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PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO E ORIENTAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO COMUM DO MChFM Movimento Champagnat da Família Marista no Brasil Movimento Champagnat da Família Marista

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PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO E ORIENTAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO COMUM DO

MChFMMovimento Champagnat da Família Marista no Brasil

Movimento ChampagnatdaFamília Marista

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Movimento ChampagnatdaFamília Marista

IDENTIDADE VISUAL DO MCHFM

A União Marista do Brasil (UMBRASIL) recebeu do 1º Encontro Nacional de Multiplicadores do Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM), realizado em Brazlândia (DF), no período de 13 a 16 de fevereiro de 2010, a missão de gerar uma identidade única para o MChFM do Brasil.

Com o apoio das equipes do marketing das Províncias do Brasil Marista, foram criadas quatro identidades, sendo desencadeado, durante o ano de 2011, a escolha por meio de votação. Muitas foram as pessoas que participaram e externaram sua opinião por meio do voto na identidade visual que melhor identi�caria o Movimento.

Os elementos

A marca tem como imagem central a Boa Mãe. Ela que é exemplo de simplicidade, humildade e modéstia, inspira e é modelo para a missão marista.

O espírito de família também está presente na marca, dando ideia de aconchego e proteção.

A fonte verdana foi escolhida por ser uma das fontes de apoio da nova identidade marista.

As letras que compõem a sigla do Movimento estão todas presentes na marca.

As cores

As cores laranja e amarelo foram escolhidas para dar a sensação do calor humano, presente nas verdadeiras relações pessoais e familiares. Também dá ideia de movimento e de vitalidade, características da espiritualidade de Marcelino Champagnat.

A cor azul é a cor do manto de maria e uma das cores de apoio da nova marca marista nacional e dá força para a identidade do Movimento.

O degradê foi usado para dar volume e afetividade à marca.

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plano nacional de formação e orientações para a organização comum do

mchfmMovimento Champagnat da Família Marista no Brasil

Movimento ChampagnatdaFamília Marista

Brasília-df2012

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Presidente do Conselho Superior da UMBRASIL

Ir. Wellington Mousinho de Medeiros

Diretor-Presidente da UMBRASIL

Ir. Arlindo Corrent

Secretário Executivo da UMBRASIL

Ir. Valdícer Civa Fachi

Coordenação da publicação

comissão do laicato da umBrasil

Ir. Antonio Benedito de Oliveira

Ir. Antonio Quintiliano da Silva

Eder D’Artagnan

Edison Carlos Jardim Oliveira

Fabiano Incerti

Joaquim Alberto Andrade Silva

Layza Maria Gomes Fonseca de Oliveira

Lúcia Lima Pinto

Ir. Paulo Lorenzoni

Organização da publicação

Ir. Antonio Quintiliano e Joaquim Alberto Andrade Silva

colaboração

Ir. José de Assis Elias de Brito, Ir. Joaquim Panini e Ir. Salatiel Franciscano do Amaral

revisão

Magda Carlos

projeto gráfico e diagramação

Sergipe Soluções Gráficas

ilustrações

Werley Krohling

scs – Quadra 4 – Bloco a – 2o andar

edifício Vera cruz – asa sul – Brasília – df – 70.304-913

www.umbrasil.org.br – [email protected]

este livro, ou parte dele, pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização escrita do editor desde

que mantida a referência e respeitados os direitos de autoria e edição de acordo com as leis brasileiras.

p712 plano nacional de formação e orientações para a organização comum do movimento

champagnat da família marista no Brasil. - - Brasília : umBrasil, 2012.

40 p. : il. color.

isBn:

1. religião. 2. educação marista. i. título.

cdu: 268

tiragem: 454 exemplares

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i n t r o d u ç ã o

j u s t i f i c a t i v a

p r i n c í p i o s

a) o carisma de champagnat é dom do espírito para irmãos, leigas e leigos

b) protagonismo e autonomia do leigo

c) espírito de família na vivência comunitária

d) formação nas dimensões humana, cristã e marista

e) respeito aos diferentes contextos provinciais e à caminhada das fraternidades

o b j e t i v o g e r a l

o b j e t i v o s e s p e c í f i c o s

m e t o d o l o g i a

m a t r i z d e c o n t e ú d o s

a v a l i a ç ã o

r e f e r ê n c i a s b i b l i o g r á f i c a s

orientações para a organização comum do movimento champagnat da família marista no Brasil

i n t r o d u ç ã o

e s t r u t u r a

equipe provincial de coordenação do mchfm

irmão assessor (provincial)

fraternidade

irmão assessor da fraternidade

animador da fraternidade

membro da fraternidade

assembleia geral

Sumário91012 13131414 15171719232731 32333435363838394040

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“Movimento Champagnat da Família Marista, uma extensão de nosso Instituto, é um movimento que reúne pessoas que desejam partilhar mais plenamente a espiritualidade e o sentido da missão, herdados de Marcelino Champagnat. Nesse movimento - filiados, jovens, pais, colaboradores, antigos alunos, amigos - aprofundam o espírito de nosso Fundador para dele viverem e difundi-lo. O Instituto anima e coordena as atividades do movimento, criando estruturas apropriadas”. constituições dos irmãos maristas, n. 164.4.

