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Vol. XX • N° 359 • Montreal, 3 de novembro de 2016 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 Cont. na pág. 14 Azores Airlines: O caminho decisivo para a internacionalização • Leia reportagem na pág. 13 Em Porto Alegre: Laços com os Açores • Artigo na pág. 14 Foto LusoPresse. Foto LusoPresse. Na Cinémathèque Québécoise Recital de Homengam a Manoel de Oliveira Reportagem de Vitória FARIA E m colaboração conjunta do Consulado-Geral de Portugal em Montreal, do Instituto Camões e da Cátedra de Cultura Portuguesa da Universidade de Montreal, foi levada a efeito, na passada sexta-feira, na Cinémathèque Québécoise, uma homenagem musical ao cineasta portu- guês Manoel de Oliveira. Esta homenagem ficou a dever-se em boa parte à colaboração do pianista convidado Bru- no Belthoise, que se deslocou de Paris a Montreal para o efeito. Grande amigo da cultura portu- guesa, admirador da obra cinematográfica de Manoel de Oliveira, foi ele que teve a responsabilidade da elaboração e execução do recital de piano com que foi preenchida esta soirée. Uma boa parte do recital foi constituído de obras de compositores portugueses da primeira metade do século XX, como Luiz Costa, Alexandre Rey Colaço, Eduardo Burnay e Armando José Fernandes. A estes autores portugueses pela proximidade musical, como explicou na sua Cont. na pág. 14 Editorial Suspense Por Carlos DE JESUS Na próxima terça-feira, dia 8 de novembro, termina o suspense. Quem se- rá o novo presidente dos Estados Unidos da América, Hillary Clinton ou Donald Trump? Em condições normais devia ser Do- nald Trump. Por vários motivos. Primeiro, pela tradição histórica de al- ternância do poder entre democratas e re- publicanos. Depois dos dois mandatos máximos em que um presidente pode estar no poder, os eleitores têm sempre escolhi- do o partido da oposição para substituir o presidente em exercício. A última vez que os eleitores escolheram um novo pre- sidente do mesmo partido, após os dois mandatos, foi em 1836. Segundo, porque Hillary Clinton, apesar de ter a seu favor o facto de ser a primeira mulher capaz de assumir a presi- dência daquele país, de ser a esposa de um antigo presidente que foi bastante popular e de ela própria ter uma longa experiência como senadora e secretária de Estado é, aos olhos de muitos eleitores, a candidata do sistema, a candidata financiada pela Wall Street, a candidata que representa tudo quanto funciona mal no sistema político e eleitoral americano. Terceiro, porque Donald Trump re- presenta uma nova forma de fazer política. Um outsider. Ele que nunca teve nenhum cargo eleito, mas que também nunca na- morou os grandes trusts financeiros para se fazer eleger e que se declara independente de fortuna, apresenta-se como o candidato NOVO GOVERNO DOS AÇORES “MOTIVADO E DETERMINADOA NGRA DO HEROÍSMO, Açores – O presidente indigitado do Governo Regio- nal dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro, disse ontem que o novo executivo “está moti- vado e determinado” a responder aos desafios. “É um elenco que está motivado, determi- nado e pronto a responder aos desafios que vamos enfrentar nestes próximos quatro anos nas mais variadas áreas, concretizando as linhas de orientação estratégicas e os objetivos traça- dos no programa eleitoral do PS que foi sufra- gado maioritariamente nas eleições do passado dia 16 de outubro”, afirmou Vasco Cordeiro. O responsável falava na conferência de imprensa de apresentação do elenco governati- vo, no Palácio dos Capitães Generais, em An- gra do Heroísmo, na ilha Terceira, depois da entrega da composição do executivo regional ao representante da República. Segundo o presidente indigitado (que vai agora cumprir o seu segundo mandato), este executivo tem uma média de idades de 46 anos, apresentando “uma orgânica ágil e que em re- lação ao XI Governo tem a salientar um novo departamento dedicado às áreas da Energia, do Ambiente e do Turismo”. “Trata-se de áreas estratégicas para o futu- ro da nossa região e que veem, assim, reforçadas a sua componente institucional e de atenção Cont. na pág. 5

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Page 1: N G DOS A Suspense Vol. XX • N° 359 • Montreal, 3 de ...lusopresse.com/359.pdf · Em condições normais devia ser Do-nald Trump. Por vários motivos. Primeiro, pela tradição

Vol. XX • N° 359 • Montreal, 3 de novembro de 2016

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Cont. na pág. 14

Azores Airlines:O caminho decisivopara a internacionalização• Leia reportagem na pág. 13

Em Porto Alegre:Laços com os Açores• Artigo na pág. 14

Foto LusoPresse.Foto LusoPresse.

Na Cinémathèque Québécoise

Recital de Homengam a Manoel de Oliveira• Reportagem de Vitória FARIA

Em colaboração conjunta do Consulado-Geral de Portugal em Montreal, do InstitutoCamões e da Cátedra de Cultura Portuguesa da Universidade de Montreal, foi levada a efeito, napassada sexta-feira, na Cinémathèque Québécoise, uma homenagem musical ao cineasta portu-guês Manoel de Oliveira.

Esta homenagem ficou a dever-se em boa parte à colaboração do pianista convidado Bru-no Belthoise, que se deslocou de Paris a Montreal para o efeito. Grande amigo da cultura portu-guesa, admirador da obra cinematográfica de Manoel de Oliveira, foi ele que teve a responsabilidadeda elaboração e execução do recital de piano com que foi preenchida esta soirée.

Uma boa parte do recital foi constituído de obras de compositores portugueses da primeirametade do século XX, como Luiz Costa, Alexandre Rey Colaço, Eduardo Burnay e ArmandoJosé Fernandes. A estes autores portugueses pela proximidade musical, como explicou na sua

Cont. na pág. 14

Editorial

Suspense• Por Carlos DE JESUS

Na próxima terça-feira, dia 8 denovembro, termina o suspense. Quem se-rá o novo presidente dos Estados Unidosda América, Hillary Clinton ou DonaldTrump?

Em condições normais devia ser Do-nald Trump.

Por vários motivos.Primeiro, pela tradição histórica de al-

ternância do poder entre democratas e re-publicanos. Depois dos dois mandatosmáximos em que um presidente pode estarno poder, os eleitores têm sempre escolhi-do o partido da oposição para substituiro presidente em exercício. A última vezque os eleitores escolheram um novo pre-sidente do mesmo partido, após os doismandatos, foi em 1836.

Segundo, porque Hillary Clinton,apesar de ter a seu favor o facto de ser aprimeira mulher capaz de assumir a presi-dência daquele país, de ser a esposa de umantigo presidente que foi bastante populare de ela própria ter uma longa experiênciacomo senadora e secretária de Estado é,aos olhos de muitos eleitores, a candidatado sistema, a candidata financiada pela WallStreet, a candidata que representa tudoquanto funciona mal no sistema políticoe eleitoral americano.

Terceiro, porque Donald Trump re-presenta uma nova forma de fazer política.Um outsider. Ele que nunca teve nenhumcargo eleito, mas que também nunca na-morou os grandes trusts financeiros parase fazer eleger e que se declara independentede fortuna, apresenta-se como o candidato

NOVO GOVERNO DOS AÇORES

“MOTIVADO E DETERMINADO”

ANGRA DO HEROÍSMO, Açores– O presidente indigitado do Governo Regio-nal dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro,disse ontem que o novo executivo “está moti-vado e determinado” a responder aos desafios.

“É um elenco que está motivado, determi-nado e pronto a responder aos desafios quevamos enfrentar nestes próximos quatro anosnas mais variadas áreas, concretizando as linhasde orientação estratégicas e os objetivos traça-dos no programa eleitoral do PS que foi sufra-gado maioritariamente nas eleições do passadodia 16 de outubro”, afirmou Vasco Cordeiro.

O responsável falava na conferência deimprensa de apresentação do elenco governati-vo, no Palácio dos Capitães Generais, em An-gra do Heroísmo, na ilha Terceira, depois daentrega da composição do executivo regionalao representante da República.

Segundo o presidente indigitado (que vaiagora cumprir o seu segundo mandato), esteexecutivo tem uma média de idades de 46 anos,apresentando “uma orgânica ágil e que em re-lação ao XI Governo tem a salientar um novodepartamento dedicado às áreas da Energia,do Ambiente e do Turismo”.

“Trata-se de áreas estratégicas para o futu-ro da nossa região e que veem, assim, reforçadasa sua componente institucional e de atenção

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Página 23 de novembro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Se viajarpara os Açores...

Escolha...

Paulo DuarteSEDE:Largo de S. João, 189500-106 Ponta DelgadaTel.: 296 282 899Fax: 296 282 064Telem.: 962 810 646Email: [email protected]ÇORES

Português ao raio X• Por Luciana GRAÇA

«Pouco passavam das 23 horas»ou «pouco passava das 23 horas»?

Caso:• «Pouco passavam das 23 ho-

ras de ontem, quando a viatura [...] emba-teu, de forma violenta, contra o gradea-mento [...].» (JN, 19-12-2010).

Comentário:• «pouco passava das 23 ho-

ras»: i) o verbo «passar» tem de estar naterceira pessoa do singular, já que tem deconcordar com o seu sujeito («pouco»);ii) «das 23 horas» é apenas um comple-mento; mais especificamente, um comple-mento preposicional; iii) portanto, no ca-so acima apresentado, devemos dizer «pou-co passava das 23 horas» (ou «passava pou-co das 23 horas»).

