ouÇam í>0memoria.bn.br/pdf/375420/per375420_1868_00012.pdf · quanta ironia lina e acerada...

4
/ AP 2-1868- R, 12 a>ÀO 1'AUI.O Kl) CAPITAL Anno125000 Nove mezeslusuou beis mo/.ea".iiiuu Tres mezes4ff000 As assignuluras sãt pagas ideantadas c começam em qualquer dia. Todos o$ negócios relaliros á folha Iraclam-se com o proprietário Sahador de Mendonça. DIA 20 DE AGOSTO SABBAUO —ti»— PAIIA FORA Anno. . . Nove mezes Seis nozes. Tros mezes. 15)5000 I25000 (15000 68000 OUÇAM í>0 I-Àulvadoi* PARTIDO LLBKUALi EjM í5'.;PAULd REDÀCTOjÍES do iMoiiflonoa o Jt^.orT.eira cio Monc/os Subscreve-se na rua do Ouvidor, n. ii pnblira-sc ;is terças, quintas o sabbüdo?. As piililicaçòcs a pedido e aiiminrios ao preço do 10(1 rs. por linha. Folha avulsa a 200 rs. í JMMAR 0 A nova presidência O dr. Sangrado O conego Sancta Cândida A policia do sr. Elias Correspondência da Europa [IMPRENSA liberal FRUCTAS DO TEMPO (Vai*io<lado) NOTÍCIAS DIVERSAS 0 YPIRAKGA Sio Paulo, 29 do Agosto. A nova prosldouola Está na presidência o exm.sr.barão de ltauna. Ao tomar posse do elevado logar, o senador do Império lem. brou-SC talve/. ile sua origem, e fallou ao povo. U manifesto, que hontem foi dÍstribuido,scria uma pro- inessa, que se realisana inteira, si a moralidade O O di- reilO fossem aiuda ou pudessem ser alguma cousa, apre- guados dessas alturas onde assentou-se o dr. José Elias Jordão—neste anno e nesta província ! Quanto desejo nobre ? ! Quanta inspiração elevada 1 Quanta palavra que deveria entliusiasinar os corações . paulistas, si entre o pensamento e a realidade náo liou- TCSSO uni abysmo !... A palavra presidencial aflirma o que nào pôde"ainda conseguir de seus amigos, escarnecendo de seus desejos ou preparando-se para desviá-los de seu lim ? Emquanto s. exc.percorria os edifícios públicos da ei- dade de Sanctos e era sabido que não tardava a chegar; seu antecessor, avista do sr. barão, deniíuia de empre- gos remunerados,acintosamente,homens que não tinham outro crime, sinão essa moderação de que falia o mani- festo; muda nu dia "25 suspendia em grande numero offlciaes da guarda nacional; annullavaqualificações táo escandalosamente que um vice-presidente, dias de- pois de uni desses actos decunipadrio e miséria, por uma nova degradação corregido o pretendido engano pelo bem informado e cuidadoso correligionário : leferimo- nos á qualilicação do Amparo. O sr. barão do Tietê auuulla a pedido dos amigos: o sr.José Elias, melhor informado, uiutilisa o acto do antecessor de um modo.... de um modo . .a palavra não pôde ser escripta. Que vergonhosa resolução a de 24 de Agosto, sr.ba- tào de ltauna! serão roteiro da lei? 1'orquc nào esperavam por s.exc? Queriam compro- iiietté-lo ? Queriam que so dissesse depois :— emquanto faz o presidente o manifesto, nós aproveitamos o tem- po? ! As viclimas antigas marchavam para o sacrilicio co- roadas de Dures. Será o manifesto de s.exc.ama das grittaldas do inarlyrio' Quanta ironia lina e acerada trausuda daquella peça ofticial ? A imaginação viva e enthusiasta do povo des- cobre niagnilicos e brilhantes contrastes;;! antithese entre as palavras e o facto é horrenda ! O manifesto quer, mas nãò pôde, diz o povo. Elle. quer a paz e a ordem, porém os processos acin- tosos vã» (que tristíssima farçn I ?} até os ex-presidentes que não fornecem camaradas para a expedição dos ofli- cíos demissionários ! ! ! Elle quer a moderação, mas a violência, acompanha- da da mais tenebrosa desordem moral, entrega a espada da lei a mãos tinetas de sangue ! ! I Klle quer a moralidade, e a fraude está sophisníandoos próprios decretos do governo, suspendendo até chefes de estado-maior da guarda nacional,e sob apparenle mo- tivo porque não ha hoje designações' ' as inimundicies. Uno de procurar, hão de até que achem ! Klle quer d respeito da lei, e a violação desce de cima para baixo, rapto gigante dirigido pelo governo pruriu- ciai aos seus agentes. Apostae comigo, diz elle ; fazei mais do que eu, si sois capazes. Qual é, portanto, essa paz, essa ordem, essa moderação, essa liberdade, esse respeito á lei de que nos faliam? Será o arbítrio ua solidão, a força coroada pela mu- dez, a violência mascarada pela hypocrisia, a lei quebrai)- tada pelas formulas vazias de simulada doçura ? Nào o podemos crer; mas que quers.exe...Os liberaes nada podem ; mas, cidadãos brazileiros, teem direitos que lhes são garantidos pela Constituição do seu paiz, o que estão dispostos a defender. O manifesto pode ser uma ironia no presente ; mas a divina providencia, para fallar a linguagem do sr.de ltauna, o transformara um dia em fatal sentença. Temos receio do que s.exc.recue. Publicando no dia da. posse presidencial áquellas pa- lavras pensadas, com que os monarchislas por excellencia nesta provincia faltavam no Diário, chamámos de novo para ellas a attenção de s.exc Si a lei é o roteiro da administração c a justiça seu pensamento lixo, não pôde deixar que continue o reina- do da força : a lei violada não é lei, é preciso restau- rá-la I Si lem a presidência a coragem de obrar livremente o nào se (píer constituir réu por vergonhosa omissão, terá os applausos sinceros dos homens de bem de todos os par- tíllüS. Mas então a cegueira do desespero dirá todos os dias ás. exc: « Para o inonarcha brazileiro ha uma virtude:— o servilismo, podem ser grandes os lacaios e instrumeu- tos du sua grande política. » Esperemos, porque em todo caso, confiando ou des- confiando, a sentença não é nossa, é dos conservadores de S.Paulo. Quem é o sr. Sancta Cândida que é ministro do altar? j poderia ser nos mesmos autos do crime antecedente, Klle próprio vae di/.er no justificação que ha poucos j !"!!:!.,^.p.r?:i.,,n1,,e...t!ns. formí,.las». '"n.rhM^,|,™,vsso>c dias fez no Diário de S. Pauto. Nessa justificação 0 ministro do altar declara no iíeni duodecimo : ([lie dirigiu bilhetes a uma mulher solteira eprostituta de muitos annos, de nome Anna ccnnheci- da por Anmnha-rinleinl Esta declaração é de uni padre! Ella apparece em publico o nào ha bispo ou vigário geral que suspenda o padre I Ao contrario, o sr. conego Joaquim Manoel* Gonçal-. ves de Andrade cala-se e o presidente da provincia no- meia inspector da instrucçào publica ao sr. Sancta Can- dida I Inspector da instrucção publica o padre que confessa que no púlpito tem injuriado algumas pessoas, mas sem declarar nomes! Era de esperar, esla com o character da administra- çáo actual. Nada mais diremos á respeito, apenas temos um pedido a fa/er a dous homens honrados nomeados no mesmo dia o paro o mesmo cargo que obteve o sr. Sancta Cândida : sàoossrs. drs. João Tlieodoro Xavier e Es- levam de Ilezende. Rasguem essas nomeações: digam ao governo que comquanto conservadores, náo podem honrar-sc com uma nomeação que os nivella com o ex-frade conego Sancta Cândida! jp dr. Sangrarlo Acreditávamos estar a guerra concluída, veiu o sr. ltauna tirar-nos essa ílltisão ! Assim a missão que traz o illustre palaciano é tirar mais sangue das veias desta provincia I A sua missão portanto é de sangria ; doutor Sangrado vae chamá-lo o povo ! Mais gente, pede. o sr. ltauna na sua proclaniação, mais um esforço, exclama o novo presidente ! O que vae ser desta pobre provincia, o que vae ser deste mísero partido liberal tão extenuado pelos últimos recrutamentos o designações ! A proclaniação alauibícoda do sr. Itajina é a ameaça mais formidável aos liberaes que lembrarem-se de ser livres nesta quadra de eleições l Osr. Elias demitiu a todas as autoridades liberaes. entrega-as ás mãos dos conservadores; chega o sr.ltau- na e proclama que é preciso mais um esforço para ter- minar-se a guerra ! II.j duvida sobre quem vae fazer as despezas desle es- forço'( Que política é essa que se impõe ao paiz? K falia de lei o sr. ltauna ! E' satanaz vestido de frade que falia de Chrísto. O que vindes fazer, homem das galerias de S. Chris- tovam? Fazer deputados-os srs. Rodrigo, Duarte, João Meu- des, Roso, Costa Pinto, Nebias, Carvalhaes et reliqua ? Abri o thesouro da província e dae uma fortuna por um voto, como uni rei de Inglaterra otícrecia a coroa por um cavallo. Abri o cofre das graças. Fazei barões e viscondes, coiiimandaiites superiores e carcereiros. Sabre a mesa da administração estendei a toalha dos banqui tes e cxhumae üaecho e Alexandre; mais sangue, pedir iikls sangue a este mísero partido liberal, é de car- rasco e náo de um delegado da justiça e do Imperador. Darão üssignalado I A doença deste povo nào se cura- pelas sangrias, doutor Sangrado. A policia do sr. I.lias Aiitehonteni fallou o novo presidente à província de S. Paulo em nome da lei e da justiça: temos hoje oc- casião de aquilatar a sinceridade de suas palarras. Na cidade de Taubaté acaba de dar-se um facto revol- tante. A autoridade policial processa por imaginários crimes um cidadão conceituado, ex-presidente de pro- vincia, deputado provincial, ornamento de nossa magis- trai ura. Em o numero anterior desta folha expu/.emos como oceorreram os factos; hoje publicando a luminosa sen- tença de habeas-corpus do digno juiz de direito daquella comarca, bem como os dous mandados expedidos contra competência de juízos; pois para julgar deflnitivaraen- ü; o primeiro écompetente qualquer autoridade policial com a appellaçáo para o juiz de direito, e o segundo compete aojury, artigo quarto, paragrapho primeiro da lei de ires de Dezembro de mil oitocentos n quarenta e um, doze, paragrapho sétimo do código do processo, quatrocentos o cincoenta e dous, paragrapho segundo do regulamento numero cento e vinte do trinta e uni de Ja- hairo de mil oitocentos e quarenta o dous. O terceiro, único em que poderia haver procedimento ollicial, por ser caso de denuncia,artigos setenta e quatro paragrapho primeiro, e cento e um do código do processo, não podia ser egualniente processado com os dous precedentes, pela impossibilidade de connexáo entre elles, pela formado processo, e julgamento cora o primeiro, o pela diversidod > de procedimento com o seguido. Ve- rilicado que nào podiam estes delietos ter um proees- so e este instaurado ex-òfjicio, resta vè.r si elles existiram na realidade para ter logar o procedimento que a cada um deiles cabe, e uzar este juízo de uma das atlribui- ções que lhe confere o artigo duzentos, paragrapho dous dp regulamento numero cento e vmte de trinta e um de Janeiro de mil oitocentos e quarenta e dous. A infor- maçáo do delegado de polícia, porém, a folhas quarenta C^duas, narra um facto que quando fosse criminoso, já- mais poderia ser comprehendido em qualquer dnquellas hypotlieses. Consisto'elle—em ter o paciente recebido da mão de um camarada a seu serviço, de nome Beuedicto José dos Santos quatro oíllcíos que foram deixados em poder deste por um fulano Manoel Vaz de Toledo Sobri- nho. Nào houve tirada de cartas do poder do próprio particular contra a vontade de seu dono, e muito menos qualquer dos outros crimes. « O paciente prova evidentemente que não tomou es- tes oflieios para si, ecom o fim de desviá-los de seu des- tino ; e sim para ir reclamar do delegado, a quem pro- curou por tres rezes em seguida na mesma tardo em que o facto se deu, pela exempçfto que assistia a seu referido eatiiarada, como guarda nacional faidado,de serviço des- sa ordem, sem prévia requisição do mesmo delegado ao cnefe da guarda nacional, o ordem ao referido guarda de seu capttãú de companhia, a quem compete em face do artigo trinta e tres do decreto numero mil trezentos cin- coenta e quatro de seis de Abril de mil oitocentos cin- Cflcnta e quatro, fazer a designação ; quando mesmo fos- se exorta a ordem desta autoridade para a tal levado oflicio, o ([ne era para duvidar-so pela pessoa que n transiniltia, incompetente para isso, e pela recusa que *-Sla fez de mostrá-la por escrípto, quando lhe foi exigi- c'«. O paciente náo se ficou com os oflieios, e menos desviou por qualquer maneira em seu proveito, deposi- lou-osem poder do juiz municipal, onde se reconheceu que estavam intactos, e que a lettra do subscrípto (Ta do próprio escrivão da dolegàcio de policia, digo da dele- gàcia, e o delegado de policia foi disto sabedor pela o Ür. Moreira de Barros c o requerimento pelo mesmo romniunicaçào que recebeu daquelle juiz por interino dirigido ao delegado de policia, pedimos para elles aat- dio do respectivo escrivão. Por ultimo não se compre tençào do governo. Depois da concessão de habeas-corpus e da manifesta uullidade do processo declarada pela autoridade compe- tente, foi de novo intimado o nosso illustre correligiona- rio para vôr proseguir a inquirição de testemunhas. Vejamos quaes as providencias que toma o governo deante de tamanhas tropelias, e qual n realidade dessa edade de. ouro que nos foi proràettida. O conego sianeta OarulUla Foi nomeado inspector de instrucçào publica em Hio Claro o sr. conego João de Saneia Cândida! Era de esperar! O ex-vigario de Rio Claro foi aceusa- do na assembléa provincial de cousas horrorosas, devia ser nomeado! O distineto liberal dr. Campos Salles rompera os véus de certos escândalos, com applausos de toda a assem- bléa : era preciso que o sr. Elias mostrasse que nào fazia Elle quer liberdade, e a reacçáo, depois de ler varrido caso da voz eloqüente do deputado honesto, nem do a policia e a guarda nacional, procura as qualificações que lhe servem para vencer, como os trapeiros revolvem « Cópia atithenlica da sentença do llieor e firma se- guinte .—Vistosa petição dt babeis corpüs do paciente doutor Antônio Moreira do Barros, informação do dele- gado policia deste termo; contra quem reclama pelo ('(iiistranguueiito illegal qucsoíTre; documentos appre> sentados, depoimento de testemunhas, etc Acceita a preliminar de que o constrangimento illegal, de que trac- ta o artigo trezentos e quarenta do código do processo, não consiste somente na prisão ou detenção illegal, mas em qualquer ceacçào illegal qmvsolVra o rida- dão em sua liberdade, conforme a doutrina firma- da por vários accordanis dos tribunaes superiores, entre os quaesparliculatísa-seo do supremo tribunal de justiça de vinte e dous de Junho de mil oitocentos e ses- senta e sete, que concedeu habeas corpos ao juiz de di- reito Severino Alves de Carvalho, e passando a^xami- nar destes autos a existência dessa eoaeçáo illegal em relação ao paciente ; deiles se evidencia : Que foi elle intimado : primeiro para se ver processar pelos crimes de tirada de carta do poder de portador particular contra a vontade da pessoa a quem era dirigida, artigo duzentos e dezeseis do código criminal : segundo pelo de estelho- nato definido em tuna das tres hypotlieses do artigo du- zentos esessenta e eincodo mesmo código, que consis- te : ou em uzar de falsidade para se constituir a nutrem em obrigação que não tiverem vista, ou não puder con- trahir ou em desviar ou dissipar em prejuízo do pro- prietario possuidor ou detentor cousa de qualquer valor que se tenha confiado por qualquer motivo com a obriga- çáo de a resliluir oiiappresentar; finalmente era tirar folhas de autos ou livros judieiaes, suhtr.ihir do juizo do- cumèntos nelle ofierecidos, serri licença judicial: terceiro pelo de furto feito por aquelle que se' fingir empregado publico, e autorisado pari tomar a propriedade álBèio. Est^s tres crimes em qualquer das hypolbeses especiaes qUô se comprelienda cada um deiles, não podem ser considerados connexos entre si, porque certas circiims- tancias, como a violência e falsidade, são em todos el- les considerados elementos dos delidos por sua natureza especiaes. E' evidente, pois, que o mandado expedido, do qual o paciente appreséntoú contra fé, mostra a ir- regularidade de ser instaurado ex-officio um proees- so por crimes de diversa natureza, e com procedimentos também diversos,que. entre si uão se podem harmoni- sar. Assim : o primeiro cujo maxjnio da pena é a pri- são por tres mezes, deve ser julgado nos termos do arli- go doze, paragrapho sétimo do código do processo, observando-se o processo marcado nos artigos duzentos e cinco e seguintes do mesmo código : o segundo tendo por maximü da pena quatro annos de prisão com traba- lho,desde que não houvesse prisão em flagrante debeto, poderia ser iniciado por queixa do otTendido, de pés- soa de sua familia, ou do promotor, e nào ex-ofjicio. como se deduz das disposições combinadas dos artigos setenta e dous, setenta e três, setenta e quatro, paragra liende como processava-se 0 paciente por uni supposlo crime de tirada ile cartas do poder de portador particu- lar, ao passo que mandava-se cercar a casa para o pren- der, do próprio individuo de cujo poder considerava toro paciente tirado as cartas. Ou o primeiro era o respon- savel pelo fado ou o segundo, e nunca ambos, porque a criminalidade de um destruo à de outro. Nullo, pois, sendo este processo mais pela falta de justa causa, si não egualniente pelas irregularidades com que foi or- ganisado, e não cabendo pela preponderância daquelle motivo o remédio do artigo duzentos, paragrapho dous do regulamento citado, porque desde que uão ha justa causa uão pôde haver iogar a aceusaçào da justiça ; e estando tio entantoib paciente sofTréndò ineon testa vel iiu>n- le um constrangimento em sua liberdade, pelo vexame de responder a c.->te processo que não devia ser instaura- do : tem por estas rasões direito á ordem de habeas cor- pus que requerei). <( Entrando em apreciações 3e outra ordem, aceresce ainda que o paciente alíega privilegio de foro comp juiz. de direito :—que o processo digo que o proeedimeti- to ua autoridade, pessoa de sun iniinisade, não tinha por lim o simples cumprimento de. um dever e sim uma vingança ou pleno político, de que teve conhecimento entes de! aqui chegar: a. vontade da autoridade em dar-lhe os esclarecimentos a que tinha incontestável di- reito i:ò apparato de força que reuniu em uma audiência publica, e prohibicão de ingresso de espectadores no re- cinto da audiência o seguimento do processo resolvido . em segredo com as portas fechadas : e outras violências prarlicadas, contra pessoas por quem se interessava, das quaes, como do que lhe dizia respeito, nào obteve es- clareeimentosie finalmente a desattençào com que foi sempre tractado, pela fôrma por que recebeu a inti- inação,e já.pelos modos com que foi accolhido pelo dele- gado, não obstante a polidez o brandura com que o trac- tou, e regalias de que goza ; o que tudo prova com os documentos produzidos c depoimento de testemunhas. E ainda por estes motivos é evidente o constrangimento em que se acha o paciente com este processo. Pelo que considerando quejo recurso de habeas corpus,garantia es- sencialmente política e deslinada a manter illeza a li- herdade individual, como um remédio prompto contra arbítrios da autoridade, sem o qual todos os direitos 11- cariam abalados ou perdidos, como consideram os júris- consultos inglezes, tem perfeito cabimento no caso pre- sente, mando que o paciente se. em paz, cessando lo- do procedimento contra elle por taes motivos, que fique nullo e de nenhum elíeito todo processado e. seu prose- guíiuenlo ; recorro deste meu despacho ex-ofjicio para a relação do distrieto. O escrivão remetia íncontinenti o processo a superior instância, deixando traslado no cartório, e enviando ao delegado de policia cópia desta decisão. Taubaté, vmte etres de Agosto de mil oitocen- tose sessenta eoito —DoutorTito Augusto Pereira de Mattos.—Está conforme com o original, ao qual me re- porto em meu poder e cartório.— Taubaté,vinle. e quatro de Agosto de mil oitocentos o sessenta e oito. Eu Manoel Innocencio de Camargo, escrivão o escrevi, conferi c as- signéi.—Manoel Innocencio de Camargo.— Conferido. —Camargo.» applausos da assembléa, e portanto o sr.Sancta Cândida , pho primi,iro e' ^n{0 c quarenta e um do código do pro- devia ser nomeado ' cesso. E quando tivesse logar esse procedimento, nào « Contra fé.—O cidadão Antônio Moreira da Costa tmi- m uàes, coronel da eitíneta guarda de honra e actual delegado dn policia desta cidade de Taubaté e seu ter- mo por nomeação na fôrma da lei. « Mando a qualquer ollicial de justiça desle juízo a quem este fôr appresentado, que indo por mim assigna- do e em seu cumprimento intime ao dr. Miguel de üodoy

