a arte do século xx 4º termo
Post on 11-Jul-2015
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Para Janson, o termo Vanguarda para denominar a arte do século XX é insatisfatório.
Para ele, os artistas sempre reagiram ao mundo em mutação que os cerca, mas raramente chegaram a desafiar como no século XX, com um sentido tão veemente de causa pessoal.
Três correntes Expressionismo, Abstração e Fantasia (Janson,
p.357). Expressionismo- enfatiza a atitude emocional do
artista consigo próprio e com o mundo; Abstração:- enfatiza a construção formal da obra
de arte; Fantasia:- enfatiza o domínio da imaginação
principalmente em suas características irracionais e espontâneas.
Os sentimentos, e imaginação nas suas características irracionais e espontâneas estão em todas as obras de arte?
Sem a imaginação seriam óbvias, sem ordem seriam caóticas, sem o sentimento ficaríamos impassíveis diante delas.
Essas correntes não se excluem mutuamente e se inter-relacionam de muitas formas e a mesma obra pode pertencer a mais de uma corrente.
Cada corrente abrange uma série de abordagens, de realista a não figurativa.
Essas três correntes não correspondem a estilos específicos, mas a atitudes gerais.
O principal interesse da corrente expressionista é a comunidade humana.
A abstracionista, é a estrutura da realidade. A fantasia, o labirinto da mente humana
individual.
Os Fauves- (selvagens, feras). Estilo radical, com cores violentas e distorções ousadas. Abrigou estilos individuais e compartilhavam o sentido de liberação.
Matisse- líder dos fauves. Alegria da Vida- resumiu o espírito fauvista. Cromatismo uniforme, contornos pesados e cheio de ondulações-
Aproximação com a obra de gauguin- e cena pagã clássica.
Porque Matisse dialogou com esses artistas? Treinado na tradição acadêmica. Ele rompe na medida em que ordena ritmicamente
a linha e a cor, na disposição das figuras e objetos, nos espaços vazios, as proporções
Ali tudo tem uma função. Seus sentimentos voltaram-se unicamente para pintar que para ele, era uma experiência feliz e profunda. Conforme dizia, o objetivo da sua obra era dar prazer ao observador.
Usou as cores do arco Iris e o estilo livre e dinâmico dos fauvistas de Paris e criou um estilo inteiramente não-objetivo.
Títulos abstratos quanto sua forma. Seu objetivo era dotar a forma e a cor de um
significado puramente espiritual eliminado qualquer semelhança com o mundo físico (dizia ele).
Foi a teoria libertadora dos fauves que permitiu a Kandinsky pusesse sua teoria em prática.
Será que ele criou um estilo viável?
Abstrair significa separar-se, afastar-se. Faz parte de qualquer obra, que o artista saiba
disso ou não. É um processo não controlado e não era
consciente até o renascimento quando os artistas analisaram as formas da natureza na perspectiva da matemática.
Cézanne e Seurat foram os pioneiros na abstração do século XX. Porém seu criador foi Picasso.
Estimulado pelos fauvistas e pós-impressionistas Picasso abandona a fase azul e adota um estilo mais vigoroso.
Compartilhava seus pensamentos com Cézanne, Matisse, Gauguin, mas ele os via d de forma diferente.
Demoiselles d’Avignon- composição de natureza morta com cinco nus. Distorções angulares de figuras clássicas, disformes com características primitivas.
Não somente as proporções mas também a integridade orgânica são negados na obra mais assemelha-se ao um vidro quebrado.
Não dá para saber se são côncavas ou convexas, não podem ser vistas como uma imagem do exterior, possuem um mundo próprio composto de vácuos e sólidos.
Cubismo – disciplina formal de equilíbrio- natureza morta, retratos, nus.
Outros pintores viam no novo estilo uma afinidade especial com a precisão geométrica que os colocava em sintonia com o dinamismo dos tempos modernos.
Exaltava a beleza da máquina Umberto Boccioni- encontrou o meio de expressar o
novo sentido de tempo, espaço e energia no século XX.
Sugere o aspecto singular da experiência moderna. Movimento vibrante.
O abstracionismo se aplica mais a escolha dos elementos do quadro e à forma de combiná-los do que às próprias formas, já que elas são “pré fabricadas”.
O futurismo desaparece depois da primeira Guerra Mundial.
