grécia antiga lúcio oliveira. a grécia (hélade) no século v a. c. a grécia localiza-se no sul...
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Grécia Antiga
Lúcio Oliveira
A Grécia (Hélade) no Século V a. C.
A Grécia localiza-se no Sul da Europa, no Mediterrâneo Oriental
Grécia Continental – Faz parte das Península Balcânica
Grécia Insular – parte constituída por mais de 1400 ilhas nos Mar Egeu e Jónio (actualmente são habitadas 227 ilhas)
Grécia Asiática – Parte que se localiza na Ásia Menor
A Grécia (Hélade) no Século V a. C.
A Grécia (Hélade) no Século V a. C.A Grécia:
Localiza-se na Peninsula Balcânica
A sua costa é muito recortadaÉ banhada pelo Mar Egeu, a oriente
Pelo mar Jónio ou Jónico, a ocidente
Mais de 80% do seu território é formado por montanhas As planícies são poucas e pequenas O solo é pobre, por isso a agricultura é pouco produtiva
O clima é Mediterrânico, com verões quentes e secos, os invernos são amenos e pouco chuvosos
• O relevo montanhoso e o consequente isolamento das localidades facilitaram a organização de cidades-Estado autônomas, característica marcante da Grécia Antiga.
• A partir do século VIII a.C. estabeleceram colônias gregas em diversos pontos da orla do Mar Mediterrâneo, especialmente no sul da Itália, na região conhecida como Magna Grécia.
Imigração indo-européia
• Cretenses: Vindos da Ilha de Creta formavam uma civilização comercial que exerceu o domínio sobre a Grécia Continental. Possuíam uma sociedade matriarcal governada pelo Rei Minos.
• Aqueus: Vindos do Norte da Península Balcânica, invadiram e dominaram os cretenses.
• Dórios: Originários da mesma região dos aqueus, expulsaram os Jônios e Eólios da Grécia para as ilhas do Egeu e o litoral da Ásia menor. (Primeira Diáspora Grega)
As invasões de aqueus, jônios, eólios e dórios
•Os Dórios trouxeram a decadência para a Grécia, provocaram um colapso comercial e cultural, o que quase levou ao desaparecimento da escrita nessa região.
PERÍODO HOMÉRICO
• Os refugiados da primeira diáspora grega fundaram pequenas unidades autossuficientes baseadas no coletivismo – os genos, ou comunidades gentílicas.
• Essas unidades eram compostas de membros de uma mesma família, sob a chefia do pater.
• Por volta do ano 800 a.C., as disputas por terras cultiváveis e o crescimento populacional acabaram com o sistema gentílico.
• Alguns paters se apropriaram das melhores terras, originando a propriedade privada, e muitas outras famílias se dispersaram para o sul da Itália e para outras regiões, ocasionando a segunda diáspora grega.
A desintegração dos genos provocou a formação das pólis e a colonização da região correspondente ao sul da Itália e à ilha da Sicília,área denominada Magna Grécia. Com as mudanças foram reforçadas as diferenças sociais.
PERÍODO ARCAICO• Com o surgimento da propriedade
privada,iniciaram os conflitos entre os grupos, e, para lidar com as constantes crises, os proprietários de terra passaram a formar associações, as fatrias, que formaram as tribos, que, por sua vez, se organizaram em demos.
• Os demos deram origem às cidades-Estados, ou pólis – a principal transformação do período Arcaico .
• Cada cidade-Estado grega era um centro político, social e religioso autônomo, com uma classe dominante, deuses e um sistema de vida próprios.
ESPARTA• Representou os valores de
austeridade, espírito cívico, submissão total do indivíduo ao Estado. Sociedade conservadora, patriarcal, aristocrática, guerreira e eugênica (não se admite defeitos físicos nos cidadãos).
SOCIEDADE ESPARTANA1. Espartanos: principal grupo
social e elite militar.2. Periecos: eram pequenos
proprietários que se dedicavam ao artesanato e ao comércio em pequena escala.
