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CADERNO 1
O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO – ACÇÃO DIRIGIDO AOS TERRITÓRIOS EDUCATIVOS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA
MELHORAR AS APRENDIZAGENS EDUCAR PARA A CIDADANIA
PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO -ACÇÃO DIRIGIDO AOS TERRITÓRIOS EDUCATIVOS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA:
MELHORAR AS APRENDIZAGENS, EDUCAR PARA A CIDADANIA
(TEIP)
Equipa do Projecto
Jorge Pinto e Ana Maria Bettencourt (coordenação)
Ana Nogueira, Isabel Bento; Isabel de Jesus; Isabel Valente Pires; Margarida Graça; Pascal Paulus, Piedade Fernandes
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Materiais das turmas de: Pascal Paulus, professores do Conselho de turma do 5º E (2008 ‐ 2009 Escola 2 + 3 Vialonga), sob a coordenação de Aurélia Valadares (directora de turma)
Colaboraram na edição:
(Organização): Isabel Bento, Miguel Figueiredo, Pascal Paulus, Piedade Fernandes.
Direcção Geral da Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC)
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE/IPS)
– (2010) –
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NOTA DE INTRODUÇÃO
Nos últimos 10 a 12 anos o agrupamento de escolas de Vialonga teve uma profunda evolução passando de uma situação grave de violência, insucesso e abandono escolares para uma situação que em que se verificou:
‐ Uma redução drástica dos problemas de insucesso e abandono, verificando‐se hoje uma aproximação entre a idade real dos alunos e a idade correspondente ao nível de frequências destacando‐se a diminuição do abandono escolar no percurso regular dos alunos
‐ Uma pacificação da escola patente num ambiente educativo favorável, de um ponto de vista cívico, e num número praticamente inexistente de processos disciplinares, apesar de continuarem a existir problemas sociais de grande gravidade e alguns comportamentos desviantes fora da escola.
Desde há cerca de quatro anos que o conselho executivo desta escola, desenvolve um projecto em parceria com a ESE de Setúbal e a DGIDC procurando aprofundar modalidades de trabalho que para além do acesso a todos os alunos, ajudem a garantir não só a participação com a aprendizagem de todos os alunos com o objectivo último de construir uma escola verdadeiramente inclusiva. Numa primeira fase este trabalho esteve ligado à formação de conselhos de directores de turma para uma melhor optimização das áreas curriculares não disciplinares (ACND)
Numa segunda fase do trabalho (Projecto TEIP), no início de 2008‐09 o Conselho Executivo decide dar início ao projecto que vem a ser conhecido como Trabalho Autónomo que assume como dimensão essencial o desenvolvimento da capacidade de estudo e responsabilidade dos alunos criando‐se, numa parceria renovada entre os professores da EB 2,3, o Conselho Executivo, as formadoras da ESE de Setúbal. Com este trabalho pretende‐se encontrar caminhos para melhorar as aprendizagens, as oportunidades educativas e a educação para a cidadania.
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Os materiais que se apresentam ilustram percursos formativos entre os formadores da ESE de Setúbal e os docentes de Vialonga no trabalho em redor da construção e gestão dos projectos curriculares de turma quer ao nível do 1º ciclo quer do 2º ciclo do Ensino Básico.
Estes trabalhos colocam a ênfase nos projectos curriculares de turma enquanto instrumento indispensável para o desenvolvimento de um contexto favorável à emergência de uma prática de pedagogia diferenciada condição essencial para a aprendizagem de todos os alunos.
A equipa do projecto
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A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA COMO INSTRUMENTO ESTRUTURANTE DA ACTIVIDADE ESCOLAR
A rápida expansão do sistema educativo, com a democratização do ensino e com o acesso universal de
todas as crianças à escolaridade básica, trouxe ao sistema novos desafios, que obrigam a escola a
reflectir, permanentemente, sobre a sua acção educativa, de modo a fazer face à grande diversidade de
alunos(as) que actualmente a frequentam.
Um ensino adequado a tão grande diversidade, exige a utilização conjunta de várias estratégias que a ela
se ajustem. Responder a este grande desafio, de criar condições para que todos(as) os(as) alunos(as)
aprendam, implica, necessariamente, a utilização de estratégias de diferenciação.
A diferenciação pedagógica surge assim como “uma estratégia de mudança: como um instrumento
estruturante de um novo paradigma”. “A acção de diferenciação do trabalho escolar, como resposta à
“Para construirmos uma sociedade inclusiva, sabemo‐lo hoje, também teremos de construir uma escola inclusiva. Tudo o que contrarie esse contrato assumido em Salamanca , contraria o futuro que, então, nos propusemos projectar.”
Sérgio Niza
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diversidade dos alunos, deverá, então, constituir‐se em instrumento estruturante da actividade escolar.”1
(Sérgio Niza, 2004)
Esta resposta, que procura através da diferenciação pedagógica responder à diversidade dos alunos(as) e
das suas características, é um processo em construção, que não pode voltar para trás. A escola como
organização de aprendizagem para todos(as) é uma necessidade vital. Só assim será possível a
organização de sociedades mais livres, mais justas, mais cooperantes e mais solidárias.
É neste contexto que surge o Projecto de formação‐investigação‐acção “Melhorar as aprendizagens,
educar para a cidadania”, iniciado no ano lectivo 2008/2009 e dirigido aos Territórios Educativos de
Intervenção Prioritária (TEIP), visando melhorar as aprendizagens, diminuir o insucesso e os abandonos
escolares e reforçar estratégias de educação para o trabalho nos TEIP, através de formação e
acompanhamento dos seus/suas professores/as.
Entre os principais efeitos esperados do projecto consta a elaboração de propostas e materiais para a
formação em comunidades de aprendizagem, presencial ou on‐line, de professores/as, sobre as áreas de
incidência do projecto.
Nos cadernos de materiais, sobre “Organização e gestão curricular para a diferenciação pedagógica” e
sobre “Projecto Curricular de Turma”, apresentamos um conjunto de materiais decorrentes de
estratégias de organização diferenciada de ensino aprendizagem do currículo, no intuito de ilustrar a
prática de acções de diferenciação pedagógica, que surgiram no âmbito da formação, nomeadamente o
1 NIZA, S. (2004). “A Acção de Diferenciação Pedagógica na Gestão do Currículo”. Escola Moderna, Nº21, 5ª série, 64‐69.
Lisboa. Movimento da Escola Moderna.
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trabalho dos alunos em projectos e o estudo autónomo em sala de aula, guiados por um plano individual
de trabalho.
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O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: UM INSTRUMENTO ESTRATÉGICO PARA A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
O Projecto Curricular de Turma é uma peça muito importante na organização da vida e do trabalho de um
grupo de alunos, constituídos em turma, com o seu ou os seus professores.
Revemos primeiro o contexto legal desse instrumento. De seguida, procuramos evidenciar o carácter
estratégico do projecto curricular de turma. Num terceiro momento, exemplificamos projectos
curriculares de turma, portadores de estratégias de diferenciação pedagógica e a sua operacionalização.
Decorrem do trabalho desenvolvido com equipas em escolas situadas em Territórios Educativos de
Intervenção Prioritária.
“Tendo em conta a existência de vários tempos a gerir, o tempo do professor e do aluno, considerei que não deveria centralizar a aprendizagem dos alunos exclusivamente, no treino individual dos conteúdos em que tinham dificuldades, durante o estudo autónomo. Deveria também dinamizar pequenas sequências de aprendizagem e o trabalho de projecto que lhes permitissem contactar/desenvolver outras técnicas de trabalho/competências, tais como: planificar, seleccionar e topicalizar informação, entre outras. Estas sequências ou projectos permitiram minimizar as dificuldades/problemas dos alunos, em tempo real.”
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O ENQUADRAMENTO LEGAL DO PROJECTO CURRICULAR DE TURMA
O projecto curricular de turma surge, na legislação recente, acoplado ao projecto curricular de escola,
como o podemos constatar na introdução ao Decreto‐Lei 6/2001:
“No quadro do desenvolvimento da autonomia das escolas estabelece‐se que as estratégias de
desenvolvimento do currículo nacional, visando adequá‐lo ao contexto de cada escola, deverão ser
objecto de um projecto curricular de escola, concebido, aprovado e avaliado pelos respectivos órgãos
de administração e gestão, o qual deverá ser desenvolvido, em função do contexto de cada turma,
num projecto curricular de turma, concebido, aprovado e avaliado pelo professor titular de turma ou
pelo conselho de turma, consoante os ciclos.
O diploma define os princípios orientadores a que deve obedecer a organização e gestão do currículo,
nomeadamente a coerência e sequencialidade entre os três ciclos do ensino básico e a articulação
destes com o ensino secundário, a integração do currículo e da avaliação, assegurando que esta
constitua o elemento regulador do ensino e da aprendizagem e a existência de áreas curriculares
disciplinares e não disciplinares, visando a realização de aprendizagens significativas e a formação
integral dos alunos, através da articulação e da contextualização dos saberes, e estabelece os
parâmetros a que deve obedecer a organização do ano escolar.”
O artigo 2º do mesmo decreto remete para enquadramento do currículo da escola e dos currículos das
turmas.
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“Para efeitos do disposto no presente diploma, entende‐se por currículo nacional o conjunto de
aprendizagens e competências a desenvolver pelos alunos ao longo do ensino básico, de acordo com
os objectivos consagrados na Lei de Bases do Sistema Educativo para este nível de ensino, expresso
em orientações aprovadas pelo Ministro da Educação, tomando por referência os desenhos
curriculares anexos ao presente decreto‐lei.”