Upload: others

Post on 02-Oct-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: OUÇAM í>0memoria.bn.br/pdf/375420/per375420_1868_00012.pdf · Quanta ironia lina e acerada trausuda daquella peça ofticial ? A imaginação viva e enthusiasta do povo des-cobre

/

AP 2-1868- R, 12a>ÀO 1'AUI.O

Kl)

CAPITALAnno 125000Nove mezes lusuoubeis mo/.ea ".iiiuuTres mezes 4ff000

As assignuluras sãt pagas ideantadas ccomeçam em qualquer dia.

Todos o$ negócios relaliros á folhaIraclam-se com o proprietário Sahador deMendonça.

DIA 20 DE AGOSTOSABBAUO

—ti»—

PAIIA FORAAnno. . .Nove mezesSeis nozes.Tros mezes.

15)5000I25000(1500068000

OUÇAM í>0

I-Àulvadoi*

PARTIDO LLBKUALi EjM í5'.;PAULdREDÀCTOjÍES

do iMoiiflonoa o Jt^.orT.eira cio Monc/os

Subscreve-se na rua do Ouvidor, n. iipnblira-sc ;is terças, quintas o sabbüdo?.

As piililicaçòcs a pedido e aiiminrios aopreço do 10(1 rs. por linha. Folha avulsaa 200 rs.

í JMMAR 0A nova presidência

O dr. Sangrado

O conego Sancta Cândida

A policia do sr. Elias

Correspondência da Europa

[IMPRENSA liberala»

FRUCTAS DO TEMPO(Vai*io<lado)

NOTÍCIAS DIVERSAS

0 YPIRAKGASio Paulo, 29 do Agosto.

A nova prosldouola

Está na presidência o exm.sr.barão de ltauna. Aotomar posse do elevado logar, o senador do Império lem.brou-SC talve/. ile sua origem, e fallou ao povo.

U manifesto, que hontem foi dÍstribuido,scria uma pro-inessa, que se realisana inteira, si a moralidade O O di-reilO fossem aiuda ou pudessem ser alguma cousa, apre-guados lá dessas alturas onde já assentou-se o dr. JoséElias Jordão—neste anno e nesta província !

Quanto desejo nobre ? ! Quanta inspiração elevada 1Quanta palavra que deveria entliusiasinar os corações

. paulistas, si entre o pensamento e a realidade náo liou-TCSSO uni abysmo !...

A palavra presidencial aflirma o que nào pôde"aindaconseguir de seus amigos, escarnecendo de seus desejosou preparando-se para desviá-los de seu lim ?

Emquanto s. exc.percorria os edifícios públicos da ei-dade de Sanctos e era sabido que não tardava a chegar;seu antecessor, avista do sr. barão, deniíuia de empre-gos remunerados,acintosamente,homens que não tinhamoutro crime, sinão essa moderação de que falia o mani-festo; muda nu dia "25 suspendia em grande numeroofflciaes da guarda nacional; annullavaqualificaçõestáo escandalosamente que um vice-presidente, dias de-pois de uni desses actos decunipadrio e miséria, vê poruma nova degradação corregido o pretendido engano pelobem informado e cuidadoso correligionário : leferimo-nos á qualilicação do Amparo. O sr. barão do Tietêauuulla a pedido dos amigos: o sr.José Elias, melhorinformado, uiutilisa o acto do antecessor de um modo....de um modo . .a palavra não pôde ser escripta.

Que vergonhosa resolução a de 24 de Agosto, sr.ba-tào de ltauna! serão roteiro da lei?

1'orquc nào esperavam por s.exc? Queriam compro-iiietté-lo ? Queriam que so dissesse depois :— emquantofaz o presidente o manifesto, nós aproveitamos o tem-po? !

As viclimas antigas marchavam para o sacrilicio co-roadas de Dures. Será o manifesto de s.exc.ama dasgrittaldas do inarlyrio'

Quanta ironia lina e acerada trausuda daquella peçaofticial ? A imaginação viva e enthusiasta do povo des-cobre niagnilicos e brilhantes contrastes;;! antitheseentre as palavras e o facto é horrenda ! O manifestoquer, mas nãò pôde, diz o povo.

Elle. quer a paz e a ordem, porém os processos acin-tosos vã» (que tristíssima farçn I ?} até os ex-presidentesque não fornecem camaradas para a expedição dos ofli-cíos demissionários ! ! !

