matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt sede: rua dor´ılia carmona, n...

28
alculo Matricial

Upload: others

Post on 27-Mar-2020

4 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

CalculoMatricial

Page 2: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

EDICAO, DISTRIBUICAO E VENDAS

SILABAS & DESAFIOS - UNIPESSOAL LDA.

NIF: 510212891

www.silabas-e-desafios.pt

[email protected]

Sede:

Rua Dorılia Carmona, no4, 4o Dto

8000-316 Faro

Telefone/Fax: 289 805 399

Encomendas: [email protected]

TITULO: Calculo Matricial

AUTORES: Margarida Carvalho, Hermınia Carvalho e Teresa Ferreira

1.a edicao, 200 Exemplares

Copyright c©Outubro 2014

Sılabas & Desafios, Unipessoal Lda.

ISBN: 978-989-99114-0-6

Deposito Legal:

Edicao: Sılabas & Desafios, Unipessoal Lda.

Pre-impressao, impressao e acabamentos: Grafica Comercial, Loule.

Capa: Pedro Carvalho – www.overcover.pt

Reservados todos os direitos. Reproducao proibida. A utilizacao de todo, ou partes, do

texto, figuras, quadros, ilustracoes e graficos devera ter a autorizacao expressa do autor.

Page 3: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

CalculoMatricial

Margarida Carvalho e Teresa Ferreira sao docentes, com a categoria de

Professor Adjunto, do Instituto Superior de Contabilidade e Administracao

de Lisboa (ISCAL) do Instituto Politecnico de Lisboa (IPL).

Hermınia Carvalho, recentemente aposentada, foi durante mais de 20

anos docente do ISCAL-IPL .

Page 4: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,
Page 5: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

Aos alunos,

“Nao importa que vas devagar,

desde que nao pares. ”

Confucio(551 a.C. - 479 a.C.)

Page 6: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,
Page 7: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

PREFACIO

A teoria das matrizes e um dos temas abordados nas unidades curriculares de

Algebra Linear ou Matematica, dependendo da instituicao, no primeiro ano dos

cursos de Engenharias, Ciencias Empresariais e, naturalmente, Matematica.

A finalidade deste livro e a de apresentar uma revisao dos conceitos ele-

mentares sobre matrizes, numa linguagem matricial que e comum a maioria das

instituicoes de ensino superior, e fornecer aos alunos um conjunto consideravel

de exercıcios resolvidos que lhes permita uma boa consolidacao das tecnicas de

calculo matricial para as aplicacoes inerentes a este tema.

Nos capıtulos 1 e 3, e apresentado um resumo da teoria subjacente ao tema

das matrizes, bem como exemplos associados. Nos capıtulos 2 e 4, a teoria e

concretizada atraves dos exercıcios, detalhadamente resolvidos, para ajudar os

alunos na transicao entre a teoria e a pratica.

M. Carvalho, H. Carvalho e T. Ferreira

Outubro 2014

Page 8: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,
Page 9: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

CONTEUDO

1 Matrizes e Determinantes 1

1.1 Definicao e Representacao de uma Matriz . . . . . . . . . . . . . . 1

1.2 Tipos de Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

1.3 Operacoes Algebricas com Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

1.4 Transposicao e Traco de uma Matriz . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

1.5 Formas de Escada e Condensada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Metodo de Eliminacao de Gauss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Metodo de Gauss-Jordan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

