operaciÓn intercepciÓn: una politic dae...

28
OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITICA DE PRESIÓN INTERNACIONAL* RICHARD CRAIG La Operación Intercepción fue lanzada en septiembre de 1979 a lo largo de la frontera entre Estados Unidos y México. La justificación oficial afirmaba que el objetivo de este programa era detener el flujo de mariguana, de heroína y de otros estupefacientes que llegaban a Estados Unidos a través de la frontera con México. Pero en realidad la Operación Intercepción más que prohibir los narcóticos, lo que pre- tendía era dar publicidad a la lucha contra el crimen que iniciaba la nueva administración norteamericana y obligar a que los mexicanos aceptaran la campaña antidrogas de Washington. Esta operación fue diseñada por agentes de la ley que pueden haber tenido buena voluntad aunque también pocas luces, y constituye un ejemplo clásico de lo que es una política de presión internacional que se convirtió en uno de los incidentes más serios que han ocurrido entre México y Estados Unidos en años recientes. La etapa de elaboración El 16 de septiembre de 1968 el candidato a la presidencia de Estados Unidos, Richard M. Nixon, se comprometió públicamente en Anaheim, California, a que si resultaba electo atacaría las drogas desde su origen y aceleraría el desarrollo de instrumentos y de herramientas para de- tectar el tráfico de narcóticos. Cuando llegó a la presidencia, Nixon tuvo que enfrentarse a la realidad de que su país atravesaba por un grave problema de drogadicción y con un acelerado incremento del número de crímenes relacionados con el mismo. Ante la afirmación del propio director de la Oficina de Narcóticos y Estupefacientes, en el . sentido de que Estados Unidos había "fallado" de manera lamentable" en sus intentos por controlar la drogadicción, Nixon decidió asociar la muy anunciada campaña de ley y orden en el interior del país con * Traducción de Soledad Loaeza. 203

Upload: vonhu

Post on 20-Sep-2018

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITICA DE PRESIÓN INTERNACIONAL*

R I C H A R D C R A I G

L a Operac ión Intercepción fue lanzada e n septiembre de 1979 a lo largo de l a f rontera entre Estados U n i d o s y M é x i c o . L a justif icación o f i c i a l a f i r m a b a que e l ob jet ivo de este p r o g r a m a era detener el f l u j o de m a r i g u a n a , de heroína y de otros estupefacientes que l legaban a Estados U n i d o s a través de l a f rontera c o n México . Pero en r e a l i d a d l a Operac ión Intercepción más que p r o h i b i r los narcóticos, lo que pre­tendía era dar p u b l i c i d a d a l a l u c h a contra e l c r i m e n que i n i c i a b a l a n u e v a administración norteamericana y o b l i g a r a que los mexicanos aceptaran l a campaña antidrogas de W a s h i n g t o n . Esta operación fue diseñada p o r agentes de l a ley que p u e d e n haber tenido b u e n a v o l u n t a d a u n q u e también pocas luces, y constituye u n e jemplo clásico de lo que es u n a polít ica de presión i n t e r n a c i o n a l que se convirt ió e n u n o de los incidentes más serios que h a n o c u r r i d o entre M é x i c o y Estados U n i d o s e n años recientes.

La etapa de elaboración

E l 16 de septiembre de 1968 e l candidato a l a pres idencia de Estados U n i d o s , R i c h a r d M . N i x o n , se comprometió públ icamente en A n a h e i m , C a l i f o r n i a , a que si resul taba electo atacaría las drogas desde su or igen y aceleraría e l desarrol lo de instrumentos y de herramientas p a r a de­tectar e l tráfico de narcóticos. C u a n d o llegó a l a presidencia , N i x o n tuvo que enfrentarse a l a r e a l i d a d de que su país atravesaba por u n grave p r o b l e m a de drogadicción y c o n u n acelerado incremento del número de crímenes relacionados con el m i s m o . A n t e l a afirmación del p r o p i o d i rec tor de l a O f i c i n a de Narcóticos y Estupefacientes, en e l

. sentido de q u e Estados U n i d o s había " f a l l a d o " de m a n e r a l a m e n t a b l e " e n sus intentos p o r controlar l a drogadicción, N i x o n decidió asociar l a m u y a n u n c i a d a campaña de ley y o r d e n en e l i n t e r i o r de l país con

* Traducción de Soledad Loaeza.

203

Page 2: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

204 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

u n a ofensiva i n t e r n a c i o n a l e n contra de las fuentes extranjeras de s u m i ­nistro de heroína y de m a r i g u a n a . E l P r o c u r a d o r G e n e r a l de Estados U n i d o s , J o h n M i t c h e l l , fue designado p a r a l levar a cabo e l p r o g r a m a ; con este f i n en a b r i l de 1969 M i t c h e l l reunió u n g r u p o de acción c o n el apoyo de diversas of ic inas gubernamentales " p a r a l levar a cabo u n ataque f r o n t a l y concertado contra l a importación, l a venta y e l uso ilegales de m a r i g u a n a , narcóticos y estupefacientes en Estados U n i d o s . 1

E l g r u p o o ent idad más i m p o r t a n t e en l a configuración f i n a l de l a Operac ión Intercepción fue e l G r u p o Pres idencia l Espec ia l de Acción contra Narcóticos, M a r i g u a n a y Estupefacientes. S u composición, sus hallazgos y sus recomendaciones serían los elementos que determinarían en ú l t ima instancia l a naturaleza de u n o de los temas más controvert idos entre Estados U n i d o s y M é x i c o en años recientes.

E l G r u p o de Acción estaba a cargo d e l P r o c u r a d o r G e n e r a l Asis ­tente, R i c h a r d G . K l e i n d i e n s t y d e l Secretario Asistente d e l T e s o r o ,

Eugene T . Rossides; inc luía a veintidós personas de nueve departa­mentos y de l a Comisión de C o m e r c i o Interestatal. N o obstante hay que señalar que a u n q u e l a representación p o r departamentos era m u y a m p l i a , había u n a excepción notable , e l Depar tamento de Estado, que estaba representado "ún icamente en c a l i d a d de asesor". 2

T a m b i é n resultaba m u y in t r igante e l hecho de que n o p a r t i c i p a r a directamente l a c o m u n i d a d fronter iza . L o s directores de las of ic inas de aduanas, de inmigración y de narcóticos y estupefacientes j u g a b a n u n pape l central e n las del iberaciones d e l G r u p o de Acción, pero n i n g u n o de ellos conocía de cerca e l m u n d o de l a frontera, u n m u n d o que p r o n t o cambiar ía radica lmente . C o m o l o demostraron los acontecimientos pos­teriores, l a p l e n a part ic ipación d e l Depar tame nt o de Estado y de l a c o m u n i d a d fronter iza p u d o haber m o d i f i c a d o l a naturaleza de l a O p e r a ­ción Intercepción; o, en todo caso, si estos actores h u b i e r a n estado directamente i n v o l u c r a d o s c o n e l G r u p o de Acción o con su sucesor, el g r u p o de trabajo de l a Operac ión Intercepción, ésta probablemente n u n c a h u b i e r a exis t ido.

E n l a introducción d e l reporte que presentó c o n fecha d e l 6 de j u n i o , el G r u p o de Acción señalaba que se le había p e d i d o " l l e v a r a cabo u n a m p l i o estudio de l a m a r i g u a n a , haciendo énfasis específica­mente en el p r o b l e m a de l a f rontera m e x i c a n a " , p a r a diseñar u n p l a n

tendiente a " c o n t r o l a r de m a n e r a posi t iva y eficaz e l tráfico i l ícito de drogas a través de l a f rontera m e x i c a n a " . 3 E l p r o b l e m a en cuestión era el consumo de m a r i g u a n a ; e l ob jet ivo: México .

1 C a r t a del Secretario del Tesoro, D a v i d M . Kennedy y de John N . M i t c h e l l , Procurador General a l Presidente, en G r u p o de Acción contra Narcóticos, M a r i ­guana y Estupefacientes, Reporte del Grupo Especial Presidencial de Acción contra Narcóticos, Mariguana y Estupefacientes, 6 de junio de 1969, mimeo.

2 Ibid. 3 Reporte del Grupo Presidencial de Acción, p. 1.

Page 3: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

O C T - M C 81 U N A P O L Í T I C A D E PRESIÓN INTERNACIONAL 205

L o s miembros de l g r u p o i n i c i a r o n su trabajo e x a m i n a n d o las prue­bas de que l a drogadicción i b a en aumento, centrando su atención e n e l r i t m o creciente y acelerado del consumo de m a r i g u a n a . A u n q u e e l g r u p o reconocía l a necesidad de que se invest igaran más p r o f u n d a ­mente sus efectos, l legaba a l a siguiente conclusión: " E s evidente q u e . . . los ingredientes activos que se h a n encontrado e n l a m a r i g u a n a p u e d e n tener efectos nocivos sobre e l bienestar tanto físico como m e n t a l de l u s u a r i o . " F u m a r m a r i g u a n a era peligroso; podía c o n d u c i r a drogas más fuertes y a u n a l c r i m e n . Se consideraba que si b i e n " L a s pruebas médicas no c o n f i r m a n que l a m a r i g u a n a es l a causa d e l c r i m e n tampoco l o n iegan. L o s registros cr iminales p e r m i t e n s i n embargo, establecer u n a creciente tasa de asociación entre e l c r i m e n y e l uso de l a m a r i ­g u a n a . " 4

D e esta m a n e r a e l G r u p o de Acción establecía u n a relación l i n e a l entre l a m a r i g u a n a , e l deterioro de l a sa lud, e l consumo de heroína y e l aumento de crímenes, p a r a después or ientar su atención hac ia e l p r o b l e m a de l a f rontera . Acertadamente se consideraba que M é x i c o era l a fuente p r i n c i p a l de suminis t ro de m a r i g u a n a de a l ta potenc ia a Es­tados U n i d o s . P o r l o demás se señalaba: 1) que u n "porcenta je s igni ­f i c a t i v o " de l a hero ína era de or igen m e x i c a n o ; 2) que cantidades considerables de heroína europea entraban a Estados U n i d o s vía e l contrabando desde l a f rontera sur ; 3) que M é x i c o era u n p u n t o inter­m e d i o en e l tránsito de l a cocaína proveniente de América de l Sur ; y 4) que desde M é x i c o entraban a Estados U n i d o s cantidades consi­derables de anfetaminas y de barbitúricos. L o s recursos y los esfuerzos mexicanos tendientes a contrarrestar ese contrabando eran totalmente " i n a d e c u a d o s " . 5 P o r lo tanto había que encontrar nuevos métodos p a r a r e d u c i r el c u l t i v o de l a m a r i g u a n a y de l o p i o , y p a r a restr ingir los envíos que atravesaban l a frontera .

A los miembros d e l G r u p o de Acción les i m p r e s i o n a b a n p r o f u n ­damente los ins trumentos de detección a distancia, " e l único método práctico para l a localización de las cosechas", e i n v i t a r o n a l Departa­mento de Estado a que i n i c i a r a las primeras discusiones a l respecto c o n funcionar ios públicos mexicanos. Estas pláticas también incluir ían recomendaciones en el sentido de que se diseñara u n p r o g r a m a de fumigación aérea de herbic idas que remplazara las p r i m i t i v a s técnicas de erradicación que u t i l i z a b a n los mexicanos. C o m o paso i n i c i a l había que exhortar a M é x i c o para que interceptara a los trancantes de drogas, p a r a que construyera puestos de inspección a lo largo de las carreteras 2 y 15 con dirección hac ia e l norte, que son práct icamente las dos pr inc ipales carreteras que u n e n el in te r ior de l país con el sudoeste norteamericano. P o r úl t imo, se sugería que se t o m a r a n de i n m e d i a t o

* ibid., p . 16. 5 Ibid., p p . 17-19.

Page 4: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

206 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

las disposiciones necesarias p a r a presentar ante e l gob ierno m e x i c a n o "casos seleccionados", en los que estuvieran involucrados fugi t ivos m e x i ­canos que h u b i e r a n sido acusados de violaciones en mater ia de drogas en Estados U n i d o s para que también fueran enjuiciados en M é x i c o . 6

E l 3 de j u n i o de 1969 el G r u p o de Acción entregó su reporte a l presidente N i x o n . E l documento recomendaba u n p l a n i n m e d i a t o de acción p a r a " r e d u c i r en f o r m a sustancial y en u n plazo m u y breve el tráfico i l ícito de m a r i g u a n a y de estupefacientes a través de l a f ron­tera m e x i c a n a " . A u n q u e a l Depar tamento de Estado se le negó toda representación directa durante los dos meses que d u r a r o n las de l i ­beraciones de l G r u p o de Acción ahora se le pedía que " a s u m i e r a l a responsabi l i lad de obtener l a cooperación m e x i c a n a sobre u n a base de c o n t i n u i d a d " . 7 E n úl t ima instancia l a responsabi l idad fue efectiva­mente m u y grande. M i e n t r a s tanto e l Depar tamento de Estado sentó las bases para l a p r i m e r a de u n a serie de reuniones, destinadas a obte­ner el apoyo mexicano en l a l u c h a que había e m p r e n d i d o l a nueva administración contra las drogas.

