virgilio y el diccionario de...

V I R G I L I O Y EL DICCIONARIO DE AUTORIDADES

E n el p r i m e r d i cc ionar io académico , l l a m a d o " d e A u t o r i d a d e s " (Dice. Aut.)1 l a " L i s t a de autores elegidos p o r la R e a l A c a d e m i a Española p a r a el uso de las voces y modos de h a b l a r " (que corresponde a la nómina de " a u t o r i d a d e s " que solía acompañar semejantes obras) , inc luye el n o m b r e de V i r g i l i o entre " l o s autores en verso desde 1500 a 1 6 0 0 " por haberle colacionado en la t r a ducc ión de la Eneida de G r e g o r i o Hernández (de Velasco) . Esta , que fue la p r i m e r a traducción española completa en verso 2 del p o e m a v i r g i l i a n o , figura entre otras de clásicos: de la litada y la Odisea (del latín) de Gonza lo Pérez, de los Moralia de Plutarco (del gr iego) de D iego Gracián, de O v i d i o de A n t o n i o Pérez Sigler, de Séneca de Pedro Fernández N a v a r r e t e , de Tácito de A n t o n i o de H e r r e r a , de A p u l e y o de A lonso de Fuentes, de P l i n i o de Jeróni m o de H u e r t a .

D e todas ellas l a que se c i ta con más frecuencia es esta última. D e las de V i r g i l i o se h izo al parecer poco uso, como lo ant i c ipa y a el hecho de no inc lu irse l a menc ionada versión de la Eneida (E) en el índice de las abreviaturas (aunque luego aparezca como Hern. Eneid.).

1 S u título completo es Diccionario de la lengua castellana, en que se explica el verdadero sentido de las voces, su naturaleza y calidad con las phrases o modo de hablar, los proverbios o refranes, y otras cosas convenientes al uso de la lengua. . . compuesto por la Real Academia Española ( M a d r i d , 1726 y 1739) ; h a y ed . facs. ( M a d r i d , 1961-1963) . D e l a bibliografía señalamos: G . C R E M O N E S I e n A . V i s e A R D I et ai, Le prefazioni ai primi grandi vocabolari delle lingue europee, V a r e s e , M i l a n o , 1959, p p . 323 -354 , esp. desde l a p. 343 ; F . L Á Z A R O C A R R E T E R , Crònica del Diccionario de Autoridades, M a d r i d , 1972 y Las ideas lingüisticas en España durante el siglo xvm, C S I C , M a d r i d , 1949 ( A n e j o de l a RFE, 4 8 ) .

2 L a p r i m e r a versión salió anónima e n T o l e d o en 1555; h u b o otra r e h e c h a e n 1574, y a m b a s t u v i e r o n múltiples re impres iones . Véase nuestro ensayo de próxima aparición en l a Enciclopedia Virgiliana, R o m a , 1984.

NRFH, XXXVI (1988), núm. 2, 1093-1113

1094 M A R G H E R I T A M O R R E A L E NRFH, X X X V I

E l n o m b r e de V i r g i l i o campea bajo los lemas de bucólica (B) y égloga, t rad i c i ona lmente relacionadas con su más insigne repre sentante (el segundo de los dos artículos comprende también la definición de H e r r e r a en su C o m e n t a r i o de Garc i laso 3 ) , pero h a desaparecido del artículo agricultura (en el que era de r i g o r el re cuerdo de las Geórgicas [G]). T a m p o c o se aduce s.v. heroico, que era el adjet ivo con que se designaba el poema épico por antono masia (aunque sí se menc iona el hexámetro) .

E n el cuerpo de la obra la presencia del M a n t u a n o es más b ien i n d i r e c t a : bajo el l ema de almodrote aparece menc ionado el M o r e -to en u n a c i ta de la Gatomaquia de Lope (bajo el seudónimo T o m é de B u r g u i l l o s 4 ) . O t r a s alusiones habrán de buscarse en las fre cuentes citas del c omentar io de H e r r e r a sobre Garci laso ya m e n c ionado .

Los académicos se p r o p o n e n i lus t rar la voz española y no la l a t i n a : tropheo, por e jemplo , lo e j empl i f i can con el pasaje s iguiente de la menc ionada versión de Hernández :

D e l a s a r m a s , y arnés d e s p o j o s u y o T e r n a u n t r o p h e o i n s i g n e u n r o b l e t u y o

y luego con u n a c i ta de L o p e : " O s ó l levar las campanas por t r o -pheos" , como demostración del arraigo del término en español (que también podría i lustrarse con otras citas a lo largo de la obra ) . E n el pasaje v i r g i l i a n o que Hernández había t raduc ido , E 10.423, no aparece tropaeum sino exuviae ( " H a e c a r m a exuviasque v i r i t u a quercus h a b e b i t " ) . También C o v a r r u b i a s en su Tesoro de la lengua castellana había i lus trado despojo, pero en correspondencia con exuviae, que aparece en la c i ta de E 11 .7 -11 , que allí aduce.

Véanse as imismo los dos pasajes siguientes de las Églogas v i r -gi l ianas de E n c i n a en su Cancionero, u n a s.v. membranza en los v v . 1.65-72:

M u c h a s v e c e s h e m e m b r a n z a d e l C i e l o v e n i r señales,

3 C i t a m o s de Garcilaso de la Vega y sus comentaristas, e d . A . G a l l e g o M o r e l l , M a d r i d , 1972, p. 422 . E l j u i c i o negativo de H e r r e r a sobre J u a n del E n c i n a , a q u i e n j u z g a " infacetís imo" (p . 474) , no obstó p a r a su inclusión entre las autor idades , como veremos a continuación.

4 A saber : " Q u a n d o escribió el M o r e t o , que en l a l e n g u a de C a s t i l l a dec i m o s almodrote". ( C o n s e r v a m o s l a [m] porque no h e m o s visto el Moreto c itado por el término correspondiente e n español, antes de l a versión de E u g e n i o de O c h o a , M a d r i d , 1869).

NRFH, X X X V I V I R G I L I O Y E L DICCIONARIO DE AUTORIDADES 1095

que nos daban fíguranza de la malaventuranza de nuestras cuitas e males

que representan u n a adaptación, m u y a la m a n e r a de la poesía canc ioner i l , de B 1.16-17 "Saepe m a l u m nob is . . . / de cáelo tac-tas m e m i n i praedicere q u e r c u s " ; la o t r a , s.v. tomillo, más ajustada al texto poético, dent ro de las posibi l idades de d i cha poesía, en los v v . 7.91-95:

Dulce me eres, Galatea, más que miel de tomil lar , blanca más que el cisne sea, más hermosura a t i assea, que a qualquiera hiedra albar

donde el o r i g i n a l reza en B 7.37-38: ' ' N e r i n e Galatea , t h y m o m i -h i d u l c i o r H y b l a e , cand id io r cycnis, hederá f o rmos ior a l b a " .

T r a s la r i ca cosecha de léxico y pasajes que al redactar nuest r o estudio sobre V i r g i l i o en la lexicografía española entresacamos del Lexicón de N e b r i j a (1492) 5 y del Tesoro de la lengua española o castellana de Sebastián de Covarrub ias (1611) 6 , no podemos esperar nada semejante de u n a obra cuyo propósito es el de i n f o r m a r al lector acerca del signif icado de las palabras (y frases) españolas y de i l u s t r a r su uso en los autores " a p r o b a d o s " de la l e n gua p r o p i a .