1.6 Dependencia Linear / Independencia Linear . . . . . . . . . . . . . 21

1.7 Caracterıstica de uma Matriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

1.8 Inversa de uma Matriz Quadrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

1.9 Determinante de uma Matriz Quadrada . . . . . . . . . . . . . . . 35

1.10 Matriz Adjunta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

1.11 A Decomposicao LU . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

2 Exercıcios Resolvidos: Parte 1 51

2.1 Operacoes com Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

2.2 Formas de Escada e Condensada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

2.3 Calculo de Determinantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

Page 10: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

x CONTEUDO

2.4 Dependencia/Independencia Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

2.5 Matriz Inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98

2.6 Decomposicao LU . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129

3 Valores e Vetores Proprios 137

3.1 Valores e Vetores Proprios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137

3.2 Diagonalizacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141

3.3 Matrizes Definidas e Semidefinidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148

4 Exercıcios Resolvidos: Parte 2 157

4.1 Valores e Vetores Proprios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157

4.2 Diagonalizacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173

4.3 Matrizes Definidas e Semidefinidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186

Bibliografia 195

Indice 197

Page 11: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

Páginas intencionalmente omitidas.

Page 12: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

18 Capıtulo 1. Matrizes e Determinantes

NOTA: Colocaremos sempre as operacoes a efetuar junto da linha que vai ser

substituıda.

A =

[−1 2

4 −3

]−→

�2 + 4 �1

[−1 2

0 5

]

B =

⎡⎢⎣ 1 0 −12 1 2

3 2 2

⎤⎥⎦ −→�2 − 2 �1

�3 − 3 �1

⎡⎢⎣ 1 0 −10 1 4

0 2 5

⎤⎥⎦ −→

�3 − 2 �2

⎡⎢⎣ 1 0 −10 1 4

0 0 −3

⎤⎥⎦

C =

⎡⎢⎣ −1 0

2 1

−4 2

⎤⎥⎦ −→�2 + 2 �1

�3 − 4 �1

⎡⎢⎣ −1 0

0 1

0 2

⎤⎥⎦ −→

�3 − 2 �2

⎡⎢⎣ −1 0

0 1

0 0

⎤⎥⎦

D =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣0 1 2 3

−2 2 −3 0

0 3 5 1

0 0 0 0

⎤⎥⎥⎥⎥⎦−→

�2 ↔ �1

⎡⎢⎢⎢⎢⎣−2 2 −3 0

0 1 2 3

0 3 5 1

0 0 0 0

⎤⎥⎥⎥⎥⎦−→

�3 − 3 �2

⎡⎢⎢⎢⎢⎣−2 2 −3 0

0 1 2 3

0 0 −1 −80 0 0 0

⎤⎥⎥⎥⎥⎦�

E importante referir que a forma de escada nao e unica. Podemos obter ma-

trizes em escada diferentes, dependendo das operacoes efetuadas, tendo estas, no

entanto, igual numero de pivots (nao necessariamente os mesmos pivots).

Definicao 1.15 (Equivalencia de matrizes)

Duas matrizes, A e B, dizem-se equivalentes por linhas, se se obtem uma,

atraves da outra, por aplicacao de um numero finito de operacoes elementares as

linhas. Escreve-se A ∼ B.

Page 13: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

1.5. Formas de Escada e Condensada 19

Trata-se de uma relacao de equivalencia no conjuntoMm×n(R), por ser refle-

xiva (A ∼ A), simetrica (B ∼ A) e transitiva (A ∼ B e B ∼ C, entao A ∼ C).

Para reduzir qualquer matriz a sua forma condensada, utiliza-se um metodo

que se baseia no metodo de eliminacao de Gauss, introduzindo mais uma fase,

chamada ascendente, em que se eliminam tambem os elementos acima dos pivots.

METODO DE GAUSS - JORDAN

Depois de colocar a matriz na forma de escada, inicia-se a fase ascendente,

fixando o ultimo pivot, que podera ser da ultima linha ou nao, dependendo da

existencia de linhas nulas na forma de escada. A custa deste, anulamos todos

os elementos acima. Prosseguimos para o pivot da linha anterior, anulando os

elementos acima e assim sucessivamente ate ao pivot da primeira linha. Em

seguida dividimos cada linha pelo respetivo pivot, ficando todos iguais a 1.

A matriz final obtida, na forma condensada, e unica, independentemente das

operacoes envolvidas no processo.

