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PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS Município de Mateiros (TO) DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNCIOS FLORESTAISPLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNCIOS FLORESTAIS PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE A GURUPI - TO NOVEMBRO - 2013 Foto: Taylor Nunes

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PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

Município de Mateiros (TO)

DE PREV

ENÇÃO E COMBATE

 AOS INCÊN

CIOS FLORESTA

IS‐ PLA

NO OPER

ATIVO DE PREV

ENÇÃO E COMBATE

 AOS INCÊN

CIOS FLORESTA

IS ‐ PLA

NO OPER

ATIVO DE PREV

ENÇÃO E COMBATE

 A

GURUPI - TO NOVEMBRO - 2013

Foto: Taylor Nunes 

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equipe técnica 

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA

CENTRO NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS RODRIGO DE MORAES FALLEIRO - CHEFE

NÚCLEO DE INTERAGÊNCIAS E CONTROLE DE QUEIMADAS LARAH STEIL MARIANA SENRA DE OLIVEIRA NÚCLEO DE OPERAÇÕES E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS ANA MARIA CANUT CUNHA CLEMILTON FIRMINO DE MACEDO DEVALCINO FRANCISCO DE ARAÚJO GABRIEL CONSTANTINO ZACHARIAS JOSÉ ARRIBAMAR DE CARVALHO

GIZ/AMBERO PHILIPP BUSS ANGELA CORDEIRO

FUNDAÇÃO DE APOIO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DO TOCANTINS

COORDENADOR MARCOS GIONGO EQUIPE TÉCNICA JADER NUNES CACHOEIRA ANTONIO CARLOS BATISTA DAMIANA BEATRIZ DA SILVA MARCELO RIBEIRO VIOLA JULIANA BARILLI ANDRE FERREIRA DOS SANTOS ALEXANDRE BEUTLING PATRÍCIA APARECIDA DE SOUZA INGRIDY MIKAELLY PEREIRA SOUSA JESSICA NEPOMUCENO PATRIOTA

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SUMÁRIO  APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 1 1 ‐ APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO ...................................................................... 2 

1.1 ‐ Caracterização da área ............................................................................... 2 Histórico ......................................................................................................... 2 Informações gerais e localização ...................................................................... 2 Clima............................................................................................................... 3 Uso do solo e vegetação .................................................................................. 4 Hidrografia ...................................................................................................... 6 Relevo ............................................................................................................. 7 Unidades de Conservação no município de Mateiros ......................................... 7 Situação fundiária ............................................................................................ 9 Conflitos ........................................................................................................ 10 

1.2 ‐ Ações de prevenção e combate na região ............................................... 11 1.3 ‐ Histórico da ocorrência de incêndios ....................................................... 12 1.4 ‐ Áreas prioritárias para a proteção ........................................................... 18 1.5 ‐ Áreas com maior risco de incêndios ........................................................ 20 

2 ‐ AÇÕES PREVENTIVAS ..................................................................................... 22 2.1 ‐ Centro de gerenciamento de fogo ........................................................... 22 2.2 ‐ Campanhas educativas ............................................................................. 23 2.3 ‐ Controle de queima e queima controlada ............................................... 26 2.4 ‐ Manejo de combustíveis .......................................................................... 28 2.5 ‐ Monitoramento meteorológico/risco de incêndios ................................ 29 2.6 ‐ Definição de sistema de vigilância/detecção de incêndios ..................... 30 

3 ‐ AÇÕES DE PRÉ‐SUPRESSÃO ........................................................................... 32 3.1 ‐ Recursos humanos .................................................................................... 32 3.2 ‐ Contingente de brigadistas e de combate ............................................... 33 3.3 ‐ Demandas e capacitação .......................................................................... 34 3.4 ‐ Recursos materiais e serviços logísticos .................................................. 34 3.5 ‐ Facilidades para o combate ...................................................................... 37 3.6 ‐ Ações interagências e estabelecimento de parcerias .............................. 40 

4 ‐ COMBATE A INCÊNDIO .................................................................................. 42 4.1 ‐ Sistema de acionamento .......................................................................... 42 4.2 ‐ Organização para o combate ................................................................... 43 4.3 – Desmobilização ........................................................................................ 43 

5 ‐ SISFOGO ........................................................................................................... 44 6 ‐ PESQUISAS ....................................................................................................... 45 MAPA OPERATIVO (em anexo)  

 

 

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS  

ADAPEC    Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins 

ANAC      Agência Nacional de Aviação Civil 

ANEEL      Agência Nacional de Energia Elétrica 

APA      Área de Proteção Ambiental 

APAJ      Área de Proteção Ambiental Jalapão 

CAT       Centro de Atendimento ao Turista 

CCEA      Centro de Capacitação e Educação Ambiental 

CGF      Centro de Gerenciamento de Fogo  

CIPAMA    Companhia Independente da Polícia Militar Ambiental 

CIPRA      Companhia Independente de Policia Rodoviária e Ambiental 

COEMA     Conselho Estadual do Meio Ambiente 

COMATUR    Conselho Municipal de Turismo 

DERTINS     Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Tocantins 

DETRAN    Departamento Estadual de Trânsito do Tocantins  

EMBRAPA    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 

ESEC      Estação Ecológica 

FAPTO      Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins 

GPS       Global Positioning System 

ha        hectares 

hab       habitantes 

ICMS   Imposto  sobre Operações  relativas  à  Circulação  de Mercadorias  e  Prestação  de 

Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação 

IBAMA      Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 

IBGE      Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 

ICMBio      Instituto Chico Mendes da Biodiversidade 

IDHM      Índica de Desenvolvimento Humano Municipal 

INCRA       Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 

INMET      Instituto Nacional de Meteorologia 

INPE       Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 

JICA      Agência Japonesa de Cooperação Internacional 

km        quilômetro 

 

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km²       quilômetro quadrado 

mm       milímetro 

MMA      Ministério do Meio Ambiente 

MODIS      Moderate‐Resolution Imaging Spectroradiometer 

MPE      Ministério Público Estadual 

MPF      Ministério Público Federal 

NATURATINS  Instituto Natureza do Tocantins 

ONG      Organizações não Governamentais 

PCH      Pequena Central Elétrica 

PEJ        Parque Estadual do Jalapão 

PFT       Grupo de Pesquisas Florestais no Estado do Tocantins 

PO        Plano Operativo 

Prevfogo    Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais 

ROI       Registros de Ocorrências de Incêndios  

RPPN      Reserva Particular do Patrimônio Natural 

RURALTINS    Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins 

SEAGRO    Secretária de Agricultura e Pecuária 

SEBRAE     Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 

SEDUC      Secretaria da Educação do Tocantins 

SEMADES    Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável  

SEPLAN     Secretaria do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública 

SisFogo     Sistema Nacional de Informações sobre Fogo 

SISNAMA    Sistema Nacional do Meio Ambiente 

SRTM      Shuttle Radar Topography Mission 

TAC       Termo de Ajustamento de Conduta 

TC        Termo de Compromisso 

TO        Estado do Tocantins 

UC        Unidades de Conservação 

UFT       Universidade Federal do Tocantins 

 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

1

APRESENTAÇÃO 

O Plano Operativo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do município de Mateiros (TO) é  decorrente  do  contrato  n° VN  204‐147‐13  do  Projeto: Manejo  do  Fogo  PN  147  estabelecido entre a AMBERO Consulting GesellschaftmbH e a Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins  (FAPTO)  que  encontra‐se  no  âmbito  do  Projeto  da  Cooperação  Técnica  Alemã GIZ/AMBERO  “Prevenção,  controle  e  monitoramento  de  queimadas  irregulares  e  incêndios florestais no Cerrado”. 

A  estruturação  do  presente  documento  teve  como  referência  o  Roteiro Metodológico  para  a elaboração de Planos Operativos de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de autoria do Prevfogo/IBAMA e as orientações do Termo de Referência, Anexo 1 do contrato. 

 

   

Neste  documento  todas  as  referências  espaciais  descritas  no  texto  são  apresentadas  em coordenadas  geográficas  (graus, minutos  e  segundos)  no  Sistema  de  Referência  Geodésico SIRGAS 2000, sendo as figuras e mapas no mesmo sistema, porém na projeção UTM (Universal Transversa de Mercator) (fuso 23).  

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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1 ‐ APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO  

1.1 ‐ Caracterização da área 

Histórico 

O  atual município  de Mateiros  (TO)  inicialmente  era  um  distrito  subordinado  ao município  de Ponte Alta do Norte (Lei Municipal n° 53, de 24 julho de 1963). Em 1989 o município de Ponte Alta do Norte passou a ser denominado de Ponte Alta do Tocantins (Decreto Legislativo n° 1, de 01 de janeiro  de  1989).  Em  1991,  o  distrito  de Mateiros  foi  elevado  à  categoria  de município  com  a denominação de Mateiros, pela Lei Estadual n° 251, de 20 de fevereiro de 1991, alterada em seus limites, pela  Lei  Estadual  n°  498, de  21 de  dezembro de  1992,  desmembrado do município de Ponte Alta do Tocantins. 

A  cidade  recebeu  o  nome  de  “Mateiros”  devido  a  grande  quantidade  de  veados mateiros  que existia na região. O município de Mateiros encontra‐se na parte central da região ecoturística do Jalapão.  A  comunidade  ficou  conhecida  no  Estado  do  Tocantins  por  seu  artesanato  de  capim dourado onde passou a ser vendido em todo o país e em alguns lugares no exterior. 

Informações gerais e localização 

O município  de Mateiros  possui  uma  área  de  9.681  km².  Sua  população  estimada  é  de  2.223 habitantes  (IBGE,  2010).  A  sede  municipal  de  Mateiros  (TO)  localiza‐se  em  uma  latitude  de 10°32'51"  S  e  a  uma  longitude  de  46°25'16" O. Caracterizado  pelo Bioma  Cerrado o município encontra‐se  no  extremo  leste  do  Estado  do  Tocantins.  Mateiros  faz  divisa  ao  norte  com  os municípios de São Félix do Tocantins (TO), Alto da Parnaíba (MA) e Barreiras do Piauí (PI); ao leste com Formosa do Rio Preto (BA), ao sul com Rio da Conceição (TO) e a oeste com Almas (TO), Ponte Alta  do  Tocantins  (TO)  e Novo  Acordo  (TO)  (Figura  1). Na  região  localizam‐se  alguns  atrativos naturais  importantes como a Cachoeira da Formiga, Cachoeira da Velha, o Fervedouro, as Dunas do Jalapão, além de outros atrativos. Mateiros é o único município do Estado do Tocantins que faz divisa com o estado do Piauí. 

 

Fonte: PFT (2013) Figura 1 ‐ Localização do município de Mateiros (TO). 

O  acesso  ao  município  de  Mateiros  (parte  Norte)  pode  ser  realizado  através  do  percurso envolvendo as rodovias TO‐020, trecho Palmas ‐ Novo Acordo (112 km de asfalto), TO 030, trecho Novo Acordo ‐ São Félix do Tocantins (136 km em  leito natural), seguindo‐se depois pela rodovia 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

3

TO‐110 entre São Félix do Tocantins e Mateiros (87 km em  leito natural), totalizando 199 km de estradas não‐pavimentadas (leito natural).  

Pelo leste, o caminho entre Palmas e Mateiros percorre trechos de rodovias pavimentadas como a TO‐050 até Porto Nacional  (52 km), que dá acesso à rodovia parcialmente pavimentada TO‐255, que passa por Ponte Alta do Tocantins (105 km de asfalto) até atingir o município de Mateiros (160 km  em  leito  natural),  totalizando  160  km  de  estradas  não  pavimentas  (leito  natural).  Outra alternativa, é saindo de Palmas passando pelo distrito de Taquaruçu (30 km) seguindo em direção ao município de  Santa  Tereza  e,  em  seguida  chegando  ao município  de  Ponte Alta  para  então percorrer os 160 km de estrada em leito natural. 

Pelo sul, o acesso ao município de Mateiros, pode ser realizado a partir de Dianópolis (TO), tendo duas alternativas possíveis. A primeira  seria utilizando a TO‐476 que dá acesso a Ponte Alta do Tocantins e a  segunda utilizando a TO‐110 e passando pela  localidade de Garganta dá acesso a sede municipal de Mateiros (TO). 

Ainda, outro meio de acesso, é pelo lado leste do município, Estado da Bahia. Este acesso pode ser feito a partir da cidade de Formosa do Rio Preto (BA) pela BR‐135 em que são percorridos cerca de 15 km, sentido Cristalândia do Piauí (PI). O acesso é feito a direta da BA 225 (acesso a COACERAL) e que deverão ser percorridos 77 km em estrada de asfalto em condições precárias e outros 42 km de estrada em leito natural até a divisa dos estados da Bahia e Tocantins. Deste ponto, a estrada passa  a  ser  denominada  de  TO  225  (33  km  em  leito natural). Os últimos  22  km  (leito natural) pertencem à rodovia TO 110. 

O  Índice  de  Desenvolvimento  Humano  Municipal  (IDHM)  de  Mateiros  é  0,607,  em  2010.  O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699). Em relação aos 139 outros municípios do Estado do Tocantins, Mateiros ocupa a 102ª posição, sendo que  101  (72,66 %) municípios  estão  em  situação melhor  e  38  (27,34 %) municípios  estão  em situação pior ou igual. 

Clima 

De acordo com a classificação climática de Thornthwaite, o município de Mateiros apresenta os tipos  climáticos C2wA’a’’  e C2w2A´a`. A  região C2wA’a’’, ocupa  a maior parte do município de Mateiros e caracteriza‐se como um clima úmido subúmido com moderada deficiência hídrica no inverno,  evapotranspiração  potencial média  anual  de  1.500 mm,  distribuindo‐se  no  verão  em torno de 420 mm ao longo dos três meses consecutivos com temperatura mais elevada 

A  porção  sul  do município,  abaixo  do  paralelo  de  latitude  10°  58'  S,  apresenta  um  clima  tipo C2w2A´a`,  um  clima  subúmido  com  pequena  deficiência  hídrica,  evapotranspiração  potencial média anual de 1.600 mm, distribuindo‐se no verão em torno de 410 mm ao longo dos três meses consecutivos com temperatura mais elevada. 

Na  figura  2  está  apresentada  a  variação  temporal  dos  principais  elementos  monitorados  na Estação Meteorológica Automática de Superfície do  Instituto Nacional de Meteorologia  (INMET) localizada no município de Gilbués  (PI),  tendo  como base os dados do período de maio‐2012 a junho‐2013,  com  exceção dos dados de precipitação que  são da  estação de Novo Acordo  (TO) (média dos dados de 1985 a 2010). 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

4

 Fonte: PFT (2013) adaptado do INMET (2013) 

Figura 2 ‐ Dados climáticos médios da estação meteorológica de Gilbués (PI) e Novo Acordo (TO). 

Na figura 2 observa‐se que a partir do mês de abril a umidade relativa do ar sofre forte declínio, e que se estende até os meses de setembro/outubro, aproximadamente. Observa‐se, para o mesmo período, que a velocidade do vento apresenta um comportamento inverso ao da umidade relativa do ar, atingindo os valores máximos no mês de agosto. O período seco do município se caracteriza intensivamente durante o período de maio a  setembro. A direção predominante dos ventos da região  é  sudoeste  (sendo  no  período  seco  a  predominância  da  direção  de  107°).  Apesar  da existência de uma estação meteorológica na sede do município de Mateiros (TO), a mesma não foi utilizada em função do fato que sua operação é muito recente (25 de outubro de 2012). 

Uso do solo e vegetação 

No município de Mateiros  (TO),  cerca de 14,4 % da  área  total do município não  se encontram inseridas dentro de áreas naturais protegidas (Unidades de Conservação ‐ UC), ou seja, dos 962 mil hectares do município cerca de 137 mil ha não estão  inseridos em UC. Nas áreas do município, inseridas  em  áreas  protegidas  (UC),  27,3  %  pertencem  a  unidades  de  conservação  de  uso sustentável  e  72,7  %  de  proteção  integral.  Nas  áreas  de  uso  sustentável  encontram‐se  duas unidades: APA Jalapão e a APA da Serra da Tabatinga que respectivamente ocupam uma área do município de Mateiros de 19,8 e 3,6 %. Existem quatro unidades de proteção integral, sendo: ESEC da Serra Geral do Tocantins, Parque Estadual do  Jalapão, Parque Nacional das Nascentes do  rio Parnaíba  e  o  Monumento  Natural  Canyons  e  Corredeiras  do  rio  do  Sono  (municipal)  que representam  respectivamente  37,3;  16,6;  8,3  e  0,02 %  da  área  do município  de Mateiros  (TO) (Tabela 1). 

Com base nos dados da  SEPLAN  (2012), o município de Mateiros possui  grandes  extensões de áreas de campo, abrangendo uma área total do município de cerca de 583 mil ha, representando cerca de 60,5 % da área do município. As áreas de campo estão presentes em todo o município de Mateiros, entretanto na porção oeste do município esta  formação vegetacional apresenta‐se de maneira contínua (Figura 3).  

Outra  formação bastante  representativa no município  são as áreas de Cerrado Sentido Restrito que ocupam  cerca de 25,3 %  (244 mil ha) da área do município. As áreas de Cerrados  Sentido Restrito apresentam forte concentração nos topos das serras, tais como: Serra do Espírito Santo, Serra  da  Estiva  e  Serra  do  Meio.  Outras  áreas  extensas  de  Cerrado  Sentido  Restrito  são encontradas  na  porção  leste  destas  serras.  Existem  também  outras  áreas,  um  pouco  menos extensas,  localizadas  nas  proximidades  dos  rios  Come‐assado  e  Galhão.  Esta  formação vegetacional também é encontrada em outras áreas, conforme se observa na figura 3. 

0,0

0,5

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jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Velocidade Mádia do Vento (m/s)

Umidade Relativa do Ar (%)

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jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Precipitação

 (mm)

Umidade Relativa do Ar (%)

Precipitação (mm) Umid. Relativa do Ar (%)

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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 Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) 

Figura 3 ‐ Vegetação e uso do solo no município de Mateiros (TO) (2007). 

 

Tabela 1 ‐ Uso do solo do município de Mateiros (TO) em 2007 (hectares). 

