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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE CEILÂNDIA CURSO DE FONOAUDIOLOGIA MARIANNA AVELINO TAVARES O IMPACTO DE INDICADORES DE TRATAMENTO NO TEMPO DE TERAPIA PARA AFASIA, APRAXIA DE FALA E DISARTRIA Brasília - DF 2018

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE CEILÂNDIA

CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

MARIANNA AVELINO TAVARES

O IMPACTO DE INDICADORES DE TRATAMENTO NO TEMPO DE TERAPIA PARA AFASIA, APRAXIA DE FALA E

DISARTRIA

Brasília - DF

2018

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MARIANNA AVELINO TAVARES

O IMPACTO DE INDICADORES DE TRATAMENTO NO TEMPO DE TERAPIA PARA AFASIA, APRAXIA DE FALA E

DISARTRIA

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Universidade de Brasília – Faculdade de Ceilândia como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fonoaudiologia. O trabalho foi apresentado e aprovado pela banca examinadora em 03 de Julho de 2018.

Professor Orientador: Profa. Dra. Maysa Luchesi Cera

Examinadora: Cláudia Aparecida Pietrobon

Brasília – DF

2018

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O IMPACTO DE INDICADORES DE TRATAMENTO NO TEMPO DE TERAPIA PARA AFASIA, APRAXIA DE FALA E DISARTRIA

THE IMPACT OF TREATMENT INDICATORS AT TIME OF THERAPY FOR

APHASIA, APRAXIA OF SPEECH AND DYSARTHRIA

Marianna Avelino Tavares – Graduanda do Curso de Fonoaudiologia da

Universidade de Brasília – UnB – Distrito Federal (DF), Brasil

Patrícia Pupin Mandrá - Doutora, Professora do Curso de Fonoaudiologia do

Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço

da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - USP -

Ribeirão Preto (SP), Brasil

Thaís Cristina da Freiria Moretti - Fonoaudióloga formada pela Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto – FMRP – USP – Ribeirão Preto (SP), Brasil

Carla Manfredi dos Santos – Doutora, Fonoaudióloga do Centro Integrado de Reabilitação do

Hospital Estadual de Ribeirão Preto (CIRHE) – Ribeirão Preto (SP) – Brasil

Letícia Brunelli Wolf – Mestre, Fonoaudióloga da Prefeitura Municipal de Sertãozinho (SP)

– Brasil

Maysa Luchesi Cera - Doutora, Professora do Curso de Fonoaudiologia da

Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília - FCE/UnB - Distrito Federal

(DF), Brasil

Centro Integrado de Reabilitação do Hospital Estadual de Ribeirão Preto (CIRHE) - à

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo

(USP)

Universidade de Brasília (UnB) – Faculdade de Ceilândia (FCE)

Marianna Avelino Tavares. Campus Universitário – Centro Metropolitano, Ceilândia

Sul, Brasília – Distrito Federal (DF), Brasil, CEP:72220-275. Email:

[email protected] Universitário - Centro Metropolitano, Ceilândia Sul

Brasília - DF. CEP: 72220-275

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RESUMO

Objetivo: Comparar o tempo de tratamento e o motivo da alta dos usuários de um

serviço de atenção de média complexidade com transtornos neurológicos adquiridos

da comunicação entre dois períodos, antes e após a implantação dos indicadores de

tratamento. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo coorte retrospectivo, realizado

por meio de análise de prontuário dos usuários do Setor de Linguagem Adulto do

Serviço de Fonoaudiologia do Centro Integrado de Reabilitação do Hospital Estadual

de Ribeirão Preto atendidos em janeiro de 2010 até dezembro de 2011 e entre julho

de 2013 a junho de 2015. Resultados: Foram 172 usuários no total para os

períodos antes (2010-2011) e após (2013-2015) a implantação dos indicadores de

tratamento. Quanto à caracterização da amostra, 61,6% eram homens e a idade

média foi de 56,6±(15,8) anos. Quanto à causa do transtorno da comunicação,

73,8% tiveram acidente vascular cerebral. A afasia acometeu 44,8% da amostra. O

tempo médio de tratamento fonoaudiológico dos usuários que permaneceram em

terapia até a alta foi de 11±7 meses no primeiro período e 7±5 meses no segundo

período. Houve diferença estatisticamente significante no tempo médio de terapia

antes e após a implantação dos indicadores de tratamento. Conclusão: A

implantação dos indicadores de tratamento impactou na redução do tempo médio de

tratamento fonoaudiológico para os transtornos da comunicação e aumentou o

motivo de alta terapêutica dos usuários atendidos em um serviço brasileiro de média

complexidade.

Descritores: Transtornos da Comunicação; Indicadores de Qualidade em Assistência

à Saúde; Indicadores; Afasia; Disartria; Apraxias.

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ABSTRACT

Purpose: To compare the time of treatment and the reason for the discharge of the

users of a care service of medium complexity with acquired neurological disorders of

the communication between two periods, before and after the implantation of the

treatment indicators. Methods: This is a retrospective cohort study, carried out by

analyzing the medical records of the users of the Adult Language Sector of the

Speech and Hearing Therapy Service of the Integrated Rehabilitation Center of the

State Hospital of Ribeirão Preto, attended in January 2010 to December of 2011 and

between July 2013 to June 2015. Results: There were 172 users in total for the

periods before (2010-2011) and after (2013-2015) the implementation of treatment

indicators. Regarding the characterization of the sample, 61,6% were men. The

mean age was 56,6±(15,8) years. As for the cause of the communication disorder,

73,8% had a stroke. Aphasia affected 44,8% of the sample. The mean duration of

speech therapy for patients who remained on therapy until discharge was 11±7

months in the first period and 7±5 months in the second period. There was a

statistically significant difference in the mean time of therapy before and after the

implantation of the treatment indicators. Conclusion: The implementation of the

treatment indicators impacted the reduction of the average time of speech therapy

treatment for the communication disorders and increased the reason for the

discharge therapeutic of the users served in a Brazilian service of medium

complexity.

Keywords: Communication Disorders; Quality Indicators, Health Care; Indicators;

Aphasia; Dysarthria; Apraxias.