S in embargo , al ser reemplazado el M a n t u a n o por los " m o d e r n o s " , no podría no dejar algún rastro en u n D i c c i o n a r i o que se al ineaba con el de C o v a r r u b i a s por dos conceptos; de u n m o d o que podríamos l l a m a r extrínseco por lo que le queda de bilingüe: Dice. Aut., a u n tras la supresión de las citas lat inas , conserva algo de la copia verborum que solía inc luirse en los dicc ionarios de l e n guas vulgares ; de u n m o d o intrínseco en cuanto que los académicos al integrarse volentes nolentes en u n a tradición lexicográfica en que V i r g i l i o había tenido u n a e x t r a o r d i n a r i a i m p o r t a n c i a , se acogían al modelo de la c i ta de autores consagrados, que en este caso, según el concepto dieciochesco, eran escritores renacentistas

5 O sea del Lexicón ex sermone latino in hispaniensem que N e b r i j a presenta com o ant ic ipo de u n magnum opus recopilado " d e cuatrocientos m u y aprovados a u t o r e s " (entre ellos, por supuesto , V i r g i l i o ) , sobre c u y a p r e s e n c i a v i r g i l i a n a escr ib imos en u n ensayo de próxima aparición en Emérita.

6 Véase nuestro ensayo de próxima aparición en BRAE.


y barrocos , fuertemente condicionados por la c u l t u r a clásica grec o r r o m a n a .

C o m o repertorio ampl iado de palabras y frases castellanas Dice. Aut., por o t ra parte , se presta para aqui latar las posibilidades (pro gresivas o regresivas) de verter V i r g i l i o al español, y también de ejercer la retroversión del español al latín, mientras se cultivó la imitación en versos lat inos .

N u e s t r o comet ido será, pues, múltiple: queremos señalar a l gunas huellas que de jaron en Dice. Aut. las citas v i rg i l i anas (y de sus comentaristas) , cuya identificación es en todo caso necesaria p a r a la exégesis y comprensión del p r o p i o texto académico ; señal a r lo que c o m p o r t a la supresión de las citas v i rg i l ianas en los artículos cuyos lemas podían definirse más objet ivamente por la descripción de la cosa, e i n a u g u r a r la comparación de las citas de autores españoles con las v i rg i l ianas que remplazaban para la documentación l i t e r a r i a .

Según ya sugeríamos, V i r g i l i o como autor idad umversalmente reconocida, pero no p o r esto menos d iscut ida p o r comentaristas y exégetas, había f o r m a d o parte de la lexicografía l a t i n a , y de re chazo también de la española, mientras ésta incorporó el d icc io n a r i o l a t i n o como elemento const i tuyente . N o nos refer imos ya a l Universal Vocabulario de A lonso de Palencia (1490) , vocabular io l a t i n o t r a d u c i d o al español en c o l u m n a parale la , p a r a beneficio sobre todo de los eclesiásticos, sino al Vocabulario de N e b r i j a ( 1492 ) 7 , para la parte en que representa u n a retroversión del Lexicón latino-español, y ya más cerca el Dice. Aut., al Tesoro de C o v a -r r u b i a s , en el que tantos lemas españoles s irven de entrada p a r a l a explicación de palabras lat inas o de acepciones exclusivas de éstas, s in menc ionar las muchas definiciones sacadas ta l cual del Dictionarium de Ambros i o Caleppio o " C a l e p i n o " y de otros léxicos.

T o m a r e m o s , pues, el Tesoro como p u n t o de p a r t i d a y término de comparación fundándonos en la consabida a u t o r i d a d que le o to rgan los académicos, a u n teniendo acceso ellos también a otras fuentes, entre las que se inc luye el p rop io " C a l e p i n o " (cf. p . e j . , s.v. cuerno}.

L a hue l la de V i r g i l i o podrá espigarse en p r i m e r lugar entre los equivalentes lat inos de las palabras españolas en los respectivos artículos; cf. , por e jemplo , capillos stare s.v. despeluzar que nos

7 L a e d . facs. de l a RAE, 1951, l l e v a l a fecha de " 1 4 9 4 ? " ; el catálogo del M u s e o Británico cons igna el m i s m o título e n u n a ed. e n que aparece j u n t o a l Lexicón'. S a l a m a n c a , 1492.


recuerda E 2.774 " s t e t e r u n t c o m a e " de la c i ta que incluía C o -v a r r u b i a s .

Para la huel la intrínseca señalaremos dos lemas; u n o entre latino-español, que coincide con el Tesoro también en la f o r m a , alma (a. cuyo propósito Dice. Aut. p u n t u a l i z a : " u s a d o casi siempre en terminación f e m e n i n a " ; C o v a r r u b i a s c i taba la invocación i n i c ia l de G., 1.5-7 " a l m a C e r e s " ) ; o t ro romance , aunque no p r o p iamente castellano (cf. DCECH), que se d i s t r ibuye entre aglayo, aglayarse y aglayado, con la i terada especificación de "es voz a n t i c u a d a " . Posiblemente su conservación se deba a la a u t o r i d a d de las citas v i rg i l ianas que acompañaban aglayo en el Tesoro, y que ya allí p u d i e r o n ser la causa de la presencia del insólito l ema ( j u n to a l recuerdo del i t a l . sbarbagliare). C o v a r r u b i a s aducía E 2 .120-121 " O b s t i p u e r e a n i m i , gelidusque per i m a c u c u r r i t / ossa t r e m o r " , que es u n o de sus versos favoritos (aparece también bajo grima) y E 3.29-30 " M i h i f r ig idus h o r r o r / m e m b r a q u a t i t , ge l i dusque coit f o r m i d i n e s a n g u i s " .

E n segundo lugar a ludiremos a la in f luenc ia que el M a n t u a -no puede haber tenido en las indicaciones que Dice. Aut. ofrece sobre el or igen de las palabras.

H u e l g a recordar que V i r g i l i o era traído a colación como auto r i d a d explícita para la etimología; o más b ien paraetimología, ded u c i d a de sus propias palabras (como cuando en G 3.280 ind i ca que los pastores hab laban de hipómanes " p r o p r i o n o m i n e " ) , o del t e s t imonio que se creía ver en sus versos acerca del pre tend ido or igen o composición de la palabra (recuérdese Calepino : apes < a pes " q u o d sine pedibus nasci v i d e t u r dicente V i r g i l i o " G 4.310 " T r u n c a p e d u m p r i m o compos i ta . . . " ) . Por lo cua l , cuando en Dice. Aut. leemos " seda . . .sale del l a t ino sericum" habremos de recordar el Tesoro, con el pasaje v i r g i l i a n o que allí se aducía de G 2 . 1 2 1 :

este nombre se le dieron los seres, pueblos de la Scitia, cerca de los quales se crían unos árboles que no sólo dan hoja pero también una especie de lana muy delgada y suave, de que haze mención V i r g i l io : "Velleraque ut foliis depectant tenuia seres".

L o m i s m o podemos hacer para aglayo respecto a glacies, almodrote respecto a moretum, enhadar respecto a fastidire, y otros, que C o v a r r u b i a s acompañaba de pasajes v i r g i l i a n o s ; y también para otras etimologías que se h a l l a n más cerca de la rea l idad , o co inc i den con ella como la del ya c itado almus, cuya explicación c o m -


p o r t a el or igen l a t i n o , ya indicado por los comentaristas: "cosa santa, hermosa, apacible, y que sustenta como M a d r e , y por consiguiente que es m u y a m a d a " . N e b r i j a había registrado 6'alma: cosa c r i a d o r a " y C o v a r r u b i a s s. v. Ceres: " f u e d icha alma q u i a nos a l i t " .

Para tienda, cuya definición reza aún hoy en el Dicc ionar io académico como "pabe l lón de c a m p o " , Dice. Aut. sigue dando como étimo tentorium, que en el Tesoro, aparecería i lus trado por E 2.29 ' ' H i c saevus tendebat A c h i l ( l ) e s ' ' .

Pero el más s igni f icat ivo es el caso de ordeñar, que aún hoy DCECH relaciona con lat . ordinare como término del pastoreo, pero cuya definición resumida del Tesoro, corresponde más de cerca a la explicación c ircunstanciada que allí se aduce; a saber: "se d i x o assí, porque se debe sacar la leche con orden y regla , dexando porción de ella con que sustenten su c r í a " . D e este m o d o , seguía expl i cando C o v a r r u b i a s , no se incurriría " e n lo que se i m p u t a b a al pastor v i r g i l i a n o " , B 3.5-6, " H i c alienus oves custos bis m u l -get i n h o r a , / et suecus pecor i , et lac subduc i tur a g n i s " .