Tipologia APA 

Jalapão % 

APA Serra da Tabatinga 

% ESEC Serra Geral do Tocantins 

MN Canyons e Corredeiras do rio do Sono 

Área Urbanizada  99,0  0,1  ‐‐  ‐‐  ‐‐  ‐‐  ‐‐  ‐‐ 

Agropecuária  545,0  0,3  ‐‐  ‐‐  291,7  0,1  ‐‐  ‐‐ 

Cultura Temporária  ‐‐  ‐‐  15.714,8  45,5  32,4  0,01  ‐‐  ‐‐ 

Campo  128.937,5  67,8  4.370,5  12,7  241.858,3  67,3  47,3  21,3 

Campo Rupestre  140,4  0,1  ‐‐  ‐‐  1.983,2  0,6  ‐‐  ‐‐ 

Cerrado Sentido Restrito  38.389,0  20,2  14.462,4  41,9  73.592,7  20,5  39,6  17,8 

Cerradão  1.804,3  0,9  ‐‐  ‐‐  6.696,0  1,9  ‐‐  ‐‐ 

Mata de Galeria  2.131,4  1,1  ‐‐  ‐‐  4.416,2  1,2  48,7  21,9 

Praia e Duna  ‐‐  ‐‐  ‐‐  ‐‐  194,1  0,1  ‐‐  ‐‐ 

Vereda  18.025,8  9,5  ‐‐  ‐‐  30.078,0  8,4  81,1  36,5 

Corpos D'água  172,0  0,1  ‐‐  ‐‐  29,3  0,01  5,4  2,4 

Total geral  190.244,2  100,0  34.547,7  100,0  359.172,0  100,0  222,1  100,0 

Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Tabela 1 ‐ Uso do solo do município de Mateiros (TO) em 2007 (hectares) (continuação). 

Tipologia 

PN das Nascentes do Rio 

Parnaíba 

% Parque 

Estadual do Jalapão 

% Área do 

município sem a presença de UC 

% Total geral do município 

Área Urbanizada  ‐‐  ‐‐  ‐‐  ‐‐  ‐‐  ‐‐  99,0  0,01 

Agropecuária  ‐‐  ‐‐  614,1  0,4  305,9  0,2  1.756,7  0,2 

Cultura Temporária  2.036,5  2,5  ‐‐  ‐‐  19.070,6  13,8  36.854,3  3,8 

Campo  49.304,5  61,4  94.709,0  59,4  63.380,8  45,7  582.607,9  60,5 

Campo Rupestre  ‐‐  ‐‐  ‐‐  ‐‐  787,3  0,6  2.911,0  0,3 

Cerrado Sentido Restrito  26.647,8  33,2  39.279,7  24,6  51.363,0  37,1  243.774,1  25,3 

Cerradão  39,9  0,01  3.521,8  2,2  100,7  0,1  12.162,6  1,3 

Mata de Galeria  ‐‐  ‐‐  5.396,8  3,4  283,6  0,2  12.276,7  1,3 

Praia e Duna  ‐‐  ‐‐  507,5  0,3  ‐‐  ‐‐  701,7  0,1 

Vereda  2.263,0  2,8  15.358,1  9,6  3.200,8  2,3  69.006,8  7,2 

Corpos D'água  ‐‐  ‐‐  58,4  0,01  129,6  0,1  394,6  0,01 

Total geral  80.291,7  100,0  159.445,4  100,0  138.622,3  100,0  962.545,5  100,0 

Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) 

Hidrografia 

O  Estado  do  Tocantins  é  dividido  em  dois  grandes  sistemas  hidrográficos:  rio  Araguaia  e  rio Tocantins,  que  abrangem  respectivamente  37,7  e  62,3  %  de  seu  território.  O  município  de Mateiros encontra‐se, em sua totalidade, no sistema hidrográfico do rio Tocantins. De acordo com a divisão hidrográfica estadual, inserem‐se no município duas importantes bacias: Bacia do Rio do Sono  e  a  Bacia  do  Rio  Balsas.  No  município  de  Mateiros,  a  Bacia  do  Rio  Sono  é  a  mais representativa  abrangendo  cerca  de  97 %  da  área  do município. Dentro  da  Bacia  do  Rio  Sono destaca‐se a Sub‐bacia do Rio Novo (ao leste do município) e a Sub‐bacia do Rio Soninho (ao norte do município) que juntas abrangem aproximadamente 66 % do município de Mateiros (Tabela 2). 

A  rede hidrográfica é  formada principalmente pelos  rios: Novo, Soninho, Galhão, Come Assado, Brejo Frito Gordo, Ribeirão Brejão, rio Preto, Sono e Prata. 

Tabela 2 ‐ Bacias e sub‐bacias hidrográficas presentes no município de Mateiros (TO). 

Bacia  Sub‐bacia Área (km2) 

%   Mapa 

Rio Sono 

1 ‐ Rio Novo  4.377,2 45,5

 

2 ‐ Rio Soninho  1.963,1 20,4

3 ‐ Rio Preto  811,6 8,4

4 ‐ Come Assado  670,3 7,0

5 ‐ Rio Galhão  1.339,7 13,9

6 ‐ Rio Sono  80,9 0,8

7 ‐ Rio Vermelho  93,5 1,0

Bacia do Rio Balsas 

8 ‐ Ponte Alta  126,2 1,3

9 ‐ Rio Balsa  155,8 1,6

TOTAL  9.618,3 100,0

Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) 

2  4 5

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Relevo 

O  relevo  predominante  do município  de Mateiros  (TO)  é  formado  por  áreas  de  planícies  com declividade  iguais ou  inferiores a 5 % (93,8 % do município). Algumas áreas  isoladas apresentam declividades entre 5 a 10 %. 

Existem também algumas áreas que apresentam maiores declividades, mas estas representam em sua totalidade cerca de 6,2 % do município, sendo especificamente: 0,85 % com declividade de 10 a 15, 0,19 % com declividade de 30 a 45 % e 5,16 % com declividade maiores do que 45 %. Estas regiões  com maior  declividade  encontram‐se  localizadas  nas  áreas  de  serra  do município,  tais como: Serra da Jalapinha, Serra do Espírito Santo, Serra do Porco, Serra da Onça, Serra do Meio, Serra da Estiva, Serra Geral de Goiás e Serra da Ponte Alta Grande (Morro do Fumo). 

Unidade de Conservação no município de Mateiros 

O Parque Estadual do Jalapão, a Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantins, a Área de Proteção Ambiental do Jalapão e a Área de Proteção Ambiental Serra da Tabatinga, o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba integram o Corredor Ecológico Jalapão e Chapada das Mangabeiras. O corredor  foi  criado  em  2002  com  a  finalidade  de  garantir  a  redução  da  fragmentação  do ecossistema, mantendo ou restaurando a conectividade da paisagem e facilitando o fluxo gênico entre populações, preservação as rotas migratórias dos animais silvestres endêmicos do Cerrado (Figura 4). A seguir são apresentadas resumidamente cada uma das UC citadas. 

Parque Estadual do Jalapão 

Criado  pela  Lei  n°  1.203,  de  12  de  janeiro  de  2001,  pertence  à  categoria  de  Unidades  de Conservação de proteção integral do Estado do Tocantins. O PEJ está inserido na região central do Jalapão com 158.885,5 ha, estando em sua totalidade situado no município de Mateiros  (TO). O objetivo de criação do Parque é a proteção de um ecossistema  frágil, coberto por uma extensa área de Cerrado ralo e campo limpo com veredas, bem como a fauna a ele associada. Sua fauna é representativa e abriga espécies raras e ameaçadas de extinção como o pato‐mergulhão (Mergus octocetaceus) e a águia‐cinzenta (Harpyalaetus coronatus).  

Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins 

A  Estação  Ecológica  Serra  Geral  do  Tocantins  foi  criada  por  Decreto  Presidencial,  em  27  de setembro de 2001. A ESEC Serra Geral do Tocantins  localiza‐se nos municípios de Almas, Ponte Alta do Tocantins, Rio da Conceição e Mateiros, no Estado do Tocantins, e Formosa do Rio Preto, no  Estado da Bahia. A  criação da  ESEC  tem  como objetivos proteger  e preservar  amostras dos ecossistemas de Cerrado, bem como propiciar o desenvolvimento de pesquisas científicas.  

A ESEC Serra Geral do Tocantins é uma das maiores do país e sua área totaliza 716.306 hectares, dos  quais,  cerca  de  359  mil  ha  estão  no  município  de  Mateiros  (TO),  o  que  representa aproximadamente 50 % da extensão total da unidade de conservação. Os imóveis situados dentro da área cujos  limites  foram definidos no decreto  já  foram declarados de utilidade pública e, de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, deverão ser indenizados e  desocupados,  pois  esta  categoria  de  unidade  de  conservação  não  comporta  a  presença  de moradores,  destinando‐se  apenas  a  pesquisa  científica,  educação  ambiental  e  preservação  de amostras de ecossistemas. 

Área de Proteção Ambiental do Jalapão 

A APA Jalapão foi criada pela Lei nº 1.172, de 31 de  julho de 2000, com o objetivo de proteger a diversidade  biológica,  disciplinar  o  processo  de  ocupação  e  assegurar  e  incentivar  o  uso sustentável  de  seus  recursos  naturais.  Apresenta  uma  área  de  461.730  ha,  abrangendo  os municípios de Mateiros, Novo Acordo  e Ponte Alta do  Tocantins. A  localização da APA  Jalapão 

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envolve o Parque  Estadual do  Jalapão  (PEJ), nas  suas  faces oeste,  sul  e  leste. No município de Mateiros sua extensão é de 190 mil ha que representa cerca de 41 % da área total da unidade. 

A paisagem na região da APA  Jalapão é dominada por  fitofisionomias campestres, com extensas manchas  de  formações  savânicas,  principalmente  Cerrado  ralo. Quase  todas  as  fitofisionomias ocorrem sobre solos arenosos, variando apenas o relevo, a profundidade e a drenagem. 

Área de Proteção Ambiental da Serra da Tabatinga 

A APA  da  Serra  da  Tabatinga  foi  criada  pelo Decreto  nº  99.278  de  06  de  junho  de  1990,  com objetivo  de  garantir  a  conservação  da  fauna  e  flora  e  do  solo  e  proteger  as  nascentes  do  rio Parnaíba,  assegurando  a  qualidade  das  águas  e  as  vazões  de mananciais  da  região,  além  das condições de sobrevivência das populações humanas ao  longo do referido rio e seus afluentes. A unidade  possui  uma  área  de  35.185,10  ha  estando  inserida  quase  que  toda  sua  totalidade  no município de Mateiros  (TO). Na APA da Serra da Tabatinga a maior parte das áreas é destinada para fins agrícolas, sendo a região do município com maior concentração desta atividade.  

 

 

Fonte: PFT (2013) 

Figura 4 ‐  Localização das unidades de conservação presentes no município de Mateiros (TO) e de suas proximidades. 

 

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Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba 

O Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba foi criado pelo decreto de 16 de julho de 2002, localizado  nos  platôs  da  Chapada  das Mangabeiras  e  da  Serra  da  Tabatinga.  Parte  da  Área  de Proteção Ambiental  da  Serra  da  Tabatinga  tornou‐se  porção  do  Parque.  Possui  uma  área  total aproximada  de  729.813,55  ha,  abrangendo  os  estados  do Maranhão  (46,2 %),  Piauí  (35,8 %), Tocantins (14,6 %) e Bahia (3,4 %), nos municípios de Formosa do Rio Preto, no Estado da Bahia, Alto Parnaíba, no Estado do Maranhão, Gilbués, São Gonçalo do Gurguéia, Barreiras do Piauí e Corrente, no Estado do Piauí, e Mateiros, São Felix e Lizarda, no Estado do Tocantins.  

O principal objetivo da sua criação é a proteção das nascentes do rio Parnaíba, a segunda maior bacia  hidrográfica  do  nordeste,  ameaçada  pelo  processo  de  ocupação  da  área  e  a  utilização desordenada dos seus recursos naturais. As nascentes que estão preservadas nele são formadas a partir das  ressurgências na Chapada das Mangabeiras. São elas que originam os cursos dos  rios Lontras, Curriola e Água Quente, que, ao se unirem, formam o rio Parnaíba, que banha mais de 50 cidades nordestinas, em sua extensão de 1.750 km.  

Situação fundiária 

As áreas  cadastradas na base de dados no  INCRA  somam um  total de  cerca de 587 mil ha das propriedades rurais existentes no município de Mateiros (TO). No município de Mateiros (TO) 32,6 % das  propriedades  apresentam  uma  área  inferior  a  500  ha  e  cerca  de  73  %  das  propriedade possuem  áreas  inferiores  a  1.500  ha  que  representam  aproximadamente  44  %  das  áreas registradas no INCRA (Tabela 3). 

Um fato bastante  interessante, nos registros do INCRA, é a extensão total das áreas privadas, de 587 mil ha. No município de Mateiros (TO) as áreas passíveis de existência de terras privadas, são as Áreas de Proteção Ambiental e regiões sem a presença de UC, que totalizam 363 mil ha. Neste sentido,  observa‐se  que  existem  cerca  de  224 mil  ha  a mais  de  áreas  privadas  em  relação  a extensão máxima suporte do município para esta finalidade. 

Tabela 3 ‐ Estrutura fundiária do município de Mateiros (TO). 

Classe de áreas das propriedades (ha) 

Número  de propriedade 

% Área total dos imóveis 

(ha) % 

< 501  171  32,6  42.171  7,2 

501 a 1000  93  17,7  71.201  12,1 

1001 a 1500  120  22,9  148.673  25,3 

1501 a 2000  53  10,1  91.140  15,5 

2001 a 2500  38  7,3  88.838  15,1 

2501 a 3000  33  6,3  89.856  15,3 

3001 a 3500  8  1,5  24.810  4,2 

3501 a 4000  6  1,1  22.659  3,9 

> 4000  2  0,4  8.128  1,4 

TOTAL  524  100,0  587.476  100,0 

Fonte: PFT (2013) adaptado do INCRA (2013) 

 No município de Mateiros não estão presentes áreas de assentamentos rurais, entretanto existem algumas  comunidades  tradicionais.  A  comunidade  Mumbuca  e  arredores  é  uma  comunidade reconhecida  como quilombola desde 2006 pela Fundação Palmares. Também existem na  região outras  comunidades  que  vem  buscando  o  reconhecimento  como  Quilombola,  tais  como: Carrapato, Formiga e Ambrósio. 

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Conflitos 

No município de Mateiros existem diversos conflitos relacionados ao uso e ocupação do solo bem como  a  construção  de  empreendimentos  de  infraestrutura. Os  principais  problemas  presentes atualmente na região são: 

Agropecuária: O uso do  fogo pelas populações  tradicionais no  interior das Unidades de Conservação  (PEJ  e  ESEC),  sem  tecnologias  de  uso  controlado  e  prevenção,  tem  raízes históricas  remotas.  O  escasso  povoamento  destas  regiões,  associado  à  ausência  de tecnologias  mais  eficazes  de  cultivo  e  pastoreio,  foi  certamente  um  dos  fatores  que contribuíram para o uso  indiscriminado do  fogo como  forma de preparo do  solo para o cultivo  e  a  pecuária  extensiva  de  subsistência. Ainda  predomina  a  pequena  agricultura formada pelas  roças de  toco e em áreas dentro das matas ciliares em  forma de  rodízio. Ultimamente com o adensamento do entorno em uma vasta área dos Cerrados as tensões do adensamento rural vem exigindo das comunidades locais cuidados especiais com o uso do fogo.  A  atividade  de  bovinocultura  em Mateiros  (TO)  é  realizada  em  sua  grande maioria  em áreas  de  pastagem  natural.  Em  algumas  áreas  são  utilizadas  pastagens  plantadas. Informações  levantadas durante os  levantamentos de campo  indicam que existem fortes restrições  na  implantação  de  áreas  com  o  uso  de  pastagens  plantadas. Os  registros  da ADAPEC indicam que o rebanho do município encontra‐se concentrado nas áreas em torno da sede do município (em pequenas e médias propriedades rurais) e nas proximidades da Comunidade Mumbuca.  Entretanto,  principalmente  durante  o  período  seco,  o  gado  é distribuído  em  outras  áreas  para  o  pastoreio.  O  uso  do  fogo  é  uma  prática  bastante comum  nestas  áreas  para  a  renovação  da  pastagem  (capim  nativo).  A  atividade agropecuária, na maioria das propriedades, possui um caráter de subsistência, venda para o  consumo  local  e  algumas  vezes  utilizado  como  moeda  de  troca.  A  atividade  de bovinocultura ocorre também em áreas internas de unidades de conservação presentes no município de Mateiros (TO). Esta situação vem sendo discutida, e atualmente, um Termo de Compromisso (TC) vem sendo debatido entre a Associação Quilombola (Ascolombolas‐Rios) e a ESEC Serra Geral do Tocantins a  fim de definir algumas  formas e  restrições da criação bovina nestas áreas. 

Desapropriação e remarcação da área do Parque Estadual do Jalapão (PEJ): a quantidade de  Unidades  de  Conservação  existentes  no  Município  transforma‐o  em  uma  área ambientalmente protegida e restringe as alternativas de exploração dos recursos naturais. Desde  sua  criação,  ainda  persistem  dentro  da  área  do  PEJ  comunidades  tradicionais  e proprietários  de  terras  residindo  e  provendo  seu  sustento.  Estes  ainda  aguardam  o posicionamento  do  Governo  do  Estado  quanto  às  indenizações  e  realocação  para efetuarem a desapropriação da área. Porém, dentre as  comunidades, a  comunidade da Mumbuca  é  remanescente  de  quilombolas,  já  reconhecido  pela  Fundação  Palmares, restando ao INCRA à delimitação da área. Entretanto as atividades desenvolvidas por essas comunidades estão em desencontro com os objetivos do PEJ e da legislação. A  fim de  resolver o  impasse da desapropriação e com o conflito gerado, o NATURATINS motivou‐se a levantar as discussões sobre os novos limites do PEJ, e, com recursos da ONG The Nature Conservancy contratou os serviços da empresa de consultoria com o intuito de “reabrir o processo”, desta vez com o objetivo de se chegar à definição de novos limites e para  a  redação de uma Minuta de Projeto de  Lei  com  a definição das novas  fronteiras dessa  importante  Unidade  de  Conservação.  O  trabalho  realizado  pela  empresa  de consultoria  resultou  na  elaboração  do  documento  onde  são  apresentados  diversas alternativas  e  cenários que  excluem  e  incorporam  áreas  ao Parque,  acompanhados das análises  realizadas na Reunião Técnica do dia 04 de abril de 2008, como uma  forma de auxiliar o NATURATINS na sua tomada de decisão em relação aos limites da UC. 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Fundiários: há em Mateiros grande quantidade de terras com situação fundiária irregular na  zona  rural  sendo  preocupante,  pois  acarreta  complicadores  significativos  para  a implantação  das  Unidades  de  Conservação.  A  falta  de  definição  efetiva  dos  limites  do Parque Estadual do  Jalapão e a não  implantação definitiva das demais áreas,  inclusive a área do próprio município, tem causado inquietude às numerosas comunidades residentes em áreas  inseridas nessas UC, por se verem ameaçadas de remoção sem alternativas de subsistência. 

