ser:•pormeiodohistóricodefornecimento(resultadosdecontroledequalidade);•avaliaçãodoslaudosdeanáliserecebidos,comatendimentoàsespecificações;•apresentaçãodaFichadeSegurançadeProdutosQuímicos–FISPQ.4. A Qualificação de Fornecedor de Embalagem não necessita de “auditoria presencial”, pois não está declarada na Resolução RDC 67/2007 da forma como está para insumos; porém, a farmácia deverá ter sua qualificação definida e documentada.

É importante e necessário manter em arquivo cópia dos documentos comprobatórios de legalização do fornecedor e sempre à disposição da autoridade fiscalizadora, quando solicitado, bem como manter planilha com os dados de avaliação de cada entrada.

- Fator de EquivalênciaExplicação sobre como aplicar determi-nado fator de equivalência

- Boa práticaDica de procedimento de boas práticas na farmácia magistral

- Fique em diaInformação sobre prazos que a farmácia deve cumprir

- Fale com o prescritorChamar atenção sobre oportunidades que podem ser levadas aos prescritores

- É legal saber – 1 páginaDica relacionada ao cumprimento da legislação que rege as farmácias

- Sem dúvida – 1 páginaPublicação de resposta para a dúvida técnica ou legal mais frequente ou pertinente que o SAA recebeu no trimes-tre

- Grau e pistilo – 1 páginaMatéria com informações técnicas sobre como realizar determinados procedi-mentos na farmácia. Texto curto, dividido em itens, box, cálculos

- Artigo – 4 páginasArtigo técnico assinado por especialista convidado

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Qualificação de Fornecedores

FiQue em dia

Associado Anfarmag conta com certificados gratuitos de auditoria de fornecedores

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É leGal saBer

Obs.: Somente a Agência do Correio (AC) disponibiliza esse serviço (todas as cidades tem AC); As Agências de Correio Franqueadas (ACF) não disponibilizam esse serviço.

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O uso do Correio para a entrega de medicamentos é uma prática crescente, seja pela necessidade dos usuários de recebê-los com segurança e comodi-dade em casa, seja pela praticidade, ou, ainda, pela dificuldade de muitos usuários de se dirigirem fisicamente à farmácia.

A prática pode auxiliar o esta-belecimento a gerir suas vendas de forma organizada, padronizada e ética, fortalecendo o relacionamento com clientes, a visibilidade no mercado e a gestão comercial.

Para executar esse procedimento, é preciso que a farmácia estabeleça em Procedimento Operacional Padrão o processo e os cuidados a serem se-guidos, levando em consideração as premisas legais vigentes como forma de conservação da integridade dos medicamentos, preservação de sua qualidade, eficácia e segurança, e atendimento em tempo adequado para uso pelo consumidor.

A farmácia que optar por usar esse canal deve observar as resoluções da Anvisa, RDC 67/2007 e RDC

44/2009, que definem exigências de procedimentos específicos para a entrega via Correio.

É importante notar que os medicamentos e insumos controlados pela Portaria SNVS/MS Nº 344/98 (psicotrópicos, entorpecentes e outros de controle especial) e pela Resolução RDC Nº 20/2009 (antimicrobianos) não podem ser entregues pelo serviço, pois é necessária a apresentação da receita original no momento da solicitação de aviamento da receita, e esta deve ficar retida na farmácia.

Há também que se observar a existência de diferentes modalidades de envio via Correios (posta restante, sedex, e-sedex, sedex 10, PAC) e os cuidados que devem ser tomados nesses tipos de envio.

A Anfarmag preparou um artigo com orientações detalhadas sobre como a farmácia pode adotar esse serviço, incluindo a argumenta-ção legal pertinente. Para conferir, acesse o conteúdo extra da Revista Anfarmag 103 em anfarmag.org.br/revistas-anfarmag

Envio de medicamentos pelo correio

NOTA IMPOrTANTE:

Os medicamentos e insumos controlados (psicotrópicos, entorpecentes e outros de controle especial) pela Portaria SNVS/MS Nº 344/98* e pela Resolução RDC Nº 20/2009 (antimicrobianos) não podem ser entregues pelo serviço, pois é necessária a apresentação da receita original no momento da solicitação de aviamento da receita, e esta deve ficar retida na farmácia.