Os documentos enquadradores são neste momento dois: o Curriculo Nacional do Ensino Básico
(competências essenciais) e outro, intitulado “Organização Curricular e Programas”, em três volumes, um
para cada ciclo, eventualmente acompanhados por documentos complementares.
Os desenhos curriculares referidos tiveram uma alteração com o Decreto‐Lei 209/2002 que especifica
educação moral e religiosa como uma hora curricular adicional e optativa.
Especificamente para o 1º ciclo, foi publicado um despacho em 2006 que orienta o bloco de 25 horas
lectivos semanais, que não estavam discriminadas em cargas horárias por disciplina, na redacção de
2001. Define:
“Os tempos mínimos para a leccionação do programa do 1.º ciclo são:
Língua Portuguesa—oito horas lectivas de trabalho semanal, incluindo uma hora diária para a leitura;
Matemática—sete horas lectivas de trabalho semanal;
Estudo do Meio—cinco horas lectivas de trabalho semanal, metade das quais em ensino experimental
das Ciências;
“Os momentos de trabalho autónomo na sala surgiram como uma estratégia que me permitiu, não só respeitar os diferentes ritmos de trabalho de cada aluno, mas também promover o respeito e o espírito de entreajuda entre os elementos da turma, através do trabalho em grupo ou de pares.”
“A partilha de responsabilidades foi um dos maiores sucessos que se pôde transportar para a sala de aula, pois houve um maior envolvimento por parte dos alunos. A minha posição física na sala de aula também se alterou, pois fiquei mais liberta para ajudar os alunos com mais dificuldades e para tirar dúvidas. O aluno seguia o seu próprio ritmo atendendo às suas características. No modelo tradicional, sempre me incomodou o facto de os alunos com maior capacidade de aprendizagem não avançarem no seu processo, pois estavam muito agarrados à aula da professora. Por fim, vejo‐os a seguir o seu caminho, libertos do facto de terem de manter o passo ao ritmo dos outros colegas. Por outro lado vejo os alunos com mais dificuldades a sentirem‐se vitoriosos, pois não se sentem perdidos, não falharam degraus na espiral do seu processo cognitivo. (…)
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Área das expressões e restantes áreas curriculares—cinco horas lectivas de trabalho semanal.”
(Despacho n.º 19 575/2006)
Diferente do 2º e 3º ciclo, não se trata de uma organização por tempos lectivos que obedecem a um
horário fixo. Continua a tratar‐se de trabalho de mono‐docência, ainda que, eventualmente coadjuvado,
permitindo a gestão integrada dessas mesmas horas no trabalho semanal, em que as áreas curriculares
não disciplinares são, como o foram, para todos os ciclos, e desde a sua definição, transversais e
agregadas aos conteúdos disciplinares.
O mesmo despacho que define, para o 1º ciclo, os tempos para cada disciplina lembra:
2 — A distribuição destes tempos lectivos deve ser equilibrada ao longo da semana.
3 — O professor titular de turma deve elaborar um sumário diário das actividades desenvolvidas
Permite assim, na gestão do tempo, uma flexibilidade muito maior do que no 2º e 3º ciclos, em que os
horários das turmas têm que cruzar com os horários dos professores das várias disciplinas, desde que
exista um registo escrito em sumário diário que comprove a distribuição semanal das horas lectivas
atribuídas a cada disciplina.
Voltando ao Decreto Lei 6/2001, lemos no artigo 2º:
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“3. As estratégias de desenvolvimento do currículo nacional, visando adequá‐lo ao contexto de cada
escola, são objecto de um projecto curricular de escola, concebido, aprovado e avaliado pelos
respectivos órgãos de administração e gestão.
4. As estratégias de concretização e desenvolvimento do currículo nacional e do projecto curricular de
escola, visando adequá‐los ao contexto de cada turma, são objecto de um projecto curricular de
turma, concebido, aprovado e avaliado pelo professor titular de turma, em articulação com o conselho
de docentes, ou pelo conselho de turma, consoante os ciclos.”
Resumidamente, o legislador propõe o desenvolvimento do currículo nacional, no contexto local,
priorizando opções, num projecto curricular de escola, por sua vez concretizado em cada um dos
projectos curriculares das turmas da escola, interpretando o currículo nacional.
O projecto curricular de turma, elaborado em função da turma, é apresentado como um documento que
define o que se pretende de cada um dos alunos aí inscritos. Inclui os critérios de avaliação que
determinam a progressão dos concernidos alunos. Ao mesmo tempo terá que ser adaptado, cada vez que
se constate que existem aprendizagens não realizadas, por parte de um ou vários alunos:
“2. Em situações de não realização das aprendizagens definidas no projecto curricular de turma para
um ano não terminal de ciclo que, fundamentadamente, comprometam o desenvolvimento das
competências definidas para um ciclo de escolaridade, o professor titular de turma, no 1.º ciclo,
ouvidos os competentes conselhos de docentes, ou o conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, poderá
determinar a retenção do aluno no mesmo ano de escolaridade, excepto no caso do 1.º ano de
escolaridade.
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3. Em situações de retenção, compete ao professor titular de turma, no 1.º ciclo, e ao conselho de
turma, nos 2.º e 3.º ciclos, identificar as aprendizagens não realizadas pelo aluno, as quais devem ser
tomadas em consideração na elaboração do projecto curricular da turma em que o referido aluno
venha a ser integrado no ano escolar subsequente.” DL 6/2001 (artigo 14º)
UM DOCUMENTO OPERACIONAL
Da leitura dos diplomas legais, identifica‐se o Projecto Curricular de Turma como um instrumento de
pilotagem elaborado pelo(s) professor(es) da turma. Está implícita a proposta de escuta dos próprios
alunos. O Projecto Curricular explicita as adaptações consideradas necessárias para garantir o sucesso de
todos, na turma em questão. A diferenciação pedagógica, no âmbito das diferenças entre turmas e entre
elementos do grupo‐turma fica registada.
EQUÍVOCOS FREQUENTES
A análise de dezenas de Projectos Curriculares de Turma ao longo de vários anos, mostra dois equívocos
recorrentes.
Primeiro, constatamos regularmente que se confunde o Projecto Curricular de Turma com o próprio
currículo. Nestas situações, aparecem listagens de competências transversais, em anexo ou no corpo do
documento, acompanhadas de listagens de conteúdos programáticos, que acabam por ser as mesmas
inscritas no projecto curricular da escola ou ipso verbis retiradas do próprio currículo nacional. Tratando‐
se eventualmente de uma escolha, mantém‐se um registo muito genérico de intenções de trabalho, sem
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definição de estratégias, não havendo, em alguns casos, ligação com uma caracterização também ela
genérica e estandardizada da turma, ou, ainda mais vago, do contexto em que a escola se insere. Projecto
Curricular de Escola e Projecto Curricular de Turma confundem‐se.
O outro prende‐se com a planificação. Neste caso o Projecto Curricular torna‐se um dossiê volumoso de
que fazem parte integrante planificações a médio prazo – e nalguns casos a curto prazo – apresentados
como não negociáveis, o que retira a flexibilidade necessária ao processo de ensino‐aprendizagem.
DOCUMENTO ESTRATÉGICO
O Projecto Curricular de Turma não é uma planificação pormenorizada, nem um repositório dos
programas nacionais. Trata‐se de um pequeno documento estratégico que esclarece todos os
intervenientes na turma como é que o trabalho será conduzido.
Na estrita interpretação da lei, o Projecto Curricular da Escola prioriza e contextualiza as competências
essenciais a desenvolver e a subjacente organização do trabalho curricular, em função das circunstâncias
locais e o meio na qual a escola se insere.
Cada Projecto Curricular de Turma operacionaliza esta interpretação para cada uma das turmas
especificamente, readaptando as orientações curriculares, integrando as propostas estratégicas do
Projecto de Escola, definindo opções e critérios específicos para a turma a qual se reporta.
Apesar de no início ter havido alguma angústia em interiorizar toda esta lógica, (…), agora consigo ver
com clareza os progressos. A aprendizagem não é um tudo ou nada. No entanto foi difícil abdicar de um
Visita ao bairro – 2º ano escolaridade
“O trabalho em projecto deu‐me a oportunidade de observar alguns alunos perante uma situação de aprendizagem diferente. Constatei que alguns alunos, que normalmente apresentavam mais dificuldades, se esforçaram e demonstraram verdadeiro interesse na actividade. No teste de avaliação, esses alunos que normalmente tinham resultados negativos, conseguiram superar as notas dos outros. Eu fiquei surpreendida, mas notei que a apetência para a disciplina, por parte desses alunos, se tornou mais positiva, estando eles mais preparados para tarefas mais difíceis.”
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ensino baseado em conteúdos para um ensino baseado em competências, sem se ter a certeza do
resultado. Agora, passado um ano lectivo, sinto os alunos mais capacitados de resolver uma situação, pois
sinto que são mais autónomos na realização das actividades, a pesquisar, seleccionar e analisar
informação, Têm mais facilidade na comunicação oral, têm mais espírito crítico quer em relação ao seu
trabalho, quer em relação ao trabalho dos colegas e desenvolveram o espírito de entreajuda.”
Visita ao pavilhão do conhecimento
relato em desenho (1º ano de escolaridade)
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Uma vez definidas as grandes opções e os critérios, o Projecto Curricular de Turma conduz à planificação
a curto prazo. A execução e a avaliação dos resultados decorrentes desta execução, determinarão as
futuras adaptações ao próprio Projecto.
As grandes opções inscritas no Projecto Curricular de Turma viabilizam a planificação, desde que o plano
anual de actividades da escola ou do agrupamento inscreva as propostas dos vários projectos curriculares
de turma. A articulação com os parceiros da escola ou do agrupamento surge idealmente a partir das
propostas e das opções curriculares do conjunto de turmas.
