xerardo fernández santomé miguel pérez lorenzo os morenos … · 2015-02-04 · vii.1 orixes ......

12
Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos de Lavadores Colaboracións de Xavier Groba González e Carlos Garrido Alonso cumio

Upload: others

Post on 12-Jun-2020

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

Xerardo Fernández SantoméMiguel Pérez Lorenzo

Os Morenos de LavadoresColaboracións de Xavier Groba González

e Carlos Garrido Alonso

cumio

Page 2: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

A José Suárez Rodríguez, bombeiro dos Morenos

Page 3: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

Edicións do Cumio Os Morenos de Lavadores5

Edición a cargo de Cándido Meixide Figueiras

Primeira edición, marzo 2011© dos textos: Xerardo Fernández Santomé e Miguel Pérez Lorenzo

Imaxes procedentes dos arquivos dos autores, de arquivos familiares, préstamos persoais e doutras fontes citadas no interiorPartituras de Miguel Pérez Lorenzo e Xavier Groba González

DVD: desafíodigital.esVídeos das homenaxes cedidos por Adela Oliveira e Xerardo Fernández Santomé.Gravacións interpretadas polos Morenos de Lavadores, cortesía de Sony Music Entertainment España S. L.Pezas das gravacións domésticas achegadas por Antonio Oliveira Martínez.

Maquetación: Natalia Susavila Moares

© da ediciónEdicións do Cumio, S. A.A Ramalleira, 5 - 36140 Vilaboa (Pontevedra)Tel. 986 679 [email protected] / www.cumio.com

Calquera forma de reprodución, distribución, comunicación pública ou transformación desta obra soamente pode ser realizada coa autorización dos titulares, salvo excepción prevista pola lei.Diríxanse a CEDRO (Centro Español de Derechos Reprográficos, www.cedro.org) se precisan fotocopiar, escanear ou facer copias dixitais dalgún fragmento desta obra.

ISBN: 978-84-8289-395-2Impresión: Gráficas Lasa, S. L.Depósito legal: Impreso en España

Índice

Introdución ................................................................................................................................................ 7

A historia ..................................................................................................................................................... 15I. Antecedentes .......................................................................................................................................... 19

I.1 Lavadores .................................................................................................................................. 19I.2 Gaiteiros, coros e concursos ...................................................................................................... 22I.3 Cuartetos de gaitas .................................................................................................................... 41

II. Os Morenos de Lavadores ............................................................................................................... 51II.1 Etapas ....................................................................................................................................... 51II.2 Protagonistas ............................................................................................................................ 53

III. Presenza musical ............................................................................................................................... 69III.1 De San Roque a París ............................................................................................................. 69III.2 O Entroido do Hío .................................................................................................................. 81

IV. Instrumentos de traballo .................................................................................................................. 91IV.1 Gaitas ...................................................................................................................................... 91IV.2 Percusión ................................................................................................................................. 96IV.3 Traxes ...................................................................................................................................... 98

V. Homenaxe aos Morenos .................................................................................................................... 101

A música ....................................................................................................................................................... 107VI. As fontes musicais e o seu tratamento ....................................................................................... 111

VI.1 Fontes musicais ...................................................................................................................... 111VI.2 Transcrición ............................................................................................................................ 121VI.3 Presentación de materiais ....................................................................................................... 128

VII. O repertorio ....................................................................................................................................... 131VII.1 Orixes .................................................................................................................................... 131VII.2 «Aquelando» melodías.......................................................................................................... 149VII.3 Clasificación e análise ........................................................................................................... 153VII.4 Performance .......................................................................................................................... 164VII.5 Repercusión........................................................................................................................... 171

Page 4: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

Edicións do CumioOs Morenos de Lavadores6

Introdución

VIII. Os intérpretes .................................................................................................................................. 175VIII.1 Dous gaiteiros ...................................................................................................................... 175VIII.2 Catorce percusionistas ......................................................................................................... 192VIII.3 Tenores, barítonos e baixos.................................................................................................. 201VIII.4 Un grupo .............................................................................................................................. 205

Anexo - Fichas ........................................................................................................................................... 207Anexo - Partituras ..................................................................................................................................... 243

Partituras para gaita (temas tocados) .............................................................................................. 244Partituras para gaita (temas cantaruxados) ..................................................................................... 275Partituras para percusión ................................................................................................................ 310

As fontes ...................................................................................................................................................... 323Bibliografía citada .................................................................................................................................... 325Hemerografía citada ................................................................................................................................ 329Fontes documentais citadas ................................................................................................................... 331Nómina de informantes .......................................................................................................................... 332

Page 5: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

Edicións do Cumio Os Morenos de Lavadores9

Outro título da colección de Edicións do Cumio, outro libro de gaitas e gaiteiros, outro tra-ballo sobre música popular, un estudo máis verbo da música galega. Este volume que tedes nas mans é un pouco todo iso, a nosa modesta contribución a abrir horizontes e proseguir

a tradición investigadora no coñecemento da historia da música e da cultura de Galicia. Pero tamén é un libro de recoñecemento a uns homes e a unhas mulleres, un traballo que fala do que nos contaron, do que viviron e escoitaron, do que perderon e conservaron, do seu pasado, tamén noso, e do presente.