Caça: ainda persiste na região uma grande pressão de caça, na qual também se faz o uso do fogo a fim de gerar rebrota para alimentação da fauna silvestre, em especial para atrair as emas e veados mateiros, quando então são alvos fáceis. 

Capim Dourado: A região possui uma cultura de extração intensa do capim dourado, que apesar de estar normatizada por meio da Portaria NATURATINS nº. 362, de 25 de maio de 2007, e fiscalizada pelo órgão estadual NATURATINS, tem gerado grande pressão sobre a flora local, inclusive no interior das UC, sobrepondo‐se com as áreas de pastagens naturais. Esta prática esteve baseada na crença popular local de que o fogo contribui com a rebrota e melhoria  de  qualidade  do  capim,  o  que  vem  estimular  o  uso  do  fogo  nas  veredas, podendo provocar incêndios.  

Obras:  De  acordo  com  inventário  hidrelétrico  da  Agência  Nacional  de  Energia  Elétrica (ANEEL) e da Secretaria de Planejamento do Estado do Tocantins (SEPLAN) existe previsão de construção de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH Cachoeira da Velha) em Mateiros e em outros municípios vizinhos. Ainda, há o projeto para a pavimentação da TO 255 que liga Ponte Alta do Tocantins a Mateiros, além de projetos para levar asfalto de São Félix a Mateiros (78 km), de Mateiros a Ponte Alta do Tocantins (161 km) e também à divisa com a Bahia (54 km), bem como a construção de um aeroporto. 

1.2 ‐ Ações de prevenção e combate na região 

As ações de prevenção em Mateiros  são  realizadas por meio de várias atividades desenvolvidas por diversos órgãos e instituições de pesquisas que desde 2001, após a criação do Parque Estadual do Jalapão, intensificaram a execução de diversos projetos na região. Dentre estas ações destaca‐se o estreitamento das relações entre o Parque Estadual do Jalapão, por meio do NATURATINS, e as  comunidades  tradicionais  e  residentes  do  Parque  e  do  entorno.  Este  entendimento  tem permitido aos brigadistas o acompanhamento das atividades de queima para abertura de roças e de renovação de pastagens, bem como a introdução de informações quanto ao tema queimada e suas implicações. 

Em março de 2011 foi realizada uma reunião na Procuradoria da República no Tocantins, onde foi retomado o debate para definição do  termo de ajustamento de conduta  (TAC) para convivência harmônica entre as comunidades tradicionais de remanescentes de quilombolas e as unidades de conservação estadual (Parque Estadual do Jalapão) e federal (Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantins). Participaram o procurador da República Álvaro Manzano, o presidente do NATURATINS Alexandre Tadeu e representantes do  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),  Fundação Palmares  e das  comunidades Mumbuca, Mata Verde  e Carrapato.  Todavia, após consultas em  sites oficiais destes órgãos não  foi possível confirmar  se o TAC chegou a  ser assinado, mas a previsão era de que fosse assinado em dezembro de 2011. 

Outras  ações  foram  realizadas,  sendo  que  algumas  ainda  estão  em  andamento  e  tendem  a  se tornar atividades continuadas. Algumas dessas ações constam no quadro 8. No primeiro semestre de 2013, a equipe do Prevfogo/IBAMA, em parceria com a Prefeitura, RURALTINS e NATURATINS, com  a  cooperação  técnica da GIZ por meio do  Projeto Cerrado‐Jalapão  realizam  curso  teórico‐prático de queima controlada voltado  tanto para os  funcionários de órgãos públicos como para brigadistas, mas, especialmente, para os pequenos produtores rurais. 

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Nos primeiros anos de criação do Parque, as atividades de combate a  incêndios  florestais foram realizadas por meio de uma brigada voluntária, onde os brigadistas  se organizaram e  criaram a Associação  da  Brigada  Civil  de  Prevenção  e  Combate  a  Incêndios  Florestais  do Município  de Mateiros  (Fogo Apagou),  uma  das  principais  parceiras  no  combate. Atualmente,  o  PEJ  forma  a brigada de prevenção e combate a  incêndios  florestais contratando 8 brigadistas e,  juntamente com  outros  10  brigadistas  cedidos  pela  Prefeitura  formam  o  contingente  para  a  execução  dos trabalhos de manutenção do PEJ, em especial as atividades voltadas para a prevenção e combate às queimadas. 

Como  força  tarefa  na  prevenção  e  combate  a  incêndios,  o  Prevfogo/IBAMA  contrata  brigadas desde 2009 e, para 2013 realizou a seleção e a contratação de 24 brigadistas para atuarem por um período de cinco meses. Ainda, tendo em vista que parte considerável da área da ESEC Serra Geral do Tocantins está  inserida no município de Mateiros  (TO) o  ICMBio, também, contrata brigadas, mas,  como  a  sede  localiza‐se  no município  de  Rio  da  Conceição  (TO),  conta  com  o  apoio  das brigadas de Mateiros no  combate aos  incêndios na área da ESEC que  faz divisa  com a  área de Mateiros. 

Ainda, como alternativa para a prevenção e apoio no combate, a brigada do PEJ tem realizado a confecção de aceiros negros dentro da área do Parque com espaçamentos de 50 m. Para este ano, até o mês de  julho  já haviam confeccionado 30 km de aceiros e a previsão é chegar aos 80 km. Além  de  servirem  como  barreiras  na  eventualidade  de  um  incêndio,  os  aceiros  facilitam  no combate onde, dependendo da situação é realizado o contrafogo para impedir seu avanço. 

1.3 ‐ Histórico da ocorrência de incêndios 

Com base nos dados do Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais por satélite do INPE foram obtidas informações dos focos de calor nos últimos 5 anos do município de Mateiros (TO). Para as análises apresentadas neste  trabalho  foram utilizados  somente os dados do  satélite de referência  (AQUA_M‐T),  que  mesmo  indicando  uma  fração  do  número  real  de  focos  é  mais indicado  para  analisar  as  tendências  espaciais  e  temporais  dos  focos,  tendo  em  vista  que  são utilizados o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao longo dos anos. Na figura 5 se observa o histórico dos focos de calor de 2008 a 2012, em que a média no período avaliado foi de 333 focos (AQUA_M‐T) ao ano. Os anos de 2010 e 2012 apresentaram valores acima da média em que foram identificados respectivamente 487 e 464 focos de calor. 

 Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) 

Figura 5 ‐  Número de focos de calor anuais no município de Mateiros (TO) do sensor AQUA_M‐T durante o período de 2008‐2012. 

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A figura 6 apresenta a distribuição dos focos de calor nas diferentes unidades de conservação bem como nas demais áreas do município de Mateiros (TO) durante o período de 2008 a 2012. Verifica‐se que historicamente, no período avaliado, as áreas do Parque Estadual do Jalapão e da Estação Ecológica  da  Serra Geral  do  Tocantins  são  as  regiões  que  apresentam maior  concentração  dos focos  de  calor  no município  de Mateiros  (TO).  Estas  duas  unidades  de  conservação,  em  2012, representaram  cerca  de  65 %  do  total  dos  focos  de  calor  ocorridos  no município. Outra  área também  representativa  é  a  Área  de  Proteção  Ambiental  Jalapão  que  em  2012  representou aproximadamente 21 % das ocorrências de focos de calor. 

 Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) 

Figura 6 ‐   Distribuição dos focos de calor no município de Mateiros (TO) durante o período de 2008‐2012 (sensor AQUA_M‐T). 

Quando analisamos  isoladamente os  focos de calor que ocorrem no município de Mateiros  (TO) observamos que a principal tipologia vegetal onde ocorrem queimadas e  incêndios florestais é o campo,  onde  em  média  ocorrem  63  %  dos  focos  de  calor  (Figura  7).  Outras  formações vegetacionais presentes no município,  tais  como Cerrado Sentido Restrito e as áreas de vereda apresentam uma menor ocorrência, correspondendo, em média, respectivamente a 24,4 e 9,5 % dos focos de calor no período avaliado. 

 Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) 

Figura 7 ‐   Distribuição dos focos de calor do satélite AQUA M‐T nas diferentes classes de uso do solo do município de Mateiros (TO). 

7,711,7 13,3 12,7

7,80,0

0,61,8 0,5

0,2

21,3

22,2

29,2

20,2

20,9

22,6

27,5

25,9

23,0 30,8

38,1

32,725,5

42,6 34,1

10,35,3 4,3 1,0

6,3

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2008 2009 2010 2011 2012

% de focos de calor

PNNRP APAST APAJ PEJ EESGT Demais áreas

68,060,8 63,2

54,5

68,1

20,9

22,225,7

32,8

20,5

9,813,5

6,4 9,8 8,2

1,3 3,5 4,7 2,8 3,2

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2008 2009 2010 2011 2012

% de focos de calor

Campo Cerrado Sentido Restrito Vereda Outras

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Na figura 8 é apresentada a distribuição média dos focos de calor no município de Mateiros (TO), durante o período de 2008 a 2012. Observa‐se que o período crítico encontra‐se entre os meses de  junho  a  setembro,  sendo que os meses de  agosto e  setembro os mais  críticos. Ainda nesta figura  (8) observa‐se que a distribuição dos  focos de calor está  relacionada diretamente com as condições climáticas da região (período seco). 

 

Fonte: PFT (2013) adaptado de INMET (2013) e INPE (2013) 

Figura 8 ‐  Frequência média  dos  focos  de  calor  nos  diferentes meses  do  ano  no município  de Mateiros (TO). 

No quadro 1, estão apresentadas as regiões de concentração dos focos de calor e áreas queimadas no município de Mateiros (TO). Para a elaboração dos mapas foram utilizados os dados do sensor AQUA_M‐T do período de 2008 a 2012. Para o processamento dos dados utilizou‐se o estimador de  densidade  de  Kernel  que  é  uma  ferramenta  geoestatística  utilizada  como  alternativa  para análises da visão geral da distribuição espacial dos focos de calor.  

Neste mesmo  quadro  (1),  são  também  apresentados  resultados  de  trabalho  desenvolvido  pelo Laboratório  de  Processamento  de  Imagens  e  Geoprocessamento  (Araújo  et  al.  2012)  que utilizaram imagens MODIS para a delimitação das cicatrizes deixadas pelas queimadas e incêndios florestais.  Neste  trabalho,  os  autores,  utilizaram  como  processo  de  validação  dos  dados  as imagens  Landsat.  Observando  visualmente  os  focos  de  calor  podemos  verificar  uma  boa proximidade  dos  resultados  deste  trabalho  com  os  dados  processados  de  focos  de  calor (estimador de densidade de Kernel). 

Durante  o  período  de  2008  a  2012,  o  ano  com  a maior  extensão  de  área  queimada  foi  2011, seguido pelos anos de 2010 e 2012. Em 2011 foram queimados cerca de 50 mil ha, em 2010 31 mil ha e em 2012 23 mil ha. 

 

 

 

 

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Quadro 1 ‐   Concentração dos  focos de  calor e áreas queimadas no município de Mateiros  (TO) durante o período de 2008 a 2012. 

2008 

2009 

2010 

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Quadro 1 ‐   Concentração dos  focos de  calor e áreas queimadas no município de Mateiros  (TO) durante o período de 2008 a 2012 (continuação). 

2011 

2012 

Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Fogo (SisFogo) do Prevfogo/IBAMA, Registros de  Ocorrências  de  Incêndios  (ROI),  para  o  município  de  Mateiros  (TO)  apresentam  registros somente para o ano de 2010 e 2012 com um total de 88 registros. Apesar dos registros serem de grande  relevância  para  a  caracterização  das  queimadas  e  incêndios  florestais  da  região,  deve atentar para o fato de que os registros destas ocorrências estão relacionados diretamente com as ações das brigadas do Prevfogo, ficando os registros desta  importante base de dados restritos às áreas de atuação das brigadas. 

Ao  analisar  os  88  ROI  do  município  de  Mateiros  (TO)  observa‐se  que  a  grande  maioria  das localidades das ocorrências estão concentradas em áreas de florestas públicas representando 45 % das ocorrências totais (Quadro 2). Outras localidades relevantes são as Áreas Florestais e as terras de Comunidades Tradicionais, que representam cada uma 23 % dos locais de ocorrência. 

No  que  se  refere  ao método  de  detecção,  o mais  representativo  é  a  atividade  de  rondas  que representa  46  %,  seguido  dos  alertas  fornecidos  por  moradores  do  município  com  20  %, monitoramento por  satélite  com 13 %;  sobrevoos  com 13 %, pontos de observação  com 3 % e outras  formas  de  detecção  com  2  %.  Nas  atividades  de  combate  aos  incêndios  florestais  e 

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queimadas  registradas  nos  ROI  o  combate  direto  foi  o  mais  representativo  com  70  %  das ocorrências, seguido da extinção natural com 20 % e o combate indireto com 10 % das ocorrências. 

A maioria  das  causas  dos  incêndios  florestais  e  queimadas  combatidas  em Mateiros  (TO)  são desconhecidas  (58  %).  Dentre  as  causas  identificadas  a  renovação  das  pastagens  é  a  mais frequente,  representando  cerca  de  38  %  das  ocorrências.  Destas  a  renovação  das  pastagens naturais é a mais representativa (34 %) do que a queima das áreas com pastagem plantada (4 %). Das outras  causas  identificadas nos ROI ainda  são presentes 2 % de ocorrências  relacionadas à queima de lixo e 2 % em função de outras causas. 

Quando avaliados os tipos de vegetação dos  locais de ocorrências e de combate às queimadas e incêndios florestais pelas brigadas observa‐se que a principais tipologias atingidas são: 

Pastagens nativas ou campo limpo (42 %) e; 

Brejo, várzeas ou veredas (39 %). 

Nos  registros  também  são  observados  outros  tipos  de  vegetação  em  que  foram  realizadas operações  de  combate,  como  é  o  caso  das  áreas  de  pastagem  cultivadas,  áreas  de regeneração/capoeira e áreas com floresta, em que respectivamente representaram cerca de 3, 5 e 11 % do total dos ROI. 

Quadro 2 ‐  Avaliação estatística dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROI) da base de dados SisFogo/Prevfogo em 2010 e 2012. 

Localidade das ocorrências  Método de detecção 

Forma de combate  Causas dos incêndios 

   

Área Florestal23%

Comunidade Tradicional

23%

Floresta Pública

45%

Propriedade Rural

9%

Ronda46%

Morador do município

20%

Sobrevôo13%

Monitor. por satélite

13%

Ponto de observação

6%

Outros2%

Combate Direto

70%

Combate Indireto

10%

Extinção natural

20%

Renovação da pastagem 

natural34%

Renovação da pastagem 

plantada4%

Desconhecida58%

Outras2%

Queima de lixo2%

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Quadro 2 ‐  Avaliação estatística dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROI) da base de dados SisFogo/Prevfogo em 2010 e 2012 (continuação). 

Tipo de vegetação atingida 

1.4 ‐ Áreas prioritárias para a proteção 

Na definição das  áreas  prioritárias para  a proteção  contra  incêndios  adotou‐se basicamente  as áreas de unidades de conservação do municipío como critérios para a delimitação dessas regiões. A  escolha  deste  critéiro,  para  a  definição  das  áreas  prioritárias  foi  baseada  no  fato  de  que  o programa de brigadas de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Prevfogo prevê como prioritária as UC. Entretanto é necessário uma elaboração mais detalhada das áreas de prioridades no  interior das unidades de  conservação,  visto que o municipío apresenta grande parte de  sua extensão coberta por UC. Assim, é necessária uma avaliação mais detalhada para avaliar as áreas com  a  presença  de  espécies  raras  ou  ameaçadas  de  extinção,  áreas  intangíveis,  atividades antrópicas dentro das UC, vegetações mais suscetíveis aos efeitos do fogo, atividades de risco na região, bem como outras informações pertinentes para a elaboração destes mapas. 

As  classes de prioridade  foram definidas  com base na existência ou não de UC, bem  como nas diferentes  categorias  das UC  (Proteção  Integral  e Uso  Sustentável)  existentes  no município  de Mateiros  (TO).  Assim  as  áreas  com  UC  de  proteção  integral  foram  definidas  com  extrema prioridade, as UC de uso  sustentável  como de alta prioridade e  as áreas não pertecentes a UC como  de  média  prioridade.  Na  figura  9  é  apresentado  o  mapa  das  áreas  prioritárias  para  a proteção  e  para  as  ações  de  combates  às  queimadas  e  incêndios  florestais  no município  de Mateiros (TO). 

Pastagem Nativa ou 

Campo Limpo42%

Brejo, Várzea ou Vereda

39%

Mata ou Floresta

11%

Área em regeneração 

ou capoeira5%

Pastagem Cultivada

3%

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Figura 9 ‐ Áreas prioritárias para a proteção contra incêndios e queimadas em Mateiros (TO). 

No quadro 3 é apresentada uma descrição sucinta das diferentes áreas numeradas no mapa da figura  9,  das  Áreas  Prioritárias  para  a  Proteção  contra  Incêndios  Florestais  e  Queimadas,  do município de Mateiros (TO). 