Elle quer a moderação, mas a violência, acompanha-da da mais tenebrosa desordem moral, entrega a espadada lei a mãos tinetas de sangue ! ! I

Klle quer a moralidade, e a fraude está sophisníandoos

próprios decretos do governo, suspendendo até chefes deestado-maior da guarda nacional,e sob apparenle mo-tivo porque não ha hoje designações' '

as inimundicies. Uno de procurar, hão de até queachem !

Klle quer d respeito da lei, e a violação desce de cimapara baixo, rapto gigante dirigido pelo governo pruriu-ciai aos seus agentes. Apostae comigo, diz elle ; fazeimais do que eu, si sois capazes.

Qual é, portanto, essa paz, essa ordem, essa moderação,essa liberdade, esse respeito á lei de que nos faliam?

Será o arbítrio ua solidão, a força coroada pela mu-dez, a violência mascarada pela hypocrisia, a lei quebrai)-tada pelas formulas vazias de simulada doçura ?

Nào o podemos crer; mas que quers.exe...Os liberaesnada podem ; mas, cidadãos brazileiros, teem direitos quelhes são garantidos pela Constituição do seu paiz, o queestão dispostos a defender.

O manifesto pode ser uma ironia no presente ; mas adivina providencia, para fallar a linguagem do sr.deltauna, o transformara um dia em fatal sentença. Temosreceio do que s.exc.recue.

Publicando no dia da. posse presidencial áquellas pa-lavras pensadas, com que os monarchislas por excellencianesta provincia faltavam no Diário, chamámos de novopara ellas a attenção de s.exc

Si a lei é o roteiro da administração c a justiça seupensamento lixo, não pôde deixar que continue o reina-do da força : a lei violada não é lei, é preciso restau-rá-la I

Si lem a presidência a coragem de obrar livremente onào se (píer constituir réu por vergonhosa omissão, terá osapplausos sinceros dos homens de bem de todos os par-tíllüS.

Mas então a cegueira do desespero dirá todos os diasás. exc:

« Para o inonarcha brazileiro só ha uma virtude:— oservilismo, só podem ser grandes os lacaios e instrumeu-tos du sua grande política. »

Esperemos, porque em todo caso, confiando ou des-confiando, a sentença não é nossa, é dos conservadoresde S.Paulo.

Quem é o sr. Sancta Cândida que é ministro do altar? j poderia ser nos mesmos autos do crime antecedente,Klle próprio vae di/.er no justificação que ha poucos j !"!!:!.,^.p.r?:i.,,n1,,e...t!ns. formí,.las». '"n.rhM^,|,™,vsso>c

dias fez no Diário de S. Pauto.Nessa justificação 0 ministro do altar declara no iíeni

duodecimo : ([lie dirigiu bilhetes a uma mulher solteiraeprostituta de muitos annos, de nome Anna ccnnheci-da por Anmnha-rinleinl

Esta declaração é de uni padre!Ella apparece em publico o nào ha bispo ou vigário

geral que suspenda o padre IAo contrario, o sr. conego Joaquim Manoel* Gonçal-.

ves de Andrade cala-se e o presidente da provincia no-meia inspector da instrucçào publica ao sr. Sancta Can-dida I

Inspector da instrucção publica o padre que confessaque no púlpito tem injuriado algumas pessoas, mas semdeclarar nomes!

Era de esperar, esla com o character da administra-çáo actual. Nada mais diremos á respeito, apenas temosum pedido a fa/er a dous homens honrados nomeados nomesmo dia o paro o mesmo cargo que obteve o sr. SanctaCândida : sàoossrs. drs. João Tlieodoro Xavier e Es-levam de Ilezende.

Rasguem essas nomeações: digam ao governo quecomquanto conservadores, náo podem honrar-sc comuma nomeação que os nivella com o ex-frade conegoSancta Cândida!

jp dr. SangrarloAcreditávamos estar a guerra concluída, veiu o sr.

ltauna tirar-nos essa ílltisão !Assim a missão que traz o illustre palaciano é tirar

mais sangue das veias desta provincia IA sua missão portanto é de sangria ; doutor Sangrado

vae chamá-lo o povo !Mais gente, pede. o sr. ltauna na sua proclaniação,

mais um esforço, exclama o novo presidente !O que vae ser desta pobre provincia, o que vae ser

deste mísero partido liberal tão extenuado pelos últimosrecrutamentos o designações !

A proclaniação alauibícoda do sr. Itajina é a ameaçamais formidável aos liberaes que lembrarem-se de serlivres nesta quadra de eleições l

Osr. Elias demitiu a todas as autoridades liberaes.entrega-as ás mãos dos conservadores; chega o sr.ltau-na e proclama que é preciso mais um esforço para ter-minar-se a guerra !

II.j duvida sobre quem vae fazer as despezas desle es-forço'(

Que política é essa que se impõe ao paiz?K falia de lei o sr. ltauna !E' satanaz vestido de frade que falia de Chrísto.O que vindes fazer, homem das galerias de S. Chris-

tovam?Fazer deputados-os srs. Rodrigo, Duarte, João Meu-

des, Roso, Costa Pinto, Nebias, Carvalhaes et reliqua ?Abri o thesouro da província e dae uma fortuna por

um voto, como uni rei de Inglaterra otícrecia a coroa porum cavallo.

Abri o cofre das graças. Fazei barões e viscondes,coiiimandaiites superiores e carcereiros.

Sabre a mesa da administração estendei a toalha dosbanqui tes e cxhumae üaecho e Alexandre; mais sangue,pedir iikls sangue a este mísero partido liberal, é de car-rasco e náo de um delegado da justiça e do Imperador.

Darão üssignalado I A doença deste povo nào se cura-rá pelas sangrias, doutor Sangrado.

A policia do sr. I.liasAiitehonteni fallou o novo presidente à província de

S. Paulo em nome da lei e da justiça: temos já hoje oc-casião de aquilatar a sinceridade de suas palarras.

Na cidade de Taubaté acaba de dar-se um facto revol-tante. A autoridade policial processa por imaginárioscrimes um cidadão conceituado, ex-presidente de pro-vincia, deputado provincial, ornamento de nossa magis-trai ura.

Em o numero anterior desta folha expu/.emos comooceorreram os factos; hoje publicando a luminosa sen-tença de habeas-corpus do digno juiz de direito daquellacomarca, bem como os dous mandados expedidos contra

competência de juízos; pois para julgar deflnitivaraen-ü; o primeiro écompetente qualquer autoridade policialcom a appellaçáo para o juiz de direito, e o segundo sócompete aojury, artigo quarto, paragrapho primeiroda lei de ires de Dezembro de mil oitocentos n quarentae um, doze, paragrapho sétimo do código do processo,quatrocentos o cincoenta e dous, paragrapho segundo doregulamento numero cento e vinte do trinta e uni de Ja-hairo de mil oitocentos e quarenta o dous. O terceiro,único em que poderia haver procedimento ollicial, porser caso de denuncia,artigos setenta e quatro paragraphoprimeiro, e cento e um do código do processo, não podiaser egualniente processado com os dous precedentes, jápela impossibilidade de connexáo entre elles, já pelaformado processo, e julgamento cora o primeiro, o jápela diversidod > de procedimento com o seguido. Ve-rilicado que nào podiam estes delietos ter um só proees-so e este instaurado ex-òfjicio, resta vè.r si elles existiramna realidade para ter logar o procedimento que a cadaum deiles cabe, e uzar este juízo de uma das atlribui-ções que lhe confere o artigo duzentos, paragrapho dousdp regulamento numero cento e vmte de trinta e um deJaneiro de mil oitocentos e quarenta e dous. A infor-maçáo do delegado de polícia, porém, a folhas quarentaC^duas, narra um facto que quando fosse criminoso, já-mais poderia ser comprehendido em qualquer dnquellashypotlieses. Consisto'elle—em ter o paciente recebido damão de um camarada a seu serviço, de nome BeuedictoJosé dos Santos quatro oíllcíos que foram deixados empoder deste por um fulano Manoel Vaz de Toledo Sobri-nho. Nào houve tirada de cartas do poder do próprioparticular contra a vontade de seu dono, e muito menosqualquer dos outros crimes.

« O paciente prova evidentemente que não tomou es-tes oflieios para si, ecom o fim de desviá-los de seu des-tino ; e sim para ir reclamar do delegado, a quem pro-curou por tres rezes em seguida na mesma tardo em queo facto se deu, pela exempçfto que assistia a seu referidoeatiiarada, como guarda nacional faidado,de serviço des-sa ordem, sem prévia requisição do mesmo delegado aocnefe da guarda nacional, o ordem ao referido guarda deseu capttãú de companhia, a quem compete em face doartigo trinta e tres do decreto numero mil trezentos cin-coenta e quatro de seis de Abril de mil oitocentos cin-Cflcnta e quatro, fazer a designação ; quando mesmo fos-se exorta a ordem desta autoridade para a tal levadooflicio, o ([ne era para duvidar-so pela pessoa que ntransiniltia, incompetente para isso, e pela recusa que*-Sla fez de mostrá-la por escrípto, quando lhe foi exigi-c'«. O paciente náo se ficou com os oflieios, e menosdesviou por qualquer maneira em seu proveito, deposi-lou-osem poder do juiz municipal, onde se reconheceuque estavam intactos, e que a lettra do subscrípto (Ta dopróprio escrivão da dolegàcio de policia, digo da dele-gàcia, e o delegado de policia foi disto sabedor pelao Ür. Moreira de Barros c o requerimento pelo mesmo romniunicaçào que recebeu daquelle juiz por interino

dirigido ao delegado de policia, pedimos para elles aat- dio do respectivo escrivão. Por ultimo não se compretençào do governo.

Depois da concessão de habeas-corpus e da manifestauullidade do processo declarada pela autoridade compe-tente, foi de novo intimado o nosso illustre correligiona-rio para vôr proseguir a inquirição de testemunhas.

Vejamos quaes as providencias que toma o governodeante de tamanhas tropelias, e qual n realidade dessaedade de. ouro que nos foi proràettida.

O conego sianeta OarulUlaFoi nomeado inspector de instrucçào publica em Hio

Claro o sr. conego João de Saneia Cândida!Era de esperar! O ex-vigario de Rio Claro foi aceusa-

do na assembléa provincial de cousas horrorosas, deviaser nomeado!

O distineto liberal dr. Campos Salles rompera os véusde certos escândalos, com applausos de toda a assem-bléa : era preciso que o sr. Elias mostrasse que nào fazia

Elle quer liberdade, e a reacçáo, depois de ler varrido caso da voz eloqüente do deputado honesto, nem doa policia e a guarda nacional, procura as qualificaçõesque lhe servem para vencer, como os trapeiros revolvem

« Cópia atithenlica da sentença do llieor e firma se-guinte .—Vistosa petição dt babeis corpüs do pacientedoutor Antônio Moreira do Barros, informação do dele-gado dó policia deste termo; contra quem reclama pelo('(iiistranguueiito illegal qucsoíTre; documentos appre>sentados, depoimento de testemunhas, etc Acceita apreliminar de que o constrangimento illegal, de que trac-ta o artigo trezentos e quarenta do código do processo,não consiste somente na prisão ou detenção illegal,mas em qualquer ceacçào illegal qmvsolVra o rida-dão em sua liberdade, conforme a doutrina firma-da por vários accordanis dos tribunaes superiores,entre os quaesparliculatísa-seo do supremo tribunal dejustiça de vinte e dous de Junho de mil oitocentos e ses-senta e sete, que concedeu habeas corpos ao juiz de di-reito Severino Alves de Carvalho, e passando a^xami-nar destes autos a existência dessa eoaeçáo illegal emrelação ao paciente ; deiles se evidencia : Que foi elleintimado : primeiro para se ver processar pelos crimesde tirada de carta do poder de portador particular contraa vontade da pessoa a quem era dirigida, artigo duzentose dezeseis do código criminal : segundo pelo de estelho-nato definido em tuna das tres hypotlieses do artigo du-zentos esessenta e eincodo mesmo código, que consis-te : ou em uzar de falsidade para se constituir a nutremem obrigação que não tiverem vista, ou não puder con-trahir ou em desviar ou dissipar em prejuízo do pro-prietario possuidor ou detentor cousa de qualquer valorque se tenha confiado por qualquer motivo com a obriga-çáo de a resliluir oiiappresentar; finalmente era tirarfolhas de autos ou livros judieiaes, suhtr.ihir do juizo do-cumèntos nelle ofierecidos, serri licença judicial: terceiropelo de furto feito por aquelle que se' fingir empregadopublico, e autorisado pari tomar a propriedade álBèio.Est^s tres crimes em qualquer das hypolbeses especiaesqUô se comprelienda cada um deiles, não podem serconsiderados connexos entre si, porque certas circiims-tancias, como a violência e falsidade, são em todos el-les considerados elementos dos delidos por sua naturezaespeciaes. E' evidente, pois, que o mandado expedido,do qual o paciente appreséntoú contra fé, mostra a ir-regularidade de ser instaurado ex-officio um só proees-so por crimes de diversa natureza, e com procedimentostambém diversos,que. entre si uão se podem harmoni-sar. Assim : o primeiro cujo maxjnio da pena é a pri-são por tres mezes, deve ser julgado nos termos do arli-go doze, paragrapho sétimo do código do processo,observando-se o processo marcado nos artigos duzentose cinco e seguintes do mesmo código : o segundo tendopor maximü da pena quatro annos de prisão com traba-lho,desde que não houvesse prisão em flagrante debeto,só poderia ser iniciado por queixa do otTendido, de pés-soa de sua familia, ou do promotor, e nào ex-ofjicio.como se deduz das disposições combinadas dos artigossetenta e dous, setenta e três, setenta e quatro, paragra

