caracteristicas socioeconomicas tendencias recentes

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  • GOVERNO DO ESTADO DE GOIS

    Marconi Ferreira Perillo Jnior

    SECRETARIA DE ESTADO DE GESTO E PLANEJAMENTO

    Giuseppe Vecci

    CHEFE DO GABINETE ADJUNTO DE PLANEJAMENTO, QUALIDADE DO GASTO EINVESTIMENTO

    Jlio Alfredo Rosa Paschoal

    INSTITUTO MAURO BORGES DE ESTATSTICAS E ESTUDOS SOCIOECONMICOS IMB

    Lillian Maria Silva Prado - Chefe do Gabinete de Gesto

    Aurlio Ricardo Troncoso Chaves - Superintendente

    ELABORAO: GERNCIA DE SISTEMATIZAO E DISSEMINAO DE INFORMAESSOCIOECONMICAS

    Eduiges Romanatto (Gerente e Coordenador do Trabalho)

    Sueide Rodrigues de Souza Peixoto

    Juliana Dias Lopes

    Rejane Moreira da Silva

    Eduardo Santos Arajo (Bolsista de convnio Segplan/Ipea)

    Rodrigo da Silva Souza (Bolsista de convnio Segplan/Ipea)

    CAPA

    Rejane Moreira da Silva

    PUBLICAO VIA WEB

    Vanderson Soares

    Av. Repblica do Lbano, n 1945, 3 andar, Setor OesteCEP - 74.115-030 Goinia GO

    Tel: (62) 3201-6695/6678 Fax: (62) 3201-6691Site: http://www.imb.go.gov.br

    e-mail: [email protected]; [email protected]

  • 3Estado de Gois:Caractersticas Socioeconmicas e

    Tendncias Recentes

  • 4SUMRIO

    1 - INTRODUO ..................................................................................................................102 - BREVE HISTRICO DA ECONOMIA GOIANA ...........................................................113 - A ECONOMIA GOIANA NO PERODO RECENTE.......................................................134 - O COMPORTAMENTO DO PIB E SUA DISTRIBUIO PELAS MICRORREGIESE METADES NORTE E SUL DO ESTADO DE GOIS ......................................................235 - A DINMICA POPULACIONAL EM GOIS.................................................................296 - A POPULAO PELAS MICRORREGIES E PRINCIPAIS MUNICPIOS DOESTADO DE GOIS...............................................................................................................327 - AS EXPORTAES GOIANAS .......................................................................................348 - ALGUMAS QUESTES SOCIOECONMICAS ............................................................409 - A GERAO DE EMPREGOS PELAS REGIES DE GOIS ......................................4610 - EDUCAO.....................................................................................................................5411 - SADE E SANEAMENTO .............................................................................................6112 - EXPECTATIVA DE VIDA..............................................................................................6413 - SEGURANA ..................................................................................................................6614 - POBREZA.........................................................................................................................7015 - TURISMO.........................................................................................................................7616 - REFERNCIAS................................................................................................................81ANEXO ....................................................................................................................................83

  • 5NDICE DE GRFICOS

    GRFICO 1 - PARTICIPAO DE GOIS NO PIB DA REGIO CENTRO-OESTE E DO PIB DOCENTRO-OESTE NO DO BRASIL - 1995 2010 ...........................................................................13GRFICO 2 - PARTICIPAO DE GOIS NO PIB DO BRASIL 1985 - 2010 (%) .............................14GRFICO 3 - PIB PER CAPITA - GOIS, CENTRO-OESTE E BRASIL 1995 - 2010 (VALORESCORRENTES) ..............................................................................................................................28GRFICO 4 - PIB PER CAPITA - GOIS, CENTRO-OESTE E BRASIL 1995 - 2010 (VALORESCORRENTES) ..............................................................................................................................28GRFICO 5 - TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL 2000/2010 (%).......................................31GRFICO 6 - TAXA DE FECUNDIDADE 2009 (%) ........................................................................31GRFICO 7 - SALDO LQUIDO MIGRATRIO 2004 E 2009 (MIL HAB) ...........................................32GRFICO 8 - BALANA COMERCIAL DE GOIS - 2000 - 2012 (US$ FOB)..................................35GRFICO 9 - EVOLUO DO COEFICIENTE DE GINI E DO NDICE DE THEIL-T DE GOIS 1981 -2009 ..........................................................................................................................................42GRFICO 10 - EVOLUO DA DISTRIBUIO DA RENDA DE GOIS 1981 - 2009.........................43GRFICO 11 - CURVA DE LORENZ DE GOIS 1981 - 2009..........................................................43GRFICO 12 - CURVA DE LORENZ DO PIB E DO VALOR ADICIONADO DA AGROPECURIA,INDSTRIA E DOS SERVIOS DOS MUNICPIOS GOIANOS 2010.....................................................45GRFICO 13 - EVOLUO DO COEFICIENTE DE GINI, THEI-T E L-THEIL PARA O PIB DE GOIS1999 - 2010 ...............................................................................................................................46GRFICO 14 - EVOLUO DO EMPREGO FORMAL EM GOIS E BRASIL 1990 E 2011 (2000=100)..................................................................................................................................................47

    GRFICO 15 - TAXA DE FREQUNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO EM GOIS 1989 - 2007..................................................................................................................................................55GRFICO 16 - RELAO ENTRE QUANTIDADES DE CRIANAS E MATRCULAS NO ENSINOINFANTIL EM GOIS - 1991, 2000 E 2010...................................................................................56GRFICO 17 - EVOLUO DO PERCENTUAL DE ANALFABETOS DAS PESSOAS DE 15 ANOS OUMAIS, NO BRASIL, CENTRO-OESTE E GOIS - 1981 - 2011.........................................................59GRFICO 18 - TAXA DAS PESSOAS DE 15 ANOS OU MAIS ALFABETIZADAS POR SITUAO DEDOMICLIO EM GOIS, 1995 - 2010............................................................................................60GRFICO 19 - EVOLUO DO NMERO DE PESSOAS QUE VIVEM EM DOMICLIOS PARTICULARESPERMANENTES ATENDIDAS COM GUA POTVEL E REDE DE ESGOTO EM GOIS (1981- 2007)...61

  • 6GRFICO 20 - POPULAO ATENDIDA COM GUA E ESGOTO EM RELAO POPULAO TOTAL(1980 - 2010).............................................................................................................................62GRFICO 21 - POPULAO ATENDIDA COM GUA E ESGOTO NAS REAS URBANAS (1980 - 2010)..................................................................................................................................................63GRFICO 22 - EVOLUO DOS NDICES DE MORTALIDADE INFANTIL E ESPERANA DE VIDA AONASCER EM GOIS - 1997 A 2009 ..............................................................................................66GRFICO 23 - TAXA DE HOMICDIOS, MDIA MVEL DE 3 ANOS (1980 - 2009) ..........................68GRFICO 24 - CRIMINALIDADE TOTAL/POPULAO TOTAL ENTRE 1998 E 2010 (%).................69GRFICO 25 - MERCADO DE TRABALHO DAS ATIVIDADES CARACTERSTICAS DO TURISMO (ACT)ENTRE 2006 E 2011....................................................................................................................77GRFICO 26 - GRAU DE INSTRUO DOS EMPREGADOS DAS ACT ENTRE 2006 E 2011 (%) .......78GRFICO 27 - DISTRIBUIO DA RENDA SALARIAL DAS ACT ENTRE 2006 - 2011 (%) ..............79

  • 7NDICE DE TABELAS

    TABELA 1 - PRODUO AGRCOLA DE GOIS NO CONTEXTO NACIONAL - 2000 E 2012............15TABELA 2 - PRODUO PECURIA DE GOIS NO CONTEXTO NACIONAL - 2000 E 2011 ............15TABELA 3 - PARTICIPAO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS NO PIB DE GOIS - ANOSSELECIONADOS (%) ...................................................................................................................16TABELA 4 - DISTRIBUIO DOS EMPREGOS EM GOIS - ANOS SELECIONADOS (%) ..................20TABELA 5 - PARTICIPAO DO PIB E PIB POR ATIVIDADES NAS MICRORREGIES E METADESNORTE E SUL DE GOIS - ANOS SELECIONADOS - (%).................................................................26TABELA 6 - PIB PER CAPITA NAS MICRORREGIES E METADES NORTE E SUL DE GOIS 1999 -2009 (R$ - VALORES CORRENTES) .............................................................................................27TABELA 7 - POPULAO RESIDENTE DE GOIS, CENTRO-OESTE E BRASIL (1991, 2000 E 2010)29TABELA 8 - IMIGRANTES, EMIGRANTES E SALDO LQUIDO MIGRATRIO, SEGUNDO AS UNIDADESDA FEDERAO (2000, 2004 E 2009) .........................................................................................30TABELA 9 - DISTRIBUIO/PARTICIPAO DA POPULAO TOTAL, POR MICRORREGIES EMETADE SUL/NORTE - ANOS SELECIONADOS (%).......................................................................33TABELA 10 - POPULAO DOS 10 MAIORES MUNICPIOS DE GOIS - 2010.................................34TABELA 11 - EXPORTAES POR FATOR AGREGADO DE GOIS 1990 - 2012 (US$ 1.000 FOB).36TABELA 12 - PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS DE GOIS 1996, 2001, 2005 E 2012.............37TABELA 13 - PRINCIPAIS MERCADOS DE EXPORTAO DE GOIS SEGUNDO VOLUME E RECEITADAS EXPORTAES (1996, 2003 E 2010)....................................................................................39TABELA 14 - RANKING DOS 25 PRINCIPAIS MERCADOS DE DESTINO DAS EXPORTAES DE GOIS- 1996, 2003 E 2004...................................................................................................................39TABELA 15 - DISTRIBUIO DOS EMPREGADOS ADMITIDOS NAS MICRORREGIES E METADENORTE/SUL DE GOIS (%) 1998 - 2012......................................................................................49TABELA 16 - DISTRIBUIO DOS EMPREGADOS ADMITIDOS NAS MICRORREGIES POR GRANDESSETORES - ANOS SELECIONADOS ................................................................................................50TABELA 17 - DISTRIBUIO DOS EMPREGADOS NAS MICRORREGIES DE GOIS CONFORMEESCOLARIDADE E ATIVIDADE ECONMICA (MDIA PERCENTUAL DOS ANOS 1996, 2000, 2006 E2010).........................................................................................................................................52TABELA 18 - NMERO DE MATRCULAS NOS DIVERSOS NVEIS DE ENSINO EM GOIS 1989 - 2010..................................................................................................................................................58

  • 8TABELA 19 - EVOLUO DA QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS DA SADE ENTRE 1990 E 2010 (POR1.000 HAB) ................................................................................................................................64TABELA 20 - LEITOS, LEITOS POR HABITANTES E POR HOSPITAIS (1995 - 2010).........................65TABELA 21 - TAXA E NMERO DE HOMCDIOS (1981 - 2007)....................................................67TABELA 22 - CRIMES TOTAIS, CRIMES CONTRA A PESSOA E CRIMES CONTRA O PATRIMNIO (1998- 2010).......................................................................................................................................69TABELA 23 - QUANTIDADE DE ESTABELECIMENTOS AS ACT POR NMERO DE EMPREGADOS(2006 - 2011).............................................................................................................................77TABELA 24 - GRAU DE INSTRUO/RENDIMENTO MENSAL (%) ................................................79TABELA 25 - REGIES INDUTORAS DO TURISMO EM GOIS .......................................................80

  • 9NDICE DE CARTOGRAMAS

    FIGURA 1 - ESPACIALIZAO DA INDSTRIA DE MINERAO EM GOIS - 2010.........................17FIGURA 2 - ESPACIALIZAO DO SETOR SUCROENERGTICO EM GOIS (2012). ........................19FIGURA 3 - PLATAFORMA LOGSTICA MULTIMODAL DE GOIS .................................................22FIGURA 4 - POBREZA EM GOIS (2000) .....................................................................................72FIGURA 5 - POBREZA E EXTREMA POBREZA EM GOIS (2010) ...................................................73FIGURA 6 - POBREZA E EXTREMA POBREZA NOS MUNICPIOS DE GOIS (2000).........................74FIGURA 7 - POBREZA E EXTREMA POBREZA NOS MUNICPIOS DE GOIS (2010) .........................75

  • 10

    1 - INTRODUO

    O Estado de Gois tem apresentado ganhos na participao da riqueza gerada nopas. A participao do estado no PIB nacional elevou-se de 1,85% em 1985 para 2,6% em2010. O desenvolvimento do setor industrial atravs da integrao da agroindstria com aagropecuria moderna e a emergncia de novas atividades industriais so os principaisresponsveis do crescimento do PIB de Gois.

    O crescimento do setor industrial e a modernizao do setor agropecurio foramrealizados devido a uma srie de planos de desenvolvimento e incentivos fiscais levados acabo pelo Estado a partir da dcada de 1970. Os ganhos de produtividade oriundos dessesplanos garantiram a integrao de Gois economia nacional e internacional. Em nvelnacional, integrou-se mais estreitamente aos estados da regio Centro-Sul devido ao maiorgrau de complementaridade econmica. O aumento das exportaes de commodities agrcolasfoi o fator principal de integrao de Gois em nvel internacional.