E l 9 de j u n i o se i n i c i a r o n en l a c i u d a d de M é x i c o tres días.,de pláti-cas informales entre representantes mexicanos y estadounidenses. L a s reuniones se desarro l laron teniendo como telón de f o n d o u n a campaña i n t e r n a en Estados U n i d o s de ley y orden , y los rumores de que W a s h ­i n g t o n estaba considerando seriamente i n t r o d u c i r e l requis i to de pasa­porte p a r a v ia jar a M é x i c o , 8 R i c h a r d K l e i n d i e n s t , que encabezaba l a delegación norteamericana, definió a su l legada a esa c i u d a d e l tono de l a posición de su país a l a n u n c i a r que W a s h i n g t o n "estaba pre­p a r a n d o u n a guerra s i n c u a r t e l " contra las drogas. A f i r m a b a K l e i n ­dienst que el presidente N i x o n hab ía notado " u n alarmante aumento d e l contrabando de drogas proveniente de México hac ia Estados U n i ­d o s " . 9

D u r a n t e las pláticas, l a cuarta de u n a serie de reuniones informales que se habían v e n i d o celebrando desde enero de 1960, K l e i n d i e n s t h izo u n a descripción gráfica de este hecho presentando a sus anfi tr iones las cifras de capturas que se efectuaban en l a frontera , para demostrar e l aumento de l f l u j o a n u a l de drogas que entraba a Estados U n i d o s

6 Ibid., pp . 27 y 34. 7 Ibid., pp . 20 y 35. 8 E l Departamento de Estado rechazó l a propuesta del pasaporte por tres

razones: no detendría el tráfico de drogas, causaría irritación entre muchos em­presarios norteamericanos establecidos en México, y el gobierno de ese país podría tomar represalias restringiendo los gastos de sus ciudadanos en el lado americano de l a frontera. Semejante medida tendría " u n efecto adverso" sobre las relaciones entre los dos países y debería ser una " m e d i d a de última instancia" si es que fra­casaban otros métodos de control . Departamento de Estado, Airgram, Washington, D . C . , junio de 1969, mimeo.

9 Boletín de Associated Press, c iudad de México, 9 de junio , 1969, mimeo-graf iado; y Laredo Times, 10 de junio de 1969.

Page 5: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIG 81 U N A POLÍTICA D E PRESIÓN INTERNACIONAL 207

provenientes de México . E l representante norteamericano mostró a sus contrapartes mexicanos las propuestas formales de l G r u p o de Acción. E l jefe de l a delegación mexicana , de a lguna m a n e r a s o r p r e n d i d o p o r e l carácter f o r m a l de las propuestas, intentó recordar a sus hués­pedes l a naturaleza i n f o r m a l de las discusiones. E l P r o c u r a d o r G e n e r a l m e x i c a n o , J u l i o Sánchez Vargas, reconoció que era a larmante e l aumen­to de cult ivos de l a droga y de las manufacturas que hab ía p r o d u c i d o e l uso de tecnología agrícola m o d e r n a , y expresó su preocupación por­q u e los adolescentes mexicanos consumían cada vez más m a r i g u a n a . E n respuesta a lo anterior, e l gobierno mexicano había lanzado en e l mes de febrero l a mayor campaña antidrogas de l a h i s tor ia de l país, en l a cual estaban involucrados dos m i l soldados, aviones y helicópteros.

Sánchez Vargas también admit ió que el uso de lanzal lamas p a r a des truir los campos de m a r i g u a n a y de amapola era ant icuado. Sugirió que se invest igaran otros métodos y destacó l a gran necesidad que tenía M é x i c o de a u m e n t a r su f lo ta de aviones y de helicópteros. S i n embargo, a l a sugerencia estadounidense de que se recurr iera a l a fumigación aérea con herbic idas , e l P r o c u r a d o r G e n e r a l mex icano respondió m u y atentamente que p r i m e r o se u t i l i z a r a ese método en Estados U n i d o s . C u a n d o esto se h u b i e r a hecho, entonces autoridades mexicanas c a l i f i ­cadas observarían e l impacto que esos productos químicos podían tener sobre las cosechas, los ríos y l a gente; u n a vez que se h u b i e r a n estu­d i a d o los resultados y que se h u b i e r a comprobado que eran inofensivos p a r a e l m e d i o ambiente , entonces e l gobierno consideraría seriamente su uso. M i e n t r a s tanto, M é x i c o lanzaría " e n u n f u t u r o cercano" su p r o p i o p r o g r a m a e x p e r i m e n t a l . 1 0

E n l a sesión f i n a l ambas delegaciones expresaron l a f i r m e resolución de u t i l i z a r todos los medios que estuvieran a su alcance " p a r a forta­lecer los esfuerzos de cooperación'* contra l a fabricación y e l embarque de drogas . 1 1 H a c i e n d o caso omiso de las declaraciones formales de u n i d a d , de hecho n o se llegó a n ingún acuerdo en cuanto a los nuevos medios que se util izarían p a r a intens i f icar l a campaña contra l a droga en México . L a s propuestas clave de l a delegación norteamericana f u e r o n cortésmente rechazadas o su estudio se pospuso. L a razón p r i n c i p a l de l a negativa m e x i c a n a era polí t ica. M u c h a s de las peticiones clave d e l gobierno de W a s h i n g t o n tocaban l a m u y sensible f i b r a de l a soberanía m e x i c a n a , puesto que i m p l i c a b a n l a participación de Estados U n i d o s e n asuntos internos de competenc ia exclusivamente m e x i c a n a . 1 2

1 0 Entrevista con el Secretario de Relaciones Exteriores de México, c iudad de México, 14 de marzo *de 1977. A petición de los entrevistados sus nombres se mantienen anónimos.

1 1 Boletín noticioso del Servicio de Información de Estados U n i d o s , c i u d a d de México, 12 de junio de 1969, mimeografiado.

1 2 Entrevista con el Secretario de Relaciones Exteriores, c iudad de México, 14 de marzo de 1977. V e r también J u a n de Onís, "México to reopen D r u g C u r b T a l k s " , New York Times, 3 de octubre de 1969.

Page 6: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

208 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

L a resistencia que demostraron los mexicanos durante las discusio­nes del mes de j u n i o fue u n a n t i c i p o p a r a l a delegación norteamericana. D e hecho resulta m u y dudoso que cua lquier acción mexicana , que no fuera l a total aceptación de las sugerencias de W a s h i n g t o n , h u b i e r a alterado los planes de l a administración. E l r i f l e estaba cargado a u n antes de que se i n i c i a r a n las pláticas. C u a n d o se pospusieron lo único que quedó pendiente fue disparar el gat i l lo , y e l d isparo adquir ió l a f o r m a de u n a carta pres idencia l que llegó a l a c i u d a d de M é x i c o justo dieciséis días después de terminadas las conversaciones.

E l 27 de j u n i o de 1969, e l presidente N i x o n convocó a todos los jefes de departamento p a r a que f o r m a r a n u n G r u p o de Acción. C o m o respuesta a su reporte i n i c i a l d e l 6 de j u n i o , N i x o n pedía a l nuevo grupo que se encargara de diseñar y de l levar a cabo u n "ataque f ron­t a l " contra e l narcotráf ico fronter izo. E l G r u p o de Acción sería tratado c o n " l a más al ta p r i o r i d a d " y estaría formado p o r miembros de l a O f i c i n a de A d u a n a s , de l Depar tamento de Defensa, de l a O f i c i n a de Narcóticos y de Estupefacientes, de l a División C r i m i n a l d e l Depar ­tamento de Jus t i c ia , d e l FBI , e l Servicio de Inmigración y u l e J S a t u r a -lización y d e l Depar tamento de T r a n s p o r t e . N o obstante, n o se des­c u i d a r o n de l todo las dimensiones diplomáticas de l p r o g r a m a que estaba a p u n t o de inic iarse . Según l a carta pres idencia l e l embajador norte­americano en M é x i c o debería "mantenerse a l c o r r i e n t e " . 1 3

E l G r u p o de Acción se reunió por p r i m e r a vez e l 28 de j u n i o bajo l a presidencia de R i c h a r d K l e i n d i e n s t . E l presidente de l a reunión recordó e l sentido de urgenc ia que revestía p a r a N i x o n e l trabajo de l grupo, e l c u a l fue i n f o r m a d o de que en breve se iniciaría u n p r o g r a m a "independientemente de cualquier intensificación de las actividades que pudiera emprender México" * S u objet ivo era " p r o v o c a r u n impacto i m p o r t a n t e sobre e l tráfico i l e g a l que provenía de M é x i c o " . K l e i n d i e n s t profet izaba que e n octubre o nov iembre surgiría l a necesidad de "re­considerar las discusiones que hemos tenido con M é x i c o en torno a este p r o b l e m a " . D a d o que ese país sería u n a var iab le i m p o r t a n t e en l a operación en perspectiva, K l e i n d i e n s t i n f o r m a b a a Tos part ic ipantes a l a reunión, que el embajador norteamericano en M é x i c o trabajar ía " e n estrecha colaboración c o n nosot ros " . 1 4 N o obstante, tanto " t ra ­bajar estrechamente c o n nosotros" como "estar a l corr iente" estaban m u y lejos de ser u n a part ic ipación directa en l a elaboración de u n

* Subrayado del autor. 1 3 C a r t a del presidente R i c h a r d M . N i x o n a los jefes de departamento con

fecha del 27 de junio de 1969, mimeo. 1 4 M i n u t a s del 28 de junio de 1969 de la reunión del G r u p o de Acción, m i -

meografiado. E l autor posee copias de las minutas de seis reuniones que se realizaron entre el 28 de junio y el 20 de agosto de 1969. E n ningún momento se registró asistencia de ningún representante del Departamento de Estado o de la comu­n i d a d fronteriza. D e hecho, durante las seis reuniones en cuestión a l Departa­mento de Estado sólo se le mencionó en dos ocasiones.

Page 7: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIC 81 U N A POLÍTICA D E PRESIÓN INTERNACIONAL 209

proyec to que obviamente tendría repercusiones diplomáticas m u y i m ­portantes . A u n q u e en los términos d e l proyecto el Depar tamento de E s t a d o n o estaría directamente i n v o l u c r a d o e n el lanzamiento de l a Operac ión Intercepción, sí tendría que par t i c ipar en el golpe f i n a l .

L a s recomendaciones del g r u p o de trabajo Intercepción f u e r o n a p l i ­cadas p o r etapas. U n bolet ín de prensa de l a Federal Aviation Agency, (FAA ) del 29 de agosto, fue e l p r i m e r e jemplo de lo que vendría después.

A p a r t i r de l 5 de septiembre todos los p i lo tos civiles que v o l a r a n entre M é x i c o y Estados U n i d o s tendrían que p r o p o r c i o n a r sus planes de v u e l o y t ransmit i r p o r r a d i o sus posiciones. A aquéllos que n o con­t a r a n con u n radiotransmisor se le pedía que aterr izaran en e l aero­p u e r t o norteamericano más cercano, y que presentaran u n a n o t a de l l egada . T a m b i é n se le pedía a los pi lotos que antes de que aban­d o n a r a n M é x i c o p r o p o r c i o n a r a n sus planes de vuelo i n d i c a n d o l a h o r a es t imada de sal ida, l a c u a l "deb ía tener lugar a c inco m i n u t o s de l a h o r a es t imada" , tendrían asimismo que dar indicaciones en cuanto a l a h o r a en que cruzarían l a f rontera y e l lugar p o r donde lo h a r í a n . 1 5

E n su p r i m e r a reunión el G r u p o de Acción también discutió l a p o s i b i l i d a d de p r o h i b i r a los menores de edad cruzar l a f rontera m e x i ­cana . A u n q u e a este respecto n o h u b o n i n g u n a recomendación, e l es­tado de C a l i f o r n i a h izo l o que las autoridades federales n o se atrevían a hacer, cuando el 3 de septiembre el gobernador R o n a l d R e a g a n f i rmó u n a ley que prohib ía a los adolescentes de ese estado cruzar l a f rontera s in u n permiso escrito de sus padres o s i n pasaporte. L a reac­c ión en M é x i c o fue m u y débil , como lo demuestra l a declaración d e l presidente m u n i c i p a l de T i j u a n a , Ernesto Pérez R u l l , q u i e n af i rmó q u e su c i u d a d no necesitaba a los jóvenes ca l i fornianos p o r q u e "úni ­camente crean p r o b l e m a s " . 1 6 L a a c t i t u d s i n embargo fue totalmente diferente cuando se p r o d u j o l a p r i m e r a descarga d e l g r u p o de acción Intercepción.

