roma antiga

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Monarquia, República e Império

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História de Roma a partir dos principais acontecimentos políticos, econômicos e sociais ocorridos durante a Monarquia, República e Império.

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Page 1: Roma antiga

Monarquia, República e Império

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• Originalmente – povos autóctones

• 2000 a.C. – povos indo-europeus: sete tribos que ocuparam 7 colinas na região – sabinos, úmbrios, équos, oscos, volscos, samnitas e latinos.

• 1000 a.C. – etruscos se fixam na margem direita do rio Tibre – comércio ativo de sal e manufaturas.

• 700 a.C. – os etruscos impõem sua cultura na região do Lácio (nome da região das sete colinas) e centralizam toda a administração a partir de uma única cidade ROMA.

Eram cerca de 80 mil pessoas entre agricultores, escravos, comerciantes e artesãos.

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Virgílio, poeta romano, em sua obra Eneida, narra a lenda sobre as origens de Roma.

A História começa com o nascimento de dois irmãos gêmeos, Rômulo e Remo, filhos de Marte com uma mortal descendente de Enéias – filho do rei de Tróia. A mãe dos gêmeos era Reia Sílvia, filha de Numitor, rei de Alba Longa.

Quando Amúlio, irmão de Numitor, usurpou o trono, procurou acabar com os descendentes de seu irmão, ou seja, encomendando a morte dos sobrinhos, que foram lançados em um cesto no rio Tibre.

Rômulo e Remo foram encontrados as margens do rio por uma loba que os amamentou como se fosse sua própria cria.

Um pastor chamado Fáustolo avistou, pegou e criou os gêmeos até a idade adulta. Passados alguns anos, Rômulo e Remo sentiram-se preparados e voltaram a Alba Longa para destronar o rei usurpador. Eles mataram Amúlio e reconduziram o avô Numitor novamente ao trono de Alba Longa.

Com o consentimento de Numitor, Rômulo e Remo em homenagem a loba que os amamentou, fundaram uma cidade no mesmo lugar em que foram encontrados. A cidade fundada por eles ficou conhecida como Roma que segundo alguns historiadores foi fundada em 753 a.C.

Anos mais tarde, Rômulo teria matado Remo pela liderança da cidade e transformou-se no Primeiro Rei de Roma.

Disponível em: <http://www.civilizacaoantiga.com/2009/05/lenda-da-fundacao-de-roma.html>.

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Roma foi sucessivamente governada por 4 reis latinos e sabinos e 3 reis etruscos.

Os reis vinham de famílias aristocratas, que controlavam o poder e governavam em prol de seus próprios interesses. Eles se diziam descendentes dos primeiros habitantes da região.

Os reis etruscos se empenharam em tornar Roma uma grande cidade: drenaram pântanos, construíram redes de esgotos e construíram muralhas para proteger a cidade. Também incentivaram o desenvolvimento de atividades econômicas como o comércio interno e o artesanato em cerâmica e bronze.

O rei não governava a cidade sozinho. Contava com o auxílio do Senado (uma assembleia de patrícios) e a Comitia Curiata (assembleia de representantes das famílias livres).

Os principais conflitos do período eram de ordem social, pois, os plebeus, que viviam de atividade manuais, como o artesanato, a agricultura ou o pequeno comércio, não tinham direitos políticos e podiam ser escravizados quando não fossem capazes de pagar suas dívidas.

A monarquia não era hereditária – Senado e a Comitia Curiata é quem escolhiam os sucessores.

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IMPORTANTE! Havia também ESCRAVOS, que eram pessoas capturadas em guerras ou plebeus que não conseguiam pagar suas dívidas.

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(Ufba 2011) Despojados de suas terras, inúmeros camponeses emigravam para a cidade, onde seriam clientes das famílias ricas ou iriam engrossar a massa de desocupados, pobres e famintos. (COTRIM, 1994, p. 99).

O texto se refere a um fenômeno social que se construiu na antiga República Romana e cujo conceito — clientelismo — se estendeu a várias situações que relacionam poder e dependência, ao longo da história, inclusive na história do Brasil.

Com base nessas considerações e nos conhecimentos sobre o assunto, indique um fator que favoreceu o florescimento do clientelismo na antiga República Romana e outro que favoreceu sua prática no Brasil.

