marcela costa ltibere da cunha analise de surtos no...

33
Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO PARANA ANO DE 2001 A 2003 Monografia aprescntada como rcquisito parcial para a obtem;:ao do titulo de cspccialista, no cursu de espccializayll0 cm I!igiene e Inspet;:1lo de Produlos de Origem Animal da Faculdade de CiC'Ocias I3iologicas c da Saude da Univcrsidadc Tuiuli do Pnrami Oricnlador: Jose Mauricio Franyll Curitiba 2005

Upload: vuhanh

Post on 17-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

Marcela Costa ltibere da Cunha

ANALISE DE SURTOS NO PARANA ANO DE 2001 A 2003

Monografia aprescntada como rcquisito parcial para aobtem;:ao do titulo de cspccialista, no cursu de espccializayll0cm I!igiene e Inspet;:1lo de Produlos de Origem Animal daFaculdade de CiC'Ocias I3iologicas c da Saude daUnivcrsidadc Tuiuli do PnramiOricnlador: Jose Mauricio Franyll

Curitiba2005

Page 2: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

SUMARIO

LlSTA DE ILUSTRA~6ES ..

RESUMO ..

ABSTRACT ...

1 INTRODU~AO

2 SURTOS DE DOEN~AS TRANSMITIDAS POR ALiMENTOS... 2

3 DESCRI~AO DAS PRINCIPAlS BACTERIAS CAUSADORAS DE

TOXIINFEC~AO... 5

iii

iv

3.1 SALMONELOSE.... 6

3.2 STAPHYLOCOCCUS AUREUS.. 7

3.3 ESCHERICHIA COLI... 7

3.4 BACILLUS.. 8

4ALlMENTOS MAIS FREQUENTES ENVOLVIDOS EM SURTOS.... 9

4.1 CARNES E DERIVADOS.. 9

4.2 PREPARA<;:OES MISTAS.. 10

4.3 PRODUTOS DE CONFEITARIA... 11

4.4 PRODUTOS VEGETAIS.. . 11

4.5 PRODUTOS LAcTEOS..... 11

5 FATORES CONTRIBUINTES ASSOCIADOS DE SURTOS DE DOEN~AS

TRANSMITIDAS POR ALiMENTOS... 13

5.1 MATERIA PRIMA... 13

5.2 MANIPULADORES.... 13

5.3 EQUIPAMENTOS.. 14

5.4 CONTAMINA<;:AO CRUZADA... 14

5.5 TEMPERATURA.. 15

6 !DADE E CONDI<;OES MAIS SUSCEPTiVEIS DAS DTA'S... 16

Page 3: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

LlSTA DE ILUSTRACOES

GRAFICO 1 - NUMERO DE SURTOS DE DOEN~AS TRANSMITIDAS POR

ALiMENTDS E ANO PARANA - 2001 A 2003... 17

GRAFICO 2 - DISTRIBUI~AO DOS SURTOS DE DTA POR LOCAL DE

OCORRENCIA PARANA - 2001 A 2003... 18

GRAFICO 3 - DISTRIBUI~AO DOS AGENTES ETIOLOGICOS DOS

SURTOS POR DTA PARANA - 2001 A 2003... 19

GRAFICO 4 - DISTRIBUI~Ao DE SURTOS POR GRUPOS DE ALiMENTOS

PARANA - 2001 A 2003... 20

GRAFICO 5 - DISTRIBUI~Ao DE SURTOS DE DTA POR FAIXA ETARIA

PARANA - 2001 A 2003... 21

GRAFICO 6 - DISTRIBUI~Ao DE SURTOS DE DTA POR GENERO

PARANA - 2001 A 2003.... 22

TABELA 1 - FATORES CONTRIBUINTES ASSOCIADOS DE SURTOS DE

DOEN~AS TRANSMITIDAS POR AUMENTOS NO PARANA.... 23

Page 4: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

1 INTRODU<;:AO

A intoxicac;;ao alimentar e a nome que se de aDs sin tom as desagradaveis que

uma pessoa tern ao experimentar alimentos contaminados par certas bacterias. A

doenc;;a pade evoluir de forma rapida, podendo ate ser fatal em alguns casas,

dependendo do microorganismo envolvido e da quantidade de alimento ingerido.

A ocorrencia de doent;as transmitidas par alimentos (OTA's) e mundial, mas,

como na maioria dos cases as sintomas sao de curta durac;;ao, as pessoas acometidas

naD procuram as servic;;os de salide, dificultando as estatisticas reais sabre a assunto.

Pade parecer alarmista, mas avaliando 0 conhecimento - ou desconhecimento - da

populac;;ao sobre seguranc;;a dos alimentos, vemos que a lema nao esta distante da

realidade. Tarefas que parecem simples, como um churrasco em familia, uma festa de

aniversario, um casamento, uma viagem de ferias, podem estar escondendo potenciais

graves de ocorrencia de alguma OTA. Pais se sa be que a contaminac;ao dos alimentos

pode ocorrer desde 0 processamento dos alimentos, transporte, manipulayao e

conservac;ao.

Mais de 7 milh6es de pessoas sofrerao de OTA no proximo ano. Essa estimativa

alarmante corresponde a uma realidade estatistica que, no entanto, chega a ser

"otimista". Ha que se considerar que, de uma hora para outra, pode surgir algum

microarganismo emergente que "drible" as nossas defesas e aumente em varias vezes

os numeros desta estatistica.

o objetivo deste trabalho e apresentar as principais bacterias envolvidas em

surtos alimentares, suas principais caracteristicas, novos dados sobre as

contaminac;6es e suas causas, assim como demonstrar resultados que possam ser

utilizados par autaridades sanitarias, profissionais envolvidos com a manipulac;ao de

alimentos e a quem possa interessar.

Page 5: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

2 SURTOS DE DOENCAS TRANSMITIDAS POR ALiMENTOS

Enlende-se por surto de Enfermidades Transmitidas por Alimenlos - ETA,

quando duas au mais pessoas apresentam sintomas semelhantes apes a ingestao de

um alimenlo comum (PINTO e BERGMAN, 2000).

As doenc;as veiculadas por alimentos sao consideradas serios problemas em

saude publica. A origem e investigac;:ao de doenc;as alimentares e complexa,

relacionada a diverses falares que envolvem principalmente 0 agente, meio ambiente e

individuos suscetiveis (SIQUEIRA, 1995).

Surtos de enfermidades causadas par patogenos em alimentos sao bastante

freqOentes, e embora se lenham informac;oes e dados a respeito da ocorrencia dos

mesmas, 0 que se veri fica na pratica e a subnotificayao dos cases em sua maiaria

(MONTEIRO el ai, 2004).