E l 28 de agosto se anunc ió que el Depar tamento de Defensa norte­amer icano declararía a T i j u a n a zona p r o h i b i d a p a r a todos los m i l i -tares. S igu iendo l a tónica d e l gob ierno de mantener u n velo de secreto e n torno a l b l o q u e o que se estaba p r e p a r a n d o ; e l a l m i r a n t e T h o m a s M o o r e , jefe de Operaciones Navales , señaló que

E n breve entrará en vigor la Operación Intercepción. Por lo tanto, y con base en las recomendaciones unánimes del grupo de acción y en coordi-

1 5 E l grupo de acción Intercepción discutió ampliamente cuál debía ser el papel del F A A en el combate aéreo contra el contrabando. M i n u t a s del grupo de Acción con fecha del 13 a l 20 de agosto de 1969, mimeografiado. E n cuanto a las regulaciones de vuelo v e r : " F A A adopts rules to combat f l ight hazards of aerial d r u g smuggl ing" , 29 de agosto de 1969, m i m e o . ; y " F A A proposes restraints on drug t ra f f i c " , Aviation Week and Space Technology3 18 de agosto de 1969, p . 112.

1 6 The News, 7 de septiembre de 1969.

Page 8: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

210 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

nación con las más altas autoridades gubernamentales, deseo que estén pre­parados para declarar a T i j u a n a , M é x i c o , zona p r o h i b i d a p a r a e l personal norteamericano durante cerca de 30 días, a par t i r d e l 15 de sept iembre . 1 7

L a " coordinac ión" a l a que se refería e l A l m i r a n t e M o o r e era u n a exageración p o r q u e t a n p r o n t o como se emit ió l a orden , e l Depar ta ­mento de Defensa l a rescindió, después de re f lex ionar u n poco y en­tonces ae í in ió esa m e d i d a s implemente como u n a " p o s i b i l i d a d " . H a ­ciendo caso omiso de las aclaraciones, l a m e d i d a era tan torpe como desatinada. L o s mexicanos reacc ionaron con a m a r g u r a y con aprehen­sión. E l jefe de l a policía, Car los Buent iempo* l a consideró u n i n s u l t o para l a c i u d a d y p a r a todo México y declaró: " N o creo que l a solu­ción a l p r o b l e m a de los narcóticos sea declarar a toda l a c i u d a d , a todo el estado o a todo e l país zona p r o h i b i d a " . C o n mayor exact i tud, u n f u n c i o n a r i o públ ico de l a c i u d a d de México señaló " E n ese caso, hubiéramos tenido que declarar zona p r o h i b i d a a L o s Angeles p o r q u e ahí hay más tráfico de drogas que en M é x i c o . " 1 S

Pero las críticas mexicanas palidecían frente a l a estridencia de las protestas que expresaron tres congresistas de C a l i f o r n i a . " E l Depar ­tamento de Defensa h a enviado a todos los comandos mil i tares y a las áreas adyacentes a l a f rontera m e x i c a n a instrucciones m u y extrañas" , decía e l representante L i o n e l V a n D e e r l i n . Añadía que u n c i v i l era responsable de u n a o r d e n que se oponía directamente a las recomen­daciones de los comandantes de l a M a r i n a , quienes p o r lo m i s m o esta­b a n " fur iosos" . R o b e r t L . Legett de l Comité de las Fuerzas A r m a d a s de l a Cámara de Representantes sugirió cáusticamente que si M é x i c o i b a a ser declarado zona p r o h i b i d a , ¿por qué n o hacer lo m i s m o c o n Puer to R i c o , Canadá, toda América de l Sur y T u r q u í a ? E l congresista* E d w a r d R o y b a l l situó l a acción que calificó de " o r d e n r i d i c u l a " en su contexto i n t e r n a c i o n a l correspondiente. A l responder a u n a pre­g u n t a respecto a l posible impacto que esa polít ica podría tener sobre México , R o y b a l l señaló:

M e sorprende que q u i e n quiera que sea el responsable de esta orden no haya t o m a d o en cuenta este prob lema. S i algo debe hacerse a lo largo de l a frontera, yo creo que debe hacerse conjuntamente con e l gobierno mexicano. L a s autoridades de ese país están tan preocupadas como nosotros a este respecto, y creo que hasta u n poco más. Si algo h a de hacerse con respecto a la frontera debe hacerse conjuntamente. E n este caso en par t i cu lar creo que no se consideró n i a M é x i c o n i a nadie más, aparentemente esto es obra de algún i n d i v i d u o que más que resul­tados busca encabezados en los per iódicos . 1 9

1 7 Rubén Salazar, " T i j u a n a put off limits to U . S . mi l i tary , then ban l i f t e d " , Los Angeles Times, 29 de agosto de 1969.

1 8 Ibid., y Los Ángeles Times, 14 de septiembre de 1969. 1 9 Congressional Record-House, 4 de septiembre de 1969, p p . 24398-24440.

Page 9: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIG 81 U N A POLÍTICA D E PRESIÓN INTERNACIONAL 211

P r o b a b l e m e n t e e l ca l i forn iano no se daba cuenta de lo acertado que era su diagnóstico. T a m p o c o se le consultó a México , pero es m u y p r o b a b l e que a los diplomáticos norteamericanos en l a embajada tam­poco se les h a y a advert ido de antemano que se aplicarían las restricciones m i l i t a r e s m e n c i o n a d a s . 2 0 T a m b i é n es pos ib le que l a decisión, o p o r l o menos e l m o m e n t o en que se tomó, h a y a n sido e l resultado de u n a p u r a confusión a d m i n i s t r a t i v a . 2 1 A l a inversa, es posible que el G r u p o de Acción Intercepción haya mostrado g r a n astucia en el cálculo tanto de l a o r d e n como de su i n m e d i a t a cancelación. E l representante de San D i e g o , B o b W i l s o n , l a l lamó " u n botón de muestra" , u n a advertencia p a r a los func ionar ios mexicanos que no se preocupaban lo suficiente p o r e l tráfico de drogas . 2 2 L a preocupación a l a que se refería W i l s o n se manifestó de i n m e d i a t o a los niveles más elevados.

E l narcotráfico mexicano fue e l tema p r i n c i p a l de l a discusión entre G u s t a v o Díaz O r d a z y R i c h a r d N i x o n que tuvo lugar en la reunión d e l 8 de septiembre, l a cual se celebró a l término de las ceremonias de inauguración de l a Presa de l a A m i s t a d en l a frontera entre T e x a s y C o a h u i l a . N i x o n calificó l a mas iva construcción, cuyo costo hab ía s ido de 78 m i l l o n e s de dólares, de test imonio " d e l espíritu de enten­d i m i e n t o y de cooperación" prevaleciente entre las dos naciones. " C o n l a inauguración de esta presa" , declaró, " t a m b i é n nos comprometemos a l a promoción de u n a amis tad i d e a l . " 2 3

E l reciente faux pas de l a zona de prohibic ión i n t r o d u j o cierta i n ­c o m o d i d a d en l a reunión con Díaz O r d a z , 2 4 cuando N i x o n hizo h inca­pié en l a necesidad de que en el l ado mex icano se incrementaran las acciones destinadas a atacar e l c u l t i v o y e l tráfico de drogas. Pero ta l vez l o más i m p o r t a n t e fue que los dos presidentes discut ieran el aumento de operaciones en el lado norteamericano. D e hecho, también h a b l a r o n e n términos m u y generales de l a m u y secreta Operac ión Intercepción. P e r o este secreto " t a n estrechamente g u a r d a d o " ya n o era n i tan se-

2 0 E n u n a entrevista con u n funcionario norteamericano del área de narco­tráficos en l a c iudad de México, éste señaló: " H a s t a donde yo sé aquí nadie sabía n a d a hasta que sucedió". Entrevista en l a embajada de Estados Unidos de México, 12 de ju l io de 1973. V e r también Salazar, Los Angeles Times, 29 de agosto de 1969, que recibió u n a respuesta similar por parte de los empleados consulares en T i juana.

2 1 Posteriormente Kleindienst calificó el anuncio de "desafortunado boletín de l a M a r i n a " , pero insistió en que no se había llegado a una decisión def ini t iva en cuanto a declarar las ciudades fronterizas zona prohibida . V e r : R o n a l d Ostrow, " U . S . reveáis plans for turning youths f rom use of m a r i j u a n a " , Los Angeles Times, 14 de septiembre de 1969.

2 2 San Diego Union, 5 de septiembre de 1969. 2 3 Robert B . Semple, Jr. , " B i g d a m dedicated by N i x o n and Díaz" , New York

Times, 9 de septiembre de 1969. 2 4 E l término faux pas es de E g i l K r o u g h , Consejero Suplente del presidente

N i x o n , personaje estrechamente v inculado con el programa de ley y orden del gobierno. V e r E d w a r d Jay Epstein, " T h e K r o u g h F i l e — the politics of law an o r d e r " , The Public Interest, núm. 39, pr imavera de 1975, p . 114.

Page 10: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

212 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

creto n i estaba tan estrechamente guardado. A l día siguiente l a p r i ­mera p l a n a de l periódico más importante de Estados U n i d o s daba detalles acerca de l a "operación de inspección y captura más grande que se haya real izado en t iempo de paz en el país bajo l a dirección de autoridades c iv i les . " 2 5

L a f i l tración a l a prensa fue u n a desilusión p a r a u n f u n c i o n a r i o de alto n i v e l : " C u a n d o in ic iemos nuestra acción n o habrá u n solo avión en el c ielo. Parece que toda l a operación h a fracasado". U n o de los grandes periódicos ca l i fornianos se hacía eco de esta que ja de manera s imi lar .

Los agentes de la ley han perdido la oportunidad de asestar un golpe sor­presivo al contrabando aéreo de mariguana proveniente de México —gracias a los traspiés de altos funcionarios de los Departamentos de Justicia y del Tesoro en Washington. 2 6

S i n embargo, aparentemente esos críticos n o habían entendido l a intención d e l gobierno . E l 13 de septiembre K l e i n d i e n s t explicó e l b lo­queo que se preparaba . "Esas declaraciones ref le jan u n a fa l ta total de comprensión de l o que es este p r o g r a m a " , d i jo , "Después de todo, nuestro objet ivo es r e d u c i r y e l i m i n a r el contrabando a Estados U n i d o s y, en úl t ima instancia , contro lar lo e n l a fuente m i s m a de or igen, erra­dicando en México , l a producción de m a r i g u a n a y de amapolas . " 2 7

Más adelante K l e i n d i e n s t reveló que ya estaban en func ionamiento varios de los puntos de l programa. L a M a r i n a y l a G u a r d i a Costera ya hab ían designado barcos y hombres p a r a seguir a las embarcaciones pequeñas. T o d a l a operación estaba siendo c o o r d i n a d a p o r los puestos de m a n d o de L o s Angeles y H o u s t o n . E n breve entrar ían en operación aviones de persecusión, así como las más estrictas regulaciones de l a F A A . D e m a n e r a que, de acuerdo con l a administración y con las p r i n ­cipales publ icac iones periódicas, en breve empezaría a f u n c i o n a r l a "a l tamente c o n f i d e n c i a l " g r a n t r a m p a antidrogas. Pero e l m o m e n t o aún n o h a b í a l legado, p o r q u e u n p r o g r a m a masivo de esa naturaleza n o podía lanzarse s i n antes someter a p r u e b a su potencia l .

Después de i n f o r m a r a u n g r u p o selecto de legisladores acerca de l a naturaleza d e l p r o y e c t o , 2 8 los directores de Intercepción procedieron

2 5 Félix Belair, Jr., "México is asked to help combat drug smuggling", New York Times, 9 de septiembre de 1969. Nótese sin embargo, que la revelación no fue una exclusiva del Times. Ver por ejemplo: Charles Cook, "President have discussion concerning border problems", Del Rio News Herald, 9 de septiembre de 1969.

2 6 Los Angeles Times, "Editorial", 11 de septiembre de 1969. 2 7 Belair, " U . S . Officiais hope that drive at Mexican border will reduce use

of marijuana", New York Times, 14 de septiembre de 1969. 2 8 De acuerdo con las recomendaciones del Grupo de Acción Intercepción, el

14 de septiembre se discutió el plan en Washington con algunos congresistas en El Paso Times} 23 de septiembre de 1969.