• Fator referente à Antiga República Romana

• Fator referente ao Brasil

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Fatores referentes à Antiga República Romana:

• guerras de conquistas na República Romana, propiciando a entrada de grande número de escravos nas áreas rurais e urbanas, fazendo concorrência ao trabalho livre dos plebeus. Empobrecidos e arruinados, esses plebeus migram para as cidades, engrossando a população da plebe urbana, tornando-se clientes dos patrícios;

• grande concentração de plebeus empobrecidos nas cidades romanas, no período republicano, levando-os a se colocarem sob a proteção dos patrícios, em troca da execução de determinadas obrigações. Tornavam-se, assim, seus clientes;

• dificuldades econômicas enfrentadas pelos plebeus após as guerras de conquistas ocorridas no período republicano, levando-os a se colocarem como clientes dos patrícios, de quem recebiam proteção e auxílio para sua sobrevivência, em troca da execução de determinadas obrigações.

Fatores referentes ao Brasil:

• Períodos colonial e monárquico:

― Estruturação da sociedade patriarcal fundamentada na posse da terra e de escravos, na qual os parentes pobres, pequenos proprietários e prestadores de serviços dependiam da proteção dos grandes senhores, de quem se tornavam clientes, em troca de fidelidade e obrigações.

• Período republicano:

― Concentração do poder econômico nas mãos dos coronéis, que também assumiam grande poder político. Os que ficavam fora dessa esfera de poder, a exemplo dos componentes das classes desprivilegiadas, especialmente nas áreas rurais, dependiam de favores e proteção dos coronéis. Estes, por sua vez, exigiam fidelidade de voto e participação a seu lado nas disputas políticas ou de terras que aconteciam nessas áreas brasileiras.

― Laços de dependência fortalecidos também mediante as relações de compadrio.

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Quando os patrícios promoviam guerras nos arredores e saíam vitoriosos, os bens das pessoas que eram derrotadas ficavam nas mãos dos patrícios, que assim iam se tornando cada vez mais ricos. Os plebeus, insatisfeitos com essa situação, ainda mais com o fato de serem escravizados quando não pagavam suas dívidas, começaram a exigir reformas sociais por meio de lutas e revoltas. Diante dessa situação de conflito, os últimos reis foram concedendo alguns benefícios aos plebeus, como participar do exército e assim poder dispor dos espólios das guerras e também participação política. Acontece que os patrícios não gostaram nada disso e acabaram se unindo para depor o rei.

O último rei etrusco, Tarquínio, o Soberbo, foi retirado do poder pelos patrícios, que fundaram a República romana em 509 a.C., e assim começa uma outra etapa na história de Roma.

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Apoiava-se em uma complexa estrutura político-administrativa formada por 3 grandes áreas:

Magistratura Senado

Assembleias

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A substituição da Monarquia pela República foi um ato reacionário dos patrícios, que afastaram a realeza,

cada vez mais comprometida com as classes empobrecidas. O monopólio

do poder voltou às mãos dos patrícios, com as instituições

romanas assegurando a manutenção do poder.

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Mediante essa nova estruturação política, Roma iniciou um lento e contínuo processo de expansão, que culminará com o domínio de toda a península Itálica mais arredores.

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A cada nova região conquistada, as riquezas dos patrícios aumentava, assim como o número de escravos. Foi assim que o modo de produção passou a ser escravista.

As riquezas oriundas das guerras ficavam concentradas nas mãos dos patrícios, gerando assim uma desigualdade social cada vez maior.

Havia também o problema da escravidão por dívidas, que acometia os plebeus que não conseguiam saldar suas dívidas.

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A insatisfação dos plebeus era realmente muito grande e culminou na ocorrência de diversas revoltas. A cada grande revolta os plebeus iam conquistando benefícios para sua classe. Acompanhe as principais conquistas dos plebeus durante a República:494 a.C. : os plebeus se dirigem ao Monte Sagrado, exigindo representação política. Para atendê-los foram criados dois tribunos. Com o tempo esse número aumentou para dez. Através dos Tribunos da Plebe, os plebeus poderiam defender qualquer cidadão que se sentisse injustiçado e ainda vetar algumas leis propostas pelo Senado.450 a.C.: Depois da promulgação da Lei das Doze Tábuas ficou estabelecido que as leis romanas seriam escritas.445 a.C.: através da publicação da Lei Canuléia o casamento entre plebeus e patrícios passou a ser permitido. No entanto, vale salientar que essa lei só foi criada porque havia um crescente número de plebeus enriquecidos que ansiavam por mais status na sociedade. Surge assim a aristocracia dos Nóbiles. 367 a.C.: é promulgada a Lei Licínia que proibia a escravidão por dívidas.

