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Fundamentos de Matemática Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 8 24 de janeiro de 2013 Aula 8 Fundamentos de Matemática 1

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Page 1: Fundamentos de Matemática · Fundamentos de Matemática Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 8 24 de janeiro de 2013

Fundamentos de Matemática

Humberto José Bortolossi

Departamento de Matemática Aplicada

Universidade Federal Fluminense

Aula 8

24 de janeiro de 2013

Aula 8 Fundamentos de Matemática 1

Page 2: Fundamentos de Matemática · Fundamentos de Matemática Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 8 24 de janeiro de 2013

Somas

Aula 8 Fundamentos de Matemática 2

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

4∑i=1

xi = x1 +4∑

i=2

xi = x1 + x2 +4∑

i=3

xi = x1 + x2 + x3 +4∑

i=4

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 3

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

4∑i=1

xi = x1 +4∑

i=2

xi = x1 + x2 +4∑

i=3

xi = x1 + x2 + x3 +4∑

i=4

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 4

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

4∑i=1

xi = x1 +4∑

i=2

xi = x1 + x2 +4∑

i=3

xi = x1 + x2 + x3 +4∑

i=4

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 5

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

4∑i=1

xi = x1 +4∑

i=2

xi = x1 + x2 +4∑

i=3

xi = x1 + x2 + x3 +4∑

i=4

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 6

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

4∑i=1

xi = x1 +4∑

i=2

xi = x1 + x2 +4∑

i=3

xi = x1 + x2 + x3 +4∑

i=4

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 7

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

4∑i=1

xi = x1 +4∑

i=2

xi = x1 + x2 +4∑

i=3

xi = x1 + x2 + x3 +4∑

i=4

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 8

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

4∑i=1

xi = x1 +4∑

i=2

xi = x1 + x2 +4∑

i=3

xi = x1 + x2 + x3 +4∑

i=4

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 9

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

20 + 21 + 22 + 23 + 24 + 25 =5∑

i=0

2i .

Aula 8 Fundamentos de Matemática 10

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

20 + 21 + 22 + 23 + 24 + 25 =5∑

i=0

2i .

Aula 8 Fundamentos de Matemática 11

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

20 + 21 + 22 + 23 + 24 + 25 =5∑

i=0

2i .

Aula 8 Fundamentos de Matemática 12

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Notações:

4∑i=1

xi =∑

1≤i≤4

xi =∑

i∈{1,2,3,4}

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 13

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Notações:

4∑i=1

xi =∑

1≤i≤4

xi =∑

i∈{1,2,3,4}

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 14

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Notações:

4∑i=1

xi =∑

1≤i≤4

xi =∑

i∈{1,2,3,4}

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 15

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Notações:

4∑i=1

xi =∑

1≤i≤4

xi =∑

i∈{1,2,3,4}

xi = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 16

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

∑1≤i≤10i é impar

xi = x1 + x3 + x5 + x7 + x9 =4∑

i=0

(2 i + 1).