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após um processo coletivo de trabalho envolvendo irmãos, leigas e leigos maristas das províncias e distrito, sob a coordenação da Área de Vida consagrada e laicato da umBrasil, apresento, com alegria e satisfação, dois documentos para as fraternidades atuais e vindouras do movimento champagnat da família marista do Brasil.

o primeiro, plano nacional de formação, procura “oferecer linhas norteadoras para as lideranças provinciais e locais do mchfm dinamizarem a formação de seus membros” nas dimensões humana, cristã e marista. nele, encontraremos a valorização do leigo como corresponsável pela vitalidade do carisma e convidado a viver em espírito de comunidade, partilhando a espiritualidade, a vida e a missão nas fraternidades. o plano considera também a importância da formação e acompanhamento dentro de um processo contínuo de crescimento; para isso estabelece um referencial comum que será adequado à caminhada de cada província.

o segundo, orientações para a organização comum, quer oferecer elementos norteadores para o mchfm no Brasil, “permitindo a liberdade de ação segundo as necessidades e as possibilidades de cada realidade provincial

Apresentação

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ou local”. redigido de forma clara e compreensível, apresenta as estruturas mínimas e atribuições dos responsáveis pelo movimento, em vista de garantir uma maior unidade na forma como as fraternidades se organizam no Brasil.

esses documentos, aprovados pelo conselho superior da umBrasil, em 2011, querem dar maior sinergia e dinamismo ao mchfm. assim, esperamos que ambos contribuam para a construção de “uma nova relação entre irmãos e leigos, baseada na comunhão, buscando juntos uma maior vitalidade do carisma marista para o nosso tempo” (XXi capítulo geral).

obrigado a todos que colaboraram, de forma direta ou indireta, na elaboração desses documentos, em especial aos membros da subcomissão do mchfm, que deram início a este trabalho, e à comissão do laicato da umBrasil, que o finalizou. os maristas do Brasil agradecem.

agora, o desafio é trazer para a vida das fraternidades o que aqui está tão bem elaborado. Que essa vida esteja a serviço da missão de tornar Jesus cristo conhecido e amado, segundo o carisma legado por marcelino champagnat. a Boa mãe nos ilumine e guie em nosso peregrinar.

Ir. Valdícer Civa Fachisecretário executivo da umbrasil

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Jesus Cristotornar

conhecido e amado

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a beleza e a complexidade da vida marista no Brasil constituem-se de estímulo e desafio. muito embora nossa caminhada se enriqueça com o estilo de vida e o itinerário vocacional dos irmãos, leigas e leigos do movimento champagnat da família marista (mchfm), percebemos oportunidades e lacunas em nossos processos formativos.

o plano nacional de formação do mchfm quer oferecer linhas norteadoras para que as lideranças provinciais e locais do mchfm dinamizem a formação de seus membros. nele são apresentadas matrizes que contemplam as dimensões humana, cristã e marista.

seguramente encontraremos alguns elementos que já estão sendo contemplados atualmente e outros que poderão ser aprimorados ou mesmo desenvolvidos, a partir do intercâmbio de experiências, em vista de que melhor desempenhemos a missão de “tornar Jesus cristo conhecido e amado”.

Jesus Cristotornar

Introdução1

conhecido e amado

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Justificativa2

nas palavras do ir. charles Howard, “constitui uma benção e uma alegria para nós, irmãos e leigos, sentir-nos chamados a compartilhar nossas riquezas comuns e a viver juntos uma vida espiritual e uma aventura apostólica apaixonante [...]. Viver o carisma marista é muito mais do que trabalhar juntos, mas é sobretudo partilhar a mesma fé, amar profundamente Jesus cristo e fazer a experiência comum de deixar que marcelino champagnat conquiste nossos corações e tome posse de nossas vidas.”1

em sintonia com esta circular, as lideranças reunidas no primeiro encontro nacional de multiplicadores do mchfm2 definiram a elaboração de um plano de formação continuada para as fraternidades em âmbito nacional, com o intuito de promover a formação dos membros do mchfm, em vista de uma maior compreensão e vivência da vocação leiga marista a serviço da missão da igreja3.