As enfermidades de origem alimentar tern sido reconhecidas como urn problema

de saude publica de grande abrangemcia no mundo, causando diminuilf2l0 da

produtividade, perdas econ6micas e afetando a confian'fa do consumidor nas

organiza,oes envolvidas no episodio (NASCIMENTO, 2000).

As doen'fas veiculadas por alimentos desempenham importante papel

socioeconomico, tendo em vista que podem ocasionar incapacidade laboral temporaria,

gastos com tratamentos medicos, perdas emocionais, deterioralf2lo de alimentos, perda

da credibilidade do estabelecimento ou empresa, indenizalfoes e ate prisao dos

responsaveis enlre oulras penalidades (SILVA, 1999).

A doenc;:a diarreica ainda e 0 problema mais prevalente e importante na saude

publica dos paises em desenvolvimento, a despeito dos avanc;:osnos conhecimentos da

fisiopatologia e do manejo clinico que vem ocorrendo ao longo destes ultimos anos

(FAGUNDES-NETO e SCALETSKY, 2000).

As doenlfas diarreicas e outras veiculadas por agua e alimentos, tern sido

problema existente em varias epocas historicas em diversas sociedades. A urbanizalfao

Page 6: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

e aglomera9ao humana sempre trouxeram a neeessidade de solU90es para a

tratamento de residuos feeais, coleta do lixo urbano, eombate a veto res e roedores,

controle da eria9ao e abate irregular de anima is. Junto a isso, 0 controle da qualidade

da agua e alimentos consumidos pela popula9ao com poe 0 conjunto de medidas que

garantem as barreiras sanitarias a serem interpostas entre seres humanos e

microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e VIANNA, 2002).

A ocorrencia de Doenc;as Transmitidas por Alimentos - DTA vern aumentando de

modo significativo em nivel mundial. Varios sao os fatores que eontribuem para a

emergencia dessas doen9as, dentre os quais destacam-se 0 crescente aumento das

populac;oes, a existencia de grupos populacionais vulneraveis au expostos, a processo

de urbaniza9ao desordenado e a necessidade de produ9ao de alimentos em grande

escala. Contribui ainda, a deficiente controle dos 6rg11os publicos e privados, no tocante

a qualidade dos alimentos olertados as popula,5es (FUNASA).

Hoje, 0 perfil epidemiol6gico das doen,as diarreicas esta totalmente mudado,

devido, entre outros fatores, ao desenvolvimento economico e a globaliza9ao do

mercado mundial, favorecendo a dissemina9ao rapida dos microorganismos; as

modificac;oes nas condi96es e estilo de vida e a crescente urbanizac;ao; a intensa

mobiliza9ao mundial das populayoes, atraves de viagens internaeionais; as altera90es

nos habitos alimentares, assim como os processos tecnol6gicos de produyao, que

colocam as alimentos como urn importante veiculador de pat6genos, e, portanto, urn

problema de saude publica (EDUARDO et ai, 1999).

Apesar de exaustivos esclarecimentos sabre higiene dos alimentos visando a

prevenc;ao de doen9as de origem alimentar, a incidencia de surtos e casas esporadicos

continua a crescer. Esta situa9ao tende a ser mais grave em paises em

desenvolvimento como a Brasil, onde as condic;oes precarias de infra-estrutura e

educa,ao sanitaria lacilitam a prolileral'ao desta problematica (MENDON~A, 2002).

A onda de desemprego nos ultimos anos impulsionou grande numero de

profissionais, sem conhecimento especifico, a montar seu proprio negocio na area de

alimenta9ao. Sem recursos materia is e sem conhecimento suficientes, os empresarios

acabam por tazer do restaurante uma extensao da cozinha domestica, acreditando que

Page 7: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

oferecer variedade de pratos a um prego competitiv~ e suficiente para manter a

clientela (GERMANO, 2001).

A higienizagao dos utensilios, equipamentos, estabelecimento e tambem dos

manipuladores e de fundamental importancia para garantir a seguranga dos alimentos.

Fatores que favorecem a multiplica/fao microbiana (temperatura, umidade, tempo de

exposigao, presenga de microrganismos) estao presentes na cozinha residencial, por

isso e necessaria a adogao de praticas higi€micas no manuseio e preparo dos alimentos

(CHIARINI,2004).

Em geral qualquer tipo de alimento pode ser responsavel par um surto de

toxiinfecgao alimentar. Provavelmente, por atingir uma grande quantidade de individuos

simultaneamente, obselVa-se uma maior divulgagao dos surtos associados a alimentos

processados industrialmente, entretanto, a numero de ocorrencias em lares, bares e

restaurantes e muito maior, embora nao receba a mesma atengao (FRANCO e

LANDGRAF, 2001).

A limitada oferta de trabalho leva a populagao a buscar alternativas econ6micas

como 0 comercio informal de venda de alimentos. A venda de alimentos nas ruas e uma

caracteristica do estilo de vida dos paises com alto [ndice de desempregados, baixos

salarios, oportunidades de emprego limitadas e rapida urbanizal'ao (EKANEM, 1998).

Acrescentam-se outros determinantes para a aumento na incidencia das OTA,

tais como a maior exposigao das populagoes a alimentos destinados ao pronto

consumo coletivo "fast-foods", 0 consumo de alimentos em vias publicas, a utilizagao de

novas modalidades de produgao, 0 aumento no uso de aditivos, e a mudanga de

hc'lbitos alimentares, sem deixar de considerar as mudangas ambientais, a globalizagao

e as facilidades atuais de deslocamento da populagao, inclusive no nivel internacional

(FUNASA).

Page 8: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

3 DESCRICAO DAS PRINCIPAlS BACTERIAS CAUSADORAS DE

TOXIINFECCAO

Hoje temas conhecimento de que as microorganismos podem desempenhar

importantes papeis nos alimentos, sendo passivel classifica-Ios em deteriorantes

(promovem alterayoes sensoriais: cor, odor, sabor, textura e aspecto do alimento como

conseqOencia da atividade metab61ica natural dos rnicroorganismos): patogemicos

(representam risco a saude podendo afetar 0 homem e as anima is, podendo chegar

aos alimentos par inumeras vias, geralmente como reflexo de condic;oes precarias de

higiene durante a produc;ao, armazenamento, distribuic;ao au manuseio em nivel

domestico). e microorganismos que causam alterac;6es beneficas nos alimentos,

rnodificando suas caracteristicas originais, de forma a transforrna-Ios em urn novo

alimento (FRANCO e LANDGRAF, 2001).