Em síntese: • «pouco passavam das 23 horas» X • «pouco passava das 23 horas» V.

Os erros do PSD• Por Osvaldo CABRAL

D u a r t eFreitas cometeu umerro fatal quando op-tou por cortar com opassado histórico doPSD-Açores.

Quis imitar, cer-

blica e isto também nos desgastou perante oeleitorado que não gosta de conflitos, quer écolaboração e bom entendimento. Por outrolado, também deixamos para segundo planoprojetos importantes relativos aos maiorescentros urbanos da região”.

Quase três décadas depois, Duarte Freitascomete o mesmo erro, desgastando-se com osconflitos internos, sobretudo naquele proces-so trapalhão do afastamento de Mota Amarale na polémica feitura das listas, esquecendo-seda essência programática do partido e relegandopara segundo plano os verdadeiros problemasque tocam a todos os açorianos.

Alterar, agora, esta estratégia, é relativa-mente tarde.

Os erros estão lá, com a marca indelévelde um partido desunido, conforme os resulta-dos destas eleições.

O PSD tem que olhar para a qualidade dasua política, da sua ação e da escolha dos seusdirigentes, em vez de se preocupar em renovarlugares de forma conflituosa e impreparada.

Mais uma vez, basta olhar para a sua histó-ria: “No PSD não há lugares cativos, nem con-tingentes de renovação. É a qualidade que devecomandar o processo de escolha dos dirigentespolíticos” (Mota Amaral, na moção de estraté-gia apresentada ao VIII Congresso Regionaldo PSD, em abril de 1992).

É por tudo isso que a liderança de DuarteFreitas está ferida de morte.

O drama do PSD é que não tem alternativaaté 2020.

Até lá terá que aguentar Duarte Freitas,gerindo o mandato de modo a que não afastemais eleitores.

Terminada a transição, das duas uma:Duarte Freitas cede o lugar a outro candidato,ou então mantém-se na liderança do partido,mas candidata outro nome à presidência dogoverno nas eleições de 2024, em que o PS teráque apresentar também um substituto de VascoCordeiro.

Durante esse tempo o PSD terá que mudaro seu foco e preocupar-se em liderar as mudan-ças políticas que precisamos em vários setoresda vida açoriana, com propostas arrojadas, rea-listas e que galvanizem o eleitorado.

Não se deve limitar apenas ao diagnóstico.Tem que se antecipar ao PS na apresentação desoluções e apoiar, sem complexos e pela positi-va, todas aquelas que sejam sugeridas pelos seusadversários.

Tudo isso numa estratégia de proximidadecom os cidadãos. Toda aquela gente nova queagora ingressou nas fileiras da deputação, nãopode ficar confortavelmente sentada no parla-mento, nos aviões e nos gabinetes. Há muitotrabalho de campo para fazer, muitas ruas parapercorrer e muita gente para convencer.

Aliás, o PSD não precisa de inventar nada.Basta recorrer à sua História.Como era o PSD nos seus tempos de su-

cesso? Como agia? Que postura tinham osseus dirigentes perante os cidadãos? Que qua-lidades tinham os seus principais responsáveis?

Quase todos eles ainda andam por aí. Nãorecorrer aos seus conselhos é erro de igno-rância.

É verdade que os tempos são outros, masos grandes conceitos estratégicos da políticanão mudaram assim tanto.

Quando entramos num hospital, prefe-

rimos ser atendidos por um médico experienteou por um acabado de chegar? Quando vamospara a universidade, preferimos um professorexperiente ou um que vai começar a carreira?Quando vamos a um advogado, preferimosuma voz experiente ou um estagiário?

O PSD luta com outro drama.É o facto do PS estar a ocupar o seu espa-

ço ideológico.O PS de hoje faz praticamente o mesmo

que fez o PSD nos seus primórdios de gover-nação, porque percebeu rapidamente os estadosde alma do eleitorado açoriano.

À força de querer ser diferente, o PSD fo-ge da sua matriz e instala a confusão na cabeçado seu eleitorado.

Este ‘ziguezaguear’ político, agravado pelaentrada e saída de quadros, não cria confiançanem estabilidade.

Este PSD está amarrado a uma estratégiatoda errada.

Libertar-se disto vai ser o cabo dos tra-balhos.

tamente, a estratégia de Carlos César, quandoeste tomou conta do PS.

Só que os dois partidos têm um históricomuito diferente: o PS tinha uma imagem departido perdedor, de quase 20 anos na oposi-ção, enquanto que o PSD colecionou vitóriaseleitorais com maiorias absolutas sucessivas,possuindo alma de ganhador.

Esse tempo tinha um rosto: João BoscoMota Amaral.

A partir do momento em que Duarte Frei-tas quis apagar, ou ignorar, essa fase histórica,promovendo uma renovação brusca do par-tido, assinou o óbito da liderança e do própriopartido.

A História ensina-nos que nenhuma forçapolítica pode desprezar a sua memória, a suaexperiência, os seus talentos, em nome de umarenovação impreparada, que faz tremer os ali-cerces de qualquer fundação.

Olha-se para os partidos nacionais e ve-mos lá as vozes da experiência aliadas aos talen-tos mais novos.

É ver Jerónimo de Sousa ao lado de JoãoOliveira, Ferro Rodrigues ao lado de João Ga-lamba, Telmo Correia ao lado de AssunçãoCristas, Vieira da Silva ao lado de Ana CatarinaMendes...

Faltam vozes experientes no PSD-Açores.E com credibilidade.

Esta imagem de instabilidade interna, emnome da admissão de rapaziada submissa, é opior sinal que se pode transmitir ao eleitorado.

O povo açoriano é conservador, não gos-ta de ruturas abrutas e não confia em quempromove o conflito.

Ora, a liderança de Duarte Freitas andou,quase sempre, num conflito permanente comas personalidades históricas do partido, criandouma imagem de instabilidade ideológica nopróprio posicionamento do PSD.

Carlos César e Vasco Cordeiro há muitoque perceberam que a instabilidade interna e oconflito público não dão votos.

Se Duarte Freitas e todo o seu aparelhotivessem recorrido à história do próprio PSD,teriam aprendido que, no período em que esta-va no poder, perdeu votos exatamente quandopromovia conflitos desnecessários.

Em 1988, após a célebre “guerra das ban-deiras”, com um clima tenso internamente, oPSD foi castigado nas urnas, renovando a ma-ioria à tangente.

Mota Amaral percebeu isso e corrigiu otiro no mandato seguinte.

É ele próprio que reconhece o erro, quan-do numa entrevista à beira das eleições de 1992,afirma textualmente: “O PSD teve um resulta-do frouxo há quatro anos por duas razões fun-damentais, se bem analiso historicamente asituação. Nessa altura estávamos muito desgas-tados devido ao rescaldo da guerra das bandeirase a um conflito que se tinha aberto com o Go-verno da República e com o Ministro da Repú-

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LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Norberto Aguiar• Carlos de Jesus• Osvaldo Cabral• Luciana Graça• António da Silva Cordeiro• Adelaide Vilela• Jules Nadeau• Onésimo Teotónio Almeida• Vitória Faria• Aquilino Pinto

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 21h00 às 22h00• Sábado: 11h00 ao meio-dia(Ver informações: páginas 3 e 8)

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

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Bob Dylan – um prémio que ficou … blowin’ in the wind• Por Onésimo TEOTÓNIO ALMEIDA

“A hard rain is gonna fall”… atéjá está a cair a potes no momento em queescrevo. Simbólico. Mas se calhar “Hurri-cane” seria um melhor título (doutra cançãode Bob Dylan) para o furacão desencadeadopela notícia da atribuição do Nobel da Litera-tura à mais emblemática figura musical dosmíticos anos 60 (por mim fui sempre maistocado pela melodiosa e aconchegante vozde Joan Baez). Que dizer de novo que nãotenha sido dito já? Nada. Venho tentá-loapenas porque da redação do JL me pediramecos da controvérsia nestes lados do Atlân-tico. Como se preciso fosse. Hoje, tudo éinstantâneo nos ecrãs dos computadores.Por isso escreverei apenas para os fiéis devo-tos do papel impresso.

As reações por aqui não foram muitodiferentes das circuladas em Portugal. Aoque parece, uma minoria sonhava com essahipótese; a verdade, porém, é que a notíciaapanhou o mundo de surpresa. Eram váriosos nomes saltitantes nas observações doscomentadores e não me recordo nunca dealguma vez ter descortinado nada que rimas-se com Bob Dylan. Entre os autores de lín-gua inglesa, Philip Roth, Don DeLillo eMargaret Atwood pareciam refrão nas listasdos premiáveis. O mundo, claro, é bem mai-or que o de fala anglófona, todavia pediram-me para falar dos EUA.

Várias vezes solicitado a comentar, umavez ou outra não resisti e evoquei o meu ve-lho professor, Mons. J. Machado Lourenço,que dizia, ao modo do Conselheiro Airesde Machado de Assis: Sobre este controversoassunto, há dois grupos de opinião: os quedizem que sim e os que dizem que não. Osque dizem que sim, afirmam; os que dizemque não, negam. Eu não digo nem umacoisa nem outra, antes pelo contrário. E noentanto vejo méritos em ambos os flancosda barricada. Do lado do contra (da “De-solation Row”, chamemos-lhe dylanamenteassim), um argumento de peso: será que nãohá por esse mundo fora autores tão bons,ou melhores, do que muitos dos já contem-plados pela Academia Sueca?