Quadro 3 ‐   Descrição  das  áreas  apresentadas  no mapa  das  áreas  prioritárias  para  a  proteção contra incêndios florestais e queimadas de Mateiros (TO). 

N° no mapa 

Prioridade para proteção 

Descrição da área 

1  Alta APA Jalapão: nesta localidade encontra‐se o atrativo turístico da Cachoeira da Velha que faz divisa com o Parque Estadual do Jalapão (rio Novo). 

2 Extremamente 

alta Parque Estadual do Jalapão: nesta localidade encontram grande parte dos atrativos turísticos (Dunas, Fervedouro e Cachoeira do Formiga) bem com a Serra do Espírito Santo, Serra do Porco e Jalapinha. 

3  Alta APA Jalapão: área em que se encontra grande parte da rodovia TO‐255, que liga Mateiros a Ponte Alta do Tocantins. 

4 Extremamente 

alta Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba: região entre o rio da Prata e o rio Come Assado, no extremo leste desta região, observa‐se que as atividades agrícolas estão próximas ao limite do Parque. 

5  Média Áreas sem a presença de UC: região entre o rio Come Assado e o rio Galhão. Nesta região estão presentes atividades agrícolas nas áreas planas, que se encontram mais concentradas na porção leste. 

6  Alta  APA da Serra da Tabatinga: região quase que em sua totalidade coberta por área de atividade agrícola 

7 Extremamente 

alta ESEC Serra Geral do Tocantins: região onde se encontra a Serra Geral, a Serra da Estiva e a Serra do Meio. Nesta região são realizadas coletas do capim dourado. 

8  Média Áreas sem a presença de UC: região de platôs com agricultura extensiva (cultivo de soja e milho), próximo a Vila Panambi e Fazenda Formosa. 

 

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1.5 ‐ Áreas com maior risco de incêndios 

Para a delimitação das áreas de maior risco de  incêndios florestais e queimadas foram utilizadas informações locais obtidas durantes os levantamentos de campo associadas às outras informações, tais como: focos de calor, projetos executados anteriormente e a localização das comunidades. Na figura 10 é apresentado o mapa com as áreas com maior risco de incêndios florestais e ao fundo encontra‐se a espacialização dos dados de focos de calor (AQUA_M‐T) do período de 2008 a 2012. Neste mapa a coloração vermelha  indica as áreas com maior  frequência e a coloração verde as localidades com menor frequência de focos de calor. 

 

Figura 10 ‐ Áreas de risco de incêndios florestais e queimadas no município de Mateiros (TO). 

Com  base  nas  informações  obtidas  durante  a  execução  dos  trabalhos  de  campo  foi  possível identificar  alguns  dos  principais  riscos  de  incêndios  florestais  e  queimadas  no  município  de Mateiros (TO). No quadro 4 é apresentada uma breve descrição das diferentes áreas delimitadas como de maior risco e também uma breve descrição dos riscos associados.  

Para  a  elaboração  de  um mapa  de  risco  de  incêndios  de  forma mais  precisa,  é  necessário  um levantamento de  informações mais detalhado. Em função da extensão do município de Mateiros (TO), bem como as dificuldades de acesso existentes, os levantamentos realizados foram bastante restritos quando analisamos a área total do município. Neste sentido para uma melhor definição das  áreas  de  risco  de  incêndios  florestais  e  queimadas  é  necessário  coletar  mais  dados.  Os brigadistas da região os que poderiam contribuir significativamente para a melhoria da qualidade destas informações e atualização desses dados.   

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Quadro 4 ‐   Descrição das áreas de risco de incêndios florestais e queimadas do município de Mateiros (TO) apresentado no mapa da figura 10. 

N° no mapa 

Descrição da área 

A Região que abrange o Parque Estadual do Jalapão e a APA Jalapão. Nesta região a principal causa está associada à criação de gado em que se utiliza o fogo para a renovação das áreas de pastagem natural. 

B  Região da APA Jalapão 

C Região da ESEC Serra Geral do Tocantins onde se realiza coleta de capim dourado e queima de pasto natural, parte destes incêndios pode estar relacionada a estas atividades. Também nesta localidade ocorre a presença de caçadores que fazem uso do fogo. 

D Região que não se encontra inserida em nenhuma UC. Nesta localidade nos platôs são presentes as atividades agropecuárias. Nesta região estão presentes pequenas criações de gado, bem como a prática da caça. 

E Região da ESEC Serra Geral do Tocantins onde se realiza coleta de capim dourado, parte dos incêndios podem estar relacionados a esta atividade. Também nesta localidade encontram‐se a presença de caçadores que fazem uso do fogo. 

 

   

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2 ‐ AÇÕES PREVENTIVAS 

2.1 ‐ Centros de gerenciamento de fogo 

Para  o  desenvolvimento  das  ações  de  prevenção  e  combate  aos  incêndios  florestais  faz‐se necessário a adoção de uma estrutura física e institucional definida, denominado como Centro de Gerenciamento de Fogo  (CGF). Em Mateiros  (TO)  foram estabelecidos em 2013 dois Centros de Gerenciamento  de  Fogo:  um  do  Parque  Estadual  do  Jalapão  (PEJ/NATURATINS)  e  outro  do Prevfogo/IBAMA.  Existe  também  o  Centro  de Gerenciamento  do  Fogo  da  ESEC  Serra Geral  do Tocantins (ICMBio), no município de Rio da Conceição (TO). Apesar do CGF da ESEC Serra Geral do Tocantins não está situado nos  limites administrativos de Mateiros (TO), a maior parte das ações de prevenção e combate se concentram no município.  Isto se deve principalmente pelo  fato de que grande parte da UC estar inserida nos limites municipais de Mateiros (TO). 

Com a finalidade de atender o PEJ e a APA Jalapão, o NATURATINS mantem uma brigada com 18 brigadistas  contratados  para  trabalharem  durante  sete meses  (de  abril  a  outubro),  sendo  10 contratados e mantidos pela Prefeitura com recursos do ICMS Ecológico. O atendimento às demais áreas do município de Mateiros (TO) fica a cargo da brigada do Prevfogo/IBAMA constituída por 24 brigadistas, sendo 01 Chefe de Brigada e 04 Chefes de Esquadrão. Com a atenção voltada para a Estação  Ecológica  Serra Geral  do  Tocantins  o  ICMBio mantem  uma  brigada  com  42  brigadistas (Quadros 5 e 6). 

Cada brigada possui sede própria, a que é mantida pelo NATURATINS em parceria com o município fica  localizada na  sede do Parque Estadual do  Jalapão e, ainda, utiliza a estrutura do Centro de Atendimento  ao  Turista  (CAT)  como  apoio  para  realização  de  reuniões  e  acesso  à  internet.  A brigada  do  Prevfogo  possui  sede  no município  instalada  em  uma  casa  alugada  e mantida  pela Prefeitura. Já a brigada do ICMBio, por este ficar sediado no município de Rio da Conceição (TO) a brigada também fica nesta sede (Quadro 7).  

Quadro 5 ‐  Informações básicas sobre o Centro de Gerenciamento de Fogo do Parque Estadual do Jalapão. 

Centro de Gerenciamento do Fogo do PEJ/NATURATINS 

Equipe:  Rejane Ferreira Nunes (Gerente do Parque Estadual do Jalapão) 

Endereço:  Sede do PEJ no Km 14 ‐ TO 255 

Telefones:  (63) 9948‐9910 / (63) 3534‐1072 

Frequência rádio:  não possuem 

E‐mail:  [email protected] / [email protected] 

Atividades: 

Administração do PEJ; apoio ao turista; integração com o entorno e educação ambiental; fiscalização; detecção de incêndios; acionamento, acompanhamento, manutenção e gerenciamento da brigada para as atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais no PEJ e na APA Jalapão. 

Fonte: PFT (2013) 

Quadro 6 ‐  Informações básicas sobre o Centro de Gerenciamento de Fogo do Prevfogo/IBAMA. 

Centro de Gerenciamento do Fogo do Prevfogo/IBAMA 

Equipe:  Bruno Almeida Silva (Chefe de Brigada do Prevfogo/IBAMA) 

Endereço:  Sede do PEJ no Km 14 ‐ TO 255 

Telefones:  (63) 9946‐4945 

Frequência rádio:  não possuem 

E‐mail:   

Atividades: Detecção de incêndios; acionamento, acompanhamento e gerencia da brigada para as atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais em Mateiros (TO). 

Fonte: PFT (2013) 

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Quadro 7 ‐  Informações básicas sobre o Centro de Gerenciamento de Fogo do ICMBio. 

Centro de Gerenciamento do Fogo do ICMBio 

Equipe:  Aquilas Ferreira Mascarenhas (Analista Ambiental do ICMBio) 

Endereço:  Av. Beira Rio. Quadra 02. Lote 06 ‐ Centro ‐ Rio da Conceição – TO 

Telefones:  (63) 3691‐1134 / (63) 3691‐1161 

Frequência rádio:  não possuem 

E‐mail:  [email protected] 

Atividades: 

Fiscalização; controle e coordenação da atividade turística na ESEC; integração com o entorno e educação ambiental; detecção de incêndios; manutenção, acompanhamento, gerenciamento e acionamento da brigada para a prevenção e o combate aos incêndios florestais na ESEC Serra Geral. 

Fonte: PFT (2013) 

A princípio, o município de Mateiros conta com um contingente de brigadistas distribuído em três frentes  de  trabalho,  cada  qual  destinado  a  uma  determinada  área.  Todavia,  apesar  de praticamente realizarem as mesmas atividades, as coordenações são divididas e não há o devido entrosamento  entre  os  Centros  de  Gerenciamento  de  Fogo.  Desta  forma,  seria  importante  a criação de um único CGF a fim de englobar as atividades do NATURATINS e Prevfogo/IBAMA ou, a depender de questões  logísticas, pode‐se criar uma sala de situação, com o estabelecimento de reuniões periódicas para definir um plano de trabalho para cada brigada. Este acordo permitiria a unificação das ações com o melhoramento da logística no estabelecimento das rotinas de trabalho, bem como facilitaria o contato com a sociedade, onde, por exemplo, reportariam a ocorrência de determinado incêndio a um único agente. 

2.2 ‐ Campanhas educativas 

As campanhas educativas em Mateiros (TO) basicamente são realizadas pelas brigadas dentro de sua esfera de competência, onde se realizam cursos de educação ambiental, de uso alternativo do fogo  e  queima  controlada  para  as  comunidades  locais,  especialmente  para  aquelas  localizadas dentro das unidades de conservação. 

Atualmente,  a  Prefeitura  de Mateiros,  por meio  da  Secretaria Municipal  de Meio  Ambiente  e Turismo, tem assumido a responsabilidade no desenvolvimento de ações de educação ambiental com a discussão junto às Escolas para elaboração dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) a fim de inserirem a Educação Ambiental na grade curricular das Escolas. Ainda, o município já conta com o Fundo Municipal de Meio Ambiente,  gerenciado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente  e Turismo  (COMATUR).  Em  2013,  a  Prefeitura  de  Mateiros,  destinou  20  %  do  ICMS  Ecológico municipal para o Fundo Municipal de Meio Ambiente para as ações do Conselho dentre os quais a continuação da capacitação de professores por meio do Programa de Educação Ambiental ASAS do Jalapão. 

O Programa de Formação dos Agentes de Sensibilização Ambiental do Jalapão – ASAS do Jalapão é uma  das  principais  ações  voltadas  para  a  educação  ambiental,  consistindo  na  capacitação  de educadores das escolas dos municípios pertencentes ao Corredor Ecológico da Região do Jalapão, sendo esta uma iniciativa conjunta do ICMBio, em cooperação técnica com a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Tocantins (SEMADES) e NATURATINS com o objetivo de criar um Corredor Ecológico para reforçar a preservação dos ecossistemas naturais que unem as UC da  região do  Jalapão. Os cursistas do ASAS do Jalapão receberam informações técnicas sobre o projeto; o Bioma Cerrado; o Jalapão, as riquezas, o turismo e as ameaças; UC, com enfoque especial nas UC que compõem o mosaico do Jalapão; e Corredores Ecológicos como estratégia de conservação da biodiversidade. 

Outra ação de salutar  importância na questão da educação ambiental foi a realização do Projeto Interinstitucional  de  Educação Ambiental  de  iniciativa  do Ministério  Público  Estadual  (MPE‐TO) 

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com a participação da SEMADES, da SEDUC, NATURATINS, entre outras instituições, que culminou com  a  elaboração  do  Plano  de  Educação  Ambiental  de  Mateiros  que  visa  impulsionar  e desenvolver educação ambiental. 

Quanto  ao  processo  de  Educação  Ambiental  os  diversos  segmentos  da  sociedade  e  os  órgãos públicos de Mateiros (TO) que firmaram o acordo do Protocolo do Fogo, preveem como principais atividades as seguintes ações: 

Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Turismo e COMATUR: destinar os recursos capitaneados por meio do ICMS Ecológico em ações de apoio na formação de grupos de defensores  da  Natureza;  elaborar  e  disponibilizar  material  educativo  e  informativo sobre a temática; realizar palestras nas comunidades/localidades enfocando os temas fogo, lixo, água e, outros; ministrar palestras de cunho educativo relacionadas ao fogo, aos segmentos organizados no município; implantar e manter a brigada municipal com ações durante todo o ano; 

NATURATINS/PEJ:  orientação  técnica  aos  produtores  rurais  quanto  ao  manejo adequado dos  recursos naturais;  capacitação e  reciclagem dos brigadistas;  cessão de infraestrutura para realização de reuniões; realizar palestras enfocando os temas fogo, lixo,  água;  capacitar  professores  da  rede  pública municipal  e  estadual  de  ensino  do município quanto ao efeito e uso do fogo sobre a biodiversidade; 

Escolas Públicas Estaduais e Municipais: participar de blitz ecológica no Dia Mundial do Meio Ambiente com a distribuição de adesivos e folders; solicitar ao órgão ambiental a realização  de  palestras  de  preservação  do  Cerrado,  abordando  assuntos  como  as queimadas; promover palestras de conscientização com os pais e alunos sobre os riscos e  prejuízos  causados  pelas  práticas  da  queima  do  lixo  doméstico;  aulas  expositivas sobre queimadas; 

Outras  entidades  como  a  Associação  da  Brigada  Civil  de  Prevenção  e  Combate  a Incêndios  Florestais  do Município  de Mateiros;  Comunidade Mumbuca  ‐  Associação Capim  Dourado  do  Povoado  da Mumbuca;  Comunidade  Fazenda Nova  ‐  Associação Esperança  dos  Pequenos  Produtores  da  Fazenda  Nova;  Comunidade  Galhão: promoverão  orientações  sobre  época  e  métodos  para  a  realização  de  queimadas controladas  (calendário de queima) e conscientização sobre as consequências do uso inadequado do fogo; prevenção com orientação e apoio com os produtores; apoio na realização de aceiros nas propriedades cadastradas pelo NATURATINS. 

Apesar  de  existirem  ações  de  educação  ambiental,  as  atividades  educativas  devem  ser continuadas nas  comunidades do município, em especial naquelas onde o uso de  fogo  ainda é constante  como  ferramenta no manejo do  solo e  junto aos artesãos e  coletores/produtores do capim dourado, por meio de visitas “in  loco”, haja vista que a maioria dos  incêndios tem origem em ações negligenciais e com imperícia quanto ao uso do fogo. 

Muitas das atividades de educação ambiental desenvolvidas no município de Mateiros  (TO) vêm sendo  realizadas durante  a execução de diversos projetos  realizados por diferentes  instituições nacionais  e  internacionais.  No  quadro  8,  são  apresentados  alguns  projetos  concluídos  e  em andamento no município de Mateiros (TO). 

   

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Quadro 8 ‐ Projetos concluídos e em andamento no município de Mateiros (TO). Instituição  Projeto  Objetivos  Principais ações  Situação 

Associação Onça D'Água 

Rede Local de Uso Sustentado dos Recursos Naturais do Cerrado no entorno do Parque Estadual do Jalapão (Rede Jalapão) 

Estimular o uso sustentado dos recursos naturais e a geração de renda, a qualidade de vida, a segurança alimentar e a dignidade das famílias agroextrativistas da região do Jalapão 

‐ Ordenação da comercialização da produção artesanal; 

‐ Apoio na criação de uma própria marca; 

‐ Capacitação e apoiar às atividades de coleta e comercialização. 

Em andamento 

Estimular e apoiar as atividades agroextrativista, geração de renda, conservação e sustentabilidade na zona rural, políticas públicas 

‐ Produção de mudas no viveiro do Parque Estadual do Jalapão; 

‐ Orientações e organização das atividades produtivas. 

Concluído 

Associação Onça D'Água 

Consolidação da Rede Local de Uso Sustentado dos Recursos Naturais do Cerrado (Rede Jalapão) 

Estimular, capacitar e apoiar as atividades agroextrativista, bem como a sua comercialização 

‐ Treinamento em assepsia, produção e embalagem de produtos artesanais a partir de frutos do Cerrado. 

‐ Treinamento para coleta de sementes e uso sustentado das espécies do Cerrado 

Concluído 

Promoção de alternativas econômicas sustentáveis e estímulo à conservação nos municípios do entorno do Parque Estadual do Jalapão, Tocantins 

Apoio em ações de políticas públicas, implantação do ICMS Ecológico; criação de UC municipal; prevenção e combate à incêndios florestais; ecoturismo. 

‐ Pagamento de salários e benefícios às equipes de brigadistas que foram contratadas nos anos de 2007 e 2008; 

‐ Pagamento de gastos com transporte, alimentação e estadia das brigadas; 

‐ Aquisição de equipamentos. 

Concluído 

Conservation International do Brasil 

CGP‐II (Parceria Global de Conservação‐II) 

Implementar o Corredor do Jalapão. 

‐ Formação de núcleos municipais de planejamento ambiental. 

Concluído 

Pequi ‐ Pesquisa e Conservação do Cerrado 

Manejo de Capim Dourado no Jalapão 

Desenvolver pesquisas quanto ao manejo e impacto do fogo nas áreas de capim dourado e divulgar os resultados. 

