1 riscos naturais e ordenamento do território perigosidade e vulnerabilidade lúcio cunha cegot –...
TRANSCRIPT
1
Riscos Naturais e Ordenamento do Território
Perigosidade e vulnerabilidade
Lúcio CunhaCEGOT – Departamento de Geografia – [email protected]
As imagens de 2010
• Angra dos Reis• Haiti• Madeira• França (Xyntia)• Chile• China• Islândia
2
Janeiro de 2010- chuvas anormais- deslizamentos e fluxos de terras- 75 mortos- 1000 desalojados
As imagens de 2010
• Angra dos Reis• Haiti• Madeira• França (Xyntia)• Chile• China• Islândia
3
12 de Janeiro- sismo: 7.0 Ritcher (10 Km de profundidade)- 230000 mortos
As imagens de 2010
• Angra dos Reis• Haiti• Madeira• França (Xyntia)• Chile• China• Islândia
4
20 Fevereiro- 43 mortos + 7 desaparecidos . 600 desalojados- 220 M€ de prejuízos
As imagens de 2010
• Angra dos Reis• Haiti• Madeira• França (Xyntia)• Chile• China• Islândia
5
28 de Fevereiro- Tempestade extratropical- Ventos fortes e chuvas violentas- 55 mortos (45 em França)
As imagens de 2010
• Angra dos Reis• Haiti• Madeira• França (Xyntia)• Chile• China• Islândia
6
27 de Fevereiro:- 795 mortos
As imagens de 2010
• Angra dos Reis• Haiti• Madeira• França (Xyntia)• Chile• China• Islândia
7
14 de Abril- Sismo: 7,1 Ritcher- C. 1000 mortos
As imagens de 2010
• Angra dos Reis• Haiti• Madeira• França (Xyntia)• Chile• China• Islândia
8
Que há de comum (ou de diferente) nestes casos
• Perigosidade (susceptibilidade dos territórios) - SIM
• Vulnerabilidade das populações e dos territórios - SIM
9
10
O conceito de risco utilizadoA importância da vulnerabilidade
•
• Tempo• • (Eventualidade)• (Probabilidade)•
• Perigosidade•
• “Aléa”
• “Hazard”•
•
• CRISE•
• (Catástrofe)•
•
• Espaço•
• (Susceptibilidade)•
•
• População • Exposta•
•
• Bens •
• Expostos•
•
•
• Vulnerabilidade•
•
• PERIGO•
•
• RISCO•
•
•
• Vulnerabilidade• Social•
11
O conceito de risco utilizado
•
• Tempo•
• (Eventualidade)•
• Perigosidade•
• “Aléa”
• “Hazard”•
•
• CRISE•
• (Catástrofe)•
•
• Espaço•
• (Susceptibilidade)•
•
• População • Exposta•
•
• Bens •
• Expostos•
•
•
• Vulnerabilidade•
•
• PERIGO•
•
• RISCO•
•
•
• Vulnerabilidade• Social•
Pre
ven
ção
Ges
tão
12
Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável
Objectivos:1 – Preparar Portugal para a “Sociedade do Conheci-
mento”;2 - Crescimento sustentável e competitividade à escala
global;3 – Melhor ambiente e valorização do património natural;4 - Mais equidade, igualdade de oportunidades e coesão
social;5 – Melhor conectividade internacional do país e
valorização equilibrada do território;6 – Papel activo de Portugal na construção europeia e na
cooperação internacional;7 – Uma administração pública mais eficiente e moder-
nizada.
13
Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável
Objectivo 3 – Prioridades estratégicas:…
3.7 – Gestão dos riscos naturais e tecnológicos mobilizando a participação da população interessada
Vectores estratégicos:
- melhoria da capacidade de monitorização e prevenção dos riscos sísmicos e gestão dos seus efeitos
- minimização das situações de risco nas áreas costeiras mais vulneráveis
- prevenção de impactes de outros riscos naturais e tecnológicos, designadamente cheias, secas e acidentes de poluição
- Educação ambiental e sensibilização da população….
- Mecanismos de acesso célere à informação e à justiça ambiental
…
14
Os riscos no PNPOT
Vulnerabilidade Social
15
Vulnerabilidade Social – nível de resistência e resiliência dos
indivíduos e comunidades quando expostos a processos ou
eventos perigosos. Integra duas componentes: criticidade e
capacidade de suporte.
Criticidade – Conjunto de características e comportamentos dos
indivíduos que podem contribuir para a ruptura do sistema e dos
recursos das comunidades que lhes permitem responder ou lidar
com cenários de desastre ou catástrofe.
Capacidade de suporte – conjunto de infra-estruturas territoriais
que permite à comunidade reagir em caso de desastre ou
catástrofe.