3. Hilotas: Servos de propriedade do Estado, sem direito políticos.
POLÍTICA EM ESPARTA• Sistema Oligárquico.• O governo era Diarquia (dois
Reis).• A Assembléia (Ápela) era
formada por espartanos com mais de 30 anos.
• A Ápela era responsável pela eleição da Gerúsia e do Eforato.
5. A gerúsia, formada por 28 espartanos com mais de 60 anos, tinha atribuições legislativas e judiciárias.
6. Os cinco éforos tinham funções executivas.
7. Os Reis tinham funções religiosas e militares
Os Hoplitas A chegada do hoplita, soldado da infantaria que deve seu nome ao escudo que carrega, causou uma revolução. Privilegiou o choque frontal trazido pela falange em detrimento dos ataques rápidos e breves. A Grécia formou um exército de cidadãos livres e não mais de mercenários ou de escravos.
Formação das falanges em batalha
ATENAS• Conhecida como a cidade
exemplar da Grécia Antiga, por sua cultura e prosperidade econômica, Atenas, se desenvolveu na Ática, região cercada de montanhas. Por causa da falta de terras férteis, os atenienses voltaram-se para a pesca, a navegação e o comércio marítimo.
SOCIEDADE DE ATENAS
• Eupátridas (grandes proprietários de terra)
• Georgóis (pequenos proprietários)• Demiurgos (comerciantes)• Thetas (camponeses sem terra)• Thecnays (thetas que viviam do
artesanato)• Metecos (estrangeiros) e escravos.
LIVRES
NÃO LIVRES
A Grécia (Hélade) no Século V a. C.
Atenas
Na Grécia Antiga havia centenas de PólisCada uma das cidades-estado tinha um governo próprio, um exercito e
produzia tudo o que necessitava sendo, por isso, independente economicamente das outras cidades-estado.
O espaço territorial de cada cidade-estado era reduzido. Quando a população aumentou, os alimentos eram escassos e os conflitos surgiram, por isso os
Gregos tiveram de emigrar e ocuparam outras regiões nas costas do Mediterrâneo
No entanto, a língua, a religião, os jogos e os costumes conferiam uma identidade comum a todos os gregos
Atenas, exemplo de uma Pólis Grega
Localização da cidade-estado de Atenas
DENOMINAÇÃO PARTIDÁRIA
CAMADA SOCIAL
POSICIONAMENTO
PEDIANO(habitantes do Pédium)
Planície FértilEUPÁTRIDAS
Conservadores:Buscavam manter o monopólio da cidadania.
PARALIANO(habitantes da Parália)
litoralDEMIURGOS
Moderados:Buscavam a equiparação política.
DIACRIANO(habitantes da Diacria)
Montanhas
GEORGÓISE
THETAS
Radicais:Exigiam reformas amplas de ordem política e econômica.
LEGISLADORES DE ATENAS• Drácon: redigiu as leis – até então orais -,
dificultando sua manipulação pelos eupátridas.
• Sólon: Aboliu a escravidão por dívidas, libertou os devedores da prisão e determinou a devolução de terras confiscadas pelos credores eupátridas. Também dividiu a sociedade de forma censitária em quatro classes sociais e instituiu o princípio da eunomia (igualdade perante a lei). Criou órgãos legislativos; a Bulé (ou Conselho dos 400), que preparava leis, e a Eclésia (Assembléia Popular), que as votava.
As Reformas de Sólon
TIRANOS DE ATENAS
• Pisístrato: estabeleceu a tirania. Procurou amenizar as diferenças sociais, patrocinando várias obras públicas, gerando emprego a thetas e georgóis descontentes.
• Hiparco e Hípias: filhos de Pisístrato, não deram seguimento as reformas.