As influências do Cubismo e do Futurismo se projetam no movimento russo denominado Cubo-Futurismo ou Suprematismo.
A superfície agora era vista como o único transmissor de significados através da sua aparência.
Os elementos visuais e sua organização formal passaram a constituir o tema da obra de arte,.
Surgem as primeiras mulheres artistas- Liubov Popova. Foram vistas em situação de igualdade em um grau até então só atingido na Europa e nos Estados Unidos bem mais tarde.
Reduziu a arte ao mínimo de elementos possíveis. Em uma única forma repetida e dosi tons firmemente fixada à superfície do quadro, ele enfatizou a pintura como pintura mais radicalmente do que seus antecessores.
O movimento chega ao fim em 1920.
Ampliação radical do cubismo – não objetivo denominado Neoplasticismo.
The stijl –revista holandesa que defendia a ideia de Mondrian.
O estilo era o seu maior rigor- restringe suas telas às horizontais e verticais e os três tons primários mais o preto e o branco eliminando assim toda possibilidade de representação.
Ao contrário de Kandinsky não se empenhava na emoção lírica, seu objetivo era a realidade pura e a definia como equilíbrio através “ da harmonia de oposições desiguais, mas equivalentes”.
Usa listras pretas e retângulos coloridos, ao invés de fragmentos reconhecíveis do cotidiano.
Estava interessado nas relações e não em associações.
Crença de que a imaginação é mais importante que o mundo exterior.
Relaciona-se com a psicanálise que diz que as nossas mentes têm as mesmas características básicas e o mesmo é válido para a memória e para a imaginação.
Elas pertencem à parte inconsciente da mente onde as experiências são armazenadas queiramos ou não.
Exibiu o mundo dos sonhos nas suas imagens. Oníricos.
Seria um conto de fadas cubista que associa, como nos sonhos, lembranças de contos folclóricos russos, provérbios judeus e o campo russo em uma visão esplendorosa.
Chagall revive as experiências de sua infância e as formulou e reformulou durantes anos sem diminuir sua força.
Os contos de fadas de Klee- suiço-alemão são intencionais e contidos.
Influenciado pelo cubismo, mas a arte primitiva e os desenhos de crianças pequenas despertavam um interesse vital para ele.
Com linhas simples criou elementos elevados ao nível da arte, mantendo seu aspecto lúdico.
Para ele, a arte era uma linguagem de signos, de formas, de um som específico.
Klee estudou hieróglifos, signos mágicos e as inscrições das cavernas pré-históricas.
Marcel Duchamp- seguidor das pinturas fantásticas foi buscar Cézanne, o Cubismo e O Futurismo, superpondo fases sucessivas do movimento umas sobre as outras, como na fotografia de exposição múltipla.
Ao intitular uma imagem de uma máquina de “ A Noiva” somos desconcertados.
Será que o genocídio da primeira guerra haveria levado Duchamp ao desespero?
Surge o dadaísmo- seu objetivo era deixar claro ao público que os valores estéticos e morais haviam perdido seu significado diante da Guerra.
De a1916 a 1922 o dadaísmo pregava veementemente a antiarte e o absurdo.
Duchamp colocou sua assinatura e um título provocativo em readymades.
O acaso dadaísta.
Liderado por André Breton- puro automatismo psíquico... Que visa expressar... O verdadeiro processo do pensamento... Livre do exercício da razão e de qualquer propósito estético ou moral.
A teoria surrealista está carregada de conceitos tomados da psicanálise e sua retórica elaborada nem sempre deve ser levada a sério.
Criaram várias técnicas para solicitar e explorar o acaso.
Max Ernest o mais criativo às vezes se utilizava de colagens e “frottage”. O resultado possui realmente algumas características de um sonho nascido de uma imaginação profundamente romântica.
Possuem uma imaginação vigorosa- obras de Picasso tem afinidades com o surrealismo.
Miró- maior expoente- abstração biomórfica- desenhos fluídos e curvilíneos, ao invés d e geométricos. Tem sua própria vida e força.
Parecem transformar-se diante dos nossos olhos expandindo-se e contraindo-se como amebas.
Ele começou como cubista. Salvador Dali- o mais notório- expressa a
paranoia dos sonhos oníricos no qual o tempo e o tempo foram assustadoramente distorcidos da realidade.
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