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INTRODUÇÃO

Os transtornos da comunicação se caracterizam como uma alteração nos

processos de envio, recepção, processamento e compreensão de conceitos ou

símbolos, podendo ser verbais, não verbais e gráficos. Podem ser decorrentes do

desenvolvimento ou adquiridos(1). Os transtornos adquiridos da comunicação são

originados por uma lesão no sistema nervoso central ou periférico e classificados em

distúrbios da fala ou linguagem(2).

Segundo a Lei nº 6.965, de 9 de dezembro de 1981, o Fonoaudiólogo:

“É o profissional, com graduação plena em Fonoaudiologia, que atua em

pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológicas na área da

comunicação oral e escrita, voz e audição, bem como em aperfeiçoamento

dos padrões da fala e da voz”(3).

O balizador de tempo de tratamento em Fonoaudiologia preconizado para os

transtornos da comunicação estabelecido pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia

foi de no mínimo 12 meses para afasia e disartria e até 6 meses para apraxia de

fala(4).

Um estudo realizado com usuários de um serviço de Fonoaudiologia de alta

complexidade acometidos por afasia, disartria e apraxia de fala, verificou que a

maioria dos usuários apresentou alta até os 6 primeiros meses de terapia, outros

necessitaram de 12 meses, seguidos dos que deram continuidade até os 18

meses(5).

O planejamento dos serviços de terapia fonoaudiológica depende de

diversos fatores, inclusive do tipo do transtorno da comunicação e seu respectivo

tempo médio de tratamento. A Fonoaudiologia na saúde pública tem apresentado

crescimento e o número de pessoas com transtornos da comunicação que recorrem

aos serviços públicos tem aumentado. Assim, são necessárias providências para

suprir a alta demanda e adequar os serviços à realidade atual(6).

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No gerenciamento de um serviço público brasileiro, a inserção de

indicadores de qualidade em uma unidade hospitalar do Distrito Federal contribuiu

para a assistência dos usuários, norteou a atuação fonoaudiológica e o

gerenciamento do serviço(7). O gerenciamento de indicadores pode trazer melhorias

na prestação dos serviços de Fonoaudiologia, fornecendo uma assistência de maior

qualidade, o que acarreta em benefícios ao usuário e fortalece a prática baseada em

evidências(8).

Atualmente, o Brasil é composto por um dos maiores sistemas públicos de

saúde do mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS) que busca garantir o acesso

integral, universal e gratuito à saúde para todos os cidadãos do país(9). Para garantir

a regionalização hierarquizada do SUS, o Hospital Estadual de Ribeirão Preto surgiu

com a intenção de suprir o espaço existente no nível secundário hospitalar, evitando,

assim, o atendimento dos casos de baixa e média complexidade na atenção terciária

e absorvendo a demanda nesse nível de atenção(10).

O Centro Integrado de Reabilitação do Hospital Estadual de Ribeirão Preto

(CIRHE), vinculado à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da

Universidade de São Paulo (USP), entre os períodos de 2010 a 2015 foi composto

por, em média, onze fonoaudiólogos, doze fisioterapeutas, doze terapeutas

ocupacionais, um psicólogo, uma assistente social, dois auxiliares de enfermagem e

uma enfermeira, além de diversos estagiários dos cursos da FMRP. O serviço

recebe usuários encaminhados por profissionais da atenção primária, terciária ou

das demais áreas do CIRHE. Os critérios de inclusão compreendem pessoas com

necessidade de reabilitação na atenção secundária à saúde e de exclusão

compreendem as alterações motoras, respiratórias ou de deglutição graves e que

demandam atendimento de alta complexidade.

Em 2012, em todos os setores do CIRHE, foram revisados os critérios de

alta e permanência dos usuários na reabilitação e em 2013 foram implantados

indicadores de tratamento, por meio de novos procedimentos operacionais. Os

transtornos adquiridos da comunicação são atendidos no Setor de Linguagem Adulto

do Serviço de Fonoaudiologia do CIRHE e os procedimentos operacionais estipulam

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a realização de reavaliações e devolutivas fonoaudiológicas a cada 12 sessões, o

que acontece em um tempo médio de três meses.

A hipótese é que a implantação dos novos procedimentos operacionais com

os indicadores de reabilitação reduz o tempo de atendimento dos usuários, aumenta

a quantidade bianual de usuários atendidos e facilita a estrutura organizacional da

equipe. A apresentação dos resultados obtidos após a implantação dos indicadores

de um serviço de reabilitação de média complexidade auxiliará no direcionamento da

estrutura organizacional de outros serviços de reabilitação e na compreensão do

tempo de terapia para os transtornos neurológicos adquiridos da comunicação.

O objetivo deste estudo é comparar o tempo de tratamento e o motivo da

alta dos usuários de um serviço de atenção de média complexidade com transtornos

neurológicos adquiridos da comunicação entre dois períodos antes (janeiro de 2010

a dezembro de 2011) e após (julho de 2013 a junho de 2015) a implantação dos

indicadores de tratamento estabelecidos nos procedimentos operacionais de 2013.

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MÉTODOS

Este estudo é do tipo coorte retrospectivo, realizado por meio de análise de

prontuário dos usuários do Setor de Linguagem Adulto do Serviço de Fonoaudiologia

do CIRHE atendidos em dois períodos.

Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital

das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/ FMRP-USP, sob o

protocolo com parecer número 2.017.401 e CAAE 66805317.9.0000.5440. Os

usuários participantes desta pesquisa já receberam alta do serviço, o que dispensou

a necessidade de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Foram analisados os prontuários eletrônicos dos usuários do CIRHE

atendidos no Setor de Linguagem Adulto antes e após a implantação dos

procedimentos operacionais e seus indicadores de tratamento. Os dois períodos

corresponderam a 24 meses, o primeiro foi referente ao levantamento de dados de

janeiro de 2010 até dezembro de 2011 e o segundo abrangeu os dados dos usuários

atendidos entre julho de 2013 e junho de 2015.

Os critérios de inclusão foram: ter iniciado acompanhamento no Setor de

Linguagem Adulto do CIRHE, devido a um transtorno da comunicação neurológico e

adquirido (afasia, apraxia de fala e disartria), em um dos períodos correspondentes a

este estudo. O critério de exclusão foi ter transtorno da comunicação do

desenvolvimento.