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1- O que foram? Foram, ao todo, três grandes batalhas travadas entre os romanos e os cartagineses. Os cartagineses viviam em Cartago, uma antiga colônia fundada pelos fenícios, lembra-se deles? 2- Por que ocorreram? Porque romanos e cartagineses disputavam a Sicília e o domínio do Mar Mediterrâneo.3- Quem venceu? Os romanos venceram os cartagineses. Os poucos sobreviventes de Cartago foram escravizados e a cidade completamente destruída.

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O comércio por todo o Mediterrâneo se tornou mais intenso, o que permitiu o enriquecimento dos comerciantes;

As populações conquistadas eram escravizadas o que fez aumentar ainda mais o número de escravos nas cidades romanas. Em função disso, muitas revoltas organizadas por escravos ocorreram;

As terras conquistadas eram repartidas entre os aristocratas romanos, sendo assim, eles iam se tornando cada vez mais ricos e poderosos, enquanto os pequenos proprietários iam empobrecendo na mesma proporção, já que além das terras, os aristocratas possuíam muitos escravos. Para os pequenos camponeses era impossível concorrer com os aristocratas, razão pela qual eles iam se endividando e perdendo suas terras. Sem terras, acabavam indo para as cidades em busca de algum sustento.

Houve a helenização. Após os gregos terem sido conquistados pelos romanos, muitos tornaram-se escravos e acabaram influenciando os costumes e as leis romanas.

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(Ufrs 2011) Durante a República Romana, a escravidão aumentou consideravelmente sua importância na sociedade e na economia, contribuindo para a crescente dependência da República Romana em relação à mão de obra escrava.

 

A dependência da mão de obra escrava na República Romana devia-se

a) à expansão das grandes propriedades e ao aniquilamento da pequena propriedade rural.

b) às guerras de conquista empreendidas por Roma, as quais contribuíram decisivamente para predomínio dessa relação de trabalho.

c) à inexistência de mão de obra livre e ao desinteresse da população pelos trabalhos manuais.

d) aos conflitos entre patrícios e plebeus na luta pela terra.

e) à necessidade de ampliação da oferta de mão de obra para o desenvolvimento do artesanato.

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[B]

 

Durante o período republicano (509 – 27 a.C.) os romanos empreenderam diversas guerras, conquistaram vastas regiões e subjugaram muitos povos, sendo que parcela significativa desses povos foi submetido à escravidão. Milhares de escravos foram enviados à Roma e às regiões próximas e trabalharam nas mais diversas atividades, destacando-se a agricultura nas propriedades da elite patrícia. O desenvolvimento do escravismo determinou a retração do trabalho livre e a marginalização da maior parte dos plebeus.

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Tibério Graco - eleito tribuno da plebe em 133 a.C., propôs uma lei pela qual quem tivesse mais de 310 acres de terra deveria doar o excedente para o Estado, a fim de que este as arrendasse aos cidadãos pobres. O Senado opôs-se a tais medidas e, numa tumultuada sessão no recinto do próprio Senado, Tibério e mais de trezentos de seus adeptos foram assassinados.

Tibério Graco denunciou o empobrecimento dos pequenos camponeses:“Os homens que combatem e morrem pela Itália têm o ar e a luz, mas mais nada [...] Lutam e perecem para sustentar a riqueza e o luxo de outros, mas, embora sejam chamados senhores do mundo, não tem um único torrão de terra que seja seu”.

Caio Graco foi eleito tribuno em 123 a.C.. Elaborou leis para melhorar as condições de vida da plebe, como a Lei Frumentária, que determinava a distribuição de trigo a preço baixo aos plebeus, além da reforma agrária. Os aristocratas reagiram contra Graco e seus seguidores, o que resultou em vários confrontos armados, até que, cercado numa das colinas romanas, Caio ordenou a um escravo que o matasse. O escravo suicidou-se em seguida.

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(Ufsm 2011) "Os romanos costumavam vender uma parte das terras conquistadas, anexar outras e arrendá-las aos cidadãos que nada possuíssem, mediante um ligeiro censo (renda anual) ao tesouro público. Os ricos, porém, tinham conseguido apoderar-se dessas terras; eis por que foi feita uma lei que proibia a todos os cidadãos ter mais de 125 hectares. Mas os ricos conseguiram a obtenção de terras sob nomes de empréstimos; por fim, tomaram-nas abertamente em seu nome, então os pobres, espoliados da sua posse, trataram de evitar o serviço militar e a criação de filhos. Assim, a Itália seria em breve despovoada de habitantes livres e cheia de escravos bárbaros que os ricos empregavam na cultura das terras, para substituir os cidadãos que haviam expulsado delas."