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

∑1≤i≤10i é impar

xi = x1 + x3 + x5 + x7 + x9 =4∑

i=0

(2 i + 1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 18

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

∑1≤i≤10i é impar

xi = x1 + x3 + x5 + x7 + x9 =4∑

i=0

(2 i + 1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 19

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

A variável do somatório é muda:4∑

i=1

xi =4∑

r=1

xr =4∑

λ=1

xλ = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 20

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

A variável do somatório é muda:4∑

i=1

xi =4∑

r=1

xr =4∑

λ=1

xλ = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 21

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

A variável do somatório é muda:4∑

i=1

xi =4∑

r=1

xr =4∑

λ=1

xλ = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 22

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

A variável do somatório é muda:4∑

i=1

xi =4∑

r=1

xr =4∑

λ=1

xλ = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 23

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

A variável do somatório é muda:4∑

i=1

xi =4∑

r=1

xr =4∑

λ=1

xλ = x1 + x2 + x3 + x4.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 24

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Troca de variáveis:4∑

i=1

xi+1(j = i + 1)=

∑j=

xj

Aula 8 Fundamentos de Matemática 25

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Troca de variáveis:4∑

i=1

xi+1(j = i + 1)=

∑j=

xj

Aula 8 Fundamentos de Matemática 26

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Troca de variáveis:4∑

i=1

xi+1(j = i + 1)=

∑j=

xj

Aula 8 Fundamentos de Matemática 27

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Troca de variáveis:4∑

i=1

xi+1(j = i + 1)=

∑j=

xj

Aula 8 Fundamentos de Matemática 28

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Troca de variáveis:4∑

i=1

xi+1(j = i + 1)=

∑j=2

xj

Aula 8 Fundamentos de Matemática 29

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Troca de variáveis:4∑

i=1

xi+1(j = i + 1)=

5∑j=2

xj =5∑

i=2

xi .

Aula 8 Fundamentos de Matemática 30

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Troca de variáveis:4∑

i=1

xi+1(j = i + 1)=

5∑j=2

xj =5∑

i=2

xi .

Aula 8 Fundamentos de Matemática 31

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Propriedades:

b∑i=a

(xi + yi) =b∑

i=a

xi +b∑

i=a

yi eb∑

i=a

constante · xi = constante ·b∑

i=a

xi .

Aula 8 Fundamentos de Matemática 32

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

7∑i=1

1 = 7,7∑

i=2

1 = 6,b∑

i=a

1 = b − a + 1 (para a ≤ b).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 33

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Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

7∑i=1

1 = 7,7∑

i=2

1 = 6,b∑

i=a

1 = b − a + 1 (para a ≤ b).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 34

Page 35: Fundamentos de Matemática · Fundamentos de Matemática Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 8 24 de janeiro de 2013

Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

7∑i=1

1 = 7,7∑

i=2

1 = 6,b∑

i=a

1 = b − a + 1 (para a ≤ b).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 35

Page 36: Fundamentos de Matemática · Fundamentos de Matemática Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 8 24 de janeiro de 2013

Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

7∑i=1

1 = 7,7∑

i=2

1 = 6,b∑

i=a

1 = b − a + 1 (para a ≤ b).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 36

Page 37: Fundamentos de Matemática · Fundamentos de Matemática Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 8 24 de janeiro de 2013

Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

7∑i=1

1 = 7,7∑

i=2

1 = 6,b∑

i=a

1 = b − a + 1 (para a ≤ b).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 37

Page 38: Fundamentos de Matemática · Fundamentos de Matemática Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 8 24 de janeiro de 2013

Somas

b∑i=a

f (i) =

0, se b < a,

f (a), se b = a,

f (a) +b∑

i=a+1

f (i), se b > a.

Exemplo:

7∑i=1

1 = 7,7∑

i=2

1 = 6,b∑

i=a

1 = b − a + 1 (para a ≤ b).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 38

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Somas (n ≥ 1)n∑

i=1

i = 1 + · · ·+ n = ?

Resposta:

n∑i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 =∑i=1

(i2 + 2 i + 1) =n∑

i=1

(i + 1)2 = (n + 1)2 +n−1∑i=0

(i + 1)2 − 1

⇓n∑

i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 = (n + 1)2 +n∑

i=1

i2 − 1

2n∑

i=1

i + n = n2 + 2 n + 1− 1

2n∑

i=1

i = n2 + n

⇓n∑

i=1

i = n(n + 1)/2.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 39

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Somas (n ≥ 1)n∑

i=1

i = 1 + · · ·+ n = ?

Resposta:

n∑i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 =∑i=1

(i2 + 2 i + 1) =n∑

i=1

(i + 1)2 = (n + 1)2 +n−1∑i=0

(i + 1)2 − 1

⇓n∑

i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 = (n + 1)2 +n∑

i=1

i2 − 1

2n∑

i=1

i + n = n2 + 2 n + 1− 1

2n∑

i=1

i = n2 + n

⇓n∑

i=1

i = n(n + 1)/2.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 40

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Somas (n ≥ 1)n∑

i=1

i = 1 + · · ·+ n = ?

