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CURSO ACTIVIDADE DE GRUPO CEF ® MÓDULO LOCALIZADA

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  • CURSO ACTIVIDADE DE GRUPO CEF

    MDULO LOCALIZADA

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    Curso Actividades de Grupo CEF 2

    ndice

    GINSTICA LOCALIZADA - OBJECTIVOS .............................................................. 3

    EVOLUO E TENDNCIAS ................................................................................... 3

    BENEFCIOS PARA A SADE ................................................................................. 4

    CONTROLO POSTURAL .......................................................................................... 6

    DESEQUILBRIOS MUSCULARES ........................................................................ 12

    MSICA ............................................................................................................... 13

    COMUNICAO ................................................................................................... 14

    TCNICAS DE CORRECO ................................................................................. 16

    DEFINIES DE FORA ...................................................................................... 17

    IMPLEMENTAO DE UM PROGRAMA DE TREINO DE FORA ........................... 18

    FASES DA AULA DE LOCALIZADA ........................................................................ 20

    AQUECIMENTO .................................................................................................... 21

    PASSOS PARA ELABORAO DE UM PLANO DE SESSO .................................... 24

    INTENSIDADE DE TREINO .................................................................................. 26

    CONTROLO DE INTENSIDADE ............................................................................. 27

    EXERCCIOS DE LOCALIZADA............................................................................. 29

    ALONGAMENTO ................................................................................................... 39

    BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 46

    ANEXO 1 - EXERCCIOS DE LOCALIZADA ........................................................... 47

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    Curso Actividades de Grupo CEF 3

    GINSTICA LOCALIZADA

    Objectivos da Ginstica Localizada

    O aumento da resistncia muscular associada a um eficaz alongamento das estruturas msculo-tendinosas e articulares.

    No entanto, este um objectivo lato, que tanto pode servir para o treino de um maratonista como para

    o indivduo sedentrio que habitualmente frequenta as instalaes de fitness. Assim, do mesmo modo que o treinador de futebol deve incluir no treino dos seus atletas exerccios que se aproximem das exigncias do jogo, tambm ao nvel do fitness dever existir a preocupao de adequar cada sesso realidade dos grupos a que se dirigem.

    A maioria dos clientes das aulas de fitness no tem por meta o rendimento desportivo mas sim os benefcios ao nvel da sade que o exerccio fsico lhes pode proporcionar. A populao alvo pertence, sobretudo, ao grupo dos sentados profissionais, ou seja so indivduo essencialmente sedentrios, cujas actividades dirias, profissionais ou de lazer, so normalmente realizadas na posio sentada.

    Assim, ao objectivo primrio da ginstica localizada, podemos acrescentar que ele deve ser desenvolvido no sentido de:

    Promover a correcta realizao de tarefas do dia-a-dia, profissionais, desportivas ou recreativas;

    Contribuir para o aumento da fora e flexibilidade funcionais.

    Evoluo e tendncias

    Processo clssico de treino de resistncia muscular

    Tendncia actual do treino de resistncia muscular

    Hipertrofia muscular Objectivos funcionais

    Preocupao esttica Adaptao individual

    Execuo centrada na quantidade Execuo centrada na qualidade

    Aumento da fora e resistncia muscular Aumento da fora com objectivo prtico

    Exerccios isolados Exerccios funcionais

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    Curso Actividades de Grupo CEF 4

    Benefcios para a sade

    A ginstica localizada tem como objectivo primrio o treino da fora de resistncia muscular ou endurance muscular, associada ao trabalho de alongamento das estruturas msculo-tendinosas e articulares.

    Este tipo de trabalho apresenta benefcios para a sade, contribuindo, tal como o treino cardiovascular, para a modificao da composio corporal, a preveno de alteraes metablicas prprias do envelhecimento tais como, a reduo da taxa de metabolismo basal (TMB), a diminuio de densidade mineral ssea (osteoporose) e as doenas osteo-articulares, nomeadamente a arterite. O treino de fora de resistncia pode ainda contribuir para a reduo de alguns dos factores de risco da doena coronria (presso arterial, perfil lipdico, metabolismo da glucose, obesidade) bem como provocar alteraes na durao do trnsito gastrointestinal. Por ltimo, o trabalho de fora influncia positivamente a auto-imagem e a auto-estima, factores importantes para o equilbrio psquico e social dos nossos alunos.

    Modificao da composio corporal e da taxa de metabolismo basal (TMB) O aumento da massa muscular representa um maior consumo energtico em repouso, ou seja, uma taxa

    de metabolismo basal mais elevada, contribuindo, deste modo, para evitar a acumulao de tecido adiposo (o msculo queima mais calorias que a massa gorda!). Por outro lado, o envelhecimento conduz a uma perca de massa muscular, normalmente de 3 a 5% por cada 10 anos aps os 25 anos de idade, o que reduz o consumo energtico de repouso (TMB). Por isso, o treino de fora ajuda a diminuir o decrscimo de tecido muscular nos indivduos mais idosos e, ao aumentar a sua taxa de metabolismo basal, contribui para a reduo do risco de obesidade.

    Aumento da densidade mineral ssea.

    O treino de fora, pode ajudar a prevenir a osteoporose (perda de mineral e matrizes de colagnio do osso) tpica do processo de envelhecimento e, sobretudo, dos indivduos do sexo feminino aps a menopausa.

    Preveno da osteo-arterite

    A forma mais comum de arterite, uma doena cuja prevalncia aumenta com a idade e atinge, sobretudo, mulheres. Dado que se pensa que est associada a uma atrofia e fragilidade muscular, provoca instabilidade articular e dor, podendo o treino de fora reduzir estes efeitos.

    Melhoria do perfil lipdico

    Na literatura mais antiga referida uma diminuio dos nveis de colesterol, triglicridos e dos seus transportadores sanguneos (as lipoprotenas), em indivduos sujeitos a um treino de fora, sobretudo quando o treino integrava exerccios poliarticulares para os grandes grupos musculares. No entanto, os estudos mais recentes no encontram diferenas significativas na alterao no perfil lipdico como consequncia quer do treino aerbio quer do treino de fora. Isto faz com que se pense que as modificaes positivas no perfil lipdico so, fundamentalmente, motivadas pela alterao nos hbitos de vida que a adeso ao exerccio regular provoca e no pelo tipo de treino adoptado.

    Presso arterial

    Segundo Sole et al. (1993) tanto a presso sistlica como a diastlica podem elevar-se durante os exerccios de fora, estando este aumento est associado, sobretudo, intensidade e no ao tipo de contraco muscular. A literatura existente no conclusiva quanto aos efeitos do treino de fora na presso arterial de repouso de indivduos saudveis ou hipertensos, tendo alguns apresentado diminuio e outros apenas uma manuteno. Tambm os estudos que compararam os efeitos do treino de fora com os do treino aerbio na reduo da presso arterial no revelaram diferenas significativas.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 5

    Metabolismo da glucose

    Nveis elevados de glucose no sangue so indicadores para a diabetes bem como constituem um factor de risco para a doena coronria, estando muitas vezes associados a alteraes do perfil lipdico e hipertenso. Embora sejam necessrios mais estudos nesta rea pensa-se que o metabolismo da glucose pode melhorar, no s com o treino aerbio, mas tambm, com alguns tipos de treino de fora (resistncia muscular).

    Diminuio da durao do trnsito gastrointestinal

    Sabe-se que um prolongado tempo de trnsito gastrointestinal e uma reduzida actividade fsica esto associados ao aumento da prevalncia do cancro do clon, situao que tende a aumentar com o envelhecimento. Tem-se provado que o treino de fora pode ser eficaz na diminuio da durao do trnsito gastrointestinal.

    Melhoria do bem-estar psquico e social

    A modificao de composio corporal, o aumento da massa muscular, a melhoria da coordenao intermuscular, a maior facilidade em desempenhar as tarefas dirias, promove a auto-imagem e auto-estima dos indivduos, contribuindo, portanto, para o seu equilbrio emocional e sua integrao social.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 6

    Controlo Postural

    Segurana na execuo de exerccios

    Para que possamos obter benefcios para a sade com a actividade fsica importante definir regras de segurana de execuo ao nvel do controlo postural e do ritmo respiratrio que podem evitar situaes de leso ou de agravamento de patologias antigas ou apenas causar desconforto desnecessrio.

    Nesta perspectiva tem que existir um desenvolvimento da conscincia corporal a fim de permitir uma eficcia na execuo de exerccios localizados.

    O papel do profissional fundamental para que a mensagem chegue ao cliente. As explicaes, as imagens que usa e o modo como faz as correces determinam a qualidade da execuo.

    O controlo postural ou tcnica de execuo tem como princpios orientadores:

    Qualidade de movimento Desenvolvimento de conscincia corporal Eficincia do movimento

    O Controlo postural diz respeito ao alinhamento da coluna vertebral e das cinturas (plvica e escapular) assim como dos membros inferior e superior, e que deve estar sempre presente qualquer que seja a posio em que o exerccio realizado.

    As ms posturas adoptadas no dia-a-dia provocam desequilbrios musculares que alteram o alinhamento natural (neutro) corporal.