 PLUTARCO. Vida de Tibério e de Caio Graco. In: ARRUDA & PILETTI. Toda a História - vol. 1. São Paulo: Ática, 2008. p.76.

 O texto aponta as modificações na estrutura fundiária da Itália, no século II a.C. Sobre essas transformações, é incorreto afirmar:

a) A substituição dos camponeses por escravos, nas terras da península itálica, está relacionada com a expansão militar romana e com o aumento da oferta de escravos.

b) O Senado romano, dominado pelo patriciado, barrou a formação de latifúndios com mão de obra escrava, pois entendeu que essa mudança alterava a base social da sociedade.

c) O Senado romano, controlado por grandes proprietários de terra, viu de forma favorável a formação do latifúndio escravista e o desmantelamento das unidades de produção camponesa.

d) A vitória militar sobre Cartago e a expansão territorial pelas terras banhadas pelo Mediterrâneo favoreceram o aumento da oferta de mão de obra escrava no mercado romano.

e) A expansão político-militar da República romana pelo Mediterrâneo teve implicações no sistema socioeconômico e transformou as relações da sociedade com o meio ambiente da península itálica.

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[B]

O texto descreve o processo de concentração fundiária em Roma, destacando primeiro a utilização de subterfúgios por parte da elite patrícia que, posteriormente, ampliou suas propriedades abertamente, utilizando a mão de obra escrava. O sistema escravista foi predominante em Roma a partir das conquistas e um de seus efeitos foi promover a marginalização da plebe.

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Por causa da expansão, alguns plebeus enriquecem – são os nobres, que conquistaram, inclusive, o direito à participação nas magistraturas.

Para conseguirem votos das classes mais pobres, davam esmolas e promoviam espetáculos de gladiadores.

Essa política concedeu poder até sobre o Senado.

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Após a morte dos Graco, houve a polarização política seguida de radicalização nas lutas governamentais, e a República Romana entrou em crise.

De um lado estavam os aristocratas, preocupados com a manutenção da ordem existente; de outro, os populares, ansiosos por reformas.

Destacaram-se nesse período o general Mário, o defensor da plebe, e o general Silas, que defendia os conservadores.

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Entre 107 e 100 a.C., Mário, elegeu-se cônsul por 6 vezes consecutivas.

Em 82 a.C., Sila, homem de confiança do Senado foi aclamado ditador perpétuo. Seguiu-se então um período de terror e perseguições, finalizado apenas com sua renúncia em 76 a.C.

Formou-se o 1º TRIUNVIRATO – Pompeu, Júlio César e Crasso.

Júlio César é o que obtém mais destaque, tornando-se ditador vitalício.

Foi responsável por importantes reformas- doação de terras a milhares de ex-soldados e plebeus empobrecidos; concessão de cidadania a muitos habitantes das províncias.

Por tais ações e pelo fato de exercer o poder sem apoio do Senado, foi acusado de querer a volta da monarquia, sendo por esse motivo assassinado.

Forma-se então o 2º TRIUNVIRATO - Marco Antônio, Otávio e Lépido.

Desta vez quem obtém destaque é Otávio, que é aclamado imperador pelo Senado. É assim que chega ao fim a República romana e tem início uma nova fase, o Império.

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(Ufpr 2011) O trecho abaixo foi escrito por Suetônio, biógrafo dos primeiros imperadores romanos, nascido no final do século I d.C. Trata-se do registro de algumas reformas feitas por Júlio César, logo após este ter assumido o poder. A partir da leitura do texto, analise as principais mudanças na vida dos romanos no contexto do final da República e início do Império romano.

 

“Distribuiu oitenta mil cidadãos em colônias transmarinas. Para garantir que a cidade de Roma não ficasse despovoada, proibiu a todo cidadão de mais de vinte e menos de sessenta anos, à exceção dos que servissem no exército, ficar mais de três anos fora da Itália. Proibiu os filhos de senadores de se ausentarem a não ser que estivessem acompanhados de um comandante militar ou magistrado. Obrigou que os pastores tivessem, ao menos, um terço dos criadores púberes livres de nascimento. Aos médicos e profissionais liberais atuantes em Roma conferiu a cidadania, a fim de fixá-los aí e atrair outros profissionais”.

 

(Suetônio, A vida dos doze césares, Vida de Júlio César, 42.)