    Na dcada de 2000 ocorreu uma mudana estrutural da economia goiana. Osinvestimentos industriais foram responsveis pelo adensamento das cadeias produtivas doagronegcio e pela diversificao da estrutura produtiva. Exemplos notveis dessesinvestimentos so: a instalao da Perdigo Agroindustrial (hoje Brasil Foods) em Rio Verde,a montadora de veculos Hyundai em Anpolis, Mitsubishi em Catalo e, mais recentemente,a Suzuki em Itumbiara, em fase de implantao. Com tais montadoras de veculos, Goistornou-se o quinto em produo de veculos no Brasil com 5,5% de participao nacional.Tambm houve elevao dos investimentos para beneficiamento da produo mineral e parausinas de produo de etanol.

    A ampliao do nvel da renda e o agudo processo de urbanizao que o processo decrescimento e mudana estrutural desencadeou, propiciaram a ampliao do mercadoconsumidor interno que, por sua vez, contribuiu para o desenvolvimento de outros setores daeconomia, tais como o setor de servios (financeiros, educacionais, sade, informtica) einfraestrutura (saneamento e construo civil).

    Todos esses fatores contriburam para o recente bom desempenho da economiagoiana que cresce acima da mdia nacional e propicia alterao da sua estrutura econmicaque era voltada para a agropecuria e tende, agora, para uma economia mais ligada indstriae ao comrcio

  • 11

    Assim, esse trabalho procura traar as caractersticas e tendncias recentes dasocioeconomia de Gois, abrangendo assuntos como: o comportamento do PIB, dinmicapopulacional, comrcio externo, mercado de trabalho, educao, sade e saneamento,segurana, pobreza e turismo , entre outros.

    2 - BREVE HISTRICO DA ECONOMIA GOIANA

    No perodo de 1930-45, segundo Estevam (2004), a regio Centro-Oeste atraiufluxos expressivos de trabalhadores, sobretudo de Minas Gerais, devido s facilidades deobter terras. Em Gois, a populao que at ento estava com maior representatividade emmunicpios situados ao longo da ferrovia que liga o Tringulo Mineiro a Anpolis, recebeugrandes fluxos de pessoas na instalao da Colnia Agrcola Ceres, aumentando a produode gros como arroz, milho e feijo.

    A construo da nova capital de Gois (Goinia), que ocorre entre os anos de 1933-42 refora o surto migratrio para a regio central do Estado. Goinia passa ento a dividircom o municpio de Anpolis, que j capitalizava um surto de desenvolvimento, as funes deeixo econmico e plo de atrao de pessoas. Esse fenmeno reforado ainda mais nos anos1950, quando a capital recebe a ligao ferroviria (IPEA, 2002).

    A integrao regional brasileira intensificou-se por volta dos anos 1950, quandoinvestimentos em infraestrutura, principalmente rodoviria, ampliaram os fluxos de comrcio.No Centro-Oeste essa integrao iniciou-se atravs da Marcha para o Oeste, no governoVargas, com o intuito de promover a ocupao dos vazios demogrficos por meio de absorodos excedentes populacionais que faziam presso no Centro-Sul do pas, encaminhando-ospara reas que produziam matrias-primas e gneros alimentcios (ARBEX JR e OLIC, 1996).No estado de Gois, o aumento do fluxo de comrcio teve como um dos embries a instalaoda primeira colnia agrcola, em 1941, na cidade de Ceres (KRENAC et al., 1989).

    A construo de Braslia , no governo de Juscelino Kubitschek (1956-61), iniciouuma importante fase para o Centro-Oeste, sobretudo para Gois. Como ressalta Diniz (2001),a construo de Braslia foi o elemento de maior impacto na integrao econmica doterritrio brasileiro. Ela passou a funcionar como o ndulo de integrao decorrente daconstruo dos grandes troncos rodovirios: Braslia-Belm; Braslia-Belo Horizonte;Braslia-So Paulo; Braslia-Cuiab; Braslia-Barreiras, e suas ramificaes. O crescimento de

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    Braslia, juntamente com a modernizao da agropecuria tiveram efeitos sobre o crescimentourbano e permitiram que o Centro-Oeste se transformasse em uma regio dinmica.

    No final da segunda metade da dcada de 1960 e incio da dcada seguinte, a regioCentro-Oeste passa por um novo fluxo migratrio de menor intensidade do que o anterior,porm com maior capital humano. Neste perodo ocorre tambm a entrada de novos produtosagrcolas com maior nvel tecnolgico e, consequentemente, maior nvel de produtividade,ocupando espao das culturas tradicionais. A ocupao e a transformao produtiva da regio,contou com amplas polticas de desenvolvimento regional, atravs de investimentos eincentivos pblicos que favoreceram, em grande medida, a implantao de uma agropecuriamoderna (ARRIEL, 2010).

    Com relao s polticas pblicas de natureza especfica regio, destacam-se:Programas Integrados de Colonizao, criado na dcada de 1970, com objetivo de absorver osexcedentes populacionais do Centro-Sul e Nordeste; Programa de Incentivo Fiscal paraAmaznia Legal, criado em 1966, visando atrair investimentos para reas compreendidasnesta localizao; Programa de Desenvolvimento dos Cerrados - Polocentro - criado em 1975,que visava implantao da agropecuria na concepo de plos de desenvolvimento;Programa de Cooperao Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados (Prodecer I),criado em 1976, promoo e expanso da agricultura moderna nos cerrados; e ainda outroscomo Prodepan, Prodegran Geoeconmica, Poloamaznia e Polonoroeste (IPEA, 2002).

    A implementao desse conjunto de polticas proporcionou a modernizao dasprticas agropecurias e induziu a integrao com a indstria. Para Estevam (2004), ointeresse do Estado brasileiro em modernizar a agricultura era elevar a oferta de alimentospara o mercado consumidor que crescia a ritmo acelerado

    O Ipea (2002) sintetiza os principais fatos ocorridos no Centro-Oeste at a dcada de1980: i) a migrao constituiu-se em elemento importante para a ocupao regional, desde asdcadas de 50 e 60, atrada pela nova capital federal e pelos projetos de colonizao; ii) ainfraestrutura implantada nesse perodo e a expanso populacional estimularamtransformaes na estrutura produtiva, preparando o Centro-Oeste para a modernizaoagropecuria dos anos 70 e 80, desdobrada em um importante complexo agroindustrial gros-carnes.

    No incio dos anos 1980, o movimento migratrio da populao ocorre do meio ruralpara os centros urbanos devido expanso da pecuria e o crescimento das atividadesagrcolas modernas poupadoras de mo de obra, principalmente da soja, Goodman (1978);

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    Graham (1971), Amorim (1986). Nesse perodo, a Unio pouco contribuiu para acontinuidade do avano da regio devido crise fiscal financeira. Nessa poca entram emcena programas estaduais de incentivos fiscais como poltica agressiva de atrao deinvestimentos, o que favoreceu ainda mais a implantao dos complexos agroindustriais noEstado, Silva (2007).

    Assim, o processo migratrio, o aumento da infraestrutura causada pela construode Braslia, as polticas pblicas federais e os incentivos estaduais favoreceram o estado deGois. Isso contribuiu para que, a partir dos anos 1990, a economia goiana apresentassedesempenho positivo, alcanando resultados econmicos superiores s mdias registradaspara o conjunto do pas.

    3 - A ECONOMIA GOIANA NO PERODO RECENTE

    Com a economia altamente vinculada ao setor agropecurio, no s Gois, mas oCentro-Oeste como um todo, passou a experimentar taxas de crescimento econmico acimada mdia nacional, aumentando sua participao no PIB nacional. O Grfico 1 mostra aparticipao da regio na economia brasileira. Em 1995 o PIB da regio Centro-Oesterepresentava algo em torno de 8,4% em relao ao nacional, em 2010 passa a participar com9,3%; Gois tambm ampliou sua participao regional, passando de 24,4% para 27,9% noPIB da regio Centro-Oeste.

    Grfico 1 - Participao de Gois no PIB da regio Centro-Oeste e do PIB do Centro-Oeste no do Brasil - 1995 2010

    8,4 8,68,8

    9,08,8

    8,48,5

    8,89,0

    9,1

    8,98,7

    8,99,2

    9,69,3

    24,424,4

    24,123,9

    23,826,5 27,0 28,9

    28,0 27,2 26,627,7

    27,6

    26,9

    27,527,9

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Centro-Oeste/Brasil Gois/Centro-Oeste

    Fonte: IBGE, Seplan-GO/IMB/Gerncia de Contas Regionais e Indicadores.(*) Os dados do PIB a partir de 1995 referem-se ao ano base 2002.Elaborao dos Autores

  • 14

    O estado de Gois seguiu a mesma tendncia de crescimento da regio Centro-Oesteem relao ao PIB nacional, embora sua estrutura produtiva j estivesse mais diversificadaque outros estados da regio. Em 1985, o estado participava com 1,8% do PIB brasileiro,caindo para 1,45% em 1989, primeiro ano sem as estatsticas da parte do Estado que passou apertencer ao Tocantins, chegando em 2010 2,6% da economia nacional (Grfico 2).

    Grfico 2 - Participao de Gois no PIB do Brasil 1985 - 2010 (%)

    1,80

    2,02

    1,76

    1,741,45

    1,75

    1,88

    1,751,83

    1,952,05

    2,10

    2,11

    2,162,08

    2,232,30

    2,53

    2,52

    2,47

    2,35

    2,41

    2,45

    2,48

    2,64

    2,60

    1,20

    1,40

    1,60

    1,80

    2,00

    2,20

    2,40

    2,60

    2,80

    Gois/Brasil

    Fonte: IBGE / Instituto Mauro Borges / Segplan-GO Gerncia de Contas Regionais e Indicadores, 2012.Observaes.: 1) O estado do Tocantins pertencia a Gois at 1988. 2) Os dados do PIB a partir de 1995 referem-se ao anobase 2002; 3) Embora para o perodo de 1985 a 1994 o PIB seja de base metodolgica diferente do perodo posterior, visvel a tendncia de crescimento da participao do PIB de Gois no total do Brasil.Elaborao dos autores.

    Gois, historicamente, tem como importante atividade a agropecuria, comparticipaes significativas na produo nacional (Tabela 1). Na agricultura, Gois figuraentre os maiores produtores no total de gros e produtos como soja, sorgo, milho, feijo, cana-de-acar e algodo. Na pecuria o Estado destaca-se atravs do rebanho bovino e naproduo de leite. A produo de sunos e frangos teve elevao aps a criao do complexoagroindustrial da Perdigo no municpio de Rio Verde e regio em 2001.

  • 15

    Tabela 1 - Produo Agrcola de Gois no Contexto Nacional - 2000 e 2012

    Produto2000 2012

    Produo Part (%) Ranking Produo Part (%) RankingTotal de gros (t) 8.704.841 9,93 4 18.294.102 11,05 4Sorgo (t) 287.502 36,27 1 850.990 41,69 1Soja (t) 4.092.934 12,47 4 8.364.177 12,73 4Milho (t) 3.659.475 11,32 4 8.230.149 11,51 5Feijo (t) 200.415 6,56 6 335.684 11,87 3Cana-de-acar (t) 10.162.959 3,12 6 58.348.797 8,64 3Algodo herbceo (t) 254.476 12,68 2 351.014 7,06 3Fonte: IBGE/Instituto Mauro Borges/Segplan-GO / Gerncia de Sistematizao e Disseminao de InformaesSocioeconmicas, 2013Elaborao dos Autores

    Tabela 2 - Produo Pecuria de Gois no Contexto Nacional - 2000 e 2011

    Produto2000 2011

    Produo Part (%) Ranking Produo Part (%) RankingRebanho bovino (cab) 18.399.222 10,83 4 21.744.650 10,22 3Leite (Mil Litros) 2.193.799 11,10 2 3.482.041 7,89 4Abate de bovinos (cab) 2.046.046 11,98 3 2.922.751 9,39* 4Suno (cab) 1.174.360 3,72 10 2.049.376 5,21 5Aves (cab) 26.444.415 3,12 7 61.179.904 4,77 6Informao referente a 2012Fonte: IBGE/Instituto Mauro Borges/Segplan-GO / Gerncia de Sistematizao e Disseminao de InformaesSocioeconmicas, 2013Elaborao dos Autores

    Alm do crescimento na agropecuria, o Estado passa por um processo de mudanaestrutural devido ao ganho de participao da indstria (Tabela 3). Observa-se um ganhorelativo da participao da indstria e do comrcio no PIB. A indstria passa de 20,4%, em1995, para 26,6% do PIB em 2010. Dentro do setor industrial, a indstria de transformao ea construo civil tiveram os maiores aumentos de participao. Contudo, o setor de serviosainda o maior gerador de riqueza e empregos.

  • 16

    Tabela 3 - Participao das Atividades Produtivas no PIB de Gois - anos selecionados(%)

    Atividades 1995 2000 2005 2010PIB Total 100,00 100,00 100,00 100,00Agropecuria 13,87 14,01 13,36 14,1Indstria 20,43 24,02 25,97 26,6Indstria extrativa 1,14 1,66 0,82 1,10Indstria de transformao 11,19 11,46 13,92 13,9Produo e distribuio de eletricidade e gs, gua eesgoto e limpeza urbana 3,14 4,07 5,34 4,10

    Construo civil 4,95 6,84 5,88 7,3Servios 65,70 61,98 60,67 59,3Comrcio 13,72 11,98 13,23 14,1Intermediao financeira, seguros e previdnciacomplementar e servios relacionados 5,15 3,67 4,54 5,0

    Administrao, sade e educao pblicas eseguridade social 15,36 14,05 14,29 13,9

    Outros servios1 31,47 32,27 28,61 26,3Fonte: IBGE / Instituto Mauro Borges / Segplan-GO.Elaborao dos Autores.