A consequente utilização do Projecto Curricular de Turma como instrumento estratégico obriga a uma
interpretação flexível dos critérios de avaliação e dos perfis de alunos ao fim de cada ciclo. Existindo estes
critérios e estes perfis, fica o desafio para a escola conceber instrumentos de avaliação que permitam
Anúncio projecto TV – Do projecto de turma de dois 5º anos.
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aferir o desenvolvimento de competências e a aquisição de saberes, no momento oportuno,
necessariamente, diferentes de turma para turma, porque dependentes da condução do seu Projecto
Curricular.
UMA MATRIZ ENTRE OUTRAS.
Propõe‐se um documento estratégico, nem demasiado extenso, nem excessivamente fechado. Um
documento que circule facilmente, perceptível para todas as partes envolvidas (alunos, pais e mães dos
alunos, professores intervenientes na turma em primeiro lugar) que conduza a acção pedagógica.
Idealmente,
• define quem são as pessoas participantes na turma (alunos e professores) e o que têm ao seu
dispor, individualmente e colectivamente;
• projecta o que se pretende fazer para cumprir a proposta exterior (currículo e projecto curricular
da escola), como se pretende fazer o que se propõe e como o que se fez será avaliado durante o
processo de execução e no fim.
Visita de trabalho ao bairro (2º ano)
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Do projecto curricular de turma dum 5º ano
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Para conceptualizar o Projecto Curricular de Turma, bastará, portanto, uma matriz aberta, descritiva, que
contempla 4 campos:
• (1) Uma caracterização ou um diagnóstico da situação de partida, que poderá incluir aspectos
como o contexto cultural da turma, percursos anteriores dos alunos, eventuais rotinas existentes
de funcionamento como grupo turma, dificuldades curriculares em relação à turma, interesses,
expectativas, potencialidades por parte de alunos e professores, etc.;
• (2) A proposta de operacionalização transversal das competências gerais a desenvolver
prioritariamente;
• (3) A inscrição genérica e metodológica de situações de aprendizagem/actividades a promover
para operacionalização específica das competências prioritárias em cada uma das áreas
curriculares disciplinares, situando a relação agregadora das áreas curriculares não disciplinares;
• (4) Formas e instrumentos de avaliação a utilizar nas diversas áreas curriculares para avaliar o
desenvolvimento das competências prioritárias.
ACOMPANHAR A DIVERSIFICAÇÃO PEDAGÓGICA
Uma matriz, do tipo atrás descrito, permite total liberdade
metodológica ao professor ou ao grupo de professores.
Nas escolas TEIP de onde extraímos o que aqui é
apresentado, projectou‐se um trabalho muito centrado
sobre o reforço do trabalho autónomo dos alunos e sobre o
trabalho em projecto.
“As sessões iniciavam‐se com o relato do que se tinha feito durante a quinzena para depois se poder reflectir e definir novas estratégias de actuação, se necessário. Assim, sentimos a necessidade de fazer um resumo do que achávamos ser importante apresentar nessas sessões. Foi assim que surgiu a ideia de construir um “Diário de Bordo” para a nova viagem que havíamos iniciado (apresentação em Power Point). Nele fomos colocando, ao longo do ano lectivo, as reflexões sobre o trabalho efectuado (quer dos alunos quer dos professores), as actividades mais significativas, os assuntos tratados em Formação Cívica e as Comunicações dos alunos à turma, bem como todas as questões, apreensões e o caminho trilhado para chegar a “bom porto”.
Estes resumos foram bastante úteis para, nas sessões de formação, procedermos à reflexão das práticas desenvolvidas e dos instrumentos de trabalho que, em Conselho de Turma, se iam produzindo, (…)”
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Este trabalho foi sempre acompanhado pelos respectivos projectos educativos de turma. Nos exemplos
que seguem, relaciona‐se o projecto, a planificação que daí decorre e a avaliação, contextualizados com
ilustrações da prática.
EM MONO-DOCÊNCIA OU MONODOCÊNCIA COADJUVADA
O projecto curricular de turma. No âmbito do projecto, foi proposta uma matriz de trabalho que está a
ser implementada por um grupo de professores em formação, no agrupamento de Vialonga. O DVD que
acompanha o presente material apresenta uma primeira abordagem feito por uma das professoras titular
de turma, a título de exemplo da base de trabalho.
Incluímos aqui um projecto curricular de turma, desenvolvido por um dos formadores, documentado na
página electrónica da respectiva turma2.
1. Elementos da caracterização
Interesses recolhidos ao longo da semana de avaliação do ano escolar anterior, com os alunos, que decorreu nos dias 18, 20 e 21 de Junho de 2007:
Interesses colectivos: Manter o trabalho organizado por planos individuais de trabalho, manter o Conselho, continuar a fazer projectos e procurar fazer um novo acantonamento. Considerou‐se mais importante o computador na sala e considerou‐se que era importante consultar mais vezes a Internet, porque a biblioteca não dispõe de informação acerca de alguns assuntos estudados. Todos referem o canto de leitura e de pintura como muito importante. O momento de “Ler e Contar”, associado a leitura dos textos escritos livremente, foi considerado muito importante e para continuar.
2 Ver http://freewebtown.com/pascalcorner
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Interesses individuais: continuar projectos ligados à ciência, continuar a fazer trabalho de ficheiro. Potencialidades: a capacidade que as crianças ganharam para organizarem‐se em pequenos grupos de trabalho e estudar um assunto escolhido será utilizada para gerir o trabalho em projectos e para reforçar o trabalho a pares nos momentos de estudo acompanhado definido no desenho curricular como área curricular não disciplinar e por isso gerido de forma transversal nos tempos de língua portuguesa, matemática e estudo do meio.
O diagnóstico para o arranque do ano lectivo foi feito a partir da leitura do quadro de cintos de cor como ele se apresenta no fim do 1º ano de escolaridade (ver anexo) As planificações semanais, a partir daí propostas aos alunos, articulam este diagnóstico com a planificação em médio prazo, adoptada pelo agrupamento para o 2º ano de escolaridade. Nestas planificações semanais estão contemplados os interesses colectivos manifestados durante o momento de balanço no fim do 1º ano de escolaridade.
2. Operacionalização transversal das competências gerais a desenvolver prioritariamente:
2.1 Disposições gerais
A organização da sala, à frente descrita, permite o trabalho integrador que se pretende para as aprendizagens no 1º ciclo do ensino básico. Os espaços criados e a disposição dos instrumentos didácticos facilitam a gestão diversificada do currículo, permitindo às crianças e em determinados momentos, uma certa autonomia na realização das tarefas. Um dos espaços criados na sala de aula dispõe de material e protocolos que permitem a realização obrigatória de actividades experimentais integradas nos conteúdos previstos no programa do 1º ciclo, seja com toda a turma, seja pelas crianças autonomamente, logo que ganhem capacidade de leitura de esquemas e / ou textos. Este espaço foi pouco utilizado no ano passado, mas será muito focado no início do 2º ano de escolaridade entre os alunos já autónomos na leitura. As actividades de pesquisa que obrigam à utilização de tecnologias da informação e comunicação em suporte informática continuam dificultadas pela disposição física dos computadores em sala TIC. Esta falha está parcialmente colmatada pelo material existente na sala, propriedade do professor. Aguardamos a ligação a Internet, uma vez a cablagem nova da escola terminada
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2.2. Educação para a cidadania
Continuamos a privilegiar interacções directas com a comunidade local, nacional ou internacional, indo assim ao encontro do tema geral do Projecto Educativo do agrupamento “Nós e os Outros”. Sempre que possível recorre‐se a outros intervenientes para a recolha de informação nos temas pesquisados – entre outros a associação “La main à la pâte”, “ciência viva”, os comerciantes e habitantes do bairro, além de algumas instituições referidas no plano de actividades da Escola – e aposta‐se na retribuição do trabalho feito, por meio de comunicações (aos colegas, pais e encarregados de educação), de produção de álbuns e materiais para pequenas exposições.
A gestão do trabalho, do espaço, do tempo e do material, feita pelo grupo continua assegurada pela implementação do Conselho de Turma – em que todos participam – que analisa os acontecimentos da semana e propõe colegialmente alterações às rotinas ou às “leis” da turma, quando tal se justifica. É o Conselho que instala e gere o sistema de responsabilidades rotativas e fixas. Todos os alunos têm semanalmente responsabilidades e tarefas a cumprir, importantes para garantir o normal funcionamento do grupo. Na continuação deste princípio, foi decidido criar a figura de “responsável do dia”, uma equipa de dois alunos que rotativamente e diariamente conduzem o grupo nos momentos de trabalho colectivo e na resolução de problemas pontuais, conforme as regras estabelecidas.
2.3 Organização do espaço
A sala foi dividida em 5 espaços:
Biblioteca ‐ espaço de leitura, onde 3 a 4 alunos podem trabalhar em simultâneo. Informática, com espaço para 3 alunos trabalhar em conjunto em material disponibilizado pelo professor Espaço de experiências, onde 2 alunos podem trabalhar em simultâneo. Área de pintura, construções e desenho, com espaço para 2 alunos em simultâneo. Espaço central, com espaço para 19 alunos trabalhar em simultâneo.
As paredes foram divididas em áreas lógicas de apresentação de informação:
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Parede de organização: mapas e registos gerais Parede de informação para a avaliação Parede correspondência e língua: informação de suporte a Língua Portuguesa, incluindo listas organizadas de palavras, textos trabalhados e informação ortográfica e funcionamento da língua. Parede matemática: material e informação de suporte à matemática e ficheiros, incluindo a “casa dos números”, a tabuada e outras tabelas facilitadoras da compreensão. Parede de informação sobre as investigações/experiências em curso.