• Clístenes: Foi neste contexto que ocorreu uma grande revolta liderada por Clístenes, que instituiu a democracia na cidade .
DEMOCRACIA ATENIENSE•A democracia ateniense era
formada com a participação de cidadãos atenienses (adultos, filhos de pai e mãe ateniense) que correspondiam a uma minoria, pois eram excluídos os estrangeiros, escravos e mulheres.
POLÍTICA EM ATENAS• Eclésia (assembléia popular que
aprovava as medidas da Bulé)• Bulé (ou Conselho dos 500 que
elaboravam as leis a serem votadas pela assembléia popular)
• Arcontado (exerciam a justiça e administração)
• Areópago (indicava os arcontes e ficalizava as suas atividades)
• Estrategos (cuidavam do exército)• Helieu (tribunal de justiça popular)
Reformas de Clístenes
A Democracia na Época de Péricles
1. Bulé – Assembleia formada por 500 cidadãos que preparam as leis a aprovar pela Eclésia 2. Velha Bulé
A Democracia na Época de Péricles
3. Eclésia – Assembleia formada por todos os cidadãos atenienses quevotavam as leis, reunia-se na Pnix.
Tribunal do Helieu- Para impedir injustiças eram sorteados anualmente 6000 cidadãos para serem juízes no Helieu.
A Democracia na Época de Péricles
4. Areópago – tribunal onde os antigos arcontes julgavam os crimes de morte e religiosos.
No Areópago cada jurado introduzia uma placa de bronze com o seu nome numa ranhura do Kleroterion (4), instrumento de pedra que servia para tirar à sorte o nome dosjurados ou dos magistrados que iriam servir no tribunal de forma rotativa. Este processo garantia igualdade absoluta entre os cidadãos e evitava qualquer corrupção na partilha dos cargos.
A Democracia na Época de Péricles
5. Relógio de água – era utilizado para controlar o tempo dos oradores no tribunalos quai só podiam falar durante o tempo em que a água demorava a passar de umataça para a outra.
A Democracia na Época de Péricles
6. Mercado – edifício de maior cumprimento.Por toda a cidade ainda podiamos encontrar edifícios dedicados à higiene, educação e lazer: o ginásio, o estádio, os balneários e o teatro
Para além da Bulé e dos Tribunais também havia dois órgãos dirigidos por magistrados Arcontes – 10 cidadãos sorteados que organizavam os tribunais e o culto dos deuses; julgam casos de morte. Estrategos – 10 cidadãos eleitos comandavam o exército e aplicavam as leis.
PERÍODO CLÁSSICO• Esse período foi marcado por violentas
lutas dos gregos contra os povos invasores (persas) e entre si.
• Foi considerado o apogeu da antiga civilização grega, concentrando suas maiores realizações culturais.
• A primeira das grandes guerras de gregos contra persas ficou conhecida como Guerras Médicas.(por causa dos Medos que habitavam o Império Persa).
Guerras Médicas• Gregos X Persas. • Causas: imperialismo persa (expansão
persa na Ásia Menor).
• Batalha em Maratona: vitória grega. Desfiladeiro de Termópilas: o exército espartano comandado por Leônidas é derrotado por Xerxes. Batalha Naval de Salamina: os persas são derrotados. Batalha de Platéia: Xerxes é derrotado. Paz de Címon ou Calias: os persas se comprometiam a abandonar o mar Egeu.
• A hegemonia ateniense, com a expansão de sua influência política, foi combatida por Esparta, que não desejava que o império de Atenas colocasse em risco as alianças de Esparta com outras cidades. A formação da Liga do Peloponeso inseriu-se nesse contexto.
• Foram 28 anos de lutas, que terminaram com a derrota ateniense. A supremacia espartana teve curta duração, sendo seguida pelo predomínio de Tebas e por um período de perturbações generalizadas. As principais cidades gregas estavam esgotadas por décadas de guerra. Eram alvos fáceis para um inimigo exterior: a Macedônia.