    A diversificao produtiva ocorreu atravs dos investimentos de grandes empresasprivadas que migraram para Gois incentivadas pelos programas de isenes fiscais dogoverno estadual. Na indstria de processamento de alimentos, a Perdigo (hoje BRF) seinstalou em Rio Verde em 2001. Na indstria automotiva, as empresas John Deere eMitsubishi em Catalo, a Hyundai em Anpolis e a Suzuki em Itumbiara, esta ainda em fasede instalao. Ainda, a Tuto, Neoqumica e outras empresas compem o plo farmacuticode Anpolis.

    Outra atividade industrial que realizou grandes investimentos em Gois foi aminerao com empresas como a canadense Yamana Gold em Pilar de Gois, Alto Horizonte,Crixs e Guarinos; o Grupo Anglo American em Barro Alto, Catalo, Ouvidor e Niquelndia;e o Grupo Votorantim, tambm em Niquelndia (Figura 1, a seguir). O complexo mineralinstalado em Gois coloca o estado como destaque nacional na produo de vrios minrioscomo a primeira colocao em nquel, vermiculita, amianto e cobre, e segundo em ouro,nibio e fosfato.

    1As atividades que compem a rubrica Outros Servios so: servios de alojamento e alimentao; transportes,armazenagem e correio; servios prestados s famlias e associados; servios prestados s empresas; atividadesimobilirias e aluguel; sade e educao mercantis; e servios domsticos.

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    Figura 1 - Espacializao da indstria de minerao em Gois - 2010

    Fonte: DNPM/SEFAZ 2010Elaborao: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN-GO

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    A atividade sucroenergtica apresentou um boom na dcada de 2000. Em 1990 era deapenas 10 o nmero de destilarias no Estado, produzindo 298.605 m de lcool. Em 2001eram 11 produzindo 381.795 m, em 2012 eram 34 em operao produzindo 2,77 bilhes delitros de etanol, 3 com operaes suspensas e 14 em implantao (Figura 2).

    Contribuiu para o crescimento desse setor o forte incentivo governamental para aampliao da produo de etanol no Estado. Entre 2001 e 2011, 59% dos emprstimoscontratados ao programa governamental de incentivos fiscais PRODUZIR destinaram-se aosegmento sucroalcooleiro e de biocombustvel. Para se ter uma ideia da dimenso doincentivo, basta mencionar que o segundo colocado em receber incentivos foi o setorautomotivo com 8,8% dos investimentos contratados.

    Observa-se na Figura 2 que a grande maioria das destilarias se concentra na regioSudoeste do Estado, regio frtil e umas das maiores produtoras de gros do Brasil.

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    Figura 2 - Espacializao do setor sucroenergtico em Gois (2012).

    Fonte: SifaegElaborao: Instituto Mauro Borges

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    Apesar de o setor industrial ter avanado em participao na economia estadual, nohouve variao na distribuio dos empregos na economia goiana (Tabela 4). Ou seja, desde1996 no houve alteraes significativas da participao dos grandes setores na absoro demo de obra. Dos empregos gerados em Gois entre 1996 e 2011, em mdia, os serviosabsorveram 30,5% dos empregos, o Comrcio 22,5%, a Indstria de Transformao 21%, aConstruo Civil 14% e a Agropecuria 10%. Portanto, a participao da indstria naeconomia cresceu na ltima dcada, mas no houve alterao da participao do emprego dosetor na economia, um indicativo de que os investimentos feitos foram intensivos em capital.

    Tabela 4 - Distribuio dos empregos em Gois - anos selecionados (%)Setor (IBGE) 1996 2000 2005 2010 2011 Mdia 1996

    a 2011Ind. Extrativa Mineral 0,52 0,38 0,49 0,40 0,41 0,44Indstria Transformao 21,24 20,14 22,26 21,78 20,80 21,24SIUP 0,74 0,33 0,38 0,36 0,18 0,40Construo Civil 15,16 12,77 11,70 15,54 15,82 14,20Comrcio 20,97 22,67 24,37 22,32 22,60 22,59Servios 35,80 30,58 28,27 28,16 29,49 30,46APU 0,53 0,13 0,06 0,17 0,16 0,21Agropecuria 4,39 12,79 12,47 11,28 10,54 10,29Total de Empregos 420.190 553.166 728.744 1.213.400 1.349.945 -Fonte: Ministrio do Trabalho e Emprego / Caged - Cadastro Geral de Empregados e DesempregadoNota.:1) SIUP (Servios Industriais de Utilidade Pblica); 2) APU (Administrao Pblica).Elaborao dos Autores

    Tambm contribui para o bom desempenho recente da economia goiana aconsolidao do Estado como um plo logstico (Figura 3). No municpio de Anpolis situa-se estrategicamente dois eixos rodovirios importantes, a BR-153 e a BR-060. A cidade parte importante do eixo Goinia-Anpolis-Braslia e est no ponto de integrao da FerroviaNorte-Sul com a Ferrovia Centro Atlntica. A sua infraestrutura de transporte est relacionadacom o Distrito Agroindustrial e o Porto Seco (Estao Aduaneira Interior) e formatam um nestratgico de distribuio de cargas de abrangncia nacional e internacional. Alm disso, estem andamento a adequao do Aeroporto Civil de Anpolis em aeroporto de cargas, comexecuo final prevista para fevereiro de 2014.

    Tambm, quando concluda a ferrovia Norte-Sul, a integrao multimodal emAnpolis (Plataforma Logstica Multimodal de Gois) promover pela primeira vez no Brasilo conceito de central de inteligncia logstica com acesso eficiente aos eixos de transporte

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    rodovirio, ferrovirio e aeroporturio, ou seja, permitir a integrao com as principais rotaslogsticas do Pas. Isso pode ser visualizado na Figura 3 a seguir.

    Em infraestrutura acrescenta-se o Porto de So Simo na Hidrovia Paranaba-Tiete-Paran que uma das principais portas de entrada e sada de mercadorias da regio Centro-Oeste, principalmente Gois. O Sistema possui 2.400 quilmetros de vias navegveis viaPiracicaba e Conchas (ambos em So Paulo) at Gois e Minas Gerais (ao norte) e MatoGrosso do Sul, Paran e Paraguai (ao sul). Liga cinco dos maiores estados produtores de sojado Pas e considerada a Hidrovia do MERCOSUL.

  • 22

    Figura 3 - Plataforma Logstica Multimodal de Gois

    Fonte: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO

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    4 - O COMPORTAMENTO DO PIB E SUA DISTRIBUIO PELASMICRORREGIES E METADES NORTE E SUL DO ESTADO DE GOIS

    A configurao espacial das atividades econmicas no estado de Gois, assim comono pas como um todo, se encontra desigualmente distribuda. A maior parte das indstrias edo agronegcio moderno est concentrada na metade sul do Estado. Essa desigualdade evidenciada pela alta concentrao espacial do PIB goiano, em que, para informaes de2010, os dez maiores municpios produziram 60,3% do valor adicionado do Estado2.

    Desse modo, nem todas as regies do Estado tm presenciado um crescimento e/ou

    desenvolvimento. De maneira geral, a metade sul3 do Estado detm os melhores indicadores

    de emprego, renda, IDH, indicadores de sade e educao. A metade norte concentra ospiores indicadores e a economia pouco dinmica e ligada predominantemente agropecuria e administrao pblica.

    Na Tabela 5, nota-se que a metade sul e a metade norte no tiveram alterao em suaparticipao do PIB entre 1999 e 2010. Entre as atividades, a agropecuria da metade norteganhou participao de 3,6%. Pelas mdias de participao no perodo, verifica-se que ametade sul detm vantagem em relao norte em todas as atividades. A desvantagem menorda metade norte, em termos de participao mdia, est no PIB dos Servios deAdministrao Pblica, 22,5% contra 77,5% da metade sul, ou seja, os recursos pblicosatuam, em alguma medida, como amortecedor da concentrao de renda. A segunda menordesvantagem da metade norte est na Agropecuria, 22,3% contra 77,7% da Metade Sul.Mesmo assim a diferena de participao nessas atividades econmicas extremamente alta.

    Ainda na Tabela 5, nota-se que a distribuio da renda gerada bastante desigualentre as microrregies. As microrregies de Goinia, Anpolis e Sudoeste concentravam, em2010, 36,3%; 12,5% e 10,6% da renda, respectivamente, ou seja, 59,4% do total gerado.Apesar da microrregio de Goinia ter perdido participao, 4,8% desde 1999, ainda possuiuma concentrao considervel no total. De resto, apresenta alguma participao, na ordem, amicrorregio do Entorno de Braslia (8,7%), a do Meia Ponte (6,8%) e a de Catalo (5,7%).

    2Os dez maiores so, em ordem: Goinia (25,0%), Anpolis (10,3%), Rio Verde (5,3%), Aparecida de Goinia(4,3%), Catalo (4,1%), Senador Canedo (3,3%), Itumbiara (2,3%), Jata (2,2%), Luzinia (2,1%), e So Simo(1,4%),3 Essas metades foram dividas na altura de 1600, ou seja dezesseis graus ao sul da Linha do Equador.Municpios com sede acima dessa linha formam a metade norte e os abaixo a metade sul. Assim, nesse trabalho,quando se mencionar metade sul ou metade norte estar-se- usando esse critrio (Ver Figura 2 em anexo)

  • 24

    Por outro lado, as microrregies de Aragaras, Ipor e Chapada dos Veadeiros so as quemenos detm participao na gerao de renda.

    Apesar das crticas que se faz em relao varivel PIB per capita4, esta demonstraque as microrregies do Estado no alteraram suas distncias nos ltimos 10 anos (Tabela 6)sendo que algumas microrregies que j possuam maior gerao de renda a intensificaram,como as de Anpolis e Catalo e outras que melhoraram a sua colocao no ranking, como ade Porangatu e Chapada dos Veadeiros. As demais perderam posio entre as Microrregies.

    Em termos per capita, as microrregies que apresentam desnveis na distribuio dariqueza, principalmente, so as do Entorno de Braslia e Goinia, que ocupam a posio de 4e 1 economia no ranking do PIB (Tabela 5), mas quanto ao PIB per capita alcanam apenasas 17 e 7 posies, respectivamente. A aglomerao populacional nessas microrregies

    explicam parte dessa disparidade.Chamam a ateno que apenas 4 (quatro) das microrregies ganharam posio no

    ranking do PIB per capita. A Chapada dos Veadeiros que estava na 17 posio em 1999,passou para a 14 em 2010, Anpolis que era 7 e passou para 4, Catalo e Porangatu queganharam uma posio. As demais perderam ou mantiveram posio.

    Tambm se nota as diferenas entre as microrregies do estado utilizando-se aposio no ranking do PIB e PIB per capita (Tabela 5 e 6), bem como a participao do PIB eda populao (Tabela 9 do tpico posterior). Em termos de PIB, a microrregio do Entorno deBraslia est na 4 posio na mdia histrica, mas em termos per capita ela a 17, ou apenltima entre as microrregies (Tabela 6); ou seja, h uma desigualdade relativa entre o que produzido e a sua distribuio para a populao. Nota-se que a referida microrregio destaque por apresentar 17,5% da populao do Estado, mas apenas 7,9% do PIB, ou seja, aparticipao da populao mais que o dobro da produo. Isso refora a sua desigualdadecom outras microrregies, em termos per capita.

    A microrregio de Goinia apresenta desde 1999 participaes de populao e PIBpraticamente paralelas. Contudo, tanto a perda de participao no PIB quanto a de ganhopopulacional contriburam para a diminuio do PIB per capita.

    4 O PIB per capita frequentemente usado como um indicador de qualidade de vida e supe que os cidados sebeneficiariam de um valor mdio do aumento na produo agregada, o que no necessariamente acontece.Ainda, o PIB per capita no uma medida de renda pessoal j que o PIB pode aumentar enquanto a maioria doscidados pode ficar mais pobres, ou proporcionalmente no to ricos, ou seja o PIB per capita no considera onvel de desigualdade de renda de uma sociedade.

  • 25

    Por outro lado, nas microrregies do Sudoeste, Quirinpolis e Catalo, a situao seinverte, ou seja, possuem participao percentual de PIB bem acima da de populao. Somicrorregies que apresentam PIB per capita bem acima da mdia estadual.

    Cabe observar que o estado de Gois vem elevando sua posio no ranking nacionaldo PIB per capita. Em 1995 Gois era o 14 nesse quesito e em 2010 o 12. O PIB per capitaatingiu em 2010 R$ 16.251,7, ante R$ 14.446,68 de 2009, (Tabela 6 e Grfico 3). Embora oPIB per capita goiano tenha apresentado ganhos nos ltimos anos, em 2010 ainda representou82,2% do PIB per capita nacional (R$ 19.766,33) sendo que nos anos 1990 representava, emmdia, apenas 73% do nacional e nos anos 2000 80,9% (Grfico 4). Vale acrescentar que oEstado est entre os mais populosos do Pas (12), colocao que se repete historicamente.Sobre a questo populacional em Gois veja o tpico seguinte.

    Em relao ao PIB per capita do Centro-Oeste, a participao mdia percentual deGois no se alterou nas ltimas duas dcadas. J em relao ao do Brasil houve alterao.nos anos 2000 a mdia foi de 64% do PIB per capita do Brasil contra 56% nos anos 19990.Uma das causas de no haver ganho de participao em relao ao Centro-Oeste o elevadoPIB per capita do Distrito Federal que acaba por amortecer o efeito de aumento daparticipao do estado de Gois, situao diluda quando se compara com PIB per capitanacional.

