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A global view of Earth Geology Plate Tectonics Tectónica de Placas Uma visão global da Geologia da Terra

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Page 1: Uma visão global da Geologia da Terra · Tectónica de Placas •Aspectos gerais •Estrutura da Terra •Zonas de Subdução •Ciclo de Wilson •Anomalias magnéticas dos fundos

A global view of Earth Geology

Plate Tectonics

Tectónica de Placas

Uma visão global da Geologia da Terra

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Tectónica de placas

Crusta terrestre

Ambientes tectónicos

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Tectónica de Placas

• Aspectos gerais

• Estrutura da Terra

• Zonas de Subdução

• Ciclo de Wilson

• Anomalias magnéticas dos fundos oceânicos

• Derivas aparentes dos polos

• Pontos quentes

• Evolução da vida e Tectónica de Placas

• História do Pangea

• Interação dos Sistemas terrestres

•Revisões

Ver outra apresentação

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A Tectónica de Placas é um modelo unificador para a Terra, que

explica a origem dos padrões de deformação na crusta, a

distribuição dos sismos, a separação e formação de

supercontinentes, fornecendo ainda um mecanismo para o seu

arrefecimento.

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A superfície da Terra compreende sete placas maiores e

algumas placas menores e, com o tempo, todas elas

variam de dimensão e forma.

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1 A camada mais externa da Terra, conhecida como litosfera,

corresponde a uma camada rígida e resistente que assenta

sobre uma camada mais fraca do manto designada por

astenosfera, que se prolonga até aos 660 km de profundidade.

O Modelo da Tectónica de Placas baseia-se

em duas premissas principais:

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2 A litosfera está fracturada em numerosos segmentos ou

placas que se deslocam relativamente umas às outras,

mudando continuamente de forma e tamanho.

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A teoria das placas e os primeiros estudos sísmicos nos limites

das placas indicam que existe formação de placas nos limites

divergentes (cordilheiras oceânicas).

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… e que as placas são consumidas nos limites convergentes

(zonas de subdução).

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… e que deslizam entre si ao longo de falhas transformantes

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O sistema de cordilheiras oceânicas é o aspecto topográfico

mais marcante da superfície da Terra (> 70 000 km de

comprimento). As cordilheiras oceânicas são caracterizadas

por sismos de baixa magnitude, que ocorrem em feixes e estão

associados com intrusões e extrusões de magmas basálticos

ao longo do eixo do rifte.

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Erupções de lavas basálticas em almofada na Cordilheira

Médio-Atlântica. Península de Reykjanes – Sul da Islândia, onde

a cordilheira emerge acima do nível do mar. As almofadas

formam-se quando as erupções basálticas ocorrem a mais de

500m de profundidade.

Descobrir este tipo de rochas em formações da Faixa Piritosa

Ibérica permite atribuir um ambiente de formação semelhante.

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Os estudos sísmicos indicam que os riftes são

originados sobretudo pela formação de falhas

verticais em resposta à injecção de nova litosfera.

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As placas Africana e Antárctica estão praticamente

envolvidas por margens divergentes, por isso

encontram-se em expansão. Para conservar a área

superficial da Terra, outras placas, tais como a placa

Pacífica, estão a diminuir de tamanho com o tempo.

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Os limites de placas convergentes são caracterizados por

hipocentros sísmicos situados ao longo de um plano de

intensa actividade sísmica (ZONA DE BENIOFF) localizado na

região inferior dos arcos continentais. A zona sísmica é uma

zona frágil da parte superior da placa mergulhante (10-20 km).

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Na parte superior das zonas de subdução as tensões

são do tipo extensional enquanto nas zonas mais

profundas predominam os esforços compressivos.

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Os magmas dos arcos continentais são gerados na

cunha de manto localizada acima da placa mergulhante

devido à adição de voláteis provenientes dessa placa.

Nestes locais localizam-se alguns dos estratovulcões

mais explosivos do globo.