A contamina~ao de alimentos por microorganismos enteropatogenicos apresenta

urn risco em potencial a saude publica. 0 grau da contaminayao depende do poder dos

microorganismos em causar determinada doenya, da quantidade de microorganismos

e/ou toxinas ingeridos atraves dos alimentos e da resistencia oferecida pelo organismo

humano a atua,ao dos mesmos (SILVA JR., 2001).

o homem consome alimentos, tanto de origem vegetal, como animal, que podem

ser contaminados por microorganismos patogemicos ou deteriorantes, podendo ocorrer

desde a sua manipula,ao, transporte, armazenamento au distribui,ao (VENTURI et ai,

2004).

Quando os microorganismos chegam aos alimentos e encontram condiyoes

favoraveis, iniciam sua multiplicayao e crescimento (GAVA, 1984).

Os microorganismos podem causar alterayoes quimicas prejudiciais nos

alimentos, resultando na Udeteriorayao microbian a" , conseqOente da atividade

metab6lica natural dos mesmos. Alem disso, os microorganismos patogenicos podem

Page 9: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

representar riscos a saude do homem e dos animals. Tais pat6genos podem chegar

aos alimentos atraves de diversos meios, como 0 solo, a agua, a ra<;:ao animal, plantas,

manipuladores de alimentos e 0 trato gastrointestinal do homem e animais (FRANCO e

LANDGRAF,2001)

3.1 SALMONELOSE

Uma das causas mais comuns de intoxica<;:ao alimentar e uma bacteria chamada

Salmonela. Encontrada principalmente nas carnes enos ovos, a salmonela, quando

ingerida, atinge 0 intestino delgado e, como corpo estranho, provoca um desarranjo,

que pode ser desde uma diarreia simples ate os mais complicados, como, alem da

caracteristica diarreia, febre e dor de cabe<;:a, dor no abdomen e vomitos (ABC da

Saude, 2001).

Salmonella e um dos enteropatogenos mais envo[vidos em casos de surtos de

origem alimentar em diversos paises inclusive 0 Brasil. Surtos e casos esporadicos de

infec<;:ao par Salmonella tern sido associados com uma variedade de alimentos, sendo

ovos, carnes de aves, suinos, bovinos e vegetais os mais frequentes (SILVA et ai,

2004).A Salmonelose e tid a como a mais importante das doen<;:as de origem alimentar,

pois leva rna is a morte do que as toxinfec<;:5es causadas par outros microarganismos

(GELLI, 1995).

Os problemas desencadeados pela salmonela variam de acordo com a

quantidade ingerida e com a resistencia do organismo da pessoa atingida. Enquanto

para alguns os sintomas passam quase despercebidos, para outros as conseqOencias

da ingestao da bacteria podem ser bastante serias. As salmonelas sao bacilos gram-

negativos, nao formadores de esporos, anaer6bios facultativos, catalase-positivos,

oxidase-negativos, redutores de nitratos a nitritos e, geralmente, m6veis com flagelos

pelriquios, exce,ao da S. gattinarum e da S. puttorum (GERMANO, 2001).

E um dos generos de bacterias mais importante da natureza, uma vez que, todas

as especies sao patogenicas, para os seres humanos entre elas a S. enterititis, S.

Iyphimurium, S. gallinarum, S. puttorum, S. cholerae e S. suis (EVANGELISTA, 2001).

Page 10: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

3.2 STAPHYLOCOCCUS AUREUS

Oentre os microorganismos envolvidos em intoxicayoes alimentares e na

produgao de metabolitos capazes de causar molestias ao homem, as bacterias do

genera Staphytococcus tern se destacado (GENIGEORGIS, 1989).

o agente etiologico e 0 Staphylococcus aureus que e uma bacteria esferica

(coccus) que aparece aos pares no exame microsc6pica, em cadeias curtas au em

cachos similares aos da uva au em grupos. E urn gram-positiv~, sendo que algumas

cepas produzem uma toxina proteica altamente termo-estavel que causa a doenga em

humanos. A toxina e produto da multiplicagao da bacteria nos alimentos deixados em

temperaturas inadequadas (SAO PAULO, 2002).

Ainda do mesmo autor, as bacterias do genera Staphylococcus sao habitantes

usuais, da pele, das membranas mucosas, do trato respirat6rio superior e do intestino

do homem, destacando-se entre elas 0 S. aureus, 0 de maior patogenicidade,

responsavel por consideravel proporryao de infecryoes human as, notadamente no ambito

hospitalar. A importancia das demais especies tem aumentado devido aD crescimento

do numero de casos de infecryoes oportunistas, sobretudo nos imunocomprometidos.

Do mesmo modo, integram a flora bacteriana das diferentes especies de animais

domesticos e silvestres. Em saude publica, em particular na area de vigilancia sanitaria

de alimentos 0 S. aureus e considerado um dos mais freqOentes causadores de surtos

de toxiinfecryao, devido ao importante papel pelos manipuladores, durante as diferentes

etapas de processamento dos alimentos, somado aos riscos de contaminaryao das

materias-primas, desde sua origem, e as temperaturas inadequadas de conservaryao

pas cocryao.

3.3 ESCHERICHIA COLI

E clara a associaryao da E. coli com a diarreia, particularmente em crianryas.

Durante a maior parte do seculo XX, a industria de alimentos considera contaminaryao

por E. coli,meramente como um problema relacionado as insatisfatarias condiryoes de

Page 11: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

higiene. Todavia, nas ultimas decadas, comprovou-se que muitos tipos da bacteria

eram altamente patogemicos para a homem e podiam provocar infec90es graves

levando as pacientes ao abita. Na atualidade, dentre as agentes de doen9as

transmitidas par alimentos, a E. colipassou a merecer especial atenC;80 da industria de

produtos alimenticios e das autoridades de saude e, tambem, da propria sociedade

(GERMANO,2001).

Sao conhecidas quatro classes responsaveis par quadros de gastroenterites no

homem.

1. Enleropalogenica (EPEC) - que acomele recem-nascidos e laclenles;

2. Enterotoxigenica (ETEC) - provoca diarreia infantil e a diarreia dos viajantes;

3. Enteroinvasiva (EIEC) - acomete jovens e adultos;

4. Enterohemorragica (ACEH) - acomete com bastante gravidade com preferencia

crian,as e idosos (IARIA, 2000).