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    Tabela 5 - Participao do PIB e PIB por atividades nas microrregies e metades norte e sul de Gois - anos selecionados - (%)Microrregies

    Ano/Variveis

    An

    polis

    Ani

    cun

    s

    Ara

    gar

    as

    Cat

    al

    o

    Cer

    es

    Cha

    pada

    do

    sV

    eade

    iro

    s

    Ento

    rno

    de

    Bra

    slia

    Go

    in

    ia

    Ipo

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    Mei

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    nte

    Pire

    s do

    R

    io

    Pora

    nga

    tu

    Quir

    inp

    olis

    Rio

    Ver

    mel

    ho

    So

    M

    igu

    eldo

    A

    ragu

    aia

    Sudo

    este

    de

    Go

    is

    Val

    e do

    R

    iodo

    s Bo

    isV

    o do

    Para

    n

    Met

    ade

    N

    orte

    Met

    ade

    Su

    l

    1999PIB 9,0 1,5 0,6 3,9 2,6 0,5 7,9 41,1 0,7 7,6 1,5 3,7 3,2 1,2 1,1 10,6 2,6 0,7 13,4 86,6PIB dos Servios 9,4 1,3 0,6 2,7 2,6 0,5 9,2 47,8 0,8 6,1 1,3 2,9 1,7 1,2 0,9 8,4 1,8 0,8 13,4 86,6PIB dos Serv. s/ APU 9,4 1,1 0,5 2,7 2,2 0,3 7,7 52,3 0,6 5,8 1,1 2,3 1,4 1,0 0,7 8,7 1,7 0,5 10,5 89,5PIB dos Serv. de APU 9,4 2,1 1,1 2,9 4,2 1,2 14,2 32,6 1,3 6,9 1,8 4,8 2,4 1,8 1,6 7,4 2,3 1,7 23,0 77,0PIB da Indstria 9,0 1,7 0,3 5,1 2,2 0,3 5,4 35,4 0,4 10,9 1,2 7,0 8,8 1,0 1,2 7,5 2,1 0,4 13,9 86,1PIB da Agropecuria 4,1 2,4 1,4 6,0 4,2 0,9 8,8 3,6 1,3 11,7 3,7 3,2 3,7 2,6 2,1 30,6 8,7 0,9 18,5 81,5

    2010PIB 12,5 1,4 0,6 5,7 2,6 0,8 8,7 36,3 0,6 6,8 1,4 3,9 2,9 1,1 1,1 10,6 2,3 0,8 13,4 86,6PIB dos Servios 9,3 1,2 0,6 3,9 2,5 0,5 9,6 47,3 0,6 6,2 1,2 2,8 1,5 1,0 0,9 8,5 1,6 0,9 12,8 87,2PIB dos Serv. s/ APU 9,5 1,0 0,5 4,3 2,1 0,4 7,7 50,9 0,5 6,1 1,1 2,4 1,4 0,8 0,8 8,7 1,4 0,6 10,1 89,9PIB dos Serv. de APU 8,6 1,8 0,9 2,7 3,8 1,1 15,9 35,4 1,0 6,5 1,6 4,1 2,0 1,5 1,4 7,9 2,1 1,7 22,4 77,6PIB da Indstria 16,6 1,3 0,2 8,6 2,2 1,3 7,0 26,0 0,3 7,3 0,9 7,3 6,5 0,6 1,2 10,0 2,4 0,4 12,9 87,1PIB da Agropecuria 4,9 2,8 1,5 7,5 4,8 1,3 12,7 3,1 1,3 10,8 4,0 3,5 4,1 3,0 2,6 24,5 5,9 1,7 22,1 77,9

    Media de 1999 a 2010PIB 9,2 1,5 0,6 5,5 2,7 0,7 8,5 37,5 0,7 7,9 1,6 3,8 3,3 1,2 1,3 11,2 2,6 0,8 14,2 85,8PIB dos Servios 8,6 1,3 0,6 4,1 2,6 0,5 9,4 46,9 0,7 6,5 1,3 2,8 1,5 1,1 1,0 8,7 1,7 0,9 13,4 86,6PIB dos Serv. s/ APU 8,5 1,1 0,5 4,5 2,2 0,4 7,7 50,7 0,6 6,4 1,2 2,4 1,4 0,9 0,8 8,9 1,6 0,6 10,7 89,3PIB dos Serv. de APU 8,8 1,9 1,0 2,7 3,9 1,1 15,2 34,3 1,2 6,8 1,7 4,3 2,1 1,7 1,5 7,8 2,1 1,8 22,5 77,5PIB da Indstria 10,8 1,6 0,2 7,4 2,1 1,0 6,8 28,9 0,3 10,1 1,0 6,6 8,4 0,9 1,5 10,3 2,2 0,4 14,6 85,4PIB da Agropecuria 4,6 2,7 1,6 6,0 4,9 1,1 10,6 3,2 1,4 11,5 4,2 3,8 3,8 3,1 2,7 25,9 7,3 1,5 22,3 77,7Classificao pela Mdia 3 12 18 6 9 16 4 1 17 5 11 7 8 14 13 2 10 15 - -

    Diferena 2009/2010PIB 3,6 -0,2 0,0 1,8 0,0 0,3 0,8 -4,8 -0,1 -0,8 -0,1 0,2 -0,3 -0,2 0,0 0,0 -0,4 0,1 0,8 -0,8PIB dos Servios -0,1 -0,1 -0,1 1,2 -0,2 0,0 0,4 -0,5 -0,1 0,1 -0,1 -0,1 -0,1 -0,2 0,0 0,1 -0,3 0,1 0,0 0,0PIB dos Serv. s/ APU 0,1 -0,1 00, 1,7 -0,1 0,0 0,0 -1,4 -0,1 0,2 0,0 0,1 -0,1 -0,1 0,0 0,0 -0,3 0,1 0,1 0,1PIB dos Serv. de APU -0,9 -0,3 -0,2 -0,2 -0,4 -0,1 1,7 2,8 -0,3 -0,4 -0,2 -0,7 -0,5 -0,4 -0,2 0,5 -0,3 0,0 -0,7 0,7PIB da Indstria 7,6 -0,4 -0,1 3,6 0,1 0,9 1,5 -9,5 -0,1 -3,6 -0,3 0,3 -2,3 -0,4 0,0 2,5 0,3 0,0 1,5 -1,5PIB da Agropecuria 0,7 0,4 0,1 1,6 0,6 0,4 3,9 -0,5 0,0 -0,9 0,3 0,3 0,3 0,4 0,5 -6,1 -2,8 0,8 4,6 -4,6Fonte: IBGE / Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerncia de Contas Regionais e Indicadores.Notas: 1) PIB dos Servios = PIB dos Servios sem Administrao Pblica + PIB dos Servios da Administrao Pblica; 2) APU = Administrao Pblica; 3) A coluna nosoma 100% em cada ano pois os impostos no foram considerados, ou seja: PIB = PIB dos Servios + PIB da Indstria + PIB da Agropecuria + Impostos; 4) A linha fecha100%.

  • 27

    Tabela 6 - PIB per capita nas microrregies e metades norte e sul de Gois 1999 - 2009 (R$ - valores correntes)

    Ano/Classif.

    Microrregies

    1999

    Cla

    ssif.

    2000

    Cla

    ssif.

    2002

    Cla

    ssif.

    2004

    Cla

    ssif.

    2005

    Cla

    ssif.

    2006

    Cla

    ssif.

    2007

    Cla

    ssif.

    2008

    Cla

    ssif.

    2009

    Cla

    ssif.

    2010

    Cla

    ssif.

    Anpolis 4.317 7 4.963 7 6.184 9 7.290 10 7.786 10 9.820 9 11.700 7 14.873 5 18.651 4 22.637 4Anicuns 3.166 11 4.006 11 5.421 11 6.382 13 6.878 12 8.489 10 10.117 9 10.103 11 11.175 11 12.075 12Aragaras 2.315 15 2.907 15 4.240 14 5.817 14 6.074 15 6.357 15 6.915 16 7.701 15 8.302 15 9.794 16Catalo 7.366 2 10.136 1 15.367 1 24.127 1 24.780 1 25.572 1 29.238 1 31.574 1 35.424 1 37.952 1Ceres 2.677 13 3.310 13 4.685 13 5.675 15 6.722 14 7.621 12 8.870 14 8.393 14 9.338 14 11.050 15Chapada dos Veadeiros 1.921 17 2.554 16 3.417 16 6.456 12 6.787 13 6.895 14 9.323 11 9.571 12 9.779 13 11.706 14Entorno de Braslia 2.233 16 2.518 17 3.361 17 4.323 17 4.544 17 4.639 18 6.354 17 6.431 17 7.931 16 8.100 18Goinia 5.455 5 6.043 6 7.607 7 8.936 6 9.553 6 11.016 6 12.197 6 13.179 7 14.569 7 16.730 7Ipor 2.353 14 2.955 14 4.143 15 5.348 16 5.737 16 6.208 16 7.033 15 7.681 16 7.780 17 9.533 17Meia Ponte 5.407 6 6.473 5 9.160 5 11.999 5 11.684 5 12.791 4 14.178 4 15.917 4 17.646 5 18.364 6Pires do Rio 3.763 8 4.842 8 7.686 6 8.654 7 8.607 9 8.451 11 9.858 10 12.387 9 13.887 8 14.790 10Porangatu 3.558 9 4.324 9 6.114 10 7.821 9 8.638 8 10.022 8 9.132 12 13.063 8 12.845 10 16.529 8Quirinpolis 7.662 1 8.859 2 15.073 2 17.893 2 15.866 2 16.693 2 20.185 2 25.722 2 26.608 2 25.840 2Rio Vermelho 2.952 12 3.653 12 5.272 12 6.819 11 7.093 11 7.513 13 9.031 13 9.336 13 10.023 12 11.826 13So Miguel do Araguaia 3.395 10 4.249 10 6.235 8 8.291 8 9.196 7 10.628 7 11.387 8 11.946 10 12.898 9 14.271 11Sudoeste de Gois 6.953 3 8.080 3 13.082 3 15.495 3 14.417 3 14.531 3 16.651 3 19.740 3 23.025 3 23.073 3Vale do Rio dos Bois 5.604 4 6.683 4 9.629 4 12.638 4 12.090 4 12.188 5 13.153 5 14.735 6 16.793 6 19.362 5Vo do Paran 1.621 18 1.899 18 2.796 18 4.260 18 4.506 18 5.100 17 5.581 18 6.077 18 3.372 18 7.090 19Metade Norte 2.484 2.981 4.082 5.223 5.631 6.207 7.793 8.153 8.653 - 10.160Metade Sul 5.118 5.878 8.019 9.806 10.034 11.114 12.638 14.257 16.110 - 18.053Total geral 4.475 5.180 7.078 8.718 8.992 9.956 11.548 12.879 14.447 - 16.252Fonte.: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO.Elaborao dos Autores

  • 28

    Grfico 3 - PIB per capita - Gois, Centro-Oeste e Brasil 1995 - 2010 (valores correntes)

    0

    2500

    5000

    7500

    10000

    12500

    15000

    17500

    20000

    22500

    25000

    27500

    1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Centro-Oeste Gois Brasil

    Fonte.: IBGE / Instituto Mauro Borges / Segplan-GOElaborao dos Autores

    Grfico 4 Relao do PIB per capita - Gois, Centro-Oeste e Brasil 1995 2010 (%)

    79% 78% 77%75%

    78%

    82% 81%79%

    78% 77%80%

    82% 81%78%

    76%79%

    57% 57% 56% 56% 55%

    62% 63%

    67%65%

    63% 62%64% 65% 63% 65%

    65%

    50%

    55%

    60%

    65%

    70%

    75%

    80%

    85%

    1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Gois/Centro-Oeste Gois/Brasil

    Fonte.: IBGE / Instituto Mauro Borges / Segplan-GO.Elaborao dos Autores

  • 29

    5 - A DINMICA POPULACIONAL EM GOIS5

    Desde o Censo Demogrfico de 1991 houve em Gois um incremento populacionalde 49,39%, valor muito acima do ndice nacional de 29,92% (Tabela 7). Em termos nacionaisGois respondia em 1991 por 2,74% de toda a populao brasileira. Em 2000, este ndicepassou para 2,95% e agora, com o Censo 2010 esta proporo saltou para 3,15%. Com relaoao Centro-Oeste, a populao goiana representa 43% de todo o contingente demogrfico daregio.

    Tabela 7 - Populao residente de Gois, Centro-Oeste e Brasil (1991, 2000 e 2010)Ano Varivel Brasil Centro - Oeste Gois1991 Habitantes 146.825.475 9.412.242 4.018.903Part (%) 100 6,41 2,742000 Habitantes 169.799.170 11.616.745 5.003.228Part (%) 100 6,84 2,952010 Habitantes 190.755.799 14.058.094 6.003.788Part (%) 100 7,37 3,15

    Variao (%) 1991/2010 29,92 49,36 49,39Fonte: IBGE/Censos Demogrficos

    A taxa geomtrica de crescimento registrada nas ltimas dcadas est acima dondice nacional. De 1991 para 2000 a taxa geomtrica de crescimento anual do Brasil foi de1,64%, enquanto a taxa de Gois chegou a 2,49%. J no perodo de 2000/2010 o crescimentogeomtrico anual brasileiro foi de 1,17% e o ndice goiano registrou 1,84% (Grfico 5). Entreos censos demogrficos do IBGE de 2000 e 2010, a populao do estado de Gois cresceu20% passando de 5.003.228 para 6.003.788 habitantes (Tabela 7).