As 2 componentes da vulnerabili-dade social
16
GruposVariáveis
Iniciais Modelo Explicativas
Condições de construção 11 9 3
Demografia 11 7 2
Economia 26 13 9
Educação 8 3 2
Habitação 11 8 4
Justiça 6 0 0
Apoio Social 23 16 2
Total 96 56 22
Grupos Variáveis
Iniciais Modelo Explicativas
Edifícios 11 9 0
Protecção Civil 27 7 2
Economia 86 27 4
Saúde 10 10 3
Parque habitacional
11 8 1
Total 145 61 10
CriticidadeCapacidade de suporte
17
Criticidade Municipal em Portugal(escala nacional)
- Valores muito elevados em alguns
municípios no Norte de Portugal (baixo
poder económico da população);
- Valores elevados no interior (baixo poder
económico, parque habitacional e a
estrutura profissional da população activa);
- Valores baixos nas sedes de distrito;
- Valores muito baixos (Lisboa; Porto;
Braga; Coimbra; Algarve)
18
- Os valores mais baixos encontram-se localizados no Norte do país;
- Os valores mais elevados encontram-se no Interior
do país e na Região do Algarve;
- O fraco dinamismo económico (factor 1) de alguns
municípios do Norte e Centro contribui, em muito,
para que apresentem uma capacidade de suporte
muito baixa.
- O dinamismo económico (factor 1) e as farmácias
(factor 4) são decisivos para que alguns municípios
urbanos apresentem uma capacidade de suporte
muito elevada.
Capacidade de Suporte Municipal em Portugal
(escala nacional)
19
Um novo índice de avaliação da vulnerabilidade social (primeira abordagem)
VS = Criticidade x Cap. Suporte
- Os valores mais elevados encontram-se localizados no Norte do país;
- Os valores mais baixos encontram-se
um tanto dispersos:
- Principais centros urbanos
- Algarve
- Alto Alentejo
20
Os riscos no PROT Centro
Objectivos: Caracterizar e cartografar os diferentes tipos de riscos; Estabelecer sínteses à escala regional; Estabelecer as interacções com actividades
económicas, dinâmicas territoriais e perspectivas de desenvolvimento à escala regional
Participar no modelo de desenvolvimento territorial a apresentar
21
Os riscos no PROT Centro
22
Os riscos no PROT Centro Vulnerabilidade enquanto vector de territorialização
Suporte:Factores estruturantes:1 – Dinâmicas demográficas e equip. colectivos (20% Var. expl.)2 – Dinâmicas de desenvolvimento (9,6% Var. expl.)3 – Sector produtivo terciário (7,6% Var. expl.)4 – Activ. Laboral, qualificações e segurança prof. (7,2% Var. expl.)5 – Equipamentos sociais (5,8% Var. expl.)6 – Tipologia edificado (1960-90) (5,4% Var. expl.)
7 – Especialização industrial (3,5% Var. expl.)8 – Condições de higiene e saúde pública (3,5% Var. expl.)9 – Empregabilidade (3,5% Var. expl.)10 - Quadros superiores e empresários (3,4% Var. expl.)11 - Equipamentos hoteleiros (3,4% Var. expl.)12 - Tipologia do edificado (após 1991) (3,1% Var. expl.)13 - Outros equipamentos (3,0% Var. expl.)
23
Os riscos no PROT Centro Vulnerabilidade enquanto vector de territorialização
Susceptibilidade elevada a movimentos em massa, inundações e incêndios florestais
Susceptibilidade elevada a:
25
Torres Novas:Riscos Geomorfológicos e Sísmico
26
27
Classe de classificação
Área (%)
Muito Elevado 1,11Elevado 10,36Moderado 15,26Baixo 9,12Muito Baixo 64,14
28
29
Classe de classificação
Área (%)
Muito Elevado 0,63Elevado 5,79Moderado 10,34Baixo 31,48Muito Baixo 51,75
30
Classe de classificação
Área (%)
Muito Elevado 12,94Elevado 22,91Moderado 35,97Baixo 19,29Muito Baixo 8,90
31
32
Susceptibilidade Risco
Processo Natural
Elevada (%)
Muito Elevada
(%)
Elevado (%)
Muito Elevado
(%)
Sismos 7,8 2,5 10,36 1,11
Desabamentos 9,58 3,25 5,8 0,63
Deslizamentos e fluxos de terras e lama
15,87 10,34 19,05 4,64
Erosão hídrica 25,76 8,4 22,91 12,94
Conclusões: a importância das susceptibilidade e vulnerabilidadea importância da escala
33
1 - Escala nacionalIntegração dos riscos nas políticas de Ordenamento
- definição e espacialização dos principais processos perigosos- recomendações estratégicas e estruturais com vista à redução das
vulnerabilidades
2 - Escala regional Necessidade de monitorização e gestão integrada dos riscos naturais:
- na orla costeira- nas áreas protegidas- áreas de expansão urbana/industrial- áreas florestais- coordenação na prevenção, mitigação, emergência e socorro
34
3 – Escala municipal:As estratégias de desenvolvimento e ordenamento devem ter em
atenção as características e os riscos naturais a que o território está sujeito:
- Diferentes valorizações do território;- Condicionantes ao ordenamento;- Acções para redução das vulnerabilidades- A necessidade de consolidação das cidades (travar o crescimento e o
carácter difuso da zona de interface Urbano-Rural)