RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE

BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID GEOGRAFIA - NO

COLÉGIO ESTADUAL CORONEL PEDRO NUNES, NO PERÍODO 2014

A 2015

Jackel ine Si lva Alves i

Mari lene Rodrigues dos Santos P imentel ii

Ana Paula Cândido Alencar iii

Ana Caro lina Costa Mendes iv

Arthur da Si lva Santos v

Débora Rodr igues das Neves vi

Els i lania da Si lva vii

Fi l ipe Lisboa Kazak Rubim viii

Gabriela Siqueira Duar te ix

Patr íc ia Mar tins Rezende x

Tainara Maria Bezerra Gerônimo xi

Vanesa Ribe iro Olímpio xii

Walkyria Michelle Santana xiii

INTRODUÇÃO

O Programa Institucional de Bolsas e Iniciação à Docência – PIBID,

constitui-se em uma ação da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do

Nível Superior – CAPES, que vem sendo fomentado desde 2007,

possibilitando criar oportunidades para que o licenciando possa experimentar

a prática pedagógica desde os primeiros anos de sua licenciatura, melhor

preparando-os para o exercício da docência. O Subprojeto de Geografia vem

sendo desenvolvido junto ao Colégio Estadual Coronel Pedro Nunes,

localizado na área central da Cidade de Morrinhos/GO. Este Colégio atende

alunos de classe socioeconômica e culturais bastante diferenciadas, oriundos

tanto da área urbana como da área rural do munícipio.

Diante do exposto, este texto relata as experiências vividas por alunos

bolsistas, professora coordenadora do Subprojeto e também pela professora

supervisora do mesmo na escola campo, a saber, os trabalhos vêm sendo

desenvolvido junto aos alunos do 6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental

do referido Colégio. Observando as dificuldades apresentadas pelos

educandos envolvidos em relação aos conteúdos de Geografia, buscamos

desenvolver práticas pedagógicas e ou atividades que possam estimular os

mesmos a se interessarem mais pelos conteúdos propostos pelo Currículo de

Referência da Rede Estadual de Educação do Estado de Goiás.

Conforme aponta Callai (2013, p. 26) a Geografia é um componente

curricular escolar que “[.. .] nos permite reconhecer o que é importan te de ser

ensinado e apreendido”. Assim, entendemos ser importante lançar mão das

novas tecnologias , bem como de práticas pedagógicas diferenciadas que

possam despertar maior atenção e interesse do educando em relação aos

conteúdos abordados pela disciplin a, estimulando a curiosidade, criatividade,

reflexão e questionamentos sobre os mesmos.

Para Callai, a importância em ensinar/aprender Geografia na Educação

Básica está ancorada em dois motivos, quais sejam:

[ . . . ]conhecer (e compreender) o mundo de forma sis tematizada; o

out ro diz respe ito à construção das bases para aprendizagens

futuras da Geografia na Educação Básica. I sso signi fica aprender a

fazer a observação e anál ise do espaço e a interpre tação dos

fenô menos que es tão espacia l izados. ( CALLAI, 2013, p .27)

Com o auxílio da professora regente, os alunos bolsistas PIBID puderam

acompanhar de perto as dúvidas e dificuldades apresentadas pelos educandos,

no que tange aos conteúdos propostos pelo documento norteador do ensino de

geografia.

OBJETIVO

Ressaltar a importância do PIBID para estimular a formação d e futuros

professores de Geografia que atuarão na Educação Básica, pois através do

Programa é possível vivenciar para além dos Estágios Curriculares, o

cotidiano da escola, os desafios postos à carreira docente e ainda associar os

conhecimentos teóricos recebidos na Universidade ao Laboratório Escola -

campo.

METODOLOGIA

Inicialmente, foram realizadas reuniões com as professoras

coordenadoras do Subprojeto de Geograf ia, a fim de conhecermos os objetivos

do PIBID, e também para levantamento, leitura e discuss ões dos referenciais

teóricos que embasam a formação inicial do prof essor e que tratam sobre os

desafios enfrentados pelo docente n a contemporaneidade.

Posteriormente, passamos a nos reunir com as professoras supervisoras

do Subprojeto na escola-campo para que fôssemos apresentados à escola, e

para que pudéssemos planejar e discutir propostas diferenciadas para o

ensino/aprendizagem de Geografia no ensino fundamental, trabalhando com

alunos do 6°, 7°, 8° e 9° anos.

