satanás viu o plano de deus e decidiu afastar as criaturas de seu criador
TRANSCRIPT
Satanás viu o plano de Deus e decidiu afastar as criaturas de seu Criador. Em
conseqüência das
tentativas de Satanás, a humanidade está longe do que Deus desejava, e o mundo está longe
de ser um
paraíso. Mas Deus não abandonou seu propósito. Ele predestinou os que o amavam
para serem
chamados, justificados, glorificados e "conformes à imagem de seu Filho" (Romanos 8:28-29).
E, tendo
predeterminado isso, isso tem que acontecer, custe o que custar.
A Bíblia é a história da execução do plano de Deus apesar da oposição de Satanás. É a história
do amor
vencedor. Nenhuma decisão que possamos fazer é tão urgente como a decisão de amar aquele
que nos
amou primeiro e permitir que o seu propósito seja concretizado em nossa vida.
2. O PECADO E AS SUAS CONSEQÜÊNCIAS
Steve Kearney
O Homem Sem Pecado
"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança... Criou
Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou"
(Gênesis
1:26-27). Intelectual, moral e fisicamente, Adão e Eva foram feitos à sua imagem.
Deus, que é Espírito, fez Adão como ele mesmo, quando "formou o espírito do homem dentro
dele"
(Zacarias 12:1). Mas você já pensou que Deus, à sua própria maneira, é capaz de ver, ouvir,
cheirar e
falar? Pelo menos é o que sugere Salmo 115:3-8. Os nossos atributos físicos, então, também
levam algo
da imagem de Deus.
Jeová não reteve nenhum bem da humanidade. Junto com poder e domínio, ele preparou um
paraíso
para ela viver. Ele até andou e falou com o homem numa comunhão irrestrita. Na verdade, o
homem foi
feito um pouco inferior a Deus e foi coroado de glória e majestade!
O Homem Recebeu o Poder de Escolher
"E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da
árvore do
conhecimento do bem e do mal não comerás" (Gênesis 2:16-17). Henry Morris disse: "Essa foi
a prova
mais simples que se possa imaginar da postura do homem para com o seu Criador. Será que
ele 'confiaria
e obedeceria' porque ele amava aquele que mostrou tanto amor por ele; ou será que
duvidaria da
bondade de Deus e se ressentiria do controle dele, rejeitando a sua palavra e lhe
desobedecendo?" (The
Genesis Record, p. 92). Para deixar clara a necessidade de obedecer, Deus fez
acompanhar as mais
terríveis conseqüências à sua ordem "Não comerás.". "Porque", diz ele, "no dia em que dela
comeres,
certamente morrerás" (Gênesis 2:17). Desde o começo, o salário do pecado era a morte
(Romanos 6:23).
O Homem Escolheu o Pecado
Deus disse: "Certamente morrerás.". "Então, a serpente disse à mulher: É certo que não
morrerás."
(Gênesis 3:1-4). O diabo negou as palavra de Deus apregoando um pecado sem conseqüências.
Eva jamais pensou em perguntar-se como uma criatura inferior poderia saber mais que Deus!
Ela foi
crédula o bastante para crer que pudesse ser como Deus (um deus), conhecendo o bem e o
mal apenas
por comer do fruto proibido. Então, quando ela percebeu que a árvore era boa como fonte de
alimento (a
concupiscência da carne), que era agradável aos olhos (a concupiscência dos olhos) e a
tornaria sábia (a
soberba da vida), a tentação se mostrou irresistível. Com essa artimanha de planejar algo para
enganála, o tentador conseguiu seduzi-la.
Meu amigo, fique atento: a velha serpente continua a enganar exatamente da mesma forma
hoje! (1
João 2:15-17)
As Conseqüências do Pecado
Isaías 3:11 afirma: "Ai do perverso! Mal lhe irá; porque a sua paga será o que as suas próprias
mãos
fizeram". A primeira coisa que ocorreu com Adão e Eva é que os seus olhos foram abertos e
souberam
que estavam nus (Gênesis 3:7). Viram em seus corpos o potencial para o mal. A carne
e o espírito
lutariam pela supremacia no seu interior, e essa guerra mataria cada vida humana (Gálatas
5:17).
Culpados e envergonhados, usaram folhas de figueira para cobrir a sua nudez um do outro
(Gênesis
3:7). Também, se esconderam entre as árvores da presença de Deus (Gênesis 3:8). A
presença do
Senhor dos exércitos sempre traz terror aos pecadores: eles "se esconderam nas
cavernas e nos
penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e
escondei-nos da face
daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro" (Apocalipse 6:15-17). Almas
impenitentes,
atenção: "Horrível cousa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hebreus 10:31).
Sendo afastados da presença de Deus, Adão e Eva, naquele dia, morreram espiritualmente.
Pensem
em tudo o que eles perderam! Eva tinha dito no coração: "Vou me fazer como o Altíssimo".
Agindo assim,
- 2-
ela perdeu o direito ao esplendor do Paraíso. Decretaram-se maldições sobre ela (3:16), e
sobre o homem
(3:17-19). Ah, como caíram os valentes!