E l deslinde entre el español y el latín, en Dice. Aut., aunque más neto que en el Tesoro, a d m i t e todavía af irmaciones como la que leemos en 6 6casa: es la m i s m a voz l a t i n a casa, que aunque sign i f i ca choza o casa pa j i za , se ha extendido a cua lquier género de casas" ; "casa p a j i z a " estaba en el Lexicón de N e b r i j a , y la c i ta i l u s t r a t i v a en el Tesoro era B 2.28-29 " . . . humi l e s hab i tare casas . . . " , i n t r o d u c i d a allí con ' ' V i r g i l i o las llamó habitaciones h u m i l d e s " .

Por la estrecha relación entre la " e t i m o l o g í a " y la " s u s t a n c i a " de la cosa, en el Tesoro se leía, por e jemplo : 6 6 Cercar: del ver bo l a t i n o cirdumdare; y p rop iamente se dice de las ciudades, p o r que las f o r m a v a n en figura de ce r co " . Dice. Aut., en cambio , saca cercar de cerco y pone " c i r c u n v a l a r " en segundo lugar entre los térm i n o s equivalentes, tras independizarse de las citas de E 1.367-368 y 9.153. Pero la independencia no es t a n t a como para ev i tar que el D i c c i o n a r i o académico , como heredero de la lexicografía l a t i n a con o sin la mediación de C o v a r r u b i a s (piénsese en el The-saurus linguae latinae, de Cel io Segundo C u r i o n e , Basilea, 1561), ponga ciertas " c o n j u n c i o n e s " de las palabras con sus complementos el igiendo éstos según el patrón rec ib ido ; así por e jemplo , "contar: n u m e r a r a lguna cosa, como contar d i n e r o , contar g a n a d o " donde " c o n t a r el g a n a d o " (más b i e n que o t ra cosa que hubiese pod ido nombrarse ) es lo que queda de la cuenta que casi dos m i lenios antes echaban el padre y la madrastra de Mena l ca en B 3.33-


34: " E s t m i h i n a m q u e d o m i pater , est in ius ta noverca : / hisque die n u m e r a n t ambo pecus, alter et haedos ' ' en la c i ta aduc ida por C o v a r r u b i a s .

V i r g i l i o , desde ant iguo " sub iec tus g r a m m a t i c a e " , había pasado a la lexicografía por mediación de los glosadores y escoliastas, a los que se u n e n los recopiladores más recientes. Así , a p r o pósito de E 4.419 " H u n c ego si p o t u i t a n t u m sperare d o l o r e m " , el Ca lep ino hacía notar que sperare es contrapuesto por acyrología a su uso n o r m a l : " n a m speramus bona , t i m e m u s m a l a " ( la observación la había hecho Servio ; luego la había repet ido I s i d o r o ) . C o v a r r u b i a s parafraseaba "esperar: la t ine sperare, aguardar el suceso de a lguna cosa buena , porque la m a l a antes la tememos que la esperamos, aunque de o r d i n a r i o esso mesmo que esperamos tememos por su i n c e r t i d u m b r e , vac i lando u n a vez con el t e m o r y o t r a con la esperanza" ; luego, tras c i tar a Terenc io " i n spe et t i m o r e " , que no está en el C a l e p i n o , había agregado, con u n o de esos virajes que le son propios y con el des l izamiento del latín al castellano: " s i n embargo de todo esto, abusivamente dezimos esperar la calentura, aunque no desseamos que venga, y esperar la muerte, que n a t u r a l m e n t e la tememos ; lo mesmo acaece entre los l a t i n o s " ; sigue la c ita v i r g i l i a n a que había desencadenado todo el r a z o n a m i e n t o . Esperar la calentura, la muerte, pasa a Dice. Aut. como l e m a p r o p i o , con la m i s m a observación: "se dice abusivam e n t e " , a pesar de que acababa de expl icar esperar (3) ' a g u a r d a r ' ( como l a t . expectare, que también I s idoro había menc ionado por contraposición) .

También en la interpretación semántica de las palabras deja u n rastro V i r g i l i o porque la eliminación de las citas no trae s iempre consigo la consiguiente transformación del tenor de los ar tículos. E n t r e las equivalencias que extrañan en Dice. Aut. aparece la de ladrón: "Se l l a m a assimismo el que sale a h e r i r al t r a vés, como suele hacer el m o n t e r o , que espera en algún puesto la fiera. Tráhelo en este sentido C o v a r r u b i a s en su Thesoro" ( para más abundamiento los académicos agregan la correspondencia con l a t . transversariuspercussor); t a n insólita acepción, t o m a d a del Tesoro (y p o r éste del Ca lep ino ) , se f u n d a en E 12.7-8, donde V i r g i l i o hace u n uso especial de la pa labra latro: " F i x u m q u e l a t r o n i s / i m -pav idus leo f rang i t t e l u m " .

U n a restricción semántica insólita se da as imismo para ladrar: " P o r semejanza vale amenazar con palabras , sin acometer. T r á helo Covarr . en su Thesoro". Allí la limitación se le recrecía al verbo p o r el contexto , " c o n f o r m e al p roverb io «Perro l a d r a d o r , poco


m o r d e d o r » " , par t i endo de B 3.18 " M u l t u m la t rante L y c i s c a " ; en efecto, el perro del pastor, según recordaban los comentar is tas, l a d r a m u c h o pero no m u e r d e .

L a c ita v i r g i l i a n a podía no ser de te rminante para la pa labra española, pero contribuía a confer ir le u n a trasparencia que en sí ya no t iene , como en el caso de hoz cuando en el Tesoro aparecía £ 6.273 " V e s t i b u l u m ante i p s u m p r i m i s q u e i n faucibus O r c i " . Habría que ver si la explicación "hoz (2 ) : la angostura de algún valle p r o f u n d o " , en Dice. Aut., que ind i ca por el Tesoro l a correspondenc ia con laX.faux evocaba todavía el sentido de la voz l a t i n a , en u n a época de estrecha simbiosis con la l engua m a d r e .

T a m b i é n en esto hemos de observar que la descripción de las acepciones que Dice. Aut. aparta como traslaticias cuadra a veces m e j o r a l uso que hace V i r g i l i o en la c i ta s u p r i m i d a del artículo correspondiente , que a la que se inserta del autor español. Véase , p . e j . , del verbo aullar: ' t a m b i é n decimos aullar la c r i a t u r a rac io n a l , cuando sin f o r m a r palabras saca del pecho u n gemido agudo , y constante, que parece remedar a l l obo , o a l p e r r o " , t r a d u c i d o de l Tesoro, donde se leía con el Ca lep ino ul (l)ulare, " f l e b i l e m et m a e s t u m sonum (a)edere i n ore l u p o r u m " , con la reproducción de G 1.485-486 " e t altae per noc tem resonare l u p i u l ( l ) u l a n t i -bus u r b e s " y de E 4.166-168 " s u m m o q u e u l ( l ) u l a r u n t i n vértice N y m p h a e " . E l " g e m i d o agudo y c o n s t a n t e " difícilmente puede aplicarse al pasaje de los Morales de P lutarco en la versión de D i e go Gracián, "assí parece que aullan q u a n d o h a b l a n " , donde el a u t o r opone ladrar a hablar.