Exemplo 1.13 Determinemos a forma condensada das matrizes A, B, C e D.

A =

⎡⎢⎣ 2 3 1

2 2 0

0 −1 2

⎤⎥⎦ B =

[0 2 3 −12 1 1 1

]

C =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣0 1 2 1

3 0 2 0

0 3 −1 1

1 1 1 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦ D =

⎡⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎣−1 2

0 1

−3 1

4 2

0 3

⎤⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎦

A =

⎡⎢⎣ 2 3 1

2 2 0

0 −1 2

⎤⎥⎦ −→�2 − �1

⎡⎢⎣ 2 3 1

0 −1 −10 −1 2

⎤⎥⎦ −→

�3 − �2

⎡⎢⎣ 2 3 1

0 −1 −10 0 3

⎤⎥⎦

Page 14: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

20 Capıtulo 1. Matrizes e Determinantes

Fase ascendente

3 �1 − �3

3 �2 + �3

−→

⎡⎢⎣ 6 9 0

0 −3 0

0 0 3

⎤⎥⎦ �1 + 3 �2

−→

⎡⎢⎣ 6 0 0

0 −3 0

0 0 3

⎤⎥⎦−−→16 �1

−13 �2

13 �3

⎡⎢⎣ 1 0 0

0 1 0

0 0 1

⎤⎥⎦

B =

[0 2 3 −12 1 1 1

]−→

�2 ↔ �1

[2 1 1 1

0 2 3 −1

]2 �1 − �2

−→[

4 0 −1 3

0 2 3 −1

] −−→14 �112 �2

[1 0 −1

434

0 1 32 −1

2

]

C =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣0 1 2 1

3 0 2 0

0 3 −1 1

1 1 1 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦−→

�4 ↔ �1

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 1 1 1

3 0 2 0

0 3 −1 1

0 1 2 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦−→

�2 − 3 �1

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 1 1 1

0 −3 −1 −30 3 −1 1

0 1 2 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦−→

�3 + �2

3 �4 + �2

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 1 1 1

0 −3 −1 −30 0 −2 −20 0 5 0

⎤⎥⎥⎥⎥⎦−→

15 �4⎡⎢⎢⎢⎢⎣

1 1 1 1

0 −3 −1 −30 0 −2 −20 0 1 0

⎤⎥⎥⎥⎥⎦−→

2 �4 + �3

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 1 1 1

0 −3 −1 −30 0 −2 −20 0 0 −2

⎤⎥⎥⎥⎥⎦2 �1 + �4

2 �2 − 3 �4

�3 − �4

−→⎡⎢⎢⎢⎢⎣

2 2 2 0

0 −6 −2 0

0 0 −2 0

0 0 0 −2

⎤⎥⎥⎥⎥⎦�1 + �3

�2 − �3

−→

⎡⎢⎢⎢⎢⎣2 2 0 0

0 −6 0 0

0 0 −2 0

0 0 0 −2

⎤⎥⎥⎥⎥⎦3 �1 + �2

−→

Page 15: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

Páginas intencionalmente omitidas.

Page 16: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

1.8. Inversa de uma Matriz Quadrada 27

B =

⎡⎢⎣ 1 −1 0

−2 1 0

1 1 −1

⎤⎥⎦ −→�2 + 2 �1

�3 − �1

⎡⎢⎣ 1 −1 0

0 −1 0

0 2 −1

⎤⎥⎦ −→

�3 + 2 �2

⎡⎢⎣ 1 −1 0

0 −1 0

0 0 −1

⎤⎥⎦r(B) = 3, que e igual ao numero de linhas e tambem ao numero de colunas,

pelo que, quer o conjunto das linhas, quer o conjunto das colunas de B, sao

linearmente independentes.

Matriz C:

Como a matriz C tem dimensao 3 × 4, teremos r(C) ≤ 3, que e inferior ao

numero de colunas, o conjunto das colunas e linearmente dependente. Quanto as

linhas, vai depender se a caracterıstica atinge, ou nao, o valor 3.