3. Situações de aprendizagem/actividades a promover para operacionalização específica das competências prioritárias na perspectiva de cada área curricular disciplinar e área curricular não disciplinar:
A educação para a cidadania, transversal a todo o currículo, como definido no anexo 1 do decreto‐lei 209/2002 é abordada como referido no ponto 2.2. do presente projecto curricular de turma.
3.1 Previsão de trabalhos a desenvolver no âmbito das áreas curriculares não disciplinares
Estudo acompanhado Em cumprimento do despacho de 9 de Setembro de 2006 que define orientações para a gestão curricular do 1º ciclo, o estudo acompanhado limita‐se ateliers temáticos de trabalho diversificado, quer no âmbito da Língua Portuguesa, quer de Matemática ou de Estudo do Meio, a partir de propostas feitas pelo professor. O trabalho é gerido pelo plano individual de trabalho, e estimula‐se o trabalho a pares, com o professor ou com colegas. O plano é discutido em conjunto para que cada um possa aprender a gerir o trabalho reservado à consolidação de conhecimentos, através de fichas de trabalho (ver infra – ponto 3.2).
Área de Projecto O trabalho em projecto incluindo investigações realizadas pelos alunos a partir de perguntas e interesses formulados por cada um (entre as quais as inscritas no ponto 1, com as respectivas actualizações) e de actividades inscritas no plano anual de actividades da escola e compatíveis com o presente projecto curricular, abrange parte das áreas curriculares disciplinares de forma integrada. É privilegiado nos momentos de ida à Biblioteca da escola e é fonte de actividades de
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problematização na matemática e da escrita funcional em Língua Portuguesa. Alguns momentos de Estudo do Meio serão reservados para comunicações à turma de conclusões de projectos realizados em pequenos grupos.
Formação Cívica Além dos aspectos referidos no ponto 2.2 (educação para a cidadania), os conteúdos específicos de Formação Cívica inscritos na planificação anual do Agrupamento serão abordados transversalmente. Terão desenvolvimento nas áreas curriculares de Língua Portuguesa e de Estudo do Meio, quando necessário.
3.2 Conteúdos e competências das áreas curriculares disciplinares obrigatórias.
Língua Portuguesa
Geral:
Suporte a toda a escrita para desenvolver o ponto 3.1.
Especificidade:
Escrita de histórias: uma rotina começada no ano transacto que apela à escrita no caderno pessoal ou em folhos em formato livrinho A6, com a respectiva ilustração, apresentação ao grupo e edição electrónica (Jornal Interactivo da Turma). Escrita de texto livre: uma rotina que envolve ler pequenos textos, inscritos no caderno pessoal, no momento de “Ler e Mostrar” Alguns textos são eleitos para trabalhar em conjunto e encaminhados para o jornal da turma e/ou livro de textos da sala. Ficheiro de língua: rotina de trabalho autónomo orientado pelo professor o plano individual de trabalho. Ficheiro de leitura e biblioteca: rotina de leitura, implicando uma apreciação crítica, por via de uma ficha de leitura, teatralização, desenho, reconto,.... Fichas de trabalho do manual “Amiguinhos” adaptado pela escola e de uso obrigatório.. Hora colectiva de leitura, seguida de discussão, debate ou reconto.
Matemática
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Geral:
Suporte a toda a investigação e a todo o trabalho referido no ponto 3.1.
Especificidade:
Análise de problemas: uma rotina que implica a problematização de situações directamente decorrente da praxis da turma (registo do tempo, calendário, presenças, … ou que surgem a partir da leitura de extractos de imprensa, de perguntas formuladas no Contar e Mostrar ou a avaliação e discussão de outro trabalho. Ficheiro de treino de matemática: rotina de trabalho colectiva e individual, decorrente do plano semanal e individual de trabalho. Trata‐se de trabalho de consolidação. Exercícios de trabalho no manual “Amiguinhos”, adaptado pela Escola e de uso obrigatório.
Recursos privilegiados: 11 geoplanos, tangram, alguns jogos de matemática e material Cuisenaire, propriedade do professor, completado por material não estruturado trazido pelos alunos.
Estudo do Meio
Geral:
Suporte a toda a investigação e a todo o trabalho referido no ponto 3.1.
Especificidade:
Desenvolvimento de temas previstos na planificação a médio prazo do Agrupamento e não abordados através da área de projecto, incluindo actividades colectivas inscritas no plano anual de actividades da Escola. Inclui um acantonamento no mês de Abril, na zona costeira, em conjunto com outras turmas do agrupamento. Consulta da informação eventualmente contida no manual “Estudo do Meio do João” adoptado pela Escola e de uso obrigatório. Articulação gradual com a linha de tempo e localização geográfica de eventos, sítios e objectos inscritos no trabalho de Estudo do Meio e de projecto.
Expressões
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No estrito cumprimento do despacho de 9 de Setembro de 2006, as actividades artísticas e físico‐motores surgem integradas na área de projecto, quando se justifica.
4. Formas e instrumentos de avaliação a utilizar nas diversas áreas curriculares para avaliar o desenvolvimento das competências prioritárias:
Segue em anexo o levantamento de conteúdos, apresentado aos alunos e exposto na sala de aula. Trata‐se de uma tradução da Organização Curricular e Programas para o 1º Ciclo, nomeadamente para o 2º ano deste ciclo. Permite averiguar em conjunto, ao longo do ano, que tópicos do programa foram tratados e o que falta abordar ou retomar. O levantamento traduzido em grelha de auto‐avaliação está inserido no dossiê da turma e será utilizado pontualmente utilizado pelos alunos. Os Currículos das áreas curriculares disciplinares, organizados pelo Conselho Pedagógico do agrupamento e apresentados aos pais estão disponível no mesmo dossiê.3
No dia a dia, recorremos a uma pequena grelha de fácil leitura, para termos uma ideia aproximada das competências de cada um na sala: Os níveis são identificados pelo cinto de cor atribuído (cores dos cintos de artes marciais) correspondendo aos critérios definidos na grelha de referência (ver anexo 1). Um cinto ganho não é retirado. O professor assegura a tradução desta grelha para as avaliações trimestriais, completando a informação com:
‐ fichas teste (língua e matemática). Os fichas‐teste dos ficheiros de treino de matemática e as fichas de escrita e interpretação de texto em geral acompanham as competências a adquirir, definidas pelo Currículo Nacional do 1º ciclo.
‐ a avaliação contínua feita pela turma toda, tendo a grelha dos cintos e a discussão semanal dos planos individuais de trabalho como referência.
‐ fichas próprias de avaliação de conhecimentos, a partir de trabalhos realizados pelos alunos, para os conteúdos de Estudo do Meio.
3 Ver plataforma moodle o projecto: http://projectos.ese.ips.pt/moodle/course/category.php?id=43
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Para os critérios de avaliação especificamente estabelecidos pelo agrupamento, utiliza‐se informação recolhida como descrito acima, junto com a observação directa dos atitudes dos alunos em situação de trabalho, cruzando esta informação com o cinto de comportamento atribuído.
Avaliação periódica do projecto curricular de turma
O projecto curricular de turma é depois periodicamente avaliado e adendado. Assim, da primeira
avaliação consta, além da informação referente ao desenvolvimento do trabalho nas áreas disciplinares:
Formação cívica:
Continuaram as discussões semanais em conselho a partir do diário de turma, acerca da organização da turma, da gestão de conflitos e da condução do trabalho individual e colectivo.
Promoveu a aprendizagem da tomada de decisão em conjunto por maioria ou por consenso.
Fez‐se a elaboração e o reajustamento das leis da sala e das decisões de execução de tarefas. Como definido no desenho curricular do 1º ciclo, a formação cívica é transversal a todas as actividades realizadas, pelo que também se registam produtos através dos projectos desenvolvidos no âmbito do Estudo do Meio e da Área de projecto.
Continuaram as discussões diárias, a partir de um momento oral, integrado nas aulas de Língua Portuguesa, “Ler e mostrar” desenvolvendo os temas:
− Educação pela saúde; − Debate de problemas e questões do mundo actual; − Educação para um mundo solidário
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Área de projecto:
No projecto “O bairro por dentro” procedemos à recolha de informação nos bairros de Outurela, Portela e Barronhos, através de:
Entrevistas com comerciantes; Leitura de placas de ruas para futura pesquisa acerca dos nomes encontrados; Inquérito aos pais e às mães; Elaboração de uma maqueta "o bairro ideal"; Recolha de informações acerca da história dos bairros e da escola; Este trabalho serve de aglutinador transversal para as áreas curriculares disciplinares.
Os produtos foram:
Página da turma (site) com a informação completa;
Jornal especial em papel para oferecer a quem colaborou; Maqueta; Exposição final.
Foram intervenientes, o professor titular, os alunos da turma, as animadoras sócio‐culturais e a equipa dos apoios educativos.
No projecto “Elos... de ciências na prática” continuou‐se o trabalho acerca de Eratóstenes, em articulação com Ciência Viva e escolas franceses. Implica a colaboração de uma turma de escola secundária para traduções francês‐português e vice‐versa (esta parte do trabalho completa actividades no quadro do ELOS).
Implementou‐se o trabalho autónomo no canto de ciências, a partir de protocolos adaptados ao primeiro ciclo, com comunicação das descobertas à turma. Existem como produtos finais os registos das experiências realizadas e a publicação de momentos marcantes na página da turma.