    Cabe observar que o alto crescimento geomtrico populacional de Gois pode serexplicado por dois fatores: 1) a taxa de natalidade e, 2) o grande saldo de migrantes. Deacordo com a Pesquisa Nacional de Amostra de Domiclios PNAD - 2009, Gois apresentoua quinta menor taxa de fecundidade do pas, de 1,84 crianas por mulher (Grfico 6). Apesarda taxa de fecundidade ser menor que a do Brasil (1,94) e da regio Centro Oeste (1,93),Gois o 8 maior no ranking de crescimento geomtrico populacional. Essa situaoencontra explicao no fluxo migratrio brasileiro. Em 2000, o estado de So Paulo ocupavao primeiro lugar entre as unidades federativas quando se analisava o saldo lquido migratrio

    5 Tpico baseado no estudo do IMB Dinmica Populacional de Gois dos autores ARRIEL, SOUZA eROMANATTO (2011) disponvel em www.imb.go.gov.br.

  • 30

    (Tabela 8) que a diferena entre os migrantes que saem do estado e os que chegam, sendoque Gois ocupava a 2 posio. Nas duas ltimas comparaes realizadas pelo IBGE quecorrespondem aos perodos de 2000/2004 e 2004/2009 Gois passou a liderar, sendo que noltimo perodo alcanou o saldo lquido migratrio de 129 mil pessoas. Entre os anos 2004 e2009 chegaram ao estado de Gois mais de 264 mil migrantes e saram aproximadamente nomesmo intervalo 135 mil.

    Cabe observar que o acrscimo mdio populacional no perodo de 2004 a 2009 de418.055 habitantes, sendo que destes mais de 129 mil habitantes (31%) so creditados aosaldo lquido migratrio (Grfico 7).

    Quanto s migraes intra-regionais, ou seja, dentro da prpria regio Centro-Oeste,em 2000 foram pouco mais de 227 mil migrantes, sendo pertinente evidenciar que nessemovimento ocorreu o deslocamento de muitos brasileiros do Distrito Federal para Gois.Muitos desses migrantes saem de Braslia em direo aos municpios goianos que compem aRegio do Entorno de Braslia para estabeleceram suas residncias em detrimento do altocusto de vida da capital federal.

    Tabela 8 - Imigrantes, emigrantes e saldo lquido migratrio, segundo as unidades dafederao (2000, 2004 e 2009)Unidades daFederao

    2000 2004 2009Imigrantes Emigrantes Saldo lquido

    migratrio Imigrantes EmigrantesSaldo lquido

    migratrio Imigrantes EmigrantesSaldo lquido

    migratrio

    Acre 13.634 16.070 -2.436 14.777 13.212 1.565 13.059 13.026 33

    Amazonas 89.627 58.657 30.970 64.001 52.928 11.073 63.102 35.594 27.508

    Alagoas 55.966 127.948 -71.982 81.318 85.668 -4.350 43.936 80.757 -36.821

    Amap 44.582 15.113 29.469 32.525 18.281 14.244 19.987 11.073 8.914

    Bahia 250.571 518.036 -267.465 290.343 378.618 -88.275 203.885 312.211 -108.326

    Cear 162.925 186.710 -23.785 141.680 120.574 21.106 93.740 98.073 -4.333

    Distrito Federal 216.200 188.577 27.623 152.073 199.982 -47.909 149.903 138.037 11.866

    Esprito Santo 129.169 95.168 34.001 107.132 108.669 -1.537 107.421 54.674 52.747

    Gois 372.702 169.900 202.802 315.571 168.574 146.997 264.087 135.031 129.056Maranho 100.816 274.469 -173.653 180.924 258.016 -77.092 125.387 154.859 -29.472

    Mato Grosso 166.299 123.724 42.575 192.691 81.011 111.680 78.627 90.654 -12.027

    Mato Grosso Sul 97.709 108.738 -11.029 90.071 97.271 -7.200 57.900 50.205 7.695

    Minas Gerais 447.782 408.658 39.124 429.438 398.460 30.978 288.373 276.196 12.177

    Par 182.043 234.239 -52.196 235.111 187.426 47.685 118.292 160.200 -41.908

    Paraba 102.005 163.485 -61.480 138.328 95.857 42.471 74.291 70.917 3.374

    Paran 297.311 336.998 -39.687 260.478 271.182 -10.704 203.613 171.868 31.745

    Pernambuco 164.871 280.290 -115.419 179.932 204.868 -24.936 100.769 107.334 -6.565

    Piau 88.740 140.815 -52.075 119.646 113.952 5.694 74.798 104.822 -30.024

  • 31

    Unidades daFederao

    2000 2004 2009Imigrantes Emigrantes Saldo lquido

    migratrio Imigrantes EmigrantesSaldo lquido

    migratrio Imigrantes EmigrantesSaldo lquido

    migratrio

    Rio de Janeiro 319.749 274.213 45.536 166.036 255.653 -89.617 141.459 165.522 -24.063

    Rio Gr.do Norte 77.916 71.287 6.629 73.494 37.284 36.210 60.182 37.047 23.135

    Rio Grande Sul 113.395 152.890 -39.495 116.643 146.372 -29.729 90.636 104.016 -13.380

    Rondnia 83.325 72.735 10.590 49.046 55.239 -6.193 34.249 32.206 2.043

    Roraima 47.752 14.379 33.373 38.384 13.325 25.059 15.351 14.675 676

    Santa Catarina 199.653 139.667 59.986 214.287 139.268 75.019 194.033 113.545 80.488

    So Paulo 1.223.811 883.885 339.926 823.557 978.689 -155.132 535.376 588.652 -53.276

    Sergipe 52.111 56.928 -4.817 45.843 43.258 2.585 37.736 36.573 1.163

    Tocantins 95.430 82.515 12.915 82.312 112.004 -29.692 50.491 82.916 -32.425Fonte: IBGE

    Grfico 5 - Taxa de crescimento populacional 2000/2010 (%)

    3,4 3,4

    2,8

    2,3 2,2 2,1 1,9 1,8 1,8 1,7 1,6 1,5 1,5 1,3 1,3 1,3 1,2 1,1 1,1 1,1 1,0 0,9 0,9 0,9 0,9 0,70,5

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    3,5

    4,0

    AP RR AC DF AM PA MT GO TO MS SC MA SE RN CE ES RO SP PE RJ AL PI MG PB PR BA RS

    Fonte : IBGE

    Grfico 6 - Taxa de Fecundidade 2009 (%)

    3,0 2,92,6 2,5 2,4 2,3 2,3 2,3 2,3 2,3 2,2 2,2 2,1 2,1 2,1 2,1 1,9 1,9 1,9 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,7 1,6

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    3,5

    AC AP TO PA AM MT RO MA AL PB RR CE RN SC PE PI RS ES BA DF PR SE GO MS SP MG RJ

    Fonte : IBGE

  • 32

    Grfico 7 - Saldo lquido migratrio 2004 e 2009 (mil hab)

    Fonte : IBGE

    6 - A POPULAO PELAS MICRORREGIES E PRINCIPAIS MUNICPIOS DOESTADO DE GOIS

    Com relao populao total, percebe-se que a microrregio do Entorno de Brasliafoi a que mais ganhou participao nos ltimos trinta anos (9,2%), saltando de 8,3% em 1980para 17,5% em 2010. Na sequncia vem a microrregio de Goinia (7,6%), passando de27,7% para 35,3%. Por fim, um pequeno ganho da Sudoeste (0,2%), praticamente estvel(Tabela 9). Todas as demais Microrregies perderam participao populacional. Dividindo-seo Estado em metade sul e metade norte, nota-se que a segunda perdeu 3,9% para a primeira. Ocontingente populacional da metade sul, alm de ser maior, obteve ganhos em relao ametade norte.

    Distribuio/Participao da populao total, por microrregies e metade sul/norte -anos selecionados (%)

    129

    80

    5332 28 23

    12 12 9 8 3 2 1 1 0

    -4 -7-12

    -13-24-29-30 -32-37 -42

    -53

    -108-150

    -100

    -50

    0

    50

    100

    150G

    O SC ES PR AM RN

    MG DF

    AP

    MS

    PB RO SE RR AC CE PE MG RS RJ

    MA PI TO AL PA SP

    BA

  • 33

    Tabela 9 - Distribuio/Participao da populao total, por microrregies e metadesul/norte - anos selecionados (%)Microrregies 1980 1991 2000 2002 2004 2006 2008 2010 Diferena2010 1980Anpolis 11,2 10,0 9,3 9,2 9,0 8,9 9,1 9,0 -2,2Anicuns 3,3 2,5 2,0 2,0 1,9 1,8 1,8 1,8 -1,4Aragaras 1,5 1,3 1,1 1,0 1,0 0,9 0,9 0,9 -0,6Catalo 2,9 2,6 2,4 2,3 2,3 2,2 2,4 2,5 -0,4Ceres 6,1 5,2 4,2 4,1 3,9 3,8 3,8 3,9 -2,2Chapada dos Veadeiros 1,3 1,2 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,0 -0,2Entorno de Braslia 8,3 11,8 16,3 17,0 18,0 18,6 17,2 17,5 9,2Goinia 27,7 31,6 33,9 34,2 34,7 35,0 35,7 35,3 7,6Ipor 2,1 1,6 1,2 1,2 1,1 1,1 1,0 1,0 -1,1Meia Ponte 7,5 6,6 6,3 6,2 6,1 6,1 6,0 6,0 -1,4Pires do Rio 2,2 1,9 1,7 1,7 1,7 1,6 1,6 1,6 -0,7Porangatu 6,4 6,0 4,5 4,3 4,0 3,8 3,9 3,9 -2,5Quirinpolis 2,8 2,2 1,9 1,8 1,7 1,7 1,7 1,8 -0,9Rio Vermelho 2,8 2,2 1,8 1,8 1,7 1,6 1,5 1,5 -1,3So Miguel do Araguaia 2,0 1,8 1,5 1,4 1,4 1,3 1,4 1,3 -0,7Sudoeste de Gois 7,2 7,1 6,9 6,8 6,8 6,7 7,1 7,4 0,2Vale do Rio dos Bois 2,6 2,2 2,0 2,0 2,0 1,9 1,9 1,9 -0,7Vo do Paran 2,2 2,1 1,8 1,8 1,7 1,7 1,8 1,8 -0,4Metade Norte 26,7 25,2 24,1 24,0 23,7 23,6 22,6 22,8 -3,9Metade Sul 73,3 74,8 75,9 76,0 76,3 76,4 77,4 77,2 3,9Total geral 100 100 100 100 100 100 100 100Fonte: IBGE - Censos Demogrficos de 1980, 1991, 2000 e 2010 e estimativas para os anos de 2002, 2004, 2006e 2008.Elaborao dos Autores.

    Tambm, digno de nota que os dez maiores municpios em populao detm 50,6%da populao do Estado, sendo que destes, cinco pertencem Microrregio do Entorno doDistrito Federal (Luzinia (2,9%), guas Lindas de Gois (2,7%), Valparaso de Gois(2,2%), Formosa (1,7%) e Novo Gama (1,6%), todos eles representam 11% do total dapopulao estadual. Ademais, trs municpios so da Microrregio de Goinia, sendo aprpria capital (21,7%), Aparecida de Goinia (7,6%) e Trindade (1,7%), representando estes,31% do total da populao estadual. Junta-se a esses os municpios de Anpolis e Rio Verdecom5,6% e 2,9% da populao do Estado (Tabela 10).

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    Tabela 10 - Populao dos 10 maiores municpios de Gois - 2010Municpio Populao Microrregio Part. (%) estadual

    Goinia 1.302.001 Goinia 21,7Aparecida de Goinia 455.657 Goinia 7,6Anpolis 334.613 Anpolis 5,6Rio Verde 176.424 Sudoeste de Gois 2,9Luzinia 174.531 Entorno de Braslia 2,9guas Lindas de Gois 159.378 Entorno de Braslia 2,7Valparaso de Gois 132.982 Entorno de Braslia 2,2Trindade 104.488 Goinia 1,7Formosa 100.085 Entorno de Braslia 1,7Novo Gama 95.018 Entorno de Braslia 1,6Demais Municpios 2.968.611 49,5Total 6.003.788 50,6Fonte: IBGE/Censo Demogrfico 2010Elaborao dos Autores.

    7 - AS EXPORTAES GOIANAS

    de grande importncia o comrcio exterior para a economia goiana. Estima-se que,em 2012, as exportaes corresponderam a 13% do PIB do Estado. Mas, muito dessaparticipao se deve ao bom momento dos preos internacionais das commodities exportadas.

    Atualmente, Gois registra recordes nos fluxos de comrcio (Grfico 8). Em 2012 asexportaes alcanaram mais de US$ 7,13 bilhes, as importaes mais de U$ 5,12 bilhes,ocorrendo um fluxo de comrcio de US$ 12,3 bilhes. O aumento do fluxo comercial resultounum saldo de US$ 2,01 bilhes.

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    Grfico 8 - Balana comercial de Gois - 2000 - 2012 (US$ FOB)

    Fonte: MDIC; Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerncia de Sistematizao e Disseminao deInformaes SocioeconmicasElaborao dos autores.

    Contudo, a pauta de exportaes de Gois se restringe a produtos primrios. Namdia, entre 1990 e 2012, 74% das exportaes foram de produtos primrios e 26% deindustrializados (Tabela 11).