A l g u n a s de las solidaridades que se señalan bajo el concepto de uso traslatic io l levan también la marca v i r g i l i a n a ; así la de afear (1 ) , re lac ionada con el rostro como objeto directo p r o p i o , lo que podría tener u n f u n d a m e n t o ocasional p o r la a m p l i t u d en el uso del verbo , pero no concuerda con los pasajes que se aducen lue go, ya que en el de Gracián, afear se usa como absoluto , y en el de Cervantes el objeto es genéricamente la persona 8 . E n el artículo correspondiente del Tesoro participábamos con Eneas en la impres ionante visión de Héctor cual se le apareció entre sueños

8 C f . el Universal Vocabulario que e q u i p a r a afear a lat . denigrare, c o m o t a m bién hace aquí, pero en afear (2 ) , donde d a el sentido " m e t a p h ó r i c o " . Afear aparece como complemento directo de p e r s o n a e n las églogas v i r g i l i a n a s de J u a n del E n c i n a h a b l a n d o de A d o n i s , a q u i e n el M a n t u a n o l l a m a 5 10.18 for-mosus; E n c i n a lo parafrasea dic iendo que las ovejas (10 .56) " n o le a f e a n " . E l castel lano m e d i e v a l conoció desfear con fermosura como complemento interno ; cf. Libro de buen amor 1548a.


l a noche en que fue destru ida T r o y a : E 2 .285-286: " Q u a e causa i n d i g n a serenos / foedavit v u l t u s ? "

E n el mecanismo de la traslación y de las solidaridades que se p r e d i c a n , se da en u n caso entre el Tesoro y Dice. Aut. u n a d i fe renc ia que hace más aplicable l a c i ta v i r g i l i a n a s u p r i m i d a en este caso, G 2.59: " P o m a q u e degenerant suecos ob l i ta p r i o r e s " , que en el Tesoro venía en segundo l u g a r , tras expl icar degenerare p o r "der ivac ión" como equivalente a "A genere decidere, deflectere, cuando se desdize de la nobleza de sus antepasados ' ' . Los académicos re chazan esta aplicación, especificando (según su credo i l u m i n i s t a ) que " e n buena philosophía, el ser es p r i m e r o que el obrar , y los hombres aunque degeneren de sus mayores , no p i e rden en lo n a t u r a l y phísico, dexando solo de corresponder a su nobleza en lo m o r a l ' ' , y ponen en p r i m e r lugar el "transfiérese a las p l a n t a s . . . " que C o v a r r u b i a s había dejado para el segundo: " l o q u a l se ent iende r igurosamente de algunas plantas y semillas, que trasp lantadas suelen perder de su natura leza , por razón del nuevo terreno u c l i m a ; y también puede suceder por el transcurso del t i e m p o " .

S i n e n t r a r en la h i s tor ia de las palabras , si nos fijamos en las sol idaridades, por e jemplo , de erizar hemos de reconocer que E 2.774 "s te teruntque comae. . . " , al que ya aludíamos arr iba , está más cerca del uso español que el sentido que tanto C o v a r r u bias como los académicos le a t r i b u y e n de " l e v a n t a r y poner ties-sa a l g u n a cosa como hace el erizo con sus p ú a s " , y a la acepción de " e n c r e s p a r s e " que i n d i c a Dice. AuL, con la c i ta de la Gatoma-quia de L o p e : " Y d u r m i e n d o el i n v i e r n o , quando eriza / los cabellos el h i e l o " . Agregamos de paso que erizar, d icho del cuello , que Dice. Aut. i l us t ra s.v. erizado con las palabras de A n t o n i o de M e n doza, " e l voraz rug iente , a l t i v o , / sañudo erizado c u e l l o " hubiese p o d i d o i l u s t r a r l o con la versión l i b re de Hernández de Velasco " e r i z a y j u e g a el vedijoso c u e l l o " , E 12.6-7 " c o m a n t i s excutiens cervice . . . " .

Por o t r a parte , no de jan rastro en Dice. Aut. lemas que hemos reconocido como lat inizantes en el Tesoro, del t i p o de dolo, cuya presencia en el d i cc ionar io más ant iguo a t r i b u i m o s a la a u t o r i d a d del M a n t u a n o y de sus imitadores españoles. Se h a n separado lemas que en el Tesoro i b a n inc luidos en u n solo artículo como choro y corro (éste con la c ita de E 6 .516-517), o se unían por el supuesto o r igen del u n o respecto al o t ro , como malino y maleza: " E s p e s u r a baxa del m o n t e , que i m p i d e poder atravessar p o r é l " , lo sacaba C o v a r r u b i a s no sin v io lenc ia , de G 2.179: " D i f f i c i l e s p r i m u m te-


rrae collesque m a l i g n i " . Se h a n e l i m i n a d o etimologías abstrusas, como la de año < annus annulus ( con el Ca lep ino , y éste con Serv i o ) , por la imagen del ciclo del t i e m p o en G 2.402 " a t q u e i n sua per vest igia l a b i t u r a n n u s " . Se da la acepción más usual , como en el caso de golfo, de jando para el segundo lugar la que ind i caba como p r o p i a C o v a r r u b i a s : "Se t o m a latamente p o r toda la l a t i t u d del m a r " ( i lus trada allí con E 3.192-193 " P o s t q u a m a l t u m tenuere rates, nec i a m ampl ius ul lae / apparent terrae , c o e l u m -que u n d i q u e , et u n d i q u e p o n t u s " ) ; h a n desaparecido las expl icaciones que en el Tesoro cuadraban únicamente al término l a t i n o correspondiente al romance (cf. para cesto E 5.401 caestum), o a u n a de sus acepciones (cf. cuña, que inc luye cuneus de teatro , por E 5 .664-665) ; se hace caso omiso de la interpretación escatológi-ca que el canónigo conquense aceptaba de su fuente para membrillo (B 3.65 " M a l o me Galatea p e t i t , etc., et se cup i t ante v i d e r i " , leído con J u a n Belano Gorop io en su Vertumnus9); se i lustra el uso de los nombres de las figuras retóricas y no su contenido bajo me-taphora (Covarrub ias aducía E 6.1 "C lass ique i m m i t t i t habenas ' ' ) y metalesis, agregado por Dice. Aut., bajo el cual r e m i t e a H e r r e r a sobre Garc i laso , Egl. 2 .414-417, cuyo texto , según el comentar is t a , ref lejaba B 2.66-67 con inversión de causa y efecto ( " l as somb r a s " ) . Se e l i m i n a n los nombres propios , incluso algunos que el uso puede equ iparar a los comunes, como amazona(s) y furia(s), pero se i n c l u y e n cyclope y harpia(s)10; es más, el relieve que Dice. Aut. da a Po l i f emo , s.v. cyclope, no es p r o p i o del léxico, y sí de la conexión v i r g i l i a n a del Tesoro respecto a E 3.640-645.

A l r e n u n c i a r casi del todo a los nombres propios se ha s u p r i m i d o también la íntima ligazón p a r a con los comunes debida a l a visión " e t i m o l ó g i c a " y a l a atención a las transformaciones o metamorfos is , t a n del gusto de los ant iguos (y de las letras y arte del siglo x v n ) , y se reduce o e l i m i n a del todo la simbiosis entre lo mitológico y las creencias cristianas que había caracterizado al Tesoro y a la época barroca en general .

Por lo demás, entre la figuración pagana y la cr ist iana predo m i n a ésta; por e jemplo luna, que en el Tesoro había evocado las tres caras de D i a n a con E 4.511 " T r i a v i r g i n i s ora D i a n a e " , ob t iene en Dice. Aut. u n a definición en parte teológica y en parte impres ion is ta : " E l m e n o r de los dos l u m i n a r e s que puso Dios en

9 C f . Opera, B a s i l e a , 15 . . , F . 75. 1 0 H u e l g a advert ir que ciclope e r a l lano ; así lo señala expresamente con t i l

de F e r n a n d o de H e r r e r a en su Comentario de Garcilaso ( S e v i l l a , 1580).


el cielo para que presidiesse la n o c h e " 1 1 . L a m i s m a preferencia se da entre los términos y usos traídos del pasado, cuando en el Tesoro se codeaban la ilustración clásica y la religiosa o eclesiástica; así para tirano como " c u a l q u i e r Pr ínc ipe " , Dice. Aut. r e m i t e a la B i b l i a , haciendo caso omiso del uso l a t i n o que C o v a r r u b i a s deducía de E 7.266 (sobre su uso entre negativo y positivo en poesía volveremos más abajo) .