o plano de formação do mchfm quer ser um instrumento para os leigos e leigas que

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decidem, a partir de um processo pessoal de discernimento, viver sua espiritualidade e sua missão cristã do jeito de maria, segundo a intuição do marcelino champagnat.4 enquanto o XX capítulo geral5 convidou-nos a alargar a tenda do instituto, o documento “em torno da mesma mesa” vai além: “precisamos juntos construir uma tenda nova na qual todos, leigos e irmãos, encontremos nosso lugar”6. o XXi capítulo geral define como urgência uma nova relação entre irmãos e leigos e afirma: “apostamos em processos e experiências de formação conjunta, de irmãos e leigos, que garantam uma boa formação e ajudem a ser fiéis às intuições do nosso fundador”.7

como leigos batizados, somos chamados a percorrer um caminho vocacional aberto aos diferentes carismas e ministérios da igreja. para tanto, necessitamos de espaços de evangelização e um plano de formação que nos ajude a crescer em nossa relação conosco, com o outro, com a igreja, com a sociedade, com o ambiente e com deus.

o plano nasce da necessidade de um referencial comum para as fraternidades do Brasil marista, que contemple a formação continuada em suas dimensões humana, cristã e marista. pretende favorecer igualmente a processualidade, o acompanhamento e a dimensão experiencial do carisma marista, da forma como é vivido no mchfm.

1 XXiX circular.

2 ocorrido em Brasília, df, nos dias 13 a 16 de fevereiro de 2010.

3 encontro de multiplicadores do mchfm – linha de ação 1.

4 em torno da mesma mesa, n. 11.

5 conclusões do XX capítulo geral.

6 em torno da mesma mesa, n. 145.

7 conclusões do XXi capítulo geral.

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Princípios3

consideramos como princípios as convicções que fundamentam todo o processo formativo desenhado neste plano. os princípios estão em sintonia com as reflexões desenvolvidas pelo instituto a respeito dos leigos e leigas maristas, assim como àquelas relacionadas à corresponsabilidade na missão e aos processos de formação conjunta. são eles:

a. o carisma de champagnat é dom do espírito para irmãos, leigas e leigos

b. protagonismo e autonomia do leigo

c. espírito de família na vivência comunitária

d. formação nas dimensões humana, cristã e marista

e. respeito aos diferentes contextos provinciais e à caminhada das fraternidades

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a. O carisma de Champagnat é dom do Espírito para Irmãos, Leigas e Leigosa vocação dos irmãos, leigas e leigos maristas tem elementos comuns e específicos, que se estruturam em torno do carisma marista, dom do espírito santo recebido por marcelino champagnat para se tornar Boa notícia junto às crianças, adolescentes e jovens, especialmente os pobres. o carisma é dom de deus para a igreja e, assim, irmãos, leigas e leigos maristas se tornam seguidores de Jesus nos passos de champagnat, em espaços diversos e diferentes estados de vida: religiosos consagrados, casais, solteiros e diversas configurações de família8. na relação de complementaridade, o carisma nos reúne em torno da mesma mesa, onde nos colocamos um ao lado do outro, pois nela há lugar para todos . o espírito de deus, que nos entrega o carisma de marcelino como dom, torna irmãos, leigas e leigos companheiros na missão marista e corresponsáveis para realizá-la10.

b. Protagonismo e autonomia do leigoos leigos maristas são cristãos que atenderam ao chamado de deus para viver o carisma de champagnat e a ele respondem a partir de seu estado de vida laical11. o campo específico da atividade evangelizadora leiga é o complexo mundo do trabalho, da cultura, das ciências e das artes, da política, dos meios de comunicação e da economia, assim como as esferas da família, da educação, da vida profissional e do próprio espaço eclesial12. cabe destacar a presença numerosa das mulheres nas fraternidades, que evidenciam a vivência feminina do carisma e atualizam o compromisso das discípulas de Jesus na missão cristã13. reconhecer a vocação como chamado de deus é ponto de partida para que essas mulheres e homens assumam a identidade cristã leiga e colaborem mais ativamente na missão

8 em torno da mesma mesa, 73-77.

9 idem, 79.

10 idem, n. 45.

11 idem, n. 12.

12 documento de aparecida, n. 174.

13 lc 8,1-3.

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evangelizadora14, inclusive nos espaços maristas. a relação com os irmãos, portanto, não se baseia em dependência; ao contrário, funda-se no chamado pessoal feito por deus e cuja resposta conduz ao sentido de pertença ao carisma, ao engajamento eclesial e às ações individuais, comunitárias e institucionais com que tecemos a grande rede da missão marista15. os leigos são corresponsáveis por propagar a Boa notícia de Jesus, e isso inclui a contribuição na missão cristã e na formação de outros discípulos16.