Resposta:

n∑i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 =∑i=1

(i2 + 2 i + 1) =n∑

i=1

(i + 1)2 = (n + 1)2 +n−1∑i=0

(i + 1)2 − 1

⇓n∑

i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 = (n + 1)2 +n∑

i=1

i2 − 1

2n∑

i=1

i + n = n2 + 2 n + 1− 1

2n∑

i=1

i = n2 + n

⇓n∑

i=1

i = n(n + 1)/2.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 41

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Somas (n ≥ 1)n∑

i=1

i = 1 + · · ·+ n = ?

Resposta:

n∑i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 =∑i=1

(i2 + 2 i + 1) =n∑

i=1

(i + 1)2 = (n + 1)2 +n−1∑i=0

(i + 1)2 − 1

⇓n∑

i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 = (n + 1)2 +n∑

i=1

i2 − 1

2n∑

i=1

i + n = n2 + 2 n + 1− 1

2n∑

i=1

i = n2 + n

⇓n∑

i=1

i = n(n + 1)/2.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 42

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Somas (n ≥ 1)n∑

i=1

i = 1 + · · ·+ n = ?

Resposta:

n∑i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 =∑i=1

(i2 + 2 i + 1) =n∑

i=1

(i + 1)2 = (n + 1)2 +n−1∑i=0

(i + 1)2 − 1

⇓n∑

i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 = (n + 1)2 +n∑

i=1

i2 − 1

2n∑

i=1

i + n = n2 + 2 n + 1− 1

2n∑

i=1

i = n2 + n

⇓n∑

i=1

i = n(n + 1)/2.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 43

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Somas (n ≥ 1)n∑

i=1

i = 1 + · · ·+ n = ?

Resposta:

n∑i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 =∑i=1

(i2 + 2 i + 1) =n∑

i=1

(i + 1)2 = (n + 1)2 +n−1∑i=0

(i + 1)2 − 1

⇓n∑

i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 = (n + 1)2 +n∑

i=1

i2 − 1

2n∑

i=1

i + n = n2 + 2 n + 1− 1

2n∑

i=1

i = n2 + n

⇓n∑

i=1

i = n(n + 1)/2.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 44

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Somas (n ≥ 1)n∑

i=1

i = 1 + · · ·+ n = ?

Resposta:

n∑i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 =∑i=1

(i2 + 2 i + 1) =n∑

i=1

(i + 1)2 = (n + 1)2 +n−1∑i=0

(i + 1)2 − 1

⇓n∑

i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 = (n + 1)2 +n∑

i=1

i2 − 1

2n∑

i=1

i + n = n2 + 2 n + 1− 1

2n∑

i=1

i = n2 + n

⇓n∑

i=1

i = n(n + 1)/2.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 45

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Somas (n ≥ 1)n∑

i=1

i = 1 + · · ·+ n = ?

Resposta:

n∑i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 =∑i=1

(i2 + 2 i + 1) =n∑

i=1

(i + 1)2 = (n + 1)2 +n−1∑i=0

(i + 1)2 − 1

⇓n∑

i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 = (n + 1)2 +n∑

i=1

i2 − 1

2n∑

i=1

i + n = n2 + 2 n + 1− 1

2n∑

i=1

i = n2 + n

⇓n∑

i=1

i = n(n + 1)/2.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 46

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Somas (n ≥ 1)n∑

i=1

i = 1 + · · ·+ n = ?

Resposta:

n∑i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 =∑i=1

(i2 + 2 i + 1) =n∑

i=1

(i + 1)2 = (n + 1)2 +n−1∑i=0

(i + 1)2 − 1

⇓n∑

i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 = (n + 1)2 +n∑

i=1

i2 − 1

2n∑

i=1

i + n = n2 + 2 n + 1− 1

2n∑

i=1

i = n2 + n

⇓n∑

i=1

i = n(n + 1)/2.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 47

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Somas (n ≥ 1)n∑

i=1

i = 1 + · · ·+ n = ?