    De acordo com dados do MDIC/SECEX, historicamente a pauta de exportaesgoianas depende basicamente de trs produtos: soja, carne e minrio (Tabela 12). Em 1996, ocomplexo carne tinha participao de 0,5% do volume exportado e de 3,8% da receita, em2012 passou a ser de 4,7% para volume e de 20,5% para receita, ou seja, ocorreram ganhos departicipao. O complexo da soja participava com 82,8% do volume em 1996 e 47,4% dareceita; em 2012 passou a ser de 45,1% e 32,1%, respectivamente, ou seja, perdeuparticipao. O complexo de minrio tinha participao de 9,7% em volume e 32,8% emreceita em 1996; em 2012 passou a ser de 6,5% e 18,5%, respectivamente. Percebe-se que ocomplexo da soja e o de minrio perderam participao para o complexo da carne. Tambmhouve aumento em volume e receita das exportaes de outros produtos como acares emilho, este com 12,3% de participao em receita em 2012.

    -1.000.0000

    1.000.0002.000.0003.000.0004.000.0005.000.0006.000.0007.000.0008.000.0009.000.000

    10.000.00011.000.00012.000.00013.000.000

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Exportao Importao Saldo Corrente de Comrcio

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    Tabela 11 - Exportaes por fator agregado de Gois 1990 - 2012 (US$ 1.000 FOB)Ano Total Primrios % Industrializados(A+B) %

    Semimanufaturados(A)

    Manufaturados(B)

    Operaesespeciais

    1990 202.199 151.524 75 50.675 25 46.173 4.502 -1991 237.795 184.814 78 52.976 22 48.862 4.114 51992 217.664 156.408 72 61.221 28 47.072 14.149 351993 248.606 168.748 68 79.857 32 56.251 23.606 11994 353.052 249.699 71 103.322 29 72.747 30.575 311995 248.655 128.794 52 119.860 48 92.792 27.068 11996 387.007 240.307 62 146.701 38 116.716 29.984 -1997 475.659 318.756 67 156.884 33 125.899 30.985 181998 381.669 254.930 67 126.721 33 97.978 28.743 191999 325.891 205.171 63 120.698 37 94.816 25.882 222000 544.864 404.071 74 140.793 26 114.876 25.916 -2001 595.271 425.463 71 169.808 29 136.565 33.243 -2002 649.314 471.389 73 177.895 27 149.804 28.090 312003 1.103.187 900.729 82 202.456 18 162.098 40.359 12004 1.413.115 1.175.604 83 237.511 17 168.431 69.080 12005 1.817.393 1.519.953 84 297.440 16 185.833 111.607 -2006 2.093.111 1.696.335 81 396.776 19 291.419 105.357 -2007 3.184.780 2.653.106 83 530.301 17 331.804 198.496 1.3742008 4.090.520 3.486.599 85 603.427 15 360.112 243.314 4952009 3.614.964 2.894.523 80 720.208 20 526.976 193.232 2332010 4.044.661 3.240.858 80 803.570 20 556.368 247.202 2332011 5.605.193 4.206.628 75 1.398.565 25 908.557 490.007 02012 7.135.690 5.517.346 77 1.618.188 23 1.315.206 302.982 156Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio ExteriorElaborao: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerncia de Sistematizao e Disseminao de InformaesSocioeconmicas, 2013Nota: Dados preliminares a partir de 1997.

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    Tabela 12 - Principais produtos exportados de Gois 1996, 2001, 2005 e 2012

    Produtos

    1996 2001 2005 2012

    Volume(t) %

    US$FOB(Mil)

    % Volume(t) %US$FOB(Mil)

    % Volume(t) %US$FOB(Mil)

    % Volume (t) % US$ FOB(Mil) %

    Complexo Carne 4.585 0,5 14.868 3,8 58.312 3,2 98.491 16,5 221.824 4,2 380.846 21 464.848 4,7 1.460.821 20,5Carne bovina 4.585 14.868 46.459 83.357 112.554 248.026 166.503 1,7 784.454 11,0Carne avcola - - 4.864 5.423 88.744 93.494 70.432 0,7 191.331 2,7Carne suna - - 6.982 9.673 20.525 39.322 221.486 2,2 468.081 6,6Outras carnes - - 7 38 0,24 4 6.427 0,1 16.955 0,2

    Complexo soja 764.673 82,8 183.409 47,4 1.572.619 85,3 287.615 48,3 4.509.454 85,7 1.025.285 56 4.463.750 45,1 2.287.401 32,1Complexo minrio 89.265 9,7 126.975 32,8 61.482 3,3 124.617 20,9 153.312 2,9 157.534 9 644.401 6,5 1.320.011 18,5

    Ouro 4 44.652 6 54.005 3 45.920 1 0,0 33.278 0,5Amianto 78.294 34.791 53.918 21.215 143.619 43.414 150.829 1,5 103.359 1,4Sulfetos de min. decobre - - - - - - 251.988 2,5 607.522 8,5

    Ferroligas 10.968 47.532 7.558 49.397 9.690 68.200 76.901 0,8 554.026 7,8Couros 5.880 0,6 14.532 3,8 6.241 0,3 18.723 3,1 17.089 0,3 49.333 3 61.089 0,6 263.479 3,7Acares 27.010 2,9 9.738 2,5 68.867 3,7 14.519 2,4 128.873 2,4 29.593 2 896.262 9,1 511.081 7,2Algodo 100 0,0 148 0,0 10.731 0,6 11.431 1,9 38.736 0,7 43.453 2 63.313 0,6 127.695 1,8Milho 511 0,1 363 0,1 178 0,0 171 0,0 8.243 0,2 6.840 0 3.147.687 31,8 877.664 12,3Veculos, suas partes eacessrios 416 0,0 6.783 0,1

    Leite e derivados 1.520 0,2 3.965 1,0 721 0,0 1.234 0,2 7.735 0,1 16.256 1 491 0,0 1.507 0,0Caf e especiarias 8 0,0 48 0,0 389 0,0 556 0,1 4.996 0,1 8.124 0 5.518 0,1 22.428 0,3Demais produtos 29.675 3,2 32.961 8,5 64.615 3,5 37.899 6,4 82.706 1,6 80.169 4 144.411 1,5 256.820 3,6TOTAL 923.226 100 387.007 100 1.844.158 100 595.271 100 5.260.700 100,0 1.817.393 100 9.892.187 100 7.135.690 100Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio ExteriorElaborao: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerncia de Sistematizao e Disseminao de Informaes Socioeconmicas, 2013

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    De modo geral, as receitas das exportaes goianas cresceram 169% nos anos 1990 e1.210% nos anos 2000 (Quadro 1). O aumento das receitas nos anos 2000 reflete duassituaes: 1) a expanso da produo para exportao e, 2) principalmente, a recuperao dospreos internacionais das commodities. A constatao disto se verifica no complexo carnes esoja, principalmente, onde o crescimento das receitas foi numa proporo muito maior que ade volume.

    Quadro 1 - Crescimento nominal da receita e do volume de exportados de GoisAnos Crescimento da Receita Crescimento do volume

    1990 a 2000 169% 185%2000 a 2012 1.210% 409%

    Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio ExteriorElaborao dos Autores

    Em 1996, em termos de receita, o principal comprador dos produtos goianos era aHolanda - Pases Baixos (Tabelas 13 e 14). Em 2010 eles continuam sendo um clienterepresentativo embora tenha perdido a primeira colocao para a China. Em 1996, a Chinaaparecia apenas na 21 posio em termos de receitas de exportao, hoje o pas para ondemais se exporta, tanto em volume, quanto em valor. Em 1996, os EUA eram o 3 em receita,em 2010 passaram a figurar na 14 colocao.

    A Rssia, ndia e Espanha so o 3, 4 e 5 colocados em termos de receitas para oestado de Gois. Esses pases tambm ganharam participao desde 1996, ano em quefiguravam na 7, 13 e a Rssia nem figura entre os 25 primeiros, respectivamente (Tabela14).

    O Ir, Arbia Saudita, Taiwan, Rssia, Emirados rabes Unidos, Finlndia, Chile,Malsia, Angola, Mxico e Marrocos aparecem entre os 25 maiores compradores dosprodutos goianos em 2012. Esses pases no figuravam em 1996 entre os 25 primeiros. Ouseja, houve mudana de 11 dos 25 pases maiores compradores nesses anos.

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    Tabela 13 - Principais mercados de exportao de Gois segundo volume e receita dasexportaes (1996, 2003 e 2010)

    Pases de DestinoVolume e Receita das Exportaes

    1996 2003 2012Volume

    (t)Receita (Em

    Mil US$)Volume

    (t)Receita (Em

    Mil US$)Volume

    (t)Receita (Em

    Mil US$)China 9.417 2.375,1 213.201 50.201,2 2.701.232 1.727.365Pases Baixos (Hol) 618.753 150.634,8 1.629.817 349.001,5 857.694 607.525Rssia 4.011 1.134,7 62.277 40.444,5 171.298 496.040ndia 26.768 13.954,8 23.846 9.205,7 295.171 383.027Espanha 9.011 5.240,0 170.854 44.928,4 256.688 252.668Japo 35.084 19.017,9 195.262 53.745,9 530.328 244.501Ir 2.373 722,5 32.702 13.421,3 561.520 220.919EUA 1.542 33.100,0 7.533 95.032,1 159.694 178.323Arbia Saudita 10 20,4 14.018 11.036,2 224.852 148.331Alemanha 5.558 19.762,4 340.300 103.600,5 219.669 146.332Reino Unido 29.421 33.388,6 85.385 30.480,6 157.581 123.102Tailndia 19.781 7.101,6 54.944 11.773,6 163.981 85.900Frana 25.502 7.591,7 256.046 49.964,7 93.547 53.053Argentina 17.290 14.407,0 19.198 8.135,4 6.563 16.559Portugal 6.095 8.775,5 36.930 10.404,4 28.928 14.448Outros pases 112.610 69.780,6 512.197 221.811,1 3.463.440 2.437.595TOTAL 923.226 387.007,5 3.654.510 1.103.187,2 9.892.187 7.135.690Fonte: Ministrio do Desenvolvimento Indstria e Comrcio Exterior/SECEXElaborao dos autores

    Tabela 14 - Ranking dos 25 principais mercados de destino das exportaes de Gois -1996, 2003 e 2004Ranking 1996 2003 2012Volume (t) Receita US$ Volume (t) Receita US$ Volume (t) Receita US$

    1 Holanda Holanda Holanda Holanda China China2 Japo Reino Unido Alemanha Alemanha Pases Baixos Pases Baixos3 Reino Unido EUA Frana EUA Coria do Sul Rssia4 ndia Alemanha China Japo Taiwan ndia5 Frana Japo Japo China Ir Espanha6 Tailndia Argentina Espanha Frana Japo Japo7 Argentina ndia Blgica Espanha Egito Coria do Sul8 Turquia Portugal Israel Rssia ndia Ir9 Coria do Sul Frana Reino Unido Reino Unido Espanha Hong Kong10 Irlanda Itlia Rssia Chile Arbia Saudita Estados Unidos11 China Tailndia Tailndia Israel Alemanha Taiwan12 Espanha Paraguai Itlia Blgica Marrocos Egito13 Hungria Espanha Portugal Itlia Malsia Arbia Saudita14 Portugal Coria do Sul Coria do Sul Hong Kong Rssia Alemanha15 Egito Hong Kong Ir Ir Tailndia Reino Unido16 Imen Venezuela Hong Kong Tailndia Estados Unidos Finlndia17 Indonsia Turquia ndia Ar. Saudita Reino Unido Itlia18 Alemanha Blgica Finlndia Portugal Arglia Chile

    19 Mxico Canad Angola AngolaEmirados rabesUnidos Venezuela

    20 Paraguai Irlanda Argentina Coria/Sul Franca Tailndia21 Rssia China Filipinas ndia Indonsia Em. r. Unidos22 Hong Kong Indonsia Indonsia Egito Venezuela Malsia

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    Ranking 1996 2003 2012Volume (t) Receita US$ Volume (t) Receita US$ Volume (t) Receita US$23 E. r. Unidos Egito Chile Argentina Nigria Angola24 Itlia Uruguai Ar. Saudita Paraguai Hong Kong Mxico25 Uruguai Hungria Arglia Finlndia Ilhas Cayman Marrocos

    Fonte: Ministrio do Desenvolvimento Indstria e Comrcio Exterior/SECEX.Elaborao dos autores.

    O comrcio exterior de Gois vem crescendo nas duas ltimas dcadas. Esseresultado decorrente do aumento das exportaes de commodities primrias que aindapodem ser potencializadas atravs da concluso da Ferrovia Norte-Sul. As estimativas dereduo do custo de exportao giram em torno de 30%.

    8 - ALGUMAS QUESTES SOCIOECONMICAS

    Em Gois, segundo estudos do IPEA calculados a partir das respostas PNAD, aparcela de domiclios com renda domiciliar per capita inferior linha de extrema pobreza6caiude 12,6% em proporo ao total de domiclios em 1981 para 3,43% em 2009, apresentandouma reduo de 109.592 domiclios para 62.3247.

    A proporo de domiclios pobres, com renda domiciliar per capita inferior a linha depobreza8, aqui considerada como sendo o dobro da linha da extrema pobreza, tambmapresentou reduo ao longo dos anos. Em 1981, 34,87% dos domiclios viviam com rendadomiciliar per capita abaixo da linha da pobreza e em 2009, este percentual foi reduzido para9,65%. Tendo em vista que houve reduo tanto no nvel de domiclios extremamente pobrese domiclios pobres, pode se afirmar que houve uma melhoria expressiva na melhoria de vidada populao e uma melhoria na distribuio de renda, havendo deslocamentos destas faixasde domiclios para faixas superiores.