3.4 BACILLUS CEREUS

Microarganismo pertencente a familia Bacillaceae sao bacilos formadores de

esporos, termoresistentes, gram-positivos, aerobios apesar de serem capazes de se

desenvolver em anaerobiose, quando em contato com substratos complexos. 0 Bacillus

cereus e uma especie patogenica encontrada no solo, agua e poeira, que pode

alcanc;ar os alimentos com muita facilidade. E uma bacteria amplamente distribuida na

natureza, tendo 0 solo como sendo 0 seu habitat natural. Pode ainda, ser isolada de

vegetais, poe ira e das fezes, tanto do homem como de oulros animais (EVENGELISTA,

2001).

De acordo com GERMANO (2001), loda popula,ao esla exposla ao agenle, uma

vez que nao existe qualquer resposla imune a presenc;a no organismo do hospedeiro

que possibilite resistencia a infecc;oes subsequentes. Ainda, as infecc;oes produzidas

por esses microorganismos sao desencadeadas de fato par duas exotoxinas,

excretadas para 0 meio externo, atraves de sua membrana celular. Sao elas a toxin a

diarreica e a toxina enterica.

Page 12: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

4 ALiMENTOS MAIS FREQUENTES ENVOLVIDOS EM SURTOS

4.1 CARNES E DERIVADOS

De acordo com SILVEIRA (1994) Carne e derivados esUio freqQentemente

envolvidos em cases de toxinfecc;ao de origem alimentar em quase todos as paises.

Islo porque a contaminayao pode ocorrer em todas as operac;oes de abate,

armazenamento e distribuiyao, e sua intensidade depende das medidas higienicas

adotadas (IGRAM e SIMONSEN, 1985).

Sabe-se que a carne, mesma que seja obtida de animais sadios, contamina-se

desde a sangria, passando per tada a tecnologia de abate, bern como nos ayougues,

feiras livres e supermercados (OLIVEIRA, 2002).

A carne e seus derivados, face a sua composiyao, representam alimentos de

faeil deterioral):ao tanto por variada flora microbiana como pela ayaa de enzimas

proprias au aut6ctones bern como pela luz, calor e Qxigemio. No case de contaminayao

microbiana sao necessarias condigoes basicas tais como temperatura adequada e

contaminantes com 0 numero inicial apropriado (ALMEIDA e SHNEIDER, 1983).

Como geralmente as condigoes higiemico-sanitarias no abate de animais,

comercializa~ao e consumo das carnes em nosso meio sao precarias, verifica-se a

presenga de rnicroorganismos patogemicos, principalmente Salmonella em carnes e

produtos cameos, 0 que constitui urn serio risco para a saude do consumidor, uma vez

que estes microorganisrnos sao potenciais causadores de intoxicagoes alirnentares

(SILVA, 1999).

A carne por sua cornposigao quimica se constitui urn meio adequado para

sobrevivemcia e desenvolvirnento de bacterias deterioradoras e patogenicas. Alguns

fatores intrinsecos das carnes como pH proximo da neutralidade, elevada tear de

Page 13: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

10

nutrientes e alta atividade agua (aw), possibilitam a proliferayao dos microorganismos

eontaminantes (FRAZIER e WESTHOFF, 1993).

Quando carnes au pratos contendo carne sao cozidos e armazenados para

consumo posterior, 0 risco de doenga de origem alimentar aumenta imediatamente

(SILVA JR, 2001).

Dentre as alimentos que mais freqOentemente aparecem relacionados a surtos

de toxinfecr;:oes alimentares destacam-se as carnes bovinas e de frango (Cali! e Aguiar,

1999).

Os alimentos de maior risco epidemiol6gico compreendem as carnes e

5ubprodutos carneos, pescado e sub-produtos, avos e derivados, leile e derivados,

alimentos pre-elaborados e outros (MIKILITA E CAMBUY, 2001).

A carne de aves e veiculo irnportante de bacterias patogenicas em surtos de

toxiinfecr;:6es alimentares e as aves que sao encaminhadas para 0 abate normalmente

sao a fonte inicial de contaminayao. Em condiyoes de pre-abate, os contaminantes

estao concentrados nas visceras, superiicie da pele e penas. No entanto em func;ao do

processo industrial, a contaminac;ao dissemina-se rapidamente entre as carcayas

(LEITAO,2002).

Alem de ser uma das principais fontes de proteina do ser humano, 0 pescado e

um dos alimentos mais susceptfveis a deterioragao devido a atividade de agua elevada,

a sua composiy030 quimica que varia em fungao da especie, epoca do ana e condigoes

de alimentaya.o, ao teor de gorduras insaturadas facilmente oxidaveis e, principalmente,

ao pH proximo da neutralidade, 0 que favorece 0 desenvolvimento microbiano

(LANDGRAF, 1996).

4.2 PREPARAi;OES MISTAS

Em relayao as preparayoes mistas as Boas Praticas de Fabricayao e 0 sistema

de Analise de Perigos e Pontos Critieos de Controle (APPCC) sao teenieas de eontrole

de qualidade internacionalmente conhecidas. A aplicayao dos conceitos de BPF e

considerada como uma ferramenta eficiente na garantia da qualidade do produto, sendo

reeomendada pelo (CODEX ALiMENTARIUS, 1985).

Page 14: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

II

4.3 PRODUTOS DE CONFEITARIA

Segundo a literatura, as principais problemas encontrados em panificadoras sao

as precarias condic;6es higiemico-sanitarias do local de prodUl;:ao, aliado ao tempoprolongado do armazenamento dos graos de trigo, bem como dos produtos

processados. As praticas inadequadas de higiene pessoal e manipulac;ao de alimentos,

tambem contribuem para a contamina,ao desses produtos (PAIXAO et ai., 1998)

Os recheios contidos em muitos doces elaborados par confeilarias saoexcelentes meios de cultura para 0 desenvolvimento microbiano; no entanto, esse

crescimento podera ser minimizado par meio de diversos fatores limitantes como

reduzida atividade agua (Aw), baixo pH e restri,ao de nutrientes. (CARNEIRO, et ai,

2005).

4.4 PRODUTOS VEGETAIS

As alfaces e demais hortalic;as e verduras devem ser lavadas com agua limpa e

corrente, mergulhadas posteriormente em solu~6es desinfetantes como vinagre au

produtas a base de claro, par 15 minutas, para a elimina~aa total de parasitas e demais

microorganismos ( FA nORI et ai, 2005)

4.5 PRODUTOS LAcTEOS

A higiene e 0 contra Ie do leite e produtas I;kteas tern como objetivo basico

assegurar a sua inacuidade aa cansumidor. A contamina~ao com certos

microrganismas e/ou suas toxin as, constituem as causas mais freqOentes de problemas

sanitarios, alem das perdas economicas. (PADILHA et ai, 2001).