Resposta:

n∑i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 =∑i=1

(i2 + 2 i + 1) =n∑

i=1

(i + 1)2 = (n + 1)2 +n−1∑i=0

(i + 1)2 − 1

⇓n∑

i=1

i2 + 2n∑

i=1

i +n∑

i=1

1 = (n + 1)2 +n∑

i=1

i2 − 1

2n∑

i=1

i + n = n2 + 2 n + 1− 1

2n∑

i=1

i = n2 + n

⇓n∑

i=1

i = n(n + 1)/2.

Aula 8 Fundamentos de Matemática 48

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Números Naturais (Continuação)

Aula 8 Fundamentos de Matemática 49

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Números naturais como números cardinais

X Y

Aula 8 Fundamentos de Matemática 50

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Números naturais como números cardinais

X Y

Aula 8 Fundamentos de Matemática 51

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Números naturais como números cardinais

X Y

Aula 8 Fundamentos de Matemática 52

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Números naturais como números cardinais

X Y

Aula 8 Fundamentos de Matemática 53

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Números naturais como números cardinais

A importância dos números naturais provém do fato de que eles constituem o modelomatemático que torna possível o processo de contagem. Noutras palavras, elesrespondem a perguntas do tipo: “Quantos elementos tem este conjunto?”.

Diz-se que dois conjuntos X e Y têm o mesmo número cardinal quando se podedefinir uma função bijetiva f : X → Y .

Diz-se que um conjunto X é finito, e que X tem n elementos quando sepode estabelecer uma função bijetiva f : In → X , onde n ∈ N eIn = {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ n}. O número natural n chama-se então o número cardinaldo conjunto X ou, simplesmente, o número de elementos de X . Por convenção, oconjunto vazio é finito e diz-se que ele tem 0 elementos.

Diz-se que um conjunto X é infinito quando ele não é finito. Isto quer dizer que Xnão é vazio e que, não importa qual seja n ∈ N, não existe função bijetiva f : In → X .

Definições

Aula 8 Fundamentos de Matemática 54

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Números naturais como números cardinais

A importância dos números naturais provém do fato de que eles constituem o modelomatemático que torna possível o processo de contagem. Noutras palavras, elesrespondem a perguntas do tipo: “Quantos elementos tem este conjunto?”.

Diz-se que dois conjuntos X e Y têm o mesmo número cardinal quando se podedefinir uma função bijetiva f : X → Y .

Diz-se que um conjunto X é finito, e que X tem n elementos quando sepode estabelecer uma função bijetiva f : In → X , onde n ∈ N eIn = {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ n}. O número natural n chama-se então o número cardinaldo conjunto X ou, simplesmente, o número de elementos de X . Por convenção, oconjunto vazio é finito e diz-se que ele tem 0 elementos.

Diz-se que um conjunto X é infinito quando ele não é finito. Isto quer dizer que Xnão é vazio e que, não importa qual seja n ∈ N, não existe função bijetiva f : In → X .

Definições

Aula 8 Fundamentos de Matemática 55

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Números naturais como números cardinais

A importância dos números naturais provém do fato de que eles constituem o modelomatemático que torna possível o processo de contagem. Noutras palavras, elesrespondem a perguntas do tipo: “Quantos elementos tem este conjunto?”.

Diz-se que dois conjuntos X e Y têm o mesmo número cardinal quando se podedefinir uma função bijetiva f : X → Y .

Diz-se que um conjunto X é finito, e que X tem n elementos quando sepode estabelecer uma função bijetiva f : In → X , onde n ∈ N eIn = {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ n}. O número natural n chama-se então o número cardinaldo conjunto X ou, simplesmente, o número de elementos de X . Por convenção, oconjunto vazio é finito e diz-se que ele tem 0 elementos.

Diz-se que um conjunto X é infinito quando ele não é finito. Isto quer dizer que Xnão é vazio e que, não importa qual seja n ∈ N, não existe função bijetiva f : In → X .