Na escola-campo primeiramente, acompanhamos as turmas através d a

observação das aulas ministradas pela professora regente. Posteriormente,

para sanar as dificuldades apresentadas por alunos com d éficit de

aprendizagem, realizamos aulas de reforço para estes alunos no contra turno.

Para auxiliar o trabalho do professor regente ao ministrar conteúdos

relativos às Regiões brasileiras, elaboramos mapas que representam os

aspectos físicos, sociais, econômicos e políticos que se destacam em cada

uma destas, usando para tanto cartas topográficas e mapas, desenvolvendo

atividade relacionada à alfabetização Cartográfica junto aos alunos.

Para tratar sobre a importância das matas ciliares para a proteção dos

recursos hídricos com alunos do 8 o e 9o ano do ensino fundamental, foi

desenvolvida a proposta intitulada Mata Ciliar x Água elaborada pela

professora supervisora do Subprojeto na escola -campo, com vistas a

sensibilizar os estudantes a respeito da necessi dade de conservação dos

recursos naturais no município, mostrando a importância da manutenção da

vegetação ciliar para a manutenção dos recursos hídricos em quantidade e

qualidade. Tal prática permitiu aos alunos observar e identificar eva -los a

identificar a vegetação ripária e água como parte integrante da natureza,

destacando a interdependência desses recursos. Durante esta atividade foram

destacadas as ações humanas que desencadeiam desequilíbrios ao sistema

Apontou-se nesta atividade também a interfer ência das ações humanas que

possibilitam o processo de degradação da natureza, e comprometem o

equilíbrio do ambiente.

Após ter trabalhado sobre a importância dos recursos hídricos e sobre a

importância da manutenção da vegetação ciliar para a proteção do s mesmos,

fizemos uma sondagem junto aos educandos envolvidos se estes teriam ou não

conhecimento de como era feito o processo de captação e tratamento da água

que é distribuída para a população em Morrinhos/GO. De posse dos

resultados, decidiu-se por real izar uma palestra na escola-campo com o

auxílio de uma Engenheira Ambiental A. C. COTIAN, tendo em vista

esclarecer sobre a importância que devemos ter com a util ização dos recursos

hídricos. Como forma de associar estes conhecimentos às temáticas

vinculadas as orientações do Currículo Referência da Rede Estadual de

Educação do Estado de Goiás, os alunos bolsistas organizaram um

questionário e elaboraram charadas que foram utilizadas na “Caça ao

Tesouro”, ou seja, uma forma lúdica de apreender o conteúdo en quanto

brincavam. A brincadeira foi realizada nas trilhas interpretativas do Parque

Ecológico Jatobá Centenário em Morrinhos, e para esta atividade extra -sala

de aula foi solicitada a autorização dos pais para que os alunos pudessem

participar. Tal atividade buscou permitir que os educandos vivenciassem a

realidade próxima de temas que são indicados pelo Currículo, de forma

agradável e criativa.

Para que os educandos pudessem encontrar as respostas das charadas

elaboradas, foi elaborado um croqui da área q ue seria percorrida pelas trilhas,

e este croqui foi dividido em duas partes. Os dois grupos de posse das pistas

começaram então a Caça ao Tesouro pelas trilhas do Parque Ecológico. Ao

final da experiência, aconteceu premiação e pique nique para os alunos

participantes. Na ocasião, foram também distribuídos panfletos

confeccionados pelos alunos bolsistas do PIBID Geografia, sobre a

importância em desenvolvermos atitudes de cuidado com o meio ambiente. A

atividade denominada Caça ao Tesouro, contou também co m a participação

dos professores de Biologia, Português e Geografia, propiciando assim, uma

visão interdisciplinar do assunto tratado. Durante a visita técnica à

SANEAGO o técnico responsável pelo setor, explicou como é feito todo o

processo de captação, tratamento e distribuição da água para a população do

município em questão.

Como mecanismos de registros desta atividade foram feitos registros

fotográficos e filmagem de cada uma das etapas. Com esta atividade buscamos

desenvolver valores e atitudes ambientalmente corretas junto aos alunos

envolvidos, contribuindo de tal modo para a sensibilização sobre questões que

são do cotidiano de cada um dos envolvidos.