As informações coletadas foram:

Dados gerais de identificação: nome; registro; data de nascimento; idade na

data da avaliação inicial; sexo;

Causa do transtorno da comunicação: traumatismo crânio encefálico (TCE),

acidente vascular cerebral (AVC), doença neurológica ou outra;

Hipótese diagnóstica fonoaudiológica da comunicação: afasia, apraxia de fala

ou disartria;

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Hipótese diagnóstica fonoaudiológica que co-ocorre ao transtorno da

comunicação: disfagia orofaríngea;

Características do atendimento: data de início no serviço; realização de

terapia fonoaudiológica (sim/não); tempo de terapia fonoaudiológica em

meses; motivo da alta fonoaudiológica (alta terapêutica ou abandono);

Os dados referentes às hipóteses diagnósticas do transtorno da

comunicação foram obtidos por meio das avaliações de linguagem, geralmente,

realizadas por meio do Teste de Boston para o Diagnóstico das Afasias(11) ou da

Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação(12). Nos casos de transtorno motor

da fala, as hipóteses diagnósticas corresponderam aos resultados nos protocolos de

apraxia de fala(13) e de disartria(14). Para rastreio das funções cognitivas relacionadas

à comunicação, foram obtidos dados referentes aos protocolos complementares,

como o Mini Exame do Estado Mental(15) ou outros, quando necessário.

Após a coleta de todas essas informações, os dados sobre os transtornos da

comunicação (afasia, apraxia de fala e disartria), o tempo médio de atendimento e o

motivo da alta foram comparados entre os grupos: antes (2010-2011) e após (2013-

2015) a implantação dos indicadores de tratamento para o Setor de Linguagem

Adulto.

Foi usado o software estatístico IBM SPSS 22, para análise descritiva e

inferencial. Para verificar a normalidade da distribuição das variáveis foi utilizado o

teste Komogorov Smirnov. Para a comparação entre o tempo de terapia dos dois

períodos do estudo, antes e após os indicadores de tratamento, foi aplicado o teste

Mann-Whitney. A probabilidade (p) menor que 0,05 foi considerada para indicar

significância estatística.

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RESULTADOS

Caracterização Geral da Amostra

Foram 172 usuários no total para os períodos antes (2010-2011) e após

(2013-2015) a implantação dos indicadores de tratamento. A Tabela 1 apresenta os

dados sociodemográficos e neurológicos dos usuários do serviço estudado.

(Tabela 1)

Dos 172 usuários que passaram pelo setor nos períodos estudados, 157

iniciaram a reabilitação e 15 foram avaliados e orientados. Dos 157 que iniciaram o

tratamento indicado, 129 seguiram o tratamento até a alta fonoaudiológica, 57 do

período antes dos indicadores de tratamento e 72 após.

Comparação entre o tempo de terapia fonoaudiológica antes e após a

implantação de indicadores de tratamento

Para realizar a análise do tempo de terapia entre os dois períodos

estudados, foram selecionados apenas os 129 usuários que concluíram o processo

terapêutico.

A Tabela 2 apresenta os tempos de terapia fonoaudiológica nos dois

períodos analisados com o tempo mínimo, máximo, média e desvio padrão. Ao

comparar o tempo de terapia até a alta fonoaudiológica dos usuários atendidos nos

períodos estudados, o presente estudo evidenciou redução estatisticamente

significante no tempo de tratamento após a implantação dos indicadores de

tratamento (U=1488,00, p=0,007).

(Tabela 2)

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9

Na Tabela 3 são apresentadas as porcentagens dos motivos das altas

terapêuticas dos usuários.

(Tabela 3)

Comparação entre o tempo de terapia para afasia e disartria

Para comparação do tempo de tratamento entre os transtornos de linguagem

e os transtornos motores da fala, foram considerados apenas os usuários que

permaneceram em tratamento até a alta, com exceção dos 16 que apresentavam

co-ocorrência de afasia e disartria. Todos os casos com apraxia de fala

apresentavam co-ocorrência de transtorno adquirido da comunicação, por isso,

apenas a presença de afasia ou disartria é que foi considerada nesta análise,

independente do usuário apresentar co-ocorrência de apraxia de fala. Assim, o

tempo de fonoterapia de 86 usuários com afasia sem disartria foi comparado ao

tempo de terapia de 27 usuários com disartria sem afasia. A Tabela 4 apresenta os

resultados desta análise com o tempo mínimo, máximo, média e desvio padrão dos

tempos de terapia em meses.

(Tabela 4)

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DISCUSSÃO

A implantação dos indicadores de tratamento impactou na redução do tempo

médio de terapia fonoaudiológico para os transtornos da comunicação atendidos em

um serviço brasileiro de média complexidade, além do aumento da porcentagem de

usuários que permaceram em tratamento até a alta, redução dos abandonos e dos

encaminhamentos para a atenção terciária. Esses resultados serão discutidos

abaixo.

O tempo médio de terapia fonoaudiológica apresentado na Tabela 2 foi

menor no período após a implantação dos indicadores de tratamento quando se

considera apemas os usuários que permaneceram em tratamento fonoaudiológico

até a alta (Tabela 2).

A partir da implantação dos indicadores de tratamento, os usuários iniciavam

a terapia e passavam por reavaliações e devolutivas fonoaudiológicas a cada 12

sessões para redefinição de conduta. Desta forma, acredita-se que os usuários

foram conscientizados periodicamento do processo terapêutico, de seus resultados

quantitativos e qualitativos obtidos no período que permaneceram em tratamento e

dos objetivos planejados quando a conduta era de manutenção da fonoterapia. A

porcentagem de usuários que permaneceram em terapia até a alta fonoaudiológica

foi maior após a implantação dos indicadores. Antes dos indicadores, havia apenas

uma reavaliação no momento da alta fonoaudiológica e 57 dos 83 (68,7%) usuários

permaneceram em atendimento até a alta. Após a implantação dos indicadores e

com as reavaliações periódicas, 72 de 89 (80,9%) usuários permaneceram em

atendimento até a alta. Ao se considerar apenas os 157 usuários que iniciaram

fonoterapia, essa porcentagem de usuários que permaneceram em tratamento até a

alta é ainda mais discrepante antes (71,3%) e após (93,5%) a implantação dos

indicadores (Tabela 3). Portanto, conclui-se que a implantação dos indicadores de

resultados da terapia fonoaudiológica possibilitou maior adesão ao tratamento. Esse

achado fica evidente ao se observar os resultados referentes à alta por abandono

apresentados nas Tabelas 1 e 3.