C =

⎡⎢⎣ −1 −1 −3 0

1 1 1 1

0 1 2 1

⎤⎥⎦ −→�2 + �1

⎡⎢⎣ −1 −1 −3 0

0 0 −2 1

0 1 2 1

⎤⎥⎦ −→

�3 ↔ �2

⎡⎢⎣ −1 −1 −3 0

0 1 2 1

0 0 −2 1

⎤⎥⎦r(C) = 3 e sendo igual ao numero de linhas, concluimos que o conjunto das

linhas e linearmente independente. �

1.8 Inversa de uma Matriz Quadrada

Definicao 1.19 (Inversa)

Uma matriz An diz-se invertıvel ou nao singular, se existir uma matriz, que se

representa por A−1, da mesma ordem de A e tal que AA−1 = A−1A = In. Se

nao existir tal matriz, A diz-se singular ou nao invertıvel.

Page 17: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

28 Capıtulo 1. Matrizes e Determinantes

Exemplo 1.19

AB =

[1 1/2

−1 0

]×[

0 −12 2

]=

[1 0

0 1

]= I2 e

BA =

[0 −12 2

]×[

1 1/2

−1 0

]=

[1 0

0 1

]= I2

entao, as matrizes A e B sao inversas entre si. �

PROPRIEDADES

Se A e B sao matrizes de ordem n, invertıveis, entao

• A−1 e invertıvel e (A−1)−1 = A;

• AB e invertıvel e (AB)−1 = B−1A−1;

• kA e invertıvel e (kA)−1 = k−1A−1 =1

kA−1, k ∈ R \ {0};

• Aᵀ e invertıvel e (Aᵀ)−1 = (A−1)ᵀ;

• An e invertıvel e (An)−1 = (A−1)n, n ∈ N.

Teorema 1.1 Uma dada matriz An e invertıvel se, e so se, r(A) = n.

Significa que se uma dada matriz A e invertıvel, esta e equivalente por linhas

a matriz identidade da mesma ordem.

Existindo duas matrizes tais que BA = I e AC = I, temos

(BA)C = IC = C e B(AC) = BI = B,

pelo queB = C. Entao, basta determinar uma inversa lateral, ou seja, determinar

A−1 que satisfaz AA−1 = I.

Teorema 1.2 A inversa de uma matriz quadrada, se existir, e unica.

Page 18: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

Páginas intencionalmente omitidas.

Page 19: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

1.9. Determinante de uma Matriz Quadrada 39

Exemplo 1.23 Calculemos o determinante de cada uma das matrizes A e B,

usando o teorema de Laplace.

A =

⎡⎢⎣ 3 2 0

1 1 −12 0 2

⎤⎥⎦ B =

⎡⎢⎣ 1 2 1

−1 0 0

4 1 −1

⎤⎥⎦

Calculo do determinante de A

Quer a linha 3, quer a coluna 3, tem um elemento nulo. Assim, e indiferente

escolhermos uma ou a outra. Aplicando o teorema de Laplace, por exemplo, a

linha 3:

|A| =

∣∣∣∣∣∣∣3 2 0

1 1 −12 0 2

∣∣∣∣∣∣∣ = 2×(−1)3+1

∣∣∣∣∣ 2 0

1 −1

∣∣∣∣∣+ 0 +2×(−1)3+3

∣∣∣∣∣ 3 2

1 1

∣∣∣∣∣= 2×(−2−0)+ 2×(3−2) = −4+2 = −2.