c. Espírito de família na vivência comunitáriaa convivência comunitária remete aos primeiros discípulos, que tinham os mesmos sentimentos, eram assíduos na oração, na partilha da palavra, na comunhão fraterna e na partilha do pão17. a vivência eclesial, portanto, reforça a identidade cristã das fraternidades e a comunhão com os espaços nos quais elas estão inseridas. o espírito de família remete ao relacionamento de champagnat com os primeiros irmãos, com base na escuta, no cuidado, na proximidade e na forma de educar crianças, adolescentes e jovens. por isso, procuramos, como marcelino, cultivar as pequenas virtudes18, educando-nos para a abertura ao outro, a alegria, o cuidado recíproco, o diálogo fraterno e o sentido comunitário do discipulado missionário nos espaços cristãos e maristas. É a vida em comum que nos serve de apoio e nos desafia a ser comunidade em missão19, espaço privilegiado onde cada pessoa e deus se revelam através dos outros20.

d. Formação nas dimensões humana, cristã e maristaa formação, no contexto eclesial e marista contemporâneo, precisa ser integral, contemplando a pessoa humana como sujeito sócio-histórico, inteiro, incompleto, complexo, cultural, relacional, lúdico, desejante, ético, estético,21 que acolhe a diversidade como riqueza e possibilidades, sonha e alimenta o discipulado missionário e cultiva a espiritualidade cristã,

14 documento de aparecida, n. 214.

15 em torno da mesma mesa, n. 44.

16 documento de aparecida, n. 202.

17 at 1,12-14; 2,42-47.

18 em torno da mesma mesa, n. 70.

19 Água da rocha, nº 107.

20 idem, n. 96.

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encontrando nela o sentido da sua existência. a formação, portanto, não é uma finalidade em si: é desenvolvida pelas fraternidades para ajudar seus membros a crescerem como pessoas cristãs maristas. os discípulos missionários necessitam de formação humana, bíblico-teológica, doutrinal, pastoral e espiritual, assim como de adequado acompanhamento para testemunharem cristo e os valores do reino na vida social, econômica, política e cultural22. nessa perspectiva, o processo formativo favorece que nossa espiritualidade, vivência da fé, conversão e compromisso de transformação nos orientem para a construção da caridade, da justiça e da paz23.

e. Respeito aos diferentes contextos provinciais e à caminhada das Fraternidadeso Brasil marista se compõe de uma diversidade cultural na qual convivem diferentes respostas aos apelos da realidade, explicitadas em diversas expressões de vivência do carisma. neste contexto, as fraternidades desenvolvem trajetórias variadas, nas quais se misturam elementos comuns e especificidades. são comuns: a proximidade com os irmãos maristas, a vida em grupo, a regularidade de reuniões, as atividades de formação, a convivência, a partilha e o cultivo da espiritualidade. são específicos: a dinâmica das fraternidades, os ritmos pessoais, os estilos de liderança, os tempos grupais, o apostolado e as formas de inserção eclesial. ainda que a busca da unidade seja apelo atual, em vista da sintonia nos processos formativos e organizativos, a comunhão se constrói no reconhecimento de que as diversas caminhadas das províncias são uma riqueza que comprova a vitalidade do carisma, seu dinamismo interno e a capacidade de suscitar respostas criativas em contextos tão plurais.

21 projeto educativo do Brasil marista, p. 56.

22 documento de aparecida, n. 212.

23 dgae, n. 24.

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desenvolver um processo de formação comum para o mchfm no Brasil, a partir das dimensões humana-cristã e marista, integrando vida, espiritualidade e missão.

Objetivo Geral4

• estabelecer um referencial comum para a formação continuada das fraternidades do mchfm no Brasil marista.

• favorecer o desenvolvimento do protagonismo e autonomia do laicato marista.

• proporcionar maior compreensão e vivência da vocação leiga marista a serviço da missão no instituto e na igreja.

• oferecer suporte formativo de acordo com a realidade das fraternidades.

Objetivos Específicos 5

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o mchfm reúne pessoas comprometidas em viver sua fé cristã à luz do carisma de champagnat. É um movimento caracterizado, essencialmente, pela espiritualidade, vivência e partilha de vida. logo, essas características devem ser respeitadas e cultivadas na metodologia do processo formativo.

no que diz respeito ao estilo de vivência, as fraternidades vivem como extensão das comunidades religiosas dos irmãos, salvaguardando as peculiaridades de sua vida laical.

em sua prática, aprofundam e procuram vivenciar quatro pilares básicos em torno da missão, da partilha de vida e da espiritualidade:

• a oração, que estimula e garante a vivência da espiritualidade marista;

• a reflexão, que busca na palavra de deus e nos documentos oficiais da igreja e do instituto uma caminhada à luz da fé cristã;

• a vida de comunidade, que expressa a forma de ser, viver, e testemunhar a fé dos membros da fraternidade;

• o apostolado, que expressa o compromisso pessoal e coletivo de cada membro da fraternidade na vida em família, na profissão, na comunidade eclesial e em outros espaços.

o documento “em torno da mesma mesa” aponta que “o objetivo da formação é revitalizar nossa história pessoal, uma vez que acreditamos na experiência como caminho de crescimento: experiência conhecida, interpretada e partilhada em comunidade.”24

sendo assim, o primeiro aspecto a ser observado na metodologia deste plano de formação é a processualidade dos conteúdos a serem trabalhados. a partir da matriz de conteúdos, é importante

Metodologia 6

24 em torno da mesma mesa, n. 160.