Para trabalhar o conteúdo “Regionalização do Espaço Mundial” com

alunos 9º ano, foi realizado a prática do Dominó Geográfico Educativo

(Jogo). A inspiração para a realização desta prática foi retira de um site

escolar e adaptada conforme o conteúdo, a realidade escolar e também

considerando a realidade de nossos alunos, observando sempre as orientações

propostas pelo Currículo Referência que norteia o eixo -temático, os conteúdos

a ser trabalhados e as expectativas de aprendizagem a ser em alcançadas ao

ministrar os conteúdos propostos. Para organizar o jogo, inicialmente foi

realizada uma pesquisa sobre o conteúdo em tela. Foi uti lizado enquanto

suporte teórico o livro didático adotado pela escola -campo, , pensando

A com o auxílio do livro didático do Projeto Araribá (9º ano) foram

selecionados os conteúdos, a part ir, dos quais foram elaboradas as ques tões

que compuseram o Jogo. As peças foram confeccionadas em MDF, Papel

Cartão e plastificadas em Papel Contact. Cada uma das peças mede

aproximadamente 25cm. A primeira parte da peça inicial do Jogo é nula,

seguida de uma questão, e na sequencia a respost a e nova pergunta.

A prática do Jogo Dominó Geográfico Educativo, foi aplicada junto às

turmas de 9º ano. Para aplicação da prática, as turmas foram divididas em 2

grupos, e as peças do Jogo também dividas em partes iguais em estes grupos.

Considerando o tamanho das peças, e o tamanho que ficaria o Dominó quando

montado, levamos os alunos para o Auditório da Escola. Cada aluno

participou da atividade na medida em que precisava achar a resposta exata

para a pergunta que aparecia na peça ante rior, estimulando assim o raciocínio

e competição entre os grupos. Como forma de avaliar a participação e

envolvimento dos alunos envolvidos, os bolsistas PIBID, juntamente com a

professora supervisora do Subprojeto, observavam individualmente a

participação e envolvimento dos alunos, considerando os aspectos motivação,

envolvimento e desenvolvimento de cada um dos alunos que compuseram os

grupos.

Constatamos através desta prática que houve uma melhor compreensão

pelos alunos sobre os conteúdos ministrados , pois no momento da aplicação

da prática eles não puderam consultar o livro ou quaisquer outras anotações,

exercitando assim a memória e os conhecimentos adquiridos, considerando

ainda a interação entre alunos, entre alunos e bolsistas e alunos, bolsistas e

professor regente. Quantitativamente os resultados puderam ser observados

através das notas obtidas na avaliação bimestral, a saber, alguns alunos que

anteriormente apresentaram baixos rendimentos, questionados como

conseguiram atingir notas mais altas na avaliação sobre este conteúdo,

disseram que se lembraram do Jogo quando da prova, observando assim,

efeitos bastante posit ivos com a aplicação de tal pratica.

Para trabalhar o conteúdo “A Guerra Fria e a desintegração da U.R.S.S”,

foi também utilizado Jogos, mas desta vez o Bingo Educativo. Para realizar

esta prática inicialmente foi realizada a leitura do material didático, seguido

da elaboração das questões. Foi elabora uma lista com 51 questões que dariam

subsídio ao jogo, seguido da confecção das C artelas de Bingo, contendo 12

respostas do questionário elaborado. As cartelas foram impressas no tamanho

de 12X20 cm, coladas em Papel Cartão e posteriormente plastificadas em

Papel Contact . Para o sorteio utilizamos o globo/Bingo tradicional. Os alunos

participaram ativamente da atividade, e o envolvimento de cada um deles foi

observado pela professora regente e pelos alunos bolsistas de forma

individual.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Segundo Alves e Bahia (2010, p.01), o ensino da Geografia escolar

cumpre importante papel na formação do indivíduo em sua integralidade, pois

auxilia o mesmo a ampliar suas concepções de mundo, a compreender as

transformações e processos que ocorrem por meio da interação dinâmica entre

os elementos da natureza, e também possibi lita uma melhor apreensão das

relações que se estabelecem entre sociedade e natureza.

Apesar de reconhecermos a importância da Geografia escolar para a

formação do indivíduo, é possível observar que, não raro, ela acaba sendo

utilizada como poderoso instrumento a serviço do Estado, pois a forma como

tem sido ensinada nas escolas não estimula os educandos a desenvolverem sua

criatividade, a ser curiosos e a refletirem e construírem um raciocínio

geográfico.