Page 11: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIC 81 U N A POLÍTICA D E PRESIÓN INTERNACIONAL 213

a p r o b a r l o en varios puntos de entrada. L o s pr imeros ensayos t u v i e r o n l u g a r el sábado 13 de septiembre en B r o w r i s v i l l e y E l Paso, y a par t i r de entonces c o n t i n u a r o n de manera intermitente . S i n embargo, l a ver­d a d e r a p r u e b a de l potenc ia l de Intercepción tuvo lugar a l sur de San D i e g o cuando, en las tempranas horas de l 18 de septiembre, en ambos lados de l a f rontera se p r o d u j o u n a pequeña muestra de lo que podía esperarse. L a escrupulosa inspección de cada vehículo que c i rcu laba entre las 6.00 y las 7.30 horas de l a m a ñ a n a p r o d u j o en T i j u a n a u n e m b o t e l l a m i e n t o de cuatro horas y de casi c inco kilómetros. A pesar de su m u y breve duración, f u e r o n necesarias otras tres horas para dispersar e l congestionamiento, lo anter ior provocó que miles de m e x i ­canos l l egaran tarde a l lado norteamericano a trabajar, y de manera u n tanto profét ica no se capturó droga a lguna . A l a pregunta "¿Su­p o n g a que l a gente tarda de ocho a seis horas e n cruzar l a frontera?" E u g e n e Rossides, f u t u r o coordinador de l a operación respondió, " P u e d e q u e tarden de seis a ocho horas ." 2 9

P a r a responder a las demás preguntas K l e i n d i e n s t reiteró los dos objet ivos de l p r o g r a m a : P r i m e r o , e l precio de l a m a r i g u a n a se elevaría a niveles fuera de l alcance de los jóvenes af ic ionados. Segundo, "es­peramos obtener e l apoyo de l gobierno m e x i c a n o en este esfuerzo por detectar los orígenes de l a d r o g a " . E l P r o c u r a d o r G e n e r a l Asistente repi t ió que durante las pláticas que se hab ían real izado en México e n e l mes de j u n i o , los funcionar ios mexicanos le habían asegurado q u e apoyarían el p l a n . Se pensaba que en e l mes de enero podría celebrarse u n a reunión s i m i l a r en W a s h i n g t o n . " E s t a vez" , según u n a fuente "se espera que los func ionar ios mexicanos h a y a n visto los es­fuerzos que los Departamentos de J u s t i c i a y d e l T e s o r o de Estados U n i d o s están dispuestos a real izar c o n ta l de desart icular el comercio de m a r i g u a n a . " 3 0

La operación intercepción

E l d o m i n g o 21 dé septiembre de 1969 en l a tarde, exactamente a las 14.30 horas, h o r a d e l Pacíf ico, se lanzó " l a m a y o r y más a m p l i a acción que jamás se haya m o n t a d o " . E l bolet ín de prensa de l Depar­tamento d e l Tesoro , señalaba que se hab ía m a n t e n i d o a l gobierno m e x i c a n o " p l e n a m e n t e i n f o r m a d o " de l a operación, a l a cual calificó de "esfuerzo c o o r d i n a d o " que abarcaba los recursos de aplicación de l a ley de varias ramas de l gobierno federal . E l esfuerzo suponía l a v i g i l a n c i a in tens i f i cada de t ierra, m a r y aire a lo largo de cerca de seis m i l ki lómetros de frontera c o n M é x i c o y se mantendr ía " p o r u n período

2 9 D i a l Torgerson, "Border narcotics check backs autos 3V2 miles into T i j u a n a " , Los Angeles Times, 19 de septiembre de 1969.

3 0 Ibid.

Page 12: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

214 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

i n d e f i n i d o ' ' . 3 1 C u a n d o los conductores de vehículos, los peatones y los pasajeros de las líneas aéreas se a p r o x i m a b a n a los puestos de revisión de t re inta y u n a entradas y de veintisiete terminales aéreas, se le p r o p o r c i o n a b a u n panf leto en inglés y en español que expl i caba lo que les esperaba. L a O f i c i n a de A d u a n a s enfat izaba l a intención de l a Operación Intercepción de atrapar " a l m a l h e c h o r " , pero advertía a l mismo t i empo que " e l via jero inocente podía sufr i r retrasos o moles­tias". Cier tamente los retrasos y las molestias e r a n muchos . T o d o y todos, independientemente de su posición o n a c i o n a l i d a d , eran escru­pulosamente registrados.

T a n minuciosas y constantes inspecciones h u b i e r a n sido imposibles s in l a adición de más personal y de largas horas de trabajo. U n a b u e n a parte d e l tota l de los dos m i l hombres y mujeres que p a r t i c i p a r o n en l a Operac ión estaba concentrada en el proceso de inspección. E l per­sonal de cada aeropuerto y de cada cruce fronter izo aumentó con agen­tes que enviaba l a O f i c i n a de A d u a n a s , e l Servicio de Inmigración y Naturalización y l a O f i c i n a de Narcóticos y Estupefacientes de lugares tan lejanos como F l o r i d a y M i c h i g a n . 3 2

F u e r o n inspeccionados más de 4 m i l l o n e s y m e d i o de personas y sus pertenencias. Se revisaron vehículos, sus partes, equipaje personal , bolsas de m a n o , l ibros , loncheras, sacos, juguetes y e n ocasiones hasta blusas y peinados. D u r a n t e l a p r i m e r a semana de Intercepción 1 873 per­sonas que cruzaron l a frontera f u e r o n revisadas hasta tres veces y a a l ­gunas de ellas se le pidió inc lus ive que se desvistieran. N a d i e estaba a salvo, diplomáticos y personal consular, sus hi jos , sus pertenencias y en ocasiones hasta l a v a l i j a diplomática. " N o se puede i m a g i n a r e l p r o b l e m a que era l l evar a los niños d e l otro l ado de l a frontera y re­gresarlos", a f i r m a b a u n diplomático norteamericano e n N u e v o L a r e d o . " M i s amigos l l egaron a revisar inc lus ive e l oso de peluche de m i h i j a . " 3 3

Además de tan meticulosas inspecciones de i n d i v i d u o s y vehículos se ampl ió e l uso d e l radar , l a aviación de al ta v e l o c i d a d y los barcos patrul leros . Se p u s i e r o n e n operación veintitrés instalaciones de radar a lo largo de l a frontera . E n teoría u n "sistema de relevos" debía pasar los vuelos no registrados de u n a u n i d a d a o t ra de radar p a r a por úl t imo transmit i r los a aviones de t ipo persecución, los cuales a su vez obl igarían a l avión contrabandista a aterrizar o lo seguirían

3 1 Boletín noticioso del Departamento del Tesoro, 21 de septiembre de 1969, mimeo.

3 2 N o obstante, esto no significa que el aumento en el número de inspectores fuera adecuado. E l representante R i c h a r d G . W h i t e se quejaba de que Washington hubiera añadido únicamente veinticinco inspectores aduanales en el cruce de E l Paso y af i rmaba que Kle indienst había prometido más. El Paso Times, 23 de sep­tiembre de 1969.

3 3 Entrevista en el Consulado norteamericano de N u e v o Laredo, 12 de ju l io de 1971.

Page 13: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIG 81 U N A POLÍTICA DE PRESIÓN INTERNACIONAL 215

hasta el p u n t o de aterrizaje. E n l a práctica l a estrategia falló, en más de u n a ocasión p o r q u e el e q u i p o de comunicaciones era obsoleto o p o r l a fa l ta de e q u i p o adecuado de aviones de persecución. M u c h o s de los aviones eran rentados o prestados y no contaban c o n e l t ipo de radar q u e se requer ía para el rastreo. E n más de u n caso e l radar de t ierra loca l izaba u n avión que atravesaba l a frontera , pero perdía contacto c u a n d o e l avión descendía p o r abajo de las cimas de las montañas o se i n t e r n a b a en cañones . 3 4 D e manera p o r demás extraña, o ta l vez lógicamente dado que había rec ib ido g r a n p u b l i c i d a d , el brazo aéreo de Intercepción se apuntó únicamente u n a captura importante , e l 19 de septiembre, dos días antes de l a inauguración o f i c i a l d e l proyecto.

Además d e l personal de dos m i l elementos, de l a intensificación de las inspecciones, y de l a v i g i l a n c i a p o r aire y mar , Intercepción también supuso e l gasto de grandes cantidades de fondos federales. D u r a n t e las casi tres semanas que duró, e l p r o g r a m a costó a los con­tribuyentes norteamericanos cerca de 30 m i l l o n e s de dólares. Pos­ter iormente e l D i r e c t o r de l a O f i c i n a de Narcóticos y Estupefacientes J o h n In terso i l confesaría: " N o hubiéramos p o d i d o mantener p o r m u ­cho t iempo l a o p e r a c i ó n . . . e l costo era t r e m e n d o / ' 3 5 S i n embargo, éste es u n p r o b l e m a relat ivo, p a r a juzgar desde e l p u n t o de vista f inanc iero cada p r o g r a m a de gasto g u b e r n a m e n t a l hay que ver lo en términos de sus logros. Aparentemente e l ob jet ivo de l a Operación Intercepción era capturar las drogas que i n t e n t a b a n cruzar l a f rontera desde México . A este respecto e l balance f i n a l fue e l s iguiente: 22.38 k g de peyote, 20 ce de m o r f i n a , 7.5 gramos de cocaína, 1 k g 603 gramos de heroína, 58 ce de demora l , 83 p i ldoras de codeína, 100 tabletas de per-codán, 29 k g de hashih , 1 493 kgs de m a r i g u a n a y u n a tableta de m o r f i n a . V i s t o en términos comparativos, A d u a n a s capturó u n pro-m e d i o de 18.6 kgs de m a r i g u a n a p o r día a l o largo de l a f rontera e n 1968. D u r a n t e los veinte días que duró l a Operac ión Intercepción, f u e r o n capturados 1 943 kgs, o sea u n p r o m e d i o de 59 kgs d i a r i o s . 3 6

D e manera que el costo a p r o x i m a d o p o r u n poco menos de tres k i los de m a r i g u a n a confiscada durante l a m a n i o b r a fue de 9 370 dólares.

S i se ana l iza exclusivamente con base en las drogas confiscadas, l a Operación Intercepción desde luego que n o valió n i e l costo n i e l esfuerzo que implicó. S i n embargo las capturas eran l o menos i m p o r -

3 4 Belair , " O p e r a t i o n Intercept: Success on land , fut i l i ty i n trie a i r " , New York Times, 2 de octubre de 1969. Las observaciones de Belair fueron confirmadas durante la entrevista que el autor realizó en 1971 en l a frontera. Nadie sabe realmente cuántos aviones sin registro cruzaron la frontera durante la operación, n i cuántos de ellos l levaban contrabando.

3 5 U.S. News and World Report, 25 de mayo de 1972, p. 25. 36 V e r : A n d r e w Makaruska , " T r a f f i c about average", San Diego Union, 14 de

octubre de 1969; y R i c h a r d G . Schroeder, The Politics of Drugs: Marijuana to Mainlining. Washington Gongressional Quarter ly Inc. , 1975, p. 128.

Page 14: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

216 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

tante. L o s objetivos pr inc ipales eran i m p r e s i o n a r a l públ ico con l a "guerra ant idrogas" que l levaba a cabo l a administración y " p o n e r a trabajar a los mexicanos, para que realmente se lanzaran contra e l cul t ivo y e l tráfico de d r o g a s " . 3 7 Estos eran los objetivos que perseguían los procedimientos de inspección tan meticulosos que l l evaban a cabo los agentes fronterizos.

L a r u t i n a d i a r i a de las ciudades fronterizas mexicanas se v i o r a d i ­calmente al terada p o r los embotel lamientos masivos que estuvieron a l a o r d e n d e l día. D u r a n t e l a etapa i n i c i a l de Intercepción las hi leras de coches se extendían por kilómetros, los radiadores hervían, el m a l h u m o r cundía, y los turistas se enfurecían cuando se veían obl igados a esperar hasta seis horas p a r a pasar l a aduana . M i l e s de compradores mexicanos, de turistas, de escolares, de estudiantes universi tar ios y de trabajadores de "tar jeta verde" que trataban de cruzar l a frontera, l le ­gaban tarde o s implemente se q u e d a b a n en casa. A l p r i n c i p i o Inter­cepción logró e l objet ivo deseado, convert i r a las bul l ic iosas ciudades fronterizas en ciudades fantasmas.

C u a n d o se corrió l a voz de l o que Intercepción s igni f icaba en tér­minos de retrasos interminables , miles de turistas americanos desis­t ieron de sus planes de viaje, las ventas y las reservaciones de hote l d i s m i n u y e r o n de l 40 a l 70 p o r ciento. L a s reacciones en l a frontera m e x i c a n a f u e r o n cínicas y cáusticas. E l D i r e c t o r de T u r i s m o de B a j a C a l i f o r n i a decía: " E s su país, usted puede hacer l o que quiera . Pero contro len e l p r o b l e m a de l a m a r i g u a n a de otra m a n e r a . " E l gobernador de C h i h u a h u a calificó l a Operación Intercepción de " i n e f i c a z " en tér­minos de disuasivo d e l tráfico de drogas, a f i r m a n d o que c o n e l la n o se lograría pres ionar a l gobierno mex icano p a r a que se sumara a esta campaña antidrogas, según d i j o : " P u e d e n hacer l o que quieran , pero con presiones no lograrán n a d a . " E l e d i t o r i a l de u n periódico conser­vador de T i j u a n a a f i r m a b a at inadamente : " N o hay que ser m u y listo para darse cuenta de que el verdadero ob je t ivo de l p l a n pres idencial es crear u n a situación económica insoportable en las ciudades m e x i ­canas, p a r a ob l igar a l gobierno de este país a hacer algo que hasta ahora se h a negado a hacer ." 3 8

C o m o represal ia , empresarios, líderes sindicales y estudiantes m e x i ­canos l a n z a r o n l a Operación D i g n i d a d , que consistía en u n a campaña de " c o m p r e en M é x i c o " , que pretendía de m a n e r a indirec ta obl igar a l a administración de N i x o n a que m o d i f i c a r a o a que pusiera f i n a l a Operación Intercepción. L a contraofensiva m e x i c a n a se pospuso en

3 7 Según lo expresó u n funcionario muy respetado del Servicio de Inmigración y Naturalización que fue entrevistado en E l Paso el 14 de jul io de 1971.