L a conciencia del o r igen de las palabras adoptadas en la época clásica (aunque hubiesen aparecido esporádicamente en el s i glo x v , como el ya c i tado trofeo o espectáculo) obl igaba a Dice. Aut. a ser u n d icc ionar io también arqueológico, pero se e l i m i n a n consideraciones que atañen exclusivamente a la antigüedad, como las que hace Covarrub ias acerca de corona, con E 3.525-527, y la atención se fija más en el presente; columpio, por e jemplo , los académicos lo describen p r i m e r o como usado por " m o z a s y muchachos en los solazes" y de jan para u n segundo m o m e n t o la no t i c ia de que es " j u e g o m u y a n t i g u o " (con lo que resume lo que en el Tesoro aparecía en p r i m e r término acerca de las fiestas de los dioses con G 2 .388-389, con o t r a not i c ia menos pert inente agregada con Serv io ) . A l g o semejante sucede en el artículo máscara, donde C o v a r r u b i a s empezaba por G 2.385-387, sobre las costumbres de los ant iguos pueblos itálicos, en la digresión sobre las antiguas fiestas de Baco 1 2 . A los académicos ya no les concierne V i r g i l i o : " l lá mase la lengüeta diente'' (así en el Tesoro, aludiendo a E 6.3-4 ' T u m dente tenaci / anchora fundabat nav(e )s " ) , sino ver c ó m o u n autor español, aquí Alonso de Oval le en su Historia del reino de Chile, e m plea el término (v.q. alfanje, arrope).

Su d i cc ionar io es menos enciclopédico y va c a m i n o de ser técn ico : repite o agrega semas que hacen el sentido más concreto, y omite noticias extralingüísticas. S irva de ejemplo el artículo águila, donde, además de la definición t rad ic iona l del t ipo "es ave b ien

1 1 N o h a de extrañar que l a cosmología r e n o v a d a alcance m u y tarde a los d i c c i o n a r i o s . Todavía p a r a Moratín, F e i j o o , Luzán, el s is tema c o p e r n i c a n o e r a u n a m e r a hipótesis; cf. N . G L E N D I N N I N G , El siglo xvm, t. 4 de l a Historia déla literatura española, ed . R . O . J o n e s , A r i e l , B a r c e l o n a , 1973, p. 117. C o v a r r u bias l a cons igna e n el artículo paradoxa y en Dice. Aut. se lee: " L o s astrónom o s l a c u e n t a n por el séptimo de los planetas , por ser su orbe el inferior de todos, y el más cercano a l a t i e r r a " .

1 2 E l orden español-latín lo sigue C o v a r r u b i a s más bien en los artículos e n que el nexo entre el j u e g o actual y el antiguo es más problemático, como e n el caso de coscogita, que describe p r i m e r o como " j u e g o de m u c h a c h o s " , y r e l a c i o n a luego con el ludus ampusae (cf. D u C a n g e ) y con el j u e g o que describe G 2 .383-384.


c o n o c i d a " , se repite con P l i n i o la distinción de seis t ipos de águilas y l a alusión a su vista agudísima, pero de la larga descripción del Tesoro de c ó m o el águila arrebata al dragón (E 11.751-756) o se abalanza sobre los cisnes (ibid. 1.393-395) sólo queda u n l a cónico resumen . D e otros artículos, m u y extensos en el Tesoro, como el de grulla, se conservan las noticias zoológicas, y se sup r i m e n las consideraciones filosóficas acerca de su vuelo , que C o -varrub ias hacía, aduciendo el escrito seudovirg i l iano Littera Pytha-gorae.

D e los artículos referidos a las ciencias naturales , muchos t i e n e n en común con el Tesoro las noticias sacadas de Dioscórides (y en especial de " L a g u n a sobre Dioscór ides " ) de P l i n i o , de la Agricultura cristiana de G a b r i e l A lonso de H e r r e r a , del que es conoc ida l a p l u r a l i d a d de las fuentes j u n t o a l a observación d i rec ta ; pero Dice, Aut. los amplía con otras citas, en especial las de la t r a ducc ión de P l i n i o (cf. s.v. ciruela, gorgojo), y más en cuanto que H u e r t a suplía expresamente los nombres españoles (cf. s. v. mochuelo). L o m i s m o diremos para la medic ina , la astronomía, la m a temática y otros saberes positivos, cuyas terminologías habían pasado también como neologismos a las clases cultas o medianamente cultas (recuérdese c ó m o D o n Q u i j o t e se d i ferenciaba de Sancho en el pasaje que Dice. Aut. c i ta s.v. equinoccio: " T ú no sabes qué cosa sean coluros , líneas, paralelos, eclípticas, polos, soltsticios, equinoccios , e t c . " ) .

L a r e n u n c i a a las citas v i rg i l i anas , por o t ra par te , no ha de entenderse como la eliminación de unos elementos que se h u b i e sen agregado como a d o r n o , aunque esto podría suponerse en a l gunos casos, como en el del artículo naranja, que Dice. Aut. i l u s t r a p o r " L a g u n a sobre D ioscór ides " y por G . A . de H e r r e r a , m i e n tras que C o v a r r u b i a s aducía B 3.70-71 " Q u o d p o t u i vero silves-t r i ex arbore lecta / áurea m a l a decem m i s i , eras altera m i t t a m " , más p r o p i o para i n s p i r a r u n a l e t r i l l a de Lope que para expl icar el sentido, por lo demás conocido, de la pa labra .

E n l a mayoría de los casos, V i r g i l i o , que , juntó a otros auto res clásicos, había estado presente como el que más en la lexicografía desde ant iguo (piénsese en el Compendiosa doctrina de N o n i o M a r c e l o , en las Etimologías de I s idoro ) y que ya en la E d a d M e d i a gozaba de la reputación de " c i e n t í f i c o " (véase en el Tesoro, p o r e j emplo , G 1.208-209 s.v. equinoccio), contribuía con noticias específicas y /o con descripciones m u y eficaces, como sólo él sabía hacerlo como poeta y como conocedor de la natura leza , i n d i c a n do la n o t a más saliente (cf. G 1.120 " a m a r i s i n t ( i ) b a fibris" Teso-


ro, s.v. endibid), la fenomenología, l a relación con el h o m b r e (cf. s. v. cigarra, re lac ionada con el estío en B 2.12-13 " A t m e c u m r a u -cis t u a d u m vestigia l u s t r o , / sole sub a r d e n t i resonant arbusta c i c a d i s " ) .

Los poetas de todos los t iempos reconocen la maestría v i r g i l i a n a en este ámbito; piénsese en M e n a , Laberinto 172ad:

donde el autor se hace eco de u n pasaje reflejado también en el Tesoro, G 1.388-389: " t u m corn ix plena p l u v i a m vocat i m p r o b a voce/ et sola i n sicca secum spat iatur h a r e n a " .

S i r v a n p a r a la comparación tres de las descripciones " o b j e t i v a s " que ahora se h a l l a n en Dice. Aut. y las subjetivas de V i r g i l i o (decimos subjetivas por la participación del poeta ya sea como persona o como art i s ta ) , sacada del ámbito a n i m a l , vegetal y atmosférico:

N i n la corneja non anda señera por el arena seca passeando, con su cabega su cuerpo bañando por ocupar la pluvia que espera

cerceta Especie de ánade. . . críase y habita en las orillas del mar, ríos, estanques y lagunas.

G 1.362-363 Cumque marinae/ insicco ludunt fulicae.

espina " Laguna sobre Dioscórides": encima de cada tallo se ve una cabeza algo luenga, toda llena de espinas, y semejante al erizo.

B 5 39 Cardus et spinis surgit paliurus acutis.

melocotón G. A . de Herrera: Fruta muy parecida al durazno, del qual se diferencia en ser más blando, tierno y suave.

B 2 51 Ipse ego cana legam tenera lanugine mala.

añublo id.: Y el añublo es muy más contrario a la cebada que a qualquiera otra fuente de pan.

G 1 150 M o x et frumentis labor additus, ut mala culmos/esset robigo.