Sofrendo a morte espiritual, Adão e Eva também iniciaram o processo de morte física: "E,
expulso o
homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se
revolvia, para
guardar o caminho da árvore da vida" (Gênesis 3:24). Por causa do pecado deles, o homem, a
mulher e
os filhos de todas as épocas voltariam ao pó: "Em Adão, todos morrem" (1 Coríntios 15:22).
3. O DESAFIO DAS ERAS
Matt Qualls
Um grupo de cientistas se reuniu recentemente para discutir como fazer a camada de ozônio
da terra
que estava se acabando voltar ao estado original. Várias soluções foram apresentadas,
como aplicar
ozônio de volta na atmosfera. Apesar de algumas propostas ambiciosas e de amplo alcance, o
consenso
era que qualquer plano parece um tiro no escuro, mas algum plano é essencial se a
vida como a
conhecemos vai continuar.
As conseqüências do pecado no Éden devem ter parecido igualmente insuperáveis. Assim
que Deus
tinha acabado de tirar as mãos de uma criação perfeita o primeiro casal humano se rebelou,
arruinando o
seu jardim perfeito. Deus deve ter sentido profunda angústia quando expulsou Adão e
Eva do jardim,
assim como um pai justo se machuca quando o filho que ele instruiu espiritualmente cresce e
cai vítima
da dependência das drogas ou da imoralidade.
A diferença entre Deus e o pai decepcionado é que Deus já previu a possibilidade, até
mesmo a
probabilidade, de seus filhos se rebelarem. Desejando ter comunhão com os que o amam, mas
sabendo
que o pecado poderia romper esse relacionamento, Deus traçou um plano misericordioso para
estender
uma ponte sobre o abismo. Esse objetivo estava em sua mente antes dele formar a criação por
meio de
sua palavra. Sua planta detalhada, desvendada em Romanos 8:29-30, revela tanto o
amor quanto a
complexidade de Deus em restaurar o homem ao seu estado original. Paulo afirma:
"Porquanto aos que
de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho,
a fim de
que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também
chamou; e aos
que chamou, esses também justificou."
Sermos conformes ao Filho, justificação, glorificação — quão impossível esses alvos elevados
devem
ter parecido quando se deu o pecado. Milligan observa com muita propriedade: "Durante
muito tempo,
esse foi o mistério dos mistérios... Quando os anjos pecaram, esse foi o fim do período de sua
prova. A
esperança deles então se esvaeceu para sempre... E é bem provável que, quando o homem
pecou e caiu,
as maiores inteligências criadas do universo que conheciam o evento tenham
considerado seu caso
igualmente desesperado".
Assemelhar-nos com o Filho
João revela que no princípio "e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1). Aí
estava
uma pessoa da divindade, um participante da criação (João 1:3), santo e exaltado, mas no céu.
Assim
como a supremacia de Oscar numa quadra de basquete inspire os jovens a praticar e dominar
o jogo, o
homem também precisava mais que nunca de um exemplo de verdadeira obediência na terra.
O fluxo da
influência ímpia do pecado precisava ser exterminado.
Os capítulos iniciais de Gênesis refletem esse espiral que se volta para baixo nos
descendentes de
Adão. A ira e a violência de Caim ao matar seu irmão devem ter sido alimentadas pela
desobediência de
seus pais. Embora dos descendentes de Sete tenha saído o servo de Deus excepcional que era
Enoque, a
linhagem de Caim ficou cada vez mais corrompida. A miscigenação dos descendentes de Caim
com os de
Sete causaram uma perversidade que levou Deus a se arrepender de ter criado o homem.
Noé e sua
família foram os únicos indivíduos por quem Deus poupou a criação, sem exterminá-la da face
da terra.
Justificação
Um só exemplo de santidade não daria certo sem que se arranje um modo de perdoar o
homem.Deus
não poderia fechar os olhos para o pecado do homem e compactuar com ele, da mesma forma
que um
juiz jamais poderia perdoar um assassino culpado, sem prejudicar a sua integridade.
Mais uma vez,
Milligan realça o dilema, afirmando que os anjos "sabiam que Deus era justo, que era
imparcial, e seu
governo deve ser e vai ser mantido; e, portanto, é muito provável que os anjos, bons
e maus,
considerassem o homem perdido — para sempre perdido — no momento em que ele
transgrediu no
Éden". Além do mais, a base do perdão teria de ser estendida a cada ser humano por todo
pecado que
cometesse.
Glorificação
- 3-
Para que o homem glorifique a Deus, ele deve se dedicar em fazer a sua vontade. O
perdão e a
imitação requerem um meio de se erguer acima da tentação. O exemplo de Noé serve de
lembrete. Deus
deu condições a ele e a sua família para que sobrevivessem ao dilúvio e saíssem vitoriosos da
arca para
uma terra que tinha sido purificada eliminando-se todos os homens pecaminosos (Gênesis
8:15-22). Mas,
até mesmo no capítulo seguinte, há um registro de Noé se embriagando, o que deu margem
para que
Cam pecasse mais ainda, ocasionando a ira de Deus sobre os seus descendentes.
Apesar desse contexto lamentável, o que fica claro é que Deus tinha aceitado o desafio de pôr
o seu
plano em funcionamento. Este tema é desenvolvido por todo o restante da Bíblia, à medida
que Deus
cumpre a execução de seu desígnio divino.