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Outro aspecto observado nas Tabelas 1 e 3 é que no segundo período

estudado não houve encaminhamento de usuário para a atenção de alta

complexidade, o que aconteceu no primeiro período. Acredita-se que este dado não

tenha relação direta com os indicadores de tratamento e esteja relacionado ao

aumento do conhecimento sobre os critérios de inclusão e exclusão do CIRHE por

parte dos profissionais responsáveis por referenciar os usuários do serviço. No início

do serviço, os critérios ainda não eram conhecidos por todos os profissionais ou não

estavam claramente definidos.

É interessante referir que no segundo período estudado, dez usuários

permaneceram em terapia mais do que 12 meses, enquanto o mesmo aconteceu 21

vezes no primeiro período. Portanto, os indicadores de tratamento auxiliaram a

identificação da conduta terapêutica, mas não limitaram a permanência do usuário

no serviço por tempo maior do que o estipulado nos procedimentos operacionais

atuais, quando havia demanda fonoaudiológica.

Observa-se que os tempos médios de reabilitação fonaudiológica em meses

para afasia (10±7) e disartria (7±5) (Tabela 4) foram menores do que o preconizado

pelo balizador de tempo de tratamento proposto pelo Conselho Federal de

Fonoaudilogia em 2013(4). Nossos resultados corroboram com um estudo realizado

em um serviço público brasileiro de saúde que evidenciou diferença entre o tempo

de terapia fonoaudiológica em relação ao balizador preconizado pelo Conselho

Federal de Fonoaudiologia (16). Observa-se, ainda, que, além da diferença de tempo

de terapia em relação ao preconizado pelos balizadores, o presente estudo mostra

que a afasia tem um maior tempo de terapia do que a disartria.

Em relação ao maior tempo de terapia para afasia, um outro fator que pode

estar associado é a presença de alterações cognitivas. Um estudo verificou que,

quanto pior o desempenho cognitivo, maior o tempo do tratamento e menor a

porcentagem de alta dos usuários admitidos em uma unidade de reabilitação, apesar

da mesma intensidade de terapia fonoaudiológica diária(17). Portanto, o presente

estudo conclui que o tempo de terapia e a alta fonoaudiológica parecem estar

diretamente relacionados à presença de alteração de linguagem.

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Quanto aos transtornos da comunicação, referente à demanda do serviço

estudado, a Tabela 1 mostra maior ocorrência de afasia, seguida de disartria. A

apraxia de fala sempre co-ocorreu com outro transtorno. A frequência dos

transtornos estudados corrobora com os achados de um serviço brasileiro de

reabilitação fonoaudiológica na atenção de alta complexidade(5). Portanto, os

resultados quanto à frequência dos transtornos adquiridos da comunicação podem

ser considerados por diferentes serviços com demandas quanto ao tipo dos

transtornos atendidos. Destaca-se que alguns usuários apresentaram mais de um

transtorno da comunicação, especialmente na presença de apraxia de fala.

Outro quadro que pode co-ocorrer com os transtornos da comunicação nas

doenças neurológicas é a disfagia orofaríngea. Em nosso estudo, a disfagia foi

apresentada em 13,4% dos usuários atendidos nos dois períodos, como aponta a

Tabela 1. Em outra pesquisa, a disfagia esteve presente em 55% dos usários que

sofreram transtornos neurológicas, associados ou não a transtornos de fala e

linguagem(18). Essa diferença da ocorrência de disfagia entre os estudos se deve ao

tipo de doença neurológica estudada, enquanto no presente estudo a maioria

apresentou AVC, no outro estudo a maior demanda foi de doenças

neuromusculares.

O presente estudo encontrou o AVC como maior causa dos transtornos da

comunicação, assim como em outra pesquisa sobre os transtornos adquiridos da

comunicação que verificou 69,5% da amostra com lesão neurológica decorrente do

AVC(5). Em nosso estudo o AVC acometeu 73,8% da população analisada, seguido

de demência com 8,1% e TCE correspondendo a 7,6% da amostra geral dos dois

períodos. Assim, a causa do transtorno da comunicação e a presença de co-

ocorrência destes transtornos estão diretamente relacionados à demanda do serviço

e devem ser considerados para a reabilitação fonoaudiológica.

Os quadros neurológico e fonoaudiológico dos usuários são fundamentais

para o tempo de reabilitação, mas é importante considerar, também, os dados

sociodemográficos. Apesar disso, destaca-se que diferença do tempo de fonoterapia

entre os dois períodos estudados não esteve relacionada aos dados

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sociodemográficos, neurológicos e fonoaudiológicos, pois são semelhantes nos dois

períodos estudados (Tabela 1). Outro estudo também não encontrou interferência da

idade nos efeitos da reabilitação de usuários com afasia(19). Ainda, um estudo que

avaliou a terapia de linguagem para afasia, observou que o prognóstico não estava

associado à idade e tipo de patologia(20).

Este estudo verificou, ainda, que a implantação de indicadores de tratamento

com reavaliações periódicas apoiadas em dados normativos favoreceu a definição

de condutas e as devolutivas aos usuários do serviço, aumentou a quantidade de

atendimentos, reduziu o número de usuários que aguardavam em fila de espera,

aumentou a adesão à terapia e a qualidade do serviço prestado.

Portanto, este estudo mostra a maior eficiência de um serviço brasileiro de

Fonoaudiologia de atenção de média complexidade após a implantação dos

indicadores de tratamento. Um achado que corrobora com outro estudo que mostrou

melhora no desempenho dos serviços de Fonoaudilogia e benefícios aos usuários

atendidos após a mensuração dos indicadores(8).

