la crisis ambiental contemporánea-tommasino

11
CONOCER PARA DECIDIR EN APOVO A LA INVESTIOACIÓN A C A O < M I C A •••••• ¿Sustentabilidad? Desacuerdos sobre el desarrollo susten Guillermo Foladori y Naína Pierri Coordinadores Universidad Aulónoma de Zacatecas Porrúa MKXICO 2005

Upload: ilovepessoa

Post on 06-Apr-2016

222 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

Crisis ambiental

TRANSCRIPT

Page 1: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

CONOCER PARA DECIDIR E N A P O V O A L A INVESTIOACIÓN A C A O < M I C A

• • • • • • •

¿Sustentabilidad? Desacuerdos sobre el desarrollo susten

G u i l l e r m o F o l a d o r i y Naína P i e r r i Coordinadores

Universidad Aulónoma d e Z a c a t e c a s

Porrúa M K X I C O • 2 0 0 5

Page 2: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

h o i i i b r e - m e d i o , m i e n t r a s , l a visión crítica e n t i e n d e e s a relación c o m o d e r i v a ­d a d e l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s .

D i g a m o s , finalmente, q u e r e s u l t a i m p r e s c i n d i b l e a g r a d e c e r l a c o l a b o r a ­ción d e t o d o s l o s a u t o r e s , s i n c u y o a p o r t e e s t e l i b r o n o sería p o s i b l e . S e t r a t a d e l | ) r o d u c t o d e u n a c o n f l u e n c i a i n t e r d i s c i p l i n a r i a , q u e n o sólo r a t i f i c a l a v a ­l i d e / d e e s e e n f o q u e p a r a e s t e c a m p o d e l c o n o c i m i e n t o , s i n o q u e m u e s t r a s u e l ( ( l i v i d a d .

Capítulo 1

La crisis ambiental contemporánea H u m b e r t o T o m m a s i n o

Gu i l l e rmo Folador i Javier Taks

La forma como el ser humano se relaciona con el medio ambiente

L A RELACIÓN d e l s e r h u m a n o c o n e l a m b i e n t e s i e m p r e h a s i d o c o n t i a d i c t o -r i a . P o r u n l a d o , d e s t r u y e n d o p a r a s o b r e v i v i r ; p o r o t r o , r e p r o d u c i e n d o o g a ­r a n t i z a n d o l a r ep roducc ión d e s e r e s x i v o s ( a g r i c u l t u r a , ganader ía , z o n a s d e prohib ic ión d e c a z a - p e s c a , e tcétera) , t ambién c o n e l propósi to d e v i v i r m e j o r . L a c o n c i e n c i a s o b r e e s a d o b l e n e c e s i d a d s i e m p r e e s t u v o p r e s e n t e . ' C t i a k j i i i e i ' h i s t o r i a a r n b i e n t a l d e j m i i r i c l o n m e y j ; a s o c i e d a d e s m e n o s d e s a i r ( ) l l a -d a s t ecno lóg icamen te s u f r i e r o n d e c r i s i s a m b i e n t a l e s , e n l a mayoría d e l o s c a s o s p o r d e p r e d a r r e c u r . o s n a t u r a l e s h a s t a s u cx i i iu ióu ( C r o s b y , 1 9 8 8 ; P o n -t i n g , 1 9 9 2 ) .