S.v. ajo la explicación " socorro grande de la gente t raba jado r a " pasa del Tesoro a Dice. Aut. ahora con la a u t o r i d a d de Galeno ; pero queda s u p r i m i d a la escena campestre que inc luye la g l o r i f i cación del vegetal , o sea B 2 .10 -11 :

T h e s t y l i s , et rápido fessis m e s s o r i b u s a e s t u a l l i a s e r p i l l u m q u e h e r b a s c o n t u n d i t o l e n t e s .

C o n razón podemos decir que en los artículos citados (y en otros muchos que o r i g i n a l m e n t e contenían citas v i rg i l ianas o de poetas clásicos), se h a n s u p r i m i d o las imágenes, con u n efecto que podría compararse a la eliminación de los cuadros de u n magnífico p i n t o r de u n d i cc ionar io que los t u v i e r a .

Por o t ra par te , al r emplazar las citas v i rg i l ianas en otros artículos por citas españolas sacadas de la l i t e ra tura del Siglo de O r o , Dice. Aut. prosigue en la m i s m a línea del conglomerado de no menc laturas y florilegios l i t erar ios . Y a C o v a r r u b i a s había i n c l u i do j u n t o a las citas v i rg i l i anas a algunos autores modernos , G a r -cilaso (s.v. aplacar y hurto), Petrarca (s.v. lecho), Camoens (s.v. costumbre), que, a su vez, habían sido objeto de comentarios, y estaban consagrados como modelos por considerarse sucesores de los clásicos, tanto para la copia rerum como para la copia verborum.

Bajo l a copia rerum pondremos coincidencias con V i r g i l i o en v i r t u d de la c u l t u r a h u m a n i s t a de los escritores hispánicos. Así Q u e v e d o , s.v. ánsar:

Q u a n d o d e l ánsar d e o r o l a s p a r l e r a s a l a s , y los prophéticos g r a z n i d o s s i e n d o m á s a d m i r a d a s q u e creídas a d v i r t i e r o n d e F r a n c i a l a s b a n d e r a s ,

que se corresponde (lo demuestra el oro de las alas) con E 8.655-656:

A t q u e h i c a u r a t i s v o l i t a n s a r g e n t e u s a n s e r p o r t i c i b u s g a l l o s i n l i m i n e a d e s s e c a n e b a t .

Si C o v a r r u b i a s c i taba B 7.61-62 como f o r m a consagrada que se había hecho canónica entre los mitógrafos para i n d i c a r la re la ción de las dist intas plantas con los dioses, Dice. Aut. registra la n o t i c i a escueta p o r el t es t imonio de Hernán Núñez , el C o m e n d a d o r G r i e g o , sobre el Laberinto o Trescientas de J u a n de M e n a : " S o n consagrados a la diosa V e n u s entre los árboles los a r r a y a n e s " .


L a c o n t i n u i d a d de las supersticiones, p o r o tra par te , hace que en la c i ta de Salas B a r b a d i l l o en Coronas del Parnaso aparezca com o " i n f a u s t a " la corneja , posiblemente en obsequio a V i r g i l i o en B 9.14-16 " . . . s i n i s t r a . . . c o r n i x " (así en el Tesoro).

V u e l v e n a aparecer también los contenidos simbólicos, tantas veces realzados por C o v a r r u b i a s allí, y antes en los Emblemas morales, como aplicación y adaptación cumbre de las palabras del Poeta l a t i n o a las ideas e ideales de la época. Compárese B 9.35, c i ta do p o r el canónigo conquense s. v. ganso y el pasaje de la Vida de Cristo de Fonseca, aducido por Dice. Aut.: " E n t r e tantos cantores no es razón que venga yo a enmudecer , aunque sea como ánsar entre los c i snes" , (que de paso i l u s t r a c ó m o el s imbol i smo negat i vo específico es comprensible en español sólo si se aduce en re lación con otro posit ivo del m i s m o ámbi to ) 1 3 . S igni f i cat ivo es t a m bién que a la abeja, objeto en el Tesoro de u n largo artículo con citas de G 4 .197-201 y 158-169 sobre sus costumbres, se le asigne ahora u n papel heráldico, c i tando de la Corona trágica de L o p e : " d e vuestras armas las abe jas " .

Ba jo la copia verborum, aunque no podía separarse de la copia rerum, pondremos estos otros ejemplos, dos en verso y uno en prosa, que i l u s t r a n el ideal de la elegancia, que Dice. Aut. c i fra en las letras españolas, como ya había hecho el Tesoro en las lat inas . A saber:

alheña Lope, Jerusalén: De azules hojas, blancas y encarnadas/ mosquetas, margaritas, flor de alheñas,/ y sanguinas con venas coloradas.

£ 2.18 Alba ligustra cadunt, vac(c)inia nigra leguntur.

espuma Góngora, Polifemo: Nympha, de Doris hija la más bella,/ adora, que vio el reino de la espuma.

granizo Luis Muñoz, Vida de Fray Luis de Granada: Esforzáronse los vientos con tan furiosa l luvia , granizo y relámpagos, que parecía haberse desquiciado el Orbe.

E 3.567 Ter scopuli clamorem inter cava sexa dedere;/ ter spumam elisam et rorantia vidimus astra.

G 1.449 Crepitans salit horrida grando.

V.q. J U A N D E L E N C I N A , Egloga virgiliana 9 . 4 6 - 4 7 .


L a comparación nos llevaría a consideraciones métricas, m o r fológicas, sintácticas, estilísticas en cuanto que l a pa labra se hace poética por los adjetivos que la acompañan, por su posición en el verso, en el c on junto del pasaje o en la mic roes t ruc tura retórica. A q u í nos l i m i t a r e m o s a algunas observaciones sobre aspectos léxicos.

E n cuanto al uso metafórico del n o m b r e , podrían compararse en la línea que apuntábamos a r r i b a de lo pro fano y lo sagrado, a saber: en el Tesoro, s.v. madre G 3.136 " g e n i t a l e a r v u m " , y en Dice. Aut. s.v. thálamo (2) 4 ' e l v i ent re v i r g i n a l de Mar ía Santísim a ' ' ( con los h i m n o s y la l i t u r g i a ) . U n p u n t o de encuentro lo h a l lamos s. v. aplacar cuyo empleo traslat ic io señalaba expresamente C o v a r r u b i a s ( con el C a l e p i n o ) , c i tando E 1.142 " S i c a i t et d ic to c i t ius túmida aequora p l a c a t " , y a continuación a Garci laso, Canc. 5.3-6, donde , sin embargo , dos palabras abstractas s i rven de nexo con los nombres de seres inan imados ; a saber:

tanto pudiesse el son, que en u n momento aplacasse la ira del animoso viento, y la furia del mar y el movimiento.

E n Dice. Aut. se h a o m i t i d o la c i ta v i r g i l i a n a como de cos tumb r e , pero en el pasaje sacado de las Rimas de Félix de A r t e a g a "Serena aquel , aplaca este e l e m e n t o " , la relación para con el comp l e m e n t o es d irecta , como en V i r g i l i o 1 4 .

O t r o p u n t o de conjunción lo const i tuyen los epítetos, tanto los descript ivos de la cosa, que trascendían al lenguaje l i t e r a r i o p o r ser los más adecuados, como los exornat ivos y p r o p i a m e n t e poé ticos, aunque también aquéllos venían avalados por la elegantia v i r g i l i a n a . E n t r e los p r i m e r o s hal lamos corvo, t anto en el Tesoro, con G 1.170 y 494: " a l arado damos el epíteto de c o r v o " como en Dice. Aut., con J . de Va ld iv i eso en la Vida de S. José, cant . 3 , 1 7 :

1 4 P a r a gemir no se d a , como e n el Tesoro s. v. tórtola y en el C o m e n t a r i o de H e r r e r a adEgl. 2.1129 l a consonancia con u n ave que presume conocimiento mitológico (B 1.58 " n e c gemere a e r i a cessabit t u r t u r ab u l m o " ) , s ino l a " I n fame t u r b a de nocturnas a v e s , / g imiendo tristes y vo lando g r a v e s " del Poli/e-mo de Góngora. O t r o e jemplo , sacado de l a Vida de Nuestra Señora de A n t o n i o de M e n d o z a , i lustra el " s o n a r y b r a m a r las cosas i n a n i m a d a s " ; a saber: "Partía el c a m p o l a n o c h e , / y el crudo Bóreas g i m i e n d o , / d e x a b a de tantos m o n t e s / a c r e d i t a d o el a s i e n t o " . S.v. gemir ponía el Tesoro también E 6 .413 " G e m u i t sub pondere c ( y ) m b a " .


