memorial do convento - cap. vi

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Maria Vieira

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VI capítulo

“ O padre Bartolomeu Lourenço e a

máquina voadora”

Memorial do

convento

Maria Vieira, 12ºA, nº6

Resumo do capítulo

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Reflexão sobre as leis comerciais em Portugal• Referência ao “perpétuo apetite que os

portugueses têm de pão” e a necessidade de importar trigo do estrangeiro (“trinta mil moios de pão que vêm da Irlanda”);

• Quando acaba por haver excesso de trigo, o preço baixa, mas as pessoas que lucram com este comércio são capazes de atear fogo aos celeiros de maneira a que o preço volte a aumentar;

• Os estrangeiros que vivem em Portugal estavam fartos de comer pão. Assim, eles produziam e traziam dos seus países os seus alimentos e vendiam-nos cá muito mais caros sendo difícil aos portugueses comprarem-nos (“ estrangeiros que se forram da nossa simplicidade e forram com ela os cofres, comprando a preços que nem sabemos e vendendo a outros que sabemos bem de mais, porque os pagamos com língua de palmo e a vida palmo a palmo.”)

Encontro do padre com Baltasar e a visita à Quinta

• O padre vinha do Paço onde tinha ido, por instância de Baltasar, pedir uma pensão de guerra para este. O padre compromete-se prontamente a dar “uma palavra a sua majestade” que o “distingue com a sua estima e proteção”, caso a resposta tarde a chegar;

• O padre e Baltasar têm ambos 26 anos, embora o padre pareça mais novo em virtude do rumo que a vida de cada um tomou;

• Baltasar pergunta ao padre a razão da sua alcunha (“O Voador”) e este diz-lhe que é por ter o sonho de um dia conseguir voar, dizendo até que já fez vários balões que levantaram voo. Bartolomeu, descrente que o Homem possa voar, diz-lhe que “voar balão não é o mesmo que voar homem”, e o padre contrapõe dizendo:

“ O homem primeiro tropeça, depois anda, depois

corre, um dia voará”

• Bartolomeu confessa a Baltasar que a sociedade não o

leva a sério, no entanto, tem o apoio e proteção de el-rei.

Este consentiu que o padre usasse a Quinta do duque de

Aveiro para fazer as suas experiências voadoras;

• Baltasar alerta o padre que a sua extravagante ideia de

voar poderá vir a ser paga na fogueira da Inquisição;

• Baltasar, hesitando, pergunta a Bartolomeu porque é

que Blimunda come pão antes de abrir os olhos pela

manhã. Este não lhe responde dizendo apenas que o

mistério de Blimunda é maior que o seu de querer voar.

• O padre aluga uma mula e vai até S. Sebastião da

Pedreira ver a passarola, nome que davam à sua

máquina de voar por desprezo. Baltasar decide ir com ele

até lá.

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• Quando chegam à Quinta, o padre, muito animado, mostra a Baltasar um desenho com o plano da sua passarola. Esta era composta por: velas: para cortar o vento; leme: para dirigir a barca, com a “mão e ciência

do piloto”; corpo: em forma de concha.

tubos do fole: para o caso de faltar o vento; asas: para equilibrar a barca; esferas: o padre não diz a sua função (“são

segredo meu, bastará que te diga que sem o que elas levarão dentro não voará a barca”)

teto de arames: nele serão penduradas as bolas de âmbar (que serão atraídas pela luz do sol);

bússola: para orientação; roldanas: para recolher e abrir as velas.

• O padre refere que precisa de alguém que o ajude na construção da passarola, pois para certas tarefas já lhe falta a força;

• Assim, pergunta a Baltasar se o quer vir ajudar;

• Baltasar hesita em aceitar a proposta pois acha que será inútil a sua ajuda por ser maneta;

• Bartolomeu refuta dizendo que há coisas que um gancho faz melhor do que uma mão, pois o gancho não sente dor, não se queima e diz ainda que “ maneta é Deus, e fez o Universo.”

• Baltasar fica confuso com a sua última explicação e o padre explica que nunca se fala da mão esquerda de Deus, é “à Sua mão direita, que se sentam os eleitos”, “à esquerda de Deus é o vazio, o nada, a ausência, portanto Deus é maneta;

• Assim, com esta explicação Baltasar decide ajudar o padre e diz:

“Se Deus é maneta e fez o universo, este homem sem mão pode atar a vela e o

arame que hão de voar.”

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Resumindo …

• Personagens intervenientes

® Baltasar Sete-Sóis;

® Padre Bartolomeu de Gusmão;

• Espaço físico:

® Lisboa (perto do Paço e Quinta do Duque de Aveiro)

• Assuntos abordados

® A necessidade de importação de trigo estrangeiro para saciar Lisboa;

® Enriquecimento dos estrangeiros à conta da simplicidade dos portugueses;

® Baltasar conhece o projeto da Passarola e aceita ajudar o padre Bartolomeu na sua construção.

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