H o y e n día e s r e c o n o c i d a l a participación d e h o m b r e s y m u j e r e s q u e c r u ­z a r o n e l " p u e n t e " d e B e r i n g i a , d e s d e e l n o r e s t e asiático h a s t a A l a s k a h a c e l u i o s 1 2 , 0 0 0 años, e n l a extinción d e m a m u t s , m a s t o d o n t e s y o t r o s g r a n d e s niann'fé-r o s , a m e d i d a q u e a v a n z a b a n h a c i a e l s u r d e l c o n t i n e n t e a m e r i c a n o . L a c o n o ­c i d a t e s i s d e M a r t i n ( 1 9 8 4 ) s o b r e e l p a p e l d e g r u p o s d e c a z a d o r e s paleolíticos e n l a extinción d e a n i m a l e s e n c o n t i n e n t e s d e colonización tardía, h a s i d o l u i a p r u e b a d e l o s e f e c t o s d i r e c t o s e i n d i r e c t o s que p u e d e n p r o v o c a r s o c i e d a d e s c o n tecnologías " s i m p l e s " s o b r e e l m e d i o a m b i e n t e e n e l l a r g o p l a z o ; a u n c u a n d o o t r a s v a r i a b l e s , c o m o c a m b i o s climáticos, p u e d a n i n t e r v e n i r ( H a y n e s , 2 0 0 2 ) . L a r e s p o n s a b i l i d a d d e l o s c a z a d o r e s y r e c o l e c t o r e s e n l a extinción d e l a m e g a f a u -n a e n l o s c o n t i n e n t e s d e colonización tardía s e r e p i t e c o n l a s g r a n d e s a v e s e n l a s i s l a s ( S t e a d m a n y M a r t i n , 2 0 0 3 ; A n d e r s o n , 2 0 0 2 ; L e a c k y y L e w i n , 1 9 9 8 ) . L a fragmentación d e h a b i t a t p o r t a l a d e b o s q u e s , l a c a z a i n d i s c r i m i n a d a y l a i n t r o ­ducción d e e s p e c i e s d e a n i m a l e s p r e d a d o r e s exóticos, n o s o n c a u s a s que ( l i f i e -

' L a m a g i a , u n a d e l a s I b r m a s d e a c i i n n c o n s i i e n l e s c i h i e l a n a l u r a k v a , l a n a n t i g u a c ( i n i ( i l a m i s m a e s p e c i e h u m a n a , s e presentó d e s d e u n i n i t i o e n s u d o b l e íoinia d e m a g i a p o r oposición {v.f^). p i i t t u r a d e u n c a z a d o r c a z a n d o ) y m a g i a p o r s e m e j a n t e s {j'.gr. representación d e r e s preñada) , K n l a p r i m e r a e s l . ' i p r e ­s e n t e l a f o r m a d e s t r u c t i v a , e n l a s e g i i n d a l a l o i i u i i l e p r o d m t i v a ( K i a z e i . 1 ( 1 0 8 ) .

Page 3: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

r a i l c u a l i t a t i v a m e n t e d e l a s q u e c o n t e m p o r á n e a m e n t e s e i d e n t i f i c a n c o m o r e s -| ) o i i s a b l e s d e e x t i n c i o n e s . L e a c k y y L e w i n c o n c l u y e n :

N o h a c e n f a l t a máquinas d e deforestación m a s i v a p a r a o c a s i o n a r g r a n d e s daños a m b i e n t a l e s . L a s s o c i e d a d e s c o n tecnología p r i m i t i v a h a n e s t a b l e c i d o e n e l p a s a d o r e c i e n t e u n a m a r c a i n s u p e r a d a e n e s t e s e n t i d o , y a q u e d e s e n ­c a d e n a r o n l o q u e e n p a l a b r a s d e S t o r r s O I s o n f u e " u n a d e l a s más rápidas y g r a v e s catástmfes biológicas d e l a h i s t o r i a d e l a l i e r r a " ( 1 9 9 8 : 1 9 2 ) .

destrucción d e l a m e g a f a u t i a e s p o l o l a nía n i festación más v i s i b l e d e l a s t n i i i s f o r m a c i o n e s q u e , d e s d e l o s homínidos a n t e c e s o r e s d e l H o m o sapiens, s e v e ­nían c a u s a n d o a j o s e c o s i s t e m a s .