Desde que en 1973 Os Morenos de Lavadores deixaron de soar, actos e homenaxes, tamén algún es-tudo, teñen lembrado o cuarteto. O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado en 1992 por Xerardo Fernández Santomé dentro dos Cadernos de Música Tradicional. A posterior edición en 1999 dun CD recompilatorio cos rexistros gravados dos Morenos, feita no marco dun amplo programa de actos de homenaxe coordinado por Carlos Garrido Alonso, daquela membro da xunta directiva da Asociación de Veciños de Lavadores, reavivou o interese polos nosos músicos. O mesmo Carlos Garrido, coa axuda de Francisco Rodríguez Álvarez na transcrición musical, e de Sesé González no tratamento de imaxes, proxectou un libro sobre a vida e obra dos nosos protagonistas que non se chegou a culminar. A idea dun amplo estudo sobre os músicos de Lavadores permaneceu sempre en suspenso ata que en 2005 Xerardo F. Santomé a retomou creando un grupo de traballo para a ocasión. Xerardo F. Santomé, Miguel Pérez, Xavier Groba e Carlos Garrido, comezaron a deseñar entón as pautas dun ambicioso traballo arredor do cuarteto. A contribución do profesor Xavier Groba González, colaborador na confección deste libro ao igual que Carlos Garrido, centrouse na sección dedicada á música. A el se deben ademais da trans-crición de boa parte do repertorio cantaruxado e de conversas, as transcricións dos «ruídos» e o posterior estudo da interpretación dos músicos da percusión. A Carlos Garrido correspondeulle, como veciño de Lavadores, o contacto cos informantes do antigo concello, a busca de gran número de fotografías, e a axuda na elaboración de moitas das entrevistas necesarias para poñer a andar este traballo especialmente na parte relativa á historia do grupo. Os dous achegaron as súas ideas, os seus enfoques, o seu apoio e interese.

A primeira fase do proxecto atendeu á recollida de fontes de distintos tipos. Xa daquela démonos conta do espléndido pasado que tiñamos por diante, sobre todo cando comezamos a entrar en contacto cos nosos informantes, algúns deles xa vellos coñecidos. Tiñamos claro que os seus testemuños orais ían marcar e ser a pedra angular do «noso» discurso. Na nómina de informantes que vai ao final deste

Page 6: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

Edicións do CumioOs Morenos de Lavadores10

Edicións do Cumio Os Morenos de Lavadores11

volume poderase facer un percorrido polos nomes de homes e mulleres que nos abriron de par en par as portas da memoria. Con todos eles, e con todas elas, hai algo máis que agradecemento. Son as nosas e os nosos protagonistas, e en certa medida coautores e coautoras deste texto. Con eles quixemos tecer un relato polifónico que percorrese lugares e momentos, sobre todo perspectivas diferentes, dunha historia agora escrita. E entre eles, como non, destacar a Enrique Alonso, Miloro, sen o cal os antecedentes dos Oliveira e compaña, e o comezo da gaita no século pasado no antigo concello de Lavadores, seguiría para nós na escuridade. Carlos Estévez, do grupo Contracochenos, que levaba tempo traballando na fi-gura deste músico, serviunos de guía. E por suposto a José Suárez, un dos Morenos, a voz que nos guiou a través destas páxinas, o noso selo de garantía, o de «o que di a verdá non minte». Sempre preocupado porque as súas palabras fosen a maior gloria de Manuel e José, de Olimpio e de todos os músicos que lle precederon no cuarteto. Non houbo que remover toneladas de ganga para extraer onzas de ouro das súas conversas, e quen lea este traballo darase conta da súa omnipresenza no mesmo. Por todo isto, a ti, Pepe, vai dedicado Os Morenos de Lavadores.