A contagem bacteriana do leite e usada como medida de sua qualidade sanitaria

e muitas das classifica~5es do leite sao baseadas em algum metoda de contagem de

microorganismos. As bacterias deterioradoras sao principalmente as laticas,coliformes,

Page 15: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

12

pSicotr6ficas,as termoduricas e as que oferecem perigo a saude publica (NEDER,

1992).

Os microorganismos no leile alem de provocarem alteravoes como a degraday30

de gorduras, proteinas au carboidratos, tarnam este produto inaceitavel para a

consuma, podendo ainda veicular doen9a, atraves das bacterias patogenicas.

(NASCIMENTO,1991).

A qualidade microbiol6gica do leile nao apenas indica a saude da glandula

mamaria, mas tambem as condi96es gerais de manejo e higiene adotados na fazenda e

industrias processadoras. Esse aspecto microbiol6gico de maneira geral interfere na

qualidade industrial dos derivados do leile e principalmente sobre 0 risco a saude

publica (FONSECA e SANTOS, 2000).

Page 16: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

5 FATORES CONTRIBUINTES ASSOCIADOS DE SURTOS DE

DOENCAS TRANSMITIDAS POR ALiMENTOS NO PARANA

A seguranlYa alimentar depende do controle exercido sobre as perigos quimicos,

fisicos e biol6gicos, que permeiam todas as etapas da cadeia alimentar, iniciada na

produ~ao e finalizada no consumo; processo esle cuja qualidade do resultado

corresponde"i a qualidade dos elementos e latores envolvidos (RICHARDS, 2002).

5.1 MATERIA PRIMA

Fatores como qualidade da materia-prima, condivoes ambientais,

caracteristicas dos equipamentos usados na prepara980 e as condic;:6es lecnicasdehigienizac;:ao sao pontcs importantes na epidemiologia das OTA's. Entretanto, nenhum

destes aspectos supre a imporiancia das tecnicas de manipulac;:ao e a propria saude do

manipulador nesta particularidade (RIEDEL, 1994).

5.2 MANIPUlADORES

A maioria das pessoas envolvidas com a manipulac;:ao de alimentos carece de

conhecimentos relacionados aos cuidados higi€mico-sanitarios que devem ser seguidos

na elaboragao dos produtos, desconhecendo totalmente a possibilidade de serem

portadores de microorganismos. Como conseqOencia, ocorrem praticas inadequadas de

higiene e processamento realizadas por pessoas inabilitadas, podendo provocar a

contamina,ao dos alimentos (GERMANO E COlS, 2001).

Page 17: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

14

Os serviyos de alimentaryao Goletiva expoem os alimentos a varios perigos

epidemiol6gicos, devido, principalmente, a falta de conhecimentos dos manipuladores,

conseqiiencia do seu baixo nivel de escolaridade (ALMEIDA, 1995).

Os manipuladores constituem uma das mais importantes fcntes de contaminaC;3o

para os alimentos e a manipulayao inadequada pode, nao somente veicular

microorganismos patog€micos, como tambem propiciar 0 desenvolvimento e a

sobrevivencia desses pat6genos (LUCCA, 2000).

Esta amplamente comprovado que a maioria dos casas de toxinfecc;:ao alimentar,

au seja, doenyas humanas transmitidas pel a ingest30 de alimentos contaminados,

deve-se it contaminac;:ao atraves dos manipuladores, os quais podem estar eliminando

microorganismos patogemicos sem, contudo, apresentarem sintoma da doenc;:a,

comprometendo as alimentos per habitos inadequados de higiene (manipulaC;ao dos

alimentos com maos nao higienizadas, habitos precarios de higiene pessoal, entre

outros) ou, ate, comprometendo os alimentos atraves de praticas inadequadas, per

desinformayao ou revolta (PANETIA, 1998).

Varios autores salientam a manipulac;ao inadequada como responsavel pela

maioria das toxiinfecc;oes alimentares, incluindo contaminac;ao cruzada, deficiencia na

higiene pessoal e dos equipamentos e pessoal infectado (GONC;ALVES, 1998).

5.3 EQUIPAMENTOS

Muitas sao as fontes de contaminac;ao dos alimentos, ressaltando utensilios

(recipientes, bandejas, facas, tabuas de corte etc.), que tem papel importante como

fonte de contaminac;ao quando mal higienizados, resultando na transmissao de

microorganismos de um alimento para outro (contaminayao cruzada) (FRANCO, 1996).

5.4 CONTAMINAC;AO CRUZADA

As praticas inadequadas de higiene e processamento de alimentos por pessoas

inabilitadas podem provocar a contaminac;ao cruzada de alimentos, 0 que vem a

constituir um potencial problema de saude publica (TOSIN e MACHADO, 1995).

Page 18: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

15

A possibilidade de contaminas:ao cruzada entre a materia-prima contaminada

com alimentos cozidos, atraves do manipulador, equipamentos, utensilios e bancada de

manipula,ao, alem do cozimento inadequado (SILVA JR., 2001).

Conforme NASCIMENTO (2000), a contamina,ao dos alimentos se da

principalmente por contato por material fecal de anima is infectados ou contato com

superficie sujas contaminada com a bacteria.

5.5 TEMPERATURA

As temperaturas altas sao utilizadas para eliminar as microorganismos, com

efeito bactericida, porem, dependendo da temperatura utilizada e da resistencia dos

microorganismos, podera Dcorrer inibigao do metabolismo sem a marte, ocasionando

urn efeito bacteriostatica, onde as microorganismos permanecem vivos, mas nao 5e

multiplicam. Para este efeito, 0 limite minima de seguranya e de 60° C (SILVA JR.,

2001).

as alimentos, na espera para venda/distribuic;ao, devem ser protegidos de novas

contaminac;6es e tambem devem ser mantidos sob rigoroso controle de tempo e

temperatura, para nao ocorrer a rapida multiplicac;ao microbiana. Alimentos quentes

devem ser mantidos a 65°C ou mais, e alimentos frios abaixo de 1aoc. Alimentos

quentes mantidos a temperatura inferior a 60°C por mais de 3 horas devem ser

desprezados, e alimentos frios devem ser desprezados quando mantidos a

temperaturas superiores a 10'C por mais de 2 horas (ABERC, 2000).