Um outro argumento carrega tambémo seu valor: numa altura da história em queos média dão relevo a tanta literatura light,não seria de se premiar um/a grande autor/a impulsionando assim a sua divulgação en-tre o público, já que um prémio Nobel ésempre garantia de vendas? (O nosso mor-daz Dalai Lima pôs há dias a circular umdos seus perspicazes pensamentos anun-ciando que uma escritora da nossa praça iaganhar o Nobel da Lighteratura).

Outro argumento aventado tem sido ode o prémio ser de Literatura e não de Mú-sica. Dá para nos interrogarmos se chegaráo dia em que o libreto de uma ópera serátambém contemplado.

Rabindraanth Tagore, premiado como Nobel em 1913, escreveu mais de duasmil canções, mas ele era acima de tudo poetae foi nessa qualidade que o prémio lhe foiatribuído. Dylan é um grande poeta, atalhamalguns. Não faz parte do cânone da poesia

americana, respondem os da oposição. Já nãohá cânone, contra-argumentam os primeiros.E se não é corrente encontrá-lo nas bibliogra-fias dos cursos de poesia nas universidades, oOxford Book of American Poetry incluiu-ona sua edição de 2006, organizada pelo poetaDavid Lehman, saudada pela crítica como “umacorajosa redefinição do cânone” (sim, do câno-ne) da poesia americana. Aliás os sinais anda-vam de há muito no ar. Dois anos antes, já omuito respeitado crítico e scholar inglês, Chris-topher Ricks, no seu livro Dylan’s Visions ofSin, com base em minuciosa análise e servin-do-se de bem elaborados argumentos, haviadefendido que se recebesse como poética aobra de Bob Dylan, chegando a comparar oautor a W. B. Yeats, John Keats e Tennyson.(Rick veio à Brown falar sobre o tema da suaobra.)

Aqui perto, na Universidade de Harvard,o professor de Clássicas Richard F. Thomasleciona um seminário para caloiros intituladoBob Dylan, em que procura inserir o poetanão apenas na cultura popular americana doúltimo meio-século, mas também na tradiçãopoética herdada de Virgílio e Homero.

Aqui na Brown, desconheço se a poesiade Dylan é lecionada nalguma unidade curricu-lar, porém não me surpreenderia se tal aconte-cesse, dada a tradição vanguardista predomi-nante nos departamentos de Literatura e nasHumanidades em geral. Há pelo menos umatese de licenciatura em Literatura Comparadasobre Dylan. No Departamento de História,por exemplo, Kenneth Sacks, que já foi Deca-no do College, leciona um seminário para caloi-ros intitulado Walden + Woodstock: TheAmerican Lives of Ralph Wald Emmersonand Bob Dylan, todavia o enfoque assenta nahistória da cultura.

Mas isto é apenas um simples levantar dovéu. Uma arqueologia da institucionalizaçãouniversitária da poética de Bob Dylan ocupariamuito espaço. Ao que parece, os primeirosartigos académicos sobre Dylan surgiram aindana década de 60. O primeiro livro publicadofoi escrito por uma mulher, Betsy Bowden,com o significativo título de Performed Litera-ture: Words and Music by Bob Dylan, ediçãoda Indiana University Press em 1982. Atual-mente, contam-se mais de mil livros em inglêssobre Dylan (Bob, isto é, pois referido apenaspor “Dylan” pode gerar confusão com DylanThomas). Stanford University, onde estive napassada semana num congresso, foi palco deoutro, há dezoito anos, precisamente sobre oatual Nobel da Literatura. No Dartmouth Col-lege, uma universidade Ivy League de NewHampshire, desde meados dos anos setenta oProfessor Lou Renza leciona a poesia de Dylannuma cadeira oferecida pelo Departamento deInglês. Na Boston University, Kevin Barentse Jeremy Yukdin ensinam há vários anos umaunidade intitulada Bob Dylan: Music andWords (note-se a referência explícita a words,isto é, à poesia). Só para terminar este breveexcurso pela receção crítica do autor de “Blo-win’ in the Wind”, registo a publicação, háum ano, da responsabilidade da respeitávelCambridge University Press, de The CambridgeCompanion to Bob Dylan, que coloca o ícone

da música folk contemporânea na compa-nhia de indiscutíveis pilares da literatura co-mo, por exemplo, Baudelaire.

Face a tudo isso, se eu que de poesiasou mero leitor e de poesia inglesa quasenem isso, de que servirá ao público do JL aminha opinião? Daí este meu limitar-me aosfactos que tenho vindo a aprender, procuran-do curar-me da minha ignorância, castigoque, tal como a Sísifo, sobre mim caiu hádécadas e de que, sem êxito, diariamente pro-curo libertar-me.

O último contra-argumento que aquiregistarei à presente atribuição do Nobel éo do tempo. Bob Dylan é atualmente umafigura do establishment e a sua lírica estálonge de ser inovadora. Aí, calo-me face àcoerência – no caso específico deste ano –do Comité Nobel. J. Michael Kosterlitz,professor de Física aqui na Brown, recebeuuma chamada telefónica de Estocolmo. Elenão, aliás, pois estava fora, em vez de, comotantos outros, sentado junto ao telefone àespera. Foi a mulher a atender. Ela não espe-rava rigorosamente nada (nem ele, de resto).Sara Danius, a Secretária Permanente do Co-mité Nobel, anunciou-lhe que o marido tinharecebido o Nobel da Física. A justificaçãoterá sido um artigo publicado em 1972, pos-teriormente tido como profundamente re-volucionário e influente. Podemos, portan-to, inferir que o prémio foi também para oBob Dylan jovem, não o contemporâneo.

Com efeito, o Bob Dylan destes diasacumulou prémios, o que uma… rolling sto-ne nunca consegue (a rolling stone gathersno moss é da sabedoria popular anglófona),e não há memória de ter recusado um únicosequer. Foram onze Grammy Awards, umGolden Globe, e mais um Academy Award.Depois, foram vários Hall of Fame, umacitação num Pullitzer Prize, o Prémio doPríncipe das Astúrias, a Légion d’Honneurdo ministro de Educação de França, a Presi-dential Medal of Freedom, concedida porBarak Obama, e – pasme-se! – até um PolarMusic Prize, do rei Carl XVI, da Suécia.

Daí a legitimidade da pergunta: porquêesta recusa? Uma imitação de Jean-Paul Sar-tre, lembrança de quando Dylan tinha 23aguerridos anos?

Falta coerência neste gesto. Uma rebel-dia aos 75, e após tantas décadas de aburgue-samento, destoa. “It is [not] all right”.Bob Dylan deveria ter “thought twice”. Nin-guém está “Forever young”. Afinal, the timesare a changin’ há muitos séculos e já Camõesmuito antes dele pôs essa ideia em verso –Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades– e, séculos antes dele – lembra-me a Leonor– já os trovadores galaico-portugueses canta-vam: Todalas cousas eu vejo mudar…

Por isso, sabendo o que sei hoje, con-cordo com o contemplado. Embora mereça,não lhe deviam ter dado o Prémio Nobel.Com cem milhões de discos vendidos, paraque lhe serve o milhãozito sueco?

E todavia ficava-lhe bem um simplesNão preciso, muito obrigado! Nem sequerpor estar mais de harmonia com a sua con-temporânea fase cristã, born again, mas pelamais elementar regra de civilizada cortesia.

Digamos que foi uma… “shadow in the night”.

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Página 53 de novembro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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CONVERSAS DE VIAGEM• Por Adelaide VILELA (texto e fotos)

Caros leitores, trago para contar extra-tos de mais uma viagem ornada de sons poéti-cos. Regressei a casa, mas o Sol de Portugalainda me deslumbra e maravilha o peito! E onosso povo é afetuoso, é autêntico, é belo! Etemos um País absolutamente fantástico. Sãotantas e raras as belezas, de Norte a Sul, quenão apetece sair daqueles lugares pintados demagia e encantos!

Nunca tive tantos desejos de sair de Mon-treal, neste fim de verão. Durou pouco o inter-regno, mas foi uma prenda deliciosa esta via-gem.

De Montreal ao Porto, o percurso levouum pouco mais de 6 horas. Ao chegar àquela aque eu chamo a capital do Norte, à minha es-pera estavam as manas, Fátima e Lucinda Ro-drigues. Com elas cheguei a Caminha, ao Con-vento de Santo António. Ali pernoitámos parano dia seguinte, à luz da aurora, seguirmos ru-mo a Monção. As termas estavam prontas ecapazes de aliviar o mal que há muito nos corróios ossos e encurta a vida. Ali, a vizinha Espa-nha surge a dois passos, e muitos até arranhamo português. E foi nosso ninho o Hotel Bie-nestar, perto dos jardins engalanados de vegeta-ção e frescura. Fomos acolhidas por gente por-tuguesa que sabe receber, com apreciação e mé-rito por todos quantos por lá passam.

Entretanto regressámos a Caminha. E des-ta vez também não consegui saudar as queridasIrmãs Franciscanas e Hospitaleiras da Senhorada Conceição. No Convento estava o Frei Pin-to, oriundo de Ponte de Lima, para fazer Retiroàs Irmãs idosas, àquelas que não podem des-locar-se aos lugares indicados para essas ativi-dades bíblicas. Gostei de conhecer o Frei Pin-to! Por várias vezes almocei e jantei com aqueleadmirável filho de Deus. A esta questão, as Ir-mãs têm uma sala de refeições e outra designadaà oração, para as suas valências e não para visi-tantes. O Frei Pinto é modesto e sensível, mascom uma alegria de viver contagiante. Temcompetências e qualidades de orador sábio esabe partilhar a sua crença, de maneira tal queaté eu consegui libertar-me dos pensamentosnegativos e acreditar numa cura possível.