Definições

Aula 8 Fundamentos de Matemática 56

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Números naturais como números cardinais

A importância dos números naturais provém do fato de que eles constituem o modelomatemático que torna possível o processo de contagem. Noutras palavras, elesrespondem a perguntas do tipo: “Quantos elementos tem este conjunto?”.

Diz-se que dois conjuntos X e Y têm o mesmo número cardinal quando se podedefinir uma função bijetiva f : X → Y .

Diz-se que um conjunto X é finito, e que X tem n elementos quando sepode estabelecer uma função bijetiva f : In → X , onde n ∈ N eIn = {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ n}.

O número natural n chama-se então o número cardinaldo conjunto X ou, simplesmente, o número de elementos de X . Por convenção, oconjunto vazio é finito e diz-se que ele tem 0 elementos.

Diz-se que um conjunto X é infinito quando ele não é finito. Isto quer dizer que Xnão é vazio e que, não importa qual seja n ∈ N, não existe função bijetiva f : In → X .

Definições

Aula 8 Fundamentos de Matemática 57

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Números naturais como números cardinais

A importância dos números naturais provém do fato de que eles constituem o modelomatemático que torna possível o processo de contagem. Noutras palavras, elesrespondem a perguntas do tipo: “Quantos elementos tem este conjunto?”.

Diz-se que dois conjuntos X e Y têm o mesmo número cardinal quando se podedefinir uma função bijetiva f : X → Y .

Diz-se que um conjunto X é finito, e que X tem n elementos quando sepode estabelecer uma função bijetiva f : In → X , onde n ∈ N eIn = {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ n}. O número natural n chama-se então o número cardinaldo conjunto X ou, simplesmente, o número de elementos de X .

Por convenção, oconjunto vazio é finito e diz-se que ele tem 0 elementos.

Diz-se que um conjunto X é infinito quando ele não é finito. Isto quer dizer que Xnão é vazio e que, não importa qual seja n ∈ N, não existe função bijetiva f : In → X .

Definições

Aula 8 Fundamentos de Matemática 58

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Números naturais como números cardinais

A importância dos números naturais provém do fato de que eles constituem o modelomatemático que torna possível o processo de contagem. Noutras palavras, elesrespondem a perguntas do tipo: “Quantos elementos tem este conjunto?”.

Diz-se que dois conjuntos X e Y têm o mesmo número cardinal quando se podedefinir uma função bijetiva f : X → Y .

Diz-se que um conjunto X é finito, e que X tem n elementos quando sepode estabelecer uma função bijetiva f : In → X , onde n ∈ N eIn = {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ n}. O número natural n chama-se então o número cardinaldo conjunto X ou, simplesmente, o número de elementos de X . Por convenção, oconjunto vazio é finito e diz-se que ele tem 0 elementos.

Diz-se que um conjunto X é infinito quando ele não é finito. Isto quer dizer que Xnão é vazio e que, não importa qual seja n ∈ N, não existe função bijetiva f : In → X .

Definições

Aula 8 Fundamentos de Matemática 59

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Números naturais como números cardinais

A importância dos números naturais provém do fato de que eles constituem o modelomatemático que torna possível o processo de contagem. Noutras palavras, elesrespondem a perguntas do tipo: “Quantos elementos tem este conjunto?”.

Diz-se que dois conjuntos X e Y têm o mesmo número cardinal quando se podedefinir uma função bijetiva f : X → Y .

Diz-se que um conjunto X é finito, e que X tem n elementos quando sepode estabelecer uma função bijetiva f : In → X , onde n ∈ N eIn = {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ n}. O número natural n chama-se então o número cardinaldo conjunto X ou, simplesmente, o número de elementos de X . Por convenção, oconjunto vazio é finito e diz-se que ele tem 0 elementos.

Diz-se que um conjunto X é infinito quando ele não é finito.

Isto quer dizer que Xnão é vazio e que, não importa qual seja n ∈ N, não existe função bijetiva f : In → X .