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Grande nuvem de cinzas ascendendo até à estratosfera

durante a erupção em 1992 do Monte Pinatubo nas

Filipinas. A grande quantidade de gases libertados nos

arcos continentais reflecte provavelmente a

desvolatilização das placas descendentes.

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Falhas transformantes são limites onde as placas

deslizam entre si, não se obervando modificação da sua

superfície. Definem apenas a direcção de movimento

entre duas placas vizinhas.

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Os primeiros estudos sobre o movimento das falhas

transformantes oceânicas indicaram a existência de

movimentos laterais com afastamento a partir das

cordilheiras oceânicas.

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As falhas transformantes afectam tanto a crosta

continental como a crosta oceânica e podem apresentar

deslocações de algumas centenas de quilómetros,

como é o caso da Falha de Santo André na Califórnia.

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Foto aérea da Falha de Santo André na Califórnia.

Observa-se um desvio lateral no perfil dos canhões

(canyons), devido a truncamento pela falha.

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Principais geo-esferas: crosta, manto, núcleo externo e

núcleo interno

Litosfera = crosta + manto superior

A estrutura interna

da Terra

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A estrutura interna da Terra é revelada pelo

comportamento (velocidade) das ondas compressivas

(P) e das ondas de corte (S), que atravessam a Terra

após a ocorrência de sismos.

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Três descontinuidades sísmicas de primeira ordem

dividem a Terra numa crusta, manto e núcleo:

(1) descontinuidade de Mohovorivic ou Moho, que define a base da

crusta

(2) interface núcleo/manto a 2900 km

(3) a interface núcleo externo/ núcleo interno, a cerca de 5200 km

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A crusta corresponde à região acima da Moho, e tem

espessura variável, desde 3 km, nas cordilheiras

oceânicas, até cerca de 70 km nos orógenos colisionais.

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A litosfera (50-300 km) é a camada rígida externa, que

inclui a crusta e tem comportamento frágil. A

astenosfera, que se estende desde a base da litosfera

até à descontinuidade dos 660 km, corresponde a uma

camada mais fraca e deforma-se por reptação (creep).

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A parte remanescente do manto corresponde à

mesosfera, uma região resistente mas relativamente

passiva em termos de processos de deformação.

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O núcleo externo não transmite as ondas S, sendo por

isso interpretado como líquido. Está compreendido

entre os 2900 e os 5200 km. O núcleo interno (5200 km

até ao centro da Terra) transmite as ondas S, mas com

velocidade reduzida, o que sugere proximidade ao ponto

de fusão.

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Existem apenas 2 camadas na Terra com gradiente de

velocidade sísmica anormalmente baixo: A Zona LVZ (low

velocity zone) na base da litosfera e a camada “D” logo

acima do núcleo.

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Estas camadas coincidem com gradientes de temperatura

muito acentuados, e por isso são consideradas como

camadas térmicas limite.

Zona LVZ (low velocity zone)

Camada “D”

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A zona LVZ é muito importante pois corresponde ao

limite onde as placas se destacam do manto. Sem esta

zona não existiria a Tectónica de Placas. A zona “D” é

considerada como a região onde as plumas mantélicas

são geradas.

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Durante a subdução normal, a placa mergulha no manto

e são gerados magmas na cunha mantélica.

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Contudo, quando a placa mergulha antes de se tornar

negativamente flutuante esta é forçada a deslocar-se

debaixo da placa superior – subdução flutuante. Neste

caso não existe cunha mantélica e não se formam arcos

continentais.

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Os blocos flutuantes da placa inferior acabam por

afundar-se no manto, por arrefecimento ou aumento de

densidade.

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As velocidades símicas observadas na crosta e na cunha

de manto, acima de placas mergulhantes, são reduzidas,

tal como se mostra aqui para o Arco do Japão. As duas

zonas de baixa velocidade na crosta estão correlacionadas

com vulcanismo activo no arco, e provavelmente

correspondem a sistemas de injecção de magma.