Limitações:

Nos prontuários dos usuários não foi possível coletar informações quanto à

presença de comorbidades e quanto aos fatores contextuais associados ao

processo terapêutico. Estes aspectos podem contribuir para a alta por abandono ou

para a manutenção no tratamento e seriam informações que fortaleceriam ainda

mais a discussão dos resultados deste estudo. Além disso, informações

neurológicas relacionadas ao tempo de lesão até o início da terapia e à extensão e

localização da lesão poderiam contribuir para a análise dos dados, bem como a

escolaridade que impacta na reserva cognitiva. Sobre os transtornos da

comunicação, saber a gravidade da afasia, bem como da apraxia de fala e disartria,

poderia auxiliar na análise dos dados e até possíveis replicações deste estudo.

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CONCLUSÃO

A implantação de indicadores de tratamento em um serviço brasileiro de

média complexidade impactou na redução do tempo médio de terapia

fonoaudiológica para os transtornos da comunicação e aumentou o motivo de alta

terapêutica dos usuários atendidos nesse serviço.

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15

AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos coordenadores, aos diretores e às fonoaudiólogas do

CIRHE por apoiarem a realização deste estudo. A primeira autora deste artigo

recebeu Bolsa PIBIC do Programa de Iniciação Científica da UnB - PIC/UnB, no

Edital Pibic 2017 para o desenvolvimento deste estudo.

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REFERÊNCIAS

1. ASHA: American Speech and Hearing Association [Internet]. Rockville:

American Speech-Language-Hearing Association; 1993;35(10):40-41.

Definitions of communication disorders and variations. [cited 2018 May 15];

Available from: https://www.asha.org/policy/RP1993-00208.htm.

2. PEÑA-CASANOVA J, DIÉGUEZ-VIDE F, PÉREZ PAMIES M. A Linguagem e

as Afasias. In: PEÑA-CASA NOVA J, PÉREZ PAMIES M. Reabilitação da

afasia e transtornos associados. São Paulo: Manole Ltda; 2005. p. 9-10.

3. BRASIL. Lei nº 6.965, de 9 de dezembro de 1981. Dispõe sobre a

regulamentação da profissão de Fonoaudiólogo, e determina outras

providências. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos

Jurídicos. [citado em 17 de maio de 2018]; Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6965.htm.

4. CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA. Balizador do Tempo de

Tratamento. 1ª ed. 2013. [citado em 6 de março de 2018]; Disponível em:

http://www.fonoaudiologia.org.br/publicacoes/BALIZADOR%20DE%20TEMPO

.pdf .

5. TALARICO TR, VENEGAS MJ, ORTIZ KZ. Perfil populacional de pacientes

com distúrbios da comunicação humana decorrentes de lesão cerebral,

assistidos em hospital terciário. Rev CEFAC. 2011;13(2):330-9.

6. MOREIRA MD, MOTA HB. Os caminhos da fonoaudiologia no Sistema Único

de Saúde-SUS. Rev CEFAC. 2009;11(3):516-21.

7. BORGES MSD, MANGILLI LD, FERREIRA MC, CELESTE LC. Apresentação

de um Protocolo Assistencial para Pacientes com Distúrbios da Deglutição.

CoDAS. 2017;29(5).

8. MORAES DP, ANDRADE CRF. Indicadores de qualidade para o

gerenciamento da disfagia em Unidades de Internação Hospitalar. Jornal da

Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2011;23(1):89-94.

9. Portal da Saúde, Ministério da Saúde. [citado em 12 de janeiro de 2017];

Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/entenda-o-

sus.

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17

10. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP.

[citado 30 de abril de 2017]; Disponível em:

http://www.hcrp.usp.br/sitehc/upload/Hospital%20Estadual%20de%20Ribeir%

C3%A3o%20Preto.pdf.

11. GOODGLASS H, KAPLAN EF. The Assessment of Aphasia and Related

Disorders. 2 ed. Lea & Febiger, Philadelphia, PA, USA, 1983.

12. FONSECA RP, M PARENTE, H COTE, B SKA, Y JOANETTE. Bateria

Montreal de avaliação da comunicação–Bateria MAC. São Paulo: Pró-Fono,

2008.

13. MARTINS FC, ORTIZ KZ. Proposta de protocolo para avaliação da apraxia de

fala. Fono Atual. 2004;30(7):53-61.

14. ORTIZ KZ. Distúrbios neurológicos adquiridos: fala e deglutição. In: Ortiz KZ.

Avaliação das Disartrias. São Paulo: Manole; 2010. p.73-95.

15. BRUCKI SMD, NITRINI R, CARAMELLI P, BERTOLUCCI PHF, OKAMOTO I.

Sugestões para o uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil. Arq.

Neuropsiquiatr. 2003;61(3):777-81.

16. MORELLI JMG, GRILLO LP, LACERDA LLV, MEZADRI T, BAUMGARTEL Cl.

Tempo de tratamento em fonoaudiologia em um serviço público versus

balizadores preconizados. Revista CEFAC. 2015;17(5):1556-1562.

17. RABADI MH, RABADI FM, EDELSTEIN L, PETERSON M. Cognitively

impaired stroke patients do benefit from admission to an acute rehabilitation

unit. Archives of physical medicine and rehabilitation. 2008;89(3):441-448.

18. JANI MP, GORE GB. Occurrence of communication and swallowing problems

in neurological disorders: analysis of forty patients. NeuroRehabilitation.

2014;35(4):719-727.

19. BASSO A, CAPITANI E, VIGNOLO LA. Influence of rehabilitation on language

skills in aphasic patients. A controlled study. Archives of

Neurology.1979;36(4):190-196.

20. SPINELLI M, LAPETINA J, ROSADO ML, ROSADO PS, LIMA JGC. Terapia

de linguagem na afasia. Arquivos de neuro-psiquiatria.1977;35(4):340-345.