Calculo do determinante de B

A linha 2 tem dois zeros, pelo que e a melhor escolha para o desenvolvimento.

|B| =

∣∣∣∣∣∣∣1 2 1

−1 0 0

4 1 −1

∣∣∣∣∣∣∣ = −1× (−1)2+1︸ ︷︷ ︸=1

∣∣∣∣∣ 2 1

1 −1

∣∣∣∣∣+ 0 + 0 = 2(−1)−1×1 = −3

Embora importante, o teorema de Laplace e um metodo que se revela pouco

eficiente para o calculo de determinantes de matrizes de ordem superior a 3, pois

obriga a um esforco de calculos muito grande. Por exemplo, para uma matriz de

ordem 5, se nao existirem elementos nulos, ha que determinar 5 determinantes

4× 4. Quando as matrizes sao de ordem elevada, apenas no caso de matrizes es-

parsas (matrizes que contem um numero elevado de elementos nulos), poderemos

Page 20: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

40 Capıtulo 1. Matrizes e Determinantes

considerar a aplicacao do teorema de Laplace, ou entao combina-lo com outro

processo, como veremos mais adiante.

Uma alternativa eficiente para o calculo de determinantes, e utilizar as suas

proprias propriedades (pag. 35). Por exemplo, podemos transformar a matriz

numa matriz triangular por meio das operacoes elementares, cujo determinante

sabemos ser o produto dos seus elementos principais. No entanto, e necessaria

alguma precaucao devido a aplicacao de operacoes que alteram o determinante.

• A troca de filas entre si; neste caso, multiplicamos o determinante da ma-

triz obtida por −1.• A multiplicacao da linha que se vai substituir, por k ∈ R \ {0}; neste caso,

multiplicamos o determinante da matriz obtida por 1k .

Realcamos que, de acordo com as propriedades enunciadas, o determinante so

se altera, se a multiplicacao pela constante k ocorrer na linha que vamos substituir

e nao se for a outra que vamos adicionar.

Exemplo 1.24 Calculemos o determinante de cada uma das matrizes A, B e

C, usando as propriedades dos determinantes.

A =

⎡⎢⎣ 3 2 0

1 1 −12 0 2

⎤⎥⎦ B =

⎡⎢⎣ 1 2 1

−1 0 0

4 1 −1

⎤⎥⎦ C =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 −2 0 1

0 −1 −1 1

−1 0 1 2

3 −3 0 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦Calculo do determinante de A:

|A| =

∣∣∣∣∣∣∣3 2 0

1 1 −12 0 2

∣∣∣∣∣∣∣= −

c2 ↔ c1

∣∣∣∣∣∣∣2 3 0

1 1 −10 2 2

∣∣∣∣∣∣∣= −1

2

2 �2 − �1

∣∣∣∣∣∣∣2 3 0

0 −1 −20 2 2

∣∣∣∣∣∣∣= −1

2

�3 + 2 �2

∣∣∣∣∣∣∣2 3 0

0 −1 −20 0 −2

∣∣∣∣∣∣∣= −1

2 × 2× (−1)× (−2) = −2(M. triangular)

Page 21: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

Páginas intencionalmente omitidas.

Page 22: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

50 Capıtulo 1. Matrizes e Determinantes

B =

⎡⎢⎣ 5 1 3

2 0 1

5 −1 4

⎤⎥⎦ −→�2 − 2

5�1

�3 − �1

⎡⎢⎢⎣5 1 3

0 −25 −1

5

0 −2 1

⎤⎥⎥⎦ −→

�3 − 5 �2

⎡⎢⎣ 5 1 3

0 −25 −1

5

0 0 2

⎤⎥⎦ = U

�2 − 25�1 = �2 + (−2

5) �1 ⇒ m21 = −(−25) =

25

�3 − �1 = �3 + (−1) �1 ⇒ m31 = −(−1) = 1

�3 − 5 �2 = �3 + (−5) �2 ⇒ m32 = −(−5) = 5

A matriz L e dada por

L =

⎡⎢⎣ 1 0 0

m21 1 0

m31 m32 1

⎤⎥⎦ =⎡⎢⎣ 1 0 0

25 1 0

1 5 1

⎤⎥⎦ .