Por vezes, apenas reproduzem aquilo que ouvem, objetivando apenas a

reproduzirem nos momentos de avaliação, permanecendo alheios à realidade

que os cerca. O desinteresse demonstrado por educandos da educação básica

em relação à Geografia escolar, e até mesmo por graduandos que ingressaram

no curso de formação para a docência, remete -nos a pensar sobre a urgência

em se buscar metodologias que possam se apresentar um pouco mais atrativas

para os educandos.

Neste sentido, O Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de

Goiás, foi elaborado com o propós ito de contribuir com as Unidades

Educacionais, apresentando propostas de bimestralização dos conteúdos para

melhor compreensão dos componentes do currículo e sua uti lização em sala de

aula. Este documento consiste em um documento pedagógico para orientar

aspectos que não podem se ausentar no processo ensino aprendizagem de cada

componente curricular, conforme ano de escolaridade e bimestre. (GOIÁS,

2012, p. 170)

Conforme posto neste documento orientador, tal Currículo,

[ . . . ] propõe vár ias re f lexões sobre a Ciência Geográfica e sobre o

ensino atual de Geograf ia , destacando a sua importância para a

formação/transformação dos es tudantes, a lém de or ientar os

professores quanto às categor ias da aná li se, conteúdos importantes

no processo de ensino e aprendizage m para a construção do

conhecimento , e co mpreensão do objeto de estudo – o Espaço

Geográf ico. (GOIÁS, 2012, p .170)

No contato com a educação básica, o futuro professor poderá perceber as

principais dificuldades que serão encontradas durante a prática docente, bem

como os desafios a serem superados como, por exemplo, a forma de ministrar

os conteúdos transpondo a simples memorização, superando as aulas

tradicionais, e instigando os educandos a terem curiosidade em relação aos

temas abordados pelo componente curricular de Geografia.

Desde o inicio do desenvolvimento do Subprojeto (primeiro semestre de

2014), temos realizado encontros semanais para leitura e discussão de textos

no espaço da UEG/Campus Morrinhos / Curso de Geografia, reuniões semanais

com as coordenadoras do Subprojeto de Geografia, para discutirmos

referenciais teóricos que tratam sobre a formação do profes sor de Geografia;

sobre a Geografia escolar e os desafios postos para a disciplina, e ainda sobre

as diretrizes curriculares nacionais para a formação docente, tais discussões

nos auxiliam a compreender o processo de formação docente.

Na escola-campo, inicialmente, acompanhamos por meio de observação

das aulas ministradas pelo professor regente, o processo de

ensino/aprendizagem dos alunos. A escola possui uma boa infraestrutura , e

conta com vários equipamentos tecnológicos disponíveis para utilização no

processo de ensino/aprendizagem, destacando o laboratórios de informática

com computadores conectados à internet; televisão, data show , e

equipamentos de som que auxiliam os professores no processo de ensino aos

alunos. No que concerne ao espaço físico a escola dispõe de um auditório,

espaço este que pode ser utilizado pelos professores ao ministrarem

atividades diferenciadas, tais como realização de oficinas, teatros, palestras,

etc. .

Segundo Cavalcanti (2012, p.183) os avanços nessa á rea têm sido

analisados por diversos pontos de vista, e um deles é o de sua incorporação

no cotidiano da sociedade por meio da TV, do rádio, do telefone, do celular,

do computador, da internet [ .. .] . No mundo globalizado, a utilização destes

aparelhos se torna necessária para melhor aplicar a didática em sala de aula.

O Currículo Referência trata também sobre a importância de se

desenvolver habilidades de leitura e escrita que aprofundem o domínio de

conceitos que possam aproximar o aluno de sua realidade, com a cultura do

adolescente com a escola e para além desta.

Assim, ensinar a criança ou o jovem a ler e a escrever em Geografia é

conduzi- lo a ir além de localizar -se e descrever o espaço, significando

auxiliá- lo a se posicionar diante do seu espaço em situações do cotidiano.