    O nmero de pessoas residentes em domiclios extremamente pobres tambmreduziu. Em 1981, havia 673.130 pessoas em domiclios com renda domiciliar per capitainferior a linha de extrema pobreza, representando uma taxa de extrema pobreza de 16,84%

    6Domiclios com renda per capita inferior ao valor estimado de uma cesta de alimentos com o mnimo decalorias necessrias para suprir adequadamente uma pessoa, com base em recomendaes da FAO e da OMS.7Em 2009, a linha de extrema pobreza estimada para Gois era de R$ 83,54 a renda mdia per capita em zonaurbana e de R$ 73,35 na rea rural8 Em 2009, a linha de pobreza estimada para Gois era de R$ 167,07 a renda mdia per capita em zona urbana ede R$ 146,70 na rea rural.

  • 41

    da populao. Em 2009, este nmero caiu para 199.994, representando uma taxa de 3,47%. Aquantidade de pessoas pobres tambm apresentou reduo, caindo de 1.673.098 pessoas em1981 para 689.425 pessoas em 2009. Esse queda significou uma reduo de aproximadamente30% na taxa de pobreza do estado.

    Gois tem uma boa colocao dentre os Estados brasileiros com relao a proporode domiclios extremamente pobres e de domiclios pobres. O Estado tem a 9 menorproporo de domiclios em situao de extrema pobreza e a 7 menor de domiclios pobres.Situao semelhante com relao taxa de extrema pobreza, em que est na 7 posio e ataxa de pobreza, em que se encontra em 5 lugar.

    Entre 1981 e 2009, o grau de desigualdade de renda em Gois declinou de formaacentuada e contnua. Conforme o ndice de Gini9, entre 1981 e 2009 o grau de desigualdadede renda no Estado declinou 9,67%, passando de 0,565 para 0,510. Apesar de ser o 8 Estadocom menor coeficiente de Gini, Gois o segundo com maior reduo percentual no ndice deGini de 1981 para 2009, estando atrs apenas do Esprito Santo. Essa evoluo na distribuioda renda se deve em grande parte ao crescimento econmico e a gerao de empregos bemcomo aos aumentos reais no salrio mnimo e da expanso das polticas de transferncia derenda.

    9 O ndice de Gini pode variar teoricamente desde 0, quando no h desigualdade (as rendas de todos osindivduos tm o mesmo valor), at 1, quando a desigualdade mxima (apenas um indivduo detm toda arenda da sociedade e a renda de todos os outros indivduos nula)

  • 42

    Grfico 9 - Evoluo do coeficiente de Gini e do ndice de Theil-T de Gois 1981 - 2009

    0,56

    0,57

    0,56

    0,570,58

    0,58

    0,59 0,610,64 0,61

    0,59

    0,590,56 0,58 0,55 0,58

    0,560,57 0,55

    0,53

    0,540,56

    0,510,52

    0,51 0,51

    0,640,65

    0,630,67

    0,71 0,70

    0,69

    0,78

    0,900,82

    0,91

    0,80

    0,63

    0,77

    0,63

    0,730,65

    0,700,63

    0,56

    0,66

    0,76

    0,540,59

    0,54 0,56

    0,00

    0,10

    0,20

    0,30

    0,40

    0,50

    0,60

    0,70

    0,80

    0,90

    1,00

    Gini Theil - T

    Fonte: Ipea. Srie calculada a partir das respostas PNAD/IBGE.

    O ndice Theil-T, que, do mesmo modo, mede o grau de desigualdade na distribuioda renda domiciliar per capita entre os indivduos, tambm apresentou reduo. Em 1981 ondice era de0,640 e em 2009 0,564, tendo em vista que, quanto mais prximo de zero, melhora igualdade na distribuio. A queda deste indicador foi de 11,80% sendo Gois o 7 estadocom melhor reduo na desigualdade.

    Apesar da queda dos ndices de Gini e Theil e na proporo de pobres eextremamente pobres, a distribuio de renda por outro lado, no coloca o estado de Gois emsituao privilegiada. Em 2009, a renda de 17,05% da populao mais pobre somada era iguala renda de apenas 1% dos mais ricos. Este panorama teve pouca melhora ao longo dos anos,pois em 1981 este percentual era de 21,41%. Gois apenas o 14 estado com a menorproporo de pobres com renda igual a 1% dos mais ricos.

    A desigualdade de renda goiana permanece elevada. A fatia da renda total apropriadapela parcela 1% mais rica da populao maior que a renda apropriada pelos 40% maispobres. Enquanto a parcela 1% mais rica possui 13,04% da renda total, os 40% da populaomais pobre possui apenas 12,29%. Alm disso, os 10% mais ricos se apropriam de 41,32% darenda, enquanto os 50% mais pobres se apropriam de apenas 17,97% (Grfico 10).

  • 43

    Grfico 10 - Evoluo da distribuio da renda de Gois 1981 - 2009

    50% mais pobres

    40% seguintes

    9% seguintes

    1% mais rico

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    80%

    90%

    100%

    50% mais pobres 40% seguintes 9% seguintes 1% mais rico

    Fonte: Ipea. Srie calculada a partir das respostas Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (Pnad/IBGE).Elaborao dos autores

    Outro modo que podemos utilizar para a visualizao do declnio dessa desigualdade por meio da curva de Lorenz. No Grfico 11, abaixo, pode ser observado que, apesar depequeno, h um deslocamento da curva em direo a situao de equilbrio.

    Grfico 11 - Curva de Lorenz de Gois 1981 - 2009

    Fonte: Ipea. Srie calculada a partir das respostas Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (Pnad/IBGE).

    0102030405060708090

    100

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

    Distribuio Igualitria 1981 2009

  • 44

    Ao analisarmos a renda per capita dos segmentos mais ricos e mais pobres dapopulao tambm nota-se o grau de desigualdade da populao goiana. Enquanto a rendamdia per capita da populao, de modo geral, era de R$ 697,1910 em 2009, o 1% dapopulao mais rica possua uma renda per capita mdia de R$ 9.091,94. Por outro lado, aparcela da populao pobre (acima do dobro da linha de pobreza) apresentava uma renda percapita de R$ 98,09 e a populao extremamente pobre tinha uma renda per capita de somenteR$ 31,33. Portanto, apesar de ocorrer uma pequena melhora na distribuio da renda noEstado, as disparidades ainda so exorbitantes.

    Mesma situao apresenta a distribuio do Produto Interno Bruto, que tambmmostra concentrao da renda gerada no Estado. Os dados do PIB Municipal para o ano de2010 registraram um PIB mdio de R$ 968,65 milhes (total do PIB estadual dividido pelonmero de municpios), sendo que 34 municpios estavam acima da mdia e 212 abaixo,caracterizando uma concentrao na gerao de renda no Estado, cujo PIB total foi de R$ 97,6bilhes naquele ano (Instituto Mauro Borges/Segplan-Go/Gerncia de Contas Regionais eIndicadores).

    Outra forma de verificar a concentrao na gerao da renda atravs da curva deLorenz para o PIB, valor adicionado da agropecuria, indstria e dos servios, representadosno Grfico 12. Nota-se que a produo menos concentrada na atividade da agropecuria,sendo a mais prxima da linha da perfeita igualdade. Esta atividade est bem espalhada portodos os municpios do Estado que apresenta um perfil voltado ao agronegcio. O inverso foiconstatado na atividade industrial, que teve maior concentrao entre os setores. O setor deServios mostrou-se menos concentrado que a indstria, mas ainda com grau de concentraobem maior que agropecuria (Instituto Mauro Borges/Segplan-Go/Gerncia de ContasRegionais e Indicadores).

    10 Renda mdia per capita com valores reais aos preos vigentes na realizao da ltima edio da pesquisa,atualizados conforme o deflator para rendimentos da PNAD apresentado pelo Ipeadata

  • 45

    Grfico 12 - Curva de Lorenz do PIB e do valor adicionado da agropecuria, indstria edos servios dos municpios goianos 2010

    Elaborao: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerncia /Gerncia de Contas Regionais e Indicadores

    Ainda, utilizando-se dos ndices de Gini, Theil e L-Theil para medir a concentraodo PIB dos Municpios na srie de 1999 a 2010, nota-se uma tendncia desconcentrao at2004 com pequena mudana a partir de ento (Grfico 13). Essa situao tambm vale para osgrandes setores, sendo que o agropecurio o menos concentrado e a indstria e o de serviosso bastante concentrado. Isso se deve ao setor de servios concentra 66% do valoradicionado do Estado em apenas dez municpios11, a indstria12 66,8% e a agropecuria1331%.

    11Goinia (33,5%), Aparecida de Goinia (6,9%), Anpolis (7,1%), Aparecida de Goinia (6,6%), SenadorCanedo (4,6%), Rio Verde (3,8%), Catalo (2,9%), Itumbiara (2,4%), Luzinia (2,0%), Jata (1,8%) e Valparasode Gois (1,3%).12Goinia ( 16,3%) %), Anpolis (14,8%), Catalo (7,3%), Rio Verde (5,7%), So Simo (5,3%), cujo parquefabril formado por indstrias do setor alimentcio, artefatos de cimento, metalurgia, medicamentos, entreoutros; Aparecida de Goinia (5,0%), cujo parque fabril formado por indstrias do setor alimentcio, artefatosde cimento, metalurgia, medicamentos, entre outros; Minau (3,0%), com indstria extrativa mineral e geraode energia eltrica; Luzinia (2,9%), com destaque para a presena de empreendimentos agroindustriais;Itumbiara (2,6%), que concentra indstrias processadoras de soja, algodo e milho, fabricao de etanol e acar,beneficiamento de sementes e fertilizantes; Alto Horizonte (2,3%), cujo destaque foi o beneficiamento de sulfetode minrio de cobre.13Cristalina (5,2%), Rio Verde (4,6%), Jata (4,5%), Chapado do Cu (3,7%), Ipameri (3,5%), Mineiros(2,7%), Luzinia (2,0%), Morrinhos (1,8%), Quirinpolis (1,5%) e Montividiu (1,5%).

  • 46

    Grfico 13 - Evoluo do coeficiente de Gini, Thei-T e L-Theil para o PIB de Gois 1999- 2010

    0,792

    0,786 0,787 0,781 0,773 0,776 0,7830,794 0,793 0,791 0,792 0,7930,814

    0,781 0,7670,740 0,709 0,721

    0,7460,781 0,777 0,770 0,768 0,771

    0,737 0,732 0,731 0,722 0,712 0,717 0,7240,738 0,737 0,734 0,739 0,740

    0,500

    0,550

    0,600

    0,650

    0,700

    0,750

    0,800

    0,850

    0,900

    0,950

    1,000

    1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Gini T- Theil L - Theil

    Fonte: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerncia de Contas Regionais e Indicadores. (PIB)Elaborao dos autores

    Assim, apesar da queda na proporo de pobres e extremamente pobres, adistribuio de renda para a populao ou a produo pelas regies do estado se apresentaextremamente concentrada, revelando que essa situao histrica no apresentou mudana nosltimos 20 anos.

    9 - A GERAO DE EMPREGOS PELAS REGIES DE GOIS

    Conforme trabalho do IMB (2012), as remuneraes do trabalho representam 36,4%do PIB pela tica da renda14.Com excepcional crescimento na ltima dcada, mdia anual de7% ao ano, o emprego formal vem contribuindo para o aumento da massa de remuneraesem Gois, sendo que, na dcada de 2000, esse crescimento se deu acima do ndice nacional(Grfico 14).

    14 Conforme a Tabela de Recursos e Usos de Gois para 2008, as remuneraes representam 36,4% do PIB pelatica da renda sendo que 29,7% por salrios e 6,7% com contribuies sociais

  • 47

    Grfico 14 - Evoluo do emprego formal em Gois e Brasil 1990 e 2011 (2000=100)

    100 100 101 106110

    118 121128 134

    140153

    168180

    190201

    217228

    244

    261278

    302319

    100

    99 96 100 102102 103 104

    106 108113 117

    124 127135

    143152

    162170

    178190

    200

    90

    150

    210

    270

    330Gois Brasil

    Fonte: RAIS - Relao Anual de Informaes Sociais/Ministrio do Trabalho e EmpregoElaborao dos autores

    Acompanhando a concentrao populacional e a da produo (PIB) a gerao deempregos tambm se restringe a alguns municpios ou microrregies do estado. As Tabelas15e 16 apresentam tal situao.

    A microrregio de Goinia, em mdia, responsvel pela admisso de mais dametade (50,8%) dos trabalhadores do Estado, no entanto o PIB representa apenas 36,3% doestado. Observa-se uma proporo na gerao de emprego maior que a de participao naproduo. Isso ocorre devido a proeminncia do setor de servios que gera grande quantidadede postos de trabalho com baixa remunerao. Refora tal situao o comrcio que tambmapresenta grande absoro de mo de obra com baixa remunerao.

    As desigualdades regionais do Estado tambm se apresentam quando se analisa asmicrorregies do Estado. Goinia, Anpolis, e a Sudoeste so responsveis, em mdia por69,2% da admisso de mo de obra; 59,4% do PIB e 51,7% da populao. Muito embora amicrorregio de Goinia venha perdendo participao na economia e na gerao de empregosdo Estado, ainda detm o maior peso nesses quesitos.

    Ainda, na metade norte so admitidos, em mdia, 14,3% dos trabalhadores e 85,7%na Metade Sul. Novamente e guardando grande correlao as variveis analisadas at aqui,nota-se grande concentrao na gerao de emprego na Metade Sul reforando as varveiscomo PIB e populao.