liende como processava-se 0 paciente por uni supposlocrime de tirada ile cartas do poder de portador particu-lar, ao passo que mandava-se cercar a casa para o pren-der, do próprio individuo de cujo poder considerava toropaciente tirado as cartas. Ou o primeiro era o respon-savel pelo fado ou o segundo, e nunca ambos, porque acriminalidade de um destruo à de outro. Nullo, pois,sendo este processo mais pela falta de justa causa, sinão egualniente pelas irregularidades com que foi or-ganisado, e não cabendo pela preponderância daquellemotivo o remédio do artigo duzentos, paragrapho dousdo regulamento citado, porque desde que uão ha justacausa uão pôde haver iogar a aceusaçào da justiça ; eestando tio entantoib paciente sofTréndò ineon testa vel iiu>n-le um constrangimento em sua liberdade, pelo vexamede responder a c.->te processo que não devia ser instaura-do : tem por estas rasões direito á ordem de habeas cor-pus que requerei).

<( Entrando em apreciações 3e outra ordem, aceresceainda que o paciente alíega privilegio de foro compjuiz. de direito :—que o processo digo que o proeedimeti-to ua autoridade, pessoa de sun iniinisade, não tinhapor lim o simples cumprimento de. um dever e sim umavingança ou pleno político, de que já teve conhecimentoentes de! aqui chegar: a. má vontade da autoridade emdar-lhe os esclarecimentos a que tinha incontestável di-reito i:ò apparato de força que reuniu em uma audiênciapublica, e prohibicão de ingresso de espectadores no re-cinto da audiência • o seguimento do processo resolvido .em segredo com as portas fechadas : e outras violênciasprarlicadas, contra pessoas por quem se interessava, dasquaes, como do que lhe dizia respeito, nào obteve es-clareeimentosie finalmente a desattençào com que foisempre tractado, já pela fôrma por que recebeu a inti-inação,e já.pelos modos com que foi accolhido pelo dele-gado, não obstante a polidez o brandura com que o trac-tou, e regalias de que goza ; o que tudo prova com osdocumentos produzidos c depoimento de testemunhas. Eainda por estes motivos é evidente o constrangimentoem que se acha o paciente com este processo. Pelo queconsiderando quejo recurso de habeas corpus,garantia es-sencialmente política e deslinada a manter illeza a li-herdade individual, como um remédio prompto contra o»arbítrios da autoridade, sem o qual todos os direitos 11-cariam abalados ou perdidos, como consideram os júris-consultos inglezes, tem perfeito cabimento no caso pre-sente, mando que o paciente se. vá em paz, cessando lo-do procedimento contra elle por taes motivos, que fiquenullo e de nenhum elíeito todo processado e. seu prose-guíiuenlo ; recorro deste meu despacho ex-ofjicio para arelação do distrieto. O escrivão remetia íncontinentio processo a superior instância, deixando traslado nocartório, e enviando ao delegado de policia cópia destadecisão. Taubaté, vmte etres de Agosto de mil oitocen-tose sessenta eoito —DoutorTito Augusto Pereira deMattos.—Está conforme com o original, ao qual me re-porto em meu poder e cartório.— Taubaté,vinle. e quatrode Agosto de mil oitocentos o sessenta e oito. Eu ManoelInnocencio de Camargo, escrivão o escrevi, conferi c as-signéi.—Manoel Innocencio de Camargo.— Conferido.—Camargo.»

applausos da assembléa, e portanto o sr.Sancta Cândida , pho primi,iro e' ^n{0 c quarenta e um do código do pro-devia ser nomeado ' cesso. E quando tivesse logar esse procedimento, nào

« Contra fé.—O cidadão Antônio Moreira da Costa tmi-m uàes, coronel da eitíneta guarda de honra e actualdelegado dn policia desta cidade de Taubaté e seu ter-mo por nomeação na fôrma da lei.« Mando a qualquer ollicial de justiça desle juízo

a quem este fôr appresentado, que indo por mim assigna-do e em seu cumprimento intime ao dr. Miguel de üodoy

Page 2: OUÇAM í>0memoria.bn.br/pdf/375420/per375420_1868_00012.pdf · Quanta ironia lina e acerada trausuda daquella peça ofticial ? A imaginação viva e enthusiasta do povo des-cobre

\ ^

2 O YPIRANGA

Moreira e. Costa, losé Francisco de Farias, José Martinsda Silva, Manoel Joaquim de. Toledo Chagas e BenedictoJosé dos Sanclos, paru amanhã 25 do corrente ás 2ho-rnsdu tarde comparecerem na sala da camara municipal,afim de como testemunhas deporumjno processo ex-ofli-cio que por este juizo se instaura contra o dr. AntônioMoreira de Barros como indiciado nos crimes dos arts,216, 265 e 273 do cod.crim., intimaiido-se ao mesmopara no mesmo dia, logar e horas comparecer paru as verjurar e o dr. promotor publico para assistir. O que cum-pra. Taubalé, 24 de Agosto de I868.-Eu JoaquimManoel de Assumpção Vianna, escrivão que o escrevi.-Costa Guimarães.—Está conforme com o original, lau-bote, 24 de Agosto dé: 1868 —O escrivão, JoaquimManoel de Assumpção Vianna,*« Contra fé. —O cidadão Antônio Moreira da Cosia Gui-

niarães, actual delegado de policia em exercício deslacidade de Taubaté na fórn.a da lei.« Mando a qualquer official de justiça deste juízo

a quem este este fòr appresentado que indo por mim as-sienado e em seu cumprimento vão onde mora o dr.An-tonio Moreira de Barroso lá, depois de lhe ler o presente,o intime para que incontinenti franqueie sua casa parase proceder á captura de Alfredo de Almeida, visto terdesobedecido ás ordens deste juizo para indagações pó-

se observando-se as formalidades

Ao saber da oondemnaçào quo o dospoj» de seusbens, apezar da consulta redigida em seu favor pelosdous maiores jurisconsultos da Allenianlui mrs. Neio-nianii e Zacc.hnria, o conde disse sorrindo : « Náo hamais juizes em Berlim.»

As cartas que nos chegam de D ronde dizem-nos queo espirito publico om Saxe é cada vez mais contrario áPrússia e que no caso de um conlliclo europeu, si aPrússia pôde contar com o soberano saxOnio, fuz malem esperar pelo concurso do povo que desapprova o po-liliea seguida nestes últimos tempos políticos que sub-multe tão tristemente o Saxe ás vontades do mr. de Bis-maik e de seu rei. Não seria impossivel que. as cama-rassaxonias declarassem nullos os Iniciados separados,concluídos pelo rei de Sãxocom o Prússia,

(Carta do correspondente.)"Imprensa liberal

E' nessas condições que o poder moderador, destinadoa manter o equilíbrio enlre os outros poderei, o dis-sipar conlliclos, em vez dn ceá-los, desconhecendo amissão ncutral que lhe fora confiada, e desprezando aimparcialidade essencial á sua força e prestigio, lança-se fora de sua espbera legitima, e, com lastimável abusoda prerogativj. constitucional, contrapõe-se e perturbaa marcha regular do systema.

O poder irresponsável prevalece-se de um motivo,que, quando muito, si fosse de justiça, poderia auturi-snr a uiiidiiucn de um gabinete, c dosearla-se do umasituação inteira, repleta de vigor e depositaria das maischoras aspirações do paiz.

A camara "dos deputados cumpriu nobremente o seu

dever i)r- dignidade, de lealdade e de consciência.Mas a pedra solta continuou a rolar, não obstante os

conselhos da rasão e da prudência, que indicavam cia-remonte a fácil o natural solução do problema.

Quanto mais teriam sido edificantes as segurança?dadas pela coroa ao paiz de que o socego é a felicidadedos brazileiros eram os guias exclusivos de suas delibe-

lici-ies, o que cumpra-se observ.da lei. Taubalé, 24 de Agosto de 1868.—Eu JoaquimManoel de Assumpção Vianna, escrivão que escrevi.—Cosia Guimarães. Está conforme.—Taubaté, 24 deAgosto de 1868.— 0 escrivão, Joaquim Manoel de As-sumpção Vianna.»

« lllm. sr. delegado de policia.—O abaixo assignadoprecisa

* bem de seu direito que v.s.mande passar porcertidão a ordem em virtude da qual foram poslados di-versos soldados, e que ainda aqui se acham, nas proxi-roidàdes da casa do supplicante, e qual o motivo quedictou essa ordem.

« Nestes termos P.deferimento. E. R.Mercê. —A.Moreira de Barros.

« É' segredo de justiça.—Taubaté, 24 de1808.—Cos.a Guimarães.»

Ao Ibrioso opatrtotlcopovomineiro

Soou adevem sevres que

racoes

Agosto de

CORRESPONDÊNCIA-Pariz, í_ de Jullxo do 1S68

(Continuação)Slt. REOACTÒIl,

Desordens bastante graves acabam de ter logar oraPrieste. A multidão percorreu us ruas, grilando : mor-te a Pio IX 1 abaixo o governador!

O escudo pontifício que ornava a casa do cônsul daSaneta Sé foi arrancado e fez-se uma tentativa para pe-netrar no convento dos capuchinhos. A força publicanão interveio e a tranquillidade restabeleceu-se por simesma. Toda esta effervescencia foi provocada por umaadmoestacõo que o governador acabava de dirigir aospreceptores pelo consistorio ecclesiastico. Elles sustou-tavam que, desde a promulgação das leis confessionaes,não pertencia mais ao clero exercer qualquer autoridadesobre as reuniões desse gênero. O governador mr.L.deBach, irmão do ministro a quem a Áustria deve a con-cordata, e que por si mesmo, pelo seu proceder an í-li-beral não cessa de irritar a população de I neste, julgoua propósito fazer-lhe toda a espécie de aggravos.

As demonstrações populares contra os privilégios doclero continuam á se unir ás manifestações oflieiaes.Mesmo o Tyrol, essa terra clássica do catholicisnío, nãoescapa á conlagiáo. O conselho commuual de Bolzè.nresolveu enviar por sua vez, como outras cidades, umprotesto ao governador, contra os attentados praeticadoscontra a concordata e pela ultima allocução papal quefere a autononia da Áustria. , ¦ ,

Apezar do appoio liberal, Francisco José nao deixa deestar menos inquieto. O partido catholico não aban-dona a lueta e está decidido antes anão recuar deantede nada, mesmo da mudança de dymnastia, do que a seretirar deante da vontade do povo. Francisco José-os-tava em ponto de fazer a esse partido concessões arran-cadaspor sua mãe que é o chefe do partido catholico,porem mr. de Beust preveniu á S. M. de que, se conce-de «se qualquer cousa, o ministério daria sua demissão.

Perante a attitude. tão enérgica de seu gabinete, Fran-cisco José nada concedeu.

Baste dizer-vos que e.Uo sustenta uma lueta surüa evio-lenta, mas é de esperar que os espíritos se acalmem eque a forca se conserve do lado da lei. Francisco Joséacaba de" decidir que o império da Áustria receberá deora em deante a denominação de monarchia austro-hun-cara. A liberdade da imprensa náo floresce na Áustria,podeis julgá-lo por um jornal que só em unia quarta-feirapagou as multas seguintes : A's nove horas da manhã5 ()00 francos, ás 11 horas, em conseqüência de uma ou-tra condemnação, 10,000 francos ; ao meio dia o procu-rador real reqúereu contra o mesmo jornal uma terceiramulta de 5,000 francos. Eis um jornal que poderiadizer na quarta-feira á tarde :—náo perdi o meu dia.

Outro jornal que se publica egualménte em Praga, fazsaber aos seus leitores, que de uma caução de 50,000francos, só lhe restam 1,500!