‐ Realizar estudos sobre os efeitos do fogo nas populações de capim dourado; 

‐ Divulgar amplamente pelo Jalapão os resultados dos estudos; 

‐ Sensibilizar a comunidade com relação ao manejo adequado do fogo. 

1º estudo concluído e outros em andamento 

JICA Projeto Corredor Ecológico da Região do Jalapão 

Criar um Corredor Ecológico para reforçar a preservação dos ecossistemas naturais que unem as UC da região do Jalapão; garantir a manutenção dos processos ecológicos nas áreas de ligação entre unidades de conservação Estruturação da gestão ambiental municipal; ASAS do Jalapão; Viabilizar arranjos Institucionais para a gestão do Corredor Ecológico 

‐ Incentivo à preservação ambiental, através de investimentos e ICMS ecológico; 

‐ Fortalecimento das comunidades, com alternativas de renda tais como: agricultura familiar, artesanato, pecuária intensiva e apicultura e ainda, o fortalecimento das instituições e órgãos municipais para auxiliar o Governo Estadual no combate a prática de destruição; 

‐ Estruturação e fortalecimento de Conselhos Ambientais; 

‐ Desenvolvimento de competências para a gestão ambiental local, voltado para Gestores Públicos, Atores e coparticipes da Gestão Ambiental; 

‐ Mobilizar potenciais conselheiros para compor os Conselhos Ambientais de UC contribuindo com o fortalecimento institucional e gerencial do ICMBio; 

‐ Acompanhar e participar de eventos cujo foco possa contribuir e intervir na implementação do processo de estruturação e fortalecimento de Conselhos Ambientais na Região CERJ. 

Concluído 

GIZ / KFW Projeto Cerrado Jalapão 

Aprimorar a prevenção e o controle de queimadas irregulares e incêndios florestais na Região do Jalapão, contribuindo para a manutenção das funções do Cerrado como sumidouro de carbono de relevância global. 

‐ Aprimorar a prevenção e o controle de queimadas irregulares e incêndios florestais na Região do Jalapão / Tocantins; 

‐ Mapeamento de boas práticas de manejo e alternativas ao uso do fogo no Cerrado;  

‐ Avaliação dos Protocolos Municipais de Prevenção e Controle do Uso do Fogo;  

‐ Reunir ações para Prevenção, Controle e Monitoramento de Queimadas Irregulares e Incêndios Florestais no Cerrado 

Em andamento 

Fonte: PFT (2013) 

  

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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De  forma  geral,  são  várias  as  ações  de  campanhas  educativas  que  vem  sendo  realizadas  no município de Mateiros  (TO). Muitos dos moradores do município, durantes os  levantamentos de campo, demonstraram  insatisfação com muitas dessas ações. Os relatos  indicam que existe uma maciça quantidade de ações teóricas de difícil aplicação prática em sua realidade local. Apesar da importância das campanhas educativas, as mesmas devem ser desenvolvidas de forma compatível com a  realidade  local e desenvolvidas de maneira mais prática. Neste  sentido, no município de Mateiros  é  recomendável  que  sejam  priorizadas  ações  de  capacitação  técnica  e  que  ações  de educação ambiental sejam desenvolvidas dentro dessas capacitações. 

No  quadro  9  são  apresentadas  algumas  ações  de  campanhas  educativas  que  podem  vir  a  ser desenvolvidas no município de Mateiros (TO). Dentre essas ações pode‐se destacar, por exemplo, o Programa Bolsa Verde do Governo Federal que poderia  ser uma alternativa de  renda para as comunidades presentes no município de Mateiros (TO). 

Quadro 9 ‐ Propostas de campanhas educativas no município de Mateiros (TO). Responsável pela ação 

Local / público alvo  Tipo de contato  Tema Materiais necessários 

Parceiros 

INCRA CAT‐Mateiros / 

Comunidades, assentados e pequenos produtores rurais 

Palestra & minicurso Propriedade rural e desapropriação 

Material educativo 

Ministério Público Federal 

Prevfogo CAT‐Mateiros / 

Agropecuaristas e comunidade rural 

Curso/capacitação ‐ atividade prática 

Queima controlada, emissão de autorização, calendário de queima 

Panfleto, material didático 

Defesa Civil 

SEAGRO  Produtores rurais  Treinamento Agricultura sustentável e 

extrativismo Manuais  SEBRAE 

ICMBio Proprietários rurais e 

proprietários dos pontos turísticos 

Minicurso Metodologia e vantagens na 

criação de RPPN Material 

informativo IBAMA 

MMA  Toda a comunidade  Mini curso, visitas técnicas  Programa Bolsa Verde Material 

informativo 

SEMADES, Prefeitura, ICMBio 

Brigada do Prevfogo 

Crianças das escolas  Oficina de educação ambiental Fogo na vegetação, 

preservação Material didático 

Secretaria Municipal do 

Meio Ambiente e da 

Educação 

Brigada do PEJ PEJ‐CAT / Visitante, turistas, demais envolvidos com o 

turismo 

Elaboração e divulgação de material de apoio 

Turismo consciente, proteção das belezas 

naturais e risco de incêndio Panfletos  NATURATINS 

TV Anhanguera  Mateiros e redondezas Divulgação de conteúdo 

televisivo 

Impacto das queimadas, divulgação dos contatos das brigadas, procedimentos para queima controlada 

‐‐ SEMADES, IBAMA e ICMBio 

SEMADES  Mateiros  Curso/capacitação Gestão ambiental e recursos 

sólidos Material 

informativo MDS 

Fonte: Elaborado por PFT (2013) 

2.3 ‐ Controle de queima e queima controlada 

Queima controlada ou prescrita consiste na aplicação do fogo na vegetação nativa ou exótica sob determinadas  condições  ambientais que permitam que o  fogo mantenha‐se  confinado em uma determinada área atingindo aos objetivos do manejo. 

Antes de 2012, na vigência da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o emprego do fogo era regulamentado por meio do Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, onde, em seu artigo 2º previa a utilização do fogo em práticas agropastoris e florestais, mediante queima controlada dependente  de  prévia  autorização,  a  ser  obtida  pelo  interessado  junto  ao  órgão  do  Sistema Nacional do Meio Ambiente ‐ SISNAMA, com atuação na área onde se realizará a operação. 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Todavia, com o advento da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (novo Código Florestal), o uso do fogo passou a  ser proibido, exceto nas  situações previstas nos  incisos  I a  III do artigo 38, onde, dentre  estas,  encontra‐se  a  utilização  em  locais  ou  regiões  cujas  peculiaridades  justifiquem  o emprego  do  fogo  em  práticas  agropastoris  ou  florestais, mediante  prévia  aprovação  do  órgão estadual ambiental competente do SISNAMA, para cada  imóvel  rural ou de  forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e controle. 

No Estado do Tocantins a queima controlada é regulamentada por meio da Resolução COEMA/TO nº 07, de 09 de agosto de 2005, que dispõe sobre o Sistema Integrado de Controle Ambiental do Estado do  Tocantins  e pela Portaria NATURATINS n° 374, de 17 de  junho de 2009, que dispõe sobre  o  uso  do  fogo  como  manejo  de  culturas  para  pequenos  proprietários  rurais,  demais informações constam no quadro 10.  

Quadro 10 ‐ Informações gerais sobre queima controlada no Estado do Tocantins. Informações  Descrição  Observações 

Órgão responsável pela emissão de autorização 

NATURATINS  Somente a sede do Órgão em Palmas. 

Lei estadual específica 

Resolução COEMA/TO nº 07, de 09 de agosto de 2005, que dispõe sobre o Sistema Integrado de Controle Ambiental do Estado do Tocantins e; 

Portaria NATURATINS nº 374, de 17 de junho de 2009, que dispõe sobre o uso do fogo como manejo de culturas para pequenos proprietários 

rurais. 

‐‐ 

Órgãos descentralizados de emissão 

Não há.  ‐‐ 

Principais finalidades de autorização 

Realizar o controle do fogo; formar banco de dados dos usuários de queima controlada e repassar informação quanto aos procedimentos. 

Geralmente os pequenos proprietários não possuem conhecimento a fim de se saber o tipo de material combustível. 

Nº de focos de calor na região (mês/ano). 

Vide item 1.3.  ‐‐ 

Informações locais. Acompanhamento feito pelas brigadas quando a queima é comunicada 

pelos agricultores. Quando em combate não há como os 

brigadistas realizar o acompanhamento. 

Demais informações pertinentes. 

Criação da brigada municipal. A Prefeitura pretende implantar a 

brigada municipal para atuar a partir de 2014. 

Fonte: PFT (2013) 

As autorizações de queima controlada no Estado são emitidas apenas pelo NATURATINS, na sede em  Palmas,  capital  do  Estado,  seguindo  o  calendário  de  queima  divulgado  pela Defesa  Civil,  a seguir:  

1º Período: maio, junho e julho  Regiões Sul, Sudeste e Leste; 

2º Período: junho e julho  Regiões Central e Centro‐oeste e; 

3º Período: agosto e setembro  Regiões Norte, Nordeste e Noroeste. 

Todavia, há de  se  apontar que o  calendário da Defesa Civil não  condiz  com o do NATURATINS constante no anexo único da Portaria 374 estipulado de acordo com o quadro 11. 

Quadro 11 ‐ Período de autorização de queimas controladas no ano de 2009. Período  Datas  Queima 

1  Abril a junho & setembro a novembro  mais adequado para a queima da pastagem 

2  Maio a junho  mais adequado para a queima de vereda 

3  3 de julho a agosto  proibida a queima 

Fonte: PFT (2013) adaptado de NATURATINS (2012) 

Em Mateiros são pouquíssimos os proprietários que utilizam a queima controlada com a devida autorização uma vez que a emissão é realizada somente em Palmas a, aproximadamente, 355 km o que acarreta em não cumprimento das técnicas corretas para a queima. Neste caso, recomenda‐se que haja uma interação junto ao NATURATINS para que disponibilize técnicos a fim de realizar as emissões ou, que  faça a descentralização desta ação para os  técnicos do PEJ e/ou Prefeitura (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo). 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Atualmente,  alguns  residentes  de  dentro  do  PEJ  e  no  entorno  fazem  o  requerimento, pessoalmente ou por telefone, ao gerente do Parque para que a brigada faça o acompanhamento da queima e quando não estão em  combate, os brigadistas  realizam esta atividade, bem  como instruem  os  agricultores  quanto  às  técnicas  para  a  queima.  Esta  atividade  também  é  realizada pelas demais brigadas. 

Nesse  aspecto  faz‐se  necessário  a  ampla  divulgação  ou  discussão  junto  aos  representantes  de todos os envolvidos ou demais  instâncias de comunicação com a vizinhança a  fim de dar maior amplitude quanto à necessidade de prevenção dos incêndios e queimadas na região, reforçando a disponibilidade  para  fornecer  capacitação  dos  moradores  em  procedimentos  de  queima controlada e noções de segurança em combate, em especial abordando os procedimentos para a retirada da autorização no órgão competente. 

Como as autorizações podem  ser emitidas por qualquer órgão do SISNAMA é possível que esta ação seja realizada pela própria equipe do Parque, já que a gestão do Parque é feita pelo próprio NATURATINS.  Para  tanto,  é  imprescindível  que  seja  adotado  um  formulário  padrão,  constando minimamente as seguintes informações: 

Dados pessoais do interessado; 

Dados do imóvel rural; 

Localização, preferencialmente com as coordenadas geográficas; 

Objetivos e finalidade da queima; 

Área a ser queimada; 

Data de realização da queima. 

A  par  desta  realidade  as  atividades  de  controle  das  queimadas  deverão  ser  programadas anualmente, a  fim de  tornar possíveis visitas e cadastramento de  todos os usuários do  fogo. No quadro  12  são  apresentadas  ações  que  podem  ser  desenvolvidas  para  o melhor  controle  das queimas controladas. 

Quadro 12 ‐ Sugestões  de  ações  a  serem  desenvolvidas  no município  de Mateiros  (TO)  para  o correto uso das queimas controladas e seu controle. 

Ações de controle de queima  Localização  Época  Observações  Órgãos envolvidos 

Cadastramento/vistoria  PEJ e entorno  Ano todo Cadastramento de todas as propriedades rurais 

presentes no PEJ e no entorno. NATURATINS‐PEJ; 

Prefeitura e RURALTINS 

Descentralização  Mateiros  ‐‐ Mediante Termo de Cooperação ou Portaria descentralizar a competência para emissão da 

autorização. 

PEJ; Prefeitura‐Secretaria Municipal de 

Meio Ambiente; RURALTINS e/ou 

Prevfogo 

Realização de queima controlada 

Localidades e propriedades rurais 

Conforme calendário 

Acompanhar quaisquer usuários do fogo no dia da queima informando os procedimentos. 

Brigadas do Prevfogo e do NATURATINS 

Divulgação de alternativas ao uso do fogo e curso de queima controlada 

Localidades e propriedades rurais 

Ano todo Realizar cursos, treinamentos e dispor de recursos materiais para o manejo do solo destinado aos pequenos produtores rurais. 

EMBRAPA; Governo do Estado; Prefeitura. 

Fiscalização  Mateiros  Ano todo Elaborar estratégias para fiscalização e autuação daqueles que não cumprirem com as normas 

legais. 

IBAMA; NATURATINS; CIPRA. 

Fonte: PFT (2013) 

Devido  à  falta  de  regularização  fundiária  das  propriedades  do  município  de  Mateiros  (TO), atualmente muitos proprietários não têm condições de cumprir com exigências documentais para a emissão da autorização de queima controlada. Assim, deve‐se buscar alternativas legais para que essa situação não inviabilize o requerimento de solicitação desses proprietários.  

2.4 ‐ Manejo de combustíveis 

Em Mateiros  (TO) a  realização de aceiros  fica mais  concentrada na área do Parque Estadual do Jalapão (PEJ). Até o mês de julho deste ano a brigada do Parque já havia confeccionado entre 30 e 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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40  km de  aceiro  com  a expectativa de  chegar  aos 80  km. A equipe prioriza  a  área da  sede do Parque e em seguida realizam aceiros delimitando áreas de maior risco, aquelas com 2 a 3 anos que não foram queimadas. A prioridade nas proximidades da sede do Parque tem como objetivo principal evitar que incêndios possam danificar e/ou destruir a infraestrutura do Parque. 

Os aceiros realizados no PEJ são do tipo negro, onde se utiliza o fogo para a construção do mesmo, que  de  certa  maneira  minimiza  os  impactos  ambientais  e  garante  uma  maior  eficiência  dos trabalhos. Além  de  ajudar  a  evitar  a  propagação  das  frentes  de  fogo,  estes  aceiros  funcionam como pontos de apoio para as ações de combate das brigadas e muitas vezes podem ser área em que a fauna utiliza como escape. 

Como, predominantemente, as  comunidades e os pequenos produtores  rurais  são  carentes em termos  de  equipamentos  a  realização  de  aceiros  por  estes  fica  prejudicada  provocando  certa preocupação uma vez que é comum o uso do fogo na abertura das roças de toco e da renovação das pastagens, bem como no manejo do capim dourado. Nestas áreas, quando feitos, os aceiros são confeccionados com métodos rudimentares. 

No  Protocolo  do  Fogo  do  município,  como  parte  integrante  da  administração  municipal  a Associação Fogo Apagou se comprometeu a auxiliar na confecção dos aceiros nos limites das UC. No quadro 13 são exemplificadas algumas ações para o manejo de combustível. 

Quadro 13 ‐ Sugestões para as ações de manejo de combustível. 

Atividade  Local  Época  Método  Equipamentos Largura e 

comprimento Pessoal envolvido 

Confecção de aceiro 

Entorno do PEJ; das localidades e comunidades e; da ESEC 

Maio a julho 

Roçagem  

Trator traçado com implementos e equipamentos manuais 

50m de largura em torno dos limites das áreas mais críticas. 

Brigadistas PEJ; NATURATINS; ICMBio; Prevfogo e; Prefeitura  

Manutenção dos aceiros 

Dentro da área do PEJ e da ESEC 

Maio a julho 

Aceiro negro 

Trator com implementos, pipa de 10.000l como jato bomba e equipe de brigadistas com material de combate 

Aceiro negro de 50m de largura com 6m em cada lado feito com roçagem e limpeza com enxadas e rastelos  

Brigadistas do PEJ e do ICMBio 

Confecção de aceiros para manejo do capim dourado 

Em torno das áreas de cultivo e colheita 

Maio a agosto 

Roçagem  

Trator traçado com implementos e equipamentos manuais 

50m de largura Brigadistas, artesãos e moradores das comunidades 

Durante  os  levantamentos  de  campo,  os  gestores  de  algumas  UC  vêm  tomando  um posicionamento  favorável  à  utilização/avaliação  do  fogo  como  ferramenta  para  o manejo  do material combustível dentro das UC. Acreditam que a queima controlada, no interior das UC pode ser  uma  alternativa  para melhorar  o  controle  das  ocorrências  e  a  intensidades  dos  incêndios florestais. Além disso, acredita‐se que seu uso também poderá trazer benefícios a biodiversidade desses  ecossistemas.  Esse  pensamento  é  originado  de  experiências  positivas  de  outros  países, entretanto é  recomendável a  realização de  trabalhos de pesquisa para que  se possa avaliar  sua aplicação nestas áreas. Existem no Estado do Tocantins algumas universidades que poderiam se interessar no desenvolvimento de parcerias para o  estudo/avaliação destas  técnicas,  como por exemplo: a Universidade Federal do Tocantins (UFT) através do Curso de Engenharia Florestal. 

2.5 ‐ Monitoramento meteorológico/risco de incêndios 

Os  parâmetros  meteorológicos  como  temperatura,  precipitação,  umidade  relativa  do  ar, velocidade e direção do vento, bem como os dias sem chuva, são informações determinantes para a ocorrência de  incêndios florestais. Os dados são obtidos pelas estações automáticas do  INMET que podem ser consultadas pelo site: www.inmet.gov.br/sonabra/maps/automaticas.php (Quadro 14). 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Aliado a estes fatores, o CGF deve acompanhar diariamente o site do INPE, que apresenta todos os dias  um  mapa  de  risco  de  incêndios  para  todo  o  Brasil  disponível  em: http://sigma.cptec.inpe.br/produto/queimadas/maparisco/risco_est.html. 