Como sempre regresso ao convívio da-quelas Irmãs amadas, que me acolhem princi-pescamente, tal como se fosse para encontraro caminho do ouro. Com o apoio e a amizadedaquelas santas, sinto-me mais criativa e hu-mana. E com os olhos no Céu, trago no peitoas palavras lindas e os conselhos da Irmã Fáti-ma e da Irmã Guilhermina, Madre Superioraque, por certo, me ajudarão a encarar este inver-no e a suportá-lo com mais doçura e paixão.

Posteriormente,fui com a minha que-rida Irmã Fátima Ro-drigues à Covilhã e aS. Jorge da Beira, vera família, matar sauda-des e reafirmar a mi-nha memória identi-tária. Para bem dodescanso paramosno Hotel Jardim, na-quela cidade serrana erica em cultura. Emconversas de viagem

do grande importância àquelas terras, o InfanteDom Henrique foi Senhor da Covilhã, consi-derando-a uma das vilas mais apreciadas doreino. Logo, realçamos o nome de Frei DiogoAlves da Cunha, reza a história que fora sepul-tado na cidade. Pêro da Covilhã foi o primeiroportuguês a chegar a Moçambique, assim falamos historiadores. A avaliar pelos estudos feitos,com amor e perícia, alguns navegadores saíramda Covilhã para integrar a epopeia marítima.A título de exemplo: na expedição de Vasco daGama terá partido da Covilhã, Frei Diogo Al-ves da Cunha, acima referido. A Covilhã foidurante séculos uma das vilas mais valorizadas,em todos os reinados. Ora, não é de admirarque o rei D. Sebastião tenha atribuído à vila, deoutrora, um título de grande notoriedade e va-lentia, pelo sucesso alcançado, respeitante aoscidadãos daquela época.

Quão maravilhoso seria continuar a mare-ar neste mar de viagens, mas para regressar aostempos da romanização da Península Ibérica,a Covilhã teria que dormir em mim e enfarpe-lar-me de tempos proto-históricos, até con-cluir um estudo profundo desta que foi cidadede reis, de políticos, de santos e de navegadores.Como cidadã do mundo tenho consciência deque esta minha cidade – que amo e que estimodo mais profundo da alma – tem hoje, maisque ontem, um grande nível artístico, culturale de desenvolvimento económico dignos denota.

Como nota de conclusão, a Covilhã foielevada a cidade em 1840. Conta com 146 anosde existência, como cidade, a nossa Silia Her-mínia.

A nossa colaboradora, Adelaide Vilela, em amena conversa como vereador Jorge Torrão.

com o vereador Jorge Torrão, homem afável ebem conhecido, falou para o nosso Jornal –com orgulho e admiração, dos médicos e deoutros profissionais que saem formados deuma Instituição Superior – das mais prestigia-das de Portugal, aquela que é uma mais-valiapara a cidade da Covilhã, a Universidade daBeira Interior. A conversa entrou pelo serãoadentro, Jorge Torrão, apaixonado pela nossaTerra, valorizou sem cessar, as coletividadessociais e recreativas, as sumptuosas igrejas, er-guidas ao céu, os museus, a sede da música,inaugurada no ano passado e tantos outrosbens e valores que conferem à cidade virtudese riquezas culturais, prontas a enamorar visitan-tes ou empresários que por ali passam comvontade de investir. Digamos que, Carlos Pintoconsiderou sempre a cidade como a maior e amais nobre princesa da Província da Beira Bai-xa. Quando chegou ao fim dos seus compro-missos políticos, deixou a Covilhã atraente,moderna e simplesmente bela, para que o seusucessor apostasse melhor ainda no patrimó-nio covilhanense, bem preservado ao longodos anos. Parabéns ao Sr. Presidente, VítorPereira, por envidar esforços e continuar a em-belezar a cidade e a desenvolvê-la.

Importa dar relevo e expressão à minhacidade, pois sinto-me por ela atraída e perfeita-mente encantada! Reconheço que é um sonhoagarrado aos laços que me ligam aquela terra,onde as artes das lãs há muito fizeram história.Se ali tivesse um lugar meu, seria mais feliz egloriosa: como se fosse princesa daquelesMontes Hermínios!

A Covilhã foi terra de romanos, de mou-ros e de muitos outros povos, tais como osjudeus que ajudaram a povoar e a erguer aquelasterras da Beira. São muitos os senhores do rei-no de então, que viram crescer a cidade da Serramais alta de Portugal. Destacando alguns, D.Sancho I concedeu foral à Covilhã corria oano de 1186. D. Dinis mandou construir asmuralhas da Porta do Sol. Na idade média, dan- Adelaide Vilela e sua mamã.

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política”, adiantou Vasco Cordeiro, conside-rando que estes “são alicerces do desenvolvi-mento futuro” dos Açores.

De acordo com Vasco Cordeiro, esta novaSecretaria permite “uma maior inter-relação ecoordenação setorial” entre estas áreas “dentroda mesma esfera departamental”.

O novo Governo Regional dos Açoresvai ter seis caras novas e soma mais uma Secre-taria regional, num executivo em que transitamdo anterior o presidente, Vasco Cordeiro, ovice-presidente, Sérgio Ávila, e três secretários.

Sérgio Ávila (pastas do Emprego e Com-petitividade Empresarial) mantém-se num car-go que já exerceu nos três anteriores executivosregionais, a vice-presidência, na Secretaria Re-gional da Solidariedade Social continua AndreiaCardoso e na Secretaria Regional da Educaçãoe Cultura Avelino Meneses.

Já Vítor Fraga, que tinha as pastas do Tu-rismo e Transportes, que incluía as Obras Pú-blicas e a Energia, passa a tutelar Transportese Obras Públicas.

O Turismo, a Energia e o Ambiente – anova secretaria - ficam nas mãos de Marta Guer-reiro e Gui Menezes assume a Secretaria Regio-nal do Mar, Ciência e Tecnologia.

Rui Luís tem a tutela da Saúde e João Pontea Agricultura e Florestas.

O elenco do XII Governo Regional dosAçores fica completo com Berto Messias, quevai assumir as funções de secretário regionalAdjunto da Presidência para os Assuntos Par-lamentares, e Rui Bettencourt, secretário regi-onal Adjunto da Presidência para as RelaçõesExternas.

A presidência, a vice-presidência e as secre-tarias regionais dos Transportes e Obras Públi-cas, e Energia, Ambiente e Turismo ficam sedi-adas em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel,assim como o gabinete do secretário regionaladjunto da Presidência para as Relações Ex-ternas.

As secretarias da Solidariedade Social, Edu-cação e Cultura, e Saúde mantêm a sede emAngra do Heroísmo, na ilha Terceira, ondetambém fica o gabinete do secretário regionaladjunto da Presidência para os Assuntos Parla-mentares.

Na Horta, ilha do Faial, continuam instala-das as secretarias regionais da Agricultura e Flo-restas, e do Mar, Ciência e Tecnologia.

O Governo Regional toma posse perantea Assembleia Legislativa da Região Autónomados Açores amanhã, às 15:00, na Horta, ilhado Faial.

O PS venceu as eleições regionais de 16de outubro, conquistando a quinta maioria ab-soluta consecutiva para o partido, a segundasob liderança de Vasco Cordeiro.

NOVO GOVERNO...Cont. da pág 1

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SECRETÁRIO DE ESTADO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS EM MONTREAL

APRENDER PORTUGUÊS, UMA LUTA DE TODOS OS INSTANTES• Reportagem de Norberto AGUIAR

LUSOPRESSE – O secretário de Esta-do das Comunidades Portuguesas esteve depassagem por Montreal, no passado fim desemana. Na ocasião, o governante visitou oconsulado, esteve em Santa Cruz, visitou a Cai-xa Desjardins Portuguesa, entrou na Associa-ção Portuguesa do Canadá, e subiu às instala-ções do Clube Portugal de Montreal. Almoçoucom alguns dirigentes associativos e encon-trou-se ao mesmo tempo com empresários epolíticos da comunidade.

Em Santa Cruz, José Luís Carneiro, primei-ro deu uma volta pelas classes de Português,onde dialogou com muitos dos alunos, e depoisdesceu ao Salão Nobre para participar na entre-ga de diplomas aos alunos mais destacados.

Na passagem pelas aulas, o secretário deEstado preocupou-se com a criançada, e comos adolescentes, querendo saber dos seus no-mes e locais de nascimento e respetivas origensgeográficas parentais. E fez perguntas sobre aescola portuguesa. Valorizou o facto de serimportante aprender a nossa língua, que com-parou a uma árvore, visto que uma «árvoreque não tenha raízes seguras, vem o vento ederruba-a». Esta a fórmula que encontrou paraexemplificar junto da miudagem o quanto épreciso não perder de vista a aprendizagem danossa língua, a terceira mais falada da esfera in-ternacional fora da Europa.

Nas diversas salas de aula por onde pas-sou, o secretário de Estado teve oportunidadede se aperceber que os alunos tinham ligaçõesa todos os recantos de Portugal, com predomi-nância no Norte, do Minho, sobretudo. Mashavia-os também da Terceira, de São Miguel,nos Açores, e ainda uma linda menina comgenes em Coimbra e nos Camarões.