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que os projetos provinciais e locais sejam estruturados de forma a assegurar o aprofundamento dos conteúdos, adequando o nível da formação a cada projeto ou vivência particular das fraternidades, evitando a repetição e a superficialidade dos temas abordados.

Vale lembrar que a matriz pretende ser um norteador para os planos de formação das fraternidades, garantindo a flexibilidade de formas e linguagens, de maneira que sua aplicação assegure os aspectos característicos da vida comunitária e da caminhada do mchfm em cada contexto.

outro aspecto importante é que a formação caminhe em sintonia com as propostas e campanhas do instituto.

Formação teórica e vivencial (planejamento global e local)

o projeto de vida do mchfm é um “caminho fecundo para desenvolver a vida comunitária e fonte de inspiração para que o movimento enfrente os desafios que estes novos tempos apresentam: crescer com autonomia e responsabilidade na própria vocação laical; conectar-se com as novas gerações; transmitir a paixão pela vocação marista, tanto de irmão quando de leigo; envolver-se em novas formas de missão; e articular-se de modo mais efetivo com outras realidades do mundo marista.” 25

dessa maneira, a metodologia da formação deve resguardar e cultivar o caráter vivencial do mchfm, sempre articulando os conteúdos teóricos com o estilo de vida e com a espiritualidade apostólica de seus membros.

a coordenação do mchfm, tanto em âmbito provincial como local, deverá ter um cuidar do planejamento anual das formações, garantindo a processualidade, coerência, sequência e aprofundamento dos temas e fazendo desses momentos espaços legítimos de partilha de vida, troca de experiências, cultivo da

25 em torno da mesma mesa, n. 88.

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vida espiritual marista e fortalecimento da prática apostólica de seus membros.

esse processo de formação continuada, além de ser favorecido pela fraternidade, deve ser também um compromisso de cada leigo e leiga do mchfm, em vista de sua missão na igreja.

Acompanhamento continuado

o acompanhamento é fundamental para garantir a vitalidade das fraternidades. para isso, deve contemplar dois aspectos: a vivência pessoal e comunitária dos membros, fazendo mediação, sempre que necessário, entre a fraternidade e a coordenação provincial; e as atividades e projetos desenvolvidos, proporcionando assessorias e metodologias adequadas para uma formação integral.

o acompanhamento é responsabilidade do irmão ou leigo coordenador em nível provincial, juntamente com a estrutura responsável pelo mchfm na província.

A exigência de uma equipe de formação

para garantir a formação nessa perspectiva, é fundamental constituir uma equipe provincial, composta por irmãos, leigos e leigas, que se responsabilize pelo processo de formação das fraternidades.

essa equipe terá como principais atribuições: adequar o plano de formação à caminhada local do mchfm e de seus respectivos membros; dinamizar os projetos e iniciativas provinciais de formação existentes; favorecer a criação de novas propostas e metodologias formativas; e assegurar o acompanhamento de todo esse processo.

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23

no intuito de subsidiar a integralidade da formação dos membros das fraternidades, o plano de formação apresenta uma matriz de conteúdos para orientar o planejamento anual do mchfm nas províncias, a partir das dimensões humana, cristã e marista.

cada dimensão traz em si uma intencionalidade relacionada à visão de pessoa, de igreja e de mundo que queremos ajudar a construir:

• seres humanos inteiros, sensíveis, afetivos, abertos à alteridade, sonhadores, esperançosos, que buscam dar sentido à existência e cultivam o cuidado consigo, com os outros e com o planeta;

• igreja povo de deus, profética, ministerial, carismática, participativa, discípula missionária, sinal do reino inaugurado por Jesus;

• outro mundo possível, fundamentado na fraternidade, solidariedade, paz fruto da justiça e sustentabilidade.

para isso, a dimensão humana abrange os temas relacionados à formação humana e vida comunitária; à dimensão cristã, àqueles que se referem à fé, espiritualidade e vivência eclesial. a dimensão marista contempla a vida do instituto no mundo e no Brasil, o carisma, a vocação e a identidade maristas. as três dimensões favorecem o amadurecimento na fé do leigo e leiga marista do mchfm.

Matriz de Conteúdos7

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DIMENSÕES CONTEÚDOS NUCLEARES ATIVIDADES E RECURSOS

Humana

Formação humana - Constituição do sujeito - Formação da personalidade - Desenvolvimento humano - Afetividade e sexualidade - Relações interpessoais

Vida comunitária - Família - Solidariedade e comprometimento sociopolítico

- Direitos humanos - Liderança

Presencial: leituras, reuniões de estudo pessoal e em grupo, palestras.