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Estudo Acompanhado:
Continuou‐se a rotina de trabalho diário, incluído nos tempos curriculares disciplinares de Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio em que as crianças prevêem semanalmente o que pretendem fazer de trabalho autónomo ou a pares, guiadas pela planificação semanal proposta pelo professor.
Os tempos para Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio estão divididos em tempos para o professor e em tempos para os alunos. Neste tempo para os alunos é reforçado o trabalho autónomo ou a pares, onde o professor ou o par está disponível para apoiar o aluno no estudo do assunto escolhido, diversificando o trabalho em função de cada um dos alunos e em função do programa a desenvolver para as áreas nucleares.
Os alunos que frequentam os momentos facultativos de “Apoio ao Estudo” que são extra‐curriculares, tem a autorização de utilizar estes tempos extra para concluir actividades em atraso do seu plano individual.
O trabalho desenvolvido em estudo acompanhado é semanalmente e colectivamente avaliado entre todos.
Tecnologia da Informação e Comunicação: Os alunos utilizam com frequência o processamento de texto. Ao longo do primeiro período foram escritos, na sala, em três computadores recuperados pelo professor, duzentos e cinquenta e nove textos entre os dezoito alunos da turma (até dez de Dezembro). A responsabilidade para as rotinas de ligar/gravar/desligar está na mão de três crianças, uma para cada computador, que guiam as outras crianças sempre que escrevem um texto e que tenham uma dúvida.
Continuamos a não dispor de Internet na sala. A turma continua a utilizar a sala TIC para consulta da internet, 45 minutos por semana, em conjunto. Este parcelamento prejudica o trabalho curricular previsto para o Estudo do Meio, pelo que se continua a utilizar material propriedade do professor.
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EM PLURI-DOCÊNCIA, VALORIZANDO A INTERDISCIPLINARIDADE E A ACND
Olhamos agora para o projecto curricular de turma dum 5º ano de escolaridade. No início do ano lectivo,
o projecto tem o seguinte aspecto4:
Caracterização da turma
A turma é constituída por 26 alunos, 9 raparigas e 17 rapazes provenientes de oito escolas diferentes
Contexto sócio‐económico cultural
Os pais da maioria destes alunos possuem uma baixa escolaridade e ocupam profissões não especializadas. No entanto têm mostrado garantir a satisfação das necessidades materiais dos seus educandos.
O apoio literário que poderão dispensar‐lhes talvez não seja tão consistente como desejariam, no entanto têm demonstrado preocupação quanto ao cumprimento dos seus deveres face à escola. Todos os alunos possuem já os materiais escolares necessários às actividades lectivas.
Funcionamento da turma como grupo
A turma é constituída por um grupo bastante distinto de alunos. Tem um pequeno grupo de alunos que possui hábitos de trabalho e pré‐requisitos. E um grande grupo de alunos que revela muitos problemas de concentração e organização do material escolar.
São alunos que revelam alguns problemas de comportamento no que diz respeito ao cumprimento de regras acrescido de uma constante agitação e conversa nas aulas…
Como grupo, a turma tem alguns alunos (Joana, André Botelho, Rui, Gonçalo…) que apresentam relações interpessoais conflituosas que devem ser trabalhadas.
4 Retiramos do projecto as informações que identificam os alunos.
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Expectativas / motivações / interesses
A turma manifesta interesses diversos nomeadamente sobre temáticas da actualidade, política.
No que respeita a interesses futuros, as raparigas na maioria, revelam querer ser “cabeleireiras” ou “cantoras”, enquanto os rapazes manifestam interesse por carros e futebol.
Foram poucos os alunos que falaram em profissões mais “conceituadas”
Pontes fortes Grupo de alunos que na sua maioria é bastante esforçado e trabalhador e que aspira a ter boas notas.
Na generalidade, ouve e aceita as sugestões e conselhos dos professores, ainda que nem todos as ponham em prática.
Pontes fracos Dificuldades de concentração.
Muita conversa em sala de aula.
Alguns alunos com relações interpessoais conflituosas e dificuldades no cumprimento de regras quer dentro da sala de aula quer no recreio.
É um grupo pouco concentrado no trabalho que facilmente se dispersa em conversas paralelas, prejudicando e mesmo interrompendo frequentemente o funcionamento das aulas
Alguns alunos apresentam deficiente leitura de textos e dificuldade de compreensão de conceitos e interpretação
‐ A nível das aprendizagens específicas deve ser dada prioridade à superação das dificuldades no domínio da Língua Portuguesa porque constitui um bloqueio à progressão dos alunos.
Competências transversais
Diagnóstico das necessidades da TURMA:
− Capacidade de concentração − Responsabilidade − Capacidade de integração de normas e critérios de actuação
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Competências Gerais e Operacionalizações Transversais eleitas
− Pesquisar, Seleccionar e organizar informação − Planear e organizar as actividades de aprendizagem − Criar hábitos de trabalho e métodos de estudo − Cooperação com os outros em tarefas e projectos comuns − Participar em actividades interpessoais, respeitando regras e critérios de
actuação − Manifestar sentido de responsabilidade e respeito pelo seu trabalho e dos
outros − Apresentar e defender ideias próprias e saber ouvir as dos outros − Desenvolver a capacidade de responsabilização, orientação e autonomia − Estabelecer e respeitar regras para o uso colectivo dos espaços − Usar correctamente a Língua Portuguesa para comunicar de forma adequada
e para estruturar o pensamento próprio − Capacidade de usar a leitura como forma de aprendizagem − Capacidade de produzir pequenos textos com diferentes objectivos
comunicativos adequados á situação e ao destinatário − Compreender uma exposição oral e apreender o fio condutor da mesma. − Usar de forma elementar um processador de texto
Linhas de Orientação a seguir pelo D.T.
− Contactar frequentemente os Encarregados de Educação, na medida em que a sua intervenção seja necessária (resolução de problemas pontuais; acompanhamento regular dos alunos).
− Recolher informação frequente junto dos professores da turma relativa ao desempenho escolar dos alunos e junto aos técnicos do GAAF/CPCJ no sentido de sistematizar linhas de orientação e acção…
− Dialogar sistematicamente com os alunos sobre os vários aspectos da sua vida escolar (aproveitamento, comportamento, assiduidade) dinamizando Assembleias de Turma regularmente.
Desenvolvimento de valores de socialização e comportamento
Os professores tirarão partido das actividades no contexto das diversas disciplinas, bem como nas circunstâncias que advêm do contacto diário com os alunos, para fazer sobressair a importância destes valores e desenvolver as atitudes
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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pretendidas pelas competências transversais seleccionadas.
Na área de Formação Cívica (Assembleias Turma), Comunicação e Trabalho Autónomo serão especialmente exploradas situações com este fim.
Metodologias de ensino adequadas à turma.
1º 2 e 3ºs Períodos
Dentro da sala de aula os professores devem envolver‐se num conjunto diversificado de actividades que tenham em conta sobretudo:
− A inclinação da turma para trabalhos de cariz mais prático, favorecendo o desenvolvimento de métodos e hábitos de trabalho.
− A valorização do trabalho de grupo/ pares de forma a promover e a melhorar o relacionamento entre os alunos (trabalho de Projecto/apoio individualizado através dos PIT em TA).
− Leitura e interpretação de textos de diferentes tipos nas várias disciplinas.
Estratégias de gestão de conflitos/ gestão da vida colectiva
Debates
Reflexão e avaliação de comportamentos e situações
Assembleias de turma
Responsabilização dos alunos através da delegação de tarefas
Auto e hetero‐ avaliação periódica
Tutoria
Contributo de Comunicação TA FC
Comunicação:
Competências a desenvolver: (1º Período/2 e 3ºs)
− Desenvolver a capacidade de expressão oral e a auto‐confiança; − Incentivar o espírito critico, melhorando a capacidade de intervir e
defender ideias; − Desenvolver o sentido de observação; − Promover a educação para os media, fomentando a ligação entre a escola
e o mundo actual e a compreensão dos problemas da sociedade;
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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− Ajudar a organizar a informação a que os alunos têm acesso através dos media, a relativizar essa informação, a gerir emoções por ela suscitadas.
Experiências Educativas
Criação de momentos (escalas de comunicação) para os alunos treinarem a comunicação oral através de:
− uma notícia de jornal ou televisão − um debate temático organizado com os alunos − um trabalho de projecto que realizaram − um assunto estudado pelos alunos
Trabalho Autónomo:
Competências a desenvolver: (1º Período/2 e 3ºs)
− Estimular e desenvolver a crescente autonomia dos alunos; − Responsabilizar os alunos pelas suas aprendizagens e pela organização do
seu trabalho em cada quinzena; − Estimular os hábitos e métodos de trabalhos dos alunos − Inferir da necessidade de regras de organização de portefólios, cadernos
diários e métodos de estudo. − Participar de forma autónoma e responsável na realização de diferentes
tarefas.
Experiências Educativas
Estratégias de organização dos portefólios e competências relativas aos métodos e hábitos de estudo.
Exercícios de concentração com recurso às TIC, ao jogos de cálculo mental (superT), à leitura (biblioteca de turma) e a ditados musicais lacunares (EM).
Estudo Autónomo com base nos PIT
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Formação cívica:
Tema: “Ser cidadão na Escola”
Competências a desenvolver. (1º período)
− Estimular o conhecimento dos colegas
− Relacionar o direito de voto com a prática democrática.
− Adquirir hábitos de participação democrática
− Compreender e respeitar as normas básicas de convivência que regulam a vida em sociedade
− Aprender a exprimir opiniões fundamentadas.