Uns mais afoitos, outros mais tímidos,todos entabularam conversa com o governantelusitano se abordados... houve mesmo em de-terminada sala (da professora Célia de BritoSilva) um futuro cientista sem pejo para ex-plicar o que quer fazer no futuro. Outro, ques-tionado por que é que estava ali a estudar Por-tuguês, saiu-se com uma tirada que a todos fezsorrir: – poder escrever à minha namorada!Sem mais.

Na volta que deu pelas salas de aula, sempreacompanhado pelo padre José Maria Cardoso,diretor da Escola Santa Cruz, de José Barros,

diretor da Escola Lusitana, de Ana Paula Ri-beiro, coordenadora do Ensino do Portuguêspara o Canadá – está sedeada em Toronto –, ede José Guedes de Sousa, cônsul de Portugalem Montreal, o secretário de Estado não secansou de martelar no quanto um pequenopaís como Portugal possui dimensão global,antes com prestigiadas figuras como Camões,Magalhães e agora com a eleição de AntónioGuterres para o prestigiado e prestigiante cargode secretário-geral da ONU. Afirmações quevisaram demonstrar aos nossos jovens que éde todo o interesse aprender o Português, deforma a poderem continuar ligados a Portugal,um país moderno e muito diferente do que osavós, ou até alguns pais, deixaram quando emi-graram...

Nesta visita agiu como cicerone a profes-sora Zulmira Barros.

ENTREGA DE DIPLOMASA segunda parte da visita de José Luís Car-

neiro a Santa Cruz obedeceu a convite paraparticipar na sessão de entrega de diplomasaos alunos que participaram, pela primeira vez,num concurso de escrita promovido pela co-ordenação do Instituto Camões no Canadá,secção de Montreal, se assim se pode dizer, eque tem como responsável Inês Faro.

Com a sala cheia de alunos, pais, profes-sores, alguns convidados, para além de pessoasanónimas, foi o padre José Maria a desejar asboas-vindas ao secretário de Estado, pela pri-meira vez a visitar Montreal – e o Canadá –nestas suas novas funções, ele que antes doPartido Socialista formar governo foi presiden-te da Câmara Municipal de Baião, entre muitasoutras responsabilidades políticas, etc.

Seguiu-se-lhe, naturalmente, o governantesocialista, que depois de agradecer a receçãocalorosa com que foi obsequiado, dirigiu-se àsmães e pais dos alunos, enaltecendo a aberturade espírito para com a formação dos seus fi-lhos, onde entra a aprendizagem da língua por-tuguesa, a terceira mais falada fora da Europa,a quarta mais falada do Mundo e a mais impor-tante do Hemisfério Sul. «Há cada vez maisgente a falar Português em África, na AméricaLatina e até na China. Por exemplo, na Venezu-ela, é gratificante saber que muita gente aprendeo Português. Há até muitos alunos adultos aseguirem aulas do nosso idioma, isto apesar

José Luís Carneiro à conversa com os alunos da Escola Lusitana. Foto LusoPresse.

Na foto, joana Ferreira mostra, orgulhosa, o Diploma de vencedora do concurso. AnaPaula Ribeiro, José Luís Carneiro e Marissol Ribeiro agem como testemunhas. FotoLusoPresse.

Os meninos da Escola Santa Cruz também se mostraram surpresos com a visita do ilus-tre convidado. Foto LusoPresse.

das grandes dificuldades económicas por quepassa a Venezuela neste momento. O Portu-guês, reforçou perante a plateia, é a língua doamor».

Ana Paula Ribeiro, coordenadora do Ins-tituto Camões, depois de breve introdução aexplicar no que constava o concurso, passou achamar os concorrentes um a um para recebe-rem os respetivos diplomas de participaçãodas mãos de Marissol Ribeiro, diretora da CaixaGeral de Depósitos no Canadá, também sede-ada em Toronto, e patrocinadora do evento.De entre os participantes, houve uma grandevencedora, a jovenzita Daniela Ferreira, quepara além do Diploma de primeiro lugar aindalevou um cheque para casa.

No final da entrega de prémios, MarissolRibeiro disse ao nosso jornal que estava satis-feita por ter apoiado a iniciativa na qualidadede representante da Caixa Geral de Depósitos,assumindo ao mesmo tempo que a iniciativaagora praticada é para repetir já em 2017.

«ATÉ QUE O AMOR ME MATE»Entretanto, enquanto o secretário de Es-

tado saia para almoçar com elementos asso-

ciativos e dar uma volta pela comunidade, emSanta Cruz, pelas 16 horas da tarde deste mes-mo dia, era lançado o livro «Até que o Amorme Mate», terceiro romance histórico, da auto-ria da escritora Maria João Lopo de Carvalho,e que teve o apoio do Instituto Camões.

O LusoPresse, pela pena da nossa colabo-radora Adelaide Vilela, conta apresentar umtrabalho de reportagem sobre aquele lança-mento na nossa edição de 17 de novembro.

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CAMPANHA ELEITORAL AMERICANA

SURPRESA DE OUTUBRO

• Por António DA SILVA CORDEIRO

Onze dias apenas antes da eleiçãoamericana, o Diretor do FBI enviou uma cartaa oito chefes de comité do Congresso infor-mando-os de que aquela agência teria en-contrado e.mails que parecem ser importantespara reabrir a investigação sobre o caso dosfamigerados mails de Hillary Clinton. Pareceque terão encontrado um “aparelho” eletró-nico (um computador) contendo mails quenão fizeram parte da sua anterior investigaçãoa Clinton que fora dada como terminada noprincípio do verão. Deve ser importante. Pa-rece não haver relação alguma com as revela-ções do Wikileaks. O Departamento de Estadode nada sabia e, naturalmente, declaram-se dis-postos a colaborar totalmente com o FBI.

Trump abriu um comício com esta notíciade última hora prometendo não falar mais so-bre o assunto para dar toda a liberdade à novainvestigação do FBI. Quem o acredita?

Tenho terminado as minhas notas sobrea Campanha Americana dizendo que tudo podeacontecer até ao dia 8 de novembro. Nestemomento (sexta-feira à noite), Hillary não teminformação nenhuma sobre o referido “apa-relho” eletrónico que supostamente terá sidodescoberto. A Campanha Democrata e o pró-prio Departamento de Estado não têm conhe-cimento dos e.mails mencionados na carta doDiretor ao Congresso e nada sabem sobre ou-tras informações na posse do FBI com sufici-ente importância para reabrir o dossier de Hil-lary Clinton.

Informação de última hora, sexta-feira ànoite: sabe-se mais pormenores sobre estaação do FBI. Os e.mails em questão não sãode Hillary Clinton. Foram descobertos no pro-cesso de investigação do ex-congressista deNew York City, Anthony Weiner. Este ex-con-gressista foi forçado a demitir-se por “sexting”(transmitir material sexual pela internet) comuma menor de outro estado o que transformao caso num crime federal e, portanto, objetode investigação pelo FBI. Ele é recentementedivorciado de Huma Abedin que é vice-chefeda campanha de Clinton e tem sido, desde hámuitos anos, auxiliar e confidant de HillaryClinton.

Donald Trump abriu, esta noite, um comí-cio no estado de New Hampshire com a notí-cia da ação do FBI. Confessou que foi a melhoroferta que ele poderia receber. Esta decisão, se-gundo ele, causará a reunificação dos Republi-canos que decidirão agora juntar-se a ele paraconseguirem ganhar a Casa Branca.

A resposta da Campanha Democrata foideclarar que a campanha de Trump dizendomilhentas vezes por dia que o sistema é burla-do terá convencido o FBI a ligar estas duas in-vestigações. Assim, o Diretor do FBI, JamesGormey, Republicano, mas pessoa muito ho-nesta e competente, não quis correr o risco deser acusado de esconder evidência por razõespartidárias. Ele foi assistente do Attorney Ge-neral (equivalente ao nosso Ministro da Justi-ça) no tempo de George W. Bush. Foi nomea-do por Barack Obama para Diretor do FBI efoi facilmente aprovado pelo Senado, de maio-ria Republicana, na ocasião. Sacrificou-se ten-

tando ser independente, como deve ser naquelaposição. É muito possível que Clinton nãoseja afetada, mas sim a sua assistente. É sabidohoje, sábado, que James Comey terá consultadoos seus superiores, Loreta Lynn e um assistentedela que o aconcelharam a manter a investi-gação secreta até à eleição. Não é hábito o De-partamento de Justiça interferir em nada nos60 dias anteriores à eleição presidencial. LoretaLynn aceitou a decisão do Diretor James Co-mey, embora não concordasse com ele. Deveter sido uma decisão difícil para os três porque,se o mandasse continuar a investigação semcomunicar com o Congresso, ele poderia demi-tir-se e tudo viria a público com muito maisbarulho e prejuízo na campanha democrata.Este trabalho do FBI, continuar a investigaçãode Anthony Weiner e possivelmente reabrir ocaso dos mails de Clinton, não terminará antesde 8 de novembro, mas poderá afetar os inde-pendentes que, afinal, são os eleitores que deci-dem a eleição, principalmente tendo em aten-ção os dois partidos menores que estão aabsorver cerca de 10 % destes votantes inde-pendentes.