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O texto refere-se o temor de despovoamento de Roma, na medida em que a exploração das áreas colonizadas tornava-se atraente para diversos romanos das mais diversas profissões. O controle sobre vastas áreas na África e Europa e a disponibilidade de mão de obra escrava determinou o deslocamento de milhares de indivíduos, dada a ideia de maior possibilidade de enriquecimento.

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O governo de Otávio Augusto inaugurou um período de paz na sociedade romana. Durou 44 anos e é intitulado “Paz

Romana”. Durante esse período Roma se tornou a capital do mundo antigo. Suas cidades ganharam estradas, esgotos,

pontes, portos e a língua latina se difundiu. As conquistas territoriais atingiram seu ponto máximo o que potencializou o modo de produção escravista. A política do pão e circo, iniciada durante a República e que consistia em conceder diversão e comida às massas desempregadas, foi levada ao extremo, já que os escravos ocuparam o lugar dos plebeus na produção agrícola e no artesanato. Foi nesse período que Jesus Cristo, o fundador do cristianismo, nasceu, viveu e morreu. No entanto, nem todos os imperadores que sucederam Otávio, desenvolveram um bom governo o que gerou uma onda de instabilidade política. Muitos imperadores foram inclusive assassinados pelos senadores romanos.

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(Ufpr 2011) O cristianismo católico tornou-se religião oficial do Império Romano no ano de 380 d.C., data da edição do famoso édito de Tessalônica, outorgado pelo Imperador Teodósio. Desde a sua criação até este momento, a caminhada foi dura e difícil para os seguidores de Cristo. Exemplo disso foram as perseguições movidas por alguns imperadores romanos, eternizadas pelos relatos fantásticos e emotivos de vários escritores e historiadores cristãos.

Podemos apontar como principais causas dessas perseguições:

a) O ódio e a intolerância tanto das autoridades como da população pagã do mundo romano, que viam na figura de Cristo e na comunidade cristã uma ameaça ao poder do Imperador.

b) A constante penetração de elementos cristãos tanto nas filas do exército imperial romano como em cargos administrativos de elevada importância, que poderiam servir de “mau exemplo” tanto em termos políticos como ideológicos.

c) Aspectos de índole moral, na medida em que os cristãos eram acusados pelos pagãos de realizarem orgias e assassinatos de crianças em seus rituais.

d) A associação entre os cristãos e os inimigos bárbaros que punha em risco a estabilidade política e religiosa interna do mundo imperial romano.

e) A necessidade de oferecer à população de Roma “pão e circo”, com os cristãos sendo sacrificados na arena do Coliseu para minimizar a ameaça de revoltas populares contra as autoridades imperiais.

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[D]

 

As autoridades romanas – e não a população – viam os cristãos e o cristianismo como uma ameaça, não apenas porque eram elementos de províncias dominadas, mas porque defendiam uma concepção de mundo universalista, que se opunha a superioridade romana em relação a outros povos; ao mesmo tempo, a crença em um Deus único, celeste, sem forma, chocava-se com o caráter divino dado ao Imperador, questionando indiretamente seu poder.

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Assinala um período de franca decadência em Roma, redução das conquistas devido à falta de investimentos no exército. Crise no modo de produção escravista, levando assim à escassez e aumento de preços das mercadorias.

Numa tentativa de resolver a questão, os impostos nas cidades romanas sofreram um abusivo aumento. Com isso, os grande proprietários se transferiram para suas terras no campo, onde não precisavam pagar os impostos.

Nessas propriedades rurais o trabalho realizado por camponeses empobrecidos e ex- escravos, que tinham o direito de morar e trabalhar nessas terras entregando como parte do pagamento pelo vínculo estabelecido, parte da produção.

Para agravar esse cenário, os povos germânicos, chamados de bárbaros pelos romanos, estavam crescendo e precisando de mais espaço. Perceberam a fragilidade do Império Romano e iniciaram um lento processo de invasão.

Com o objetivo de melhorar a crise, Constantino mudou a capital do Império Romano para Constantinopla, no Oriente.

Teodósio, outro imperador romano empenhado em resolver a crise, dividiu o império em duas partes: Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma e Império Romano do Oriente, cuja capital era Constantinopla.

O Império Romano do Ocidente não resistiu às invasões bárbaras e sucumbiu no ano de 467 dando início a um processo histórico que estudaremos mais adiante, o feudalismo. Já o Império Romano do Oriente, que também estudaremos mais adiante, resistiu por cerca de mais mil anos.