38 V e r : Torgerson "Cheks cripple border tourism, trade but f i n d no mari juana ' 5 . Los Angeles Times, 23 de septiembre de 1969. Despacho de la Associated Press, en la c i u d a d de México, 25 de septiembre de 1969, m i m e o . ; y editorial de El Mexicano, de Tijuana, 6 de octubre de 1969.

Page 15: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIC 81 U N A P O L Í T I C A D E PRESIÓN INTERNACIONAL 217

dos ocasiones, y se aplicó f ina lmente a p a r t i r de l l o . de octubre. Según e l presidente de l a Cámara N a c i o n a l de C o m e r c i o este "acto de legíti­m a defensa de nuestro p u e b l o ante l a humil lac ión" fue dec id ido p a r a responder a l " e q u i v o c a d o esfuerzo cuyo objet ivo es provocar más que u n resultado práct ico u n efecto espectacular en l a opinión públ ica nor teamer icana . " 3 9 A di ferenc ia de Intercepción este e jemplo de " m e x i -c a n i s m o " n u n c a entró realmente en vigor . A pesar de l a a m p l i a p u b l i ­c i d a d que se le d i o y de los esfuerzos de l a Cámara de C o m e r c i o , las diecisiete f i l ia les fronterizas n o lograron ponerse de acuerdo en u n p l a n de acción con junta . L a mayoría de las cámaras de B a j a C a l i f o r n i a y de Sonora s implemente se negaron a apoyar la . A u n en C i u d a d Juárez , donde se encontraban los cuarteles generales de l a operación, e l apoyo fue t i b i o , y p o r su parte las Cámaras de B r o w n s v i l l e y de M a ­tamoros r e s p o n d i e r o n c o n l o que se l lamó l a "Operación--AmistaxT. A pesar de los editoriales que a f i r m a b a n l o contrar io , l a Operac ión D i g n i d a d fracasó y n o p u d o material izarse en p r i m e r lugar p o r q u e los mexicanos se negaron a quedarse en casa. A c o s t u m b r a d o s como estaban a c o m p r a r y a trabajar d e l otro l a d o de l a frontera , s igu ieron haciéndolo a pesar de las inconveniencias que suponía Intercepción, y de las súplicas de sus compatr io tas . 4 0

A u n q u e en g r a n m e d i d a ineficaz, l a Operación D i g n i d a d constituyó u n a impor tante reacción simbólica de parte de m u c h o s mexicanos, part iculares y públicos. M á s que u n a protesta económica, de hecho ref le jaba l a creciente frustración que causaban las h u m i l l a c i o n e s que sufrían los mexicanos que se veían sometidos a los procedimientos de Intercepción. U n a vez que se superó e l golpe i n i c i a l que causó e n términos económicos los mexicanos " q u e son tan orgul losos" a d o p t a r o n u n a nueva perspectiva p a r a sus protestas. A p a r t i r de entonces empezó a decirse que todas las inspecciones de Intercepción part ían de l a base de que los mexicanos e ran " c r i m i n a l e s " , " t raf icantes" y "drogadic tos" . E L p r o y e c t o todo adquir ió tonos "racistas", era u n a "a f renta u l t r a ­jante contra l a d i g n i d a d h u m a n a " , u n " m u r o de B e r l í n " . H a s t a e l n o m b r e de su director , " H e r r K l i e n d i e n s t " era de or igen ar io . L o s m e x i ­canos se que jaban de que a N i x o n , como a ningún presidente r e p u ­b l i c a n o a excepción de Eisenhower , tampoco le gustaban los lat inos en general y los mexicanos en p a r t i c u l a r . Él en lo personal rechazaba a los mexicanos p o r q u e en " C a l i f o r n i a los mexicano-norteamericanos v o t a n por e l P a r t i d o Demócra ta" . L a Operación Intercepción era cal i ­f i cada de " g o l p e a l h ígado" , era el " c l i m a x de todos los males" , el paso lógico después de las restricciones impuestas a l l i c o r mexicano , a las

3 9 Excélsior, 3 de octubre de 1969. 4 0 The News, 2 de octubre de 1969, Ramón Vi l la lobos , " O p e r a t i o n D i g n i t y

starts s low", El Paso Times, 3 de octubre de 1969; y Department of State, Tele-gram, T i juana , 3 de octubre de 1969, mimeo.

Page 16: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

218 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

visas, a l algodón y a los j i tomates. T o d a s estas medidas estaban siendo diseñadas en W a s h i n g t o n p o r a l g u i e n cuyo propósito era " h e r i r a M é x i c o y a los m e x i c a n o s . " 4 1 Esos sentimientos f lo taron en e l am­biente aún m u c h o t iempo después de que l a operación había l legado a su f i n .

No creo que usted ni ningún otro norteamericano se hayan dado cuenta del impacto que causó la llamada "Operación Intercepción" en el pueblo de México , o en su psique. E n mi opinión el efecto sorpresa que tuvo sólo puede compararse al que causó el asesinato de Kennedy. Toda esa cuestión es un asunto muy quisquilloso, tan penoso para la mayoría de los mexicanos que literalmente evitan discutirlo. Tendrá que pasar mucho tiempo antes de que podamos discutirlo objetivamente.4 2

U n p r o m i n e n t e per iodista norteamericano que había sido enviado a M é x i c o durante Intercepción sufrió personalmente las consecuencias d e l resent imiento mexicano . " T o d o ese asunto s ignif icaba muchas y m u y diferentes cosas para diferentes gentes", señalaba Charles G r e e n , director de l a O f i c i n a de Associated Press en l a c i u d a d de México , " p e r o p a r a mí en lo par t i cu lar , significó l a pérdida de muchos amigos mexicanos , algunos de los cuales todavía n o l o superan . " 4 3 T a m b i é n tendría que pasar m u c h o t iempo antes de que m u c h o s norteamericanos, especialmente comerciantes de l a zona fronter iza , superaran l a O p e r a ­ción Intercepción.

L a reacción norteamericana n o o f i c i a l a l proyecto fue mezclada. Intercepción tenía sus defensores y sus detractores, pero había u n a g r a n mayoría en u n a posición i n t e r m e d i a . L a m a y o r parte de los c i u ­dadanos de l a f rontera apoyaban e l ob jet ivo enunc iado , pero se oponían a los medios que se u t i l i z a b a n p a r a lograr lo . E j e m p l o típico de este enfoque i n t e r m e d i o lo ofrecían los empresarios y los políticos de l a zona que , más que nada, se l a m e n t a b a n d e l impacto económico que Intercepción acarreaba en el l ado norteamer icano.

E l b l o q u e o masivo puso en apuros a los comerciantes. ¿Cómo podían oponerse a él? A p o y a r Intercepción era como apoyar l a m a t e r n i d a d , pero esta matr iarca en p a r t i c u l a r también los p r i v a b a de empleados y de ventas por mi l lones de dólares. L a s inspecciones y las hi leras i n t e r m i n a b l e s obstacul izaban el tur i smo fronter izo, a l mismo t i empo que reducían e l f lu jo de compradores mexicanos hacia las ciudades fronterizas de Estados U n i d o s . Según u n empleado consular norte-

4 1 Estos comentarios aparecieron en l a prensa mexicana, y en los despachos del Departamento de Estado, así como en entrevistas personales.

4 2 Entrevistas con el Secretario de la Presidencia, c iudad ele México, 4 de junio de 1973.

4 3 Entrevista en la agencia de Associated Press, c iudad de México, 3 de ju l io de 1973.

Page 17: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIC 81 U N A POLÍTICA D E PRESIÓN INTERNACIONAL 219

amer icano , " los arquitectos de l a Operac ión Intercepción se o l v i d a r o n de u n detal le m u y importante , que esta m a l d i t a f rontera tiene dos l a d o s / ' 4 4

T r a d i c i o n a l m e n t e e l 70 p o r ciento de las ventas de comunidades c o m o l a de B r o w n s v i l l e , Eagle Pass, L a r e d o , Nogales y C a l e x i c o son de mexicanos que cruzan l a f rontera . A u n los inmensos complejos turísticos de E l P a s o - C i u d a d Juárez y San D i e g o - T i j u a n a son ent ida­des m u t u a m e n t e dependientes en muchos aspectos. P o r e jemplo, se es t ima que e n 1968 los mexicanos gastaron n a d a más en el condado de S a n D i e g o cerca de 94.4 m i l l o n e s de dólares; y en 1964 las expor­taciones de mercancías de l d is t r i to a d u a n a l 25, que i n c l u y e los con­dados de San D i e g o e I m p e r i a l , a lcanzaron u n total de 88.7 m i l l o n e s de dólares . 4 5

C a l e x i c o , C a l i f o r n i a , representa u n excelente e j emplo de l a depen­d e n c i a económica en que se encuentran muchas pequeñas ciudades fronterizas norteamericanas. E n 1969 M e x i c a l i tenía u n a poblac ión de 500 m i l habitantes mientras que C a l e x i c o tenía apenas diez m i l . L a to­t a l i d a d de l a población de l condado I m p e r i a l n o superaba los 80 m i l habitantes . P e r o a pesar de esas diferencias de población, el gasto de los mexicanos en esa c i u d a d estaba estimado en 4 m i l l o n e s de dólares a l mes antes de Intercepción, mientras que los norteamericanos n o gastaban más de dos m i l l o n e s de dólares en el área de M e x i c a l i . Este sa ldo favorable de dos mi l lones , así como los empresarios norteameri ­canos, se v i e r o n seriamente perturbados p o r In tercepc ión . 4 6 S u res­puesta fue i n m e d i a t a y estuvo b i e n coordinada .

L a m u y i n f l u y e n t e Asociación de Ciudades Fronter izas México-Estados U n i d o s señaló que "muchas de las af irmaciones de l reporte d e l G r u p o de Acción hacen difícil creer que nadie haya p o d i d o reco­m e n d a r l a ta l Operac ión Intercepción" , y a l hacerlo sentó u n pre­cedente que seguiría l a c o m u n i d a d empresar ia l . R e c o m e n d a b a a sus m i e m b r o s que t ransmi t ie ran " a sus representantes, a sus senadores, a sus gobernadores y a sus a lcaldes" su apoyo a las conclusiones y a las recomendaciones d e l G r u p o de Acción. " S i n embargo, Intercepción debe ser m o d i f i c a d a de m a n e r a que las consecuencias que pueda tener p a r a l a población f ronter iza sean equivalentes a l a eficacia de l a opera-

4 4 Entrevista en C i u d a d Juárez, 14 de ju l io de 1971. 4 5 C a r t a del ayudante del gobernador de Ca l i forn ia , E d Reinecke a Eugene

Rossides con fecha del 19 de noviembre de 1969, mimeo. 4 6 Airgram del Departamento de Estado, M e x i c a l i 7 de octubre de 1969,

A l R . W i c h t h i c h , vicepresidente ejecutivo de l a Cámara A m e r i c a n a de Comercio en México, estimaba en 500 m i l dólares diarios las pérdidas provocadas por Inter­cepción a lo largo del lado americano de l a frontera, u n total aproximado de 10 millones en u n lapso de veinte días. Los empresarios mexicanos estimaron en 400 m i l dólares diarios sus propias pérdidas, o sea ocho millones de dólares. Memorándum, c i u d a d de México, con fecha del 27 de octubre de 1969, mimeo.