Page 19: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

16

6 IDADE E CONDI~OES MAIS SUSCEPTIVEIS DAS DTA'S

Diarreia e a principal causa de marte entre as crian~as menores de 5 anos nas

populat;6es de baixa renda dos paises em desenvolvimento. 0 impacto da doenc;:a

diarreica taz-se nolar de forma rna is intensa nos periodos rnais precoces da vida, em

especial no primeiro ano, quando sao levados em considerac;:ao a numero de epis6dios

de diarreia par ana e as taxas de admissao hospitalar.

Presume-se alta morbidade, entretanto como poucas DTA estaQ incluidas no

Sistema Nacional de Vigilimcia Epidemiologica, naD se reconhece sua magnitude e pela

informac;:ao disponivel a mortalidade e a letalidade sao baixas, dependendo das

condic;:6es do paciente do agente etiol6gico envolvido e do acesso aos servic;os de

saude. Ressalta-se sua importancia no grupo eta rio de menores de 5 anos, em

decorrencia da elevada mortalidade por diam§ia nesse grupo, como tambem, nos

imunodeprimidos e idosos (FUNASA).

Estima-se que as enfermidades causadas por alimentos contaminados

constituem em dos problemas sanitarios mais difundidos mundialmente, sendo as

crian~as, idosos e imunocomprometidos os mais acometidos. A exce~ao de doem;:as

como botulismo, bruce lose e listeriose, as doen~as de origem alimentar geralmente sao

brandas e auto-limitantes. As conseqOencias variam de acordo com 0 pat6geno

incriminado, quantas celulas viaveis ingeridas, idade e fatores de resistencia e

susceptibilidade do comensal. Entre os sintomas pode-se destacar diarreia, nausea,

vomito, dores abdominais, febre e colica (OMS, 2000).

Page 20: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

17

GRAFleO 1: Numere de Surtos de Ooen,as Transmitidas par Alimentas e ana

Parana - 2001 a 2003.

"l1DDI

I]/::f/

FOOTE SESAIlSEPIOVSIOI",sao de Vill'ianeoa Sanruina ANDde Ah....,1OsNOTA.oallo!;.p<<1hmnares

Nota-se aqui a redu,;;a do numere de surtos entre 2001 e 2003. Nada que possa

ser confortador, pais 0 numero absoluto de surtos em 2003 ainda e alto em compara<;:ao

aos paises desenvolvidos. 0 crescente trabalho da vigil~ncia sanitaria, em seus setores

de abrangencia, tern papel importante ness a redU(;ao de surtes nesses 3 anos

considerados.

Page 21: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

18

GRAFleD 2: Distribui<;ao dos Surtos de DTA por local de ocorrencia

Parana - 2001 a 2003.

Rofeitorios

.%

FONTE SESAIISEPJOVSOivlmdeVigdtmciaSamtanade Allmenl0s

NOTA' Oados prellmlMres

Ao contrario do que a maiaria da popula92o pensa como verdade, a maieria deocorrencia de surtes de DT A's tern sua ocorrencia nos domicilios. Restaurantes,

lanchonetes e similares, sen do estes 0 que mais S9 pens a serem as principals locais de

ocorrencia de OTA's, representam pouco menos de 'X (23%) perante todos os locais

cnde ocorrem as surtos.

Page 22: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

19

GRAFICO 3: Dislribuic;ao dos Agenles Eliologicos dos Surtos por DTA

Parana - 2001 a 2003

DISTRIBUICAo DOS AGENTES ETiOLOGICOS DOS SURlOS POR OTAPARANA-2001 A2D03

As Salmonella spp e 0 Staphylococcus aureus represenlam pouco mais da

metade dos agentes etiol6gicos dos surtos de DTA's. Mais informa90es sobre os

alimentos em que habitam esses microorganismos poderiam ser pass ados aos

principais interessados, que pod em ser quem manipula (au manufatura) esses

alimentos, como tambem todos as que VaD consumir esses produtos.

Page 23: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

20

GRAFleO 4: Oistribui<;ao de Surtos por Grupos de Alimentos

Parana - 2001 a 2003

No Parana, assim como tam bern em muitos outros estados, as alimentos que

mais podem causar surtos de OTA's sao as carnes e derivados. Qualquer prepara<;ao

mista envolvendo, portanto, algum produto de origem animal, pode tambem ser grande

causador de surtos. As confeitarias, ande 0 principal produto de origem animal

envolvido e 0 leite, tambem respond em par urn consideravel numero de ocorrencia de

surtos, geralmente provocados par rna refrigerar;80 de bolos que utilizam cremes em

seu preparo, nao menes considerando outros produtos como salgados recheados com

carne bovina, par exemplo.

Page 24: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

GRAFICO 5: Dislribui<;ao de Surlos de DTA por Faixa Elaria

Parana - 2001 a 2003

Aqui apenas nota-s8 que a majoria da popula<;ao que manipula alimentos tern

entre 20 e 49 an os de idade. Assim, podendo concluir que i550 S8 deve ao fata de que

a maiaria das pessoas que consomem as alimentos contaminados esta nessa faixa

etana.

Page 25: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

22

GRAFleO 6: Distribui98a de Surlas de DTA par Genera

Parana - 2001 a 2003

FONTE: SESloJlSEP/DVS/Divislio de Vigilal'lciaSOl'lilariade Alimel'llosNOTA: Dodos prelirrinares

Apenas como informa<;:ao,nota-58 que a ocorrencia de surtos par genera naorevela extremos. 0 publicomasculino e a feminino representam praticamente a mesmaquantidade de acorrencias.

Page 26: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

23

TABELA 1: Fatores contribuintes associados de Surles de Doenc;;as Transmitidas por

Alimentos no Parana - 1978 - 2000

FATORES CONTR/BU/NTES %

RELATIVOS A CONTAM/NACAo (bacteriana/quimica):

Materia prima contaminada antes do preparo (bacteriana) 75,8

Contaminacao durante 0 preparo:

Manipuladores contaminados au infectados (bacteriana)

Equipamentos contaminados (bacteriana)

Contamina"ao cruzada (bacteriana)

Alimento venenoso (quimica)

Contaminac;;ao (qufmica)

44,2

34,0

28,4

5,1

1,4

RELATIVOS A SOBREV/VENC/A (BACTER/ANAI

Processamento inadequado pelo calor (tempo/temperatura <60· C) 38,3

Reaquecimento inadequado (tempo/temperatura <70· C) 23,4

RELA TlVOS A MUL TlPLfCACAo (bac/eriana):

Conserva"ao inadequada pelo frio (tempo/temperatura> 10· C)Tempo multo longo entre preparo e consume (acima de 2hrsentre 10· C e 60· C)

88,5

90,6

FONTE: SESNISEP/CSANOTA: A soma dos percenluais excede 10Qo/(), porque diversos falores contribuiram para cadasurto.