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Notas técNicas

da anvisa

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O prazo é de 30 dias, a contar da data de recebimento do documento via Ar

Exigência

A Exigência da Anvisa somente tem efeito legal quando a farmácia receber o documento via Correio com Aviso de Recebimento (AR). Os órgãos da Anvisa (GEGAR e COINS) utilizam o fax ou e-mail somente para dar ciência às farmácias de que devem ficar atentas e iniciar o processo de verificação dos dados ali contidos e até mesmo já atender à exigência. O prazo normalmente é de 30 (trinta) dias a contar da data do recebimento do documento via AR. Recomenda-se anotar a referida data.

A GEGAR emite exigência para cobrar as Autorizações de Funciona-mento e Especial de anos anteriores que não foram peticionados ou que não deram entrada junto ao protocolo (UNIAP) da Anvisa.

O que fazer quando a farmácia recebe uma Exigência da Anvisa? Qual é o prazo para responder?

seM dÚVida

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A COINS emite exigência quando necessita de algum documento faltoso ou devido ao fato de o peticiona-mento ter sido encaminhado de forma incompleta, quando se trata da Autorização Especial.

Recomendação – ler todo o texto da Exigência, pois no texto constam os esclarecimentos a respeito dos passos a serem seguidos para que seja cumprida adequadamente a Exigência.

Siglas empregadas:GEGAR – Gerência da Gestão

da Arrecadação COINS – Coordenação de Ins-

peção de Insumos Farmacêuticos

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Para solubilização de fármacos, considere que:• o uso do agitador magnético pode economizar tempo na solubilização. A agitação

aumenta a velocidade de dissolução;• quanto menor a partícula, mais rápida a dissolução;• quanto mais solúvel a substância, mais rápida será a sua dissolução;• quando se trabalha com um líquido viscoso, a taxa de dissolução do fármaco diminui;• a solubilidade de substâncias ácidas pouco solúveis é aumentada se o pH do meio é

aumentado (conversão para o sal). Exemplo: solubilização de bromoprida em meio ácido;• na preparação de um elixir ou uma solução hidroalcoólica é aconselhável dissolver os

constituintes hidrossolúveis na água, enquanto os pouco solúveis ou não solúveis em água devem ser previamente dissolvidos no álcool, antes de misturá-los ao restante do veículo.

Dicas que devem ser observadas no preparo de uma formulação líquida:• Prepare sempre sua formulação líquida baseando-se em estudos em literaturas oficiais

ou outras publicações sobre a estabilidade das substâncias obtidas.• Monitore a sua preparação e observe se esta apresenta algum sinal de instabilidade

física, como mudanças na coloração ou dificuldade de ressuspensão (em suspensões). Antes de completar o volume em uma proveta ou cálice, retire o bastão de vidro.

• Ao misturar dois líquidos, mantenha a agitação constante.• Agite suavemente. Com uma agitação vigorosa pode haver incorporação de ar e

formação de espuma.• Se for necessário filtrar alguma fase da preparação, certifique-se do que ficará retido

no filtro.• Antes de iniciar o trabalho, permita que os agentes gelificantes se hidratem lentamente;

aquecimento cuidadoso ajuda nesse processo.• Para garantir o pH de estabilidade, utilize soluções tampão no lugar da água do veículo.

SOLUÇÕES TAMPÃO

Tampão CitratopH Ácido cítrico monoidratado g/L Citrato de sódio diidratado g/L 2,5 64,4 7,843 57,4 17,64

3,5 47,6 31,364 40,6 41,16

4,5 30,8 54,88

5 19,6 70,56

5,5 9.8 84,28

6 4,2 92,12

6,5 1,4 96,04

O tampão citrato pode ser diluído até 10 vezes e ainda assim mantém uma adequada capacidade tampão.

Preparações orais Líquidas

Grau e Pistilo

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artiGo

A utilização de protetores solares é a prin-cipal abordagem cosmética contra os efeitos nocivos da radiação UV. Diversos estudos evidenciam que o uso adequado e regular de fotoprotetores reduz o número de casos de queratose actínica e de carcinoma de células escamosas, e atenua o desenvolvimento de novos nevos em crianças. Adicionalmente, o uso de fotoprotetores evita o envelhecimento precoce da pele (BALOGH et al., 2010).