− Aprender competências necessárias ao pleno exercício de cidadania.
− Contribuir para atitudes, valores e comportamentos saudáveis no âmbito de temáticas relacionadas com a amizade, tabagismo,.
Experiências Educativas
Eleição do delegado de turma de forma democrática aplicando o método das eleições em países democráticos.
Assembleias de turma
Debates temáticos (amizade, tabaco, higiene)
Leitura e interpretação de textos
Análise de comportamentos “tipo”
Instrumentos de Avaliação para a monitorização do processo ensino/aprendizagem
Modalidades de apreciação do rendimento escolar dos alunos
Registos de avaliação da expressão oral
Fichas de trabalho
Produção de textos
Registos de avaliação da leitura
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Fichas de avaliação formativa e sumativa
Caderno diário
Portefólio
Trabalhos individuais, de grupo e de pares
Fichas de auto e hetero‐avaliação
No fim do 1º período, a avaliação do projecto curricular de turma refere:
Itens a avaliar Não Sim
Alguns/alguma coisa
Bastante
(Assinalar com x)
Registou‐se algum tipo de concertação nas estratégias adoptadas no projecto?
X
Os objectivos definidos no projecto já foram atingidos? X
Houve reformulação (ões) relativamente ao projecto inicial? X
Os diferentes contributos disciplinares têm sido concretizados? X
Recorreu‐se a algum tipo de apoio e complemento educativo? X
Verificou‐se algum tipo de prática interdisciplinar? X
O (s) problema (s) identificado (s) está (ão) a ser superado (s)? X
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Itens a avaliar Não Sim
Alguns/alguma coisa
Bastante
(Assinalar com x)
O envolvimento dos diferentes actores tem sido observado?
Alunos X
Professores X
Outros X
Tem‐se trabalhado nas ACND em função da resolução do(s) problema(s) identificado(s)?
Trabalho de Projecto X
Trabalho Autónomo X
Formação Cívica/Comunicação
X
Os diferentes grupos de trabalho têm realizado uma avaliação contínua do seu desempenho?
X
Tem havido diversidade de instrumentos avaliativos?
X
Há a possibilidade de complementar/fazer progredir o projecto?
X
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Itens a avaliar Não Sim
Alguns/alguma coisa
Bastante
(Assinalar com x)
Há sugestões para que o trabalho decorra com maior proximidade face às expectativas criadas?
X
Indique‐a (s): Continuar a aplicar as seguintes estratégias: ‐ Incentivo e apoio ao trabalho individualiza dos alunos; ‐ utilização do reforço positivo; Reforçar a metodologia de Trabalho Projecto nas várias disciplinas; Responsabilização dos alunos pelo cumprimento de regras; ‐ reajuste periódico da disposição dos alunos na sala; ‐ Reflexões com os alunos sobre aprendizagens e atitudes (Assembleias de Turma); ‐ contactos frequentes entre DT /professores e Encarregados de Educação;
Na reformulação do projecto, lemos:
Estratégias de acção do CT face aos resultados do
1º período em FC
‐ Assinar um, Compromisso de Honra, relativo ao que deve ser melhorado no 2º período; (ver anexo)
‐Reflectir nas Assembleias de Turma, o comportamento/ aproveitamento dos alunos;
‐ Solicitar uma maior intervenção dos EE no acompanhamento dos seus educandos e na verificação do trabalho desenvolvido em casa e nas aulas bem como insistir no contacto regular com a DT.
Os temas a desenvolver no 2º período em FC estarão centrados na temática:
”Todos diferentes, todos iguais” e farão articulação, sempre que possível, com o trabalho pedido nas diferentes quinzenas por todas as disciplinas.
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Contributo de FC
Competências a desenvolver:
‐Integrar‐se melhor no mundo de hoje; ‐ Localizar países de acolhimento de comunidades portuguesas; ‐Tomar conhecimento da CPLP (Comunidade dos Países da Língua Portuguesa); ‐Interiorizar valores inerentes à declaração dos Direitos dos Animais; ‐Reconhecer a necessidade de respeitar os Direitos das Crianças; ‐Desenvolver atitudes de respeito para com a diferença; ‐Apresentar sugestões para acabar com alguns problemas; ‐Apresentar juízos de valor, participando em debates e sabendo defender ideias, respeitando opiniões; ‐Desenvolver a comunicação com o grupo;
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Os projectos transdisciplinares apresentados para desenvolver no segundo período são:
Projectos da turma (articulações)
A – Matemáticosauros (ver planificação em anexo);
B – Continuar a dinamizar o blogue da turma, fomentando a articulação com todos
os intervenientes: professores, alunos e EE;
Este espaço poderá ser visualizado acedendo ao endereço:
http//mundoanimalquintodquintoe.blogspot.com
C – PC virtual (continuar a dar a conhecer os projectos em curso das turmas D e E)
Este espaço poderá ser visualizado acedendo ao endereço:
www.humyo.com e e‐mail: [email protected], com a password:
mundoanimal.
Os projectos, que estavam descritos em anexo, vêm integrados no DVD incluído na presente publicação.
No fim do 2º período, a avaliação do projecto curricular de turma refere:
Itens a avaliar Não Sim
Alguns/alguma coisa
Bastante
(Assinalar com x)
Registou‐se algum tipo de concertação nas estratégias adoptadas no projecto?
X
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Itens a avaliar Não Sim
Alguns/alguma coisa
Bastante
(Assinalar com x)
Os objectivos definidos no projecto já foram atingidos?
X
Houve reformulação(ões) relativamente ao projecto inicial?
X
Os diferentes contributos disciplinares têm sido concretizados?
X
Recorreu‐se a algum tipo de apoio e complemento educativo?
X
Verificou‐se algum tipo de prática interdisciplinar? X
O (s) problema (s) identificado (s) está(ão) a ser superado (s)? X
O envolvimento dos diferentes actores tem sido observado?
Alunos X
Professores X
Outros (pais, técnicos do GAAF, CPCJ)
X
Tem‐se trabalhado nas ACND em função da resolução do(s) problema(s) identificado(s)?
Trabalho de Projecto X
Trabalho Autónomo X
Formação Cívica/Comunicação
X
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Itens a avaliar Não Sim
Alguns/alguma coisa
Bastante
(Assinalar com x)
Os diferentes grupos de trabalho têm realizado uma avaliação contínua do seu desempenho?
X
Tem havido diversidade de instrumentos avaliativos?
X
Há a possibilidade de complementar/fazer progredir o projecto?
X
Há sugestões para que o trabalho decorra com maior proximidade face às expectativas criadas?
X
Indique‐a (s): Continuar a aplicar as seguintes estratégias: ‐ Incentivo e apoio ao trabalho individualiza dos alunos; ‐ utilização do reforço positivo; Reforçar a metodologia de Trabalho Projecto nas várias disciplinas; Responsabilização dos alunos pelo cumprimento de regras; ‐ reajuste periódico da disposição dos alunos na sala; ‐ Reflexões com os alunos sobre aprendizagens e atitudes (Assembleias de Turma); ‐ contactos frequentes entre DT /professores e Encarregados de Educação;
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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No início do terceiro período, consta do projecto curricular de turma:
Resultados do 2º período
A turma inicia o 3º período com 24 alunos (menos um) – Carlos Nunes – que por razões familiares, foi transferido para um lar de acolhimento em Lisboa. Dos 25 alunos avaliados no 2º período, 16 não apresentaram níveis inferiores a três. Os alunos que estavam a cumprir Plano de Recuperação cumpriram parcialmente o mesmo e continuarão com plano até o fim do período. 25 alunos avaliados 16 alunos com 0 negativas 3 alunos com 1 negativas 5 alunos com 2 negativas 1 aluno com 4 negativas O aproveitamento global da turma foi considerado bastante satisfatório. O Conselho de Turma considera que o aproveitamento poderia ser ainda melhor se o comportamento de alguns alunos se modificasse. Importa registar o excelente desempenho dos seguintes alunos que estão no Quadro de Honra da Escola: número dois, André Botelho, número dezanove, Rafaela Viegas, número vinte, Rodrigo Pinheiro e também do número um, Ana Fernandes, que entrou para o Quadro de Honra neste período.
Casos relevantes a considerar
Destacam‐se os alunos André Reis, Gonçalo Rosa e Rui Lourenço. Segue em anexo relatório com sugestões/estratégia de resolução dos problemas.
Estratégias de acção do CT face aos resultados
do2º período (em TA e nas AC)
Reforçar as seguintes estratégias: − Proporcionar situações de ensino individualizado fazendo grupos de trabalho
em TA de acordo com as dificuldades dos alunos (grupo de Mat, ING, LP…) − Continuar com as aulas de apoio e com a Oficina da Matemática (alunos
previamente sinalizados);
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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− Diferenciar com maior frequência os métodos de ensino; − Reforçar o controle sobre os trabalhos; − Produzir com maior frequência, exercícios de expressão escrita; − Valorizar a participação oral; − Motivar os alunos para a leitura; − Treinar o raciocínio lógico/abstracto.
Estratégias de acção do CT face aos resultados do 2º período em FC
Contributo de FC
− Asssinar um, Compromisso de Honra, relativo ao que deve ser melhorado no 3º período; (ver anexo)
− Reflectir nas Assembleias de Turma, o comportamento/ aproveitamento dos alunos;
− Solicitar uma maior intervenção dos EE no acompanhamento dos seus educandos e na verificação do trabalho desenvolvido em casa e nas aulas bem como insistir no contacto regular com a DT.
Os temas a desenvolver no 3º período em FC estarão centrados na temática: “Educação para o Consumo”e “Problemas Ambientais” e farão articulação, sempre que possível, com as AC e as ACND nomeadamente com o Trabalho em Projecto a desenvolver e cujo tema é a: “Televisão”.