LU =

⎡⎢⎣ 1 0 025 1 0

1 5 1

⎤⎥⎦×⎡⎢⎣ 5 1 3

0 −25 −1

5

0 0 2

⎤⎥⎦ =⎡⎢⎣ 5 1 3

2 0 1

5 −1 4

⎤⎥⎦ = B

Exemplo 1.32 Determinemos, se existir, a decomposicao LU da matriz C.

C =

⎡⎢⎣ −1 1 2

4 −4 0

−1 2 −1

⎤⎥⎦

C =

⎡⎢⎣ −1 1 2

4 −4 0

−1 2 −1

⎤⎥⎦ −→�2 + 4 �1

�3 − �1

⎡⎢⎣ −1 1 2

0 0 8

0 1 −3

⎤⎥⎦Nao e possıvel determinar uma forma de escada da matriz C sem se efetuar

trocas nas linhas, pelo que C nao e fatorizavel, isto e, nao existem L e U tais

que LU = C.

Page 23: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

CAPITULO 2

EXERCICIOS RESOLVIDOS: PARTE 1

2.1 Operacoes com Matrizes

1. Considerando as seguintes matrizes, efetue as operacoes 1.1 a 1.4.

A =

⎡⎢⎣ 1 4 2

2 −3 1

−1 0 −1

⎤⎥⎦ B =

⎡⎢⎣ 1 −50 2

−1 1

⎤⎥⎦ C =

⎡⎢⎣ 6 −11 0

7 4

⎤⎥⎦ D =

⎡⎢⎣ 1 2

0 2

−2 3

⎤⎥⎦

1.1 2 I−A2 1.2 A−CDᵀ

Resolucao:

1.1

A2 = A×A

⎡⎢⎣ 1 4 2

2 −3 1

−1 0 −1

⎤⎥⎦×⎡⎢⎣ 1 4 2

2 −3 1

−1 0 −1

⎤⎥⎦ =⎡⎢⎣ 7 −8 4

−5 17 0

0 −4 −1

⎤⎥⎦ ,

Page 24: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

52 Capıtulo 2. Exercıcios Resolvidos: Parte 1

entao,

2 I−A2 =

⎡⎢⎣ 2 0 0

0 2 0

0 0 2

⎤⎥⎦−⎡⎢⎣ 7 −8 4

−5 17 0

0 −4 −1

⎤⎥⎦ =⎡⎢⎣ −5 8 −4

5 −15 0

0 4 3

⎤⎥⎦.1.2

CDᵀ =

⎡⎢⎣ 6 −11 0

7 4

⎤⎥⎦×[ 1 0 −22 2 3

]=

⎡⎢⎣ 4 −2 −151 0 −215 8 −2

⎤⎥⎦ ,entao,

A−CDᵀ =

⎡⎢⎣ 1 4 2

2 −3 1

−1 0 −1

⎤⎥⎦−⎡⎢⎣ 4 −2 −15

1 0 −215 8 −2

⎤⎥⎦ =⎡⎢⎣ −3 6 17

1 −3 3

−16 −8 1

⎤⎥⎦.

1.31

2DBᵀ + I. 1.4 AC+B−D

Resolucao:

1.3

DBᵀ =

⎡⎢⎣ 1 2

0 2

−2 3

⎤⎥⎦×[ 1 0 −1−5 2 1

]=

⎡⎢⎣ −9 4 1

−10 4 2

−17 6 5

⎤⎥⎦ ,

1

2DBᵀ =

1

⎡⎢⎣ −9 4 1

−10 4 2

−17 6 5

⎤⎥⎦ =⎡⎢⎣ −

92 2 1

2

−5 2 1

−172 3 5

2

⎤⎥⎦ ,logo,

1

2DBᵀ + I =

⎡⎢⎣ −92 2 1

2

−5 2 1

−172 3 5

2

⎤⎥⎦+⎡⎢⎣ 1 0 0

0 1 0

0 0 1

⎤⎥⎦ =⎡⎢⎣ −

72 2 1

2

−5 3 1

−172 3 7

2

⎤⎥⎦.