Page 18: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

2 2 0 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

c ión . " S i fuera necesario el proyecto debía " l i m i t a r s e a los puntos de revis ión." 4 7

M u c h o s fueron los políticos de los estados fronterizos y de l i n t e r i o r que se u n i e r o n a las organizaciones empresariales y cívicas e n sus críticas a l proyecto. E l objet ivo de sus ataques eran las l imi tac iones económicas y diplomáticas de l a operación, cuya denunc ia fue c r u c i a l para l a cancelación f i n a l de Intercepción. Es " c u a n d o m u c h o u n p a l i a ­t i v o " decía H e n r y González, el representante de Texas . " P u e d e que sea espectacular, pero a largo plazo . . . se necesita algo más que razias periódicas en gran escala, que es en lo que esencialmente consiste Operac ión Intercepción." E l 30 de septiembre, u n a semana después, González calificó Intercepción de "absurda , de hecho es u n a necedad. " González pensaba que su verdadera intención " n o parece haber s ido capturar a u n contrabandista o traficante en par t icular , sino n a d a más hostigar, i n t i m i d a r . " C o m o a l g u i e n que m u c h o había trabajado en e l me joramiento de las relaciones entre las dos naciones, González af ir­m a b a : " N o podemos, no debemos, destruir o desequi l ibrar l o que hemos logrado a través de l a conf ianza y e l entendimiento m u t u o s . " 4 8

E l alcalde de B r o w n s v i l l e , A n t o n i o González, aseguraba a l gober­n a d o r de Texas que " n o estamos de n i n g u n a manera en contra de l a erradicación total de l tráfico de m a r i g u a n a y drogas ilegales", y escri­b í a que en el caso de Intercepción, " e l t ra tamiento matará a l paciente, p o r q u e estamos generando demasiada m a l a v o l u n t a d y estamos siendo m u y cri t icados por m u c h a gente con l a que nos hemos esforzado m u ­cho p o r entendernos." E l i m p a c t o económico de Intercepción h a sido tan "severo" , cont inuaba , que " l a Comisión de l a C i u d a d me ha g i r a d o instrucciones para que le solicite yo a usted que la c o m u n i d a d de B r o w n s v i l l e sea declarada zona de desastre e c o n ó m i c o . " 4 9

E l presidente del poderoso Comité de Relaciones Exteriores d e l Senado, W i l i i a m F u l l b r i g h t , concluía que el proyecto se había des­v i a d o p o r q u e los burócratas que lo hab ían elaborado estaban " d e m a ­siado aleja, ios" del escenario que pretendían controlar . E l Senador p o r H a w a i , D a n i e l I i iouye, describió l a m a n i o b r a como " l a peor torpeza diplomática de l a década. E l presidente "debería a d m i t i r que se h a equivocado y debemos disculparnos públ icamente con M é x i c o . " 5 0 E l Se­n a d o r por Texas , R a l p h Y a r b o r o u g h , sugirió que se cambiara el n o m -

4 7 C a r t a a D o n a l d W . Helmberg , secretario de l a Asociación de Ciudades Fronterizas en Estados Unidos y México a los miembros de l a asociación con fecha de 24 de noviembre de 1969, mimeo.

4 8 Congressional Record-House, 23 de septiembre de 1969, p. 26651; Torgerson, " M a s s protest set i n Juárez against border drug check". Los Angeles Times, 30 de septiembre de 1969; y Congressional Record-House, p . 8729.

4 9 C a r t a de Antonio González a l honorable Preston Smith con fecha del 26 de septiembre de 1969, mimeo.

5 0 F . Fernández Ponte, " L o s burócratas fueron demasiado lejos", Excélsior3

3 de octubre de 1969; y El Paso Times, 5 de octubre de 1969.

Page 19: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIC 81 U N A POLÍTICA D E PRESIÓN INTERNACIONAL 221

b r e a l proyecto y se le l l a m a r a " O p e r a c i ó n I n e p t i t u d " , cuyo resultado, d i j o , atest iguan los miles de dólares que h a p e r d i d o e l comercio. " L a s amistades dañadas, l a tensión en las relaciones con u n b u e n vec ino , y todo esto frente a resultados cada vez más dudosos respecto a l pro­pósi to e n u n c i a d o de l a operación." ,

Después de todo, señor presidente, cuando usted le dice a alguien, " V a m o s a preparar algo p a r a atrapar contrabandistas" , los contrabandistas de jan de operar . M e recuerda l a operación d e l Secretario d e l Inter ior cuando anunció que i b a a F l o r i d a a atrapar a los cazadores furtivos de cocodrilos. L o s caza­dores furt ivos de cocodrilos se escabulleron y fueron a misa esa semana, cosa que probablemente no habían hecho en a ñ o s . 5 1

E l j u i c i o de u n o de los m i e m b r o s d e l m i s m o par t ido de l presidente fue igua lmente duro . E l Senador p o r A r i z o n a , B a r r y G o l d w a t e r admit ió q u e " e l Congreso tiene parte de c u l p a e n esta vergüenza" que era Inter­cepción.

Intercepción es u n e jemplo de cómo burócratas y legisladores s in visión pueden destruir muchos años de esfuerzo tendiente a lograr relaciones inter­americanas cordiales. U n error c o m o éste basta p a r a destruir algo tan her­moso que tantos años h a costado. E l h o m b r e que lo ordenó debe ser u n retrasado m e n t a l . 5 2

A u n q u e esta af irmación sea mater ia de discusión, los arquitectos de l a Operac ión Intercepción n o eran deficientes mentales: su prec ip i ta ­c i ó n p o r obtener resultados inmediatos y espectaculares s implemente les impidió tener u n a visión adecuada de l a situación. E l objet ivo de asegurarse u n a mayor cooperación m e x i c a n a e n l a ofensiva contra e l narcotráf ico era tan n o b l e c o m o lógico. D e hecho m u y poco h a b í a hecho M é x i c o p a r a contro lar e l c u l t i v o , l a m a n u f a c t u r a y e l e m b a r q u e de narcotráficos de manera coord inada . L a naturaleza de su campaña c o n t r a las drogas era esporádica, inef ic iente , estaba p lagada p o r l a corrupción y obedecía a tácticas anacrónicas. T a n t o W a s h i n g t o n c o m o l a c i u d a d de M é x i c o eran conscientes de esta situación. Pero l a O p e r a ­c ión Intercepción era u n a sobredosis diplomática m a l planeada. L a ad­ministrac ión N i x o n había m o r d i d o más de l o que podía masticar, y l o sabía.

A l p r i n c i p i o l a reacción o f i c i a l d e l gobierno mexicano fue " s i n comentar ios" . S i n embargo, los diplomáticos norteamericanos se pre­p a r a r o n p a r a las inevitables discusiones en México . A l g u n o s func io ­nar ios consulares se r e u n i e r o n con e l emba jador R o b e r t M a c B r i d e los p r i m e r o s tres días de l a Operac ión Intercepción. Se encontraban e n l a n a d a e n v i d i a b l e posición de tener que defender u n a polít ica q u e

5 1 Congressional Record-Senate, 7 de octubre de 1969, p . 11977. 52 Fernández Ponte, " E l que ordenó esta acción debe ser u n retrasado m e n t a l " ,

Excélsior, 2 de octubre de 1969.

Page 20: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

222 R I C H A R D G R A I G FI X X I I - 2

rechazaban. C a d a cuartel de Intercepción había proporc ionado u n a guía de dos páginas para responder a las preguntas y/o quejas de los mexicanos . Las instrucciones eran p a r a responder y expl icar cuatro posibles argumentos que podían presentar los mexicanos: 1) que Es­tados U n i d o s está cerrando su f rontera con M é x i c o ; 2) intercepción es u n a operación " d i s c r i m i n a t o r i a contra los mexicanos" ; 3) e l pro­yecto v i o l a l a soberanía m e x i c a n a o "const i tuye u n esfuerzo p a r a chan­tajear a México p a r a que tome medidas más poderosas contra l o que de hecho es u n p r o b l e m a nor teamer icano" , y 4) declarar a T i j u a n a y a otras ciudades fronterizas zona p r o h i b i d a para los mil i tares norte­americanos "es u n intento de castigar a M é x i c o " . 5 3 D u r a n t e tres se­manas éstos y otros argumentos m a n t u v i e r o n ocupados a los f u n c i o ­narios estadunidenses.

E n l a mañana de l 23 de septiembre e l cónsul general m e x i c a n o en E l Paso, R o b e r t o S. U r r e a , fue víct ima de u n "desafortunado i n c i ­dente" . C u a n d o trataba de cruzar l a f rontera de C i u d a d Juárez a E l Paso, e l agente a d u a n a l que N u e v a Y o r k había designado para ese p u n t o l o " inspeccionó con grosería" . Acusó a U r r e a de entrar a l país s in haber sido debidamente revisado y se dispuso a realizar u n a re­visión de su persona y de su vehículo, a pesar de las protestas de l cónsul y de sus intentos p o r ident i f icarse . U n a vez terminada l a r e v i ­sión pidió ayuda para l a identif icación de U r r e a . Entonces acudió e l agente a d u a n a l que n o r m a l m e n t e operaba en E l Paso, el cual i d e n ­tificó a l cónsul general , q u i e n entonces p u d o cruzar a Estados U n i d o s . U r r e a volvió a l a o f i c i n a a d u a n a l y entregó u n a carta que constituyó l a base de u n a protesta f o r m a l que fue presentada ante e l Depar ta ­mento de E s t a d o . 5 4

A n t e las crecientes reacciones d e l público y de l a prensa en contra de l a operación, el Presidente Díaz O r d a z envió a l Secretario de R e l a ­ciones Exter iores , A n t o n i o C a r r i l l o F lores a N u e v a Y o r k donde e l 24 de septiembre éste se reunió c o n el Secretario de Estado, W i l l i a m Rogers , en l a sede de Nac iones U n i d a s . C a r r i l l o Flores informó a Rogers que los métodos que u t i l i z a b a Intercepción estaban afectando el c l i m a de l a amistad f ronter iza que los dos países habían tratado de desarrol lar . A c t u a n d o p o r instrucciones presidenciales precisas, e l Secretario de Relaciones Exter iores de M é x i c o af i rmó: "Respetamos l a competenc ia de las autoridades norteamericanas para optar p o r los métodos que considere opor tunos en este lado de l a frontera. S i n em­bargo cuando estos métodos afectan a l a población fronteriza, entonces es necesario que lo sepan las autoridades de Estados U n i d o s . " 5 5

5 3 Memorándum del 21 de septiembre de 1969, mimeo. 6 4 Airgrams del Departamento de Estado, C i u d a d Juárez, 26 de septiembre

de 1969, mimeo. U n incidente similar aunque menos notorio ocurrió el 27 de septiembre en Brownsvil le . V e r El Paso Times, 28 de septiembre de 1969.

6 5 Excélsior, 27 de septiembre de 1969; y Tiempo, 6 de octubre de 1969.

Page 21: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIG 81 U N A POLÍTICA D E PRESIÓN INTERNACIONAL 225

M i e n t r a s los diplomáticos tenían que soportar l a i r a mexicana, los responsables de Intercepción seguían adelante con aparente i n m u n i d a d . M y i e s A m b r o s e calificó de " t remendas" las cifras de las primeras cap­turas, que p o r otro lado no incluían n i u n gramo de m a r i g u a n a . " H a q u e d a d o demostrado que e l f lu jo puede ser detenido de manera sus­t a n c i a l . " 5 8 Ese razonamiento le permit ía a l a administración estar e n el me jor de todos los m u n d o s . S i Intercepción lograba capturar grandes cantidades de droga entonces estaba f u n c i o n a n d o de acuerdo c o n l o que se había planeado, si no , entonces era todavía más eficaz p o r q u e eso s igni f icaba que los contrabandistas n o querían desafiar e l b l o q u e o ; en consecuencia l a m a r i g u a n a escasearía, su ca l idad sería i n f e r i o r , su precio más elevado y, seguía l a argumentación de los direc­tores de Intercepción, los jóvenes estadounidenses dejarían entonces de f u m a r l a .

E l razonamiento de l a "sequía de m o t a " e n que se apoyaba Inter­cepción era fundamenta lmente correcto. A s o c i a d a c o n u n a sequía na­t u r a l en México , l a intensificación de l a l u c h a contra e l cul t ivo de drogas, aumentó l a demanda y e l precio que pedían los traficantes, de m a n e r a que el b loqueo fronterizo contribuyó de manera fundamen­t a l a u n agotamiento v i r t u a l de l a m a r i g u a n a . S i n embargo el resultado n o fue que muchos de los fumadores de jaran l a droga p o r completo, c o m o esperaba tan ingenuamente l a administración. E n lugar de l a m a r i g u a n a r e c u r r i e r o n a sustitutos más peligrosos, como las anfetami-nas, e l ácido lisérgico, el hashish y l a h e r o í n a . 5 7

H a c i e n d o caso omiso de esos resultados y de las crecientes críticas, los func ionar ios encargados de l proyecto m a n t u v i e r o n su posición de l ínea d u r a . E l 29 de septiembre e l Secretario Asistente del Tesoro , E u g e n e Rossides, af irmó ante e l Subcomité para A s u n t o s de l a J u v e n t u d d e l Senado que Intercepción estaba " v i g e n t e " y que se mantendría de " m a n e r a i n d e f i n i d a " . Expresó también g r a n satisfacción ante los resul­tados que h a b í a obtenido, y, señalaba "creemos que tendremos l a cooperación d e l gobierno mexicano y estamos en espera de más dis­cusiones." 5 8 E l presidente de M é x i c o n o compart ía su o p t i m i s m o .