O príncipe Carlos do Bomania por mais que faça,nào consegue restabelecer sua confiança abalada pelosactos de administração, a effervescencia reina em toda a.arte, espera-se de um momento para outro um golpe deistado, as intenções do príncipe são as de. dissolver o

senado. Na Servia tudo está tranquillo e o príncipeMilano que já ahi reina devo ir dentro em pouco á Cons-tantinopla para receber a investidura do sultão.

O processo dos assassinos do príncipe Miguel continua.O governo acaba de enviar ao príncipe Kara Goonvilch,

aceusado de cumplicidade no assassinato do príncipe Mi-guel, uma citação para comparecer perante o tribunal;duvida-se bastante que o príncipe attènda a esse cha-mado.

Na Rússia, nada merece ser assignalado, a politicaahi descanço. O príncipe de Gortscbakoff se dispõe

hora em que todos os amigos da liberdadeachar a postos para salvar as instituições li-possuímos, e com estas os direitos, uão só po-

.iticos como civis, profundamente abalados pelo vio-lento o injustificável acto, que inopinadamenle subs-tituiii uma situação apoiada no manifesto o reiteradovoto nacional por uma outra, cuja ascenção ao podernão é legitimada por nenhuma rasão do Estado, nempor outro algum motivo de interesse publico.

Corollârib fatal do lào inexplicável o pasmosa mu-dança, o vertiginoso golpe de listado de 18 do Julhoveiu' pôr na máxima evidencia, quo de feito nào somosregidos pelo syslema representativo, desta vez, mais doque nunca, abertamente repudiado nas altas regiões dopoder.

Temerário rasgo de absolutismo foi esse, quo por certonaò teria ousado affrontar e ferir a dignidade de umanoção inteira, si não fora a confiança depositada nas leiscompressoras, cuja reforma debalde tem constantementereclamado a opinião nacional.

Qual será o brazileiro digno deste nome, náp obcecfcado por ambições e interesses subalternos, que, refiec-lindo sobre os" dolorosos é cruentos sacrilicios que anossos maiores cuslou a gloriosa conquista das nossasliberdades, náo sinta o coração palpitar de nobre in-dignaçào em presença do nofando golpe quó acaba deas supplantar ?

Seriamos menos dignos depositários de tão preciosolegado si, no momento em que derramamos a jorrosnosso generoso sangue, para vingar no estrangeiro odignidade e honra do paiz, abandonássemos covarde-mente no interior o effectivo o efficaz exercício dos nossossagrados direitos políticos, ante os ridículos e crimiiio-sus arreganhos, para os quaes se prepara o governo pormeio da estrondosa reacção, que de chofre operou emtodo o paiz.

Não, mil vezes não. Cada omig. da liberdade cum-prirá o seu dever por todos os meios lícitos ao seu ai-cance, e serão salvas as instituições livres que jurámosmanter.

Em taes circumstánciás dou-me pressa em collocar-me ao lado dos meus antigos e constantes companheirosde lueta ; em ir pfferécer meu fraco auxilio a esse he-roicp e patriótico povo mineiro, quede lanlas disliiic-ções me tem accumtilado, embora immorccidas. sM"Ao

partir para Minas, alenta-me a grala esperança deque alli, como em toda as províncias do Império, comoem Iodas as circumssripções eleiloraes e em Iodas aslocalidades, lueta ingente se travará, pacifica, mas ener-gica o decisiva, contra os assaltantes do poder.

A opinião local nào deve, por certo, nem carece ficará espera de instigações e conselhos, que lhe vão de fora,

gyro do um dia, lodo o paiz,di ir, presenciou a mais completa

o direcçào suprema de sua vida

onde os aguardalodo o cynisrao

í:

para tào cívicos e patrióticos pronunciamentos.lnspírandó-se uo grande sentimento da salvarão pu-

blica, os cidadãos encontrarão no seio de cada localidadehomens, que lhos mereçam confiança bastante pata di-rigi-los. .

Releva expor, ainda que de relance, a gravidade dasituação anormal em que nos achamos, e o immóhsoalcance dos últimos successosqucsorpiTlienderamo puiz.

Quebrado pelo irresistível impulso das idéas o circulode ferro que apertava a nação, o partido liberal assumiua direcçào do Estado em 1863, e achou-se logo a braçoscom o

'medonho acervo de erros, que a politica bastardae criminosa' dos conservadores amontoara durante osquatorze annos do seu nefasto domínio.

No interior, o paiz sentia-se otrophiado era seus ele-mentos vitaes pelo syslema acanhado, timorato e roti-neiro, quo impediu o desenvolvimento da sua actividadeem quaesquer ramos em que tentasse manifestar-se.

A vida nacional nào tinha inspirações, porque nàolhe deixavam iniciativa.

A dignidade individual aviltada pela mão do poder,que convertera todos os direitos em instrumentos de suaperduração no mando, fazia rolleclir nas instituições asdegradantes cores de um povo abatido.

No exterior a ridícula e estulta pretençào de umaintervenção impertinente, injusta e vexatória sobre ospovos platirios, creára nesses povos profundas queixase resenliinentos, a par de indéstructiyòis desconfianças.

O aspecto geral do paiz eslava pejado de mil proble-mas, cada um mais sério e de mais diflicil solução.

Em taes condições as combustões são espontâneas,quasi inevitáveis.

Os erros são prolíficos, produziram seus fruclos.Aguorra surgiu de ¦ um improviso parlamentar,

scentélhd imprudente que ateou o incêndio.Sem embargo a situação politica manteve-se cercada

do grande prestigio, qu*e lhe asseguravam o voto nacio-nal, e a presença no poder do homens, que estavam com-promeltidos a

"realizar as grandes aspirações reformistas

do paiz.Adiadas, em presença dus graves difficuldades no

exterior, essas aspirações, para concentrar sua attenção,como era fo.rca, na lueta em que se empenhara a nação,o partido lilíeral, nào obstante, alargava seus domíniosprofundando sólidas raízes na opinião.

As dissidências aplainavam-se ; de todos os pontos doImpério partiam vozes de concórdia chamando os des-avindos a uma justa e patriótica longanimidade.

No seio do parlamento, onde transluzia uma exube

imitar seu soberano, o ministro russo deve vir ás águasde Biarritz. Mr. de Beust vae ás águas de Gaslein ; eisdous diplomatas que se nào encontrarão.

Na Suécia assim como na Dinamarca preparam-sefestas para celebrar o casamento da princeza da Suéciacom o príncipe da Dinamarca.

No primeiro ensejo o rei da Rússia ou seu primeiroministro testemunhará o firme desejo de conservar ai rante maioria animada das melhores intenções, a oppopaz, porém os actos estão contradizendo as palavras, I sição liberal evitava os debates arrastada por esse mesporque nós sabemos que o general do Roon, ministro da | nio pendor,guerra, acaba de comprar 250,000 saccos de aveia para

"O dever, o direito, as conveniências publicas, tudo

aconselhava que em vez do acto violento da dissoluçãoe suas convulsivas conseqüências, em vez de uma funestadicladura é seus iusoiidavci s réfultàdòs, o poder modo-rador, abrindo mão do errado alvitre, intimasse aosdesafinados ambiciosos, devorados pela sede do mando,o abandono, ainda em tempo, das rédeas do poder,

Onde, interroga-se debalde a nação ainda atlonila,as-causas de 'semelhante attentado?

Nos manejos subterrâneos e desleaes, nos conluiossecretos mio é licito procurar a origem de tào singulare estupendo phenomeno.

Entretanto, no rápidotomado de pasmo rinversão ua marchapolítica! .E para que se. dissipassem quaesquer íllusoes, dos-

appareeem, como por encanto, as mil difilculdades queestorvaram sempre a obtenção de inedidascoiiiplelas egeraes em favor do partido liberal; a nação viu, cheia depungente assombro, os conservadores obterem era poucosdías mais do que aos liberaes foi concedido uo largoperiodo de cinco annos.

Deste geilo seus mandatários, despojados de. seus di-ploinas, sem nem uma só rasão eoufessavcl, sào rem et-tidos,- por excesso de irrisào, ás uma.-a violência da mais infrene reacçãodas fraudes. .

Eis ahi a recompensa dos pezados sacrilicios que opaiz siipportára cojn heroísmo digno sem duvida demelhor apreço I

Eis ahi o galardão conferido áquelles, que, visando ácausa publica, souberam arrosti. r com deoodo a oppo-sição desabrida e insensata dos impopulares domina-dores de hoje, então, além do mais, obreiros infali-gaveis e satânicos contra os esforços do govdrno comrelação á guerra.

Está em sutnma, preparado o seqüestro violento desuas liberdades, o inenospreso do seu ptindouor.

Nào é novo, é certo, a historia no-lo diz, o que orapresenciamos. Factos semelhantes se. teem dado entreoutros povos em quadras de presumida exlruuaeão pu-blica.

Desgraçadamente os tempos se passam sem proveitosalição !'Desvairados

pela ambição do mando, cegos pelagana do poder, á mente dos actÜaés dominadores nàoacc.udiu uma scentelha de rasão ou de patriotismo paraaconselharem á entidade irresponsável, que o seu passoera menos prudente, o seu lenlamen arriscado e funesto.

Arenitos da ordem, eternos propugnadores dos institui-cães constitucionaes, apenas lhes acenou a possibilidadedo mando, volvem costas á constituição do Império, econvertem-se eni extremados anarchistas.

E' o mesmo chefe do gabinete actual, apoucado, eindiscreto guia dossa louca jornada, quem assomandono seio do parlamento, qual appariçào estranha o sims-tra, se encarrega do coiidemnar seu próprio procedi-mento, proclamando que as conseqüências desse passo(é textual) quer num sentido, quer noutro,podem ser degraves conseqüências pura o puiz e tulvcz para as insli-luições.

Por um lado, apertado pela conveniência de sondar aopinião da camara, que ineplamnnte. julgou capaz defazer o papel que elle representou rio passado, e poreutro lado, urgido pela necessidade de prejulgar o con-detonar os fufUros actos dos representantes da nação, ocolossal político, ora promelte cora desaso e. mal disfor-cada hyppcrisia algumas tinturas de reformas, modera-ção, boa execucàu das leis e medidas salvadoras, ora,tomado da própria presupposta importância, deixa en-trover a ponta do alfongo, sem a coragem de exhibi-lo.

Algum dia talvez analyse esse interessante discurso,cuja leitura convence intuitivanienle de que neste paiznenhum homem político jamais se mostrou tào peque-nino, lão abaixo de sua missão

As reformas, todo o paiz sabe quaes ellas podem ser,e em que sentido.

A moderação e as medidas salvadoras, já assaz se fi-zeram conhecer.

As machiuas da demolição arfam sob o esforço de uratrabalho incessante.

0 grande, poiypo da compressão distendu-se rápido evoraz por toda n"superfície do Império.

Teimo fé era Deus que será baldado esforço.Quebrado está de ha muito pelos progressos da rasão

publica o encanto dos antigos oppressores da liber-dade.

Basta reílec.tir em que, por mais quese amplie e es-temia o mundo oílicial, será sempre uma ridícula mi-niaUira em p.vsença do magestoso vulto da nação.

O accôrdo, a simullaneidade de esforços, como divisade todos os amigos dos princípios livres, bem depressamostrará, que frustrancos serão os manejos e violênciasdos seus implacáveis antagonistas, felizmente em-pai-pavel minoria no paiz.

Desenganein-se os oppressores. Apoiados em seus di-í'oitos, em sua dignidade e. brios, os brazileiros saberãoconquistar as liberdades perdidas, o não cessarão de eu-vidar esforços emquanto nào tiverem obtido fundaruara sempre o governo da nação pela nação.r ,,• ... .__ 1. i. .1.. .1»!S

para com esta folha, daqui lhe dirigimos os nossoiagradecimentos sinceros.

Folgamos com vérs. exc. tão enthusiasticomonte d -

clarar-se nas fileiras da opposição a esta aclualidado mi-seranda. *

*Quando osr. ltauna desembarcou em Sanctos, mot-

teram-no em um carro de anjinhos.No dia da sua chegada a S. Paulo cabalaram os con-

servadores do Diário para qne todos puzessem lniniiia-rias por tào faiistoso motivo, e só as egrejasoo sr. viga-rio capitular aceederam ao pedido.

O que quererá islo dizer ?Pretenderão canonisar á s. exc. ?

0 sr. ltauna já escapou ao lt.uipor.il no Snncla Ma-ria: valeu-lhe a boa cstrclla do príncipe com quemvinha.

Osr. ltauna já atravessou incólume o despenh eleiroda grota funda: valeu-lhe n llengma ing! •_.. dosr.Fox e a boa construcção da ponte.

Escapará porventura do maior de Iodos os despenha-deiros, o sr., João Mendes?

Cautela, exeellcntissimo !

os corpos de exercito destinados a manobrar entre oRheno e o Weser. Que signal de paz!