Apesar desta notícia-bomba de últimahora, e tendo em atenção as últimas sondagens,será muito dificil Trump recuperar a ponto dechegar a 270 lugares necessários no ColégioEleitoral. As projeções antes desta notícia da-vam uma vantagem de cerca de 110 votos doColégio Eleitoral a favor de Hillary Clinton,ou seja, neste momento projeta-se 326,5 a fa-vor de Clinton e 210,3 a favor de Trump. Nãoparece haver tempo suficiente para desfazertal diferença. Há que notar que os eleitoresamericanos depois de ano e meio de campanhaeleitoral, primárias e presidencial, estão cansa-dos e anestesiados e, portanto, estas bombasde outubro já não produzem o choque de anti-gamente. Isto não significa que Clinton nãovai sofrer com o incidente, mas não pensoque seja fatal. Trump teria a possibilidade deganhar ou ficar muito perto dos números ne-cessários. Teria que fazer algo que é impossivela Donald Trump: prometer que, até 8 de no-vembro, não diria nada que não estivesse escritodiante dele. Isso é definitivamente impossível.Se ele não disser alguma coisa estúpida, comoé seu hábito, as percentagens e os números fi-carão muito mais apertados. Isto é, se a Clin-ton, antes disto, estava com as sondagens indi-cando uma vitória de pelo menos 3 a 5 porcento, esta surpresa de outubro reduz a diferen-ça para 1 a 3 por cento, o que será suficiente.

Compreende-se a posição difícil do Dire-tor do FBI nesta situação: como se costumadizer, ele está entre a cruz e a caldeirinha, oucomo se dizia na minha terra, preso por tercão, preso por não ter.

Também compreendo a situação em queentrará Hillary Clinton ganhando a Casa Bran-ca. O FBI continuará com estas isnvestigações.O Congresso recomeçará as suas investigacõesno dia 20 de janeiro, quando ela toma posse.No dia 21 de janeiro o Congresso começará afalar, se não a preparar o impeachment da pri-meira mulher Presidente dos Estados Unidos.Peço muito a Deus que eu esteja completamenteerrado.

E, como é meu costume, talvez seja a últi-ma vez que o digo, até ao dia 8 de fevereiro: tu-do pode acontecer e este país pode ter a poucasorte de ter Donald Trump como Presidente.

(New Jersey) L P

CD “BEIRA DOIRO” – Novo trabalho discográfico de Marcos Alvim

• Por Aquilino PINTO

Foi apresentado, no passado mês de setembro, o novo trabalho discográfico de MarcosAlvim. Um disco com poemas de Fausto José (1903-1975), poeta de Aldeias, concelho de Ar-mamar (distrito de Viseu) e que contou com o apoio da Câmara Municipal de Armamar.

O concerto de apresentação do CD teve lugar na Praça da República, em frente ao edifícioda Câmara Municipal.

“Beira Doiro” é um trabalho de homenagem ao poeta Fausto José e que conta com a par-ticipação de vozes juvenis e o Orfeão da Universidade Sénior de Armamar.

Este é o quinto trabalho discográfico de Marcos Alvim e que assinala dez anos de carreiraartística deste jovem compositor, desde a edição do primeiro CD, em 2006.

Marcos Alvim é natural de Aldeias-Armamar, licenciado em Teologia e Mestre em Ensinoda Música, compositor de música religiosa de inspiração cristã, litúrgica e de música profana. Éprofessor de Música e Canto Coral na Universidade Sénior de Armamar, professor de ExpressãoMusical no Jardim de Infância de Armamar, professor de Formação Musical e Classe de Conjunto(Coro) no Conservatório Regional de Música de Ferreirim, Maestro do Coro da Catedral de La-mego e Diretor do Departamento de Música Sacra da Diocese de Lamego. L P

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Alexandra Mendes sublinha o 10º. aniversário do jornal Sept Days• Por Jules NADEAU (texto e fotos)

O semanário de língua chinesa SeptDays celebra o 10º. aniversário da sua fundaçãoe várias personalidades participaram no ban-quete de 28 de outubro último, acontecimentodigno de menção no meio jornalístico assimcomo na comunidade chinesa do grande Mon-treal. A deputada liberal Alexandra Mendes e oseu marido João Novo estavam na mesa dehonra em companhia de oficiais do governoda China Popular e de outros dignatários.

Madame Alexandra Mendes conta umagrande população de origem chinesa na suacircunscrição federal. Pode contar com o apoiode Michel WONG Kee Song desde há váriosanos, um conselheiro originário da Maurícia.A deputada fez uma viagem a Taiwan em 2011e espera visitar Macau, a portuguesa, breve-mente. «Celebrar o sucesso do jornal SeptDays foi um verdadeiro prazer para mim comodeputada de Brossard-Saint-Lambert, tenhodesenvolvido uma excelente relação com a re-pórter HU Xian desde 2008. E também com amaior comunidade Sino-Canadiana do Quebe-que estabelecida em Brossard», confiou-nos.

Entre os 350 convidados, o representantedo LusoPresse era um dos raros jornalistas docírculo da imprensa étnica (onde as relaçõesentre nós deviam ser mais estreitas). Luso-Presse deseja a Sept Days outros bons dezanos de expansão para chegar ao seu 20º. ani-versário, como é o caso do jornal (1996-2016)da equipa de Norberto Aguiar.

Originária de Zhengzhou, província deHenan, madame YIN Ling é diplomada emcomércio pela Universidade Concordia e foiconselheira em finanças (a sua especialidade)na Caixa Popular do Bairro Chinês. Lançou-se em seguida na aventura do jornalismo comtrês outros parceiros. Agora ela é a única pro-prietária do semanário e gere sozinha a admi-nistração e as finanças. Yin Ling é mãe de umfilho, Bright, e de uma filha, Annie, que foi amestre de cerimónia da gala do 28 de outubro.

HU Xian é a repórter choque do jornal. Éela que lhe confere o verdadeiro caráter de jornallocal graças às suas reportagens, às suas entre-vistas e às suas deslocações ao estrangeiro.«Madame Em Todo O Lado» percorre Mon-treal com a sua máquina fotográfica e conhecequase toda a gente. Fez-se notar pelas suas re-portagens no Afeganistão, no Sichuan quandodo tremor de terra de 2008 e é a autora de um li-vro sobre o Dr. Norman Bethune. Hu Xiandeixou a China por causa dos acontecimentosda Praça Tiananmen em 1989 depois de umacarreira na educação. Oriunda de uma famíliade vários filhos da minoria Xibe (Xibo) é mãede uma filha que é oftalmologista em Bóston.

Perfeitamente francófono, o Sr. LI Ping-qing também falou diante do público do ban-quete para apresentar o novo bebé da equipade Sept Days. Um jornal mensal publicadointeiramente em francês desde julho último.Os dois primeiros números de 16 páginas cada,reproduzem sobretudo comunicados de im-prensa, mas gradualmente vai ser feito um es-

forço para publicar artigos assinados cobrindoa atualidade local, como fazem o Sept Days eo LusoPresse. Li Pingqing foi o único duranteo serão a insistir sobre a «société distincte duQuébec». Uma boa adição para a equipa pelasua competência em línguas. Originário de Hu-nan, o Sr. Li estudou o francês em Cantão(Guangzhou), depois foi intérprete no CongoBrazzaville e na Tunísia, antes de residir emParis.

L P

A deputada de Brossard-Saint-Lambert, Alexandra Mendes, com a presidente YINLing do jornal Sept Days (à esquerda) e a jornalista HU Xian.

O chefe de redação LI Pingqing assume a respon-sabilidade de La Connexion, jornal mensal delíngua francesa publicado desde julho último. Onovo jornal foi lançado pela equipa de Sept Days.

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LUSOPRESSE – O Grupo SATA,agora com um novo presidente, está no cami-nho da internacionalização definitiva. Primei-ro, com a compra de novos aviões de longocurso, maiores e mais eficientes; agora, com aapresentação de um novo logotipo, mais dis-tintivo e de maior alcance internacional, pormor de um projeto de marketing mais agressi-vo, consubstanciado na entrada mais frequenteem certames turísticos nacionais e, sobretudo,internacionais.

Foi o que aconteceu no passado dia 21 deoutubro, quando o Grupo SATA, liderado pe-

AZORES AIRLINESO CAMINHO DECISIVO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO!

• Por Norberto AGUIAR

lo seu presidente, Engenheiro Paulo Meneses,inaugurou um pavilhão de promoção da SA-TA, que de SATA Express primeiro e deSATA International depois, vira agora paraAzores Airlines, designação mais global deforma a visar os mercados internacionais, comespecial relevância para o Canadá e EstadosUnidos. Isto mesmo foi dito por Carlos Bote-lho, diretor responsável dos interesses do gru-po para todo o Canadá, e por Duarte Carreiro,com responsabilidades idênticas, mas para osEstados Unidos, em conversa com os jorna-listas do LusoPresse e da LusaQ TV.

Foram três dias de valiosa «abertura inter-

nacional», esta do Grupo SATA no Salão In-ternacional de Turismo e Viagens de Montreal,levado a efeito nas instalações da Place Bona-venture, na baixa da cidade económica montrea-lense. Foram milhares e milhares as pessoasque passaram pelo certame e onde a AzoresAirlines pôde deixar o charme dos Açores,mercê dos pequenos mas atraentes vídeos apre-sentados e das muitas brochuras, livros e ou-tros artigos de promoção, preciosamente distri-buídos pelos balcões da representação açori-ana, ainda assim alargada ao departamento doTurismo dos Açores, cuja representação oficialesteve a cargo do seu presidente, Francisco

Coelho.Junte-se a delicadeza e competência dos

agentes de balcão da Azores Airlines, particu-larmente das funcionárias Adriana Oliveira eSusan Costa, e logo estão criadas as condiçõesideais para um compromisso com o público atodos os títulos louvável e agradável.