" D o m ó la t i e r r a con el corvo a rado , / hasta que la h izo dar mies-ses de o r o " . E n t r e los otros está cano, que aún hoy el D i c c i o n a r i o académico registra como " f i g u r a d o y p o é t i c o " . S.v. espuma se lee en el Tesoro: " D a n l e a la espuma epíteto de b lanca y de c a n a " , con u n a base de comparación en l a t . niveus, t a n de la l engua v i r g i l i a n a 1 5 ; en Dice. Aut. leemos: "Metaphór i camente lo usan (cano) los poetas para p i n t a r l a b l a n c u r a de muchas cosas: como la nieve del m o n t e , la espuma del m a r u del c a b a l l o " . Ot ros epítetos serían trémulo, especialmente cuando se dice de la luz (cf. E 8 .22) , o espumante, que Dice. Aut., s in antecedente en el Tesoro, i l u s t r a con A n t o n i o de M e n d o z a " c o m o en el ponto e s p u m a n t e " (véase E 3.567 citado a r r i b a ) .

E n t r e las palabras de posible ascendencia v i r g i l i a n a que Dice. Aut. cali f ica de " p o é t i c a s " e i l u s t r a en autores españoles, se ha l la en p r i m e r lugar , el adjet ivo ya citado alma con la observación " l o s poetas l a t ras ladaron p r i m e r o a nuestra l engua , y después a l g u nos A u t o r e s la h a n rec ib ido como p r o p i a ; y no se debe excusar p o r lo s igni f i cat ivo y sonoro de la v o z " ; s iguen u n a c i ta de G a b r i e l del C o r r r a l en la traducción del latín del Argenis, de José de Pel l icer , " a l m a h e r m a n a de F e b o " y luego otras sobre la expresión casi lexical izada alma ciudad de Roma.

Por l a relatinización del término merece atención también orco en la acepción mitológica ( " según fingían los poe tas " ) con la designación de "es voz p o é t i c a " , para el que Dice. Aut. hubiese p o d i d o c i tar " A l O r c o con Plutón los e n v i a m o s " , traducción de E 4.242 p o r Hernández . C o v a r r u b i a s , que había aducido la c i ta v i r g i l i a n a , presentaba, en c a m b i o , la f o r m a huerco, que en Dice. Aut. se queda para las otras dos acepciones sacadas del Tesoro: " l a s andas que s irven para l l evar a enterrar a u n d i f u n t o " y " l a persona que está s iempre l l o r a n d o " , que d a n a entender c ó m o la pal a b r a se había d i f u n d i d o en capas de la l engua dist intas de la l i t e r a r i a .

Teda, que C o v a r r u b i a s registraba como pa labra que " l o s l a t i nos muchas vezes t o m a n . . . p o r las b o d a s " (con el Ca lep ino y c i tando con él las palabras de D i d o en E 4.18 " S i n o n pertaesum t h a l a m i t(h)aedaeque f u i s s e t " ) , se admite ahora como l e m a : teas maritales o nupciales, con la especificación de " v o z poé t i ca " y con citas españolas de T e j a d a , León prodigioso: "Suced iendo . . . , en vez de nupciales teas, fúnebres a r d o r e s " y de José de V i l l a v i c i o s a en

1 5 J u n t o con otros adjs . en -eus, que tampoco t u v i e r o n m u c h a e n t r a d a e n l a l e n g u a española; cf. infra aureus dorado.


l a Mosquea: u Q u e n o e s r a z ó n q u e o l v i d e n p r e n d a s t a l e s / l a s l u c e s

d e l a s t e a s m a r i t a l e s " ( a u n q u e d e o t r o s t e x t o s c i t a d o s s e d e d u c e

q u e tálamo, q u e t a m b i é n h a b í a a p a r e c i d o e n e l Tesoro p e r o s i n c i t a

v i r g i l i a n a , e s e l c u l t i s m o m á s c o r r i e n t e ) .

L a c o n c o m i t a n c i a d e l a v o z p a t r i m o n i a l y l a p o é t i c a , o e n e l

c a s o p a r t i c u l a r , d e u n a r a b i s m o y u n l a t i n i s m o , arrayán y mirto, q u e s e e v i d e n c i a e n e l a r t í c u l o e n c a b e z a d o p o r a q u é l e n e l Tesoro,

q u e d a c o n s a g r a d a c u a n d o mirto a p a r e c e c o m o l e m a ( a u n q u e s e a

s ó l o p a r a r e m i t i r a l a v o z p a t r i m o n i a l ) y c r e a u n p r o b l e m a s e m á n

t i c o e n l a c i t a d e l a Historia del Reino de Chile d e A l o n s o d e O v a l l e , " D e l a q u a l h a s t a e l m a r h a y d o s l e g u a s d e l a m á s a g r a d a b l e y

v i s t o s a v e g a q u e s e c o n o c e , t o d a l l e n a d e m y r t o s y a r r a y a n e s " ,

q u e n o s p o n e a n t e l a d i s y u n t i v a : ¿ a f i n i d a d , p e r o n o s i n o n i m i a o

e f e r v e s c e n c i a e n e l u s o ( p l e o n á s t i c o ) d e l c u l t i s m o q u e d e p o r sí

ser ía u n a p a l a b r a p o é t i c a 1 6 ?

P a r a l a des ignación d e l a m b i e n t e t e n e m o s a h o r a aura (cf . G 4 . 4 1 7

" d u l c í s c o m p o s i t i s s p i r a v i t c r i n i b u s a u r a " ) , d e s c r i t o c o m o " a i r e

l e v e , s u a v e , l o m á s b l a n d o y s u t i l d e l v i e n t o , q u e s i n í m p e t u s e

d e j a s e n t i r " , y d e s t a c a d o c o n : " E s v o z m á s u s a d a e n l a p o e s í a ,

y p u r a m e n t e l a t i n a " , c o n l a c i t a d e Q u e v e d o : " L a t i e r r a e s t a b a

u f a n a , / y e n a u r a b l a n d a l a a d u l a b a e l v i e n t o ' ' , y e l a d j e t i v o pláci

do e n E s q u i l a c h e , Rimas: " Y d e l o t o ñ o p l á c i d o y s a b r o s o " e n l a

e x p l i c a c i ó n : " q u i e t o , s o s s e g a d o y s i n p e r t u r b a c i ó n " , q u e l o s e

p a r a d e f i n i t i v a m e n t e d e l a a f i n i d a d c o n plaziente, q u e h a b í a m o s

v i s t o e n e l Tesoro y a n t e s e n e l Lexicón d e N e b r i j a : "placidus: c o s a p l a z i e n t e " 1 7 .

P a r a l a d e s i g n a c i ó n d e l o s c o l o r e s a l o s q u e está d e d i c a d a t a n

t a p a r t e d e l o s a d j e t i v o s d e l M a n t u a n o , a p a r e c e a h o r a flavo ( c f .