l a m b i ó ! Ias£spe^ h u m a r a s están s u j e t a s a l a p o s i b i l i d a d d e de£redíu-o d e g r a d a r e l e m e n t o s v i t a l e s j a r a s u reproducciórh c a s o más n o t o r i o f u e e l d e l a s c i a n o b a c t e r i a s anaeróbicas q u e h a c e 3 , 6 0 0 m i l l o n e s d e años y c o m o r e s u l ­t a d o d e l a f a l t a d e c o m p u e s t o s d e c a r b o n o prebióticos, c o m e n z a r o n a u t i l i z a r l a l u / s o l a r (fotosíntesis) p a r a s e p a r a r l a s moléculas d e c a r b o n o d e l a g u a . C o n e l l o l i b e r a r o n oxígeno q u e i nundó l a atmósfera y q u e , paradój icamente , s e c o n v i r ­tió e n u n g a s tóxico p a r a a q u e l l a s b a c t e r i a s q u e vivían e n a m b i e n t e s s i n oxígeno. L o s s e r e s v i v o s aeróbicos p u d i e r o n r e p r o d u c i r s e y d i v e r s i f i c a r s e g r a c i a s a d i c h a transformación d e l a atmósfera. A n i v e l l o c a l , s o n c o n o c i d o s l o s múltiples c a s o s d e erosión d e l s u e l o p o r c a b r a s , d e a v a n c e d e h i e r b a s o árboles s o b r e n u e v o s e ( ( ) s i s t e m a s c o m o r e s u l t a d o d e b r u s c o s c a m b i o s a m b i e n t a l e s , etcétera. L a m a ­yoría d e l a s e s p e c i e s n o c u e n t a c o n u n s i s t e m a d e autorregulación según l a s c o n d i c i o n e s d e l m e d i o e n q u e s e e n c u e n t r a . Y , también, a l g u n a s e s p e c i e s r e p r o ­d u c e n i n s t i n t i v a m e n t e o t r o s s e r e s v i v o s , q u e s o n f u e n t e d e s u s t e n t o , c o m o l o s h o n g o s c r i a d o s p o r l a s h o r m i g a s p a r a a l i m e n t a r s e . Y m u c h a s u t i l i z a n i n s t r u ­m e n t o s p a r a t r a n s f o r m a r e l m e d i o a m b i e n t e a s u s n e c e s i d a d e s , c o m o l a s r e p r e ­sas ( | u e c o n s t r u y e n l o s c a s t o r e s .

L o q u e e s d i s t i n t i v o d e l a e s p e c i e h u m a n a n o e s , e n t o n c e s , n i e l e f e c t o d e ­g r a d a n t e s o b r e e l m e d i o a m b i e n t e , n i l a transformación d e e s e a m b i e n t e p a r a s o b r e v i v i r . L o q u e e s específico e s q u e e s e m e t a b o l i s m o c o n l a n a t u r a l e z a e x t e r ­n a s e d a d e f o r m a mediada. E l s e r h u m a n o t r a n s f o r m a e l m e d i o a m b i e n t e e x t e r n o u s a n d o i n s t r u m e n t o s q u e , a d i f e r e n c i a d e l o s u s a d o s p o r o t r a s e s p e c i e s , s o n a c u m u l a d o s d e generación e n generación. E s t a característica p r o p i a m e n t e h u ­m a n a , generó a m a n e r a d e u n b u m e r a n g , e f e c t o s a l i n t e r i o r d e l a p r o p i a e s p e c i e h u m a n a . L o s i n s t r u m e n t o s a c u m u l a d o s s o n f a c t i b l e s d e apropiación y m o n o p o ­l i o . C o n e l l o , l a s o c i e d a d h u m a n a s e dividió e n g r u p o s y c l a s e s s o c i a l e s , s e g i i n l a relac i o n d e p r o p i e d a d y apropiación d e e s o s m e d i o s d e producción, c i u e f u e r o n s i e m p r e l a b a s e p a r a t r a n s f o r m a r e l a m b i e n t e e x t e r n o . Así, a l m i s m o t i e m p o

q u e e l s e r h u m a n o t r a n s f o r m a b a e l m e d i o e x t e r n o , s e t r a n s f o r m a b a a sí m i s m o . L a s r e l a c i o n e s d e producción q u e s e e s t a b l e c e n e n t r e l a s c l a s e s y g r u p o s o s e c ­t o r e s a c a d a e t a p a d e l a h i s t o r i a d e l a h u m a n i d a d , c o n d i c i o n a n l a f o r m a c o m o s e m o d i f i c a e l a m b i e n t e e x t e r n o . L a relación d e l s e r h u m a n o c o n s u m e d i o a m ­b i e n t e , y l a s p o s i b l e s c r i s i s d e r i v a d a s , están c o n d i c i o n a d a s p o r s u s c o n n a d i c c i o -n e s i n t e r n a s .

iQué son problemas ambientales?