GUERRA DO PELOPONESO
PERÍODO HELENÍSTICO• Período caracterizado pela invasão da
Grécia pelos macedônios comandados por Filipe II (Batalha de Queronéia).
• A política expansionista iniciada por Filipe II teve continuidade com seu filho e sucessor Alexandre Magno, que consolidou a dominação da Grécia e conquistou a Pérsia, o Egito e a Mesopotâmia.
• Alexandre respeitou as instituições políticas e religiosas dos povos vencidos e promoveu casamentos entre seus oficiais e jovens das populações locais; ele próprio desposou uma princesa persa.
• A fusão dos valores gregos com as tradições das várias regiões asiáticas conquistadas deu origem a uma nova manifestação cultural, o helenismo.
HELENISMO•Fusão dos elementos gregos
com as culturas locais.
•Recebeu este nome pois os gregos chamavam a si mesmos de helenos
Expansão Macedônica empreendida por Alexandre Magno
Cultura Grega
• Teatro, Filosofia e Arquitetura.• O pensamento grego tinha
por base a razão e, por isso, supervalorizava o homem (antropocentrismo).
Atribuição de qualidades e
tributos humanos a Deus.
A Religião Grega – Politeísta e Antropomórfica
SEMIDEUSES
HÉRCULES• Um dos mais
populares heróis da Grécia Antiga, que realizou proezas de grande perigo, os chamados doze trabalhos de Hércules,entre eles a morte da Hidra, a captura de Cérbero e a libertação de Prometeu.
TESEU: matou o Minotauro do palácio de Creta, libertando Atenas.
• ÉDIPO: o decifrador dos segredos da esfinge, que subjugava Tebas.
Exercícios A Civilização Ocidental tem na Grécia antiga uma de suas fontes mais ricas. Um dos seus legados mais expressivos foi o termo e a noção de DEMOCRACIA. A respeito da prática da democracia entre os gregos da antiguidade, é correto afirmar:01) Na democracia ateniense, participavam com plenos direitos políticos apenas os "cidadãos".02) Havia um grande número de indivíduos que não eram considerados "cidadãos" e, por conseguinte, não tinham os mesmos direitos que eles.04) Entre os que eram atingidos pela restrição dos direitos políticos figuravam os metecos (estrangeiros) em Atenas.08) Os escravos, recrutados entre populações livres endividadas ou tomados como presas de guerra, não gozavam de direitos políticos.16) Os escravos gregos conseguiram melhores condições de vida após promoverem constantes revoltas, em particular aquela liderada por Crixus, Oenomaus e Spartacus em 73-71 a.C.32) Muito embora o regime democrático tenha funcionado com perfeição em Atenas, jamais foi admitida a participação direta do "cidadão" no governo.
Exercícios A Civilização Ocidental tem na Grécia antiga uma de suas fontes mais ricas. Um dos seus legados mais expressivos foi o termo e a noção de DEMOCRACIA. A respeito da prática da democracia entre os gregos da antiguidade, é correto afirmar:01) Na democracia ateniense, participavam com plenos direitos políticos apenas os "cidadãos".02) Havia um grande número de indivíduos que não eram considerados "cidadãos" e, por conseguinte, não tinham os mesmos direitos que eles.04) Entre os que eram atingidos pela restrição dos direitos políticos figuravam os metecos (estrangeiros) em Atenas.08) Os escravos, recrutados entre populações livres endividadas ou tomados como presas de guerra, não gozavam de direitos políticos.16) Os escravos gregos conseguiram melhores condições de vida após promoverem constantes revoltas, em particular aquela liderada por Crixus, Oenomaus e Spartacus em 73-71 a.C.32) Muito embora o regime democrático tenha funcionado com perfeição em Atenas, jamais foi admitida a participação direta do "cidadão" no governo.
(ENEM 2009)Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas".
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.