G 1 . 9 6 " f l a v a C e r e s " ) : " s e a p l i c a a l c o l o r c o m p u e s t o d e v e r d e ,

r o x o y b l a n c o , c o m o e s e l d e l o r o , e l d e l a m i e l y d e l a p a j a " ,

y h a s t a rútilo (G 1 . 4 5 4 " r u t i l o . . . i g n i " ) : " s e a p l i c a a l c o l o r r u b i o

d o r a d o " c o n B e r n a r d o d e A l d r e t e , Orígenes de la lengua castellana: " E l r ú t i l o , c o m o q u a n d o s a l e e l a l b a d o r a d a , t i r a n t e a l r o s a d o r e

l u c i e n t e " , a p l i c a d o a q u í s i g n i f i c a t i v a m e n t e a l a aurora ( c o m o e n

i m i t a d o r e s d e V i r g i l i o ) , y e l d e r i v a d o rutilante, " l o q u e r e s p l a n d e

c e y e c h a d e sí r a y o s d e l u z " , y a n o v i r g i l i a n o ( e n c u y o l é x i c o s e

1 6 L a latinización del lenguaje hace que palabras que C o v a r r u b i a s c i t a b a como latinas a p a r e z c a n a h o r a como alternativas s.v. garzota (1) " a r d e o l a s o garz o t a s " ; e n el Tesoro se c i taba árdea como voz l a t i n a . M á s a v a n c e se nota e n los autores que en los propios l e m a s .

1 7 P o r el cruce entre placeré y placare en latín eclesiástico.


h a l l a , s in embargo , E 8.529 rutilaré) y m u y de la poesía barroca (con la consabida mediación respecto a V i r g i l i o ) 1 8 . Aqu í la c i ta es l a del Laurel de Apolo de L o p e , " . . . q u a n d o , porque baxaba / la noche temerosa, / y se mostró l a r u t i l a n t e O s s a " . Áureo, a u n que presente en acepciones técnicas, no ha remplazado todavía a dorado o de oro.

Siguen fa l tando adjetivos que había empleado la poesía española en obsequio al mode lo , como muelle (cf. E n c i n a 7.111 " y e r -va más muel le que el s u e ñ o " ) ; otros , como lascivo, muelle t i enen aquí el sentido m o r a l , que ya tenían en el Tesoro.

Sigue interpretándose u n verbo como resonar por derivatio, en sus componentes: "hacer sonido por repercusión o sonar m u c h o " , con la distancia que ello supone p a r a con su utilización en textos t raduc idos o imi tados de V i r g i l i o 1 9 .

H u e l g a reconocer, sin embargo , que el caudal de palabras que los académicos reúnen es m u c h o m a y o r que el del Tesoro (entre otras razones por no depender tanto del d i c c ionar io l a t i n o ) . C a be, pues, aquí la última pregunta que planteábamos a r r i b a : ¿hasta qué p u n t o sirve más que el Tesoro p a r a t r a d u c i r las obras v i r g i l i a -nas al español?

Jus tamente porque va tanto más allá del Tesoro no podemos contestar sin emprender u n estudio bastante más complejo del que hemos real izado con la obra de C o v a r r u b i a s a la m a n o . Podríamos completar ciertos artículos m u y sucintos p o r caer en la seg u n d a parte del al fabeto; así bajo pámpano echamos de menos G 1.448: " h e u male t u m mit i s defendet pampinus u v a s " y B 7.58: " L i b e r pampineas i n v i d i t col l ibus u m b r a s " con los que compararíamos ahora los versos del Romancero espiritual de José de V a l divieso:

Q u a n d o a q u e l l a vía q u e es v i d a t a n t o s u s p á m p a n o s t i e n d e , q u e l o s r a c i m o s p o r t i e r r a h i z o e l a m o r q u e r e v i e n t e n .

Agregamos aquí la ilustración de rústico (que en el Tesoro i b a

1 8 C o m o se ve por el ensayo de M . R O S A L I D A sobre " E l a m a n e c e r m i t o lógico en l a poesía n a r r a t i v a española" , a h o r a en La tradición clásica en España, A r i e l , B a r c e l o n a , 1975, p p . 119-164, donde n i n g u n a de las citas depende d i rectamente de V i r g i l i o .

1 9 L o facil itaba el hecho de emplearse también l a forma simple sonar, a u n que en las versiones de V i r g i l i o (cf. B 1.5) se i m p u s o pronto resonar.


sin citas) ; está sacada del Cancionero de J u a n del E n c i n a , como re ducc ión del t ema bucól ico al canc ioner i l : " P l u g u i e r a a Dios que yo fuera / esse rústico Pastor , / p o r q u e ' l falso del a m o r / sujeto no me t u v i e r a " 2 0 ; y por o t r a parte , la de helarse (3) en Pedro de R i -vadeneira : " O y e n d o esto, C a r i n o se heló y pasmó, y no p u d o ha b l a r más p a l a b r a " con los pasajes que c itamos a r r i b a al a l u d i r a aglayo; podríamos agregar que dicho verbo representa u n c a m bio respecto al arrezido med ieva l , en cuya sustitución pudo concur r i r el uso clásico.

Por la poesía amorosa se documenta tirano en u n sentido entre negat ivo y pos i t ivo : cf. "tyrano (3 ) : se l l a m a assimismo la passion de a m o r " ; de la poesía pastor i l re f luyen hacia el registro léxico palabras como "avena: i n s t r u m e n t o músico . . .es voz poét i ca" (cf. 5 1.2 etpassim), con la c i ta de u n soneto de Góngora : " l a c r y m o s o i n f o r m a n t e de su pena / en las cortezas que el aliso viste / en los suspiros cultos del a v e n a " , y fístula (2) (cf. B 2.37 et passim), con L o p e , Philomena: " e n pastoriles fístulas y avenas " (donde no se sabe a ciencia c ierta si el autor hacía u n a di ferencia entre los dos ins t rumentos musicales bucólicos por antonomasia ) .

Por lo demás, no es sólo el ámbito de los lat inismos el que aquí hallamos ampl iado con posibilidades adicionales de t raduc i r a V i r g i l i o , sino el de las palabras corrientes , por el uso que se hace de ellas. Véase el verbo entretexer, e jempli f icado en Dice. Aut. por G a r -cilaso, Egl. 2.648: " p o r q u i e n ramos de l a u r o e n t r e t e x i e n d o " ; a cuyo propósito se nos viene a la m e m o r i a B 2.49 " cas ia atque alus intexens suavibus h e r b i s " e ibid. 5.31 " e t foliis lentas intexere m o -Uibus hastas" , y el verso que citaba H e r r e r a ad Garcilaso Egl 1.137: " y m i p a r r a en otro o l m o e n t r e t e x i d a " , G 2.221 " U l e t i b i laetis intexet v i t i b u s u l m o s " .

Podríamos vo lver aquí sobre erizar, recordando a A n t o n i o de G u e v a r a , Vida de Marco Aurelio, c i tado s.v. castaña (1) : " e l castaño erizado nos da las castañas sabrosas" , que nos trae a las mientes el hirsutus de B 7.53, que C o v a r r u b i a s , al c i tar el verso v i r g i l i a n o señalaba como epíteto p rop io de castaña (hirsuto aparece como l e m a en Dice. Aut., pero apl icado a la p ie l del macho cabrío) .

U n a última consideración podríamos dedicar la a los refranes, entre los cuales entresacaríamos " a b e j a o ovejas, y p iedra que t r e b e j a " , que Dice. Aut. conserva del Tesoro con la explicación p e r t i -

2 0 L e e m o s que'l por el erróneo qual; el pasaje en l a ed . de 1496 se e n c u e n t r a e n el F . 109v.


nente , re fer ida a u n a vegetación y a u n a economía agrícola del todo s imi lar a la descrita p o r el M a n t u a n o .

Los académicos, como autores del p r i m e r diccionario de su corporación, quieren ofrecer a España u n m o n u m e n t o del propio id io m a en lo que consideran ser el apogeo de su florecimiento. Cons ciente o inconscientemente conservan más de los autores clásicos, y en p a r t i c u l a r V i r g i l i o , de lo que a p r i m e r a vista podría parecer. E n la lengua y c u l t u r a españolas, y en las demás europeas, la herenc ia l a t i n a sobrevive, p o r más que se la qu iera a r r u m b a r .

M A R G H E R I T A M O R R E A L E

U n i v e r s i d a d de P a d u a

virgilio y el diccionario de...

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