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18

Tabela 1- DADOS SOCIODEOGRÁFICOS, NEUROLÓGICOS E FONOAUDIOLÓGICOS DOS USUÁRIOS COM

AFASIA, APRAXIA DE FALA E DISARTRIA

Antes Após Total

DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS (N=172)

N

Sexo Masculino

Feminino

83

59,0%

41,0%

89

64,0%

36,0%

172

61,6%

38,4%

Total 100% 100% 100%

Idade 59,1±15,3 54,3±16,0 56,6±15,8

CAUSA DO TRANSTORNO DA COMUNICAÇÃO (N=172)

AVC 70,0% 77,6% 73,8%

Demência 7,2% 9,0% 8,1%

TCE 6,0% 9,0% 7,6%

Doença neuromuscular 12,0% 2,2% 7,0%

Tumor Neurológico 1,2% 0% 0,6%

Neuroinfecção 3,6% 2,2% 2,9%

Total 100% (n=83) 100% (n=89) 100% (n=172)

TRANSTORNO DA COMUNICAÇÃO (N=172)

Afasia 33,7% 55,1% 44,8%

Disartria 29,0% 11,2% 19,8%

Afasia e Apraxia de Fala 26,5% 19,2% 22,8%

Afasia e Disartria 7,2% 11,2% 9,3%

Afasia, Apraxia e Disartria 0% 1,1% 0,5%

Apraxia e Disartria 0% 1,1% 0,5%

Sem transtorno da comunicação 3,6% 1,1% 2,3%

Total 100% (n=83) 100% (n=89) 100% (n=172)

DISFAGIA OROFARÍNGEA QUE CO-OCORRE AOS TRANSTORNOS DA COMUNICAÇÃO (N=172)

Sem Disfagia Orofaríngea 14,5% 12,4% 13,4%

Com Disfagia Orofaríngea 85,5% 87,6% 86,6%

Total 100% (n=83) 100% (n=89) 100% (n=172)

MOTIVO GERAL DA ALTA

(N=172)

Alta terapêutica 68,7% 80,9% 75,0%

Alta por abandono 18,1% 5,6% 11,6%

Encaminhamento para atenção

terciária

9,6% 0% 4,7%

Avaliados e Orientados 3,6% 13,5% 8,7%

Total 100% (n=83) 100% (n=89) 100% (n=172)

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Tabela 2 - TEMPO DE TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA PARA AFASIA, APRAXIA DE FALA E DISARTRIA DOS

USUÁRIOS QUE PERMANECERAM EM TERAPIA ATÉ A ALTA FONOAUDIOLÓGICA (MESES) + ESTATÍSTICAS

TESTE

ANTES DOS INICADORES DE

TRATAMENTO

APÓS OS INDICADORES DE TRATAMENTO

N 57 72

Mínimo 1,0 1,0

Máximo 37,0 31,0

Média 11,0 7,8

Desvio Padrão 7,6 5,5

Mann Whitney U=1488,00 p=0,007

Tabela 3 - MOTIVO DA ALTA DOS USUÁRIOS COM AFASIA, APRAXIA DE FALA E DISARTRIA QUE INICIARAM A

TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA (N=157)

Antes Após Total

Alta terapêutica 71,3% (n=57) 93,5% (n=72) 82,2% (n=129)

Alta por abandono 18,7% 6,5% 12,7%

Encaminhamento para atenção terciária 10% 0% 5,1%

Total N 100% (n=77) 100% (n=80) 100% (n=157)

Tabela 4 - COMPARAÇÃO DO TEMPO MÉDIO DE TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA PARA AFASIA E DISARTRIA (MESES) + ESTATÍSTICAS TESTE

Afasia (N =86) Disartria (N =27)

Média (desvio padrão) 10,3 (7,2) 7,6 (5,2)

Mínimo 1 1

Máximo 37 23

Mann Whitney U=877,5 p=0,056

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Normas para preparação de manuscrito

Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

Escopo e Política

Todos os trabalhos, após aprovação pelo Conselho Editorial, serão

encaminhados para análise e avaliação de dois revisores, sendo o anonimato

garantido em todo o processo de julgamento. Os comentários serão devolvidos aos

autores para as modificações no texto ou justificativas de sua manutenção. Somente

após aprovação final dos editores e revisores, os trabalhos serão encaminhados

para publicação. A partir de 2012, todos os trabalhos de autores brasileiros terão

publicação bilíngue Português/Inglês. Sendo assim, após revisão técnica, os autores

serão instruídos a traduzirem os manuscritos para a língua inglesa. A versão em

Inglês será de responsabilidade dos autores. Os artigos que não estiverem de

acordo com as normas da revista não serão avaliados.

A revista apresenta as seguintes seções: Artigos originais, Artigos de

revisão, Relato de casos, Refletindo sobre o novo, Resenhas, Resumos, Cartas

ao editor.

Artigos originais: são trabalhos destinados à divulgação de resultados da

pesquisa científica. Devem ser originais e inéditos. Sua estrutura deverá conter os

seguintes itens: Resumo e descritores, Abstract e keywords, Introdução, Métodos,

Resultados, Discussão, Conclusão e Referências. Os Resultados devem ser

interpretados, indicando a relevância estatística para os dados encontrados, não

devendo portanto, ser mera apresentação de tabelas, quadros e figuras. Os dados

apresentados no texto não devem ser duplicados nas tabelas, quadros e figuras e/ou

vice-versa. Recomenda-se que os dados recebam análise estatística inferencial para

que sejam mais conclusivos. Das referências citadas (máximo 30), pelo menos 70%

deverão ser constituídas de artigos publicados em periódicos da literatura nacional e

estrangeira.

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O número de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, bem como a

afirmação de que todos os sujeitos envolvidos (ou seus responsáveis) assinaram o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no caso de pesquisas envolvendo

pessoas ou animais (assim como levantamentos de prontuários ou documentos de

uma instituição), são obrigatórios e devem ser citados no item Métodos.

Relato de casos: relata casos ou experiências com até dez sujeitos, com

características singulares de interesse para a prática profissional, descrevendo seus

aspectos, história, condutas, etc. Deve conter: Resumo e descritores, Abstract e

keywords, Introdução (com breve revisão da literatura), Apresentação do caso

clínico, Discussão, Comentários finais, e Referências (máximo 15).

A Apresentação do caso clínico deverá conter a afirmação de que os sujeitos

envolvidos (ou seus responsáveis) assinaram do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido, consentindo, desta forma, com a realização e divulgação desta

pesquisa e seus resultados. No caso de utilização de imagens de pacientes, anexar

cópia do Consentimento Livre e Esclarecido dos mesmos, constando a aprovação

para utilização das imagens em periódicos científicos.