Quadro 14 ‐ Estações meteorológicas no município de Mateiros (TO) e nas suas proximidades. 

Local  Latitude  Longitude Tipo de dados coletados 

Rotina de obtenção de informação 

Mateiros (TO)  10,4342° S  45,9217° O  Automática  Página do INMET* 

Gilbués (PI)  9,87472° S  45,3464° O  Automática  Página do INMET* 

Alto Parnaíba (MA)  9,10817° S  45,9320° O  Automática  Página do INMET* 

Dianópolis (TO)  11,5942° S  46,8472° O  Automática  Página do INMET* 

* http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas 

2.6 ‐ Definição de sistema de vigilância/detecção de incêndios 

A vigilância eficiente é ferramenta fundamental para a inibição de ações imprudentes, imperitas e criminosas. Considerando  incêndios  já em andamento, a vigilância é um dos fatores que permite que o combate seja  iniciado nos estágios  iniciais da ocorrência, quando ainda está em pequenas proporções.  

Vigilância 

Fixa:  O  município  de  Mateiros  (TO)  apresenta  um  relevo  plano  a  suave‐ondulado  e  a 

presença de algumas serras como a do Espírito Santo, Jalapinha e do Porco (mais detalhes 

podem ser encontrados no item: 1.1 ‐ Caracterização da área), porém, de difícil acesso. No 

município de Mateiros  (TO) não existe nenhuma  torre de observação, entretanto existem 

alguns pontos que podem ser utilizados para a realização de observações. Esses pontos de 

observações devem ser utilizados principalmente durantes as rondas, o que possibilita uma 

maior  eficiência  desta  atividade  e  uma  resposta mais  rápida  na  detecção  dos  incêndios. 

Durante  os  levantamentos  de  campo  foram  identificados  alguns  pontos  e  regiões mais 

elevados na  topografia do município que podem  ser utilizados para observações  (Quadro 

15). Na proximidade da sede municipal, na estrada sentido a Comunidade Mumbuca, cerca 

de  5  km  de Mateiros  (TO)  é  possível  ter  uma  boa  visibilidade  do  entorno  do município. 

Outro ponto próximo a Mateiros (TO), com maior visibilidade, é a sede do Parque Estadual 

do Jalapão. Neste  local é possível ter uma boa visibilidade de parte da área PEJ e da ESEC 

Serra Geral do Tocantins. É possível uma visão de toda planície até as imediações do Morro 

do Fumo, bem como a Serra da Estiva e parte da Serra do Meio. No sentido leste, é possível 

observar  quase  toda  a  região  da  porção  sudeste  da  APA  Jalapão  e  parte  das  áreas  do 

município que não possuem nenhum tipo de UC.  

Quadro 15 ‐ Locais que podem ser utilizados como ponto de observação. 

Local Coordenadas 

Latitude  Longitude 

Sede do PEJ  10° 34' 28,49'' S  46° 30' 26,33'' O 

Unidade do PEJ sem uso‐infraestrutura para instalação de brigada  10° 21' 20,41'' S  46° 30' 29,87'' O 

Morro  10° 32' 28,96'' S  46° 25' 44,94'' O 

Serra da Muriçoca  10° 24' 39,88'' S  47° 05' 53,80'' O 

Morro do Fumo  ‐‐  ‐‐ 

Mateiros (saída para a Comunidade Mumbuca)  10° 31' 15,82'' S  46° 26' 00,23'' O 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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No  que  se  refere  à  construção  de  torre(s)  de  observação  é  necessário  uma  avaliação 

criteriosa para  verificar  sua a  real necessidade e prioridade,  visto que existem pontos de 

observação  com  ampla  visibilidade.  Outro  aspecto  importante  é  a  realização  de  um 

mapeamento detalhado destes pontos de observação para a atualização do Plano Operativo 

(PO). Apesar  das  brigadas  normalmente  serem  compostas  de  pessoas  da  localidade,  que 

possuem bom conhecimento da região, essas  informações são de extrema  importância de 

serem inseridas no PO para situações de emergência em que são acionados apoios de outras 

brigadas.  A  identificação  destes  locais  é  de  extrema  relevância  para  a  as  atividades  de 

detecção,  bem  como  durante  o  combate  (planejamento  e  tomada  de  decisões).  Neste 

sentido, é recomendável que durantes as atividades das brigadas sejam feitos levantamento 

destes pontos, bem como a descrição de sua visibilidade.  

Móvel:  A  extensão  territorial  do município,  aliada  a  dificuldade  dos  acessos  em  função 

principalmente das condições das estradas, dificultam a eficiência da vigilância móvel para 

detecção das queimadas e incêndios. As operações de ronda são de extrema importância e 

devem  ser  conciliadas  também  com  outras  atividades,  tais  como:  orientação  das 

comunidades quanto ao uso do fogo (queima controlada), educação ambiental, orientação 

na emissão de  licenças de queima,  levantamento de  informações para atualização do PO, 

entre outras. No que se refere à frequência das rondas, deverá ser determinado pelo Chefe 

da Brigada em função do período e do risco de incêndio existente. Na primeira parte deste 

documento  é  apresentado  o  mapa  das  áreas  de  risco,  bem  como  os  locais  de  maior 

ocorrência de incêndios nos últimos cinco anos que poderá ser utilizado como referência na 

definição das  rotas  a  serem  realizadas.   Em  anexo  a este Plano Operativo, encontra‐se o 

mapa do município de Mateiros onde constam as principais vias do município. 

On‐line: O método de vigilância mais empregado em Mateiros (TO) é o móvel por meio das 

rondas. A vigilância online, quando realizada, é feita basicamente com as  informações dos 

focos  de  calor  gerados  pelo  INPE  (http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas).  Na 

grande maioria dos casos, o uso desta  ferramenta  fica restrito aos gestores das UC, e não 

pelo Chefe de Brigada. A grande demanda de atividades dos gestores das UC  impossibilita 

um acompanhamento diário dessas informações. Assim é de extrema relevância a realização 

de uma capacitação eficiente dos Chefes de Brigada e de Esquadrão para a utilização desta 

ferramenta, que  tem como  finalidade básica orientar as  rondas e detecção de  fogo ativo. 

Além  desta  demanda,  é  necessário  o  treinamento  do  uso  do  GPS,  bem  como  uma 

capacitação referente a noções básicas de cartografia. 

Vigilância complementar: A vigilância complementar, aquela onde o aviso é repassado pela 

comunidade, é pouco utilizada em Mateiros, pois, nas localidades e nas comunidades não há 

orelhões e o sinal de  telefonia celular não cobre a maior parte da região. A comunicação, 

quando  feita,  geralmente  fica  a  cargo  de  um  dos  moradores  daquela  região  de  maior 

conhecimento/respeito  pelos moradores. Assim,  apesar  dos  contatos  das  brigadas  serem 

amplamente  divulgados  são poucas  as pessoas da  zona  rural que  possuem  condições de 

contato. Todavia, em  incêndios de maiores escalas geralmente alguém com maiores meios 

se desloca para comunicar tal ocorrência. 

   

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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3 ‐ AÇÕES DE PRÉ‐SUPRESSÃO 

3.1 ‐ Recursos humanos 

No  município  de  Mateiros  não  existem  equipes  de  brigadas  permanentes.  As  brigadas  são 

contratadas anualmente sob a coordenação do IBAMA/Prevfogo, do NATURATINS/PEJ e do ICMBio, 

em suas respectivas áreas de atuação, durante período de aproximadamente 5 a 7 meses. Estes 

atuam  na  prevenção  e  combate  a  incêndios  florestais,  realizando  atividades  de  orientação  à 

comunidade, monitoramento,  apoio  às  queimas  controladas,  entre  outros.  A  capacitação  dos 

brigadistas é realizada durante o processo de seleção das brigadas. 

As brigadas são compostas, em sua maioria, por pessoas da própria região com escolaridade até o 

Ensino Médio. A contratação de pessoas da própria região facilita bastantes as ações das brigadas, 

pois possuem um bom conhecimento dos problemas locais relacionados com o fogo e das vias de 

acesso  da  região.  Além  dos  benefícios  logísticos  e  operacionais,  a  contratação  dos  brigadistas 

locais gera uma capacitação técnica local das técnicas de uso do fogo controlado e combate, bem 

como  uma  conscientização  da  problemática  do  fogo  na  região.  Desta  forma,  é  de  extrema 

importância a continuidade da contratação preferencial das pessoas da comunidade.  

No  município  de  Mateiros  (TO),  em  2013,  a  brigada  do  Prevfogo/IBAMA  foi  formada  por 

brigadistas bastante jovens, até mesmo para exercer as funções de Chefe de Esquadrão e Chefe de 

Brigada.  Em  razão  da  grande  responsabilidade  dessas  funções,  principalmente  a  do  Chefe  de 

Brigada é recomendável que nas próximas seleções, dentro das possibilidades, sejam selecionados 

pessoas  com maior  experiência.  Nas  atividades  de  levantamento  de  campo,  observou‐se  que 

muitas vezes a  função de Chefe de Brigada não  foi realizada de acordo com as suas atribuições. 

Desta forma, é importante também um acompanhamento e controle mais intenso das atividades e 

ações  de  todas  as  brigadas  contratadas  no  município  de  Mateiros  (TO).  No  quadro  16  são 

apresentados os contatos de recursos humanos dos diferentes Centros de Gerenciamento de Fogo 

presentes no município de Mateiros (TO). 

Quadro 16 ‐ Recursos humanos dos Centros de Gerenciamento de Fogo. 

Recursos Humanos Existentes 

Função   Instituição  Nome  Atividades  Telefone / E‐mail 

Gerente Parque Estadual do 

Jalapão (NATURATINS) Rejane Ferreira Nunes  Coordenação Geral 

(63) 3534‐1072 

[email protected] 

Chefe de Brigada  Prevfogo/IBAMA  Bruno de Almeida Silva 

Coordenar as atividades da brigada 

na logística, acionamento e 

combate. 

(63) 9946‐4945 

Analista Ambiental  ICMBio Aquilas Ferreira Mascarenhas 

‐‐  (63) 3691‐1134/1161 

Em função da existência de várias unidades de conservação no município de Mateiros (TO), existe 

um contingente técnico na região bastante acima da média dos demais municípios do Tocantins. 

Entretanto existe ainda grande demanda de recursos humanos para as atividades de gestão destas 

UC e apoio nas ações de prevenção e combate no município de Mateiros  (TO). Desta  forma, no 

quadro 17 são apontadas algumas demandas de recursos humanos existentes no município.  

 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Quadro 17 ‐ Demanda de recursos humanos do Centro de Gerenciamento de Fogo de Mateiros (TO). Função  Instituição  Atividades  Formação  Resultados esperados 

Técnico  NATURATINS 

Coletar, padronizar, ordenar e registrar as diferentes informações para auxiliar as ações de gestão das UC, bem como a atualização do Plano 

Operativo (PO). 

Técnico agropecuário ou florestal 

Base cartográfica atualizada da região / Banco de dados das atividades realizadas e dados ambientais do município de Mateiros 

/ Atualização do PO 

Fiscal ambiental 

NATURATINS Coordenar atividade de prevenção, educação ambiental e de fiscalização. 

Engenheiro Florestal 

e/ou Biólogo 

Continuidades das ações de campanha de educação ambiental e seus resultados, bem como adequação destas ações a realidade local. Maior repressão as atividades ilegais 

contra o meio ambiente. 

3.2 ‐ Contingente de brigadistas e de combatentes 

Em Mateiros  (TO)  em  cada  centro  de  gerenciamento  do  fogo  há  listas  publicadas  nos murais 

contendo  os  nomes  e  contatos  dos  brigadistas,  tanto  do  Prevfogo  quanto  do  NATURATINS. 

Geralmente os brigadistas  são  contratados um mês antes do período  crítico que  vai de  julho  a 

setembro  permanecendo  os  contratados  até  o  mês  subsequente.  Neste  sentido  além  das 

obrigações básicas do Chefe de Brigada é importante a elaboração de relatórios das atividades das 

brigadas. Às vezes, somente o plano de trabalho é elaborado ficando o relatório final a cargo tão 

somente  dos  ROI,  cuja  destinação  visa  apenas  o  apontamento  de  uma  determinada  atividade.  

Assim, recomenda‐se que todas as atividades das brigadas sejam registradas de forma ordenada 

para o planejamento de ações futuras e definição das reais demandas locais. É recomendável que 

o  registro  de  todas  as  ações  das  brigadas  sejam  feitas  em  uma  base  de  dados 

estruturada/padronizada. 

Quadro 18 ‐ Brigadistas contratados pelo Prevfogo, NATURATINS e Prefeitura de Mateiros. IBAMA    NATURATINS/Prefeitura 

Nome  Cargo  Telefone    Nome  Cargo  Telefone 

Bruno Silva  Chefe de Brigada  (63) 9946‐4945    Manoel de Oliveira  Chefe de Brigada  (63) 9957‐6477 

Johne  Chefe de Esquadrão  (63) 9945‐5884    Claudemir Ribeiro  Motorista  (63) 9956‐1373 

Geinivaldo  Chefe de Esquadrão  (63) 9982‐2843    Reinaldo Tavares  Motorista  (63) 9987‐9711 

Martins Júnior  Chefe de Esquadrão  (63) 9954‐1658    Carlos César  Combate  (63) 9941‐9154 

Valdir Ferreira  Chefe de Esquadrão  (63) 9964‐9568    Cleidimar Carso  Combate  (63) 9996‐0880 

Amadeus  Combate   (63) 9953‐0584    Gerson Pereira   Combate  (63) 9978‐8803 

Amilson  Combate  (63) 9941‐6128    Jarlene Chaves   Combate  (63) 9934‐6603 

Adilson  Combate  (63) 9937‐5551    Hélio Pereira  Combate  (63) 9935‐9321 

Cleomar  Combate  (63) 9967‐7372    Maurino Chaves   Combate  (63) 9941‐2293 

Charles  Combate  (63) 9954‐9521    Orlando Paixão  Combate  (63) 9992‐5560 

Cleyton Fé  Combate  (63) 9957‐0106    Romário Ribeiro   Combate  (63) 9983‐9733 

Eugêncio  Combate  (63) 9929‐9538    Idério Evangelista  Combate  ‐‐ 

Edson Castro  Combate  (63) 9945‐6860         

Edson Nero  Combate  (63) 9935‐9087         

Pedro  Combate  (63) 9964‐6218         

Ronan  Combate  (63) 9930‐7181         

Ronaldo Alves  Combate  (63) 9943‐3186         

Reginaldo  Combate  (63) 9934‐7164         

Sérgio Cruz  Combate  (63) 9966‐4027         

Sebastião  Combate  (63) 9931‐6624         

Valdeir   Combate  (63) 9987‐1045         

Wiriston  Combate  (63) 9996‐4410         

Warles  Combate  (63) 9930‐9592         

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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3.3 ‐ Demandas e capacitação 

A  formação dos brigadistas do  Prevfogo/IBAMA  é  realizada quando da  seleção onde o  curso  é 

focado  basicamente  para  o  combate,  prevenção,  uso  do  fogo  e  queima  controlada.  Todavia, 

outros temas e  treinamentos são  importantes para complementar a qualidade na prestação dos 

serviços. No caso do município de Mateiros (TO) existe historicamente uma grande quantidade de 

ROI com causas desconhecidas (58 % ‐ ver item 1.3). Neste sentido seria de grande importância a 

realização  de  uma  capacitação  visando  a  realização  de  perícias  em  incêndios  florestais  e 

queimadas. No quadro 19 são apresentadas estas e outras sugestões de capacitação que poderiam 

contribuir nas ações das brigadas no município de Mateiros (TO). 

Quadro 19 ‐ Demandas de capacitação. 

Setor  Demanda  Atividade Instituição responsável pela contratação/disponibilização 

de profissionais 

Instituição responsável pela 

capacitação 

Centro de gerenciamento do 

fogo Capacitação 

Formação de liderança 

NATURATINS  SEMADES 

Brigadistas  Treinamento  Queima controlada  NATURATINS/Prevfogo/ICMBio IBAMA / NATURATINS 

/ Defesa Civil 

Brigadistas Aulas teóricas e 

práticas Direção defensiva  NATURATINS/Prevfogo/ICMBio  DETRAN 

Brigadistas e Centro de gerenciamento do 

fogo Capacitação/orientação 

Técnicas de perícia de incêndios florestais e queimadas 

NATURATINS/Prevfogo/ICMBio  IBAMA 

Chefes de brigada e chefes de esquadrão 

Capacitações  Gestão de Brigadas  IBAMA  IBAMA 

Após o curso de formação de brigadistas é necessário a realização do curso de gestão de brigadas, 

com  chefes  de  brigada  e,  quando  possível,  chefe  de  esquadrão,  visando  a  capacitação  para  as 

atividades de gerenciamento da brigada: elaboração de ROI, plano de  trabalho, coleta de dados 

para  complementar  as  informações  do  PO,  relatórios  mensais,  boletim  de  frequência, 

monitoramento  de  focos  de  calor,  GPS  e  utilização  de  aplicações  computacionais  para 

manipulação e registro destes dados. 

3.4 ‐ Recursos materiais e serviços logísticos 

Infraestrutura 

Atualmente, no município de Mateiros (TO), não existe instalação designada exclusivamente para 

ações  de  combate  e  prevenção  às  queimadas  e  incêndios  florestais  para  a  brigada  do 

Prevfogo/IBAMA. No entanto, a prefeitura vem disponibilizando um imóvel durante a atuação da 

brigada,  geralmente  uma  casa  com  sala,  cozinha,  quartos,  banheiro  e  instalação  de  ponto  de 

internet.  Esta  ação  da  prefeitura  é  prevista  no  Protocolo  do  Fogo  e  tem  um  caráter  de 

continuidade, segundo a Secretária Municipal de Meio Ambiente e Turismo. 

Na sede municipal de Mateiros (TO) existe o Centro de Capacitação e Educação Ambiental (CCEA) 

que serve como base de apoio às ações da brigada do PEJ. Neste espaço são realizadas reuniões, 

cursos e palestras em que é possível a utilização de microcomputador com acesso à internet. 