Outros sons, a música dos Morenos, viñeron das gravacións discográficas que o grupo realizou en 1967 e 1970, e doutras fontes glosadas de xeito específico no subcapítulo VI.1. Entre elas destacamos os recordos sonoros do gaiteiro do Hío José da Chamiceira, achegados polo grupo pontevedrés Os Le-renses a quen agradecemos a súa xenerosidade modélica e necesaria neste tipo de investigacións, ou o filme Mar abierto (1946), ao que lamentablemente non puidemos sumar El famoso Carballeira (1940), longametraxe hoxe desaparecida. Máis material audiovisual chegou en forma de vídeos non comerciais documentando as homenaxes de 1978, 1990 ou 2005, ou unha aparición de José Suárez no programa Luar da TVG. A busca dalgúns rexistros dos Morenos recollidos en cintas magnéticas de bobina, explo-rouse sen éxito coa axuda de Plácido Bolaño Sobrado, posuídor do material, e o apoio técnico de Radio ECCA. Non só as gravacións do cuarteto dos irmáns Oliveira foron importantes para nós, rexistros anteriores, coetáneos e posteriores doutras formacións, faláronos dos precedentes da súa música, da súa contemporaneidade ou perdurabilidade no tempo.

En casos puntuais valémonos de fontes documentais para corroborar datos non confirmados, buscar imaxes necesarias ou documentos sempre relevantes. Varios papeis da Colección Sampedro na que Xa-vier Groba levou anos traballando para a súa tese doutoral, son presentados aquí por xentileza do Museo de Pontevedra,1 a mesma que amosaron con nós o Arquivo Histórico Municipal de Vigo, o Arquivo da parroquia de Santa Cristina de Lavadores, ou a Irmandade de Devotos de San Roque a través de Bernar-dino Salvador. A todos, grazas.

Era imposible deixar de lado a cultura material nun estudo onde instrumentos musicais, tamén traxes, son protagonistas. A familia Oliveira nas persoas de Antonio Oliveira, Santiago Pérez e Xosé Manoel Oliveira, dounos todas as facilidades para achegarnos ás gaitas de Manuel e José. Idénticas facilidades ás que Xosé Manuel Seivane nos brindou para estudar e comentar as pezas destes aerófonos. O tamboril de Olimpio Alon-so, conservado polos seus fillos Fernando e Olimpio, e o de Paco, que posúe a súa filla Ángeles Fernández, estiveron tamén á nosa disposición cando o precisamos. O artesán de percusión e gaitas Ramón Vázquez, O Chilro, emitiu unha opinión autorizada sobre os redobrantes. A nosa gratitude con todos eles.

1 Estes materiais, aplicando o criterio empregado por Xavier Groba no seu traballo, son citados co encabezamento CS (Colección Sampedro), seguido de tres números que indican por esta orde: caixa, sobre e documento.

As imaxes do pasado que tiñan que lles poñer caras ás palabras e aos sons, chegaron de moi distintas fontes e de xeito disperso. Pertencentes a arquivos familiares e con frecuencia repetidas, ou debidas a préstamos persoais doutros investigadores, a súa orixe e procedencia non sempre é fácil de seguir e menos de citar.2 A Carlos Barros, Chuco Estévez, José Antonio Fernández Santomé, Miguel Souto, Pepe Temprano, Xavier Moreda, Xoán Carlos Abad, Asociación Cultural Picuíña, Os Lerenses… debemos máis dunha foto. Xunto a elas, as fotografías de hoxe, da nosa autoría, e un desexo cumprido: o de ver os nosos músicos populares retratados a toda cor. Grazas a Cándido Meixide e a Edicións do Cumio, que creron que o traballo pagaba a pena.

Examinouse por último unha ampla hemerografía e bibliografía da que ao final do traballo se lista aquela que finalmente foi citada. A primeira, centrada en Faro de Vigo e El Pueblo Gallego, foi esencial para o estudo dos antecedentes dos Morenos e na súa consulta contamos coa colaboración de Moisés Pérez Lorenzo. A segunda axudou a contextualizar a traxectoria do cuarteto, comparalo con outras for-macións, buscar pistas de músicas e músicos, alicerzar o noso traballo. A demostración de que, por sorte, non partimos de cero. O Cadernos de Música Tradicional, n.º 2 xa citado, foi o noso referente de inicio, pese a que as novas pescudas puxéronos na obriga de actualizar e rectificar moito do entón publicado.

A conxunción de fontes orais, hemerográficas, documentais… deparou non poucas sorpresas na in-vestigación. Foi para nós o que aconteceu, por exemplo, co caso do Neira. Está totalmente confirmado que nas primeiras décadas do século xx existiu un gaiteiro coñecido como Neira. Do seu nome de pía, malia que nalgunha alusión xornalística se refiren a el como Antonio, 3 non temos dúbida de que se trata de Francisco, como tamén adoita aparecer en prensa. Entrevistados o seu fillo Manuel Barciela e a súa neta M.ª Carmen Barciela Castro, non parece haber dúbida ningunha de que con Neira estariamos a falar de Francisco Barciela Sayar. Aínda así, consultado o Libro de defuntos no Arquivo da parroquia de Santa Cristina de Lavadores podemos ler: «el día 7 de Julio de 1932, fallece don Francisco Barciela López, hijo de María y Genaro, casado con doña Pilar Molares». A súa nota necrolóxica publicada en Faro de Vigo, 4 aínda que coincidente con estes últimos datos, sementa máis confusión cos seus apeli-dos: «el señor Don Francisco García Neira ha fallecido…» E a todo isto engadimos que Miloro, o seu derradeiro compañeiro de gaita, sostén que existen erros na data de falecemento afirmando que O Neira morreu a semana posterior á súa participación no Entroido de Nerga…5 Comprobados finalmente os datos no Rexistro Civil do Arquivo Histórico Municipal de Vigo, confírmase a data de falecemento, e o seu nome completo, Francisco Barciela Sayar, nado en 1904, tal e como afirman os seus familiares. Con moita probabilidade o de Neira proceda dun alcume familiar herdado por parte da nai.