Definições

Aula 8 Fundamentos de Matemática 60

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Números naturais como números cardinais

A importância dos números naturais provém do fato de que eles constituem o modelomatemático que torna possível o processo de contagem. Noutras palavras, elesrespondem a perguntas do tipo: “Quantos elementos tem este conjunto?”.

Diz-se que dois conjuntos X e Y têm o mesmo número cardinal quando se podedefinir uma função bijetiva f : X → Y .

Diz-se que um conjunto X é finito, e que X tem n elementos quando sepode estabelecer uma função bijetiva f : In → X , onde n ∈ N eIn = {k ∈ N | 1 ≤ k ≤ n}. O número natural n chama-se então o número cardinaldo conjunto X ou, simplesmente, o número de elementos de X . Por convenção, oconjunto vazio é finito e diz-se que ele tem 0 elementos.

Diz-se que um conjunto X é infinito quando ele não é finito. Isto quer dizer que Xnão é vazio e que, não importa qual seja n ∈ N, não existe função bijetiva f : In → X .

Definições

Aula 8 Fundamentos de Matemática 61

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Números naturais como números cardinais

X Y

Aula 8 Fundamentos de Matemática 62

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Números naturais como números cardinais

X Y

Aula 8 Fundamentos de Matemática 63

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Números naturais como números cardinais

Os segmentos X e Y possuem a mesma cardinalidade?

(Ir para o GeoGebra)

Aula 8 Fundamentos de Matemática 64

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Números naturais como números cardinais

Os segmentos X e Y possuem a mesma cardinalidade?

(Ir para o GeoGebra)

Aula 8 Fundamentos de Matemática 65

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Números naturais como números cardinais

O Hotel Infinito de Hilbert

Aula 8 Fundamentos de Matemática 66

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Um pequeno comentário gramatical

Quando dizemos “o número um”, “o número dois” ou o “número três”, aspalavras “um”, “dois” e “três” são substantivos, pois são nomes de objetos.Isto contrasta com o uso destas palavras em frases como “um ano, doismeses e três dias”, onde elas aparecem para dar a ideia de número cardinal,isto é, como resultados de contagens. Nesta frase, “um”, “dois” e “três” nãosão substantivos. Pertencem a categoria gramatical que, noutras línguas(como francês, inglês e alemão, por exemplo) é chamada adjetivo numerale que os gramáticos brasileiros e portugueses, há um par de décadas,resolveram chamar numeral apenas. Este comentário visa salientar adiferença entre números naturais, olhados como elementos do conjunto N, eo seu emprego como números cardinais.

[Lima, Carvalho, Morgado e Wagner, 2003]

Aula 8 Fundamentos de Matemática 67

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Semelhança dos nomes dos números

SânscritoGrego

AntigoLatim Alemão Inglês Francês Russo

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

100

1000

eka

dva

tri

catur

panca

sas

sapta

asta

nava

daca

cata

sehastre

en

duo

tri

tetra

pente

hex

hepta

octo

ennea

deca

ecaton

xilia

unus

duo

tres

quatuor

quinque

sex

septem

octo

novem

decem

centum

mille

eins

zwei

drei

vier

fünf

sechs

sieben

acht

neun

zehn

hundert

tausend

one

two

three

four

�ve

six

seven

eight

nine

ten

hundred

thousand

un

deux

trois

quatre

cinq

six

sept

huit

neuf

dix

cent

mille

odyn

dva

tri

chetyre

piat

shest

sem

vosem

deviat

desiat

sto

tysiaca

Aula 8 Fundamentos de Matemática 68

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Giuseppe Peano

Matemático italiano (27 de agosto de 1858 – 20 de abril de 1932)

Aula 8 Fundamentos de Matemática 69

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David Hilbert

Matemático alemão (23 de janeiro de 1862 – 14 de feveriro de 1943)

Aula 8 Fundamentos de Matemática 70

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Existem “infinitos” diferentes!

Aula 8 Fundamentos de Matemática 71

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Existem “infinitos” diferentes!