Refira-se que no dia de abertura do SalãoInternacional de Turismo e Viagens de Mon-treal, o Grupo SATA, estando presente nocertame, bem entendido, aproveitou o mo-mento para apresentar o seu novo logotipo,um imponente rabo de cachalote com predo-minância do verde e azul, cores evocativas dosAçores. A cerimónia foi observada por váriaspessoas oriundas da nossa comunidade, assimcomo contou com a maioria dos órgãos decomunicação social portugueses do Quebeque.

De Montreal, a comitiva do Grupo SATApartiu para os Estados Unidos onde foi realizarpromoção idêntica.

Para quem desconheça, o Grupo SATAengloba, nomeadamente, a SATA Air Açores,virada essencialmente para o serviço aéreo in-terilhas, e agora a Azores Airlines, esta direcio-nada para o mercado nacional (Continente eMadeira) e internacional (alguns países euro-peus, e Canadá e Estados Unidos).

Na América do Norte, os serviços admi-nistrativos, de turismo, de carga e de passageirosda Azores Airlines estão situados em Toronto(Canadá) e Fall River (Estados Unidos da A-mérica).

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• Por Norberto AGUIAR

AZORES AIRLINESO CAMINHO DECISIVO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO!

• Por Norberto AGUIAR

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introdução, acrescentou ainda ao programa tre-chos de Claude Debussy e Francis Poulenc.

Neste recital foi também integrada a proje-ção de “Douro, Faina Fluvial”, uma curta me-tragem sobre a faina da zona ribeirinha do rioDouro, no Porto, a primeira obra cinematográ-fica de Manoel de Oliveira.

A azáfama daquela zona fluvial é ilustradacom o rio Douro como se fosse um persona-gem. Homens, mulheres e crianças, gente hu-milde, labutam nas fainas de carregar e descarre-gar de navios, no meio do barulho e das nuvensde pó de carvão. O filme foi acompanhadomusicalmente pelo pianista convidado.

Este filme, como salientou Bruno Bel-thoise, é realmente de uma grande moderni-dade, duma estética de vanguarda para a época,mesmo considerando que Manoel de Oliveiratinha apenas 23 anos quando o realizou.

Este cineasta português era, à data da suamorte, o mais velho realizador do mundo ematividade e o mais velho de sempre com a maislonga carreira da história do cinema, que se es-tendeu ao longo de 88 anos. É autor de trintae duas longas-metragens, além de quase trintaoutras reportagens e pequenas e médias metra-gens.

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que não deve nada a ninguém senão aos eleito-res que votarem nele.

Quarto, porque a classe média americana,a que mais tem sofrido com a crise financeira,com a deslocação das empresas fabris para forados Estados Unidos e com a mundializaçãoestá mais preocupada com a sua precária situ-ação do que com a situação do planeta, dosemigrantes, das mudanças climáticas ou da har-monia social que propõem os democratas. Do-nald Trump teve o instinto político de fazer asua campanha para namorar este eleitoradoque geralmente nem sequer se dá ao trabalhode ir votar.

Quinto, e o mais recente argumento ex-plorado pelo seu oponente, o escândalo docorreio eletrónico que Hillary Clinton utilizou,como secretária de Estado, através dum servi-dor privado, ao abrigo das contingências dosservidores do Estado. Aquilo que o FBI já tinhaclassificado como criticável, mas não crimino-so, acaba de ser relançado pela FBI após a des-coberta de novos correios eletrónicos que fo-ram apagados.

Diante destes argumentos, compreende-se que teoricamente tudo esteja a postos paraque Donald Trump venha a ser o 45º presidentedos Estados Unidos da América.

Mas será assim?Todas as sondagens vindas a lume, dão

um ligeiro avanço a Hillary Clinton, mesmodepois do novo escândalo dos e-mails.

Mas a personalidade, a vulgaridade, a faltade projeto político, a personagem egocêntricae narcísica que representa o candidato DonaldTrump tem deitado por terra praticamente to-das as perspetivas de se fazer eleger.

O facto de ele ter vindo desde o início dacampanha a namorar este eleitorado divorciadoda política, de apelar ao racismo, à xenofobia,à caça aos emigrantes ilegais, aos mexicanos eaos muçulmanos, a divulgação dos escândalossexuais, e a sua completa inexperiência da polí-tica tem feito com que uma boa parte do eleito-rado se resigne a votar em Hillary Clinton em-bora, como alguns dizem, tapando o nariz.

Entre uma candidata representante do es-tablishement e um candidato que nada fez se-não se representar a ele próprio e aos seus in-teresses particulares, tudo parece indicar que obom senso vai acabar por prevalecer.

Na próxima terça-feira iremos sabê-lo.L P

RECITAL...Cont. da pág 1

Em Porto Alegre, no Brasil

Destacados laços culturais entre os Açores e o Sul do BrasilO Diretor Regional das Comunida-

des afirmou, em Porto Alegre, no Brasil, que ahomenagem prestada pelos porto-alegrensesaos Açores e, em especial, ao seu Povo, durantea 62.ª Feira do Livro desta cidade “representa aconsolidação e projeção do legado cultural aço-riano no sul do Brasil”.

“O convite aos Açores, como região ho-menageada nesta edição da Feira do Livro dePorto Alegre, constitui a afirmação da nossahistória comum, que jamais o tempo e a geo-grafia separará”, frisou Paulo Teves, que falavasexta-feira na abertura do certame.

Na sua intervenção, o Diretor Regionalsalientou “a importância deste evento comoum meio privilegiado de aproximação de po-vos com raízes culturais comuns, os Gaúchose os Açorianos”.

“Fruto da presença açoriana neste Estadobrasileiro, que ultrapassa já os dois séculos emeio, a cultura sul rio-grandense está eivada deinfluências açorianas, uma vez que existem en-tre os dois povos inegáveis laços identitáriosde Açorianidade”, afirmou Paulo Teves nestacerimónia de abertura, que contou tambémcom a presença do Secretário de Estado da Cul-tura, Víctor Hugo da Silva, do Prefeito do Mu-nicípio de Porto Alegre, José Fortunati, da pa-

trona da feira, Cíntia Moscovich, e do presiden-te da Câmara Rio Grandense do Livro, MarcoCena Lopes.

Para Paulo Teves, a presença dos Açoresno certame e a homenagem que é prestada àRegião permite “reforçar ainda mais o relacio-namento e os laços existentes” entre o arquipé-lago e o Estado do Rio Grande do Sul, em es-pecial com a cidade de Porto Alegre.

“A influência cultural açoriana é, ainda ho-je, bem visível em diferentes áreas, desde o ar-tesanato à gastronomia, da música ao folcloree à religiosidade” , afirmou, acrescentando que“todo este património, por ser singular e identi-tário, é fator de enriquecimento e de orgulhopara os municípios locais e para os Açores”.

Paulo Teves referiu ainda que a programa-ção que o Governo dos Açores preparou paraesta importante presença visa “mostrar a rique-za diversificada da nossa cultura, através dosnossos escritores, de áreas literárias distintas,que procurarão, através das suas obras, divulgara Região Autónoma dos Açores”.

Ainda na sexta-feira, o Diretor Regionaldas Comunidades assistiu à ‘Homenagem aosAçorianos’, organizada pela Feira do Livro, queconsistiu num espetáculo, na praça principaldo recinto, intitulado “Dançando os Açores”,com a participação do Rancho Folclórico daCasa dos Açores do Estado do Rio Grande doSul, sob a coordenação de Régis Gomes, e doCoral Carlos Bina SOGIL da Escola EstadualCarlos Bina, de Gravataí, sob a regência damaestrina Lígia Ramos, durante o qual cercade 60 crianças cantaram diversos temas açoria-nos, bem como o Hino dos Açores.

O Governo dos Açores preparou paraeste evento um vasto programa de atividades,tendo em vista promover o livro, a literatura, aleitura e os escritores açorianos.

Para além desta vertente mais literária, aRegião apresenta ainda mostras de cinema, ex-posições e atuações de grupos de folclore locaiscom ligações ao arquipélago, dispondo aindade um stand, na área internacional, com publi-cações emblemáticas da cultura e literatura dosAçores.

A Feira do Livro de Porto Alegre, que de-corre até 15 de novembro, é considerada umadas maiores do género realizada ao ar livre nocontinente americano, contando este ano comum programa que inclui mais de 700 sessõesde oficinas, palestras, seminários e deba-tes, com a presença de cerca de dois mil autoresdo Brasil e do estrangeiro.

Ainda no âmbito do programa organiza-do pelo Governo dos Açores, através das dire-ções regionais das Comunidades e da Cultura,Paulo Teves participou também na inauguraçãoda exposição de pintura “A Décima Ilha”, de Pe-dro Gaspar, no Centro Histórico Cultural da San-ta Casa de Porto Alegre, que contou tambémcom a presença de Alfredo Guilherme Englert,provedor da instituição, para além de Adriana Ri-beiro, Vice-Cônsul de Portugal em Porto Alegre,e Célia Jachemet, presidente da Casa dos Açoresdo Estado do Rio Grande do Sul.

Na ocasião, Paulo Teves salientou a im-portância do apoio a projetos que divulguema Região Autónoma dos Açores no mundo,com incidência em espaços onde residem co-munidades açorianas, acrescentando que esteano foi possível, através de candidaturas, apoiarcerca de sete dezenas de projetos, como a ex-posição agora inaugurada.