Sentados os alicerces da nosa investigación comezou a fase de tratamento de audios e imaxes, na que contamos coa axuda de Diego Bouzón e Xosé Manuel Seoane, e a transcrición de fontes. Na transcri-ción das conversas tratouse de reflectir os trazos da fala propia dos interlocutores e interlocutoras, sen corrixir erros lingüísticos nin cambios de idioma. O texto transcribiuse de seguido, utilizando signos de

2 Baixo a denominación de «Arq. familiar» incluímos todas aquelas fotografías que nos foron proporcionadas por familiares dos integrantes dos Morenos para a ocasión. No caso de imaxes extraídas doutros libros empregamos o sistema autor-data para acurtar os pés de foto, e co mesmo criterio as abreviaturas EPG (El Pueblo Gallego), FV (Faro de Vigo) e VG (Vida Gallega), nas fontes hemerográficas.3 [Redacción], ‘‘homenaje al coro «queixumes dos pinos»’’, El Pueblo Gallego, 26-9-1928; p. 7.4 [Redacción], ‘‘Don Francisco García Neira’’ (Nota necrolóxica), Faro de Vigo, 8-7-1932; p. 5.5 Vid. testemuño de Enrique Alonso, Miloro, na p. 41.

Page 7: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

Edicións do CumioOs Morenos de Lavadores12

Edicións do Cumio Os Morenos de Lavadores13

puntuación cando o expresado así o requiriu. As parénteses empregáronse para algunha indicación que consideramos axeitado apuntar. Cando o texto aparece extractado ao ser citado, utilízase […] para sina-lar os saltos. Se no texto principal citamos algunha palabra solta ou frase breve dalgunha fonte, aparece sen máis entre comiñas dobres (« »). As distintas intervencións rematan co nome do, ou da informante entre paréntese. As dificultades, criterios e notación utilizada para a transcrición musical, son atendidos polo miúdo no subcapítulo VI.2. Tras o estudo e reflexión sobre os materiais recompilados, comezamos a redacción do traballo.

Optamos en todo momento para a realización final do proxecto por unha dobre perspectiva que unise unha visión formalista e máis analítica da música, cunha abordaxe do feito musical que tivese en conta a súa poética, o seu contexto social e cultural, a súa dimensión histórica e ideolóxica. Interesounos transmitir como Os Morenos experimentaron a música de maneira individual aplicando todo un sistema simbólico construído a través dunha longa historia e mantido socialmente no momento que lles tocou vivir. Por esta razón o noso empeño foi amosar a súa conxuntura espazo-temporal e tender pontes de confluencia con outros músicos e experiencias. Os vínculos afectivos que temos cos Morenos, coa súa época e espazo, non pasarán desapercibidos a ninguén. Engaiolados pola súa andaina, tentamos sempre afastarnos e contempla-los desde lonxe evitando o enxalzamento gratuíto, deixando que sexan os feitos, as actitudes, os sons, as imaxes e as palabras de moitos, os elementos de xuízo para quen se achegue a este traballo.