E l m i s m o día que Rossides daba sus opin iones ante el Subcomité Díaz O r d a z e x p o n í a las suyas ante los tres astronautas norteamericanos e n u n p r o g r a m a masivo de televisión. E l presidente mexicano decía a A r m s t r o n g , A l d r i n y C o l l i n s que l a ocasión era m o t i v o de fiesta, de

5 6 H o m a r Clance , " U . S . opens full-scale border war on dope" , San Diego Union, 22 de septiembre de 1969.

5 7 C o n respecto a los resultados internos "inesperados" ver el muy detallado y excelente análisis de Lawrence A . Gooberman, N u e v a Y o r k , Pergamon Press Inc., 1974.

5 8 Hearings before the Subcommittee to Investígate Juvenile delinquency of the Committee on Judiciary, United States Senate. Washington, Government Prínting O f f i c e , 1969, p p . 611-615.

Page 22: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

224 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

u n desbordamiento de alegría, " s i n embargo u n detalle oscurece u n m o m e n t o tan feliz, u n error burocrát ico que h a levantado u n m u r o de sospecha entre nuestros dos países."

D e ninguna manera quisiera echar a perder este momento, pero me siento obligado, porque soy el representante legítimo de los intereses y del senti­miento de mi país, y lo soy durante 365 días al año, 24 horas al día y 60 mi ­nutos por hora, a decir lo que pienso para que esta confusión se desvanezca tan pronto como sea posible. 5 9

L o s comentarios de Díaz O r d a z f u e r o n m u y importantes así como l a m a n e r a como los presentó. Sus opiniones , públicas p o r natura leza y cuyo objet ivo era tanto p a r a consumo i n t e r n o como in ternac iona l , n o f u e r o n transmit idas de antemano a través de canales diplomáticos como es en general e l caso. E r a n , como e l proyecto a l que indirec tamente cr i t icaba, espontáneos y n o hab ían sido previamente consultados c o n e l p r i n c i p a l in ter locutor , l a administración N i x o n . A pesar de su brevedad, el discurso de l presidente contenía e l p r o f u n d o resent imiento n a c i o n a l y l a frustración que despertaba l a Operación Intercepción. L o g r a n d o galvanizar a l p u e b l o m e x i c a n o que tanto necesitaba de l i -derazgo en contra de las h u m i l l a c i o n e s personales y del caos económico que h a b í a provocado e l "coloso d e l nor te " , Díaz O r d a z proporcionó a los mexicanos los medios para que atacaran l a operación s i n atacar el p u e b l o norteamericano. E l c i u d a d a n o m e d i o norteamericano o e l pol í t ico n o eran culpables de Intercepción; no se trataba más que de u n a torpeza burocrática. E l carácter n a c i o n a l es impos ib le de cambiar , pero los burócratas p u e d e n ser remplazados y sus políticas modi f icadas . N a d i e es más consciente de eso que u n m e x i c a n o .

L o s comentarios de Díaz O r d a z u n i f i c a r o n a l a opinión públ ica n a c i o n a l y l l a m a r o n l a atención de l Depar tame nt o de Estado que hasta entonces había mostrado tanta resistencia a par t i c ipar en el asunto. E l presidente mexicano modif icó e l 29 de septiembre el carácter de Intercepción, l a cua l de jó de ser meramente u n a fuente de irr i tac ión en las relaciones entre M é x i c o y Estados U n i d o s . A par t i r de entonces se convirt ió en u n g r a n inc idente diplomático cuyas ramif icac iones habían a d q u i r i d o dimensiones interamericanas. Desde hacía t i empo los países de América L a t i n a esperaban indic ios de cuál sería l a pol í t ica hemisférica de N i x o n . T r e s meses hab ían t ranscurr ido después d e l via je que N e l s o n R o c k e f e l l e r había hecho por e l continente y aún n o h a b í a resultados palpables . A n t e esa fa l ta de definición pol í t ica l a Operac ión Intercepción daba pocas esperanzas. U n embajador la t ino­amer icano decía: " E s l a m i s m a h i s tor ia de siempre, de decisiones q u e t o m a Estados U n i d o s que afectan p r o f u n d a m e n t e a u n país l a t i n o a m e r i -

5 9 José Manuel Jurado, " U n error burocrático daña las relaciones con E U . : Díaz Ordaz", Excélsior, 30 de septiembre de 1969.

Page 23: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIC 81 U N A POLÍTICA DE PRESIÓN INTERNACIONAL 225

cano y que son tomadas p o r razones de polít ica i n t e r n a s i n consulta o consideración previas . " 6 0

H a pasado casi u n año y Estados U n i d o s no h a de f in ido su posición en l o que se ref iere a una ayuda eficaz en la promoción de condiciones financieras y comerciales más favorables para e l desarrollo de los países d e l c o n t i n e n t e . . . E n e l caso de México , Intercepción constituye u n a base de desconfianza en u n m o m e n t o en que se anuncian las discusiones en las que se llegó a l consenso de V i ñ a de l M a r , y aun antes de que en W a s h i n g t o n se haya s iquiera leído e l reporte de R o c k e f e l l e r . . . 6 1

Intercepción fue e l tema dominante de l bolet ín d e prensa que emit ió e l D e p a r t a m e n t o de Estado el l o . d e octubre. A l a pregunta d e si entre M é x i c o y Estados U n i d o s había h a b i d o i n t e r c a m b i o de corres­p o n d e n c i a e n torno a Intercepción, C a r i B a r c h respondió: " N o sé de n ingún i n t e r c a m b i o por escrito, pero a través de diferentes canales e l gobierno m e x i c a n o nos h a i n f o r m a d o que está p r o f u n d a m e n t e preo­c u p a d o p o r las repercusiones que l a Operac ión Intercepción está te­n i e n d o en l a zona f ronter iza . " Bruscamente se le preguntó entonces a B a r c h : "¿A ustedes eso les preocupa o s implemente los v a n a m a n d a r a l d i a b l o ? " E l f u n c i o n a r i o respondió negativamente para luego añadir q u e " u n a consul ta p r e v i a en esta mater ia p u d o haber sido más com­ple ta de lo que f u e . " A las nuevas preguntas en torno a l a consultación p r e v i a , B a r c h contestó " B u e n o , h u b o algunas consultas previas, pero n o sé cuándo se rea l izaron, y desde luego, con cuánta anticipación desde el p u n t o d e vista de l contexto . " 6 2

E l tema d e l a consulta prev ia resulta centra l en e l análisis de l proyecto de Intercepción. L o s voceros de l a administración quis ieron enfatizar q u e M é x i c o había sido escrupulosamente consultado antes d e l l anzamiento d e l b loqueo , que se trataba d e u n esfuerzo conjunto. Pero ele acuerdo con u n diplomático m e x i c a n o pro fundamente invo­l u c r a d o en e l p r o b l e m a , esto no fue así:

R e a l m e n t e sabíamos m u y poco, acerca de Intercepción antes de que fuera u n hecho. Sabíamos algo acerca de su naturaleza general , todo lo que p u d o averiguar e l l i cenciado Díaz O r d a z durante l a inauguración de la Presa de l a A m i s t a d . Pero eso es todo. L e voy a contar . A m í me hablaron por teléfono e l sábado en l a tarde, apenas 24 horas antes de que entrara en func ionamiento e l proyecto, para que fuera a l a emba jada de Estados U n i ­dos p a r a algo m u y importante . C u a n d o llegué m e entregaron una nota en

6 0 Onis , " D r u g watch on México adding to la t in disil lusion w i t h N i x o n " , New York Times, 8 de octubre de 1969.

6 1 Excélsior, E d i t o r i a l , 7 de octubre de 1969. V e r también l a nota de Lorenzo de A n d a , " L a guerra de V i e t n a m y l a Operación Intercepción", El Norte, 7 de octubre de 1969.

6 2 Te legrama del Departamento de Estado, Washington, D . C . , 30 de septiem­bre de 1969, mimeo.

Page 24: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

226 R I C H A R D C R A I G FI X X 1 I - 2

una ho ja de papel común y corriente. N o estaba n i siquiera escrita en p a p e l membretado, ya no digamos u n a nota diplomática o f i c i a l . S i m p l e m e n t e decía que Intercepción se iniciaría en l a tarde d e l día siguiente a t a l y t a l h o r a . 6 3

A l g u n o s diplomáticos mexicanos se habían acercado a sus contra­partes en l a embajada nor teamer icana en l a noche anterior a que Díaz O r d a z h i c i e ra sus comentarios p o r televisión, p a r a sugerirles que se r e i n i c i a r a n las pláticas en torno a l p r o b l e m a de las drogas. L a i n i c i a ­t iva se transmitió a W a s h i n g t o n , y e l 29 de septiembre nuevamente se r e u n i e r o n C a r r i l l o Flores y W i l l i a m Rogers en l a sede de las N a c i o ­nes U n i d a s . T r e s días más tarde en l a c i u d a d de México , C a r r i l l o declaró que el gobierno norteamericano había accedido a i n i c i a r dis­cusiones tendientes a encontrar nuevas maneras para desarrol lar u n p r o g r a m a más eficaz de cooperación, y p a r a reduc i r los efectos p e r j u ­diciales que Intercepción estaba teniendo sobre e l comercio y e l t u r i s m o fronterizos. S i n embargo, n o se anunció n i n g u n a fecha f i ja . M i e n t r a s tanto seguían los ja lóneos entre e l Depar tame nt o de Estado y los de J u s t i c i a y e l Tesoro .

L o s agentes de l a ley n o estaban en disposición de suspender o de m o d i f i c a r Intercepción. P o r e l contrar io , querían intensi f icar l a presión r e c u r r i e n d o a u n "desafío abier to ' ' que consistía en l a publ icación de u n a l is ta de veinte prominentes narcotraficantes mexicanos que h u ­b i e r a n sido condenados p o r l a jus t i c ia norteamericana, pero que seguían operando i m p u n e m e n t e en M é x i c o . 6 4 A f o r t u n a d a m e n t e p a r a las rela­ciones entre los dos países, esa l i s ta n u n c a se publicó. D e hecho, p a r a p r i n c i p i o s de octubre consideraciones de polít ica exterior hab ían f i n a l ­mente condenado a l a desaparición l a Operac ión Intercepción. E l p r i ­m e r i n d i c i o en ese sentido fue l a o r d e n que el 4 de octubre r e c i b i e r o n los agentes fronterizos de dejar pasar a los funcionar ios públicos m e x i ­canos, i n c l u y e n d o a policías, s in someterlos a ningún t ipo de revisión. Esas personas debían ser tratadas c o n " g r a n cor tes ía" . 6 5 Dos días des­pués en W a s h i n g t o n se le daría e l t i ro de gracia.

E l 6 de octubre e l Secretario de Estado Asistente para asuntos inter­americanos, Char les A . M e y e r , señalaba: "Es toy pro f u n d a m e n t o desi lu­s ionado con el sistema que Estados U n i d o s h a estado u t i l i z a n d o p a r a p r e v e n i r e l tráfico de drogas en l a f rontera c o n M é x i c o . " L o s comen­tarios de M e y e r eran de u n a i m p o r t a n c i a f u n d a m e n t a l dada su posición c o m o presidente nor teamer icano de l a Comisión México-Estados U n i d o s

6 3 Entrevista con el Secretario de Relaciones Exteriores, c iudad de México, 14 de marzo de 1977. E n real idad no eran tanto las medidas propiamente dichas de Intercepción las que provocaron l a cólera de los mexicanos, como l a brusquedad con que eran aplicadas.

6 4 Belair , New York Times, 2 de octubre de 1969. 6 5 San Diego Union, 5 de octubre de 1969.

Page 25: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIC 81 U N A P O L Í T I C A D E PRESIÓN INTERNACIONAL 227

p a r a l a A m i s t a d y e l Desarro l lo de l a Frontera , como coordinador de l a A l i a n z a p a r a el Progreso, y como p r i n c i p a l asesor de N i x o n en asuntos la t inoamericanos . Señalando que n i n g u n a a u t o r i d a d le consultaba en cuanto a l a aplicación de las medidas fronterizas, l a conclusión de M e y e r era q u e : " E s p e r o que México no se sienta o f e n d i d o p o r l a tor­peza de algunos func ionar ios de l gobierno norteamericano. D u r a n t e años nuestros países h a n sido amigos sinceros. L o que está ocurr iendo n o pasa de ser u n inc idente . Espero que esta situación termine lo más p r o n t o p o s i b l e . " 6 6

Estos comentarios f u e r o n vitales y astutamente calculados en cuanto a su o p o r t u n i d a d , puesto que a l día siguiente se i n i c i a r o n las pláticas entre los delegados de ambos países. E l p u n t o c u l m i n a n t e de l a p r i ­mera sesión fue l a petición directa de l jefe de l a delegación mexicana , D a v i d Franco Rodríguez, de que se d iera p o r t e r m i n a d a l a Operación Intercepción. C o n i g u a l f i rmeza R i c h a r d K l e i n d i e n s t , su homólogo norteamericano, rechazó l a pet ic ión . 6 7 Según u n a fuente f idedigna , toda­vía e n ese m o m e n t o los directores de Intercepción no tenían n i n g u n a intención de p o n e r f i n y de m o d i f i c a r de manera sustancial l a opera­ción, "hasta q u e e l gobierno mexicano demostrara que tiene l a capa­c i d a d y l a v o l u n t a d de asestar u n b u e n golpe a los grandes dis tr ibuidores de m a r i g u a n a en los l ímites de su jur i sd icc ión" . 6 8 A pesar de l a b r a v u ­conada, el brevísimo c o m u n i c a d o con junto de l 10 de octubre i n d i c a b a ya l a v ic tor ia de M é x i c o y de l Depar tamento de Estado.