O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania:
(A) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar. (B) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade. (C) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.(D) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.(E) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.
(ENEM – 2009) anuladaO fenômeno da escravidão, ou seja, da imposição do trabalho compulsório a um indivíduo ou a uma coletividade, por parte de outro indivíduo ou coletividade, é algo muito antigo e, nesses termos, acompanhou a história da Antiguidade até o séc. XIX. Todavia, percebe-se que tanto o status quanto o tratamento dos escravos variou muito da Antiguidade greco-romana até o século XIX em questões ligadas à divisão do trabalho.As variações mencionadas dizem respeito(A) ao caráter étnico da escravidão antiga, pois certas etnias eram escravizadas em virtude de preconceitos sociais.(B) à especialização do trabalho escravo na Antiguidade, pois certos ofícios de prestígio eram frequentemente realizados por escravos.(C) ao uso dos escravos para a atividade agroexportadora, tanto na Antiguidade quanto no mundo moderno, pois o caráter étnico determinou a diversidade de tratamento.(D) à absoluta desqualificação dos escravos para trabalhos mais sofisticados e à violência em seu tratamento, independentemente das questões étnicas.(E) ao aspecto étnico presente em todas as formas de escravidão, pois o escravo era, na Antiguidade greco-romana, como no mundo moderno, considerado uma raça inferior.
ENEM 2009
No período 750-338 a. C., a Grécia antiga era composta por cidades-Estado, como por exemplo Atenas, Esparta, Tebas, que eram independentes umas das outras, mas partilhavam algumas características culturais, como a língua grega. No centro da Grécia, Delfos era um lugar de culto religioso frequentado por habitantes de todas as cidades-Estado. No período 1200-1600 d. C., na parte da Amazônia brasileira onde hoje está o Parque Nacional do Xingu, há vestígios de quinze cidades que eram cercadas por muros de madeira e que tinham até dois mil e quinhentos habitantes cada uma. Essas cidades eram ligadas por estradas a centros cerimoniais com grandes praças. Em torno delas havia roças, pomares e tanques para a criação de tartarugas. Aparentemente, epidemias dizimaram grande parte da população que lá vivia.
Folha de S. Paulo, ago. 2008 (adaptado).
Apesar das diferenças históricas e geográficas existentes entre as duas civilizações elas são semelhantes pois
(A) as ruínas das cidades mencionadas atestam que grandes epidemias dizimaram suas populações.
(B) as cidades do Xingu desenvolveram a democracia, tal como foi concebida em Tebas.(C) as duas civilizações tinham cidades autônomas e independentes entre si.(D) os povos do Xingu falavam uma mesma língua, tal como nas cidades-Estado da Grécia.(E) as cidades do Xingu dedicavam-se à arte e à filosofia tal como na Grécia.
ENEM 2010
Na antiga Grécia, o teatro tratou de questões como destino, castigo e justiça. Muitos gregos sabiam de cor inúmeros versos das peças dos seus grandes autores. Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, Shakespeare produziu peças nas quais temas como o amor, o poder, o bem e o mal foram tratados. Nessas peças, os grandes personagens falavam em verso e os demais em prosa. No Brasil colonial, os índios aprenderam com os jesuítas a representar peças de caráter religioso.
Esses fatos são exemplos de que, em diferentes tempos e situações, o teatro é uma formaa) de manipulação do povo pelo poder, que controla o teatro.b) de diversão e de expressão dos valores e problemas da sociedade.c) de entretenimento popular, que se esgota na sua função de distrair.d) de manipulação do povo pelos intelectuais que compõem as peças.e) de entretenimento, que foi superada e hoje é substituída pela
televisão.