Com isso, torna-se de grande importância a avaliação da eficácia dos fotoprotetores, po-dendo esta ser determinada por metodologias in vivo e in vitro.

As análises dos Fatores de Proteção frente à radiação UVB e UVA in vivo são empregadas e aceitas por diversos países, porém, são complexas e possuem custo elevado, principalmente por envolver tec-nologia onerosa, contratação de técnicos especializados e emprego de voluntários humanos. Perante o exposto, existem diversas vantagens em se utilizar as metodologias in vitro na triagem durante o desenvolvimento de formulações cosméticas e estas podem ter correlação adequada com os resultados dos métodos in vivo (VELASCO et al., 2011).

A espalhabilidade é uma das caracte-rísticas essenciais das formas destinadas à aplicação tópica, pois está intimamente relacionada com a aplicação destas no local de ação (KNORST, 1991). Os protetores solares devem propiciar fácil espalhamento sobre a pele para garantir a formação de um filme homogêneo e com adequada espessura (FERREIRA, 2008). O uso de emolientes em formulações fotoprotetoras

é, portanto, de fundamental importância, pois estão diretamente relacionados ao grau de espalhabilidade do produto na pele.

As características reológicas são, tam-bém, propriedades importantes a serem consideradas na avaliação da eficácia de fotoprotetores. Nos estudos de reologia, existem os sistemas Newtonianos e os não-Newtonianos. As formulações que possuem partículas assimétricas, como a maioria dos produtos cosméticos e farmacêuticos, apresentam fluxo não-Newtoniano, que normalmente é representado por 3 tipos de curvas: plástica, pseudoplástica e dila-tante (ANSEL, H. C; POPOVICH, N. G; ALLEN JUNIOR, L. V., 2000).

Para as formulações dermocosméticas, o fluxo pseudoplástico é o mais comum. Esses materiais têm sua viscosidade diminuída gradualmente, à medida que aumenta a velo-cidade de rotação do spindle, e, portanto seu comportamento não pode ser expresso por um único valor. O comportamento reológico pode ser obtido a partir de valores crescentes da velocidade de rotação (CORREA et al., 2005).

As características reológicas estão estrei-tamente relacionadas com o enchimento e a retirada da formulação do material de acondicionamento, com sua espalhabilidade e aderência sobre a pele, com a sua aceitação pelo consumidor e com a estabilidade física do produto (BORGHETTI, G. S; KNORST, M. T., 2006).

O objetivo deste trabalho foi avaliar como o uso de diferentes emolientes pode interferir na qualidade físico-química de fotoprotetores.

FoToPRoTEToRES MaNiPuLadoS COM

DiFEREntEs EMOLiEntEs Autores:

Duílio Igor de Castro Beserra Farmacêutico especialista em Manipulação Magistral Alopática pelo Instituto RacineFrancisco Adriano Pereira Saraiva Farmacêutico especialista em Manipulação Magistral Alopática pelo Instituto Racine

Lilianne Gomes da Silva Farmacêutica Especialista em Manipulação Magistral Alopática pelo Instituto RacineSaid Gonçalves da Cruz Fonseca Professor Mestre da Universidade Federal do Ceará

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MATERIAIS E MÉTODOS

1 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS1.1 Preparação das Formulações Fotoprotetoras

Inicialmente, foi adicionada a quan-tidade de Avobenzona, Tinosorb S, Oc-tiltriazona e Octocrileno ao emoliente (Isononil Isononanoato ou Triglicérides dos Ácidos Cáprico e Caprílico). Essa mistura foi submetida a agitação sob aquecimento até que houvesse solubilização total de todos os filtros químicos. O Emulium

22 e o BHT foram aquecidos à mesma temperatura e, então, adicionados.

Em outro béquer, o EDTA dissódico foi adicionado à água sob aquecimento e, então, solubilizado. Acrescentou-se o propilenogli-col e, aos poucos, o Aristoflex AVC, até a obtenção de um gel cristalino.

Quando as duas fases atingiram a mesma temperatura (70 – 75oC), adicionou-se a fase aquosa sobre a fase oleosa e manteve--se a agitação sob aquecimento por 8 a 10 minutos. Após isso, a mistura foi retirada do aquecimento. A velocidade de agitação foi diminuída, mas manteve-se a agitação até a mistura alcançar a temperatura ambiente. Adicionou-se, então, o conservante Phenova.