Os Morenos de Lavadores articúlase en oito capítulos mais un anexo, divididos en dúas grandes seccións: A historiA, a cargo de Xerardo Fernández Santomé, e A músicA, escrita por Miguel Pérez Lorenzo. No primeiro capítulo, Antecedentes, situamos os inicios dos Morenos no contexto do antigo concello de Lavadores, para logo facer un pouco de historia daqueles primeiros gaiteiros que experimen-taron cos novos cuartetos de gaitas que tanta transcendencia terían no devir da música popular galega. Os Morenos de Lavadores fálanos de todos os protagonistas desta formación, quen eran, cal foi a súa achega e en que etapas participaron no grupo. O capítulo tres, Presenza musical, tenta realizar unha sucinta panorámica de lugares e contextos nos que a música dos de Lavadores se sentiu, deténdose e deixando aberta unha liña de investigación no Entroido do Hío, visto desde o barrio de Pinténs. Unha descrición de gaitas, percusión e traxes, podemos consultala en Instrumentos de traballo. Para rematar a sección de historia, Homenaxe aos Morenos fai un percorrido polos recoñecementos públicos que desde 1973 tivo o cuarteto. A segunda sección ábrese co capítulo seis, As fontes musicais e o seu trata-mento, no que explicamos onde rescatamos, como transcribimos e presentamos, a música dos Morenos. As indicacións e observacións do profesor Xosé Luís Miguélez Saínza en torno á representación gráfica dos ornamentos para gaita e o seu posterior estudo, podemos cualificalas de impagables. O repertorio pretende ser un estudo das orixes das melodías do grupo, as súas adaptacións e transformacións, e a súa clasificación e análise. Os datos achegados por Luis Costa Vázquez, Rogelio Groba Groba, José Vicente Bamio, Joaquín Díaz Méndez ou a Editorial Ouvirmos, fóronos de gran proveito neste aspecto. A posta en escena destas músicas, a performance, xunto á repercusión que este caudal de músicas tivo ata o día de hoxe, completan o capítulo. Os intérpretes detense no estilo interpretativo de gaiteiros e percusio-nistas, atendendo tamén á súa faceta vocal, e rematando cunha valoración dos Morenos como grupo. No estilo de tamboril e bombo foron de grande axuda as apreciacións de José Bernardino Costas Goberna. Para pechar a sección de música, no Anexo poderemos consultar as fichas de cada tema musical xunto á

súa partitura melódica e nove exemplos de transcrición para percusión. As fontes citadas rematan o tex-to, revisado por Francisco Pérez Lorenzo, quen resolveu innumerables consultas de estilo e redacción.

Adxunto a este traballo, incluímos un DVD. Nel pódense escoitar os rexistros gravados polos More-nos e visionar escenas de Mar abierto, de vídeo non comercial, e unha galería de fotografías sonorizada con música do repertorio dos de Lavadores. Ofrécese tamén un interesante apartado de cultura material onde consultar imaxes detalladas dos instrumentos dos nosos protagonistas acompañadas de comentarios explicativos. A posibilidade de descargar as fotos e partituras do libro cara ao seu traballo ou ampliación, pechan a oferta deste soporte.

Por último só nos resta lembrar os nosos, os que nos fan a vida agradable e sempre apoiaron este proxecto. A Chelo, Roi e Anxo, e aos compañeiros de Xistra. A Belén, Paulo e Xoana, Amalia e Joám, a Fran e aos meus de Chapela, … a Pepe Berenguer e Tito Moxenas, sempre. Agardamos que a espera destes anos de traballo pagase a pena e sexa recompensada por este libro que agora tedes nas mans. Velaquí Os Morenos de Lavadores.

Vigo, xullo de 2009

Page 8: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

A hIstorIAXerardo Fernández Santomé

Page 9: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

… porque hai cidades tan atrapalladastan embeleñadas e cabronastan insoportables espalladas esmagadastan feridas e rabuñadas por zuruxanos de entrañas metálicastan escachadas estoupadas por fogueiras lumeiras fachos de luz e moxenas ao ventotan procurando cegas máis avantetan estranxeiras e duras e hostístan próximas e íntimastan amadastan odiadas abominadas e detestadas por meu odiado amigo Amado Noiatan Silvia Penas Brais González Aitor Rivas Iago Castrotan María Comesaña Isaac Xuvín Xabier Xil Xardón Oriana Méndeztan cheas de escaleiras e de ceostan cheas de partidas de chave en Espiñeiro Teis cos metalúrxicostan cheas de postouros para as chaves que abrirán o definitivo asaltotan cheas de furanchos hortensias e inocentestan cheas de currunchos negra sombra amor horror e de recantos vexetaistan cheas de Delicias de Caeiro e Morenos de Lavadorestan cheas de fiadeiros alfolís moxenas charamuscas cantareiras queixumes xistras airiños ventos das cíestan cheas do pandereteiro Militóntan cheas de guitarras e zanfonas de gaitas de pianos piardas pianolas da Collonatan vivas e rebulideirastan repantrigadas delouradas ó sol á luz ó mar de liño azul en maio e sempretan campamento de inverno e de días de labortan barcos de pedra de Rosa e Leónides de Carlostan baleiras e ausentes e outra vez cabronas cabramatonastan ausentestan ausentes acabouseque non teñen catedralo seu sagrado é laico amigonin tempo de silencio teñentempo de ría…

(Anxo angueira)