  • 48

    Analisando-se os setores econmicos pelas microrregies (Tabela 16) nota-se que halguma pulverizao das admisses j que, assim, privilegia-se o perfil produtivo de cadalocal. Por exemplo, na atividade extrativa mineral a microrregio de Porangatu, do Entorno deBraslia, de So Miguel do Araguaia e a do Vale do Rio dos Bois apresentam as maioresparticipaes mdias histricas. Ou seja, h uma alterao das microrregies quenormalmente detm as maiores participaes (Goinia, Anpolis, e a Sudoeste). O setoragropecurio tambm apresenta outras microrregies com participaes mdias como a doMeia Ponte, Ceres e Vale do Rio dos Bois.

    Quando se analisa a escolaridade do emprego nas atividades econmicas e nasmicrorregies (Tabela 17), nota-se que a de Goinia a grande absorvedora de mo de obraqualificada (nvel superior). No interior do estado destaca-se a de Anpolis que absorve umaparcela da mo de obra com melhor qualificao na indstria de transformao, comrcio econstruo civil, a do Sudoeste na agropecuria e a de Porangatu na atividade extrativamineral. Ainda, nota-se uma distribuio por todas as atividades e escolaridades namicrorregio de Goinia e Anpolis, as duas principais economias do Estado.

    Assim, da mesma maneira que muitas outras variveis econmicas ou no analisadasat aqui, o mercado de trabalho em Gois se restringe a, no mximo, trs das dezoitomicrorregies do Estado. Ou seja, a desigualdade pelo Estado de Gois notvel e a maioriada renda gerada se restringe s microrregies de Goinia, Anpolis, e a Sudoeste com osmunicpios de Goinia, Anpolis e Rio Verde, respectivamente.

  • 49

    Tabela 15 - Distribuio dos empregados admitidos nas microrregies e metade norte/sul de Gois (%) 1998 - 2012Microrregies 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 Mdia Part. Mdia do PIB1999-2010 (%)

    Anpolis 8,0 9,1 8,2 8,2 8,6 9,1 9,2 8,4 8,7 9,2Anicuns 0,9 1,5 1,5 1,4 1,3 1,3 1,3 1,1 1,4 1,5Aragaras 0,2 0,2 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,6Catalo 1,4 1,8 3,0 3,2 2,9 3,6 2,8 2,3 2,8 5,7Ceres 3,2 3,4 3,6 3,8 4,2 4,7 4,2 3,0 3,9 2,7Chapada dos Veadeiros 0,1 1,1 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,3 0,7Entorno de Braslia 5,2 5,6 6,4 6,5 6,6 6,2 7,4 7,7 6,6 8,6Goinia 63,2 56,7 54,2 50,0 50,1 46,7 49,3 51,5 50,8 37,1Ipor 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5 0,3 0,7Meia Ponte 5,3 5,5 6,3 6,9 6,4 7,1 6,7 6,7 6,7 7,8Pires do Rio 0,8 0,9 1,2 1,1 1,2 1,1 1,1 1,1 1,1 1,6Porangatu 1,6 1,3 1,9 1,9 1,7 2,0 2,5 1,7 1,9 3,8Quirinplis 0,9 0,8 0,8 1,3 1,5 2,1 1,8 1,6 1,5 3,2Rio Vermelho 0,4 0,5 0,6 0,5 0,6 0,5 0,5 0,6 0,6 1,2So Miguel do Araguaia 0,4 0,7 0,5 1,0 1,0 0,6 0,5 0,6 0,7 1,3

    Sudoeste de Gois 6,8 8,3 8,9 9,3 9,3 11,0 9,5 10,69,7 11,2

    Vale do Rio dos Bois 1,1 1,9 2,0 3,8 3,3 3,0 2,1 1,9 2,5 2,5Vo do Paran 0,3 0,5 0,2 0,3 0,5 0,4 0,4 0,3 0,4 0,8Metade Norte 8,1 9,5 9,5 10,4 10,7 10,8 11,4 9,6 10,3 14,3Metade Sul 91,9 90,5 90,5 89,6 89,3 89,2 88,6 90,4 89,7 85,7Total geral 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 - -Fonte.: Ministrio do Trabalho e Emprego, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED para empregados admitidos e Segplan/IMB para PIB (Produto InternoBruto)Elaborado pelo autor

  • 50

    Tabela 16 - Distribuio dos empregados admitidos nas microrregies por grandes setores - anos selecionados(continua)

    Microrregies

    Variveis Anp

    olis

    Ani

    cun

    s

    Ara

    gar

    as

    Cat

    al

    o

    Cer

    es

    Cha

    pada

    do

    sV

    eade

    iro

    s

    Ento

    rno

    de

    Bra

    slia

    Go

    in

    ia

    Ipo

    r

    Mei

    a Po

    nte

    Pire

    s do

    R

    io

    Pora

    nga

    tu

    Quir

    ino

    plis

    Rio

    Ver

    mel

    ho

    So

    M

    igu

    eldo

    A

    ragu

    aia

    Sudo

    este

    de

    Go

    is

    Val

    e do

    R

    iodo

    s Bo

    is

    Vo

    do

    Para

    n

    1996Extrativa mineral 2,5 0,3 1,7 12,6 0,3 2,1 6,9 44,3 0,5 2,6 0,5 5,0 0,4 0,1 10,0 5,3 4,5 0,4Indstria de transformao 12,5 2,9 0,2 1,9 5,8 0,1 4,9 49,6 4,0 3,9 1,0 1,7 0,9 0,6 0,2 5,2 4,6 0,1Ind. Transformao + Ext. Mineral 12,3 2,8 0,3 2,1 5,6 0,2 5,0 49,5 3,9 3,8 1,0 1,7 0,9 0,6 0,5 5,2 4,6 0,1Servios Ind. de Utilidade Pblica 4,6 0,4 1,1 0,6 1,2 1,0 2,4 73,1 - 5,9 0,7 1,1 1,2 0,1 0,5 4,7 0,9 0,5Construo Civil 4,6 0,4 0,0 1,1 0,3 12,0 1,2 68,3 0,0 6,4 0,1 2,7 0,2 0,0 0,1 2,0 0,4 0,2Comrcio 10,2 0,6 0,3 1,6 1,4 0,2 6,5 59,4 0,5 6,0 0,7 1,9 1,4 0,4 0,2 7,4 1,0 0,4Servios 9,2 1,0 0,2 1,1 1,9 0,2 5,3 64,5 0,3 6,0 0,6 1,1 0,9 0,3 0,2 6,2 0,8 0,2Administrao Pblica 0,8 0,5 0,1 5,2 0,1 0,3 7,0 58,8 0,1 13,3 - 8,2 0,9 0,1 0,1 2,8 1,7 -Agropecuria 4,6 0,2 0,6 1,3 7,5 0,3 5,1 24,1 0,2 5,3 3,8 0,8 2,6 0,9 1,9 34,1 5,8 1,1

    2000Extrativa mineral 2,4 3,4 1,7 3,7 6,4 1,6 23,7 19,0 2,2 4,5 3,7 9,4 0,0 1,2 4,1 4,4 6,3 2,1Indstria de transformao 16,2 3,8 0,2 2,2 4,3 0,1 3,9 50,5 0,3 5,0 1,3 0,8 1,3 0,9 1,0 6,9 1,3 0,1Ind. Transformao + Ext. Mineral 15,9 3,8 0,2 2,2 4,3 0,1 4,3 50,0 0,3 5,0 1,3 0,9 1,3 0,9 1,1 6,9 1,4 0,1Servios Ind. de Utilidade Pblica 13,3 0,4 0,0 0,1 1,3 0,0 13,9 61,9 0,4 1,1 0,5 2,6 0,0 0,8 1,6 1,8 0,1 0,2Construo Civil 8,6 0,5 0,1 1,1 1,4 6,4 2,9 68,0 0,1 2,7 0,2 1,9 0,2 0,5 1,2 3,5 0,4 0,4Comrcio 9,7 0,7 0,2 1,8 1,8 0,2 7,2 60,8 0,5 5,0 0,9 1,6 0,9 0,4 0,3 6,9 0,8 0,4Servios 6,4 0,4 0,1 1,8 0,9 0,2 5,3 71,9 0,2 5,0 0,7 1,4 0,3 0,3 0,2 3,7 0,9 0,2Administrao Pblica 1,2 2,1 0,0 0,0 0,0 0,9 5,4 76,6 0,0 4,8 1,5 0,0 0,3 0,0 0,0 2,7 3,9 0,6Agropecuria 2,9 2,9 0,7 2,7 14,0 0,6 12,1 5,7 0,5 11,3 1,5 1,3 2,1 1,5 1,0 28,0 9,4 1,9

    2005Extrativa mineral 3,0 3,7 0,9 4,1 1,7 0,8 17,2 18,7 3,0 2,5 0,6 26,4 0,3 0,0 5,1 4,6 4,7 2,9Indstria de transformao 13,5 5,3 0,0 3,1 9,4 0,0 3,8 37,0 0,3 6,4 1,3 1,0 1,3 0,7 1,0 9,7 6,0 0,1Ind. Transformao + Ext. Mineral 13,2 5,3 0,1 3,1 9,2 0,0 4,1 36,6 0,4 6,3 1,3 1,6 1,3 0,6 1,1 9,5 6,0 0,2Servios Ind. de Utilidade Pblica 2,6 0,1 - 1,2 1,6 0,9 14,9 60,8 1,0 4,2 0,3 3,3 0,2 0,7 0,1 5,3 2,3 0,5Construo Civil 7,0 1,1 1,8 2,6 0,7 0,1 5,8 63,8 0,1 4,9 0,2 3,1 2,2 0,2 0,3 4,9 0,5 0,9Comrcio 10,0 0,9 0,2 2,2 1,9 0,1 7,1 56,2 0,4 5,7 1,1 2,1 1,0 0,4 0,4 8,8 1,0 0,4

  • 51

    Tabela 16 - Distribuio dos empregados admitidos nas microrregies por grandes setores - anos selecionados(concluso)

    Microrregies

    Variveis Anp

    olis

    Ani

    cun

    s

    Ara

    gar

    as

    Cat

    al

    o

    Cer

    es

    Cha

    pada

    do

    sV

    eade

    iro

    s

    Ento

    rno

    de

    Bra

    slia

    Go

    in

    ia

    Ipo

    r

    Mei

    a Po

    nte

    Pire

    s do

    R

    io

    Pora

    nga

    tu

    Quir

    ino

    plis

    Rio

    Ver

    mel

    ho

    So

    M

    igu

    eldo

    A

    ragu

    aia

    Sudo

    este

    de

    Go

    is

    Val

    e do

    R

    iodo

    s Bo

    is

    Vo

    do

    Para

    n

    Servios 5,8 0,4 0,1 2,0 1,5 0,1 5,1 70,1 0,2 5,3 0,6 1,8 0,3 0,3 0,5 5,2 0,5 0,2Administrao Pblica 8,5 - - 4,5 0,6 - - 69,9 - 4,5 0,6 - 0,6 - - 10,8 - -Agropecuria 4,4 0,9 0,8 9,3 6,4 0,9 15,4 8,8 0,5 9,3 2,4 2,5 4,4 1,8 2,2 19,3 9,9 0,8

    2010Extrativa mineral 2,9 7,3 0,6 2,0 14,6 0,9 17,9 9,6 0,5 1,0 1,7 16,7 0,8 2,2 7,7 2,9 6,6 3,9Indstria de transformao 14,6 3,7 0,1 2,5 9,3 0,0 4,2 34,6 0,4 6,5 2,3 1,0 2,8 0,6 0,2 13,0 3,9 0,2Ind. Transformao + Ext. Mineral 14,4 3,7 0,1 2,5 9,4 0,0 4,5 34,1 0,4 6,4 2,3 1,3 2,8 0,6 0,4 12,8 3,9 0,3Servios Ind. de Utilidade Pblica 0,2 0,1 0,2 0,5 1,0 0,1 3,4 48,0 0,0 11,6 0,0 2,8 0,1 0,0 0,8 20,8 0,1 10,4Construo Civil 10,0 0,2 0,2 1,6 1,7 0,0 4,1 64,4 0,0 3,0 0,1 6,3 1,2 0,3 0,1 5,9 1,0 0,1Comrcio 9,7 0,8 0,2 2,8 2,5 0,3 8,1 53,9 0,4 6,4 0,9 2,1 1,2 0,5 0,5 8,6 0,8 0,4Servios 6,8 0,4 0,1 1,8 1,8 0,1 5,5 66,2 0,2 5,9 0,4 1,9 1,1 0,2 0,5 5,9 1,1 0,1Administrao Pblica 0,3 0,0 0,0 17,6 5,5 0,0 0,8 75,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,6 0,0 0,0Agropecuria 3,3 0,9 0,8 7,6 7,2 0,4 21,6 4,9 0,5 15,6 2,4 1,9 3,9 1,6 1,8 19,4 5,2 1,1

    Mdia 1996-2011Extrativa mineral 2,9 3,9 1,1 5,1 4,7 0,9 16,2 19,0 1,3 2,1 1,6 17,0 0,6 2,2 6,5 5,0 5,9 3,1Indstria de transformao 13,5 3,4 0,1 2,8 7,6 0,0 4,0 41,1 0,5 6,2 1,7 1,1 1,8 0,6 0,7 10,2 4,5 0,1Ind. Transformao + Ext. Mineral 13,3 3,4 0,1 2,8 7,5 0,1 4,3 40,7 0,5 6,1 1,7 1,4 1,8 0,6 0,9 10,1 4,5 0,2Servios Ind. de Utilidade Pblica 5,1 0,3 0,1 0,5 1,1 0,4 6,0 59,3 0,2 5,2 0,2 2,4 1,0 0,3 0,6 9,5 1,3 6,2Construo Civil 6,6 0,5 0,3 2,0 1,3 1,4