    Analisemos, sumariamente, cada uma das posies de execuo possveis:

    Posio Bpede

    Alinhamento ideal: Ps paralelos e afastados largura da bacia. Distribuio do peso corporal pelos dedos dos ps,

    calcanhares e pelas extremidades exteriores dos ps Joelhos desbloqueados e alinhados com o 2/3 dedo do p Bacia em posio neutra: colocar os dedos mindinhos nas cristas ilacas e os polegares no final da

    caixa torcica e verificar se as costelas esto alinhadas com a bacia e que esta no se encontra inclinada para a frente ou para trs

    Peito elevado e omoplatas para baixo e para dentro Cabea centrada no cimo da coluna vertebral com o queixo paralelo ao solo

    Erros frequentes Relaxamento dos msculos da regio dorsal, acompanhada de encurtamento da musculatura

    peitoral e deltide anterior, o que conduz a uma maior rotao interna dos ombros (costas arredondadas, peito cncavo, diminuio da flexibilidade da articulao do ombro)

    Tendncia para a anteverso da bacia, com aumento da lordose lombar e consequente prejuzo para esta zona da coluna

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    Curso Actividades de Grupo CEF 7

    Correces

    Levar o cliente a adoptar o alinhamento ideal descrito acima

    Imagem Pense que os seus ps so dois rectngulos e distribua o peso do corpo por os quatro cantos de

    cada um deles, sem deixar que o arco plantar toque no cho. Alinhe os joelhos com os dedos dos ps e os calcanhares, evitando que se unam na linha mdia do corpo ou saiam para fora da linha do calcanhar (joelho valgum ou varum). Contraia a parede abdominal e os glteos, simultaneamente, imaginando que est de p, a tentar apertar umas calas de ganga justas ou quer meter as mos nos bolsos. Ao mesmo tempo, olhe em frente e mantenha os ombros na mesma linha, baixos e com as omoplatas ligeiramente prximas

    Posio: Bpede com Projeco do Tronco em Frente

    Alinhamento ideal

    Ps largura da bacia, peso corporal distribudo uniformemente pelos apoios, joelhos desbloqueados

    Flexo da coxa na articulao coxo-femoral, projectando o tronco para a frente, ficando com as costa paralelas ao tecto

    Peito aberto, ombros rodados para fora e omoplatas prximas Abdominal activado para manter a bacia em posio neutra Cabea no alinhamento da coluna com olhar dirigido para o cho Mos apoiadas nas coxas

    Erros frequentes A projeco do tronco em frente executada a partir da flexo lombar e no na articulao coxo-

    femural, provocando a inverso da curvatura lombar Alterao da distribuio do peso corporal (mais peso nos calcanhares ou na parte anterior do p) Joelhos em hiperextenso ou em flexo Cervical em hiperextenso (queixo aponta para cima e para a frente)

    Correces Aumentar a mobilidade da articulao coxo-femural atravs da flexo dos joelhos durante a

    projeco do tronco em frente, mantendo o peso corporal centrado nos apoios Ensinar o cliente a sentir a articulao da coxa (tocando com as mos) e assim ter uma melhor

    percepo do movimento nesta articulao Ao nvel do tronco, manter tenso entre as omoplatas para estabilizao dos ombros Alinhar cervical mantendo olhar direccionado para o cho

    Imagem Projectar o tronco para a frente a partir da coxa at as costas ficarem paralelas ao tecto. Imagine

    que as suas costas so o tampo de uma mesa, sinta que as ndegas se alongam para a parede do fundo da sala e o alto da cabea para a parede da frente. O umbigo est colado s costas e entre as omoplatas est uma bola de golfe que no pode escorregar, nem para a frente, nem para trs.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 8

    Posio sentado

    Alinhamento ideal Usar esta posio somente se usar um step na altura mxima, caso contrrio sentar no cho

    provoca grande stress na articulao coxo-femural devido excessiva flexo bem como pela falta de mobilidade a nvel da bacia

    Sentar e manter as costas direitas Flectir os joelhos e colocar os ps apoiados largura da bacia Contrair a musculatura abdominal para dar suporte zona lombar Ombros afastados das orelhas, peito alto e omoplatas puxadas para trs e para baixo Cabea no cimo da coluna vertebral com queixo paralelo ao solo, olhar no horizonte

    Erros frequentes Tendncia para a retroverso da bacia com inverso da curvatura lombar Aumento da cifose dorsal (costas arredondadas) Hiperextenso da cabea (queixo para a frente e para cima) Distribuio no equitativa do peso nos 4 apoios (ndegas e ps) Desalinhamento dos membros inferiores (joelhos para dentro ou para fora)

    Correces

    Conduzir o cliente at posio neutra da coluna atravs de exerccios de bsculas da bacia (rodar para frente e para trs), elevao e depresso dos ombros e rotao externa dos ombros

    Alinhar o membro inferior, ou seja bacia joelho p na mesma linha Ajustar a flexo do joelho (ps mais prximos ou afastados do step) de forma a no criar stress na

    articulao da coxa

    Imagem Imagine que est sentado numa cadeira, com as costas completamente alinhadas. Sinta que est

    sentado sobre os ossos da bacia Sinta-se orgulhoso, eleve o peito e no esquea de contrair o abdominal Cole o umbigo para as costas e sinta-se a crescer pelo topo da cabea Olhe para a frente com o queixo paralelo ao cho e o topo da cabea para o tecto

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    Curso Actividades de Grupo CEF 9

    Posio: quatro apoios

    Alinhamento ideal Joelhos e mos (ou antebraos) apoiados no cho Distribuir o peso corporal igualmente pelos 4 apoios Alinhar a mo em linha com o cotovelo e ombro assim como joelho debaixo da bacia Joelhos esto afastados um do outro distncia da largura da bacia Coluna paralela ao tecto, contraco da parede abdominal manter bacia neutra Pescoo alinhado com a coluna e olhar dirigido para o cho Ombros afastados das orelhas Peito aberto com omoplatas prximas e ombros rodado

    Erros frequentes Desalinhamento da coluna cervical (o aluno tem tendncia para olhar para o professor em vez de

    olhar para o solo) e da cintura escapular com relaxamento da zona dorsal, Anteverso da bacia (relaxamento da parede abdominal e do pavimento plvico) Distribuio incorrecta do peso corporal pelos quatro apoios (havendo maior tenso em

    determinadas articulaes) Desalinhamento do membro inferior e/ou do membro superior (pulso, cotovelo e ombro no esto

    em linha recta e/ou joelho no est na mesma linha da coxa). Quando isto acontece o peso corporal no est, normalmente correctamente distribudo

    Correces

    Conduzir o aluno at posio neutra da coluna atravs de exerccios de bsculas da bacia (rodar para baixo e para cima), elevao e depresso dos ombros

    Activar a musculatura abdominal para estabilizar zona lombar O apoio dos antebraos no cho ou step, de modo a aumentar a base de apoio, contribui para um

    melhor equilbrio e pode ser uma soluo para quem tenha os punhos mais frgeis. A realizao dos exerccios nesta posio com o uso de um basto apoiado sobre as costas pode

    ajudar o cliente a manter a coluna numa posio neutra (o basto no pode cair durante o exerccio)

    Alinhar o membro superior numa linha recta a mo - cotovelo - ombro e o membro inferior numa linha joelho - bacia

    Imagem Imagine que as suas costas so um tampo de uma mesa, paralelo ao tecto onde est um copo

    com gua que no pode ser entornado Queixo para dentro, pescoo alongado Os ombros afastados das orelhas, empurre o umbigo para as costa, o peso do corpo est

    distribudo igualmente pelos joelhos e mos

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    Curso Actividades de Grupo CEF 10

    Posio: decbito lateral

    Alinhamento ideal Deitado de lado, pouse a cabea sobre o brao de baixo numa posio confortvel (dobrado ou

    esticado). O brao de cima est apoiado frente do peito de modo a manter o equilbrio Dobre os joelhos de modo a que fiquem frente do corpo aumentando a base de apoio e

    consequentemente o equilbrio Manter a coluna alinhada, as cristas ilacas formam uma linha vertical e a zona lombar est neutra

    Erros frequentes

    Dificuldade em manter o equilbrio e a posio neutra Desalinhamento da bacia no sentido anterior ou posterior Desalinhamento a nvel da coluna cervical (mo apoiada na cabea de lado) Quando h movimento nas pernas a bacia deixa de estar neutra e move-se com o segmento

    Correces Dobrar os joelhos em frente, aumentando a base de apoio facilitando o equilbrio Pode ajudar ter uma pequena almofada (ou toalha) entre a cabea e o brao para que no haja

    desalinhamento nesta zona.

    Imagem Imagine que est encostado a uma parede. A sua cabea, omoplatas e sacro tocam na parede. As

    coxas e joelhos esto em flexo, de modo a que os ps ficam virados para a parede, na mesma linha do tronco e da bacia. Mantenha o abdominal contrado, de modo a manter a cintura afastada do colcho.

    Posio: decbito dorsal

    Alinhamento ideal Deitado dorsal, joelhos flectidos e ps apoiados no cho na linha da bacia Manter a coluna cervical e bacia em posio neutra Ombros afastados das orelhas e com ligeira rotao externa Pode optar-se por colocar o brao com a mo da palma virada para o tecto

    Erros frequentes

    Desalinhamento da coluna lombar em retroverso (encostada ao solo) ou anteverso (demasiado afastada do solo)

    Muita tenso ombros que esto em rotao interna e elevados. Hiperextenso da cabea (o queixo aponta para o tecto)

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    Curso Actividades de Grupo CEF 11

    Desalinhamento nos membros inferiores (sobretudo ao nvel dos joelhos que saem da linha mdia para fora ou para dentro)

    Manter a cabea elevada para ver o professor

    Correces Relembrar postura neutra com exerccios (bsculas da bacia) Reforar as zonas que tm de estar apoiadas no solo (ps, bacia, omoplatas, cabea) e as que no

    devem apoiar (coluna lombar e cervical) Fazer a confirmao da distncia queixo-peito colocando a mo fechada entre o queixo e as

    clavculas. Utilizar uma pequena almofada por baixo da cabea de quem faz uma excessiva extenso da

    cervical

    Imagem Vamos deitar de costas no cho, bacia, joelhos e ps alinhados. Suba e abra o peito, mantendo a zona lombar perto do cho Engula a barriga Os ombros esto longe das orelhas e o queixo no aponta para o tecto. Tente chegar com as mos aos calcanhares mas no retire os ombros do cho

    Posio: decbito ventral

    Alinhamento ideal Deitado ventral, membros inferiores no prolongamento da bacia Testa sobre as mos sobrepostas Alinhar a cabea e o pescoo com o resto da coluna Ombros afastados das orelhas Omoplatas aproximadas Coluna cervical neutra Bacia em posio neutra pbis em contacto com o colcho

    Erros frequentes

    Desalinhamento da cintura escapular (ombros perto das orelhas) e relaxamento da zona dorsal Anteverso da bacia (relaxamento dos abdominais) Hiperextenso da coluna cervical

    Correces Relembrar postura neutra com exerccios (bsculas da bacia) Testa apoiada nas sobre as mos cruzadas Afastar os ombros das orelhas, empurrando os antebraos e cotovelos para baixo e para trs Alinhar orelhas com os ombros

    Imagem Alongue o corpo em sentidos opostos, a cabea cresce em oposio aos ps Cresa! Aperte as ndegas e cole a zona pbica no colcho!