Durante o fim de semana, Paulo Tevesparticipará em diversas sessões com os escri-tores açorianos, nomeadamente Eduíno de Je-sus, Madalena San-Bento e Vasco Pereira daCosta.

L P

Pedro Moura...Eleito vice-presidente da Federação Europeia de Ténis de Mesa

Pedro Miguel Moura, Presidente da Di-reção da Federação Portuguesa de Ténis de Me-sa (FPTM), foi eleito em Budapeste para ocargo de vice-presidente da Federação Europeiada modalidade – European Table Tennis Union– sendo a primeira vez que um português in-tegra a direção do organismo.

Pedro Moura foi escolhido com 36 votosdos 53 delegados presentes, na eleição que serealizou à margem do Campeonato da Europaindividual que teve lugar na capital húngara.No ato eleitoral, que reconduziu o holandêsRonald Kramer na presidência, havia oito can-didatos para cinco cargos na vice-presidência,com quatro recandidaturas. Pedro Moura eCristinel Romanescu, da Roménia, estreiam-se no organismo que reelegeu Sonja Grefberg(Finlândia), Heike Ahlert (Alemanha) e Ni-kolas Endal (República Checa).

Para o líder federativo, “este é um mo-mento de reconhecimento da Europa do ténisde mesa pelo trabalho efetuado pela FPTM aolongo dos anos. No ténis de mesa interna-cional, Portugal já não é somente um grupode grandes jogadores.”

Pedro Miguel acrescentou que “a nível pes-

soal, é um momento de grande responsabili-dade, em que espero dignificar o ténis de mesaportuguês e o próprio cargo. Neste momentode grande orgulho relembro todos aqueles queao longo dos anos têm trabalhado insisten-temente para que o ténis de mesa de Portugalchegasse a este patamar tão prestigiante. Nãoquero também esquecer aqueles que, com enor-me paixão, me acompanharam na gestão dodestino do ténis de mesa português nestes últi-mos quatro anos, na esperança que estejamtodos tão orgulhosos como eu.”

Gabinete de comunicação e imagem daATM Distrito de Viseu.

L P

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O FUTEBOL NA MAJOR LEAGUE SOCCER ESTÁ AO RUBRO• Por Norberto AGUIAR

Depois de uma primeira eliminatóriafantástica, onde os resultados foram ora sur-preendentes (o Impacto foi vencer a Washing-ton...), ora espetaculares, como foi o caso davitória do Sounders de Seattle diante do Spor-ting Kansas City; vieram agora os jogos dasmeias-finais de zona, onde os resultados nãoforam menos sensacionais, embelezados comum futebol de qualidade superior, nada a desme-recer relativamente aos jogos da Liga dos Cam-peões, os mais badalados do planeta...

Com efeito, quem viu presencialmente,como o autor deste escrito, o jogo Impacto xRed Bull de Nova Iorque, domingo, no Está-dio Saputo, só pode dar vivas a este desporto,apelidado de rei com toda a justiça. Foram 90minutos de futebol de tirar o fôlego aos espeta-dores, mercê da incerteza no resultado, muitopor mor da vivacidade com que o desafio sedesenrolou, com subidas constantes, quer auma quer a outra área do terreno de jogo, isto,claro, pelo grande equilíbrio verificado entreos dois grupos em liça. Depois, ao princípioda noite, e noite adentro, pudemos ver e(re)confirmar, via canal TSN, o quanto o fute-bol que se pratica nesta liga é de grande qualida-de, pela capacidade técnica dos seus praticantese pelo equilíbrio que se verifica entre todas asequipas nesta Major League Soccer que acabasomente agora 20 anos de existência (nasceuem 1996, ano em que apareceu o nosso jor-nal...).

Pouco adepto deste tipo de prova, a ver-dade é que temos de dar a mão à palmatória eadmitir que pôr as equipas melhor classificadasda Liga no fim da temporada a jogarem entresi traz grande visibilidade à Liga, aos jogadorese naturalmente às equipas. Sem esquecer que otítulo em disputa fica mais à mercê de um grupoalargado de times.

Impacto xRed Bull Nova Iorque, 1-0Os nova-iorquinos terminaram o Campe-

onato na terceira posição, atrás, do FC Dallas(campeão com 60 pontos) e do Rapids doColorado (58 pontos). Mas venceram (com54 pontos) a Zona Este, a do Impacto. Paramelhor se perceber do seu poderio, o Red Bulljá não perdia um jogo desde o mês de julho.Para além disso, a equipa americana tem nassuas fileiras o melhor marcador (BradleyWright-Phillips) das 34 jornadas do campeo-nato, ao marcar 24 golos, mais um do que Da-vid Villa, dos rivais do Nova Iorque City, e omelhor distribuidor de jogo de toda a prova,com 20 passes decisivos, mais 6 golos (SachaKljestan).

Foi contra esta equipa que o Impacto jo-gou domingo. Jogou e ganhou, com um golode levantar o estádio, marcado por Mancosu,um italiano que deixou a Primeira Divisão ita-liana (Bologna) para vir jogar na MLS.

Pelas nossas contas, caso o Red Bull deJesse Marsh não tome as suas devidas precau-ções, estamos em crer que o Impacto marcarálugar na final da sua zona...

Com um ataque onde pontificam joga-dores como Piatti, Mancuso e Didier Drogba(estamos em crer que estará equipado para jo-

gar), um golo em Nova Iorque é perfeitamentepossível... E se esse golo aparecer, as possibili-dades que o Impacto passe à eliminatória se-guinte serão muito vastas. Assim façam osrestantes compartimentos da equipa o seu tra-balho habitual e tudo pode acontecer.

Mas atenção que o Red Bull, nesta ligadesde a sua fundação (1996), que nunca ganhoua Taça MLS, tem fome de vitórias e por issotudo fará para marcar lugar na final de zona,com os olhos naquele troféu, que ainda noano passado lhe escapou, apesar de ter termi-nado a temporada como vencedor do Suppor-ters Shield, a Taça de líder final do Campeonatode 34 jornadas...

Toronto x Nova Iorque City, 2-0O Toronto FC está a realizar a sua melhor

época desde que ingressou na Major LeagueSoccer. Terminou o Campeonato na quintaposição da tabela classificativa geral (terceiroda Zona Este), derrotou o União de Filadélfiana primeira eliminatória desta prova e agoravenceu, com todo o mérito, o Nova IorqueCity, quarto da classificação geral e segundo daZona Este, por 2-0, domingo, no seu estádio.

Agora segue-se, domingo próximo, o jo-go decisivo em casa do seu antagonista. E sejogar com denodo e inteligência como o feznaquele desafio, o Toronto FC de Giovinco,Altidore e Bradley pode estar de caminho à fi-nal da sua série.

La Galaxy x Rapids do Colorado, 1-0Na Califórnia desenrolou-se mais uma

grande partida de futebol, onde várias vedetasde cariz mundial marcaram presença. LandonDonovan, de volta e a jogar de novo em grande,não dando a perceber que esteve na «reforma»antecipada quase durante duas épocas, Howard,que deixou a Primeira Liga inglesa para repre-sentar o Rapids, Robbie Keane, Giovani dosSantos, Jermaine Jones, regressado de lesãoprolongada, etc., deram um grande espetáculode futebol e onde o resultado se cifrou numarenhida vitória dos da casa, por um a zero.

O jogo da segunda mão, em Denver, vaivoltar a ser um desafio de tripla, com a incertezado resultado, e da equipa que avançará para a fi-nal da Zona Oeste, aquela que colocou duasequipas nos primeiros lugares do Campeo-nato: FC Dallas e, precisamente, o Rapids. Porsua vez, o La Galaxy terminou a competição

natória das meias-finais. Venceu o seu encon-tro por 3-0 e logo diante do campeão de 2017,o FC Dallas!

O Sounders venceu o desafio de domingo,em sua casa e fê-lo de maneira soberba, arran-cando uma exibição a rondar o brilhantismo,muito por culpa de dois jogadores, o internaci-onal uruguaiano Lodeiro e da nova coqueluchedo futebol americano, Jordan Morris, de apenas22 anos e que ainda no ano passado estava ajogar na equipa da sua universidade.

Jordan Morris não marcou nenhum dostrês golos, mas fez arrancadas assombrosasdurante toda a partida, rebentando, é o termo,com a capacidade física dos seus adversáriosque assim acabaram por baquear. Mas fez opasse decisivo para o segundo golo, de bandeja,marcado por Lodeiro, o seu primeiro, só nãomarcando porque o guardião texano, seu com-patriota, pareceu o ter desafiado para ver quembrilhava mais. Realmente, não fora a tambémgrande exibição de Chris Seitz e o «score» teriasido ainda mais desnivelado.

De notar, em resumo, que as equipas a jo-gar em casa, venceram. E o que vai acontecer,agora, no jogo que tudo decide? De certezaque nem todas as que vão receber os seus opo-nentes vão ganhar. Inclino-me, neste caso, paraas vitórias do Impacto e do La Galaxy...

Seja como for, a certeza é que não per-demos por esperar. Vão ser, outra vez, quatrojogos de entusiasmar.

Chris Seitz, nosso conhecido desde o Campeonato do Mundo de Sub-20, disputadoaqui, em 2007, quando envergava a camisola dos Estados Unidos.

em sexto (terceiro desta poderosa série).

Sounders x FC Dallas, 3-0Durante muito tempo negligenciada, es-

teve mesmo a ponto de ser eliminada ainda noquadro do campeonato de 34 jornadas, a for-mação verde do Sounders de Seattle é a equipaque conseguiu o melhor resultado nesta elimi- L P

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