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Zonas mais profundas com velocidade sísmica reduzida

(> 30km) podem representar rochas ultramáficas

parcialmente fundidas, como consequência da

transferência de voláteis da placa descendente, que reduz

os pontos de fusão das rochas das cunhas de manto.

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O ciclo de Wilson começa com o rifting da crusta

continental provavelmente em resposta à actuação de

uma ou mais plumas mantélicas.

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De um lado e outro da bacia oceânica em abertura

formam-se margens passivas.

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Esta corresponde à situação actual da América do Sul e

de África

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As bacias oceânicas começam a fechar quando numa

das margens, ou nas duas, se forma um limite

convergente.

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… finalmente verifica-se a colisão continente-continente

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… e formação de orógeno de colisão. Este ciclo com o

nome de J. Tuzo Wilson, ocorreu várias vezes durante o

Fanerozóico.

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A correlação das anomalias magnéticas dos fundos

oceânicos, onde se observam inversões do campo

magnético da Terra, permitem fundamentar de modo

quantitativo o afastamento da crosta oceânica.

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Anomalias positivas correlacionam-se com episódios de

polaridade normal e…

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… anomalias negativas correlacionam-se com episódios

de polaridade inversa.

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Esta secção quase simétrica do East Pacific Rise mostra

um afastamento simétrico em ambos os flancos da

ordem dos 4 cm/ano.

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Compare-se este perfil com o anterior, tendo este uma

velocidade de afastamento dupla da anterior.

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Há medida que as placam se movimentam a posição

relativa dos polos magnéticos da Terra muda, definindo o

que se designa movimento aparente de deriva polar

(apparent polar wander –APW), como se mostra aqui para

a América do Norte e para a Eurásia.

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Este facto sugere que o desvio nos padrões APW foi

determinado pela fragmentação do Pangea.

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Usando o método paleomagnético, não é possível

determinar a paleolongitude porque a direcção dos

polos é a mesma para todas as longitudes, quando uma

placa que se desloca segundo uma linha de latitude

constante.

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A colidiu com B

C colidiu com A-BD colidiu com A-B-C

(supercontinente A-B-C-D)

A deriva aparente dos polos permite a

reconstituição dos supercontinentes do passado

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A cadeia vulcânica Havai-Imperador do Pacífico Ocidental

parece ter sido formada à medida que placa do Pacífico se

deslocou sobre o ponto quente (hot spot) havaiano, que se

localiza actualmente a sul da ilha do Havai. Este ponto

quente corresponde à presença de uma pluma matélica.

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Erupção do Kilauea em 1971. Este vulcão localiza-se

sobre o ponto quente havaiano

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As ilhas havaianas formaram-se nos últimos 7 Ma, à

medida que a placa do Pacífico se ia deslocando.

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Em algumas ilhas de cadeias vulcânicas, como é o caso

das Line Islands no Pacífico Sul, as idades dos vulcões

não seguem um padrão regular. Este facto pode estar

relacionado com o comportamento mais irregular de

algumas plumas do manto.

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Os supercontinentes correspondem a grandes

continentes que existiram no passado, que incluíram um

ou mais dos continentes actuais.

A formação e a fragmentação de um supercontinente é

conhecida como o ciclo supercontinental – Ciclo de

Wilson.

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180

FORMAÇÃO DO PANGEA

Início da Abertura

do Atlântico

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Uma vez que as bacias oceânicas constituem um

obstáculo à migração de alguns animais marinhos e dos

animais terrestres e das plantas, a distribuição

geográfica dos fósseis dá-nos informação sobre a

distribuição dos continentes e das bacias oceânicas

antigas.

EVOLUÇÕES CONJUNTAS OU SEPARADAS ?