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Competências a desenvolver: ‐Consciencializar para o fenómeno do consumismo e para a necessidade de ter atitudes críticas face ao mesmo; ‐Tomar consciência dos direitos e dos deveres do consumidor; ‐Desenvolver o espírito crítico face aos mecanismos das mensagens publicitárias; ‐Relacionar as actividades domésticas e industriais com o consumo excessivo de água; ‐Sensibilizar os alunos para a racionalização do consumo de água em todas as actividades humanas; ‐Integrar‐se melhor no mundo de hoje;
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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‐Apresentar sugestões para acabar com alguns problemas;‐Apresentar juízos de valor, participando em debates e sabendo defender ideias, respeitando opiniões; ‐Desenvolver a comunicação com o grupo;
Contributo deComunicação
Área em que se continuará a privilegiar o desenvolvimento da capacidade de expressão oral e a auto‐confiança. Os alunos prosseguirão com a apresentação das suas comunicações de pequenas notícias do dia – a ‐ dia ou de temáticas relacionadas com as diferentes disciplinas.
Projectos da turma (articulações)
A ‐ A televisão (ver planificação em anexo);
B ‐ Continuar a dinamizar o blogue da turma, fomentando a articulação com todos os intervenientes: professores, alunos e EE; Este espaço poderá ser visualizado acedendo ao endereço: http//mundoanimalquintodquintoe.blogspot.com C – PC virtual (continuar a dar a conhecer os projectos em curso das turmas D e E) Este espaço poderá ser visualizado acedendo ao endereço: www.humyo.com e e‐mail: [email protected], com a password: mundoanimal.
VISITAS DE ESTUDO
6 DE MAIO: TEATRO CENTRO CULTURAL CASAPIANO (ÂMBITO DE LP) 3 DE JUNHO: CARSOSCÓPIO (ÂMBITO DAS CN)
O projecto televisão tornou‐se neste terceiro período um projecto verdadeiramente transversal à maioria de disciplinas, envolvendo os alunos activamente na sua condução.
O projecto
Em anexo ao projecto curricular de turma vem a seguinte descrição do projecto:
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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A televisão é um meio eficaz e poderoso de comunicação, atingindo um público telespectador muito numeroso. Ocupa um lugar importante na vida das pessoas, conquistando espaço ao cinema, à imprensa e até à rádio.
Através da linguagem viva que comunica de uma forma imediata e cativante, a televisão produz e transmite informação, cultura e divertimento, destinados a serem consumidos por um público vasto e variado, provocando o chamado consumo de massa. Por um lado, esta situação não é muito favorável à criatividade e liberdade de cada um de nós. Mas o contrário também existe: a televisão possibilita a determinadas classes populares ou grupos receberem informações a que, sem ela, não teriam acesso, contribuindo desta forma para o desenvolvimento.
Atendendo a este facto, o Conselho de Turma pensou sugerir aos alunos a elaboração de uma grelha de programas de televisão envolvendo‐os na sua planificação e organização. Conscientes que a abordagem deve ser cuidada, tratando‐se de alunos muito novos, assumimos a concretização do projecto como algo estimulante e desafiador para todos.
Esta “nossa televisão” será o produto final do projecto que visa incrementar um conhecimento mais aprofundado das várias áreas do saber, podendo combinar‐se com actividades de observação, interpretação, investigação e consulta, o que permite, entre outras finalidades:
− Atenuar o desfasamento entre a escola e o meio; − Sair da rotina; − Estimular nos alunos a capacidade de observação, imaginação e reflexão crítica,
provocando a curiosidade e interesse por questões que dificilmente poderiam ser abordados na sala de aula;
− Integrar os conhecimentos teóricos adquiridos; − Desenvolver o sentido de participação activa.
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Deste modo, o Conselho de Turma, pretende realizar uma experiência de diferenciação pedagógica, onde os alunos sejam capazes de construir os seus saberes, através da articulação entre as ACD e ACND.
Partindo dos interesses dos alunos e partilhando com eles a gestão dos tempos, dos recursos e dos conteúdos programáticos, pretende‐se que cada aluno se envolva e se co‐responsabilize pela sua própria aprendizagem e que desenvolva o maior número de competências:
− Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações do quotidiano;
− Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento mobilizável;
− Adoptar estratégias/metodologias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões;
− Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa; − Utilizar adequadamente a linguagem científica para se expressar; − Usar correctamente a Língua Portuguesa para comunicar de forma adequada e para
estruturar pensamento próprio; − Cooperar com os outros em tarefas e projectos comuns.
Aos professores caberá o papel de acompanhar os alunos em todo o processo, de os ajudar nas suas dificuldades, de criar situações de partilha de saberes, de promover a formação integral dos alunos e de avaliar os conhecimentos, os processos de trabalho, as competências de comunicação e as relações interpessoais.
A planificação do trabalho será subdividida em três fases: − Fase de planificação/problematização − ase de recolha de informação (pesquisa/interacção/actividades/filmagens) − Fase de avaliação dos produtos e dos saberes.
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A tabela que segue agrupa todos os conteúdos abordados, competências a desenvolver e temas de trabalho no âmbito do projecto.
Áreas Curriculares disciplinares
Conteúdos a leccionar Sugestões de temas para articulação em “Trabalho em
Projecto”
Competências transversais a desenvolver
Língua Portuguesa
Técnicas e modelos de escrita: ‐ A receita
Texto Informativo ‐ Notícia ‐ Entrevista ‐ Texto publicitário
Técnicas de Expressão Oral ‐ Exposição Oral
Teatro dos "meninos de todas as cores" Telejornal
Concurso (contribuição com algumas perguntas)
A hora do conto – histórias feitas pelos alunos para a programação infantil
Usar correctamente a língua Portuguesa para comunicar
Realizar actividades de forma autónoma, criativa e responsável
Cooperar com os outros em tarefas e projectos comuns
Pesquisar, seleccionar e organizar informação
Inglês − A casa − A alimentação − Actividades diárias − Desportos e Passatempos − Verbos no Presente
simples − (1ªp. sing) − Advérbios de frequência
(always, usually, never) − Modal verb: can
Programa de um tema com vocabulário em inglês
Telejornal (contribuição com uma notícia)
Concurso (contribuição com 3 perguntas sobre a casa e os desportos)
Cooperar com os outros em tarefas e projectos comuns
Realizar actividades de forma autónoma e responsável
Pesquisar, seleccionar e organizar informação
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Áreas Curriculares disciplinares
Conteúdos a leccionar Sugestões de temas para articulação em “Trabalho em
Projecto”
Competências transversais a desenvolver
HGP A Revolução de 1383‐1385.
Portugal nos séculos XV e XVI.
A Expansão Marítima e a abertura ao Mundo.
Telejornal (contribuição com uma notícia)
Concurso (contribuição com algumas perguntas)
Entrevista histórica com:
Mestre de Avis
Pedro Álvares Cabral
Reconhecer a divisão da sociedade em dois grupos antagónicos.
Compreender o papel do Mestre de Avis neste contexto.
Localizar os rumos da Expansão.
Reconhecer a importância das viagens marítimas para o conhecimento da Terra.
Matemática Estatística
− Recolha e organização de dados. Frequência absoluta.
− Representação de informação: tabelas, gráficos de barras e pictogramas.
Volumes
− Volume do paralelepípedo rectângulo e do cubo.
− Medição de volumes.
Telejornal (contribuição com uma notícia – “Os hábitos televisivos dos nossos alunos” e Resultados do inquérito ‐ Poupança de água.
Concurso (contribuição com algumas perguntas).
Experiências com água (contributo para o programa ligado às Ciências)
Inquérito sobre consumo de água
Reconhecer, a necessidade
de recolher e organizar informação para estudar uma situação da vida real;
Ler e interpretar informação contida em tabelas, gráficos de barras ou pequenos textos;
Fazer conjecturas a partir da interpretação de informação;
Exprimir e justificar as suas opiniões, desenvolvendo a capacidade da comunicação;
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Áreas Curriculares disciplinares
Conteúdos a leccionar Sugestões de temas para articulação em “Trabalho em
Projecto”
Competências transversais a desenvolver
Colaborar nos trabalhos de grupo, partilhando saberes e responsabilidades.
Ciências da Natureza
Importância da água para os seres vivos
Importância do ar para os seres vivos
As rochas, o solo e os seres vivos
Telejornal (contribuição com uma reportagem)
Frente‐a‐frente ambiental (debate)
Inquérito sobre consumo de água
Promover actividades integradoras dos conhecimentos, nomeadamente através da realização de projectos e actividades de investigação onde as Ciências da Natureza tenham um papel relevante;
Promover actividades dirigidas à pesquisa, selecção, organização, tratamento e interpretação de informação;
Apoiar o aluno na descoberta das diversas formas de organização da sua aprendizagem em interacção com outros e na construção da sua autonomia para aprender.
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Áreas Curriculares disciplinares
Conteúdos a leccionar Sugestões de temas para articulação em “Trabalho em
Projecto”
Competências transversais a desenvolver
EVT Formas geométricas básicas
Traçado de rectas: verticais, horizontais, oblíquas, paralelas e perpendiculares;
Divisão de segmentos de recta em partes iguais;
Divisão da circunferência
Cor: − Cores primárias,
secundárias e neutras; − Cores frias, cores
quentes; − expressividade da cor.
Logótipo para o PCT _ “ A Nossa TV”;
Desdobrável “A Apresentação do programa das turmas D/E;
Anúncios Publicitários;
Construções de cenários para os diversos programas;
Construções de fantoches.