Page 25: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

Páginas intencionalmente omitidas.

Page 26: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

2.2. Formas de Escada e Condensada 63

Como tr(B) = 0 + 3 + 2 = 5, temos

1

tr(B)(BCDᵀ +Eᵀ) =

1

5(BCDᵀ +Eᵀ) =

1

⎡⎢⎣ −3−11−6

⎤⎥⎦ =⎡⎢⎣ −

35

−115

−65

⎤⎥⎦.

2.2 Formas de Escada e Condensada

6. Reduza cada uma das matrizes, 6.1 a 6.20, a uma forma de escada, indicando

a respetiva caracterıstica.

6.1 A =

[ −1 −5 −2

0 −1 −2

−1 1 1

]6.2 B =

[2 2 0

8 1 −1

1 0 −4

]

Resolucao:

6.1

A =

⎡⎢⎣ −1 −5 −20 −1 −2−1 1 1

⎤⎥⎦ −→

�3 − �1

⎡⎢⎣ −1 −5 −20 −1 −20 6 3

⎤⎥⎦ −→

�3 + 6 �2

⎡⎢⎣ -1 −5 −20 -1 −20 0 -9

⎤⎥⎦A matriz em forma de escada tem 3 pivots e e equivalente por linhas a A,

logo, r(A) = 3.

6.2

B =

⎡⎢⎣ 2 2 0

8 1 −11 0 −4

⎤⎥⎦ −→�2 − 4 �1

2 �3 − �1

⎡⎢⎣ 2 2 0

0 −7 −10 −2 −8

⎤⎥⎦ −→

7 �3 − 2 �2

⎡⎢⎣ 2 2 0

0 −7 −10 0 −54

⎤⎥⎦A matriz em forma de escada tem 3 pivots e e equivalente por linhas a B,

logo, r(B) = 3.

Page 27: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

64 Capıtulo 2. Exercıcios Resolvidos: Parte 1

6.3 C =

[1 0 0

3 0 2

]6.4 D =

[ −3 1 0 1 −1

2 1 −1 0 −2

0 0 −4 −1 −1

]

Resolucao:

6.3

C =

[1 0 0

3 0 2

]−→

�2 − 3 �1

[1 0 0

0 0 2

]

A matriz em forma de escada tem 2 pivots e e equivalente por linhas a C,

logo, r(C) = 2.

6.4

D =

⎡⎢⎣ −3 1 0 1 −12 1 −1 0 −20 0 −4 −1 −1

⎤⎥⎦ −→3 �2 + 2 �1

⎡⎢⎣ −3 1 0 1 −10 5 −3 2 −80 0 −4 −1 −1

⎤⎥⎦A matriz em forma de escada tem 3 pivots e e equivalente por linhas a D,

logo, r(D) = 3.

6.5 E =

⎡⎢⎣ 0 6 2

−1 −1 −1

6 3 0

1 0 1

⎤⎥⎦ 6.6 F =

⎡⎢⎣ 2 0 4 3

2 0 1 1

1 0 0 2

−1 1 1 0

⎤⎥⎦Resolucao:

6.5

E =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣0 6 2

−1 −1 −16 3 0

1 0 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦−→

�2 ↔ �1

⎡⎢⎢⎢⎢⎣−1 −1 −1

0 6 2

6 3 0

1 0 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦−→

�3 + 6 �1

�4 + �1

⎡⎢⎢⎢⎢⎣−1 −1 −10 6 2

0 −3 −60 −1 0

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

Page 28: Matricial - silabas-e-desafios.pt · info@silabas-e-desafios.pt Sede: Rua Dor´ılia Carmona, n o4, 4 Dto 8000-316 Faro ... M.Carvalho,H.CarvalhoeT.Ferreira Outubro 2014. ... ent˜ao,

Páginas intencionalmente omitidas.