O Parque Estadual do Jalapão ainda dispõe de quatro outras infraestruturas localizadas na área do 

Parque. Uma delas  está  cedida  à ADAPEC  (Posto Rio Novo, próximo  ao  rio Novo,  coordenadas 

geográficas 10° 33' 23,53'' S e 46° 45' 23,65'' O) que a utiliza como posto fiscal. A outra atualmente 

não está em uso, mas é constituída de área coberta e salas para abrigo de brigadistas (próximo ao 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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ponto turístico Cachoeira do Formiga, coordenadas geográficas 10° 21' 20,41'' S e 46° 30' 29,87'' 

O).  Ainda  há  uma  subsede  do  PEJ  servindo  como  abrigo  ao  fiscal  na  entrada  para  as  Dunas 

(coordenada geográficas 10° 36' 07,52'' S e 46° 39' 40,68'' O). A última também está localizada no 

interior da unidade sendo esta a Base do Porco. 

Como a área a ser monitorada é bastante extensa e a proximidade das equipes de brigada com as 

principais áreas de ocorrência de incêndios é um fator de extrema importância, recomenda‐se que 

as  brigadas  sejam  distribuídas  em  outras  localidades,  levando‐se  em  consideração  o mapa  das 

áreas  prioritárias  para  a  proteção  contra  incêndios  e  queimadas.  Há  de  se  considerar  que, 

conforme o mapa, as áreas com maiores riscos e ocorrências de incêndios são as que margeiam a 

região onde estão presentes as localidades e as propriedades rurais. Todavia, deve‐se verificar os 

custos na construção de infraestrutura básica uma vez que nestas regiões não há instalações para 

locação ou cessão por parte de alguma entidade. 

Equipamentos 

Atualmente  não  existem  equipamentos  do  poder  público municipal  destinado  exclusivamente 

para  as  atividades  de  combate  e  prevenção.  Os  equipamentos  utilizados  nas  atividades  de 

combate são  fornecidos aos brigadistas durante o período de sua atuação, salvo os do PEJ e do 

ICMBio que são materiais permanentes nas atividades das UC. A respeito destes últimos deve‐se 

dispensar atenção quanto aos equipamentos de proteção individual (EPI) uma vez que é grande a 

demanda  e  chega  a  faltar  durante  o  período  contratado.  Quanto  à  brigada  do  Prevfogo  os 

equipamentos  são  de  propriedade  do  IBAMA  que  os  recolhem  ao  final  das  atividades  dos 

brigadistas.  A  relação  dos  equipamentos  existentes  atualmente,  em  2013,  no  município  de 

Mateiros (TO) é apresentada no quadro 20. 

Quadro 20 –  Possíveis equipamentos de apoio para as ações de combate e prevenção aos incêndios florestais em Mateiros (TO). 

Instituto  Equipamento  Quantidade 

IBAMA 

Enxada  8 

Enxadão 2 

Foice 4 

Machado 2 

Bomba costais 8 

Abafadores 20 

Pinga fogo 3 

Garrafa de água 4 

Facão 29 

Pá 2 

Lima 8 

Rastelo 2 

Pulasnkis 2 

Mc Leod 2 

Serrote 1 

Computador (CPU, monitor) 1 

Binóculo 1 

GPS 1 

Máquina fotográfica 2 

   

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Quadro 20 –  Possíveis equipamentos de apoio para as ações de combate e prevenção aos incêndios florestais em Mateiros (TO) (continuação). 

Instituto  Equipamento  Quantidade 

NATURATINS 

Trator traçado com roçadeira e lâmina  1 

Motosserra  2 

Moto bombas  2 

Pipa reboque de 10.000l com jato bomba  1 

Enxadão  5 

Enxada  6 

Foice  5 

Machado  5 

Bomba costais rígidas  8 

Abafadores  30 

Pinga fogo  2 

Cantil  15 

Facão  25 

Pá  5 

Lima  5 

Rastelo  6 

Pulasnkis  2 

Computador (CPU, monitor)  1 

GPS  1 

Veículos 

Além  dos  equipamentos,  durante  o  período  de  atuação  da  brigada  do  Prevfogo/IBAMA  são 

destinados dois veículos 4x4 locados, um para cada esquadrão, tanto para o transporte da equipe 

quanto dos equipamentos.  

As brigadas do PEJ/NATURATINS e do ICMBio possuem veículos destinados não só para o combate 

como  para  os  trabalhos  de  manutenção  das  UC,  fiscalização  e  administrativos.  Veículos  do 

NATURATINS cedidos ao Parque Estadual do Jalapão são: 

2 Marruás novas; 

1 Toyota Bandeirantes em bom estado de conservação; 

2 L200 em manutenção; 

1 L200 Triton seminova. 

Devido às peculiaridades da região é importante destacar que o acesso aos locais de combate que 

necessita de veículos 4x4, uma vez que as estradas, em sua maioria, são cheias de “tombadores” 

de areais.  

Rede de atendimento hospitalar 

Na área de saúde o município de Mateiros não dispõe de um “pronto‐atendimento” para os casos 

de emergências e nem mesmo possibilidade de análise  laboratorial. Também não existe médico 

residente no município e nem ambulância para o transporte de pacientes. Quando necessário, os 

pacientes são encaminhados para Porto Nacional ou, em casos mais graves, para Palmas através 

de veículos particulares ou coletivos, visto que não existe ambulância para o deslocamento. Desta 

forma,  os  únicos  veículos  da  Prefeitura,  duas  caminhonetes  4x4,  frequentemente  fazem  o 

transporte dos pacientes. No quadro 21 são apresentadas as informações referentes à unidade de 

saúde presente em Mateiros (TO). 

  

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Quadro 21 – Rede de atendimento hospitalar presente no município de Mateiros (TO).  

Estabelecimento  Telefone  Endereço  Gestão  Tipo de unidade 

Centro Municipal de Saúde Cristo Rei   (63) 3534‐1007 Rua 14, s/n ‐ CEP 77.593‐000 

Centro Municipal 

Centro de saúde/unidade básica 

Combustível, alimentação e acomodações 

Mateiros, por ser uma cidade ecoturística, possui diversas pousadas com as mais variadas opções 

de  acomodações.  Quanto  a  restaurantes,  a  cidade  de  Mateiros  também  dispõe  de  alguns 

estabelecimentos, porém, boa parte não tem a possibilidade de pagamento com o uso de cartões 

magnéticos.  Ainda,  dependendo  da  localização  do  incêndio  ou  das  atividades  a  serem 

desenvolvidas há possibilidade de alojamento na sede do Parque Estadual do Jalapão. No quadro 

22 são apresentados os principais  locais para acomodação e alimentação presentes no município 

de Mateiros (TO). 

Quadro 22 ‐ Fornecedores de acomodações e alimentação em Mateiros (TO).  Estabelecimento  Telefone  Endereço  Responsável 

Pousada Buritis do Jalapão (63) 3534‐1039 / 9957‐8981 / 

9955‐5101 Rua: Hotêncio Tavares dos Santos ‐ 

Entre Qi:04 e Qi:05 Julio e Vera Mokfa 

Pousada Vereda Topical  (63) 3534‐1071 / 9947‐2577  Av. Tocantins Qi:27 Lt:05 ‐ Centro de Mateiros 

Brígida Chagas Ferreira 

Pousada Galhão (63) 9999‐3403 / 3225‐4078 / 

9999‐3304 Povoado Galhão, TO 225 – Saída pra 

Formosa do Rio Preto ‐ Bahia Eldourado e Herbeson 

Pousada Rio Novo Fazenda Progresso 

‐‐  TO 225  Antonio e Milma 

Pousada Santa Helena (63) 3534‐1050/1099 / 9971‐

1058 / 9971‐1078 Av. Maranhão s/n. Saída para São Felix  Mauro 

Pousada da Tonha  (63) 3534‐1213 / 9988‐3370 Rua: Aureliano Pereira dos Santos Qi:15 

Lt:01 ‐ Centro Márcia e Oscar 

Pousada Cardoso  (63) 9957‐1416  Av. Maranhão Qi:13 Lt:11  Hilton Martins 

Pousada União Tavares  (63) 3534‐1018  Av. Maranhão Qi:19 Lt:02 ‐ Centro  Vilneide e Iltamá 

Pousada e Restaurante Rancho 21 

(63) 9968‐5333/9956‐1049  Av. Maranhão, Centro  Rozimar 

Camping e Restaurante do Vicente 

(63) 3534‐1195/9971‐8487 TO 110 – direção a São Félix do 

Tocantins Vicente 

Restaurante e churrascaria do Gaúcho 

(63) 9982‐0244/9965‐0329  Av. Bahia, Lt 07, Centro   Adelar e Carleane 

Restaurante da Vila  (63) 3534‐1092  Povoado Mumbuca  Dona Nem 

No Município há apenas um posto de combustível que atende toda a região, o Auto Posto Rally 

(coordenada:  10°  32'  44,63''  S  e  46  25'  15,56''  O),  que  oferece  o  serviço  da  TICKET  CARD  e 

GOLDCARD  (sistema  utilizado  para  o  abastecimento  dos  veículos  utilizados  pelas  brigadas  do 

Prevfogo/IBAMA). Futuramente haverá outro posto de combustíveis, pois, está em construção o 

Posto Barretão II. Quanto ao abastecimento de aeronaves o local mais próximo é o Aeroporto de 

Correntes (120 km em linha reta de Mateiros ‐TO). 

3.5 ‐ Facilidades para o combate 

Rede viária 

Quanto  à  rede  viária  no  município  de  Mateiros  (TO)  não  existe  nenhuma  estrada  com 

pavimentação  asfáltica. Os  acessos  quase  que  em  sua  totalidade  são  de  difícil  trafegabilidade,  

 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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demandando veículos  traçados, além de um bom conhecimento da  região para a  realização das 

atividades  de  vigilância,  prevenção  e  combate  aos  incêndios  florestais. Os  principais  acessos  e 

estradas estão delimitados no Mapa Operativo (em anexo). A atualização das estradas e acesso é 

uma  informação  de  grande  importância  e  também  pode  ser  feita  pelas  brigadas  durante  suas 

atividades. Para que isto ocorra, é necessária uma capacitação dos brigadistas para a coleta destas 

informações para  futuras  atualizações. Essas  informações  são  importantes não  somente para o 

deslocamento, mas  também  para  o  planejamento  de  ações  de  combate,  pois  dependendo  da 

localização  dos  incêndios  as  estradas  podem  ser  utilizadas  como  pontos  para  o  combate 

(“aceiros”). 

Captação de água e barreiras naturais 

O município de Mateiros (TO) encontra‐se, em sua totalidade, no sistema hidrográfico do rio Sono 

contando com vários pontos perenes de abastecimento para pipa e bombas costais, bem como 

uma  abundância  de  rios,  riachos  e  córregos  (mapa  em  anexo).  Assim,  a  rede  hidrográfica  é 

bastante rica, havendo grande quantidade de nascentes e córregos. 

Quanto às barreiras naturais verifica‐se pelos mapas contidos na primeira parte deste documento 

que Mateiros dispõem de uma rede hídrica rica em córregos e riachos, bem como de encostas de 

serras e morros que servem como barreiras naturais, vindo auxiliar em uma possível mudança de 

estratégia durante as ações de combate. Como já descrito anteriormente existem várias serras no 

município  tais como: Serra da  Jalapinha, Serra do Espírito Santo, Serra do Porco, Serra da Onça, 

Serra  do Meio,  Serra  da  Estiva,  Serra Geral  de Goiás  e  Serra  da  Ponte Alta Grande  (Morro  do 

Fumo). 

Pistas de pouso 

No município de Mateiros  (TO)  foram  identificadas, durante os  levantamentos de  campo,  cinco 

pistas de pouso, sendo que apenas uma delas é homologada pela ANAC. Todas as pistas de pouso 

no  município  apresentam  o  revestimento  da  superfície  com  cascalho,  com  um  comprimento 

variando de 400 a 1.275 m e largura de 15 a 23 m. No quadro 23 estão listadas as pistas de pouso 

no município e nas suas proximidades, com base nos dados da ANAC e nas informações coletadas 

em campo. 

Quadro 23 ‐ Pistas de pouso no município de Mateiros (TO) e nas suas proximidades. 

Município 

Coordenadas (WGS 84) Comprimento

(m) Largura(m) 

Superfície Distância até 

Mateiros ‐ Sede (em linha reta km) 

Situação 

Latitude  Longitude 

Mateiros ‐ TO  10° 33' 45" S  46° 25' 41" O  900  23  Cascalho  3  Não homologada 

Mateiros ‐ TO  10° 34' 36" S  46° 30' 24" O  400  15  Cascalho  11  Não homologada 

Mateiros ‐ TO  10° 25' 29" S  46° 04' 37" O  1.275  23  Cascalho  39  Homologada / Privada 

Mateiros ‐ TO  10° 18' 15" S  46° 56' 30" O  1.200  20  Cascalho  64  Não homologada 

Mateiros ‐ TO  10° 38' 17" S  46° 14' 58" O  1000  25  Cascalho  20  Não homologada 

Correntes ‐ PI  10° 27' 07'' S  45° 08' 11'' O  1.000  20  Asfalto  140  Homologada / Pública 

Formosa do Rio Preto ‐ BA  11° 01' 21'' S  45° 11' 30'' O  1.400  30  Asfalto  145  Homologada / Pública 

Luis Eduardo Magalhães ‐ BA  12° 06' 24'' S  46° 53' 48'' O  1.300  30  Asfalto  183  Homologada / Pública 

Taguatinga ‐ TO  12° 26' 02'' S  46° 24' 02'' O  1.200  40  Terra  212  Homologada / Pública 

Porto Nacional ‐ TO  10° 43' 01" S  48° 24' 01'' O  1.700  30  Asfalto  220  Homologada / Pública 

Fonte: PFT (2013) e ANAC (2013) 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Sistemas de comunicação 

O  setor  de  comunicação  no  município  de  Mateiros  é  bastante  deficiente  havendo  poucos telefones públicos na cidade e nenhum nas comunidades ou nas demais áreas do Município. Existe uma antena repetidora do sinal das TV abertas e uma rádio comunitária. Ainda, Mateiros (TO) não dispõem  de  agência  bancária  havendo  apenas  uma  Lotérica,  um mercado  que  presta  serviços bancários da Caixa Econômica Federal (Caixa Aqui) e uma agência do Banco do Brasil na sede dos Correios e Telégrafos. 

A concessionária de  telefonia  fixa em Mateiros é a operadora Oi sendo que o sinal de  telefonia 

celular é fornecido apenas pela Operadora Vivo com cobertura predominantemente na cidade. O 

sinal  de  internet,  também  fornecido  pela  Oi,  atende  parcialmente  a  cidade,  porém,  todos  os 

órgãos  públicos  têm  acesso  à  rede mundial  de  computadores. Na  sede  do município  também 

existem  serviços de  internet  via  rádio. Na Comunidade Mumbuca  existe um  telefone público  e 

também acesso a internet. 

O principal meio de contato com os brigadistas é via telefone celular dos membros da equipe, uma 

vez que na sede, temporária, não há telefone fixo, salvo as sedes administrativas da Unidade de 

Conservação que possuem telefone fixo. Com exceção dos órgãos situados dentro da área urbana 

as  demais  áreas  não  possuem  meios  de  comunicação.  No  quadro  24  são  apresentados  os 

endereços  e  números  dos  telefones  públicos  existentes  na  sede municipal  e  no  quadro  25  os 

contatos das instituições e órgãos públicos presentes em Mateiros (TO). 

Não existe também nenhum sistema de comunicação via rádio em operação no município. Por se 

tratar de uma região com baixa cobertura de telefonia celular e fixa é de extrema  importância a 

implementação de um  sistema de  comunicação a  rádio eficiente.  Segundo  informações obtidas 

durante  os  levantamentos  de  campo  está  se  buscando  viabilizar  a  instalação  de  sistema  de 

comunicação via rádio e que esta ação provavelmente será executada com os recursos do Projeto 

Cerrado Jalapão. 

Quadro 24 ‐ Número dos telefones públicos existentes no município de Mateiros (TO). 

Endereço  Funcionamento  Número do telefone público 

Rua 2 Quadra 52 – Lote 6  24 horas  (63) 3534‐1005 

Rua Maranhão  24 horas  (63) 3534‐1089 

Rua 14 – Quadra 10 – Lote 11,12  24 horas  (63) 3534‐1063 

Rua Maranhão  24 horas  (63) 3534‐1090 

Av. Principal  24 horas  (63) 3534‐1091 

Rua Piauí  24 horas  (63) 3534‐1087 

Rua Tocantins – Quadra 26 – Lote 08  24 horas  (63) 3534‐1093 

Rua 3  24 horas  (63) 3534‐1092 

Rua Tocantins – Quadra 31 – Lote 01  24 horas  (63) 3534‐1088 

Rua Maranhão – Quadra 42 – Lote 03  24 horas  (63) 3534‐1025 

Fonte: PFT (2013) e ANATEL (2013) 

 

 

 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Quadro 25 ‐ Telefones de instituições e órgãos públicos presentes em Mateiros (TO). 