Page 10: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

Edicións do Cumio Os Morenos de Lavadores19

I. Antecedentes

I.1 LavadoresA comezos do século xix, tras a situación aberta coa Guerra da Independencia, as bases materiais e

políticas do Antigo Réxime comezan a modificarse. O Estado modernízase e deseña unha nova división administrativa por provincias e concellos. En 1837 reordénase a provincia de Pontevedra desaparecendo o concello do Fragoso e incorporándose as súas parroquias aos de Bouzas, Vigo e ao de nova creación de Lavadores, todos eles pertencentes ao partido xudicial de Vigo. O concello de Lavadores agrupará as pa-rroquias de Candeán, Cabral, Bembrive, Beade, Valadares, Zamáns e á propia de Lavadores, a de poboación máis numero-sa e en cuxa freguesía de Santa Cristina se fixará a capital do termo municipal coa casa consistorial en Pardavila. A anexión de Teis, a petición expresa da propia pa-rroquia, prodúcese en 1846 e durará ata que a finais de 1935 se segregue.6 A nova estruturación era en realidade un simple marco que se xustapo-ñía ás verdadeiras células básicas do mundo rural galego, as parroquias. No momento do seu nacemento o novo municipio tiña un claro carácter rural, carecía dun núcleo urbano propiamente dito, e salvo tres fábricas de curtumes a súa economía era basicamente agrícola e gandeira. A súa poboación, de forte vi-talidade demográfica, era de algo máis de nove mil habitantes concentrados en preto de oitenta pequenas aldeas ou lugares espallados e mal comunicados por camiños veciñais. As únicas vías que merecían tal

6 Nesta introdución contextual de Lavadores e a época dos músicos obxecto de estudo, seguimos o traballo de Giráldez Rivero, Xesús, O antigo concello de Lavadores: unha aproximación histórica, Pontevedra, Deputación Provincial de Pontevedra, 1987.

¿Pero ustedes saben cómo tocaba ese hombre la gaita, el Avelino? ¡Ay, Dios! ¡Cómo sonaba aquella gaita en Bouzas, Dios mío! ¡Aquello era una gloria!

(miloro)

Fig. 1. Delimitación dos concellos de Vigo, Bouzas e Lavadores. [Giráldez, 1987:51]

Page 11: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

Edicións do CumioOs Morenos de Lavadores20

Edicións do Cumio Os Morenos de Lavadores21

Lavadores e Cabral cara ao Porriño, ou o tran-vía, que facilitará enormemente o acceso dos obreiros ás fábricas. A instrución elemental no municipio coñecerá melloras substanciais a comezos do século xx. En 1930 hai corenta e seis escolas no concello, aínda que ata 1932 non existirá un Instituto de Ensino Medio. A Escola de Artes e Oficios de Vigo atraerá a unha mocidade de Lavadores que superará en número ao alumnado vigués. Non se pode deixar de nomear no aspecto educativo a obra de Ramón Nieto, rico empresario de Santa Cristina, que construíu as escolas que hoxe levan o seu nome, modélicas para a súa época e inauguradas en 1923. Nelas prestouse unha especial atención á música, chegándose a formar unha banda. Malia todos os esforzos, arredor de 1930 Lavadores presenta unha taxa de analfabetismo do 32%.

A carón destas transformacións fan a súa aparición fortes movementos agrarios e obreiros que prota-gonizarán conflitos sociais de gran relevo, e darán lugar tamén a unha verdadeira eclosión do movemento asociativo ao crear numerosas sociedades cooperativas, escolas, bibliotecas, ciclos de conferencias, grupos de teatro, agrupacións corais, rondallas, equipos deportivos… A loita campesiña, centrada na abolición do foro e na mellora da explotación e comercialización dos produtos do campo, adquire a súa expresión máis destacada no Directorio Antiforista de Teis. Lavadores convértese neste sentido nun dos núcleos máis importantes de Galicia e mesmo pode observarse no Concello unha clara identificación entre actividade municipal e agrarista. Pola outra banda, un potente movemento obreiro loitará pola mellora das condicións de vida e traballo e pola transformación das estruturas nas que estas se insiren. O compromiso, concienciación ideolóxica, e implicación nos procesos políticos que vive o país, fan que sindicatos e partidos de inspiración obreira teñan unha presenza máis que destacada en Lavadores. A mesma que fixo que o termo municipal fose coñecido como «a Rusia chiquita».9 Sintomático é tamén que en 1935 o principal mitin do Frente Popular no sur de Galicia sexa en Santa Cristina, no campo de fútbol de Barreiro, actuando como principal oradora naquel 10 de novembro, Dolores Ibarruri A Pasio-naria. Un último exemplo desta concienciación será a resistencia heroica, e singular en Galicia, ao golpe de estado de xullo de 1936 por parte dos veciños e veciñas de Lavadores.