1.2 DETERMINAÇÃO DO pHA determinação do pH das formulações foi

realizada em potenciômetro (Digimed modelo DM-20), previamente calibrado com soluções tampões pH 4 e pH 7.

1.3 DETERMINAÇÃO DA ESPALHABILIDADEA determinação da espalhabilidade foi rea-

lizada de acordo com metodologia descrita por Knorst (1991). Foi colocado aproximadamente 0,1 g de amostra no centro de uma placa molde e sobre a amostra foi colocada cuidadosamente uma placa de vidro de peso conhecido. Após 1 minuto, foi realizada a leitura dos diâmetros abrangidos pela amostra, em duas posições perpendiculares entre si, com auxílio de um paquímetro digital, e então calculada a área de espalhamento da amostra. Este procedimento foi repetido acrescentando-se sucessivamente outras placas, em intervalos de 1 minuto. Os resultados foram expressos como área em função do peso da placa aplicado sobre a amostra.

1.4 DETERMINAÇÃO DO COMPORTAMENTO REOLÓGICO

As propriedades reológicas das formulações foram avaliadas à temperatura ambiente, com auxílio de um viscosímetro rotacional Haake modelo Visco Tester 6L e fuso L4, sob veloci-dade de 0,3 a 100 rpm.

TABELA I - Composição qualitativa e quantitativa das formulações avaliadas

COmPONeNTeS* fOrmulaçãO 1 fOrmulaçãO 2

1. Emulium 22 (Emulsionante) 3% 3%1. Butilhidroxitolueno (Antioxidante) 0,1% 0,1%

1. Isononil Isononanoato (Emoliente) 5% -

1. Triglicérides dos Ácidos Cáprico e Caprílico (Emoliente) - 5%1. Avobenzona (Filtro Químico) 5% 5%1. Octocrileno (Filtro Químico) 7% 7%1. Octiltriazona (Filtro Químico) 3% 3%

1. Tinosorb S (Filtro Químico) 2% 2%

2. Propilenoglicol (Umectante) 5% 5%

2. EDTA dissódico (Agente Quelante) 0,1% 0,1%

2. Aristoflex AVC (Geleificante) 0,5% 0,5%

2. Água (Veículo) qsp 100g qsp 100g

3. Phenova (Conservante) 1% 1%

* O número à esquerda se refere à fase da emulsão: (1) oleosa; (2) aquosa; (3) fase adicional.

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46 r E V i s T a a n f a r m a g

Notas técNicas

1.5 AVALIAÇÃO DA ABSORÇÃO UV DAS FORMULAÇÕES

As formulações foram diluídas com etanol até a concentração final de 0,1 mg/mL e dessecadas com Sulfato de Sódio Anidro P.A. As absorbâncias das soluções foram lidas na faixa de 250 a 350 nm, elaborando-se o espectro de absorção UV.

RESULTADOS E DISCUSSÃODe um modo geral, a aceitação de produ-

tos cosméticos pelo consumidor é dada pela aparência, sensação pelo contato inicial com a pele, espalhabilidade e oleosidade residual após a aplicação (MILAN et al., 2007). A funcio-nalidade do produto aliada às necessidades do consumidor fará com que este seja diferenciado.

Neste trabalho, avaliamos parâmetros físico-químicos importantes na determinação da qualidade de formulações fotoprotetoras.

Os valores de pH apresentaram-se ácidos e, portanto, fora dos parâmetros estabelecidos para fotoprotetores, já que para estes produ-tos, o pH deve estar na faixa de 6,0 a 7,0. Verificou-se que esses valores não sofreram grandes alterações durante o período de armazenamento para as duas formulações avaliadas (Tabela II).