O rei Guilherme da Prússia, o futuro imperador daAlie minha, é um, grande homem, desde a batalha de.Sadowa nada mais o assusta. Porá chegar a seu fimmostrou-se liberal, mas desde que a espingarda de agu-lha adquiriu-lhe subditos, tem o direito de os tractarcom doçura. Seja testemunha esse pobre conde Platen,antigo ministro do rei Jorge de Hanover, que acaba deser condemnado pela corte de Berlim a quinze annosde trabalhos forçados, por ter preferido ficar no exílio efiel a seu senhor a servir á Prússia.

Bio, 18 do Agosto de 1868.FRANCISCO DE PAULA SILVEIRA LOBO.

Tudo era placidcr e sereno na vido constitucional dopaiz; nenhum embaraço na marcha das instituições,nenhum conlliclo no jogo dos poderes públicos.

A guerra tocava o seu termo, ou pelo menos se odevia crer; a camara, mais desalfrontada dc-sse grandeóbice, entrava com prudência no caminho das reformas.

A grande o irresistível caudal das idéas para ahi sedirigia; certa era a victoria da liberdade; infallivel adestruição dos laços compressores da opinião.

Em espectatiya, grande numero de vagas no senadoasseguravam á idéa liberal na camara vitalícia abrigo,que jamais lhe fora concedido naquelle baluarte do par-tido conservador.

;_ VARIEDADEFr notas do tempo

Ao terminar a sua proelainação, s. exc. osr. presi-denle da província escreveu estas palavras :

« Paulistas l eu invoco vossa gloria e vosso patriotis-mo, gloria e patriotismo que se resumem nesta palavrasublime:— Ypuunga !

Penhorados do mais profundo reconhecimento pelojuizo em demasia lisongeiro com que s. exc. se exprimiu

Os advogodos Duarte, Mendes e Rodrigo assessora-ram o sr. Tietê quando a 5 do corrente aunullou ostrabalhos do concelho municipal do Amparo.

Os advogados Duarte, Mendes e Rodrigo assessora-rara o sr. Elias quando a 24 de Agosto annullou o actodo sr. Tielé.

Ergo, os ditos assessores advogaram pro e contra namesma causa.

A quanto obrigas, ambição de mando l•

No ucto da posse, o povo vendo a toboleta de teteias(pie trazia ao peito o sr. ltauna, dizia :

— Mas este homem lera feito muita cousa, para tantogalardão !...

—Ora S6 tem I respondiam, foi bom porteiro e aindanào foi príncipe á Europa que elle nâo acompanhasse l

*Sr. ltauna, o sr. Antônio Manoel dos Heis declara

que deixou de ser liberal por lhe haverem dado somenteura osso, ( e que ingenuidade do sr. lieis ' ) dé-lhe por-tanto, exm., algum osso com canm; sinão o fidus mudiou tia vez.

Dizia hontem um subdelegado dos últimos nomeados:—Deixe-me em paz : caia no chefe e no presidente,

esses precisam !E quo tal! • *O sr. senador ltauna, não contente com principiar a

fazer as cousas t.ii.í.arni.N.r, distribuindo proclama-ções ao modo do sr. Caxias, em Maranhão, S. Paulo eMinas, iio tempo das revoluções, manda declarar por souajudante de ordens, á guarniçao da capital, que cumprareligiosamente as ordens do seu digno antecessor.

Religiosamente I O conde de Lippe, náo exigia lauto. .Oulrosim (e.slylo do ajudante ) manda s. exc. declarar

quo apreciou a guarda de honro.Apreciou ! Ora si se tractasse de algum cuscuz que lhe

arranjasse o sr.ojudante vá que sim, mas de uma guardade honra I Ob ! sr. Macedo, oh ! sr. Ilaun.a!

*Ilasões por que o sr. Reis virou casaca, e por elle da-

das em um artigo publicado no Diário de hontem, ipsisverbis :

1.' —Por não poder commungar sobre a mesma toa-

jlia com os liberaes.progressistas de hontem e históricosde hoje.

2.°— Porque os liberaes apenas lhe deram para roer oosso da prometeria do Bananal e o de secretario da ca-mara municipal.

3.°— Porque os liberaes não o encorajaram a servi-losmelhor.

b.°— Porque tem intima convicção que a idéa liberalé nada, a bandeira cobre todos as cargas, e o que vogaé a publica do eu, do interesse e da conveniência.

5.•— Porque assim pediu a sua dignidade, os seusbrios, o seu sentimento e as lagrymas de sua família.

6.°— Pari pagar uma divida de gratidão ao exm. sr.dr. Rodrigo, Thoodoro Beichert e sen compadre PauloDelphino, que esquecidos do passado levaram-lhe a re-signoçào nos asas da generosidade.".•— Por ter perdido o quinto anno om rasão do lerdado quarenta faltas. •

8.9— Por uào lho terem dado aquillo que se dá aossandeus, oos ineptos, aos quo sabem bajular.

9,e— Por ter sido insultado pelos moleques nas ruaspublicas desta capital.

Dadas estas rasoes conclue o sr. Reis o seu artigo como seguinte treche :—«Eis o que julguei expor ao publico,especialmente ao povo donde vim e para onde vou.

« Cumpri o meu dever de lealdade, cumpram agora osou.»

Cumpram, srs. da grey, dêem ao sr. Reis o que ellequeria dos liberaes, aquillo que se costuma dar aos san-deus, oos ineplos, aos que sabem bajular.

A gente do Diário prometfo hoje fazer a biographiado sr. Elias e notar os bons serviços que prestou s.exc.á causa publica.

Pedimos que se não esqueçam de consignar nella ca-pitulos especiaes sobre a celebridade eurupéa do dito »r.,e sobre cemitérios particulares.

Page 3: OUÇAM í>0memoria.bn.br/pdf/375420/per375420_1868_00012.pdf · Quanta ironia lina e acerada trausuda daquella peça ofticial ? A imaginação viva e enthusiasta do povo des-cobre

O YPIRANGA

*.

O nunca assa. celebrado sr. Haptista, BU__elffgadO.deSancta lphigenia por graça do sr. Jordão o unanimeacclamação do triunvirato, demiltiu liuntem dez iuspec-torcs de quarteirão, depois de ameaçá-los, e promet-te no bairro que lia de recrutar até na porta, da egrejano dia da eleição.

Não é verdade que o homem tem prurido na pelle ?I

Honlcm estiveram varias partes na collectoria da ca-pitai a esperados respectivos empregado, até 11 lio-ras do dia, sem jue pudessem ser aviadas.

Si o sr. Cruz andou por ahi a arranjar inspeclorespara o sr. Uaptista !

Os demais empregados tambem estiveram cm servi-ço urgente, porisso não faz mal que não comparecessemá repartição á hora do trabalho.

_Entre um amigo e o sr. Heis oeeorreu hontem o se-

guinte desabafo:— Lio seu—ao publico—estampado uo Diário, doutor.

Você alli expõe os bons motivos porque horrorisou-sedo progressismo, mas isso não chega, é preciso agoraexplicar porque nào arrrçiiou-se quando acceitou ouantes de acceitar a mamata da secretaria da câmara,mas agora, quando a câmara e toda a apodrecida (ra.pisonga progressista virou de peruas para o ar.

Mé'amigo, (respondeu o doutor) isto de lógica deconsciência èpuf)'. Mine. de Estael disse—que a moral éum couto de velhas para enganar tolos.

Si fiz mal, copiei ci risca os tartufos da estação deca-Ilida I

!•;' triste 1

Com que osr. da pedra preta não trouxe official degabinete.

Cots não trouxe!Mas o resto? U que dizem daquella linguagem des-

comedida de Martens Foriào ? ü que dizem do BaixoImpério t O sr. Ignacio policial não merece uma pala-vrinha ?

Us anciãos iloriuitaiii.

mm DIVERSASJFteuiiiíLo liboi'al. — Reuuirara-so

aatehonten.,27 do correute.no salão da casadosr. Joaquim Elias graude numero de membrosdo partido liberal.

ü motivo dessa reuuiao foi o mesmo que odas antecedentes, isto é, tractar-se de eleições.

A ordem, regularidade e harmouiu que temreinado nessas reuniões, quo uao estão subjei-tas a ueulium regulamento ou regimeuto iu-terno, são uraa segura prova da siuceridudedo congrassaraeuto dos grupos divergentes, edo quanto o partido liberal está convencido dasanetidade da sua causa, e da necessidade cadavez mais urgente de coutinuar a uao dar mo-tivo, como até hoje tem feito, á violências daparte dos homeus do poder que, dispostos comoestão a triuraphar a todo custo, lançarão raaode qualquer pretexto para justificá-las.

O purtido liberal marcha cora a calma e re-flexfio que dao a convicção du própria força.

A lucta que o paiz vae presenciar é uma luc-ta desegual, porque do uta lado estará a con-vicçao e o direito, e do outro a fraudo e a vio-leu cia.

Nao importa, é preciso arcar cora a oligar-chia, é preciso arrancar-lhe a mascara e mos-trá-la á uaçilo tal qual é, e nao tal qual querparecer.rX"au.l>até.—O digno ju;z de direito da-quella comarca, dr. Tito Augusto Pereira deMattos acaba de couceder habeas-corpas ao nos-so illustre correligionário dr. Autouio Moreirado Barros, victima dos processos escandalososde que demos noticia era o numero anteriordesta folha e de que hoje nos oecuparaos eraoutro logar.

JE>ajral_3'l>x.---a.— Escrevem-nos da-quella localidade em data de 22 do corrente :

« Por ura próprio expedido á toda pr.ssu,aqui chegaram uo dia 18 á noite as nomeaçõesdas novas autoridades polieiaes. A IU andu-ram numa fouu os sabujos du ordtrn atraz dosvereadores ea^Ü ao meio dia reunirum sem-pre uus 7, quatro dos quaes foram nomeadospara os ditos cargos polieiaes e deferiram-semutuamente o jurameuto.

« Nao era aiuda 1 hora da tarde do mesmodia, e já estavam deurittidos o escrivão da sub-delegacia, o commandante da policia e todosos olÜcines de justiça

«lucontinenti o escrivão demittido, que éguarda nacional e da reserva, teve ordem dodelegado para ir entregar ao Bairro Alto, dis-tante daqui oito léguas, um ollicio.

« Hoje vao ser demittidos todos os iuspecto-res de quarteirão. »

E' ir cora muita sede ao pote !X>uass demissões.- A sanha de-

missionária uao parou nos cargos polieiaes, es-tendeu-se até os empregos remunerados e aelies estendeu-se com verdadeiro luxo de ar-

O digno administrador da mesa de rendasde Ubatuba e o collector do Bananal calaramaos golpes do machado da derrubada.

Com o primeiro, o distineto sr. BenedictoFerreira Coelbo, deputado provincial, liberalconhecido, foi-se até o pomo de deixar queaqui prestasse fiança, para doutro um poucosdias lirnr-se-lhe o logar de ijue. nfiO dependiaa salvação da pátria conservadura.

Dirigimos as nossas felicitações aos nossosdous correiigiouarios por terem sido julgadosincapazes de servir com a gente da quadra.

O» conservadores hones-tOfs.— Refere-nos pessoa fidedigna que deuma carta que lhe acabam de escrever da Ba-hia consta que o digno ex-deputado Fernan-dos da Cunha declara-se em opposiçao em vis-ta da nomeação e actos do sr. barão de S. Lou-reuçu como presidente de sua infeliz provincia.

O nobre amigo de Landulpho Medrado ditli-ciliuente acceitaria a responsabilidade destamisera situação.

Guarda imoioiial.—Por portariada presidência, de _õ do corrente, foi concedi-da ao alferes da 2.* companhia do batalhão deinfantaria n 40, de Tauiliy, Jo«é Soares daRosa, passagem para a reserva, ficando aggre-gado á companhia avulsa n. 23 do mesmo ser-viço.

Foi concedida ao capitão da 5.* companhiado _.• batalhão de infantaria da guarda nacio-nal desta capital, Pedro Carlos Oliva, passa-gem para a reserva, ficando aggregado aorespectivo 1." batalhão.

Foram nomeados paru o 2.* batalhão doinfantaria da capital, osseguintes olliciaes :

Estado-maiorAlferes-secretario, Hilário Luiz da Silveira

Breves.2.* Companhia

Tenente, o alferes-secretario João Rodriguesda Fonseca Rosa.

Foram suspensos do exercicio do posto, portempo indeterminado, o coronel coiumman-dante superior da guarda nacional da Cousti-tuiçao, Alexaudre Luiz de Almeida Barros;

O coronel couimandunte superior da guardanacional de Taubate, barão de Treraembé;

O cliefe do estado-maior, tenente-coronelJosé Felix Monteiro;

O tenente-coronel coiumandante do batalhãode infantaria n. VA, José Nogueira de Mattos;

O dito do batalhão n. 43, Antônio José Mo-reira do Castilho;

O dito do batalhão n. 44, João Lopes Morei-ra e o do corpo do cavallaria n. 2, MariauoJosé de Oliveira e Costa.