À distância: cursos, sessões de estudo e debates.

Texto e/ou vídeo para destacar os pontos principais.

Orações, celebrações e momentos vivenciais.

Partilhas de vida.

Dias de convivência e peregrinações.

Experiências apostólicas.

Cristã

Fé e espiritualidade - Conceito de espiritualidade - Dimensão espiritual da vida humana - Espiritualidade sacramental - Seguimento de Jesus Cristo - Fundamentos da fé cristã - Ciência e fé - Ética cristã - Valores cristãos

Comunidade cristã - Apostolado - Participação eclesial - Família - Relações entre Fraternidades e Comunidades religiosas maristas

- Eclesialidade

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DIMENSÕES CONTEÚDOS NUCLEARES ATIVIDADES E RECURSOS

Marista

Origens Maristas/História e Fundação - Vida de Champagnat - Sociedade de Maria - Contexto histórico, social, político e religioso do tempo de Champagnat

- Primeiros Irmãos e Fundação do Instituto

- A instituição Marista - Expansão e presença mundial

Presencial: leituras, reuniões de estudo pessoal e em grupo, palestras.

À distância: cursos, sessões de estudo e debates.

Texto e/ou vídeo para destacar os pontos principais.

Orações, celebrações e momentos vivenciais.

Partilhas de vida.

Dias de convivência e peregrinações.

Experiências apostólicas.

História do Brasil Marista - História do Brasil Marista - História das Províncias

A Vocação e a Identidade Marista - a vocação e identidade comuns de irmãos e leigos e leigas à luz do batismo

- a vocação e a identidade do irmão como consagrado

- a vocação e a identidade do leigo e leiga cristão na igreja

- a vocação e a identidade do leigo e leiga marista

- a vocação e a identidade comuns do irmão e do leigo e leiga geradas pelo carisma marista

- graus de pertença e adesão ao instituto marista

O Carisma Marista - Conceitos de carisma, espiritualidade e missão

- Espiritualidade Marista (Mariana e Apostólica)

- Missão Marista - Vida e missão compartilhada de Irmãos, leigos e leigas

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a avaliação é fundamental para a caminhada e vitalidade das fraternidades, uma vez que possibilita um olhar crítico e analítico a respeito do itinerário formativo desenvolvido pelo mchfm, assim como do seu crescimento e trabalho apostólico. partindo do exercício dinâmico e dialético da reflexão-ação e da ação-reflexão, que caracteriza a práxis evangelizadora, o processo avaliativo possibilita referendar o caminho já percorrido, analisar a relação entre o planejado e o realizado, identificar demandas e elaborar novas iniciativas e percursos.

a avaliação tem como finalidade aferir como o mchfm tem contribuído para:

• maior compreensão e vivência da vocação marista leiga;

• desenvolvimento do protagonismo e autonomia do laicato nas instâncias de atuação;

• a vivência das três dimensões fundamentais cristãs e maristas: missão, espiritualidade e vida partilhada26;

• o aprofundamento e o fortalecimento do carisma marista nas fraternidades;

• integração e comunhão entre as fraternidades do Brasil marista;

• o estabelecimento de uma nova relação entre leigos e leigas num novo espírito.

a avaliação deve ser processual, realizada ao longo da caminhada; sistêmica, envolvendo todos os aspectos da formação; e realizada nas diversas instâncias do mchfm. para isso, desenhamos um percurso que parte da vida da fraternidade e da realidade local, perpassa as instâncias provinciais e amplia-se para o Brasil marista.

Avaliação8

26 em torno da mesma mesa, n. 34

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Instância Periodicidade O que avaliarInstrumentos

e meios de avaliação

Quem avalia

Local

Mensal - Atividades previstas e realizadas.

- Reuniões - Encontros

- Animador - Membros

Anual

- Adequação da formação recebida à realidade da Fraternidade;

- Conhecimento e aprofundamento dos documentos do Instituto Marista e da Igreja;

- Inserção na Igreja local; - Engajamento sociopolítico; - Vivência da vocação leiga e do carisma entre os membros da Fraternidade;

- Avanços, dificuldades, desafios e demandas para o planejamento do ano seguinte

- Questionários - Roteiro de avaliação

- Depoimentos escritos e audiovisuais

- Partilhas - Relatórios - Reuniões - Encontros

- Animador - Membros

Provincial Anual

- Sintonia entre planejamento anual previsto e executado;

- Formação de lideranças provinciais do MChFM;

- Vida apostólica das Fraternidades;

- Atuação da equipe responsável pelo MChFM na Província;

- Demandas e prioridades em nível provincial.