As duas formulações avaliadas neste trabalho apresentaram comportamentos semelhantes no que diz respeito à espalha-bilidade, embora a Formulação 1 (Isononil Isononanoato) tenha apresentado valores de espalhabilidade superiores em relação àqueles obtidos para a Formulação 2 (Tri-glicérides dos Ácidos Cáprico e Caprílico) durante todo o período de armazenamento (Figuras 01 e 02). Os resultados encontra-dos demonstram que é necessário o uso de

TABELA II – Valores de pH das formulações nos tempos 0, 7 e 15 dias após a preparação

Formulação 1 (Isononil Isononanoato)

Formulação 2 (Triglicérides dos Ác. Cáprico e Caprílico)

Tempo (dias) pH0 dia 4,02 3,867 dias 3,94 3,88

15 dias 3,96 3,91

maior intensidade de força para distribuir a Formulação 2 sobre a pele do que seria necessário para a Formulação 1. No entanto, para fins de proteção solar mais efetiva, a espessura maior é mais facilmente alcançada com a Formulação 2.

Os valores de espalhabilidade estão dire-tamente relacionados às estruturas químicas dos emolientes utilizados. Segundo Rodrigues e Salka (2001), emolientes de mais alto peso molecular exibem valores de espalhabilidade mais baixos, o que poderia explicar a maior espalhabilidade verificada na Formulação 1, já que o Isononil Isononanoato apresenta menor peso molecular que o Triglicérides dos Ácidos Cáprico e Caprílico.

Cada categoria de produto deve apresen-tar um comportamento reológico adequado à respectiva aplicação. Os dados obtidos demonstram que as duas formulações fo-toprotetoras apresentaram comportamento pseudoplástico que é apropriado para este tipo de formulação, pois à medida que a velocidade de rotação do fuso aumenta, a resistência para a emulsão fluir diminui, refletindo, assim, a facilidade de preparação, transferência, envase, remoção do frasco e aplicação sobre a pele.

FiGuRa 1 espalhabilidade da formulação 1 (isononil isononanoato como emoliente) em função do peso aplicado durante o período de armazenamento

FiGuRa 2 espalhabilidade da formulação 2 (trigli-cérides dos Ácidos cáprico e caprílico como emoliente) em função do peso aplicado durante o período de armazenamento

FiGuRa 3 espectro de absorção uv das formulações 1 e 2

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TABELA III – Valores de viscosidade das formulações desenvolvidas nos tempos 0, 7 e 15 dias após a preparação medida em 10 rpm

Formulação 1 (Isononil Isononanoato) Formulação 2 (Triglicérides dos Ác. Cáprico e Caprílico)Tempo (dias) Viscosidade (cP) a 10 rpm0 dia 15900 258507 dias 19520 3208015 dias 16410 34460

Observou-se que as duas formu-lações apresentaram comportamentos reológicos muito semelhantes e que esse comportamento praticamente não apresentou alterações ao longo do tempo de armazenamento. Verificou-se, ainda, que a Formulação 2 apresentou maiores valores de viscosidade durante o estudo, o que pode ser explicado pelo maior peso molecular do Triglicéri-des dos Ácidos Cáprico e Caprílico. Os resultados da avaliação reológica reforçam, portanto, os dados obtidos na determinação da espalhabilidade.

A análise do espectro de absorção obtido durante o estudo demonstra que a formulação contendo o Triglicé-rides dos Ácidos Cáprico e Caprílico como emoliente apresentou maior valor de absorbância. O triglicéride apresentou-se, portanto, mais efetivo

para intensificar a absorção da radiação UV, o que pode ser explicado pela alta polaridade de sua molécula e presença de grupamentos insaturados.

Segundo Rodrigues e Salka (2001), os óleos polares solubilizam os absor-vedores de radiação UV de forma a permitir uma dispersão uniforme na solução de óleo, maximizando assim o potencial de absorção. É impor-tante destacar que os dois emolien-tes utilizados são polares, porém a maior quantidade de grupos ésteres na molécula do triglicéride se traduz em maior polaridade. Os espectros de absorção obtidos para as formulações 1 e 2 estão apresentados na figura 3.

CONCLUSÃOOs resultados dos ensaios realiza-

dos neste estudo demonstram que as

formulações avaliadas mostraram-se satisfatórias como fotoprotetores. Como vimos, os emolientes interfe-riram diretamente nas propriedades físico-químicas dessas formulações, indicando, dessa forma, que a esco-lha do emoliente a ser utilizado no desenvolvimento desse tipo de pro-duto deve levar em consideração sua estrutura química, seu peso molecular, sua polaridade e seu efeito sobre os filtros solares.