Foi designado para substituir ao referidocommaudante superior de Taubate, na fórmano art. 3.* do dec. n. 1354 de f> de Abril de1354, o major Fraucisco Marcondes de Mourae Costa.

Instrucção publica.—Foramnomeados para os cargos de inspectores dainstrucção publica dos distrietos de :

Hio ClaroConego João de Sancta Cândida (!!!!}

Villa Bella da PrincesaCapitão Manoel Francisco Pereira Ramos.

Sé, (norte)Dr. João Thoodoro Xavier.

AraraquaraPadre José Maria de Oliveira.

llatataesVigário Joaquim Alves Ferreira.

JacarehgDr. Joaquim Floriano de Oodoy.

Moqg das CruzesDr. Salvador José Correia Coelho.

SanctosDr. José Antônio de Magalhães Castro So-

bri nho.Mogy-mirim

Dr. Deítino Pinheiro do Ulhòa Cintra.Lorena

Capitão José Vicente de Azevedo.Jundiahy

Antônio Alberto da Silva Prado.Piedade

Tenente Demetrio Leopoldo Machado.Cananêa

Luiz Francisco Duarte JúniorS. João Baptista

Joaquim Manoel Pedroso de Oliveira (iate-riu...;

Sancta BarbaraO subdelegado José Bernardo Rangel.

ConstituiçãoDr. Estevum.Ribeiro de Rezende.

BrotasDr. Antônio José da Rocha.

A tibaiaCarlos Alvares da Cruz.

BragançaDr Ladisláu de Toledo Dantas.

S. SebastiãoDr. José Ferraz do Oliveira.

Saneto Antônio da CachoeiraJoão Lopes da Silva Lima.

fíot ucatúDr. José Francisco de Paula Eduardo.

NazarethJoaquim Rodrigues dos Sanctos.

Sancta lphigeniaDr. Antônio Pinto do Rego Freitas.

IguapeJoão Maneio da Silva Franco.

A PEDIDOO ilia 1S Uo ..ovombrodo iStíOMíseros teucros, que insania é esta ? IAssim exclamava o velho Laocoonte, quando os nes-cios troyanos desavisados aggloniemvani-se em torno do

famoso cavallo de pau.E' o mesmo que, nesta perigosa conjurictura, repeti-mos aos votantes liberaes da capital, deante dos refalsa-dos gregos do p.irlido conservador.

O que pretendem deste pobre povo os desigriadòresdo dia 18 ? querem votos ?

Islo causaria riso, si não provocasse nojo.O di. 18 de .Novembro pertence exclusivamente aos

conservadores, que venderam escandalosamente os guar-das nacionáes, pur amor das coiii.nenJas e dos hábitos,semelhantes ao parvo que trocou o seu direito de primo-genitura pur um prato de lentilhas.

Sois tão infelizes, srs. conservadores, que nano aomenos sabeis defendera vossa causa ímmoralissima.

Quizestes pelo Üiurio de -2tí provar que a designaçãofoi promovida jjelos liberaes, mas calnstes em alliníiaro contrario. 'Inste fatalidade 1

Péssimos pelotiqueiros de aldeia, que pela desusadaexecução dos jogos revelaes ao povo o segredo dassortes.

De taesputetas não esperava eu outra cousa.Vinde cá, minhas engaioladas ratasanas ; estaes nas

ratoeiras.Ponde de parte as vossas borlas e rapellos ; não des-

acrediteis n bem adquirida reputação de vossos vene-randòs mestres;

^tssentae-vos ahi, ua porta da rua, para que o povoria-seá vossa custa.Ouvi-me agora:Podeis negar que o sr. dezembargador Tavares Bas-

tos convocou os notáveis da terra, liberaes e conserva-dores, para que o auxiliassem no levantamento de novoscontingentes da guarda nacional?

iNào.Podeis negar que os liberaes não aiinuiram no planode arbítrio proposto pelos vossos distinetos chefes ?Nào.Podeis negar que, acceitando o presidente o plano das

medidas alérgicas, tal qual foi proposto, estava elle ne-cessa rio mente unido aos chefes conservadores, autoresda proposta, e, por conseqüência, em lucta aberta comos chefes liberaes?

Não.Pod.-is negar que a maioria dos olliciaes da guardanacinnal, inclusive os comiiiandaiites, pertence ao vosso

partido ?Não.Podeis negar que todos elles estiveram a pé lirme no

quartel, durante o fatal periodo da designação, cumpriu-do com ztlosa exaggeraçào as ordens do presidente ?

Nào.Podeis negar, que, durante essa extensa agonia dos

guardas, ,us olliciaes nenhuma observação fizeram emfavor delle> ?

Não.Logo é claro e evidentissimo, que os srs. tenenle-co-

rõnel Cláudio, capitão Paulo Dellino, capitão Moreira daCruz (!_., leniente Segurado, e toda essa longa rabadi-lha de ratões, que estiveram ã testa da guarda na-cio nal, foram os desapiedados carrascos do povo.

Ainda mais; sendo certo que osr. tenente-coronelCláudio foimetter-se na alhada, onde ninguém o chamou,claro estaque" elle nào queria perder a boa occasião deconcorrer tambem para a infelicidade de seus pobressubordinados.

Osr. tenente-coronel Cláudio é um saneto homem ! ..Fez no dia 18 do Novembro o papel daquelle celebre

judeu, que ajudou Nosso Senhor Jezus Christo a carregara cruz, para ter o o satânico prazer de o ver nella es-pirar !

Que ranrto homem 1....Os nubilissmios doutores do Diário quanto mais tra-

balham para livrarem-se da entrosga de 18 de Movem-bro, mais patenteam a sua enorme culpa.

F.stào exoctamente como vaccas em atoleiro, quequanto mais forcejam para tirar-se da lama, tanto maisnella se enterram.

F.stá, pois, provado, pela própria argumentação dospreclarissiujos doutores do Diário què osconimandantesda guarda nacional, membros proeminentes do partidoconservador, privavam com a presidência antes da desig-nação ; concertaram, de commum accôrdo, os meios dafamosa armadilha ; embairam os guardas, mandando-osavisar para uma simples revista; e executaram, comofieis subditos, o grande plano das medidas enérgicas.Foram réus perante a lei, que violaram, e algozes dosinfelizei que trucidaram.

Ainda mais um argumento sobre este ponto.Si os nossos chefes nào estavam harmonisados com a

presidência, depois da solemne sessão do supremo con-celho, dizei-noá com franqueza, onde estavam elles. oque faziam, durante o penoso flagello do dia 18 de No-vem bro?

Concorreram os ricos capitalistas do partido conserva-dor com um só real em beneficio dos designados ?

Apontem, si sào capazes, um só guarda que fosse porelles soecorrido.

Davam dinheiro a prêmio, trarlavam de seus negócios,comiam com oplimo appetite, ediziam á bocea cheia:—oTavares Bastos é um parvo; fez tanti bulha para mau-dar meia dúzia de gatos pingados.

Os advogados, prevalecendo-se vantajosamente daoppoitunidade, ganhavam dinheiro pelas petições quefaziam em favor dos guardas; e alguns houve tãoexigentes, que, em falta de dinheiro arrancavam reto-gios, trançetins, botões e alfinetes de peito, em paga doque elles denominavam agencia. (

E sabeis qual a rasão por que os guardas procuravamde preferencia os advogados do partido conservador ?

Ouvi. Era por conselho nosso. Conselho filho daexperiência bebida em factos.

Todas as petições' feitas por lettra de advogados libe-raes eram retidas em poder dos commandantes, ou pes-simamente informadas, para diflicullar o deferimento.

Todas as petições, porém, que appareciam por lettradosr. dr. Mendes, e de outros seus colkgase apanigua-dos políticos, eram de prompto informadas, como justis-simas e dignas do mais benigno accolhimento, aindaquando de contextura iníqua.

Com isto davam os commandantes da guarda nacionala mais exuberante prova da sua firme adhesào á causasaudável da barriga de seus confrades.

Um cidadão liberal, nosso presado amigo, abriu umasubscripçào em favor dos designados ; annunciou estefacto pelas columnasdo Correio Paulistano, e poz o pa-

Íel na casa bancaria dos srs. drs. Gaviões e Ribeiro.

Istes senhores declararam incoiitínenti que, qualquerque fosseo quantum a que subissem as assignaturas, ellesconcorreriam com egual quantia.

Os únicos cidadãos que concorreram para esta obranieritoria foram os srs. drs. Antônio Carlos com 305000réis, (-Sebastião Antônio Gomes, com 5>j,*000 réis, valoresque nào foram cobrados, por desnecessários.

Aonde estavam os srs. conseivndores, que hoje seapregoam protectores do povo, para pescar votos ? Ks-tav.ini ne |.:.i.tel desempenhando a grande obra du desi-«nação, sub as ordens do sr. dezembargador Tavaresl5;.sl.is, a quem hoje cobrem de injurias.

Kst.uv.in '.¦•.!>.Iliando pela grande obra dasalvaçào dopaiz, empurrando os infelizes liberaes para os camposdo Paraguay. Estavam, como refinados judas, quesempre foram, vendendo os seus irmãos a troco de con-decorações. Estavam executando o grande plano queos seus chefes haviam ollereeido no governo, nas salasdo palácio, para a hedionda traição do dia 18.

Esta foi a rasão porque, nesse memorável dia, nenhumconservador abandonou o posto. Lá estiveram todos apé lirme no quartel, capitaneados pelo bom patriota dosr. tenente-coronel Cláudio

Subiu a tal ponto a miséria, que, por mais de umavez, recorremos ao sr. dezembargador Gavião, pnra queeste fosse, por meio de enipenlios e rogalivas, obter doir. tenente-coronel Cláudio informação favorável em pe-lições de guardas, nossos correligionários 1 Que mise-ria ! Tinlu-i:os chegado ao ponto de, parti obter justiça,perante osr. tenente-coronel Caudio, o patriota com-mandante do primeiro batalhão, ser preciso recorrer aovnlinientode um banqueiro, altamente collocado na so-ciedade 1

Eis o que faziam os patriotas conservadores, du-ráiite os iiegregu.los dias da designação. Hoje, porém,dt- cara estanhada, cantam a pnliuodia, nlíixani pas-q.iins, congregam os paluscos e os bitús, e mendigaravotos! Miserus abyssinios! Ad.^am o sol nooriente de cabeças curvadas e as ulgibeiras cheias de pe-d ras. *

- Eousam perguntar o que faziam os progressistas eraquanto elles trucidavam o povo !

Nós vos responderemos liu-ilinenle.Estavam no poder, governando sob as vossas sugges-

toes. listavam tragando no horto da governaçào o ca-lice de fel que lhes deixastes. Estavam pagando bemcaro o erro fatal que conitnetlerain, de subir no poder,.[iiaiulo o paiz se achava completamente estragado porvós.

Foram crédulos até a inépcia ; patriotasaté ao sncrifi-cio ; e políticos desavisados, que cahiram facilmente nasarmadilhas que lhes preparastes.

Somos tão inclementes para com os conservadorescomo para com os progressistas ; mas havemos semprede distinguir as duas facções pelos seus characleristicos.

O partido conservador é um bando de abutres quesvoaçi de continuo em derre-.lor dos cofres públicos.

Os'progressistas foram os Narcisos parlamentares, quesubiram ao Capitólio impedidos pelo orgulho, e precipi-taram-se na rocha Tarpeia, transformados em democratas,enamorados de sua própria ingenuidade.

Nó?, porém, sumos os homens eternos. Os homens da.perpetua virilidade. Somos o partido liberal.

Damos, como o sol, vida a tudo que illurainamos comas nossas idéas. %

José Bonifácio é grande porque é soldado de nossoparlido.

Torres Homem é admirado, porque escreveu o Ti-raandro.

Landulpho Medrado imniorUlisou-se com a publicaçãoda Viagem do Impeixidor.José de Alencar, o apóstata feliz, o camaleão hodierno,

chamou-se Erasmo para se fazer ministro.O próprio partido conservador, os ásperos janizaros

do (lesar americano, quando alvejam o poder, cingemas frontes de gorros phrygios ; correm às praças ; convo-cam o povo, o. exclamam halucinados: — abaixo o Impe-rador ! Mas quando sobem, fazem como os quadru-pedes, pisam com desprezo a mesma relva de que se ali-me ri tam.

O officio confidencial, y

Ouçam! ouçam !O sr. Joaquim Fernandes Cantinho Sobrinho, eleitor

dr% parochia dn Sé, pelo partido conservador, e, segundoaflirraam, aspirante ao logar de vereador nas próximaseleições; o cidadão patriota, que anda por ahi deporta em porta mendigando votos, ao saber que o sr. -Nicolán, barbeiro, que mora em uma loja ao largo da Sé,é votante liberal, que se esforça pelo triumpho do seupartido, mandou intimá-lo que incontinenti dçsócçu-passe a casa em que mora, que é de sua propriedade.O sr. Cantinho é rico e poderoso. O sr. Nicotóu épobre e desvalido. Aquelle liado nos contos de réis quepossue, pjr cinpulmaeào, quer deprimir o pobre, quevive honestamente do seu trabalho.