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    Curso Actividades de Grupo CEF 12

    Desequilbrios musculares

    Manter o equilbrio entre fora muscular e flexibilidade em tornos das articulaes uma excelente forma de prevenir leses e aumentar o nvel de funcionalidade.

    A maioria dos nossos clientes apresenta um padro de desequilbrios musculares resultado da falta de conscincia e equilbrio muscular nas actividades dirias: sentam-se mal, transportam pesos de forma incorrecta, caminham com as costas redondas, entre tantos outros exemplos que ocorrem nas aces dirias.

    A estratgia bsica passa por fortalecer os grupos musculares que se encontram mais fracos e alongar os mais encurtados.

    DESEQUILIBRIOS MUSCULARES COMUNS

    Msculo

    Problema Principal razo Correco

    Grande Peitoral Encurtado M postura quando sentado e em p Alongar

    Deltide posterior, Trapzio mdio, Rombides

    Fraco e muito alongado

    M postura quando sentado e em p Fortalecer

    Rotadores internos do brao e ombro Encurtado

    M postura, suporte de pesos juntos do

    corpo Alongar

    Rotadores externos do brao e ombro Fraco M postura Fortalecer

    Parede Abdominal Fraco M postura, Obesidade Fortalecer

    Massa comum Encurtado e muitas vezes fraco

    M postura, obesidade Alongar e fortalecer

    Flexores da coxa Encurtado M postura, estilo de vida sedentrio Alongar

    Posteriores da coxa Encurtado Estilo de vida sedentrio Alongar

    Gmeos Encurtado Uso de saltos altos Alongar

    Tibial anterior Franco No usado o suficiente nas

    actividades dirias Fortalecer

    (Kennedy & Yoke, 2005)

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    Curso Actividades de Grupo CEF 13

    Msica

    As actividades de grupo no fitness utilizam a msica como forma de marcao do ritmo para a realizao de movimento.

    Na localizada a msica tem as seguintes funes: 1. Motivao - a msica torna os exerccios agradveis e promove o ambiente alegre e divertido bem

    como incentiva o aluno a completar as tarefas propostas

    2. Garantir fluidez de movimentos e manuteno da cadncia/velocidade de execuo pretendida 3. Permitir um controle do nmero de repeties executadas numa srie de exerccios bem como o

    intervalo entre sries.

    De modo a permitir a realizao dos exerccios com amplitude total e de forma controlada, o BPM a usar deve situar-se entre 126 a 130 bpm

    Cadncia

    O termo cadncia est relacionado com regularidade de movimentos, de som, etc. Na ginstica localizada cadncia define a velocidade a que se realiza um exerccio, permitindo desta

    forma controlar a sua execuo nas 2 fases de movimento.

    A cadncia est relacionada com os tempos musicais mantendo uma relao directa com os tempos fortes da msica que so os que se contam habitualmente.

    A relao entre cadncia e tempos musicais a de 2 tempos musicais para 1 cadncia (1 tempo forte e 1 tempo fraco = 1 cadncia).

    Para uma fcil utilizao e compreenso, na execuo de planos de aula utiliza-se a seguinte

    representao: 1 / 1 (l-se 1 por 1) e corresponde utilizao de 2 tempos musicais (1 forte+1fraco) na fase concntrica + 2 tempos musicais (1 forte+1fraco) na fase excntrica do movimento.

    As cadncias mais utilizadas so: 1/1 = 2 tempos / 2 tempos = 4 tempos musicais para realizar 1 Repetio

    2/2 = 4 tempos / 4 tempos = 8 tempos musicais para realizar 1 Repetio

    4/4 = 8 tempos / 8 tempos = 16 tempos musicais para realizar 1 Repetio

    A relao entre cadncia e velocidade inversa, ou seja quanto maior for a cadncia mais lenta ser a realizao do exerccio, pois demoramos mais tempo a realizar o mesmo.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 14

    Comunicao

    No segmento de ginstica localizada a comunicao deve incluir indicaes sobre postura e alinhamento incentivando a melhoria da conscincia corporal.

    As indicaes verbais devem ser claras e precisas, utilizando uma linguagem que os clientes entendam.

    Indicaes iniciais a dar antes do incio do exerccio A informao bsica para iniciar o movimento de forma segura e correcta inclui para alm das ordens de

    reforo e antecipativas as ordens descritivas que devem contemplar:

    Nome do exerccio

    Velocidade de execuo - cadncia

    Posio inicial

    Breve descrio do movimento

    Exemplo:

    Vamos fazer agachamento, cadncia 4/4Ps largura da bacia barra apoiada nos ombrosvamos descer com se fossem sentar-se Ordem Descritiva

    Em 4.. 3.. 2.. agacha! Ordem de Reforo e Antecipativa

    Indicaes a dar durante a realizao do exerccio Toda a informao que garanta a execuo do exerccio com tcnica apropriada, bem como encorajar o

    cliente a se superar criando um clima positivo, inclui:

    Indicaes de alinhamento e postura Usar sensaes e imagens

    Quando desce peso nos calcanhares Imagine que se est a sentar numa cadeira

    Ajudar no controlo da velocidade de execuo

    Sobe..Sobe.. Desce.. Desce..

    Alteraes na velocidade de execuo (cadncia)

    Ateno !! mais 2 repetio e passa e 2/2

    Situar o cliente no nmero de repeties (ordens de reforo)

    Faltam mais 4

    Motivao Ciclo de feedback positivo Elogiar Corrigir Elogiar

    Cada dia esto melhores!!! mas as costas podem ainda ficar um pouco mais direitascerto? Bom trabalho!!

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    Curso Actividades de Grupo CEF 15

    Exemplos da utilizao das ordens de comando descritivas, de reforo e antecipativas

    Para iniciar um exerccio de localizada

    Descritiva, de reforo e antecipativa:

    No 3. oito dizer: Vamos fazer agachamento 4/4? (ordem descritiva)

    No 4. oito dizer: Faltam 4, 3, 2, agacha! (ordem de reforo e antecipativa)

    Durante o exerccio para trocar cadncias

    Trocar cadncia de 4/4 para 2/2

    No 3. oito dizer: o ultimo e a seguir passa a 2/2 (de reforo e descritiva)

    No penltimo tempo do 4. oito dizer: 2/2 (antecipativa)

    Trocar cadncia de 2/2 para 1/1

    No 3. oito dizer: Faltam 2 e a seguir passa a 1/1 (de reforo e descritiva)

    No penltimo tempo do 4. oito dizer: 1/1 (antecipativa)

    Para finalizar um exerccio de localizada

    Ordem de reforo quando faltam 4 repeties para finalizar um exerccio numa cadncia

    2/2.

    No inicio de da frase musical, 1. oito antes do fim dizer: Faltam 4

    No 2 oito dizer: Faltam 3 .

    No 3 oito dizer: Faltam 2.

    No 4 oito dizer: Ultimo..

    Ordem de reforo quando faltam 4 repeties para finalizar um exerccio numa cadncia

    1/1.

    No 3 oito dizer: Faltam 4 .

    No 2 oito dizer: Faltam 3.

    No meio do 4 oito dizer: Ultimo..

    Ordem de reforo quando faltam 2 repeties para finalizar um exerccio numa cadncia

    4/4.

    No inicio de da frase musical, 1. oito antes do fim dizer: Faltam 2

    No 3 oito dizer: Falta 1.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 16

    Tcnicas de Correco

    Quando se trabalha individualmente com um cliente relativamente simples fornecer uma srie de indicaes quanto execuo correcta do movimento e conseguir que ele nos entenda. Nas aulas de grupo isso muito mais complexo e desafiante para o profissional.

    Qual a forma correcta de corrigir? uma pergunta difcil de responder porque as variveis so muitas e o que resulta com uns clientes no consegue chegar a outros. Assim, e sem retirar nenhuma concluso definitiva, apresentamos 5 tcnicas possveis para corrigir os nossos clientes, tendo sempre presente que apesar do mtodo de abordagem no esquecer a importncia do ciclo de feedback Elogiar Corrigir - Elogiar.

    Tcnica 1: Correco Individual O profissional dirige-se ao cliente pelo nome e, verbalmente corrige o que estava errado. As vantagens

    deste mtodo so o tratamento personalizado que dado ao cliente, resultando melhor em grupos principiantes. A principal desvantagem intimidar o cliente perante o grupo, ou levar outros a pensar que no lhes estamos a prestar ateno. Por isso esta tcnica deve ser aplicada quando j se conhece bem o indivduo e o grupo.

    Tcnica 2: Correco em Grupo O profissional corrige o grupo como um todo, sem se referir a nomes. Com este tipo de correco

    possvel transmitir a mensagem sem embaraar ningum. O principal inconveniente que os clientes que necessitavam de correco poderem estar distrados, enquanto quem estava a fazer bem pode achar que est errado. E uma tcnica til para grupos que no se conhecem bem ou quando h vrios indivduos a fazerem os mesmos erros.

    Tcnica 3: Linguagem Corporal O profissional imita o erro do cliente e depois realiza o movimento correctamente. uma tcnica eficaz

    quando se pretende corrigir aces difceis de verbalizar (exemplo: a recepo no solo aps um salto), ou ento quando nos dirigimos a clientes que aprendem pela visualizao do erro e consequente correco.

    Tcnica 4: Correco por toque

    O profissional toca na zona do corpo do cliente que necessita de ser corrigida, manobrando-a ou no, para a posio correcta. Esta uma tcnica que pode no agrada a clientes que no gostem de ser tocados e devendo ser utilizada apenas com o consentimento do executante. A sua vantagem a de levar o cliente at posio correcta, permitindo que este evolua na aprendizagem do gesto.