- Questionários - Roteiro de avaliação

- Relatórios - Reuniões - Encontros

- Coordenação Provincial

- Instância provincial responsável pelo Laicato

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Instância Periodicidade O que avaliarInstrumentos

e meios de avaliação

Quem avalia

Nacional Anual

- Desenvolvimento do protagonismo e autonomia do laicato nas instâncias de atuação;

- Atuação em novas frentes de missão;

- Surgimento de novas formas de pertença;

- Criação de espaços de formação conjunta Leigas, Leigos e Irmãos;

- Integração entre o MChFM nas Províncias do Brasil Marista.

- Relatórios provinciais

- Partilhas - Reuniões da UMBRASIL

- Comissão de Vida Consagrada e Laicato

- UMBRASIL

a avaliação processual possibilita analisar o percurso; identificar avanços, dificuldades, resultados e possibilidades; e ressignificar objetivos.

nesta perspectiva, se insere na dinâmica das fraternidades e define uma base para o planejamento dos passos futuros. para isso, não deve seguirum modelo formatado e rígido, mas estar aberta às necessidades de mudanças e adequação a novas demandas, metodologias e itinerários.

É importante registrar a memória do processo e incluir as avaliações do mchfm no relatório trienal da província por ocasião do término do mandato do superior provincial.

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BÍBlia pastoral. evangelii nuntiandi. são paulo: paulinas, 2009.

cnBB. diretrizes gerais da ação evangelizadora da igreja no Brasil (2011-2015) – documento n. 94. são paulo: paulinas, 2011.

comissão internacional de leigos maristas. em torno da mesma mesa: a vocação do leigo marista de champagnat. roma, 2009.

conselHo episcopal latino-americano. conclusões da V conferência geral do episcopado latino-americano: aparecida, 2007. 9. ed. são paulo/ Brasília: paulinas/paulus/cnBB, 2008.

instituto dos irmãos maristas. conclusões do XX capítulo geral. roma, 2001.

____. conclusões do XXi capítulo geral. Brasília: umbrasil, 2010.

____. constituições maristas. são paulo: simar, 1997.

umBrasil. Água da rocha: caderno de estudos. Brasília: umbrasil, 2008.

____. projeto educativo do Brasil marista. Brasília: umBrasil, 2010.

Referências Bibliográficas9

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Organização Comum doOrientações para a

mchfmMovimento Champagnat da Família Marista no Brasil

Movimento ChampagnatdaFamília Marista

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em fevereiro de 2010, um grupo de irmãos, leigas e leigos, reunidos no primeiro encontro de multiplicadores do mchfm, realizado em Brazlândia/df, refletiu sobre a caminhada e os horizontes de futuro para as fraternidades no Brasil.

a partir de uma metodologia participativa, o grupo percebeu a necessidade de referências comuns para o movimento e solicitou à umBrasil que assumisse o desafio de construir orientações norteadoras para a organização e sintonia do mchfm no Brasil.

tendo como base a caminhada das províncias, foi construída a proposta de uma estrutura comum, com instâncias, composição, competências, atribuições e processos organizativos.

este é um instrumento solicitado pelas lideranças do mchfm e redigido a muitas mãos, que permite sua adequação segundo as necessidades e as possibilidades de cada realidade provincial. um balizador qualificado para que o mchfm alcance seus objetivos de forma organizada e possa expandir-se ainda mais, contribuindo para que irmãos, leigas e leigos vivenciem o carisma legado por são marcelino champagnat.

Introdução

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Estrutura

fraternidade do mchfm

setor/coordenação/comissão de Vida

consagrada e laicato provincial

comissão do laicato umBrasil

equipe provincial de coordenação do

mcHfm

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1. EQUIPE PROVINCIAL DE COORDENAçãO DO MCHFM

Participantes: um coordenador leigo, dois a três membros eleitos pelas fraternidades e irmão assessor.

Compete à equipe de coordenação:

• garantir o processo organizacional do mchfm;

• conhecer as fraternidades, seus anseios e suas necessidades;

• prover a formação contínua dos animadores e demais membros das fraternidades;

• representar o movimento junto à província, o instituto e outras organizações, quando necessário;

• acompanhar o processo de constituição ou encerramento de uma fraternidade;

• coordenar os eventos provinciais de formação e celebração.

Mandato: o mandato da equipe de coordenação será de três anos, coincidindo com a duração do governo provincial.

Eleição: a equipe de coordenação provincial do mchfm será eleita pela assembleia trienal. os membros que comporão a equipe provincial de coordenação, com exceção do coordenador, poderão ser reeleitos individualmente quantas vezes a assembleia assim o desejar.

Obs.: a equipe provincial de coordenação do mcHfm está ligada à coordenação do setor de Vida consagrada e laicato da província.

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Compete ao(a) Coordenador(a):

• animar a equipe de coordenação e presidir suas atividades;

• acompanhar as atividades do movimento;

• garantir o diálogo constante com o setor de Vida consagrada e laicato da província;

• manter contato permanente com os animadores das fraternidades;

• representar a equipe de coordenação quando necessário.