O día 20 de xullo, tras a lectura pública en Vigo do bando que declaraba o Estado de Guerra, Lavadores inicia a resistencia. Tres barricadas, unha nos Choróns, outra no Calvario preto da Praza do Mercado, e a última no Seixo xunto ao edificio consistorial, tratan de frear con máis espírito que medios o levantamen-to militar. A estrada do Porriño é un formigueiro de xentes que acoden na defensa do concello chegadas

9 Algunhas fontes orais insisten non obstante en que este nome o recibía en concreto o barrio de Riomao, a actual rúa Aragón na zona máis próxima ao Calvario, estendéndose ademais ás rúas Numancia, Cataluña e Extremadura, onde o Partido Comunista tiña unha especial presenza. Vid. Abad Gallego, Xoán Carlos, ‘‘Morir en Lavadores (1936-1939)’’, Boletín del Instituto de Estudios Vigueses n.º 6 / 2000; p. 124.

cualificativo eran as que unían Vigo con Tui, atravesando Valadares e Zamáns, a estrada cara a Redon-dela que percorría Teis paralela ao mar, e o Camiño Real de Vigo a Benavente que cruzaba Lavadores e Cabral e sobre o cal se trazará a estrada de Castela. No plano político e electoral todo era controlado por un sistema caciquil mediador entre o mundo tradicional e as crecentes estruturas urbanas e industriais.

Os primeiros anos do século xx transforman substancialmente o ámbito económico, demográfico e so-cial do concello de Lavadores, sentando as bases da realidade actual. O panorama agrícola modificarase en función do proceso industrializador que coñece toda a comarca viguesa. A masiva instalación de fábricas de conservas coa súa repercusión sobre outras actividades como a pesca, manufactura de folla de lata, constru-ción naval… converten Lavadores nun gran mercado de man de obra de procedencia agrícola. O aumento do proletariado vai transformar non só a paisaxe tradicional, que varía a súa morfoloxía ao apareceren os primeiros núcleos urbanizados, senón tamén a composición social do municipio, na que comeza un crecente predominio da dedicación industrial dos seus habitantes fronte á anterior supremacía das tarefas campesiñas. Será sen dúbida un proletariado de peculiares características cuxo punto de referencia económico é a familia, e que ao traballar no agro a tempo parcial pode asegurar a súa subsistencia e manter fortes vencellos coa iden-tidade rural da que procede. A agricultura vaise convertendo nun complemento da economía obreira, aínda que non desaparecen por completo as formas específicas dunha sociedade preindustrial e certos marcos tradi-cionais de relación social. Xérase así unha complexa armazón social onde as estruturas campesiñas ligadas a un modo de produción case feudal, e as novas formas industriais capitalistas, conviven en complexa simbiose.

O continuo incremento de poboación fará que desde 1920 Lavadores, cunha pirámide de poboación que responde xa a un modelo demográfico tipicamente urbano, supere en número de habitantes á propia cidade de Pontevedra. O censo de 1930 fala de preto de 32 000 veciños e unha densidade de 561 habitan-tes por km2, por riba mesmo dalgunhas capitais provinciais. A maior concentración dáse en Teis e Santa Cristina, lugares de residencia de proletariado máis próximos aos centros de traballo, que seguindo as estradas de Pontevedra e Ourense acaban por converterse nunha prolongación da cidade olívica. Os límites con Vigo vanse borrando coa moderna construción.

La historia de esta parroquia, como casi todas las de Lavadores, está intimamente ligada con la de Vigo, de cuya pobla-

ción puede considerarse casi un barrio.7

Es verdad que la Calzada (la entidad de mayor población de todo el ayuntamiento de Lavadores) y los Caños pueden

ser considerados como calles de Vigo, de cuyo centro apenas si distan 2 kilómetros y están urbanizados como las calles

de la misma ciudad.8

Lavadores segue carecendo porén dun núcleo urbano propio e as ofertas de servizos como sanidade, beneficencia, banca, comercio, transporte ou bombeiros, continúan manténdose en Vigo. O alumeado, saneamento de augas, sumidoiros… van chegando lentamente. En 1930 numerosas áreas do concello aínda non teñen luz eléctrica. Paseniña é tamén a evolución das comunicacións e dos transportes, liga-dos ao desenvolvemento das estradas e polas que circularán os autobuses que desde Vigo se dirixen por

7 Álvarez Limeses, Gerardo, Geografía del Reino de Galicia. Provincia de Pontevedra, Barcelona, Casa Editorial Alberto Martín, 1936; p. 994. Refírese na cita Gerardo Álvarez á parroquia de Santa Cristina.8 Álvarez Limeses, Gerardo, Geografía…; p. 997. Neste caso en alusión a San Salvador de Teis.