Finalizando a apresentac;;ao de dados, atraves dessa tabela nalamos que a

materia-prima contaminada representa 75,8% da freqiiencia de ocorrencias. IS50 emuito, pois ainda nao se podem cobrir todos os possiveis contribuintes para esses

dados per, principalmente, falta de pessoal de fiscalizagao. Locais onde se armazenam

e os meios de transporte dessas materias-primas poderiam ser mais fiscalizados, per

Page 27: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

24

exemplo. Mas naD ha fiscais suficientes para estarem em todos as locais susceptiveis a

surtos.

E, sem duvida, naD podemos desconsiderar a falta de informac;:ao dos

manipuladores de alimentos, estes que sao um dos principais contribuintes para a

ocorrencia de surtos de OTA's. Equipamentos podem ate estar contaminados. E se

estao, com certeza foi porque algum manipulador desse equipamento naD teve

consciencia para higieniza-Io. as manipuladores contribuem de diversas formas,

inclusive par contaminac;:ao cruzada. Esses Ires fatores (manipulador, equipamento

contaminado e contaminac;:ao cruzada) sao as principais fatores demonstrados na

tabela e somam mais de 100% de freqi,it§ncia, pOis mais de um desses fatores puderam

contribuir para cada surto.

Page 28: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

25

7 CONCLUsAo

Pede-se concluir, sem nenhuma duvida, perante os dados e argumentos

apresentados, que a aumento das Doen9as Transmitidas par Alimentos (DTA's) nao

tern causa isolada e nao se pade atribuir a apenas urn tat~r contribuinte. Ficou claro

que as principais fatores contribuintes sao representados pela materia prima

contaminada, seguida pela manipulavao inadequada, equipamentos contaminados e

contaminaC;2Io cruzada.

Assim, complementando, as muUiplas vias de contaminatyao des alimentos par

microorganismos devem ser Gonsideradas em conjunto para urn mether entendimento e

av'aliaC;:8.0da ocorrencia, sendo a manipulac;:ao a fatar contribuinte que mais tern

potencial de contribuir com a estatistica de ocorrencia de surtos de DTA's.

Extremamente importante e, portanto, tomar provid€mcias para que a informa~ao

chegue em lodos os niveis de atividades que manipulam alimentos, desde os

manipuladores propriamente dilos ate os proprietarios de estabelecimentos. Algurn

programa ate poderia ser criado para a educayao em domicilio, visto ser esse 0

principal local de ocorrencia das OTA's, seja urn programa informative de alerta atraves

da midia ou atraves das secretarias de saude espalhadas pele pais.

Assim, acredita-se ser de suma importancia a relevancia da educa~ao para se

com bater, literalmente pela raiz, as ocorrencias de OTA's na sociedade, sempre

estimulando a populac;ao a transmitir os conhecimentos ao pr6ximo, assim podendo

alingir cad a vez mais possiveis contribuintes e causadores de OTA's. Seria, entao, urn

programa de conscientizayao nacional ramificado ate 0 nivel municipal que poderia,

com certeza, trazer a ton a novos dados sobre as contaminayoes e suas causas, porem

dados animadores condizentes com esses programas de educayao e de informac;ao

que poderiam, portantD, ser implementados.

Page 29: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

26

REFERENCIAS

ABERC - Associavao brasileira de empresas de refeivoes coletivas. Manual ABERC

de praticas de elabora~ao de refei~;;es para coletividades. 6 ed. Sao Paulo, 2000.

ALMEIDA, R. C. C.; Amilise de perigos e pontos criticos de controle no

processamento de pratos carneos para alirnentac;ao institucional. Campinas, 1995.

Tese (Doutorado) - Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de

Campinas.

ALMEIDA, R. C. C. E SCHNEIDER, I. S. Aspectos microbiologicos e quimicos deprodutos alimentfcios elaborados com carnes mofdas, vendidas ao varejo no municipiode Campinas. Revista Higiene Alimentar. V. 2, n'1/2. 1983.

CARNEIRO, A. A. J.; GONt;ALVES, T. M. V.; HOFFMANN, F. L. Estudo higienico-

sanitaria de bombas de chocolate com recheio de creme. Revista Higiene Alimentar,

v. 19, 2005.

CHIARINI, E., ANDRADE, C. S. Levantamento de procedimentos higienicos adotadosem cozinhas residenciais. Revista higiene alimentar. Vol. 18 nO 12, 2004.

EDUARDO, M. B. P; MELO, M. L. R., KATSUYA, E. M. Vigilancia das Doen~as

Transmitidas por Agua (OTAA) no Estado de Sao Paulo - Um Projeto Novo?

Boletim.

EKANEM, E. O. The street food trade in Africa: safety and socie-environmental issues.

Food Control, n.4, v. 9. 1998.

Evangelista, j. Tecnologia de Alimentos: Atheneu, 2001.

FAD. Codex Alimentarius. C6digo de procedirnentos de higiene para estabelecimentos

on de sao servidos alimentos pre-cozidos e cozidos em nalimentayao para a

Page 30: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

coletividade. In: Associac;:ao Brasileira das empresas de refeic;:6es Coletivas. 2 ed. Sao

Paulo, 1995.

FATTORI, F. F. A.; SOUZA, L. C.; BARBOSA, R. L. Aspectos Sanitarios em Trailers de

lanche no municipio de Presidente Prudente, SP. Revista Higiene Alimentar, v. 19,

2005.

FAGUNDES-NETO, Ulysses e SCALETSKY, Isabel Cristina Alfonso. The gut at war:

the consequences of enteropathogenic Escherichia coli infection as a factor of

diarrhea and malnutrition. Sao Paulo Med. J. [online]. Jan. 2000, vo1.118, no. 1 [citado

26 Fevereiro 2005], p.21-29. Disponivel na World Wide Web:

<http://www.scielo.brlscielo .ph p?script=sci_ arttext&pid= S1516-

31802000000100006&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1516-3180.

FONSECA, L. F. L. ;SANTOS M. V. Qualidade do leite e controle de maslile. SaoPaulo: Leemos, 2000.

FRANCO, B. G. M. F.; LANDGRAF, M. Microbiologia dos Alimentos. Sao Paulo:

Atheneu, 2001.

FRAZIER, W. C.;WETHHOFF,D.C. Microbiologia de los alimentos. 4' ed. Zaragoza:

Acribia, 1993.

FUNASA Manual das doen-;as transmitidas por alimentos, 2000

GAVA, A. J. Principios de lecnologia de alimenlos. Sao Paulo: Nobel, 1984.