Mandato: o mandato do coordenador será de três anos, coincidindo com a duração do governo provincial.

Eleição: o coordenador será eleito pela assembleia trienal, podendo ser reeleito, ininterruptamente, uma única vez.

2. IRMãO ASSESSOR (PROVINCIAL)

irmão marista a ser nomeado pelo conselho provincial.

Compete ao Irmão Assessor:

• acompanhar e visitar as fraternidades da província;

• assessorar a equipe provincial de coordenação do mchfm;

• incentivar a caminhada do mchfm na província;

• ser presença discreta do instituto e do carisma marista;

• ser elo entre o irmão provincial, o conselho e as fraternidades;

• participar da animação das fraternidades e do aprofundamento de sua caminhada;

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• subsidiar o processo formativo e a caminhada espiritual da equipe de coordenação;

• participar dos retiros anuais e das assembleias gerais do movimento champagnat;

• cuidar para que as propostas da equipe de coordenação estejam em acordo com as do instituto e do setor de Vida consagrada e laicato da província.

Mandato: coincide com o período do governo provincial, podendo, a seu critério, ser reconduzido à função.

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3. FRATERNIDADE

um grupo de leigos que se reúne para partilhar vida, espiritualidade e missão maristas se torna uma fraternidade quando preenche os seguintes requisitos:

• conhecimento e prática do projeto de Vida, do regimento interno e do conteúdo do plano de formação;

• frequência de seus membros às reuniões;

• participação em eventos regionais e provinciais promovidos pela coordenação ou pelas fraternidades do movimento champagnat.

uma vez que a fraternidade preencha os requisitos acima, poderá ser reconhecida pelo conselho provincial, através de um ato formal, mediante solicitação ao irmão assessor provincial do movimento champagnat.

cada fraternidade definirá o orçamento das despesas necessárias à manutenção de suas atividades, devendo criar meios próprios para autossustentação.

4. IRMãO ASSESSOR DA FRATERNIDADE

a indicação do irmão assessor será realizada em comum acordo com o irmão provincial, assessor provincial e comunidade local.

Compete ao Irmão Assessor da Fraternidade:

• participar das reuniões da fraternidade;

• ser presença discreta do instituto e do carisma marista junto aos membros da fraternidade;

• aproximar a fraternidade da comunidade religiosa local;

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• subsidiar o animador no processo formativo e na caminhada espiritual dos membros da fraternidade;

• favorecer o protagonismo e a autonomia dos membros da fraternidade.

5. ANIMADOR DA FRATERNIDADE

a fraternidade escolherá um de seus membros para ser o responsável e animador, que prestará esse serviço por três anos, de acordo com o mandato do irmão provincial. em caso de impedimento do mesmo, a fraternidade deverá escolher outro animador para completar o mandato corrente.

a escolha do novo animador deverá ocorrer no início do segundo semestre do último ano do triênio, sendo que suas atividades terão início a partir de janeiro do ano seguinte.

um animador poderá ser reeleito uma única uma vez, chegando a um período de animação ininterrupta de, no máximo, seis anos. para que possa ser eleito novamente pela fraternidade, é necessário que haja, no mínimo, o intervalo de um triênio entre o último período de animação e o novo.

Compete ao Animador:

• preparar e coordenar as reuniões da fraternidade, propiciando a participação de todos os membros no processo;

• construir em conjunto com os membros da fraternidade o programa anual em consonância com o plano de formação provincial;

• favorecer o processo formativo dos membros da fraternidade.

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6. MEMBRO DA FRATERNIDADE

o leigo ou a leiga que deseja se tornar membro de uma fraternidade deve seguir os procedimentos estabelecidos pela instância responsável pelo mchfm na província ou distrito.

7. ASSEMBLEIA GERAL

Convocação, composição e objetivos

a assembleia geral terá caráter deliberativo e deverá ser convocada pelo(a) coordenador(a) a cada três anos, em consonância com a posse do irmão provincial.

a assembleia será composta por um representante eleito de cada fraternidade. são membros de direito o irmão assessor provincial e a equipe de coordenação provincial. tanto os membros eleitos quanto os de direito têm voz ativa e passiva.

a assembleia geral terá por objetivos:

• eleger nova equipe de coordenação e seus suplentes;

• apontar as prioridades do triênio.

durante a assembleia geral, a equipe de coordenação, cujo mandato expira, prestará contas de suas atividades. também se constitui numa instância para que as fraternidades apresentem um relatório de suas atividades internas e pastorais realizadas durante o triênio.

uma vez aberta a assembleia pelo coordenador em exercício, a mesma procederá à eleição de seu presidente e de seu secretário.

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UNIÃO MARISTADO BRASIL

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