Artigos de revisão: são constituídos de avaliação critica e sistemática da

literatura, de material publicado sobre um assunto específico e atualizações sobre o

tema, escritos a convite do editor. Devem conter Resumo e descritores, Abstract e

keywords, Introdução do tema, Revisão da literatura, Discussão, Comentários finais

e Referências (máximo 40, pelo menos 70% deverão ser constituídas de artigos

publicados em periódicos da literatura nacional e estrangeira).

Refletindo sobre o novo: um artigo recente e inovador é apresentado

inovação é apresentado e comentado por um especialista, a convite do editor. Deve

conter a referência completa do trabalho comentado, nome, instituição e e-mail do

comentador.

Resenhas: resumos comentados da literatura científica. Deve conter a

referência completa do trabalho comentado, nome, instituição e e-mail do

comentador.

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Resumos: resumos relevantes de artigos, teses, trabalhos apresentados em

Eventos Científicos, etc... Deve conter a referência completa do trabalho na página

de rosto.

Cartas ao editor: críticas a matérias publicadas, de maneira construtiva,

objetiva e educativa ou discussões de assuntos específicos da atualidade. Serão

publicadas a critério dos Editores. As cartas devem ser breves (250 a 500 palavras).

A Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia - RSBFa apoia as

políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial de Saúde (OMS)

e do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), reconhecendo a

importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de

informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, somente serão

aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um

número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos

critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no

site do ICMJE (www.icmje.org). O número de identificação deverá ser registrado ao

final do resumo.

Forma e preparação de manuscritos

As normas que se seguem devem ser obedecidas para todos os tipos de

trabalhos e foram baseadas no formato proposto pelo International Committee of

Medical Journal Editors e publicado no artigo: Uniform requirements for manuscripts

submitted to biomedical journals, versão de outubro de 2007, disponível em:

http://www.icmje.org/.

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Requisitos técnicos:

Devem ser incluídos, obrigatoriamente, além do arquivo do artigo, os seguintes

documentos suplementares (digitalizados):

a) Carta assinada por todos os autores, contendo permissão para

reprodução do material e transferência de direitos autorais, além de

pequeno esclarecimento sobre a contribuição de cada autor;

b) Aprovação do Comitê de Ética em pesquisa da instituição onde foi

realizado o trabalho, quando referente a pesquisas em seres humanos

ou animais;

c) Cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado

pelo(s) sujeito(s) (ou seus responsáveis), autorizando o uso de

imagem, quando for o caso;

d) Declaração de conflitos de interesse, quando pertinente.

PREPARO DO MANUSCRITO

O texto deve ser formatado em Microsoft Word, RTF ou WordPerfect, em

papel tamanho ISO A4 (212x297mm), digitadas em espaço duplo, fonte Arial

tamanho 12, margem de 2,5cm de cada lado, justificado, com páginas numeradas

em algarismos arábicos; cada seção deve ser iniciada em uma nova página, na

seguinte sequência: página de identificação, Resumo e descritores, Abstract e

keywords, texto (de acordo com os itens necessários para a seção para a qual o

artigo foi enviado), Agradecimentos, Referências, tabelas, quadros, figuras (gráficos,

fotografias e ilustrações) e anexos, com suas respectivas legendas. O número total

de páginas do manuscrito (incluindo tabelas, quadros, figuras, anexos e referências)

não deve ultrapassar 30 páginas.

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Página de identificação:

Deve conter:

a) Título do artigo, em português (ou espanhol) e inglês. O título

deve ser conciso, porém informativo;

b) Título do artigo resumido com até 40 caracteres;

c) Nome completo de cada autor, seguido do departamento e/ou

instituição;

d) Departamento e/ou instituição onde o trabalho foi realizado;

e) Nome, endereço instituicional e e-mail do autor responsável e a

quem deve ser encaminhada a correspondência;

f) Fontes de auxilio à pesquisa, se houver;

g) Declaração de inexistência de conflitos de interesse de cada

autor

Resumo e descritores:

A segunda página deve conter o resumo, em português (ou espanhol) e

inglês, de não mais que 250 palavras. Deverá ser estruturado de acordo com a

seção em que o artigo se encaixa, contendo resumidamente as principais partes do

trabalho e ressaltando os dados mais significativos. Assim, para Artigos originais, a

estrutura deve ser, em português: Objetivo, Métodos, Resultados, Conclusões; em

inglês: Purpose, Methods, Results, Conclusion. Para Artigos de revisão e Relatos de

caso o resumo não deve ser estruturado. Abaixo do resumo, especificar no mínimo

cinco e no máximo dez descritores/keywords que definam o assunto do trabalho. Os

descritores deverão ser baseados no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde)

publicado pela Bireme, que é uma tradução do MeSH (Medical Subject Headings) da

National Library of Medicine e disponível no endereço eletrônico: http://decs.bvs.br.

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Texto:

Deverá obedecer a estrutura exigida para cada tipo de trabalho. A citação

dos autores no texto deverá ser numérica e sequencial, utilizando algarismos

arábicos entre parênteses e sobrescritos, sem data e sem nenhuma referência ao

nome dos autores, como no exemplo:

"... Qualquer desordem da fala associada tanto a uma lesão do

sistema nervoso quanto a uma disfunção dos processos sensório-

motores subjacentes à fala, pode ser classificada como uma desordem

motora(11-12) ..."

Palavras ou expressões em inglês, que não possuam tradução oficial para o

português devem ser escritas em itálico. Os numerais até dez devem ser escritos

por extenso.

No texto deve estar indicado o local de inserção das tabelas, figuras,

quadros e anexos, da mesma forma que estes estiverem numerados,

sequencialmente. Todas as tabelas, figuras (gráficos, fotografias e ilustrações),

quadros e anexos devem ser em preto e branco (ou em escala de cinza), dispostas

ao final do artigo, após as referências.

Agradecimentos:

Inclui reconhecimento a pessoas ou instituições que colaboraram

efetivamente com a execução da pesquisa. Devem ser incluídos agradecimentos às

instituições de fomento que tiverem fornecido auxílio e/ou financiamentos para a

execução da pesquisa.