    Tcnica 5: Correco aps a aula

    O profissional espera por o fim da aula para, particularmente ou em grupo, corrigir uma situao especfica. No to intimidador como a tcnica de correco individual na aula e o cliente est mais atento para perceber o que se pretende. O nico inconveniente poder ser o de o cliente no poder ficar aps a aula. Esta tcnica deve ser usada como reforo de qualquer uma das outras.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 17

    Definies de fora

    Se entendermos fora na dimenso mecnica do movimento ela toda a causa capaz de modificar o estado de repouso ou de movimento de um corpo, podendo ser traduzida por um vector. o produto da massa pela sua acelerao (F=m.a).

    No entanto, quando tentamos transferir este conceito mecnico para o movimento humano ele nem sempre consegue abranger todos os aspectos ou condicionantes da fora produzida pelos msculos. A definio de fora do ACSM - American College of Sports Medicine habitualmente aceite, tanto ao nvel desportivo como na rea do fitness. O ACSM distingue trs tipos de fora: fora mxima, potncia muscular e resistncia muscular ou muscular fitness.

    Fora Muscular a quantidade de trabalho muscular que um msculo ou grupo muscular pode produzir

    Fora Mxima

    Tambm chamada fora pura ou apenas fora muscular, pode definir-se como a maior tenso que um msculo ou grupo muscular capaz de exercer para se opor, apenas uma vez, a uma determinada resistncia (uma repetio mxima ou 1 RM).

    Potncia Muscular

    a componente explosiva da fora e traduz-se pela mxima quantidade de trabalho um msculo ou grupo muscular pode produzir num determinado intervalo de tempo. Quanto mais rpida for a execuo do exerccio para uma mesma carga, maior a potncia muscular. A potncia muscular a chave da maioria das performances desportivas.

    Resistncia Muscular

    a capacidade que um msculo ou grupo muscular, tem de realizar sucessivas aces (dinmicas e/ou estticas) durante um longo perodo de tempo. Quanto maior for o nmero de repeties de um exerccio para a mesma carga, maior e resistncia muscular.

    s tradicionais definies aqui referidas, podemos acrescentar uma outra:

    Fora Funcional a maior quantidade de fora que um indivduo, em segurana, consegue exercer, e depende sempre

    da capacidade de estabilizao que os msculos do tronco podem garantir. Assim, um grupo muscular hipertrofiado pode trazer benefcios ao nvel da auto-imagem mas no significa mais fora funcional (ou fora utilizvel). O conceito de fora funcional integra, portanto, outros dois tipos de fora: fora mvel e fora de estabilizao.

    Fora Mvel a capacidade de gerar a maior quantidade de fora muscular ao longo de toda a amplitude do

    movimento (integra a definio tradicional de fora). Este tipo de fora inclu o conceito de flexibilidade activa (trabalho agonista/antagonista) embora, infelizmente, a componente flexibilidade seja frequentemente negligenciada nos tradicionais mtodos de treino de fora.

    Fora de Estabilizao a capacidade de gerar o mximo de fora muscular a fim manter uma posio estvel contra uma

    resistncia externa. Este tipo de fora sobretudo importante ao nvel dos msculos do tronco que ajudam a estabilizar a coluna em posio neutra, evitando deste modo, leses deste segmento.

    A fora mvel no pode ser inteiramente utilizada e de forma segura sem que exista fora de estabilizao. o desenvolvimento simultneo destes dois tipos de fora (incluindo a flexibilidade) que vai produzir a fora funcional ou seja, aquela que possvel utilizar de forma segura, no desempenho de qualquer actividade da vida diria.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 18

    Implementao de um programa de treino de fora

    Princpios do treino

    Princpio da sobrecarga - Para que qualquer tecido ou rgo melhore a sua funo deve ser exposto a estmulos maiores do que aqueles a que est habituado

    Princpios da especificidade - Os benefcios que se obtm do programa de treino so especficos dos exerccios realizados

    Princpio da progresso da carga - Ao longo do processo de treino deve-se aumentar gradual e progressivamente a carga, estimulando a evoluo e prevenindo leses Princpios da variabilidade inter individual - As respostas individuais aos estmulos de treino so muito variveis e dependem de factores como, idade, estado de sade e nvel inicial de aptido fsica. Princpio da reversibilidade - Os efeitos fisiolgicos positivos e os benefcios para a sade derivados da prtica regular de exerccio so reversveis pois perdem-se com a inactividade

    Factores que Condicionam a Capacidade produo de Fora Muscular

    A produo de fora muscular condicionada por trs tipos de factores: nervosos, musculares e biomecnicos.

    Factores Nervosos

    Sem que haja um estmulo nervoso que desencadeie o processo de contraco o msculo incapaz de realizar trabalho mecnico. O sistema nervoso central (SNC) dispe de trs mecanismos fundamentais para regular a intensidade da contraco muscular:

    1. o nmero de unidades motoras recrutadas ou recrutamento 2. a frequncia de activao das unidades motoras e

    3. a sincronizao da activao das mesmas. Ao mesmo tempo, processos de natureza reflexa (reflexo miottico e miottico inverso) regulam a

    actividade agonista/antagonista desempenhando um papel fundamental na coordenao intramuscular. Seja qual for o mtodo de treino utilizado, os primeiros ganhos de fora so sempre de natureza nervosa, primeiro ao nvel da coordenao intramuscular e depois da intra-muscular. Assim, medida que a aprendizagem tcnica evolu o SNC torna-se mais eficaz ou econmico.

    Factores Musculares Ao nvel muscular o primeiro aspecto que influncia a produo de fora o da rea da seco

    transversal do msculo. Esta rea est directamente associada hipertrofia muscular ou aumento da massa muscular, sabendo-se que a fora de um msculo proporcional ao seu dimetro transversal fisiolgico.

    Factores biomecnicos A produo de fora muscular tambm influenciada pelo tipo de contraco envolvida na aco

    muscular que, dependendo da resistncia exterior, poder ser dinmica ou esttica. Normalmente distinguem-se trs tipos de aco muscular:

    Aco muscular concntrica, que acontece quando a tenso desenvolvida por o msculo superior

    resistncia que ele tem de vencer (fase positiva do exerccio, o msculo encurta-se);

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    Curso Actividades de Grupo CEF 19

    Aco muscular excntrica, existe quando a tenso desenvolvida por o msculo inferior resistncia

    que se lhe opem (fase negativa do exerccio, h alongamento das fibras musculares apesar de

    tentarem encurtar-se);

    Aco muscular isomtrica, existe quando a tenso desenvolvida por o msculo igual resistncia

    oposta e tpica de situaes onde se pretende exercer fora contra um objecto inamovvel (no h

    alterao do comprimento das fibras musculares, actividade esttica). Embora sejam estas as trs aces habitualmente consideradas no treino de fora, se analisarmos os

    movimentos de locomoo humana como a marcha, a corrida, os saltos, verificamos que os sucessivos impactos com solo provocam, ao nvel dos msculos do membro inferior, a um alongamento muscular seguido de um encurtamento, no existindo um funcionamento exclusivamente concntrico, excntrico ou isomtrico. A isto Komi (1984) chamou Ciclo Muscular Alongamento Encurtamento (CMAE) e um aspecto a ter em conta na seleco de exerccios, pois a sua funcionalidade especfica importante no dia-a-dia dos nossos clientes.

    Linhas orientadoras para o treino da componente muscular

    O ACSM recomenda as seguintes orientaes para o treino da aptido muscular:

    Realizar um mnimo de 8 a 10 exerccios para os principais grupos musculares com o objectivo de desenvolver fora e resistncia de uma forma eficiente

    Organizar os exerccios dos grandes para os pequenos grupos musculares e dos multiarticulares ou compostos (envolvem +1 articulao) para os monoarticulares (envolvem apenas 1 articulao)

    Alternar entre exerccios para as partes inferior e superior do corpo

    Organizar os exerccios de forma a solicitar zonas opostas Agonista Versus Antagonista (por exemplo Quadricpete e Isquiotibiais e Bicpete e Tricpete)

    Objectivo do treino a melhoria da resistncia muscular: 1 a 2 sries - 15 25 repeties

    Objectivo do treino aptido muscular (muscular fitness): 2 a 4 sries - 8 a 12 repeties

    Seleccionar a carga que permita atingir fadiga volitiva no intervalo de repeties recomendado

    Manter um padro de respirao normal (no realizar bloqueio respiratrio), usar a recomendao geral de inspirar na fase excntrica e expirar na concntrica

    Cada exerccio deve ser realizado com correcto alinhamento postural e tcnica

    Realizar os exerccios em toda a amplitude funcional dos segmentos envolvidos

    Frequncia mnima de 2 a 3 sesses semanais (intervalo de 48 horas entre sesses)

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    Curso Actividades de Grupo CEF 20

    Aula de Ginstica Localizada

    Fases da aula de Ginstica Localizada

    Aquecimento

    O aquecimento a primeira fase de uma sesso de treino e integra um conjunto de movimentos contnuos que permitem uma transio suave entre a relativa inactividade e o exerccio, promovendo, desta forma, uma diminuio do stress fsico e a preveno dos riscos de leso.

    Efeitos fisiolgicos do aquecimento

    Aumento da temperatura corporal; Distribuio gradual do fluxo sanguneo para os msculos em trabalho;

    Acelerao da transmisso dos impulsos nervosos; Aumento da secreo de lquido sinovial nas articulaes;

    Aumento na fora e na velocidade da contraco muscular;

    Aumento na extensibilidade e diminuio da viscosidade dos tecidos conjuntivo e muscular; Diminuio do risco de leses agudas.

    Durante o aquecimento os movimentos devem aumentar gradualmente de intensidade e amplitude, de

    forma que, ao final desta fase, o corpo possa estar em condies equivalentes s do incio da fase seguinte.