GENIGEORGIS,C. Present state of knowledge on staphylococcal intoxication.

International Journal of Food Microbiology, v.9, n. 4, 1989.

GELlI, D. S. Surtos humanos p~r salmonella em alimentos. Aves e Ovos, SaoPaulo, v. 11 n' 8,1995.

Page 31: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

28

GERMANO, M.I.S. e cols. Manipuladores de alimenlos: Capacilar? E preciso.

Regulamentar? ..Sera Preciso??? Revista Higiene Alimentar, v. 14,2001.

GONCALVES, P. M. R. Toxiinfecyoes Alimentares: uma revisao. Revista Higiene

Alimentar, v. 12, 1998.

IGRAM, M. e Simonsen, B. Carne y productos carnicos: Ecologia microbiana de losalimentos. Zaragoza: Acribia, 1985.

LANDGRAF, M.; Microbiologia dos alimentos. Sao Paulo: Editora Atheneu, 1996.FAO CODEX ALiMENTARIUS. C6digo de procedimentos de higiene paraestabelecimentos onde sao servidos alimentos pre cozidos e cozidos emalimenta«;ao para coletividade. In: associaya:o brasileira das empresas de refeic;6escoletivas. 2 ed. Sao Paulo, 1995.

LEITAO, M. F. F. Qualidade e Seguran9a Alimentar em Produtos Avicolas. Confenlncia

API NCO DE CIENCIA E TECNOLOGIA AvicOLAS, CAMPINAS, SP, ANAIS, FACTA

- Fundac;:ao Apinco de Ciencia e Tecnologia Avicolas, 2002.

LUCCA, A. Cachorro-quente comercializado em locais publicos e caracteristicas

do mercado. Sao Paulo, 2000. (Disserta9aO de Mestrado - Faculdade de saude

Publica da Universidade de Sao Paulo).

MENDON<;A, S. P. Rastreabilidade assegura qualidade da carne bovina, Revista

Higiene Alimentar, v. 16,2002.

MIKILlTA, I.; CAMBUY, M. Linhas gerais de programa~ao aplicaveis as atividades

de vigilancia sanitaria de alimentos. Parana, 2001 [Centro de saneamento e

vigilancia sanitaria; Divisao de contrale de alimentos e zoonoses).

MONTEIRO, L. L.; SANTOS, L. A. G.; TEODORO, VA M.; GUIMARAES, K. R.; PINTO,

P. S. A.; BEVILACQUA, P. D. Aplica9ao de imunoensaios no diagnostico de doen9as

veiculadas por produtos de origem animal. Revista Higiene Alimentar, v. 18,2004.

Page 32: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

29

NASCIMENTO, M. R., STAMFORD, T. L. M. Incidencia de Escherichia coli 0157: H7

em alimentos. Revista Higiene Alimentar, v. 14,2000.

NASCIMENTO, G. G. F.;FIGUEREDO, S.HM., UBISSES, 0. M., ANTONELLI, E.M.

Condic;oes Microbiol6gicas do leite pasteurizado comercializado em Piracicaba-SP.

Boletim da sociedade brasileira de ci€mcias e tecnologia de alimentos, v. 25, 1991.

NASCIMENTO, F. C. A. Aspectos s6cios-economicos das doenc;:as veiculadas pelos

alimentos. Revista Nutri9ao em Pauta. V. 8. Sao Paulo, 2000.

NEDER, R. N. Microbiologia de alimentos I. Piracicaba: ESALQ, 1992.

PADILHA, Maria do Rosario de Fatima, FERNANDES, Zelyta de Faro, LEAL, Tereza

Cristina Arcanjo et a!. Pesquisa de bacterias patogenicas em leite pasteurizado tipo C

comercializado na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trap.,

mar.labr. 2001, vo1.34, no.2, p.167-171.ISSN 0037-8682.

PAIXAO, C. C. M. ET AL. Perfil higienico-sanitario de panificadoras localizadas na

regiao noroeste da cidade do Recife. Revista Higiene Alimentar, v. 12. 1998.

PANETTA, J. C. °manipulador: fator de seguran,a e qualidade dos alimentos. Revista

Higiene Alimentar, v. 12, 1998.

PINTO, A. T., BERGMANN, G. P. Investiga,ao de enfermidades transmitidas por

alimentos. Revista Higiene alimentar, v. 14.2000.

RICHARDS, N. S. P. S. Seguran9a Alimentar, Como prevenir contamina90es na

industria. Food Ingredients, v. 18, 2002.

RIEDEL, G. Controle Sanitario dos alimentos. Sao Paulo: Nobel, 1994.

Page 33: Marcela Costa ltibere da Cunha ANALISE DE SURTOS NO …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/09/ANALISE-DE-SURTOS-NO-PARANA-ANO... · microrganismos causadores destas doen,as (TOLEDO e

30

OLIVEIRA, N. M. S. et al. Isolamento de bacterias facultativas mes6filas em carnes

frescas bovinas e suinas. Revista Higiene alimentar, v. 16, 2002.

[OMS] - Organiza,ao Mundial da Saude. Foodborne disease: a focus for helth

education. Geneva; 2000.

SILVA, J. A Microorganismos patogenicos em carne de frango. Revista Higiene

alimentar, v. 12, 1999.

SILVA, J. A. As novas perspectivas para 0 controle sanitario dos alimentos. Revista

Higiene alimentar, v. 18, 1999.

SILVA Jr., E. A. Manual de controle higienico-sanitario em alimentos. 4 ed., Sao

Paulo: Varela,2001.

SILVEIRA, T. F. Embalagem de embutidos versus estilo de vida. Revista nacional dacarne., voI.18,n. 206, 1994.

SIQUEIRA, R. S. Manual de microbiologia de alimentos. Rio de Janeiro: EMBRAPA

centro nacional de pesquisa agroindustrial e alimentos, 1995.

TOLEDO, A. G.; VIANNA, M. S. R. Editorial. Boletim de Divulga,ao Tecnica e

Cientifica. Centro de Estuclos. Superintend€mcia de Controle de Zoonoses,

Vigilancia e Fiscalizac;ao Sanitaria. Secretaria Municipal de Salide. Prefeitura da

Cidade do Rio de Janeiro., n. 12,2002.

VENTURI, I; CRISPIM, S. P.; BRAMORSKI, A.; MELLO, R. M. A. V. D., Treinamento

para conservayao e higiene dos alimentos: uma pro posta para a pratica educativa.

Revista Higiene alimentar, 18. 2004.