Referências:

Devem ser numeradas consecutivamente, na mesma ordem em que foram

citadas no texto e identificadas com números arábicos. A apresentação deverá estar

baseada no formato denominado "Vancouver Style", conforme exemplos abaixo, e

os títulos de periódicos deverão ser abreviados de acordo com o estilo apresentado

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pela List of Journal Indexed in Index Medicus, da National Library of Medicine e

disponibilizados no endereço: ftp://nlmpubs.nlm.nih.gov/online/journals/ljiweb.pdf

Recomenda-se utilizar referências publicadas nos últimos dez anos.

Para todas as referências, citar todos os autores até seis. Acima de seis,

citar os seis primeiros, seguidos da expressão et al.

ARTIGOS DE PERIÓDICOS

Shriberg LD, Flipsen PJ, Thielke H, Kwiatkowski J, Kertoy MK, Katcher ML et al. Risk

for speech disorder associated with early recurrent otitis media with effusions: two

retrospective studies. J Speech Lang Hear Res. 2000;43(1):79-99.

Wertzner HF, Rosal CAR, Pagan LO. Ocorrência de otite média e infecções de vias

aéreas superiores em crianças com distúrbio fonológico. Rev Soc Bras Fonoaudiol.

2002;7(1):32-9.

LIVROS

Northern J, Downs M. Hearing in children. 3rd ed. Baltimore: Williams & Wilkins;

1983.

CAPÍTULO DE LIVROS

Rees N. An overview of pragmatics, or what is in the box? In: Iwin J. Pragmatics: the

role in language development. La Verne: Fox; 1982. p. 1-13.

CAPÍTULO DE LIVRO (mesma autoria)

Russo IC. Intervenção fonoaudiológica na terceira idade. Rio de Janeiro: Revinter;

1999. Distúrbios da audição: a presbiacusia; p. 51-82.

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TRABALHOS APRESENTADOS EM CONGRESSOS

Minna JD. Recent advances for potential clinical importance in the biology of lung

cancer. In: Annual Meeting of the American Medical Association for Cancer

Research; 1984 Sep 6-10; Toronto. Proceedings. Toronto: AMA; 1984; 25:2293-4.

DISSERTAÇÕES E TESES

Rodrigues A. Aspectos semânticos e pragmáticos nas alterações do

desenvolvimento da linguagem [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo

- Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas; 2002.

DOCUMENTOS ELETRÔNICOS

ASHA: American Speech and Hearing Association [Internet]. Rockville: American

Speech-Language-Hearing Association; c1997-2008. Otitis media, hearing and

language development. [cited 2003 Aug 29]; [about 3 screens} Available from:

http://www.asha.org/consumers/brochures/otitis_media.htm

Tabelas:

Apresentar as tabelas separadamente do texto, cada uma em uma página,

ao final do documento. As tabelas devem ser digitadas com espaço duplo e fonte

Arial 8, numeradas sequencialmente, em algarismos arábicos, na ordem em que

foram citadas no texto. Todas as tabelas deverão ter título reduzido, auto-explicativo,

inserido acima da tabela. Todas as colunas da tabela devem ser identificadas com

um cabeçalho. No rodapé da tabela deve constar legenda para abreviaturas e testes

estatísticos utilizados. O número de tabelas deve ser apenas o suficiente para a

descrição dos dados de maneira concisa e não devem repetir informações

apresentadas no corpo do texto. Quanto à forma de apresentação, devem ter

traçados horizontais separando o cabeçalho, o corpo e a conclusão da tabela.

Devem ser abertas lateralmente. Serão aceitas, no máximo, cinco tabelas.

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Quadros:

Devem seguir a mesma orientação da estrutura das tabelas, diferenciando

apenas na forma de apresentação, que podem ter traçado vertical e devem ser

fechados lateralmente. Serão aceitos no máximo dois quadros.

Figuras (gráficos, fotografias e ilustrações):

As figuras deverão ser encaminhadas separadamente do texto, ao final do

documento, numeradas sequencialmente, em algarismos arábicos, conforme a

ordem de aparecimento no texto. Todas as figuras deverão ser em preto e branco

(ou em escala de cinza), com qualidade gráfica adequada (usar somente fundo

branco), e apresentar título em legenda, digitados em letra Arial 8. As figuras

poderão ser anexadas como documentos suplementares em arquivo eletrônico

separado do texto (a imagem aplicada no processador de texto não significa que o

original está copiado). Para evitar problemas que comprometam o padrão da

Revista, o processo de digitalização de imagens ("scan") deverá obedecer os

seguintes parâmetros: para gráficos ou esquemas usar 800 dpi/bitmap para traço;

para ilustrações e fotos (preto e branco) usar 300 dpi/RGB ou grayscale. Em todos

os casos, os arquivos deverão ter extensão .tif e/ou .jpg. Também serão aceitos

arquivos com extensão .xls (Excel), .cdr (CorelDraw), .eps, .wmf para ilustrações em

curva (gráficos, desenhos, esquemas). Serão aceitas, no máximo, cinco figuras. Se

as figuras já tiverem sido publicadas em outro local, deverão vir acompanhadas de

autorização por escrito do autor/editor e constando a fonte na legenda da ilustração.

Legendas:

Apresentar as legendas usando espaço duplo, acompanhando as

respectivas tabelas, quadros, figuras (gráficos, fotografias e ilustrações) e anexos.

Abreviaturas e siglas:

Devem ser precedidas do nome completo quando citadas pela primeira vez

no texto. As legendas das tabelas, quadros, figuras e anexos devem ser

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acompanhadas de seu nome por extenso. As abreviaturas e siglas não devem ser

usadas no título dos artigos e nem no resumo.

Envio de Manuscritos

Serão aceitos para análise somente os artigos submetidos pelo sistema de

editoração online, disponível em http://submission.scielo.br/index.php/rsbf/index.

Os autores dos artigos não poderão submeter seus trabalhos a outras

publicações, nacionais ou internacionais, até que os mesmos sejam efetivamente

publicados ou rejeitados pelo corpo editorial. Somente o editor poderá autorizar a

reprodução dos artigos publicados na Revista da Sociedade Brasileira de

Fonoaudiologia - RSBFa em outro periódico.

Os autores dos artigos selecionados para publicação serão notificados, e

receberão instruções relacionadas aos procedimentos editoriais técnicos. Os autores

de manuscritos não selecionados para publicação receberão notificação com os

motivos da recusa.

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