Alexandria começou a ser construída em 332 a.C, por Alexandre, o Grande, e, em poucos anos, tornou-se um polo de estudos sobre matemática, filosofia e ciência gregas. Meio século mais tarde, Ptolomeu II ergueu uma enorme biblioteca e um museu — que funcionou como centro de pesquisa. A biblioteca reuniu entre 200 mil e 500 mil papiros e, com o museu, transformou a cidade no maior núcleo intelectual da época, especialmente entre os anos 290 e 88 a.C. A partir de então, sofreu sucessivos ataques de romanos, cristãos e árabes, o que resultou na destruição ou perda de quase todo o seu acervo.
RIBEIRO, F. Filósofa e mártir. Aventuras na história.São Paulo: Abril. ed. 81, abr. 2010 (adaptado).
A biblioteca de Alexandria exerceu durante certo tempo um papel fundamental para a produção do conhecimento e memória das civilizações antigas, porqueA) eternizou o nome de Alexandre, o Grande, e zelou pelas narrativas dos seus grandes
feitos. B) funcionou como um centro de pesquisa acadêmica e deu origem às universidades
modernas. C) preservou o legado da cultura grega em diferentes áreas do conhecimento e permitiu
sua transmissão a outros povos. D) transformou a cidade de Alexandria no centro urbano mais importante da
Antiguidade. E) reuniu os principais registros arqueológicos até então existentes e fez avançar a
museologia antiga.
(Enem PPL 2012) No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos, definida pelo confronto de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a ágora, confronto esse que concedia a essas convenções a qualidade de instituições públicas.
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: vínculos territoriais de compromisso dos deputados fluminenses. São Paulo: Annablume, 2010.
No texto, está relatado um exemplo de exercício da cidadania associado ao seguinte modelo de prática democrática: a) Direta. b) Sindical. c) Socialista. d) Corporativista. e) Representativa.
(Enem PPL 2012)
Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos Orgulho e raça de Atenas.
BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento)
Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela época, em razão de a) sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses. b) sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento. c) seu rebaixamento de status social frente aos homens. d) seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra. e) sua igualdade política em relação aos homens.
(Enem 2010)
Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge. Ela decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas ecasou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia.
Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010 (adaptado).
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:
(A) “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” Jean Paul Sartre(B) "Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho.(C) “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” Arthur Schopenhauer (D) “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo." Michel Foucault (E) “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança." Friedrich Nietzsche
A sociedade grega era constituída de cidades-estados que possuíam formações sociais, políticas e econômicas diferenciadas. A respeito dessa sociedade, julgue os itens seguintes.(01) Apesar das distintas composições políticas, Atenas e Esparta aboliram o trabalho escravo e mantiveram uma ordenação social segundo os estatutos militares.(02) A colonização empreendida no mar Mediterrâneo garantiu o equilíbrio socioeconômico e desenvolveu a prática mercantil.(04) Atenas, ao estender a igualdade sociopolítica a toda a população, favoreceu o crescimento econômico, bem como vulgarizou o estudo da filosofia.(08) Os gregos, em virtude do desenvolvimento político e dos estudos filosóficos, racionalizaram as crenças religiosas e ignoraram os deuses e heróis.
Leia o texto abaixo, de Péricles - legislador ateniense -, escrito em 430 a.C.Temos um sistema político que se chama democracia, pois trata-se de um regime concebido, não para uma minoria, mas para as massas. Em virtude das leis, todas as pessoas são cidadãos iguais. Por outro lado, é conforme a consideração de que goza em tal ou tal domínio que cada um é preferido para a gestão dos nossos públicos, menos por causa da sua classe social do que pelo seu mérito.Com o auxílio das informações contidas no texto, julgue os itens que se seguem, relativos à Grécia antiga.(01) Todos os cidadãos, homens e mulheres, inclusive os estrangeiros com mais de cinco anos de residência, exerciam os seus direitos políticos em igualdade de condições.(02) Em virtude da democracia e da igualdade perante as leis, os suspeitos ou transgressores da lei não eram punidos com a perda dos direitos políticos.(04) No século de ouro, época em que Péricles governou Atenas, o trabalho escravo foi abolido por ser incompatível com os princípios democráticos.(08) Os cidadãos menos afortunados tinham a possibilidade de participar da vida pública, até mesmo porque esta era uma atividade remunerada.