O estudo mostra, ainda, que a eficácia de fotoprotetores deve ser verificada não apenas pela determi-nação do fator de proteção solar, pois parâmetros como espalhabilidade, comportamento reológico e visco-sidade são fundamentais na eficácia das formulações obtidas.

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48 r E V i s T a a n f a r m a g

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50 r E V i s T a a n f a r m a g

endereços das reGionais e sucursais da anfarMaG

SUCUrSAIS

rEGIONAIS

regioNAl BAhiA/sergiPePresidente: edza martins Brasilav tancredo neves, 1632 - ed. salvador trade center loja 25 - caminho das árvores salvador - Ba – ceP: 41820-020 telefone: (71) 3113-4011e-mail: [email protected]

regioNAl distrito FederAlPresidente: cleide regina da silvasiG - quadra 4 - lote 25 - sala 110 - 1º andar - empresarial Barão de mauáBrasilia – Df – ceP 70.610-440telefone /fax: (61) 3326-1251e-mail: [email protected]

reGional esPírito santoPresidente: hugo Guedes da silvaav. nossa senhora da Penha, 1495 - sala 608 torre Bt edifício corporate centerVitória – es – ceP: 29056-245telefone: (27) 3235-7401e-mail: [email protected]

regioNAl goiás/tocANtiNsPresidente: alessandro marcius silvarua 7-a, 189 - sala 201 - edifício marilena - setor AeroportoGoiânia – Go – ceP: 74075-230telefone: (62) 3225-5582e-mail: [email protected]

regioNAl mAto grossoPresidente: célio fernandesavenida antônio maria coelho, 130, sala 21 – edifício ana Paula - centrocuiabá - mt - ceP: 78005-420telefone: (65) 3027-6321e-mail: [email protected]

regioNAl mAto grosso do sulPresidente: maria Beatriz B. féresrua antônio maria coelho, 1715 - centrocampo Grande - ms – ceP: 79002-221telefone: (67) 3026-4655e-mail: [email protected]

regioNAl miNAs gerAisPresidente: andréa Vilela o. santosavenida do contorno, 2646 - sala 1104 – florestaBelo horizonte – mG – ceP: 30110-080 telefone: (31) 2555-6875 / 2555-2955e-mail: [email protected]

regioNAl PArANáPresidente: cleunice fidalskirua silveira Peixoto, 1040 - sala 901curitiba - Pr - ceP: 80240-120telefone: (41) 3343-0893/fax (41) 3343-7659e-mail: [email protected]

regioNAl PerNAmBucoPresidente: José andrade Praça do entroncamento, 132 – Graças recife – Pe – ceP:52011-300telefone: (81) 3301-7680e-mail: [email protected]

regioNAl rio de jANeiroPresidente: aline coppola napprua conde do Bonfim, 211 - sala 401 - tijucario de Janeiro - rJ - ceP: 20520-050telefone: (21) 2569-3897/fax.:(21) 3592-1765 e-mail: [email protected]

sucursAl Acre/roNdôNiA Diretora: Vibia marianotelefone: (69) 8462-0077 / 8111-3999e-mail: [email protected]

sucursAl AlAgoAs Diretora: tânia Bernadette P. Gomes telefone: (82) 3305-2806e-mail: [email protected]

sucursAl ceArá Diretor: robson de araújo Pinheiro telefone: (85) 8766-1809e-mail: [email protected]

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sucursAl moNtes clAros Diretora: maria clara ferrante rebellotelefone: (31) 2555-6875 / 2555-2955 e-mail: [email protected]

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sucursal Vale Do ParaíBa Diretora: ana helena cunhatelefone: (12) 3204-5070e-mail: [email protected]

sucursal VarGinhaDiretora: elisabeth Bomtempotelefone: (31) 2555-6875 / 2555-2955 e-mail: [email protected]

regioNAl rio grANde do sulPresidente: eduardo aranovich de abreuavenida mauá, 2011 - sala 607 - centro Porto alegre - rs - ceP: 90030-080telefone: (51) 3225-9709e-mail: [email protected]

regioNAl sANtA cAtAriNA Presidente: rodrigo michels rocharua lédio João martins, 435 - sala 409 – Kobrasolsão José - sc - ceP: 88102-000telefone: (48) 3247-3631e-mail: [email protected]

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