Destaca-se também a importância de uti lização de diferentes linguagens

e recursos metodológicos no ensino/aprendizagem de Geografia, salientando

aqui a importância da linguagem cartográfica para a construção do

conhecimento geográfico. A cartografia no documento orientador para o

ensino de geografia na Educação Básica no estado de Goiás é entendida como

linguagem particular da geografia, e como conteúdo que deve ser trabalhado

com os estudantes para o desenvolvimento de conceitos e h abilidades.

Exemplo disto é a utilização de recursos didáticos tais como mapas e

cartas topográficas para auxiliar a alfabetização cartográfica do aluno; em

contato com tais materiais o mesmo poderá interpretar a sua realidade,

compreendendo melhor o contexto socioeconômico e cultural no qual se

insere. Dentre os materiais didáticos produzidos com nosso auxílio, está a

confecção de mapas que foram produzidos pelos alunos da escola -campo,

quando a professora regente ministrou o conteúdo referente às Regiões

Brasileiras, abordando seus aspectos sociais, físicos, políticos e econômicos.

Na Figura 1, podem ser observados os alunos trabalhando os aspectos

físicos predominantes nas regiões.

FIGURA 1: Educandos trabalhando na confecção dos mapas que representam os

aspectos físicos predominantes nas diversas regiões.

Fonte: PEREIRA, K.C. (Jun. ,2014)

Posteriormente, os mapas foram expostos nos murais da escola para que

todos os alunos do colégio pudessem conhecer o trabalho realizado.

Para trabalhar a importância da diminuição na geração de resíduos

sólidos gerados e da grande quantidade de lixo descartado pela sociedade, na

Feira de Ciências, trabalhamos com o tema “Reciclagem” envolvendo os

alunos, estimulando a usarem a sua criatividade na construção de novos

materiais, usando o que seria descartado.

Na Figura 2 é possível verificar alguns brinquedos e outros materiais por

eles produzidos. Muito tem se falado sobre educação ambiental e, neste

sentido, entendemos ser de grande importância que os alunos se sensibilizem

sobre o consumo exacerbado, e o descarte dos resíduos.

FIGURA 2: Feira de Ciências realizada na escola campo com o objetivo de trabalhar

a reciclagem.

Fonte: SANTOS, A. P. (Jun., 2014)

Após ter trabalhado sobre a importância dos recursos hídricos e sobre a

importância da manutenção da vegetação ciliar para a proteção dos mesmos,

foi realizada a visita técnica junto à SANEAGO, a fim de conhecer o processo

de captação e tratamento da água que é distribuída para a população

morrinhense.

Como forma de associar estes conhecimentos às temáticas vinculadas as

orientações do Currículo Referência da Rede Estadual de Educação do Estado

de Goiás, os alunos bolsistas organizaram um questionário e ela boraram

charadas que foram utilizadas na “Caça ao Tesouro”, ou seja, uma forma

lúdica de apreender o conteúdo enquanto brincavam. A brincadeira foi

realizada nas trilhas interpretativas do Parque Ecológico Jatobá Centenário

em Morrinhos, conforme pode ser observada na Figura 4 apresentada a seguir.

Buscamos com o desenvolvimento desta atividade propiciar que os

alunos compreendessem melhor a importância dos recursos hídricos e a

necessidade de cuidar da vegetação ciliar para manter os recursos hídricos em

quantidade e com qualidade. A visita técnica junto à SANEAGO propiciou a

compreensão do processo de captação, tratamento e distribuição de água para

a população, alertando ainda sobre os riscos do mal uso deste importante

recurso.

FIGURA 4: Atividade Caça ao Tesouro, realizada nas tr i lhas interpretativas do

Parque Ecológico Jatobá Centenário, em Morrinhos/GO.

Fonte: RODRIGUES, D. das N. (Out. , 2014)

Para trabalhar o conteúdo “Regionalização do Espaço Mundial” com

alunos 9º ano, foi realizado a práti ca do Dominó Geográfico Educativo

(Jogo). Para organizar o jogo, inicialmente foi realizada uma pesquisa sobre o

conteúdo em questão, usando o livro didático adotado pela escola e também

junto a outros materiais. Com o auxílio do livro didático do Projeto Araribá

(9º ano) selecionamos os conteúdos, a part ir , dos quais foram elaboradas as

questões que compuseram o Jogo. Cada uma das peças mede aproximadamente

25cm. A primeira parte da peça inicial do Jogo é nula, seguida de uma

questão, e na sequencia a resposta e nova pergunta. Através desta prática

observamos que houve uma maior compreensão dos conteúdos ministrados

pela professora regente, pois no momento da aplicação da prática os alunos

não puderam usar o livro didático ou outras anotações, exercitando a ssim a

compreensão daquilo que fora apreendido. Na Figura 5 apresentada a seguir,

pode ser observada o momento de aplicação da atividade.