Os conjuntos

N = {1,2,3, . . .} e (0,1) = {x ∈ R | 0 < x < 1}

são infinitos, mas não possuem o mesmo número cardinal.

Em um certo sentido, o intervalo (0,1) é “mais infinito” do que oconjunto N dos números naturais!

Aula 8 Fundamentos de Matemática 72

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Existem “infinitos” diferentes!

Os conjuntos

N = {1,2,3, . . .} e (0,1) = {x ∈ R | 0 < x < 1}

são infinitos, mas não possuem o mesmo número cardinal.

Em um certo sentido, o intervalo (0,1) é “mais infinito” do que oconjunto N dos números naturais!

Aula 8 Fundamentos de Matemática 73

Page 74: Fundamentos de Matemática · Fundamentos de Matemática Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 8 24 de janeiro de 2013

Existem “infinitos” diferentes!

Os conjuntos

N = {1,2,3, . . .} e (0,1) = {x ∈ R | 0 < x < 1}

são infinitos, mas não possuem o mesmo número cardinal.

Em um certo sentido, o intervalo (0,1) é “mais infinito” do que oconjunto N dos números naturais!

Aula 8 Fundamentos de Matemática 74

Page 75: Fundamentos de Matemática · Fundamentos de Matemática Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 8 24 de janeiro de 2013

Existem “infinitos” diferentes!

Os conjuntos

N = {1,2,3, . . .} e (0,1) = {x ∈ R | 0 < x < 1}

são infinitos, mas não possuem o mesmo número cardinal.

Em um certo sentido, o intervalo (0,1) é “mais infinito” do que oconjunto N dos números naturais!

Aula 8 Fundamentos de Matemática 75

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

Aula 8 Fundamentos de Matemática 76

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

Aula 8 Fundamentos de Matemática 77

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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Aula 8 Fundamentos de Matemática 78

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

N e (0,1) não possuem o mesmo número cardinal.

Demonstração.(1) Devemos mostrar que não existe uma bijeção entre N e (0,1).(2) Suponha, por absurdo, que uma tal bijeção exista: f : N→ (0,1).(3) Assim, para cada n ∈ N, f (n) é um número real entre 0 e 1 e para cada número

real r entre 0 e 1 existe um único natural n tal que f (n) = r .(4) Para cada n, vamos representar o número real f (n) através de sua expansão

decimal. No caso de números com duas expansões decimais (por exemplo,0.5 = 0.49 = 0.4999 . . .), escolhemos aquela que é infinita (por exemplo, para0.5 escolhemos 0.49).

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 90

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

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(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 98

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 99

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 100

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 101

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 103

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 105

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 106

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O argumento da diagonal de Cantor

(5) Temos então:

f (1) = 0.d1,1d1,2d1,3d1,4 . . . ,

f (2) = 0.d2,1d2,2d2,3d2,4 . . . ,

f (3) = 0.d3,1d3,2d3,3d3,4 . . . ,

f (4) = 0.d4,1d4,2d4,3d4,4 . . . ,

...

(6) Vamos construir um número real x = 0.p1p2p3p4 . . . da seguinte maneira:

Se d1,1 = 5, então p1 = 4. Caso contrário, p1 = 5.

Se d2,2 = 5, então p2 = 4. Caso contrário, p2 = 5.

Se d3,3 = 5, então p3 = 4. Caso contrário, p3 = 5.

E assim por diante.

(7) O número real x = 0.p1p2p3p4 . . . pertence ao intervalo (0,1), mas x 6= f (1) (poisp1 6= d1,1), x 6= f (2) (pois p2 6= d2,2), x 6= f (3) (pois p3 6= d3,3), etc. Isto contradizo fato de f : N→ (0,1) ser sobrejetiva. Logo, não existe bijeção entre N e (0,1).

Aula 8 Fundamentos de Matemática 107

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Georg Cantor

Matemático alemão (3 de março de 1845 – 6 de janeiro de 1918)

Aula 8 Fundamentos de Matemática 108

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Seção de Exercícios

Aula 8 Fundamentos de Matemática 109