No que se refere às sociedades escravistas da Antiguidade, é correto afirmar: (01) Entre os gregos, com exceção da participação nas atividades políticas governativas, os escravos atuavam em qualquer ocupação e ofício, e freqüentemente compartilharam as mesmas tarefas que os “homens livres”. (02) Na Grécia Antiga, cidadãos e escravos encontravam-se em posições intransponíveis; o escravo podia alcançar a sua libertação, mas nunca participar na vida política pública. (04) A mão-de-obra escrava representou expressivo papel no período monárquico romano, anterior ao séc. IV a.C., tendo em vista a concentração fundiária pela “gens” e os recursos obtidos pelo comércio centrado em Roma. (08) O expansionismo militar de Roma, notadamente a partir do séc. IV a.C., foi um importante fator para tornar o escravo a principal força de trabalho. (16) Devido à diversidade de origens entre os escravos em Roma, inexistiram movimentos coletivos contra os senhores, mantendo-se, como ações de resistência à escravidão, a fuga, o roubo e o suicídio. (32) As relações escravistas representavam um limite à expansão da produção agrícola em Roma devido, entre outros fatores, ao desprezo pelo trabalho físico por parte dos senhores, pelo caráter sazonal das culturas de cereais, impedindo de forma eficaz o controle e a vigilância do cativo, e, portanto, à baixa qualidade do trabalho escravo.
,."No caso da Grécia, a evolução intelectual que vai de Hesíodo [séc. VIII a.C.] a Aristóteles [séc. IV a.C.] pareceu-nos seguir, no essencial, duas orientações: em primeiro lugar, estabelece-se uma distinção clara entre o mundo da natureza, o mundo humano, o mundo das forças sagradas, sempre mais ou menos mesclados ou aproximados pela imaginação mítica, que às vezes confunde esses diversos domínios (...)". Jean-Pierre Vernant. "Mito e pensamento entre os gregos". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 17A partir da citação anterior e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que, no período indicado, os gregosa) separavam completamente a razão do mito, diferenciando a experiência humana de suas crenças irracionais.b) acreditavam em seus mitos, relacionando-os com acontecimentos reais e usando-os para entender o mundo humano.c) definiram o caráter irracional do ser humano, garantindo plena liberdade de culto e crença religiosa.d) privilegiavam o mundo sagrado em relação ao humano e ao natural, recusando-se a misturar um ao outro.e) defendiam a natureza como um reino intocável, tomando o homem como um risco para o bem-estar do mundo.
"Por muito tempo, entre os historiadores pensou-se que os gregos formavam um povo superior de guerreiros que, por volta de 2000 a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local. Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, considerando que houve um movimento mais complexo. Segundo o pesquisador Moses Finley, 'a chegada dos gregos significou a INTRODUÇÃO de um elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar, lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e por onde puderam'." (FUNARI, Pedro Paulo. "Grécia e Roma". São Paulo: Contexto, 2001.)Com base no texto é correto afirmar:a) As pesquisas recentes indicam que o povo grego se formou a partir de um amálgama de culturas que se expandiram por diferentes territórios.b) A cultura grega constituiu-se a partir de um único povo.c) Com a expressão "nova civilização", o autor indica o fim do primado da pólis em favor do estado teocrático.d) Os estudiosos, ainda hoje, acreditam na superioridade dos gregos sobre outros povos da Antigüidade.e) Os gregos não souberam incorporar, aos seus, elementos culturais dos povos conquistados.