E l tema de las discusiones fueron los problemas que h a n surgido como re­sultado de l a e jecución de l a "Operac ión Intercepc ión" y en par t icular las irritaciones y las fricciones que la menc ionada operación h a causado, y que si no se e l i m i n a n , podrían afectar seriamente la atmósfera amigable y de mutuo entendimiento que afortunadamente h a prevalec ido en las relaciones entre M é x i c o y Estados U n i d o s . E n estas discusiones e l gobierno de Estados U n i d o s h a reiterado su f i r m e propósito de mantener l a amistad, el entendimiento y e l respeto mutuos en su relación con M é x i c o . P o r lo tanto, de acuerdo con este propósito, y como resultado de las discusiones que hoy tocaron a su f i n , p o r mutuo acuer­do la " O p e r a c i ó n Intercepción 5 5 h a sido reemplazada p o r l a "Operac ión C o o p e r a c i ó n 5 5 . 6 9

P a r a l a realización d e l nuevo p r o g r a m a en breve se inic iar ían pláti­cas en la c i u d a d de M é x i c o , pero antes de que el lo o c u r r i e r a Estados

6 6 The News, 7 de octubre de 1969. 6 7 Washington Daily News, 8 de octubre de 1969. Los voceros del Departa­

mento de Estado se rehusaron a hacer comentarios sobre el artículo que a l día siguiente publicó el Daily News. V e r Telegram del Departamento de Estado, Washington, D . G . , 9 de octubre de 1969, mimeo.

6 8 Belair, " U . S . rebuffs México on smuggling d r i v e " , New York Times, 10 de octubre de 1969.

6 9 " C o m u n i c a d o de Prensa C o n j u n t o " , Washington, D . C . , 10 de octubre de 1969, mimeo.

Page 26: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

228 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

U n i d o s ajustaría los procedimientos de inspección en las fronteras y e n las terminales aéreas, con el f i n de e l i m i n a r cua lquier i n c o n v e n i e n ­cia, retraso e irr i taciones. Súbi tamente l a Operación Intercepción se había convert ido en l a Operac ión Cooperación. Se reportó que los func ionar ios de l D e p a r t a m e n t o de Jus t i c ia y de l D e p a r t a m e n t o d e l T e s o r o "estaban demasiado enfermos p a r a hablar de l t e m a . " 7 0

S i n embargo, su desilusión fue totalmente momentánea. E l 23 de octubre u n bolet ín de prensa de l Depar tamento de Jus t i c ia aseguraba que en las ciudades americanas l a m a r i g u a n a m e x i c a n a "era m u y escasa" o " inacces ible" , y como resultado de l a " O p e r a c i ó n C o o p e r a ­c i ó n " los suministros de hero ína habían " d i s m i n u i d o notab lemente" . Se reportó que desde que se hab ía i n i c i a d o esta operación las a u t o r i ­dades mexicanas habían destruido dieciséis campos de a m a p o l a , y 872 400 plantas de m a r i g u a n a . 7 1

E l cuadro parecía aún más o p t i m i s t a después de los tres días de pláticas que t u v i e r o n l u g a r en l a c i u d a d de M é x i c o y que c u l m i n a r o n e l 30 de octubre c o n u n a declaración conjunta . S i n embargo, u n a vez más la soberanía m e x i c a n a fue e l tema dominante , l a delegación anf i -t r i o n a enfatizó que l a intensif icación de su campaña estaría ba jo l a dirección de "persona l exclusivamente mexicano y a cargo de personal exclusivamente m e x i c a n o . " R i c h a r d K l e i n d i e n s t , q u i e n era nuevamente jefe de l a delegación estadounidense, declaró que estaba " f u n d a m e n t a l ­mente satisfecho" con los resultados de las plát icas . 7 2

T a n p r o n t o como t e r m i n a r o n las discusiones u n g r u p o con junto de trabajo empezó a e x a m i n a r las propuestas que habían presentado los gobiernos respectivos. D e m a n e r a s igni f i ca t iva de los seis m i e m b r o s d e l g r u p o norteamericano dos eran diplomáticos, y estaban encabe­zados por Jack K u b i s c h d e l D e p a r t a m e n t o de Estado. E l 5 de d i c i e m b r e las delegaciones presentaron su reporte . M i e n t r a s tanto e l responsable ú l t imo de l a Operac ión Intercepción, R i c h a r d M . N i x o n , se hab ía d i s c u l p a d o personalmente ante Díaz O r d a z p o r las repercusiones de l a operación.

Señor presidente, estoy muy apenado en lo personal por las fricciones que la Operación Intercepción ha provocado en las relaciones entre nuestros dos países. L a Operación Intercepción fue concebida como parte de una amplia campaña para combatir el narcotráfico, cualquiera que fuera su origen. No era su intención señalar a México, ni ofender a México. A este respecto quiero darle mis seguridades personales. Cuando me di cuenta de que su gobierno consideraba esta operación una afrenta al pueblo de México, pedí

7 0 Belair, "'U.S. bows to mexican demands; drugs smugling drive is eased", New York Times, 11 de octubre de 1969.

7 1 "Declaración del Procurador General Asistente Richard G . Kleindienst y de Eugene Rossides, Secretario Asistente del Tesoro", 23 de octubre de 1969, mimeo.

7 2 Ver "Declaración conjunta de las delegaciones de México y de Estados Unidos", 30 de octubre de 1969, mimeo; y New York Times, 31 de octubre de 1969.

Page 27: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

OCT-DIC 81 U N A POLÍTICA D E PRESIÓN I N T E R N A C I O N A L 229

que se redujera la intensidad de las inspecciones hasta el punto que se eli­minaran las principales fricciones e irritaciones que la operación ha causado en nuestra relación con M é x i c o . 7 3

Conclusiones

L a d e b i l i d a d f u n d a m e n t a l de l a Operac ión Intercepción ta l vez está i n c o r p o r a d a en su título mismo, ya que su objet ivo no era inter­ceptar l a droga en la frontera, sino ejercer sobre México presiones económicas . E n l a búsqueda de u n a solución polí t icamente expedi ta a l p r o b l e m o in terno y extremadamente comple jo de l a drogadicción, l a administrac ión N i x o n eligió México . Desafortunadamente cuando lo h i z o olvidó e l hecho básico de que M é x i c o es u n país extranjero y p o r añadidura a m i g o . .

L a negl igencia de l Depar tamento de Estado se convirtió en u n grave error. L o s diplomáticos norteamericanos que durante l a etapa de e laboración de Intercepción f u e r o n omi t idos o rebasados p o r los agentes de l a ley, fueron los que en úl t ima ins tanc ia pus ieron f i n a u n proyecto t a n m a l asesorado, y que estuvo a p u n t o de convertirse e n u n gran desastre diplomático. T o d a v í a más i m p o r t a n t e resulta el hecho de que si quienes lo apoyaban h u b i e r a n logrado prolongar p o r más t i empo u n a m a n i o b r a u n i l a t e r a l , es m u y dudoso que las autor i ­dades norteamericanas h u b i e r a n p o d i d o asegurar el grado de coopera­ción que necesitaban p a r a frenar el c u l t i v o de drogas en México y e l tráf ico vía l a frontera .

Igualmente p e r j u d i c i a l p a r a l a operación fue l a incapac idad de los responsables de l a operación p a r a evaluar e l i m p a c t o que tendría e l b l o q u e o sobre l a economía fronter iza norteamericana. Los comer­ciantes de l a zona que en g r a n m e d i d a dependen de los compra­dores mexicanos , reacc ionaron con enojo y eficacia a través de grupos cívicos y profesionales. L o s congresistas de los estados fronterizos ejer­c ían u n a presión intensa, m i s m a que c o n el t i empo se i b a incremen­tando. S u i m p a c t o fue, j u n t o con las protestas de los diplomáticos, c r u c i a l p a r a l a cancelación de l a Operac ión.

P o r o t r a parte , e l m o m e n t o en que entró e n v igor l a Operación estuvo m u y m a l planeado, puesto que ocurrió justo antes del destape d e l candidato a l a presidencia de M é x i c o y de l a n u n c i o de l a polít ica de l a administración N i x o n hac ia América L a t i n a . Más todavía, México d u r a n t e l a Operac ión Intercepción fue l a sede de u n a reunión reg ional de l a Comisión de Naciones U n i d a s de Estupefacientes, y de la 38 asam­b l e a a n u a l de I n t e r p o l , con lo c u a l se m u l t i p l i c a b a n los aprietos que p r o v o c a b a n las h u m i l l a c i o n e s de l b l o q u e o .

7 3 C a r t a del Presidente R i c h a r d M . N i x o n a l Presidente Gustavo Díaz O r d a z , 18 de noviembre de 1969, mimeo.

Page 28: OPERACIÓN INTERCEPCIÓN: UNA POLITIC DAE …aleph.org.mx/jspui/bitstream/56789/23508/1/22-086-1981-0203.pdf · De est manera a Grup el doe Acción establecía linea una relaciól

230 R I C H A R D C R A I G FI X X I I - 2

S i n embargo, a pesar de sus muchas l imitac iones , l a Operac ión Intercepción registró algunos logros. D a d a l a t remenda p u b l i c i d a d que recibió, e l p r o g r a m a hizo que los funcionarios mexicanos estuvieran conscientes de u n a r e a l i d a d hasta entonces i g n o r a d a o desentendida, su p r o p i o p r o b l e m a de drogadicción. L o s políticos y los periodistas se p u s i e r o n a re f lex ionar y con muchos trabajos a d m i t i e r o n que l a acce­s i b i l i d a d de narcóticos p r o d u c i d o s internamente era u n a amenaza p a r a la sa lud de "nuestra j u v e n t u d ' ' y u n pasatiempo co t id iano p a r a los "gr ingos h i p p i e s " .

Intercepción también contr ibuyó a alentar u n a campaña m e x i c a n a que y a existía pero que había sido descuidada en contra de l c u l t i v o , l a m a n u f a c t u r a y el embarque de narcóticos. Desde e l verano de 1969 e l gob ierno mexicano dedica u n a cant idad i m p o r t a n t e de fondos a u n a campaña permanente en l a que cuenta con l a ayuda de Estados U n i d o s , y con el p r o g r a m a de erradicación de l a a m a p o l a más com­pleto que hay en e l m u n d o . C o m o corolar io de este esfuerzo l a relación entre los func ionar ios mexicanos y norteamericanos en el campo de l a droga h a n mejorado. Así, s i b i e n Intercepción fue u n error diplomático de corto plazo, indirectamente y de manera u n tanto irónica se con­virtió en u n catal izador de largo plazo en l a campaña contra de las drogas, y como u n p u n t o de p a r t i d a p a r a u n a cooperación internacio­n a l más eficaz.

S i n embargo, s iguen siendo m u y discutibles temas tales como l a Operac ión Intercepción, Operación Cooperación, programas nacionales masivos contra e l c u l t i v o y tráfico de drogas y el me joramiento de los esfuerzos internacionales de c o n t r o l . S i , como conc lu imos de este ar­tículo, l a actual campaña contra l a droga m e x i c a n a tiene éxito y reduce de m a n e r a sustancial l a c a n t i d a d de heroína y de m a r i g u a n a mexica­nas en e l mercado estadounidense, el lo no necesariamente resuelve e l p r o b l e m a de l a drogadicción. C u a n d o consideramos e l innegable fe­nómeno de l a d e m a n d a , las ganancias y l a oferta y el hecho de que 1 hectárea 620 m b i e n cuidados de amapola , p u e d e n p r o d u c i r suf i ­ciente heroína p a r a satisfacer l a d e m a n d a a n u a l norteamericana, se i m p o n e l a conclusión de que l a solución no está e n leyes de v igenc ia i n t e r n a o i n t e r n a c i o n a l únicamente . S i acaso a l g u n a solución existe ésta debe buscarse in ternamente en programas adecuados de trata­miento , rehabi l i tac ión y ta l vez legalización, y n o en programas tan miopes como l a Operac ión Intercepción.