    Um exerccio intenso que no seja precedido de um aquecimento gradual pode ser desconfortvel e perigoso. A actividade fsica que inicia abruptamente e se torna repentinamente vigorosa no permite que o metabolismo se ajuste ao esforo da mesma, induzindo a um stress no sistema cardiovascular e neuromuscular.

    O aquecimento deve ter uma durao de 8 a 10 minutos e incluir movimentos globais (movimentos dinmicos de grande amplitude) e movimentos de ensaio (exerccios que utilizem padres de movimento que fazem parte da fase fundamental da aula). Esta fase pode incluir tambm exerccios de alongamento estticos ou dinmicos, conforme a actividade que se vai desenvolver a seguir.

    Parte Fundamental

    constituda por um conjunto de movimentos ou combinao de movimentos que tm como objectivos: Promoo da fora e resistncia dos principais grupos musculares;

    Melhoria da capacidade funcional;

    Aumento da conscincia corporal e atitude postural.

    Alongamento - Relaxamento Final

    Esta fase da aula tem uma durao de 5 a 10 minutos e tem por objectivo a recuperao muscular e a preveno de leses. Simultaneamente, favorece a relaxao, to importante para o bem-estar psquico e fsico. Inclui exerccios de alongamento muscular e tcnicas de relaxao.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 21

    2

    BENEFCIOS Aumento da temperatura corporal; Aumento gradual da frequncia cardaca,

    volume sistlico, fluxo sanguneo e frequncia respiratria;

    Distribuio gradual do fluxo sanguneo para os msculos em trabalho;

    Maior troca de oxignio entre o sangue e os msculos;

    3

    BENEFCIOS (Cont.) Aumento do dbito cardaco;

    Acelerao do metabolismo dos cidos gordos e glucose;

    Acelerao da transmisso dos impulsos nervosos;

    Aumento gradual na produo de energia, que limita a produo de cido lctico;

    4

    BENEFCIOS (Cont.) Aumento da secreo de lquido sinovial nas

    articulaes;

    Aumento na fora e na velocidade da contraco muscular;

    Aumento na extensibilidade e da viscosidade dos tecidos conjuntivo e muscular;

    Diminuio do risco de leses agudas.5

    ESTRUTURA

    Movimentos Gerais ou Globais

    movimentos rtmicos, contnuos que possibilitem

    o aumento gradual da amplitude de movimento e

    manuteno da temperatura alcanada;

    Step touch, Balance, Step joelho

    6

    ESTRUTURA

    Movimentos Especficos ou de Ensaio

    movimentos rtmicos, contnuos que imitam os movimentos da fase fundamental;

    servem para adaptar o corpo, tanto a nvel fsico, como psicomotor, para a actividade subsequente;

    Marcha funda, afundo, movimentos de equilibrio 7

    EXEMPLOS

    Exemplo 1

    Exemplo 2

    1

    AQUECIMENTO

    Benefcios

    Estrutura

    Exemplos

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    Curso Actividades de Grupo CEF 22

    Aquecimento

    Exemplo 1

    1. 16 x Toque frente (Tq fr)

    2. 16 x Tq fr (bicpete)

    3. 16 x Tq fr (remada alta)

    4. 16 x Toque ao lado (Tq ld)

    5. 16 x Tq ld (elevao lateral braos)

    6. 16 x Tq ld (elevao superior braos)

    7. 16 x Toque atrs (Tq tr)

    8. 16 x Tq tr (empurrar - braos frente)

    9. 16 x Tq tr (tricipete kick back)

    10. 16 x Balance (Ba) balana braos

    11. 8 x Ba cima esq. /Agacha baixo (balana braos diagonal cima/baixo)

    12. 8 x Ba cima esq. c/ abduo coxa dta./Agacha baixo (balana braos diagonal cima/baixo)

    13. Posio de equilbrio em abduo coxa dta. (8 x balana braos diagonal cima/baixo)

    14. 8 x Abduo coxa dta. (balana braos diagonal cima/baixo)

    15. 16 x Balance (Ba) - (balana braos)

    16. 8 x Ba cima dta. /Agacha baixo (balana braos diagonal cima/baixo)

    17. 8 x Ba cima dta. c/ abduo coxa esq. /Agacha baixo (balana braos diagonal cima/baixo)

    18. Posio de equilbrio em abduo coxa esq. (8 x balana braos diagonal cima/baixo)

    19. 8 x Abduo coxa esq. (balana braos diagonal cima/baixo)

    20. 8 x Agachamento 1/1

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    Curso Actividades de Grupo CEF 23

    Aquecimento

    Exemplo 2

    1. 16 x St (Step touch)

    2. 16 x St (brao alternado frente)

    3. 16 x St (elevao superior 2 braos)

    4. 16 x Sc (Step calcanhar)

    5. 16 x Sc (bicpete)

    6. 16 x Sc (remada alta)

    7. 16 x Sj (Step joelho)

    8. 16 x Sj (puxar - braos frente remada )

    9. 16 x Sj (puxar - braos cima/baixo - puxada)

    10. 16 x Balance (Ba) - (virar para a esquerda)

    11. 8 x Ba (fr/tr) com elevao dos braos fr

    12. 8 x Ba (fr/tr) com elevao dos braos fr e extenso da coxa

    13. Posio de equilbrio em extenso da coxa (8 x elevao dos braos)

    14. 8 x Afundo esq. 1/1

    15. 16 x Balance (Ba) - (virar para a direita)

    16. 8 x Ba (fr/tr) com elevao dos braos fr

    17. 8 x Ba (fr/tr) com elevao dos braos fr e extenso da coxa

    18. Posio de equilbrio em extenso da coxa (8 x elevao dos braos)

    19. 8 x Afundo dta. 1/1

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    Curso Actividades de Grupo CEF 24

    Passos para a elaborao de um plano de sesso

    1. Durao do segmento e objectivo

    a) Segmento de aula

    Aquecimento Parte fundamental (treino aerbio) Regresso calma Localizada Alongamento

    O segmento de localizada tem aproximadamente 10/15 minutos

    Objectivo: seleco de grupos musculares mantendo equilbrio muscular. Optar por exerccios que se

    complementem em termos de zona (anterior/posterior)

    b) Aula completa

    Aquecimento Parte fundamental (treino de fora) Alongamento

    A parte fundamental tem a durao aproximada de 30/35 minutos

    Objectivo: trabalhar todos os grandes grupos musculares

    2. Equipamento

    Seleccionar o tipo de equipamento a utilizar: halteres, bastes com peso, barras com discos, caneleiras,

    step, colcho

    3. Sequncia ou ordem dos exerccios

    Zonas musculares Msculos ou grupos musculares

    MI Membro Inferior

    Isquiotibiais (posteriores da coxa) Quadricpete (anteriores da coxa) Glteos (posteriores da bacia)

    Abdutores da coxa Adutores da coxa Gmeos e Solear Tibial Anterior

    T Tronco

    Parede Abdominal (anterior e lateral) Grande Dorsal Grande Peitoral

    Trapzio Rombides

    MS Membro Superior

    Bicpete Tricpete Deltide

    Rotadores Externos do Brao Rotadores Internos do Brao

    Optar por alternncia de zonas musculares, ou seja alternar entre exerccios que solicitem MI T MS de modo a no causar demasiada fadiga localizada.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 25

    4. Nmero de exerccios por grupo muscular Seleccionar 1 ou 2 exerccios por grupo muscular, respeitando sempre o equilbrio muscular. Exemplo:

    1. Escolha de 1 exerccio por zona muscular Agachamento (MI) Crunch (T) Prensa de ombros (MS)

    2. Escolha de 2 exerccio por zona (garantir que solicitam msculos situados em grupos opostos) Remada Baixa (T anterior) + Prensa de Peito (T posterior) Tricpete testa (MS posterior) + Bicpete Curl (MS anterior)

    5. Seleco de exerccios

    Quais os exerccios a utilizar para trabalhar os grupos musculares tendo em conta as recomendaes para o treino de fora (poliarticulares e grandes grupos em primeiro opo), o grupo a quem a aula se destina (com ou sem experiencia) e o equipamento seleccionado.

    6. Determinar o nmero de srie e repeties Escolher entre nmero de sries e de repeties de acordo com o objectivo da aula.

    7. Determinar o tempo de recuperao - pausa

    Existe uma relao inversa entre intensidade e pausa, quanto maior for a pausa menor ser a intensidade, assim necessrio adaptar o perodo de pausa a cada grupo, tendo sempre presente que a prioridade ser sempre a segurana nas transies. Podemos recomendar um mnimo de 32 tempos (1 frase musical) entre cada srie e/ou exerccio, no entanto este perodo passa obrigatoriamente para no mnimo 64 tempos, sempre exista troca de planos de execuo, por exemplo acabmos de realizar um exerccio de p e o prximo deitado ou vice-versa. Ateno que na transio entre exerccios ter que ser fornecida indicaes de componentes crticas do exerccio que se pretende realizar de seguia (comunicao antes do incio do exerccio). Cabe ao profissional gerir esse perodo de transio de maneira a permitir que essa comunicao ocorra de uma forma clara e concisa e que utilize a contagem musical como ferramenta de trabalho til na gesto do tempo de aula. Ou seja se o profissional pretende utilizar 32 tempos de transio, dever ter habilidades de comunicao que o permitam fazer nesse espao de tempo, seno ter que usar um perodo mais alargado.

    8. Cadncias recomendadas

    Aconselha-se a realizao dos exerccios com velocidades diferentes. Devemos iniciar sempre por cadncias mais lentas (4/4 ou 2/2) para permitir desenvolver conscincia e controlo na execuo do exerccio. Cadncias mais rpidas (1/1) devem ser executadas com controlo e utilizando a amplitude total do movimento evitando o balano, sendo mesmo desaconselhadas para alguns exerccios que envolvam zonas articulares de difcil estabilizao (por ex: peso morto).