Admirem éstê rasgo do virtuosa generosidade doCreso da rua de S. Bento.

Sào estes os pães da pátria que aconselham o povopara que não vote com os liberaes.

Ainda não obtiveram o mandato popular ejá cosperacorn atrevimento na face do povo soberano.

E' a ingratidão antes do beneficio.O coelho branco.

Guavcla nacionalPede-se ao sr. tenente Baruel, que, quando quizer

fazer obséquio aos guardas nacionáes, seus correligio-narios, faça-os á custa da sua algibeira e dos seus com-modos pessoaes, e nunca com o sacrifício dos seus ad-versarios políticos.

S. s. tem dispensado do serviço; por tempo indeter-minado, os guardas conservadores destacados nesta ci-dade, obrigando os liberaes a montarem guarda de dezdias consecutivos.

Isto em bom portuguez chama-se patifaria.S. s. que è tão devoto do Divino Espirito Saneto,

dere saber, que é um crime perante Deus perseguir osseus irmãos; pois que s. s, já foi soldado e muito liberal,que mudou de partido por causa da banda e dos galões.

V

Estrada de ferroA pprehendeu-se na estação de Jundiahy,

uma caixa que foi despachada de Sanctos, co-mo contendo miudezas, no entretanto verifi-cou-se que o conteúdo delia era composto emparte de matérias explosivas.

Portanto, faço publico, que em conformida-de cora o artigo 35 do regulamento em vigor,vender-se-ha o conteúdo da dita caixa em lei-lao na estação da Luz, em S. Paulo, na terça-feira 1.° de Setembro, ás 3 horas da tarde.Uma relação completa dos objectos em questãopode ser vista em casa do sr. Manoel de PaivaOliveira, rua do Palácio, il. 2, esquina da Im-peratriz.

S. Paulo, 28 de Agosto de 1868.O superintendente,

D.M.Fox.

i\

Page 4: OUÇAM í>0memoria.bn.br/pdf/375420/per375420_1868_00012.pdf · Quanta ironia lina e acerada trausuda daquella peça ofticial ? A imaginação viva e enthusiasta do povo des-cobre

¦

L'__._.J.'_glB!

O YPIRANGÂ______¦——i «i '»» __ gBSfgBB-EE S5SC

A. L GARRAUXLIVREIRO DA ACADEMIA

ílli o ^

&8W8i®888®8®iffS@g

SORTIMENTO ESPECIAL DARTIGOS D'ESCRIPT0RIO, D*OBJECTOS DE FANTASIA, DE PAPEIS PINTADOS, DE LIVROS, ETC, ETC.

PAPEIS IVo 9, Largo da Sé, N° O

Papel de peso.para cartas.para luto.

do fantasia.para desenho.alinasso.florette.Hollánda.mata borrão.para matar moscas.

• para musica.

OBSERVAÇÃO :Marca-se gratuitamente com as

iniciaes do comprador, todo opapel comprado em nossa casa.

ENVELOPPESEnveloppes commerciaes.

brancos.do cores.dc fantasia.

forrados do panno.rendados.para cartões de visita.

ARTIGOSDE ESCIUFTOIU0

Pennas Mallat.— dc varias qualidades.

Lápis Faber.do pedra.do cores.

Canetas de páo, de borracha, deosso, de marfim, etc, etc.

Canetas com pennas de ouro, deponta do brilhante.

Tinteiros dc vidro.dc bronze.de porcelana.dc (.intai-ia.ile viagem.

Arcieiros de vidro, de ma-deira, etc.

Areia dourada, do côrcs, otc.Canivetes.Facas de cortar papel, dc marfim,

de osso, etc.Sinetes, etc., etc.

SAO PAULO

ARTIGOSDE FANTASIA

Caixas de costura.— do perfumaria.

Papelciras de luxo.Caixas de guardar jóias.Bolças para senhoras.

GRANDE SORTIMENTO

Dc bonitos artigos do metal, dcvelludo , de marfim , «te. ,próprios para presentes, parafestas, etc, etc.

CHARUTEIRAS DE GOSTOETC, ETC,

ARTIGOSDE ESCIUPTOKIO

Sinetes de osso o de marSm.Lacre de todas as cores.Obrcias dc colia, de gomma, 0

para officios.Albuins para desonl.o.

STEREOSCOPIOSCom grande sortimento dc vistas.

ALBUHSpaiTa rbt r atos

I.IMill SORTIMENTO

Pastas.Cartões'dc visita.I.engallas.Caixas de mathematica.Caixas de tinta.Tinta dc escrever, carmim.

azul, verde.Quadros para pholograpliias.

LIVRARIA

Livros dc direito.do litteratura.dc devoção.de educação.de liúma_piUl'Ia.de missa, com capa do

velludo, de marfim, demadroperola, do .ária-ruga u dc marroquini.

LIVROS COMMERCIAESDIAIllil, _A__0, CAIXA

Livros para assentos.de copiar cartas.para apontamentos.de luxo paru presentes.latinos, francezes, poitu-

gnezes,i.iglca.it,-te.,dc.Tinta dc copiur cartas.

de marcar roupa.

Manda-se gratuitamente o cata-logo da casa, em qualquerponto do Império, sobi-e pedido.

IOOU0OO Rs.111.

oGIUT.FiCÀÇÃODe Joaquim Ignacio de Vasconcellos Ma-

chado, morador om Caiu ninas, fugiu o escravoVictorino, do estatura ordinária, meio calvo,pós compridos, a pelle de cima dos mesmostrangida, côr preta, tem defeituoso o dedo pol-legar de uma das mãos, proveniente de pana-ricio ; levou ponclie de pauno azul, forrado debaeta vermelha ; terá 40 annos de edade, écreoulo, nascido em Campinas de onde fugiua 20 de Julho ultimo.

nriIEATROy

PAPEIS PINTADOS PARA FORRAR CASAS

Sempre exiile o mais .ariado. o mais completo _or.ime.ilo de papeis pintados de fafcaçao fianccia. «ksd» o preço de 500 reis a peça para cima. Guami.. a Rodapés, ele. cir.

Ene.rrea.-_ie de qualquer .neosumenda par. a Enropa. - A..i9»a<.r.» para o. jornai. e_tra.flclro_, - Pre,-- módico s.

NA CONCÓRDIA PAULISTANADOMINGO, 30 DE AGOSTO DE 18(18

Variado espectaculo

EM ÍIENUKICIO DAS MENINAS

JVX a r* i a © AmoliaSubirá á scena a comedia em ura acto :

UMA 0HX6ÃBA BE _HÁPelas beneficiadas o dnetto original brazi-

íeiro :

6344. — Paris, imprinVerie 1'oiteviiN me ll.iinietlo

DR. FERREIRA FRANÇA

ABTOdÍBOLargo de S. Francisco, n. 4.

Dr. Eodrigo Octavio de OliveiraMenezes.CAMPINAS

Rua do Commercio, n. 20.

Na manha do dia 7 do corrente desappare-ceu da travessa da rua do Quartel, n. 2, ummenino de 10 annos de edade por nome José,e filho de Luiza Gomes de Toledo Campos.

Pede-se á pjiicia que dê as providencias -arespeito.

_____

«8

ESCHOLA PARTICULARUma familia moradora no Bairro da Luz,

n. 57, tendo em vista a difficuldade que ha em

os srs. pais de familia desse logar mandarem

suas filhas ás escholas publicas, pretende abrir

no dia 5 de Setembro, uma eschola particular,segundo lhe faculta a nova lei de instrucçáo

publica; esperando será coadjuvada neste seu

intento. Previne-se que nao será aberta a es-

chola sem que para ella haja um numero suffi-

ciente de aluranas.

¥ wsmm

HE1.RIQUE ROGERHOTEL DO COMMERCIO

26e28— l\UA DO IMPERADOR—20e28Continua a funçcionar como sempre, estau-

do extineta a acòáo intentada por MatliensNunes, por haver sido pago competenteinen-

j te. ^^

BE SE&tfHO BWJYSJ© «BB

(FPM!H_V

lOM)

Gerida pelo Banco Rural e Hypoll.ecario do Rio de Janeiro

M

O abaixo assignado faz publico que está ac-

cionando os herdeiros da finada d. FrauciscaRodrigues Moreira, filhos e genros do sr. ca-

pitiio Fideucio Josó de Macedo, pela quantiade quatro COutos e tanto, que lhe deve o espu-lio do casal da mesma finada; previne que nin-

guein faça transacçíiocom as heranças que couberem aos mesmos herdeiros; e protesta haverdos cessionários destes por qualquer titulo,

quando os haja, o pagamento da divida em

questão.

Jacarehy, 20 de Agosto de 1808.

José Joaquim Ferreira Novo.

A panella dos feitiçosO baile hespanhol a três, por Mr. Mine. o

Mlle. Escudero.

UANDALUZAPelo netor Domingos uma linda scena co-

tnica.

A cançoneta por Mlle. Adéle.

LI MFI {_#H€SEYTermiuará o espectaculo com a primeira re-

presentaçiio da linda comedia em um acto or-nada do musica :

MIGUEL 0 TORNEIRO -

PREÇOSCamarotes.Platéa . .

5S0001*500

Principiará ás 8 horas.

S_3s (&M mm MM MM jÊ# M& MÈLJ@èM jÊÈL (tê%

_s__f.

A commissão fiscal desta associação compõe-se dos srs. :Veador, deputado á assembléa geral, e presidente da .Associação Commercial da Corte,

José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho — presidente.Comineudador Jeronymo José de Mesquita.

Boaventura Gonçalves Roque.José Pereira Soares.

Guilherme Pinto de Magalhães.

O objecto da associação é a creação de capitães e a de rendas, por meio de contribuiçõesfeitas de uma vez, ou eni prestações annuaes. ( Art. 2. do regulamento.)

Esta duas operações podem fazer-se simultânea ou separadamente.O mínimo da ricóntbuição ÚNICA é de 50$00ü, o da ANNUAL 100000. (Art. 5.)As contribuições são convertidas unicamente em apólices da divida publica nacional de 0

por cento no que também se convertem os seus juros. (Art. 0.)Os contractos de seguro das espécies indicadas convém especialmente :A quem quer dotar uma filha, ou fundar um patrimônio, ou um principio de estabeleci-

mento a um filho, afilhado ou outro individuo qualquer a quem se queira beneficiar.A quem quer formar um pecúlio para livrar do recrutamento alguém qiie a essa lei venha

a estar subjeito.A quem quer crear para o futuro um capital ou uma renda, temendo que a de que goza

quaude vigoroso não chegue quando a velhice ou a enfermidade nilo lhe permittir adquiri-la.Qualquer dos fins apontados póde ser conseguido, ainda pelas pessoas menos protegidas

da fortuna, porque basta para isso consignar, annualmente uma quantia em relação aos meiospecuniários de que dispõe.

O anno social da liquidação del873 começou em 31 de Dezembro de 1867.No decurso do anno podem fazer-se contractos a contar do seu principio, pagando os con-

tribuintes sobre a sua entrada um por cento por mez decorrido. (Art. 13.)O estado da Associação em 29 de Maio de 1808, era :Capital snbscripto 5,319:2778470Dito convertido eraapolices da divida publica de 6 por cento 1,358:7008000Numero de seguros -•••.:. 3.513As pessoas que quizerem inscrever-se sao convidadas a dirigirem-se á casa do major

Sebastião José Rodrigues de Azevedo.—Rua dos Bambus, S. Paulo.

\*<

THEATROEmproza Eugonia Câmara

DOMINGO, 30 OK AGOSTO l>H! isdü

Subirá á seeua a terceira representação do sublime drama em três actosdo sr. Mendes Leal (Antônio.)

. ASEI» M €A"àMO papel de Haroni-za de Almouol será desempenhado pela artista

Eugenia Câmara, em conseqüência de achar-se doeute a artista Juliade Azevedo por attestado de medico.

Segue-se pela ultima vez adansa na

60&BJK i@i_.liSExecutada por Mine. Caririi.Mr. Aubert eMrae. Cnrini representam pela ultima vez nesta cidade.

Terminará o espectaculo com a segunda representação da lindíssimacomedia em um acto toda ornada de musica, imitação da artista EugeuiaCâmara, a qual fura nesta comedia quatro differentes papeis.

A FILHA. BE ©SUN&O&ETACTUALIDADE

Os bilhetes acham-se uo theatro. As 7 1/2,

TYP. "DO

YPÍR^NGA.

PSWi^lIFW ^W^^^^^W^^^W^^^^^&^^cW^^ vS

<v 1