Instituição Representante Legal / 

Responsável Telefone 

Coordenada 

Latitude  Longitude 

Prefeitura Mateiros  Júlio Mokfa (Prefeito)  (63) 3534‐1008  10° 32' 45,55'' S  46° 25' 04,51'' O 

Brigada (local) apoio  Bruno Almeida Silva  (63) 9946‐4945  10° 32' 42,80'' S  46° 25' 08,54'' O 

Centro Municipal de Saúde Cristo Rei 

Daniela  (63) 3534‐1007  10° 32' 38,81'' S  46° 25' 04,88'' O 

CEIT ‐ Centro de Exposição e Informação ao Turista 

Sirlene Matos da Silva  (63) 9957‐2804  10° 32' 46,90'' S  46° 24' 53,99'' O 

CRAS ‐ Centro de Referência de Assistência Social 

‐‐  ‐‐  10° 32' 48,22'' S  46° 25' 09,61'' O 

Câmara Municipal de Mateiros  ‐‐  ‐‐  10° 32' 47,81'' S  46° 25' 11,67'' O 

Destacamento – Policia Militar  ‐‐  ‐‐  10° 32' 49,25'' S  46° 25' 13,30'' O 

ADAPEC Pablo Evangelista ‐ Fiscal 

Agropecuário (63) 3534‐1040  10° 32' 50,87'' S  46° 25' 09,73'' O 

Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo 

Ana Claudia Pereira Batista (63) 3534‐1008  (63) 9952‐3478 

10° 32' 45,55'' S  46° 25' 04,51'' O 

Parque Estadual do Jalapão  Rejane Ferreira Nunes  (63) 9948‐9910  10° 21' 20,41'' S  46° 30' 29,87'' O 

Unidade do PEJ  Abandonado/Desativado  ‐‐  10/ 21' 20,41'' S  46° 30' 29,87'' O 

CAT ‐ Mateiros  ‐‐  ‐‐  10° 32' 46,48'' S  46° 25' 08,04'' O 

Sede do PEJ  ‐‐  (63) 9953‐6152  10° 34' 28,49'' S  46° 30' 26,33'' O 

Área de Proteção Ambiental da Serra de Tabatinga 

‐‐  (63) 3691‐1134  10° 18' 15,00" S  46° 56' 30,00" O 

NATURATINS  João Leal Costa Neto  (63) 3534‐1072  ‐‐  ‐‐ 

Associação Capim Dourado da Vila Mumbuca 

Altair Dias Matos  (63) 3576‐1092  ‐‐  ‐‐ 

Associação dos Produtores Rurais, Comércio e Turismo de São Félix do Tocantins 

Dominel Tavares Corado  (63) 9999‐5811  ‐‐  ‐‐ 

Escola Estadual Estefânio Teles das Chagas 

Adriana de Carvalho Valentim  (63) 9946‐3040  ‐‐  ‐‐ 

Comunidade Mumbuca  Aldina Batista Rios  (63) 9947‐7467  10° 20' 47,50'' S  46° 34' 10,44'' O 

Comunidade Boa Esperança  Adão Ribeiro Cunha  (63) 9988‐3689  ‐‐  ‐‐ 

Associação Jalapoeira de Condutores Ambientais (AJACA) 

Claudiana Matos da Siva  ‐‐  ‐‐  ‐‐ 

Agrícola Rio Galhão  João Pedro Ferras Bueno  (63) 3534‐1006  10° 25' 47,00" S  46° 05' 11,00" O 

Rota da Iguana  Marcio Turcato  (63) 9989‐6709  ‐‐  ‐‐ 

Fonte: Levantamento de Campo; PFT (2013) 

3.6 ‐ Ações interagências e estabelecimento de parcerias 

O município de Mateiros conta com um Protocolo Municipal de Prevenção e Controle do Uso do 

Fogo  (Protocolo  do  Fogo),  implantado  no  município  em  2007  em  processo  de  renovação.  O 

Protocolo é um acordo assinado de maneira voluntária pelos diversos segmentos organizados da 

sociedade  com o propósito de nortear os  trabalhos de prevenção à ocorrência de queimadas e 

incêndios  florestais.  Dentre  os  participantes  estão:  NATURATINS;  RURALTINS  de  São  Félix  do 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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Tocantins;  Prefeitura;  Escolas Municipais;  Comunidades  Tradicionais;  Brigada  Prevfogo/IBAMA; 

Associação Fogo Apagou e outros. 

O estabelecimento de parceria com a Polícia Militar do Estado do Tocantins no contexto do PEJ e 

do município de Mateiros (TO) pode ser viabilizado com a Companhia de Polícia Ambiental para a 

implementação, em primeira instância, de operações eventuais no PEJ e zona de amortecimento, 

e, posteriormente, para atuações sistemáticas de fiscalização em toda a região. 

Da mesma  forma,  a  Prefeitura  de Mateiros  deve  ser  a  instância  de  interação  governamental 

municipal mais importante para o PEJ, uma vez que toda sua área está localizada neste município. 

Dentre  as  diversas  ações  de  parceria  potencialmente  factíveis  entre  as  duas  partes  em  causa, 

pode‐se destacar a  formação de brigadistas municipais de  combate a  incêndios,  capacitação de 

agentes ambientais voluntários nos moldes do disposto na Resolução CONAMA 03/88, capacitação 

de  guias  e  condutores  de  ecoturismo  para  atuar  nas  Unidades  de  Conservação,  elaboração  e 

implantação da Agenda 21 municipal, em interação com o MMA, entre outras. 

Dentre os diversos parceiros, apesar de não constarem oficialmente no Protocolo do Fogo, são de 

significativa importância, pois, desempenham importante papel no desenvolvimento e fomento de 

pesquisas, como  se pode constar: as Universidades e Centros Educacionais; Associações e ONG, 

entre outros.  

   

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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4 ‐COMBATE A INCÊNDIO 

4.1 ‐ Sistema de acionamento 

Um  sistema de  acionamento bem definido, organizado,  integrado  e  conhecimento de  todos os 

envolvidos é  fundamental para a otimização dos  recursos humanos e materiais, além de evitar 

ações sobrepostas e desarticuladas. 

O acionamento da brigada atualmente vem  sendo  feito por  telefonia  celular, quando a brigada 

tem  como base  a  sede do município. Neste  sentido  é  importante que o número  telefônico do 

chefe da brigada seja repassado aos diferentes órgãos públicos do município, bem como divulgado 

na comunidade. 

O Prevfogo  adota os  formulários de  acionamentos, o que  é uma  ferramenta para padronizar  a 

oficialização  dos  pedidos  de  apoio.  Um  sistema  formal  e  padronizado  de  solicitar  auxílio  do 

Prevfogo  facilita  a  administração  dos  atendimentos  e  avaliação  da  real  situação  do  quadro  de 

incêndios. Tal sistematização não é apenas um meio padronizado de comunicar a emergência e 

requerer apoio, mas também de informar os meios disponíveis e recursos financeiros que são de 

responsabilidade do requerente. 

As brigadas localizadas nas áreas críticas devem ser as responsáveis pela realização dos primeiros combates na sua região; em caso de necessidade de apoio, a coordenação deverá ser acionada. Caso seja necessário, deverão ser acionados os diferentes níveis de combate. Em situações em que o incêndio não pode ser debelado apenas com as brigadas municipais e seus parceiros o chefe de brigada deverá contatar o Coordenador Estadual do Prevfogo (Superintendência). E nos caso que os recursos da Coordenação Estadual não sejam suficientes ainda para controlar o incêndio deverá fazer a comunicação ao Núcleo de Prevenção e Combate (Prevfogo‐Sede), conforme figura 11. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 11 ‐ Fluxograma para o acionamento em diferentes níveis de combate. 

STATUS DO INCÊNDIO 

CARACTERÍSTICAS QUEM MOBILIZA OS RECURSOS?

ATIVIDADES BÁSICAS 

INCIDENTE 

NÍVEL 1 

INCIDENTE 

NÍVEL 2 

INCIDENTE 

NÍVEL 3 

É local rotineiro e de pequenas proporções. Pode ser combatido inicialmente com os recursos da(s) brigada(s) e parceiros no município. 

Chefe de Brigada 

Acionar brigada;  

Informar ao Coordenador Estadual do Prevfogo que, apoiado pelo Gerente do Fogo Estadual passa a acompanhar o incidente;  

Confeccionar e enviar o ROI. 

O incêndio não pôde ser debelado apenas com os recursos dos 

parceiros municipais. Requer articulação de recursos estaduais do IBAMA e demais 

entidades envolvidas.

Coordenador Estadual do Prevfogo 

Mobilizar recursos do IBAMA no estado;  

Acionar instituições parceiras no estado;  

Informa ao Prevfogo Sede, que passa a acompanhar o  

incidente;  

Montar sala de situação simplificada.  

Confeccionar e enviar o ROI. 

O incêndio não pode ser controlado com os recursos disponíveis até 

então. A complexidade da operação requer a mobilização de recursos de entidades de alcance nacional, seja do IBAMA ou demais parceiros. 

Núcleo de Operações e 

Combate (Sede) 

Informar a Diretoria de Proteção Ambiental;  

Acionar o NOA;  

Acionar Defesa Civil quando couber;  

Mobilizar equipe de reforço a partir do Prevfogo Sede;  

Mobilizar recursos a partir das unidades do IBAMA;  

Montar sala de situação;  

Confeccionar e enviar o ROI. 

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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4.2 ‐ Organização para o combate 

A(s)  equipe(s)  e  a(s)  brigada(s)  do município  serão  responsáveis  pela  realização  dos  primeiros combates aos incêndios florestais e queimadas, devendo seguir as instruções repassadas durante a capacitação ministrada pelo Prevfogo. Em caso de necessidade de apoio, a equipe deverá solicitá‐la aos parceiros.  

A organização de infraestrutura de apoio ao combate é uma função do Centro de Gerenciamento do Fogo, e no caso do município de Mateiros (TO) deve ser feita de forma mais centralizada. Neste sentido, o CGF deverá ser responsável pelas seguintes ações: 

Quantificar e qualificar  as pessoas disponíveis para  as  ações de  combate  aos  incêndios florestais;  

Organizar e dar condições para que o acionamento das brigadas ocorra da maneira mais rápida possível; 

Proporcionar  condições  de  transporte  e  logística  necessária  para  o  deslocamento  das brigadas;  

Providenciar alojamento e alimentação para os combatentes, principalmente quando for necessária a realização de combates distantes da sede municipal; 

Manter e disponibilizar uma lista atualizada de brigadistas na região;  

Manter e disponibilizar lista atualizada dos recursos existentes na região;  

Definir as funções e pessoas responsáveis pelas brigadas; 

Definir  os  responsáveis  para  solucionar  as  demandas  existentes  durante  as  ações  de combate,  tais como: manutenção e compra de  ferramentas e equipamentos;  transporte de combatentes e distribuição de alimentação; fornecimento de água; informações para a imprensa; distribuição e de equipamentos e ferramentas;  

Caso exista ampla capacitação das equipes na região, procurar estabelecer já no início do incêndio o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) e operar conforme seus preceitos. 

4.3 ‐ Desmobilização 

Ao término da operação de combate, deverá ser feita a desmobilização, que consiste em:  

Recolhimento e manutenção dos materiais e equipamentos envolvidos no combate;  

Quando utilizados  ferramentas ou  equipamentos de  terceiros,  realizar  a devolução  aos proprietários; 

Avaliar a origem e causa do incêndio;  

Preenchimento  e  envio  do  Registro  de  Ocorrência  de  Incêndios  (ROI)  na  página  do Prevfogo na Internet: (http://siscom.ibama.gov.br/sisfogo/); 

Avaliar  e  registrar  a  eficiência  do  Plano Operativo,  sugerindo  as  complementações  ou alterações necessárias; 

Avaliar a adoção de medidas que diminuam os impactos negativos do incêndio, como por exemplo o plantio de espécies nativas. 

 

    

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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5 ‐ SISFOGO 

O SisFogo, Sistema Nacional de Informações sobre Fogo, é um sistema do Prevfogo/Ibama onde é permitido consultar Bancos de Dados Geográficos com  informações do  ICMBio e do  IBAMA. Está disponível  na  Internet  no  seguinte  endereço:  http://siscom.ibama.gov.br  /sisfogo/.  Ele  permite cruzar  informações  e  gerar  relatórios  sobre  controle  de  material,  registro  de  ocorrência  de incêndio,  relatório  das  atividades  desenvolvidas  pelas  brigadas  nas  Unidades  de  Conservação Federais.  

O SisFogo integra informações e permite a utilização dos dados com segurança e autonomia pelos usuários. O mesmo é dividido em  subsistemas os quais  serão  implementados em etapas. Entre eles  está  o  subsistema  Registro  de  Ocorrência  de  Incêndios  em  Unidades  de  Conservação  (já disponível),  além  de  outros  necessários  à  implantação  do  Sistema.  O  subsistema  “Registro  de Ocorrência  de  Incêndios”  permite  que  os  funcionários  das  Unidades  de  Conservação, Coordenadores Estaduais do Prevfogo, Gerentes do  Fogo de Unidades, Estaduais e de Brigadas Municipais, Corpos de Bombeiros e Defesa Civil preencham relatórios com os dados referentes aos incêndios combatidos em Unidades de Conservação (Federais e Estaduais).  

O  relatório  contém os dados  referentes  ao  incêndio, mapa de  área queimada,  coordenadas do centro  do  incêndio,  imagem  da  área  queimada  e  fotos  da  área  quando  houver.  O  ROI  busca principalmente  uma  melhora  qualitativa  das  informações  obtidas  (Fonte:  manual SisFogo/Prevfogo/IBAMA – Janeiro de 2009). 

Desta forma, ao final das atividades de combate é de suma importância a inserção do Registro de Ocorrência de Incêndios (ROI) no SisFogo. Poderão ser impressos formulários para preenchimento no  campo,  que  se  encontra  disponível  na  página  do  Prevfogo,  para  posterior  inserção  das informações  na  base  de  dados  online.  Estas  informações  são  importantes  para  que  se  possa acompanhar as atividades dos brigadistas e, principalmente, nortear as ações futuras. 

No município  de Mateiros  (TO)  em  2010  e  2012  totalizaram  somente  88  registros.  Este  valor aparentemente parece estar bem abaixo das ações realizadas pelas brigadas que vem trabalhando no município. Assim é necessário criar mecanismos para que todas as ocorrências sejam inseridas nesta base de dados. Outro  fato é que, por exemplo, no ano de 2011, apesar da existência da brigada no município de Mateiros (TO), nenhum registro foi realizado no SisFogo. 

Nos  dados  existentes  no  SisFogo  do  município  de  Mateiros,  grande  parte  das  causas  são registradas como desconhecidas. Portanto é recomendável que os brigadistas sejam  instruídos e capacitados para melhorar a qualidade das informações inseridas nesta importante base de dados. Por fim, é recomendável que sejam implementados novos módulos no SisFogo, afim de registrar, de forma padronizada as demais ações exercidas pelas brigadas e não somente os combates, tais como: ronda, educação ambiental, apoio em queima controlada, manutenções e outras. 

Como  o  principal  objetivo  do  SISFOGO  é  a  integração  das  informações  sobre  fogo  no  país,  é necessário  que  as  outras  Instituições  presentes  no município,  como  ICMBio  e  NATURANTINS, também insira as informações dos incêndios detectados por suas brigadas. Para tanto está sendo trabalhada uma nova versão do ROI, com o objetivo de padronizar as informações e possibilitar a inserção dos dados por todas as Instituições.  

   

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Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Mateiros (TO)

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6 ‐ PESQUISAS 

Este  tipo  de  planejamento  não  tem  a  pretensão  de  estabelecer  linhas  e métodos  de  pesquisa acerca do tema fogo. No entanto, pode fazer referências às demandas e possibilidades locais neste sentido, buscando  respostas a uma série de questões que podem auxiliar na gestão deste  tema como:  

Índices de risco de incêndios para as condições locais;  

Comportamento do fogo para as condições locais; 

Técnicas de queima controlada; 

Efeitos e técnicas de uso do fogo no manejo do capim dourado; 

Métodos práticos para a quantificação da  carga de material  combustível nas diferentes fisionomias vegetacionais presentes no município;  

Impactos do fogo na flora e na fauna;  

Alternativas locais ao uso do fogo;  

Tecnologias de combate aplicáveis para as condições locais;  

Recuperação de áreas queimadas etc.  

   

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Córrego Brejo Grande

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Córrego Brejão

Córrego Sumidorzão

Brejo José Miúdo

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Brejo do Veado

Brejo do Capão

Córrego do Fel

Brejo Jalapinha

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390.000

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0

PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS - MATEIROS (TO)

MAPA

DATA MUNICÍPIO

ELABORAÇÃO:

PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS - MATEIROS (TO)

28/10/2013 MATEIROS - TO

MARCOS GIONGO

Localização

Legenda

0 10 20 30 405km

AM PA

MTBA

MG

PI

MS

RS

GO

MA

TO

SP

RO

PR

RR

CE

AP

SC

AC PEPB

RJ

RN

ES

ALSE

DF

Sistema de Referência Geodésico SIRGAS 2000UTM (Universal Transversa de Mercator) (fuso 23)

260.000

260.000

340.000

340.000

420.000

420.000

8.80

0.00

0

8.80

0.00

0

8.88

0.00

0

8.88

0.00

0

MATEIROSPonte Alta

do Tocantins

Alto da Parnaíba (MA)

Almas

Formosa do RioPreto (BA)

-

!.MATEIROS

!.

!(

Sedes municipais

Localidades

!<Hidrografia

Estradas principais

Estradas secundárias

Lagos / Represas

Limites municipais

Ponte Alta do Tocantins-TO

!0

!d

I-

!¾ Fazenda

Posto de Saúde

Comunidades

Local para acampamento

Aeródromo/Pista de Pouso

Ponto de captação de água

Infraestrutura

Outro

!dÆM

!0

![ÆM

Ponto de observação

Telefone

Rio daConceição

TO 255

!(

Galhão

!²![

I-Dunas

Estação Ecológica SerraGeral do Tocantins

APA Jalapão

APA Jalapão

Parque Estadualdo Jalapão

Limites das UC

São Félixdo Tocantins

NovoAcordo

!0

Rio Novo!(

!0ADAPEC

PEJ

PEJ

!²TO 110

APA Jalapão

![Serra daMuriçoca

ADTUR!0!<!²

I-

Cachoeirada Velha

Retiro!<

As Pedras!<Bacabas!<

Bragança!<

Visão!<

Brejo Dantas!<

Taboca!<

Mumbuquinha!<

Borâ!<Pastos Bons

!<

Brejo da Passagem!<

I-CARGIL - Unidade de Coaceral

Prata!<

!<Mandacaru

!0

APA Serra da Tabatinga

Parque Nacional dasNascentes do Rio Parnaíba

!Ä![

!(Mumbuca

!(

Gregório

TO 110

TO 255

TO 110

TO 030

!<

Serra do Espírito Santo

Serra

do P

orco

Serra do Jalapinha

Serra da Piabanha

#*Morro do Fumo

Serra do C inzeiro

Serra do Meio

Ser ra

da E

stiv

a

Chapada das Mangabeiras

Serra

da

Onça

Chapada das Mangabeiras