" - Guardas! Guardas! - grita Creonte, alucinado.- Levem depressa, e para bem longe daqui, este homem desgraçado que, querendo sobrepor -se aos deuses, matou noiva, filho, esposa e mãe. Ai de mim, tudo desmorona a meu redor. Um deus, sim, um deus desabou sobre mim com seu peso enorme e calcou aos pés a minha sorte.- Não se devem ofender os deuses. Os golpes impiedosos que eles infligem ensinam os homens arrogantes a chegar à velhice com sabedoria. Eis a primeira condição da felicidade - conclui o corifeu, secundado pelo coro dos velhos tebanos". (SÓFOCLES. "Antígone". Tradução e adaptação de Cecília Casas. São Paulo: Scipione, 2004 , p. 38-39).A passagem apresentada é extraída da peça "Antígone", do poeta e dramaturgo grego Sófocles (496-405 a.C.). A tragédia clássica caracteriza-se pelas tentativas humanas de fugir do destino determinado pelos deuses. Na sociedade grega da Antigüidade,a) os deuses eram divindades infalíveis e onipresentes e, por isso, detinham em suas mãos os destinos da Humanidade.b) Zeus era equivalente ao Deus dos cristãos, tendo apenas uma denominação distinta.c) a religião estabelecia rígido controle moral, considerando como pecado o sexo e o consumo de vinho.d) os deuses eram imagens projetadas dos próprios homens, adquirindo, além da forma humana, suas paixões, defeitos e vícios.e) os deuses eram divindades abstratas, sem forma definida, possuindo apenas características morais e espirituais.
A força humana é uma das mais antigas fontes de energia empregadas para agir sobre a natureza. Nesse sentido, muito embora, na Antiguidade, as sociedades ateniense e romana não investissem no desenvolvimento de um aparato tecnológico muito sofisticado, foram capazes de construir uma sólida organização urbana. Para tanto, fundamentaram-se na exploração do trabalho humano por meio das relações escravistas de produção.
Das alternativas a seguir, a única que NÃO caracteriza o escravismo greco-romano é:a) o predomínio da utilização da mão-de-obra escrava na produção agrícola, com a geração de excedentes comercializados nos núcleos urbanos.b) a conversão jurídica de seres humanos em meios de produção desprovidos de direitos sociais e assimilados a bestas de carga.c) a conexão estreita entre a expansão do sistema escravista e o fortalecimento do ideal de cidadania, já que o escravo era considerado o oposto do cidadão.d) o emprego da mão-de-obra escrava na execução das atividades existentes no âmbito da cidade-Estado, incluindo aquelas de natureza política.e) a importância da guerra como principal fonte de trabalho escravo, dada a relação intrínseca, na Antiguidade, entre crescimento econômico e poderio militar.
Péricles, que governou Atenas de 461 a 429 a. C., definiu o sistema político de sua cidade da seguinte maneira: "Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome, como tudo depende não de poucos mas da maioria, é democracia". Porém, para muitos historiadores modernos, ainda que se considere Atenas como local de origem e paradigma da democracia, ela não foi uma democracia modelo, pois existiam grupos sociais que eram excluídos do processo político. Sobre a sociedade e os sistemas políticos da Grécia antiga, é correto afirmar:01. Diferentemente da vizinha Atenas, a cidade de Esparta adotava uma forma de governo conhecida como oligarquia ou diarquia.02. Com Péricles, a democracia ateniense foi ampliada; porém seu governo também foi marcado pelo auge do escravismo.04. Desejando expandir seu sistema político, Atenas submeteu Esparta e Tebas e deu aos habitantes dessas duas cidades os mesmos direitos conferidos aos atenienses.08. Durante o governo de Péricles, os cidadãos atenienses, independentemente da situação econômica de cada um, deveriam participar das assembleias e decisões de governo.16. No século V a. C., as conquistas militares de Alexandre Magno expandiram o domínio político de Atenas até a Península Itálica.32. Ao se dizer que o sistema político ateniense não era uma "democracia modelo", faz-se referência ao fato de que apenas uma parte de seus habitantes eram reconhecidos como cidadãos.