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    Curso Actividades de Grupo CEF 26

    Intensidade de treino

    Modificao da intensidade

    1.Resistncia externa progressiva

    Um programa de treino eficiente implica o respeito pelas diferentes fases de adaptao. Na fase inicial de

    treino, a resistncia dever ser baixa de modo a permitir a aprendizagem segura de uma correcta tcnica de

    execuo de cada exerccio fase de adaptao neuromuscular. Esta fase dever ter uma durao de 4 a 8

    semanas de acordo com o nvel de condio fsica dos praticantes (indivduos descondicionados ou com

    problemas ortopdicos, devero ter progresso dever ser mais lenta).

    Resistncias externas utilizadas na aula de Localizada

    1. Fixas ou constantes (peso corporal, pesos livres, caneleiras, barras, bolas medicinais).

    Oferecem um peso sempre constante mas o momento de fora varia durante o deslocamento

    angular, exigindo maiores nveis de tenso na fase inicial do movimento e menores nas posies

    intermdias.

    2. Variveis-progressivas (elsticos), oferecem uma maior resistncia na parte final do movimento. Nas

    aulas de Localizada possvel utilizar os elsticos como forma de variar o estmulo muscular e

    permitir diferentes formas de adaptao.

    2. Nmero de repeties e sries

    De acordo com as recomendaes do ACSM e os objectivos do treino de fora em grupo (resistncia

    muscular funcional), o nmero de sries pode variar entre 1 e 2 sries de 15 a 25 repeties.

    3.Treino de estabilidade e fora muscular reactiva

    O objectivo funcional da aula de localizada implica o condicionamento dos msculos do core (msculos

    posturais profundos - complexo coxo-plvico-lombar). Deste modo, necessrio introduzir situaes de

    treino de equilbrio, quer atravs da reduo da base de apoio (por exemplo: usar o apoio unipedal - 1 p)

    quer pela introduo de materiais instveis (bola sua, bosu, plataformas de instabilidade, esponjas de

    diferentes espessuras, etc.)

    A fora muscular reactiva a capacidade de controlar a execuo de um determinado movimento em

    situaes inesperadas ou instveis.

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    Escala de Borg - Percepo Subjectiva de Esforo

    A Escala de Borg uma ferramenta de t

    comparao entre um valor numrico a uma taxa especfica de esforo. Pede

    de acordo com a tabela, a sua sensao de esforo num determinado momento (exerccio por exemplo).

    A partir essa classificao permite-nos saber se tm que elevar uma diminuir o nvel de intensidade.

    De que forma aplicada a Escala de Borg?

    O Profissional deve explicar ao Cliente de que forma est estruturada a Escala de Borg, qual o se

    como ir ser interpretada. O ideal era existir um quadro na sala com a escala de Borg, pois a visualizao da

    mesma simplifica as explicaes.

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    Curso Actividades de Grupo CEF

    Controlo da intensidade

    Percepo Subjectiva de Esforo

    A Escala de Borg uma ferramenta de trabalho muitssimo til e fivel que permite estabelecer

    entre um valor numrico a uma taxa especfica de esforo. Pede-se ao cliente para classificar,

    de acordo com a tabela, a sua sensao de esforo num determinado momento (exerccio por exemplo).

    nos saber se tm que elevar uma diminuir o nvel de intensidade.

    De que forma aplicada a Escala de Borg?

    O Profissional deve explicar ao Cliente de que forma est estruturada a Escala de Borg, qual o se

    como ir ser interpretada. O ideal era existir um quadro na sala com a escala de Borg, pois a visualizao da

    Esta escala composta por 3 tipos de informao:

    Cores: As cores vo das mais frias, logo correspondendo a esforos menos intensos, at s cores mais quentes, que correspondem naturalmente a esforos mais intensos.

    Escala Numrica:lado esquerdo vo aumentando de valor medida que a intensidade aumenta.

    Palavras-chave: so a verbalizao comum e a forma normal como nos referintensidades. Estas devem ser usadas pelo Profissional em ligao estreita com a Escala Numrica.

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    27

    que permite estabelecer uma

    se ao cliente para classificar,

    de acordo com a tabela, a sua sensao de esforo num determinado momento (exerccio por exemplo).

    nos saber se tm que elevar uma diminuir o nvel de intensidade.

    O Profissional deve explicar ao Cliente de que forma est estruturada a Escala de Borg, qual o seu fim e

    como ir ser interpretada. O ideal era existir um quadro na sala com a escala de Borg, pois a visualizao da

    Esta escala composta por 3 tipos de

    As cores vo das mais frias, logo correspondendo a esforos menos intensos, at s cores mais

    tes, que correspondem naturalmente a esforos mais intensos.

    Escala Numrica: Os nmeros do lado esquerdo vo aumentando de valor medida que a intensidade

    As palavras-chave so a verbalizao comum e a forma normal como nos referimos a intensidades. Estas devem ser usadas pelo Profissional em ligao estreita com a Escala Numrica.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 28

    Existem 3 formas do Cliente se referir intensidade:

    Apontar na Escala de Borg uma cor

    Referir um nmero

    Verbalizar o que sente

    O Profissional dever sempre incentivar o uso da 3 hiptese porque tal possibilita maior contacto com o

    Cliente e aferio de maior informao sobre o estado do mesmo. O uso conjunto dos restantes indicadores

    tambm aconselhado. Atravs de perguntas assertivas e concisas o Profissional pode caracterizar

    correctamente a intensidade do esforo e o estado de condio fsica do Cliente:

    Ex: Sente fadiga muscular nas pernas?

    Sente dificuldade em respirar?

    Como esto as suas costas?

    Note-se porm que esta escala est classificada como subjectiva, logo no tem uma interpretao nica e

    varia de cliente para Cliente e da percepo do prprio, o que remete para a capacidade de observao e

    avaliao por parte do Profissional, a confirmao das respostas.

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    Curso Actividades de Grupo CEF 29

    Exerccios de localizada

    1. Membros Inferiores

    Exerccios Grupo(s) muscular(es) Movimento articular Indicaes e modificaes

    Agachamento (Squat)

    Grande Glteo; Quadrcipete; Isquio-

    Tibiais

    Extenso da coxa, extenso da perna

    Amplitude parcial (at 90)

    Estacionrio; dinmico; Unilateral; bilateral

    Afundo (Lunge)

    Grande Glteo; Quadrcipete; Isquio-

    Tibiais; Solear; Gmeos

    Extenso da coxa, extenso da perna, flexo plantar do

    tornozelo

    Estacionrio; dinmico; Unilateral; bilateral

    Pli Glteos; Quadrcipete; Isquio-Tibiais; Adutores

    Extenso da coxa, extenso da perna, Rotao externa da

    coxa

    Estacionrio, dinmico

    Abduo da coxa

    Abdutores da coxa Abduo da coxa De p; decbito lateral;

    c/ e s/flexo do joelho

    Extenso da coxa

    Grande Glteo, Isquio-tibiais Extenso da coxa

    Decbito ventral, no step; de p; 4 apoios

    Flexo da perna Isquio-tibiais Flexo da perna De p com apoio da

    perna contrria; decbito ventral

    Extenso da perna

    Quadricpete Extenso da perna De p, com resistncia

    Ponte

    Glteos e isquio-tibiais Extenso da coxa

    Deitado dorsal; Bilateral e unilateral

    Elevao de calcanhares

    Gmeos, solear Flexo plantar De p, sentado, rotao interna /externa da coxa

    Flexo do p

    Tibial anterior Dorsiflexo Sentado, de p, em ponte

    Peso morto Grande Glteos; Isquio-tibiais; Extensores da coluna (estabilizadores)

    Extenso da coxa

    Unilateral, bilateral Joelhos em semiflexo, peso no centro dos

    apoios

    Avio Elevao oposta

    brao/perna

    Extensores da coluna, Grande Glteo

    Extenso da coxa; Extenso do tronco

    De p com flexo na coxo-femural ou na posio de 4 apoios

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 30

    2. Tronco Anterior e Posterior

    Exerccios Grupo(s) muscular(es) Movimento articular Indicaes e modificaes

    Prensa de peito

    Grande peitoral, deltide anterior, tricpete

    Aduo horizontal do brao, extenso do

    antebrao

    Supino; supino inclinado; supino

    declinado

    Aberturas planas de braos

    Grande peitoral, deltide anterior

    Aduo horizontal do brao

    Supino; supino inclinado; supino

    declinado

    Push-ups-Peitoral Flexes de brao

    Grande peitoral, deltide anterior, tricpete

    Aduo horizontal do brao, extenso do

    antebrao Braos afastados

    Pullover

    Grande dorsal, grande peitoral Extenso do brao Deitado dorsal

    Remada baixa

    Grande dorsal, deltide posterior, trapzio,

    Extenso do brao, flexo do antebrao

    Unilateral, bilateral; sobre joelho, de p

    Extenso da coluna

    Extensores da coluna Extenso da coluna Decbito ventral no cho ou no step

    "Empurrar para trs"

    Deltide posterior, rombides, trapzio,

    grande dorsal Extenso do brao Sentado ou de p,

    depresso dos ombros

    3. Tronco - Abdominais

    Exerccios Grupo(s) muscular(es) Movimento articular Indicaes e modificaes

    Crunch Recto abdominal, oblquos e transverso Flexo do tronco Supino;

    supino inclinado; supino declinado

    Abdominais oblquos Oblquos, recto abdominal e transverso Flexo do tronco e rotao do tronco

    Supino; supino inclinado; supino

    declinado

    Toe taps

    Recto abdominal, transverso e flexores da

    coxa

    Extenso/Flexo coxa (abdominais como estabilizadores)

    Com extenso do joelho (maior intensidade); Em plano inclinado

    Prancha de antebraos

    Tampo de mesa

    Recto abdominal e transverso; extensores

    da coluna (Exerccio esttico)

    Apoio de antebraos e joelhos; dedos dos ps

    Abdominais Estticos com joelho a 90 Parede abdominal (Exerccio esttico)

    Empurrar simultaneamente mos contra joelhos e joelhos

    contra mos

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 31

    4.Membro Superior e Ombro

    Exerccios Grupo(s) muscular(es) Movimento articular Indicaes e modificaes

    Curl Bicpete

    Bicpete braquial, braquial anterior, braqueoradial

    Flexo do antebrao Uni ou bilateral;

    "martelo"; supinao; pronao; "rosca".