Concurso (contribuição com algumas perguntas)
Manifestar sensibilidade estética no exercício das actividades;
Conhecer e utilizar vocabulário específico;
Organizar espaços bi e tridimensionais tendo em conta a sua estrutura;
Entender a Geometria como organização da forma;
Utilizar unidades e medidas correctamente;
Preparar as condições necessárias para o trabalho;
Cumprir normas de higiene e segurança no trabalho.
Ed. Musical Ritmo: Anacruse, Pausa de Colcheia. Contratempo. Compasso ternário e ponto de aumentação. Jazz.
Altura: Melodia e Harmonia. Textura fina e densa.
Adaptação de uma música a uma letra em Inglês para o programa infantil;
Concurso (contribuição com algumas perguntas)
− reconhecer e música como elemento essencial num anúncio televisivo.
− selecção de questões para o concurso.
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Áreas Curriculares disciplinares
Conteúdos a leccionar Sugestões de temas para articulação em “Trabalho em
Projecto”
Competências transversais a desenvolver
Dinâmica: Piano, meio forte e forte – Crescendo e diminuendo.
Selecção das músicas para os anúncios publicitários e toda a programação televisiva.
− analisar diferentes géneros musicais e seleccionar os mais adequados para os anúncios
Ed. Física − Jogos tradicionais Portugueses
− Danças tradicionais Portuguesas
− A ginástica Aeróbia/ step. − A ginástica de solo − A ginástica de aparelhos ‐
Plinto − O Judo: quedas e
projecções. − O voleibol – iniciação − O Badmington
Telejornal (contribuição com uma reportagem) ‐ “ a corrida do Benfica no dia 25 de Abril”: − a participação dos 4
jovens atletas. − Nádia Aleixo e Tiago
Palaio no Mega Salto Regional.
− Corta – Mato Concelhio – Domingos “coberto de lama”.
Concurso (perguntas sobre os jogos tradicionais portugueses (3 perguntas)
Prova prática:
− Realização de 6 jogos tradicionais (ganha a equipa que conseguir maior pontuação).
− Realizar e reconhecer vários jogos Tradicionais Portugueses.
− Realizar a coreografia da dança portuguesa “Água leva ao Regadinho”.
− Realizar uma coreografia com 32 tempos articulando os vários gestos técnicos: elevação do joelho, passe em V , L e corrida.
− Realizar uma sequência gímnica com os seguintes elementos: vela, avião, meia‐pirueta, rolamento à frente e à retaguarda.
− Realizar no plinto os seguintes saltos: de coelho/extensão, eixo e entre mãos.
− Saber cair no colchão em segurança.
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Áreas Curriculares disciplinares
Conteúdos a leccionar Sugestões de temas para articulação em “Trabalho em
Projecto”
Competências transversais a desenvolver
− saber atacar e defender em segurança.
− Executar os gestos técnicos no voleibol: passe e manchete
− Saber executar: ‐ pega da raquete e o serviço.
Trabalho Autónomo
Conteúdos das várias das ACD Articulação das propostas com as AC e concretização das mesmas…
− Participar de uma forma autónoma e responsável na realização das tarefas
− Desenvolvimento dos níveis de autonomia dos alunos de acordo com o seu estádio de desenvolvimento
− Reflectir criticamente sobre o modo como organiza a sua sessão de estudo autónomo.
− Utilizar instrumentos de planificação para se organizar.
− Cooperar com os colegas em tarefas comuns:
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Áreas Curriculares não Disciplinares
Conteúdos a leccionar
Propostas de temas para “Trabalho em Projecto”
Competências transversais a desenvolver
− Planificar o trabalho, organizar a informação seleccionada, apresentar o trabalho à turma, reflectir e avaliar o seu trabalho e o dos colegas
− Desenvolvimento do gosto pela realização de um trabalho autónomo e responsável mobilizando saberes de todas as disciplinas.
− Reflectir sobre a sua avaliação e a dos colegas.
Formação Cívica Educação para o consumo:
− Consumo e consumismo;
− Publicidade;
− Direitos do consumidor;
Frente‐a‐frente ambiental (debate)
− Consciencializar para o fenómeno do consumismo e para a necessidade de ter atitudes críticas face ao mesmo;
− Tomar consciência dos direitos e dos deveres do consumidor;
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Áreas Curriculares não Disciplinares
Conteúdos a leccionar
Propostas de temas para “Trabalho em Projecto”
Competências transversais a desenvolver
Ambiente:
Problemas ambientais:
− A água;
− O ar;
− Os resíduos;
− O ruído.
− Desenvolver o espírito crítico face aos mecanismos das mensagens publicitárias;
− Participar activamente na dinâmica do grupo/turma:
− Exprimindo ideias/opiniões com clareza
− Cooperando com os colegas − . Reflectindo e avaliando − Participar nos debates, Assembleias de Turma e demais actividades de forma construtiva
Comunicação Opinião pública e media;
Informação e media;
Media e democracia
Anúncios publicitários − Desenvolver o espírito crítico face aos mecanismos das mensagens publicitárias;
− Participar activamente na dinâmica do grupo/turma:
− Exprimindo ideias/opiniões com clareza
− Cooperando com os colegas − Reflectindo e avaliando
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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No fim do terceiro período, consta da avaliação do projecto curricular de turma:
Itens a avaliar Não Sim
Alguns/ alguma coisa
Bastante
(Assinalar com x)
Registou‐se algum tipo de concertação nas estratégias adoptadas no projecto?
X
Os objectivos definidos no projecto já foram atingidos? X
Houve reformulação (ões) relativamente ao projecto inicial? X
Os diferentes contributos disciplinares têm sido concretizados? X
Recorreu‐se a algum tipo de apoio e complemento educativo? X
Verificou‐se algum tipo de prática interdisciplinar? X
O (s) problema (s) identificado (s) está (ão) a ser superado (s)? X
O envolvimento dos diferentes actores tem sido observado?
Alunos X
Professores X
Outros (pais, técnicos do GAAF, CPCJ)
X
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Itens a avaliar Não Sim
Alguns/ alguma coisa
Bastante
(Assinalar com x)
Tem‐se trabalhado nas ACND em função da resolução do(s) problema(s) identificado(s)?
Trabalho de Projecto X
Trabalho Autónomo X
Formação Cívica/Comunicação
X
Os diferentes grupos de trabalho têm realizado uma avaliação contínua do seu desempenho?
X
Tem havido diversidade de instrumentos avaliativos? X
Há a possibilidade de complementar/fazer progredir o projecto?
X
Há sugestões para que o trabalho decorra com maior proximidade face às expectativas criadas?
X
Indique‐a (s): Continuar a aplicar as seguintes estratégias: − Incentivo e apoio ao trabalho individualiza dos alunos; Tutorias ;‐ utilização do reforço positivo; Reforçar a
metodologia de Trabalho Projecto nas várias disciplinas; Responsabilização dos alunos pelo cumprimento de regras; ‐ reajuste periódico da disposição dos alunos na sala;
− Reflexões com os alunos sobre aprendizagens e atitudes (Assembleias de Turma); ‐ contactos frequentes entre DT /professores e Encarregados de Educação;
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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PROJECTAR A DIVERSIFICAÇÃO
Nas páginas anteriores procurámos realçar o carácter estratégico e operacional do Projecto Curricular de
Turma. Sintetizamos:
. Como podemos contribuir
(áreas curriculares disciplinares e não disciplinares)
para a construção das aprendizagens do(a)s nosso(a)s aluno(a)s
nos domínios dos conhecimentos, capacidades e atitudes ?
. Que ‘caminhos’ devemos delinear para que o(a)s nosso(a)s aluno(a)s
desenvolvam as competências essenciais que definimos ?
PROJECTO CURRICULAR DE TURMA
INSTRUMENTO DE GESTÃO PEDAGÓGICA
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Escrito a partir de uma matriz simples, caracteriza e acompanha a turma, projecta o trabalho de alunos e
professores, determina a forma como o trabalho será executado e orienta a sua avaliação.
Trata‐se de um documento estratégico de um grupo específico. Por isso, ele é intransmissível. Único,
garante da diversificação pedagógica, tanto da turma perante as outras turmas, como entre todos os
elementos da turma que projecta.
Reflecte “a forma particular como, em cada contexto, se reconstrói e se apropria um currículo face a uma
situação real, definindo opções e intencionalidades próprias, e construindo modos específicos de
organização e gestão curricular, adequados à consecução das aprendizagens que integrem o currículo
para os alunos concretos daquele contexto” (Roldão, 1999: 44)5.
5 Roldão (1999). Gestão Curricular ‐ Fundamentos e Práticas Lisboa: DEB.
CADERNO 1 O PROJECTO CURRICULAR DE TURMA: ORIENTAR A DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
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Conteúdo
Nota de Introdução ................................................................................................................................ 3
A diferenciação pedagógica como instrumento estruturante da actividade escolar ............................... 5
O projecto curricular de turma: Um instrumento estratégico para a diferenciação pedagógica .............. 8
O enquadramento legal do Projecto Curricular de Turma ....................................................................... 9
Um documento operacional ................................................................................................................. 13
Equívocos frequentes ........................................................................................................................... 13
Documento estratégico ........................................................................................................................ 14
Uma matriz entre outras. ..................................................................................................................... 17
Acompanhar a diversificação pedagógica ............................................................................................. 19
Em mono‐docência ou monodocência coadjuvada ............................................................................... 20
Em pluri‐docência, valorizando a interdisciplinaridade e a ACND ......................................................... 30
Projectar a diversificação ..................................................................................................................... 59