Fig. 2. ‘‘Banda Infantil de las Escuelas Nieto que tomará parte en el festival que a beneficio de las excursiones pedagógicas, tendrá lugar el próximo domingo, en el parque de «La Barxa».’’ [EPG, 15-6-1934; p. 5]

Page 12: Xerardo Fernández Santomé Miguel Pérez Lorenzo Os Morenos … · 2015-02-04 · VII.1 Orixes ... O primeiro traballo de entidade que tentou achegarse ao grupo de gaitas foi o publicado

Edicións do CumioOs Morenos de Lavadores22

Edicións do Cumio Os Morenos de Lavadores23

de Mondariz, Ponteareas… O ataque pola retagarda dos garda civís do posto de Pardavila remata coa esperanza a mañá do día vinte e tres. Iníciase a brutal represión con centos e centos de mortos, fusilados, paseados, torturados… As cunetas de Puxeiros, Peinador, Valadares… énchense de cadáveres.

Cun novo réxime iniciaranse en 1940 os trámites legais para a eliminación do municipio e a súa anexión a Vigo.10 As necesidades de ampliación do casco urbano vigués, a carencia de servizos de La-vadores que recorre constantemente á cidade olívica, e a represión aplicada a un concello tan sinalado politicamente, explican a medida. Jesús Fernández, alcalde de Lavadores, e Suárez Llanos, alcalde de Vigo, presentan senllas mocións en clara sintonía nos seus respectivos Concellos para levar adiante un proceso no que Falange Española tivo unha decidida implicación. Unhas corporacións elixidas en función da súa militancia falanxista e un réxime de terror en plena vixencia, aseguraron a ausencia de calquera tipo de oposición á anexión, que se produciu en abril de 1941.

Vigo dobra a súa superficie municipal e o volume demográfico o mesmo ano 1941 en que o Grupo de Empresas Álvarez traslada as súas actividades a Cabral. Co traballo da porcelana e o vidro, Álvarez logrará converterse nunha em-presa punteira no seu xénero, e provoca unha verdadeira revolución económica e social nos agora barrios vigueses de Lavadores e Cabral.

En la parroquia de Cabral radica la más importante fábrica de

loza y cristal que hay en España, muy visitada por los foras-

teros, especialmente por los dedicados a industrias químicas,

que la consideran modelo en su género.11

Desde aquela, e como comenta Xesús Giráldez, os distintos gobernos da cidade non deixaron de con-siderar estas áreas periurbanas e rurais como o atranco por excelencia ao «progreso urbano». Parroquias e lugares foron e son sinalados reiteradamente como responsables de impediren o desenvolvemento pausado e ordenado da cidade. En certa medida unha falacia que esconde o dualismo entre un campo, cargado dun claro valor negativo como depositario do atraso económico e cultural, e unha cidade de referencias positi-vas achegadas pola modernidade. E malia a memoria negada de Lavadores, os seus veciños e veciñas aínda seguen indo «a Vigo» cando saen da súa parroquia, atravesan A Calzada, ou cruzan Os Choróns para deixar atrás O Calvario. En Lavadores, principiado o pasado século, comezou a nosa historia.

I.2 Gaiteiros, coros e concursosNos albores do século xx existiu na comarca de Vigo un bo número de agrupacións que podemos consi-

derar como os principais motores capaces de dinamizar toda a súa vida social e cultural: bandas de música, corais, sociedades recreativas… e mesmo uns sindicatos agrarios con potentísima forza centrífuga que

10 O concello de Bouzas fora xa anexionado en 1904.11 Espinosa Rodríguez, José, Tierra de Fragoso (Notas para la historia de Vigo y su comarca), Vigo, Impr. Faro de Vigo, 1949; p. 53.

Fig. 3. Fábrica de Santa Clara do Grupo de Empresas Álvarez.

non só se preocuparon do eido laboral, senón que achegaron harmonía e espazos onde poder desenvolver libremente toda a súa actividade, mesmo con meritoria creatividade artística. Moitas destas sociedades de agricultores, de labregos, mariñeiros, ou simplemente de veciños, chegaron a crear importantes manifes-tacións culturais como é o caso, entre outros, de Airiños do Mar (Teis), La Aurora (Sárdoma), Queixumes dos Pinos (Lavadores), La Artística (Vigo) ou La Victoria (Beade). Todas elas xeraron programacións de altísimo nivel no ámbito popular galego. Os seus coros, sen dúbida, foron unha das puntas de lanza de toda a vida cultural non soamente da bisbarra viguesa senón da Galicia das primeiras décadas do século xx.

Fig. 5. Queixumes dos Pinos. [Foto: Pacheco - VG, 10-8-1923; p. 34]

Fig. 4. ‘‘VIGO.- El coro La Artística, que tomó parte en el último festival celebrado en el campo de Río Barreiro.’’ [Foto: Pacheco - VG, 10-8-1923; p. 33]