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Os fósseis do réptil aquático Mesosaurus (Pérmico)

ocorrem nos dois lados do Atlântico Sul

A distribuição dos fósseis do Mesosaurus apoiam a

conexão da América do Sul e de África há 250 Ma

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Exemplo de diversificação resultante da frgamentação

do Gonduana no peixe Dipnonians. Hoje apenas três

grupos sobrevivem, na América do Sul, em África e na

Austrália.

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O supercontinente mais recente, o Pangea, formou-se

entre 450 e 230Ma e incluía a maioria dos continentes

actuais. Vejamos a sua evolução até aos nossos dias.

Pangea, o último supercontinente

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A história do Pangea começa com a formação de um

antigo supercontinente, Gonduana, entre 750 e 550 Ma.

Nesta figura, Gonduana estende-se à direita e à esquerda

na região do Polo Sul. Siberia e Baltica (NW da Europa)

separam-se do Gonduana há cerca de 600 Ma.

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No Câmbrico, Laurencia (aproximadamente a América do

Norte), Siberia e Baltica encontram-se separadas por

largas bacias oceânicas, sendo a maior o Oceano Iapetus

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Durante o Ordovícico, Avalonia (Inglaterra, Gales e parte

de França e da Espanha) separam-se do Gonduana.

Como Baltica e Avalonia se aproximam de Laurencia, o

Oceano Iapetus começa a fechar.

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Durante o Silúrico, Baltica, Avalonia e Siberia começam a

colidir com Laurencia.

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Durante o Carbónico, Laurencia-Baltica colidem com

Gonduana, Casaquistão colide com Siberia e o Sul da

China, Norte da China e a Indochina separam-se da

Australia.

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No final do Paleozóico, a America do Sul e Stiquinia

colidem com Laurencia, e o Casaquistão colide com

Baltica. A Indonésia e a Malásia separam-se da Australia,

e a China do Norte colide com Amuria (Mongólia) à

medida que o Oceano Tetis começa a abrir.

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Durante o Triássico, a Turquia, Iraque, Irão e Tibete

separam-se da Antarctida-Australia e começam os seus

percursos de colisão com a Eurasia. O Golfo do México

começa a abrir e Verkhoyansk separa-se da América do

Norte, para mais tarde fazer parte da Siberia.

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No início do Jurássico, forma-se o SE da Asia devido à

colisão de diversas placas. Logo após atingir o seu

máximo, Pangea, começa a separação da America e da

Africa. Africa começa a separar-se da India-Antarctida.

Amuria colide com a Asia de Leste, e Madagascar separa-

se da Africa Leste.

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Mar do Labrador

Durante o Cretácico, o Mar de Labrador começa a abrir e

o Oceano de Tétis continua a fechar. India começa a

separar-se da Antarctida-Australia iniciando a rota de

colisão com o Tibete, Wrangellia colide com a parte

ocidental da America do Norte, e Nova Zelândia separa-

se da Antarctida.

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Atlântico Norte

Durante o Tercário Médio, a India colide com o Tibete, o

Atlântico Norte começa a abrir, o Mar do Japão começa a

abrir, e a Australia separa-se da Antarctida. O Mar

Vermelho começa a abrir e a Cordilheira do Pacífico Este

inicia a subdução na parte ocidental America do Norte, à

cerca de 30Ma.

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No final do Terciário, O Arco do Panamá liga a America

do Norte e a America do Sul, desenvolve-se o Sistema de

Rifte do Este Africano, e o Golfo de Aden começa a abrir.

Há cerca de 4 Ma a Baja California separa-se do Mexico

ao longo da Falha Transformante de Santo André, à

medida que o Golfo da California abria.

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O presente. As diversas placas que colidiram para formar

a Asia nos últimos 200 Ma podem corresponder ao início

da formação de um novo supercontinente. A última

colisão está em curso, com a trajectória da Australia em

convergência para o SE da Asia.

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… daqui a 50 Ma

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Esta apresentação baseou-se no CD ROM interactivo

Plate Tectonics and How the Earth Works