    "Push-Ups-Tricipete

    Flexes brao

    Tricpete, grande peitoral, deltide anterior

    Flexo do brao, extenso do brao

    Supino, supino inclinado, contraco isomtrica

    Tricpete Kick back Tricpete braquial Extenso do antebrao

    Uni ou bilateral; com apoio do joelho ou flexo

    na coxo-femural

    Fundos para Tricpete

    Tricpete, deltide anterior, grande peitoral

    (poro clavicular)

    Extenso do antebrao, flexo do brao

    No step; com apoio em halteres

    Tricpete Testa

    Tricpete Extenso do antebrao Decbito dorsal

    Elevaes Laterais

    Deltide mdio Abduo do brao Unilateral; Bilateral

    Prensa de Ombros Deltide anterior, angular omoplata,

    grande dentado, tricpete

    Flexo do brao, extenso do antebrao, rotao superior das

    omoplatas

    Cotovelo em frente: ngulo mais funcional

    Remada Alta

    Deltide, trapzio, bicpite

    Abduo do brao com flexo do antebrao

    Cotovelo altura do ombro; mos altura do

    peito

    Voos Deltide posterior, rombides, trapzio

    Abduo horizontal do ombro, aduo da

    omoplata

    De p com flexo na coxo-femural (tronco

    paralelo ao solo); sentado

    Rotao externa do ombro

    Infraespinhoso, pequeno redondo

    Rotao externa do brao

    De p; De p com flexo na coxo-femural; deitado

    ventral ou lado

    Elevaes Frontais

    Deltide anterior Flexo brao

    Unilateral; Bilateral Supinao mais funcional

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 32

    Exemplo de sequncias de exerccios

    As sequncias esto organizadas por 1 exerccio por zona muscular com alternncia: MI T MS. Atenes se estes exemplos forem executadas em separado podem no garantir o equilbrio muscular. Sequncia 1:

    Grupo Muscular Exerccio Sries Repeties Cadncias

    Obs.

    Quadricpete Grande Glteo Isquiotibiais

    Agachamento 2 2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Grande Dorsal Deltide posterior

    Bicpete Remada Baixa 2

    2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Bpede com projeco do tronco frente

    Deltide anterior Tricpete Trapzio

    Prensa de Ombro 2 2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Mais funcional: cotovelos em

    frente Sequncia 2:

    Grupo Muscular Exerccio Sries Repeties Cadncias

    Obs.

    Quadricpete Grande Glteo Isquiotibiais

    Gmeos e Solear

    Afundos 2 2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Grande Peitoral Deltide anterior

    Tricpete Push Ups Peito 2 8 rep 2/2 8 rep 1/1 4 apoios

    Bicpete Curl Bicpete 2 2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Sequncia 3:

    Grupo Muscular Exerccio Sries Repeties Cadncias Obs.

    Quadricpete Glteos

    Isquiotibiais Adutores

    Pli 2 2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Estacionrio

    Abdominal como estabilizador Toe Taps 2

    8 rep 2/2 (16 x alter.pernas)

    Tricpete Tricpete Testa 2 2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 33

    Sequncia 4:

    Grupo Muscular Exerccio Sries Repeties Cadncias Obs.

    Abdutores Abduo da Coxa 2 12 rep 2/2 8 rep 1/1 Alternar pernas

    Grande Dorsal Rombides

    Empurrar para trs 2 8 rep 2/2 8 rep 1/1 Posio Bpede

    Tricpete Deltide anterior Fundos 2

    8 rep 2/2 8 rep 1/1 Sentado no Step

    Sequncia 5:

    Grupo Muscular Exerccio Sries Pausa

    Repeties Cadncias Obs.

    Post. da Coxa Grande Glteo

    Extensores coluna (estabilizadores)

    Peso Morto 2 2 rep 4/4 16 rep 2/2

    Grande Peitoral Deltide anterior Prensa de Peito 2

    2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Decbito dorsal no Step c/ halteres

    Deltide Bicpete

    Remada Alta 2

    2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Sequncia 6:

    Grupo Muscular Exerccio Sries Pausa Repeties Cadncias Obs.

    Posteriores da coxa Ponte 2

    2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Decbito dorsal no Step

    Abdominais Crunch 2 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Decbito dorsal no Step

    Bicpete Bicpete 2 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Pega martelo: semi-pronao

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 34

    Aula Exemplo Equipamento: Colcho e halteres

    Objectivo: Resistncia muscular

    Organizao Exerccios: Alternncia MI-T-MS

    Aquecimento: 5 a 7 min.

    Parte Fundamental: 30 a 35 min.

    Zona Muscular Exerccio Sries Repeties/Cadncias Observaes

    MI (anterior e posterior) Agachamento 2

    2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Estacionrio

    Tronco (posterior) Remada Baixa 2

    2 rep 4/4 8 rep 2/2 8 rep 1/1

    De p c/ projeco tronco frente

    MS (anterior)

    Curl Bicpete 2

    8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Pega em martelo

    MI (posterior) Ponte 2

    8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Deitado dorsal

    Tronco (anterior) Aberturas Planas 2

    16 rep 2/2

    MS (anterior)

    Tricpete testa 2

    8 rep 2/2 8 rep 1/1

    MI (anterior e posterior)

    Afundos 2

    16 rep 1/1

    Dinmico Alternar pernas

    MS Remada alta 2

    8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Tronco (anterior) Toe Taps 2

    12 rep 2/2

    Alternar pernas

    Tronco (anterior) Crunch 2

    8 rep 2/2 8 rep 1/1

    Decbito dorsal no Step

    Tronco (posterior)

    Oposio brao/perna

    2

    8 rep 2/2 dt 8 rep 2/2 esq

    Em 4 apoios eleva perna e brao oposto

    Alongamentos: 3 a 5 min.

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 35

    Frases musicais - nmero de repeties - cadncias

    Para que a msica seja um auxiliar na contagem do nmero de repeties, ficam aqui alguns exemplos de como usar as cadncias e o nmero de repeties atravs de algumas combinaes. importante que o exerccio se inicie no 1 oito de uma frase musical, desta forma contamos as frases musicais que decorreram em funo das cadncias utilizadas.

    Cadncia Tempos musicais nas 2 fases do movimento

    Para fazer 1 REP (repetio) necessrio

    Numa frase musical (32 tempos) realizo

    quantas REP?

    4/4 8 + 8 16 tempos 2 REP

    2/2 4 + 4 8 tempos 4 REP

    1/1 2 + 2 4 tempos 8 REP

    Assim caso queiramos usar as frases musicais para ajudar na contagem das repeties devemos ter ateno ao seguinte:

    As cadncias 4/4 podem ser usadas em nmero de 2 Rep, 4 Rep, 6 Rep ou 8 Rep As cadncias 2/2 podem ser usadas em nmero de 4 Rep, 8 Rep, 12 Rep, 16 Rep, 20 Rep ou 24 Rep As cadncias 1/1 podem ser usadas em nmero de 8 Rep, 16 Rep ou 24 Rep

    Podemos usar somente uma cadncia para a realizao de um exerccio, nesse caso aconselhado a cadncia 2/2, dado que a cadncia 4/4 utilizada mais do que 4 repeties nalguns casos torna muito difcil a manuteno da velocidade de execuo, por outro lado a utilizao somente da cadncia 1/1 torna-se difcil manter amplitude de movimento comprometendo a postural e execuo.

    Exemplo de combinaes de cadncias de acordo com o nmero de repeties que desejamos realizar:

    Intervalo de 8 a 12 REP Intervalo de 15 a 25 REP

    2 Rep 4/4 8 Rep 2/2

    2 Rep 4/4 8 Rep 2/2 8 Rep 1/1

    4 Rep 4/4 4 Rep 2/2

    4 Rep 4/4 4 Rep 2/2 8 Rep 1/1

    4 Rep 4/4 8 Rep 2/2

    4 Rep 4/4 8 Rep 2/2 8 Rep 1/1

    8 Rep 2/2

    16 Rep 2/2

    4 Rep 2/2 8 Rep 1/1

    8 Rep 2/2 8 Rep 1/1

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 36

    LISTA DE EXERCCIOS COM MODIFICAES E PROGRESSES

    Grupo

    Muscular Exerccio Posio

    de Trabalho

    Modificaes Material Progresses

    Membro

    s In

    feriores

    Quadricpete

    Extenso do Joelho

    Bpede Unilateral Peso do Corpo

    c/ Apoio de uma Barra

    Caneleiras

    Flexo da Coxa c/ Extenso do

    Joelho Bpede

    Unilateral Peso do Corpo

    c/ Apoio de uma Barra

    Alternado Caneleiras

    Isquiotibiais

    Flexo da Perna Bpede Unilateral

    Peso do Corpo

    c/ Apoio de uma Barra

    Alternado Caneleiras

    Peso Morto Bpede

    Bilateral Peso do Corpo Barra

    Halteres

    Amplitude do Movimento

    Unilateral

    Glteos

    Agachamento Bpede

    Estacionrio

    Peso do Corpo Barra

    Halteres

    Dinmico Unilateral

    Dinmico Alternado

    c/ Elevao Joelho Unilateral

    c/ Elevao Joelho Alternada

    Estacionrio no Step

    Dinmico no Step

    Dinmico no Step c/ Elevao do Joelho

    Afundo Bpede

    Estacionrio

    Peso do Corpo Barra

    Halteres

    Dinmico Unilateral Frente

    Dinmico Alternado Frente

    Dinmico Unilateral Atrs

    Dinmico Alternado Atrs

    Ponte Decbito Dorsal

    Bilateral Colcho

    Unilateral Step

    Pli Bpede

    Estacionrio Peso do Corpo

    Dinmico Unilateral Barra

    Dinmico Alternado Halteres

    Extenso Coxa Bpede Unilateral

    Caneleiras 4 Apoios Alternado

    Gmeos Elevao de calcanhares

    Bpede

    Ps Paralelos Peso do Corpo

    Rotao Externa Barra

    Rotao Interna Halteres

    Abdutores Abduo Coxa

    Bpede Unilateral Peso do

    Corpo c/ Apoio de uma

    Barra Alternado

    Decbito Lateral

    Unilateral Caneleiras

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 37

    LISTA DE EXERCCIOS COM MODIFICAES E PROGRESSES

    Grupo

    Muscular Exerccio

    Posio de

    Trabalho Modificaes Material Progresses

    Tro

    nco

    Peito

    Aberturas Planas Decbito Dorsal

    Bilateral

    Halteres

    Unilateral

    Alternado

    Plano

    Inclinado

    Declinado

    Prensa de Peito Decbito Dorsal

    Plano Halteres Barra

    Inclinado

    Declinado

    Costas Superior

    Remada Baixa

    Bpede c/ Projeco Tronco

    Unilateral Halteres

    Bilateral Barra

    Bpede c/ Apoio de Joelho

    Unilateral Halteres

    Pullover Decbito Dorsal

    Halteres

    Barra

    Empurrar para Trs

    Bpede Bilateral Halteres

    Sentado Unilateral Barra

    Extenso Coluna Decbito Ventral

    Colcho Step

    Mos nas Coxas

    Mos na Nuca

    Braos estendidos

    Frente

    Abdominais

    Crunch Decbito Dorsal

    Plano Colcho Step

    Inclinado

    Declinado

    Oblquos Decbito Dorsal

    Plano Colcho Step

    c/ Elevao da Perna Contrria

    Inclinado

    Declinado

    Toe Taps Decbito Dorsal

    Unilateral Colcho Step

    Grau de Flexo do Joelho Alternado

    Prancha Antebraos

    4 Apoios

    Extenso Coxa

    Colcho Step

    Elevao Brao

    Oposio Brao/Perna

    Movimento Ombros e Tornozelos

    Prancha Lateral Decbito Lateral

    Apoio Joelho Colcho Step

    c/ Abduo Coxa Apoio Ps

    Estticos 90 Decbito Dorsal

    Colcho Step

    Empurrar alternado

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 38

    LISTA DE EXERCCIOS COM MODIFICAES E PROGRESSES

    Grupo Muscular

    Exerccio Posio

    de Trabalho

    Modificaes Material Progresses

    Membro

    s Superiores

    Bicpete Bicpete Bpede

    Pronao

    Halteres Barra

    Supinao

    Martelo

    Rosca

    Bilateral

    Unilateral

    Alternado

    Tricpete

    Kick Back Bpede c/ Projeco Tronco

    Bilateral

    Halteres Unilateral

    Alternado

    Push Ups 4 Apoios

    Inclinado Colcho Step

    Mos e Joelhos Mos e Ps

    Plano

    Declinado

    Fundos Sentado Step Grau de Flexo

    do Joelho

    Tricpete Testa Decbito Dorsal

    Halteres

    Barra

    Ombro

    Aberturas Laterais Bpede

    Bilateral

    Halteres Unilateral

    Alternado

    Remada Alta Bpede Halteres

    Barra

    Voos

    Bpede c/ Projeco Tronco

    Halteres

    Sentado

    Rotao Externa

    Bpede

    Halteres Sentado

    Bpede c/ Projeco Tronco

    Frontais Bpede

    Bilateral Halteres, Barra

    Unilateral

    Halteres Alternado

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 39

    Alongamento

    Flexibilidade um termo usado para descrever uma componente da aptido fsica, o alongamento o termo usado para descrever tcnica usada para alongar os msculos e melhorar a flexibilidade (Fox e Corbin, 1999). Flexibilidade a capacidade de uma determinada articulao, ou conjunto de articulaes, se moverem na sua completa amplitude de movimento (range of motion - ROM), sem que exista leso (Heyward, 2002). No entanto, a amplitude de movimento normal de uma articulao nem sempre saudvel ou adequada necessidade de movimento. Flexibilidade em excesso ou movimento muito restrito nas articulaes pode conduzir a problemas articulares. Qualquer tipo de treino com o objectivo de aumentar a flexibilidade no deve comprometer a estabilidade articular.

    Benefcios do treino de flexibilidade

    Melhora o desempenho das tarefas dirias Alvio de dores lombares Aumento de desempenho motor Preveno de leses Diminuio da tenso muscular Aumenta o relaxamento Aumento da amplitude de movimento Alvio de dores musculares Diminuio do stress e tenso Melhoria da postura e simetria

    (Kennedy & Yoke, 2005)

    Unio do corpo, mente e esprito Auto-disciplina Melhoria da condio fsica Alvio de cibras musculares Satisfao e prazer

    Alter (1999)

    Tipos de Flexibilidade

    Quando se procura classificar a flexibilidade existem 3 critrios que so considerados (Castelo e tal. 2000):

    Existncia ou no de movimento e as suas caractersticas (esttica e dinmica) Origem do movimento ou da aco que origina a amplitude mxima (activa e passiva) Localizao (geral e especifica)

    Flexibilidade esttica verifica-se quando se sustm durante um certo tempo uma determinada posio da articulao Flexibilidade dinmica a capacidade de utilizar a amplitude do movimento de uma articulao durante uma actividade que solicite movimentos normais ou rpidos.

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 40

    Flexibilidade activa produzida utilizando as foras internas, representando a amplitude gestual obtida a nvel de uma articulao sem ajuda, como resultado da contraco muscular exclusiva do agonista. Flexibilidade passiva representa a amplitude mxima a nvel de uma articulao obtida pela interveno de uma fora externa (gravidade, prprio corpo, professor, etc). Flexibilidade geral refere-se amplitude normal da oscilao das articulaes, especialmente, nos principais sistemas articulares: escpulo-umeral, coxo-femural e coluna. Flexibilidade especfica est relacionada com movimentos de uma determinada articulao e especficos de uma determinada modalidade desportiva.

    Flexibilidade e alongamento

    O treino de flexibilidade sugere algo que planeado intencionalmente e com regularidade suficiente para permitir uma melhoria progressiva e contnua da amplitude dos movimentos de uma articulao ou grupos de articulaes. Neste caso estamos a referir aula onde a parte fundamental est focada no treino da flexibilidade. O alongamento compreende os exerccios que so realizados no aquecimento, retorno calma e no segmento final de uma aula de grupo, tendo como objectivo a melhoria da performance do cliente, contribuindo para a reduo do risco de leso, sem que exista o aumento significativo da amplitude do movimento articular, mas sim a manuteno das amplitude funcionais de movimento.

    Linhas orientadoras para segmento de alongamento das aulas de grupo

    Alongar os msculos mais solicitados na fase fundamental Seleccionar musica abaixo das 100 batidas por minuto Realizar um alongamento com durao entre 10-15 segundos de intensidade baixa Executar o exerccio at ao limite de desconforto e apenas dentro da amplitude do movimento Manter uma postura neutra durante a realizao dos exerccios Evitar a participao de outros msculos no envolvidos directamente na aco Utilizar uma respirao pausada e rtmica durante a realizao dos exerccios Focar-se nos msculos a alongar e relax-los, encorajando os clientes a ouvirem o corpo Deve-se focar os msculos que contribuem para padres de movimento deficientes e/ou

    desequilbrios musculares necessrio tambm focar os msculos que esto mais encurtados unilateralmente Alongar a musculatura alvo atravs diferentes posies e planos pode promover efeitos positivos ao

    nvel do relaxamento muscular e amplitude articular Evitar posies que promovam stress nas articulaes (tores, hiperextenses) A amplitude de movimento saudvel e normal deve ser sempre respeitada Os objectivos do cliente relativamente amplitude devem ser tambm respeitados

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 41

    Exerccios de Alongamento

    Quadricpete Glteos Posteriores da coxa

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 42

    Gmeos Peitoral Dorsal

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 43

    Deltide Tricpete Bicpite Parede abdominal

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 44

    Alongamento final na aula de grupo

    Exemplo 1

    Manter cada posio 10 a 15 segundos

    Posio Grupo Muscular Observaes

    Decbito Dorsal

    Abdominais

    Posteriores da Coxa Direita Gmeos Direita

    Perna esquerda flectida com o p no cho, perna direita estendida em cima, calcanhar aponta para o

    tecto

    Glteos Direita Perna direita cruza na perna esquerda

    Decbito Lateral Quadricpete Direita Puxar calcanhar ndega

    Decbito Dorsal

    Posteriores da Coxa Esquerda Gmeos Esquerda

    Perna direita flectida com o p no cho, perna esquerda estendida em cima, calcanhar aponta para o

    tecto

    Glteos Esquerda Perna esquerda cruza na perna

    direita

    Decbito Lateral Quadricpete Esquerda Puxar calcanhar ndega

    Transio: dar balano para sentar

    Sentado

    Grande Peitoral Mos no cho atrs do tronco, empurram caixa torcica para a

    frente e para cima

    Grande Dorsal Flexo do tronco com braos esticados em frente, combinar ligeira flexo lateral do tronco

    Transio: subir para posio bpede

    Bpede

    Deltide Direita Brao direito a frente do peito, segurar perto do cotovelo e aproximar brao do peito

    Tricpete Direita Ao lado da cabea

    Deltide Esquerda Brao esquerdo a frente do peito,

    segurar perto do cotovelo e aproximar brao do peito

    Tricpete Esquerda Ao lado da cabea

    Bicpete Abduo horizontal dos braos com pulso em dorsiflexo e polegares apontar para tecto

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Curso Actividades de Grupo CEF 45

    Alongamento final na aula de grupo Exemplo 2

    Manter cada posio 10 a 15 segundos

    Posio Grupo Muscular Observaes

    Bpede

    Quadricpete Direita Equilbrio Puxar calcanhar ndega

    Glteos Direita Equilbrio, perna direita cruza sobre a esquerda, sentar

    Posteriores da Coxa Direita

    Ps afastados antero-posteriorme