FIGURA 5: Aplicação do Dominó Geográfico Educativo com as turmas de 9º ano.

Fonte: ALVES, J . S. (Mai, 2015)

Quantitativamente os resultados puderam ser observados através d os

melhores rendimentos obtidos pelos alunos na avaliação bimestral que

abordou este conteúdo, a saber, alunos que apresentavam anteriormente

baixos rendimentos, recuperaram suas médias. Quest ionados sobre qual a

motivação de conseguirem notas mais altas na avaliação sobre este conteúdo,

disseram ter se lembrado do Jogo enquanto faziam a avaliação, observando

assim, efeitos bastante positivos com a aplicação de tal pratica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este projeto é de grande relevância para a nossa formação inicial, pois é possível

estabelecer um maior contato com o cotidiano da escola e também com os enfrentamentos

postos ao professor de Geografia.

A escola é o lugar onde desafios intelectuais podem ser vivenciados e não só

verbalizados; para tanto, é preciso que os professores estejam constantemente discutindo e

refletindo acerca dos conteúdos e abordagens feitas pelos componentes curriculares, no caso a

Geografia, para melhor auxiliarem os alunos na produção do conhecimento, que poderão

torná-los cidadãos críticos e intervenientes em sua realidade.

Para Tedesco (2002) apud Callai (2013, p.23), cumpre à instituição escolar “[...]

contribuir para a formação da criança, para que ela consiga se situar no mundo e, futuramente,

também no mercado de trabalho, o que exige (da escola), nova performance [...].”

AGRADECIMENTOS

Agradecemos à Coordenação de Pessoal de Nível Superior – CAPES – através do Programa

Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID- pela concessão do apoio financeiro

para o aprimoramento e aperfeiçoamento pessoal e profissional.

Ao Colégio Estadual Pedro Nunes, por receber e abraçar o Subprojeto de Geografia.

REFERÊNCIAS

ALVES, J.S.; BAHIA, M. R.. A GEOGRAFIA NA SALA DE ESPELHOS NO PAÍS DAS MARAVILHAS:

a formação docente em questão. IN: XVI ENCONTRO NACIONAL DE GEOGRÁFOS “Crise, Práxis e

Autonomia: espaços de resistência e de esperanças.” Espaços de Diálogos e Práticas. ENG 2010. Porto Alegre.

AGB.

CAVALCANTI, L. de S. O ensino de Geografia na escola. Campinas: Papirus, 2012. (Coleção Magistério:

Formação e Trabalho Pedagógico)

CALLAI, H. C. A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA GEOGRAFIA: O Professor. Ijuí: Ed. Unijuí,

2013. (Coleção Ciências Sociais).

GOIÁS. Secretaria de Estado da Educação. CURRÍCULO REFERENCIA DA REDE ESTADUAL DE

EDUCAÇÃO DE GOIÁS. Goiás, 2012. (Versão Experimental)

PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, T.; CACETE, N. H. Para ensinar e aprender Geografia. 3. ed. São

Paulo: Cortez, 2009.

SANTOS, M.. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4. ed. São Paulo: USP, 2004.

iProfessora Mestre do Curso de Geografia, Universidade Estadual de Goiás, Campus Morrinhos. Coordenadora

do Subprojeto de Geografia PIBID. ii Professora Mestre Supervisora do Subprojeto PIBID no Colégio Estadual Coronel Pedro Nunes. iii Bolsista PIBID GEOGRAFIA. iv Bolsista PIBID GEOGRAFIA v Bolsista PIBID GEOGRAFIA vi Bolsista PIBID GEOGRAFIA vii Bolsista PIBID GEOGRAFIA viii Bolsista PIBID GEOGRAFIA ix Bolsista PIBID GEOGRAFIA x Bolsista PIBID GEOGRAFIA xi Bolsista PIBID GEOGRAFIA xii Bolsista PIBID GEOGRAFIA xiii Bolsista PIBID GEOGRAFIA