L a preocupación p o r e l m e d i o a m b i e n t e n o d e b e b a s a r s e n i e n l a utilización d e r e c u r s o s n a t u r a l e s n i e n l a generación d e r e s i d u o s . E s o e s a l g o n a t u r a l , i n e v i t a ­b l e , y común a c u a l q u i e r e s p e c i e d e s e r v i v o . preocupación d e b e s u r g i r c u a n ­d o e s o s r e c u r s o s s o n u t i l i z a d o s a u n r i t m o m a y o r a l a s c a p a c i d a d e s d e l a n a t u r a ­l e z a p o r r e p r o d u c i r l o s ; o c u a n d o l o s d e s e c h o s s o n g e n e r a d o s a u n r i t m o también m a y o r a l a c a p a c i d a d d e absorción d e l a n a t u r a l e z a . IMS poblemns ambientales sur­gen, e n c u a l q u i e r c a s o , de u n a contradicción entre el ntmo de los ciclos biogeoquimicos. y el r i t m o de los ciclos de producción h u m a n a , p a r a u n nivel determinado de desarrollo de las fuerzas productivas. E l d i a g r a m a 1 i l u s t r a e s a contradicción y m u e s t r a cómo t o ­d o s l o s p r o b l e m a s a m b i e n t a l e s p u e d e n s e r r e d u c i d o s a d o s g r a n d e s g r u p o s : d e ­predación y contaminación.

DiAt .RAMA 1

P R O B L E M A S A M B I E N T A L E S

R e c u r s o s Producción I (Fxonomí.i)

t Depredación

Problemas aiiibienlales

El carácter contemporáneo de la crisis ambiental

C o n l a generalización d e l a s r e l a c i o n e s c a p i t a l i s t a s , q u e f u e p o s i b l e p o r l a R e ­volución I n d u s t r i a l , l a relación d e l s e r h u m a n o c o n l a n a t u r a l e z a e x t e r n a sufrió m o d i f i c a c i o n e s s i g n i f i c a t i v a s e n s u r i t m o , amplitud, nivel, profundidad y grado de conciencia.

M o d i f i c a c i o n e s d e r i t m o o velocidad, p o r q u e l a producción c a p i t a l i s t a t i e n e c o m o f o r m a d e organización s o c i a l a l m e r c a d o . E l m e r c a d o está r e g i d o p o r l a

Residuos

I T

Contaminación /

Page 4: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

c o m p e t e n c i a , q u e o b l i g a a p r o d u c i r s i e m p r e más. C o n e l l o l a utilización d e l o s r e ­c u r s o s n a t u r a l e s d a i m s a l t o s i g n i f i c a t i v o , a l i g u a l ( ] n e l a generación d e r e s i d u o s .

M o d i f i c a c i o n e s d e amplitud, p o i x j u e l a producción c a p i t a l i s t a , d e b i d o a l a s n e ­c e s i d a d e s d e l a c o m p e t e n c i a , s e e x p a n d e a t o d o e l g l o b o terráqueo. C o n e l l o , e l m . a y o r r i t m o d e extracción d e r e a i r s o s y generación d e d e s e c h o s s e i n t e r n a c i o ­n a l i z a , p e i t ) también s e p r o f i m d i z a l a d i s t a n c i a e n t r e e l l u g a r d o n d e l o s recursos f u e r o n extraídos y e l l u g a r d o n d e l o s d e s e c h o s s o n l a n z a d o s . E s e a u m e n t o d e l a d i s t a n c i a e n t r e l u g a r d e o r i g e n y d e d e s t i n o d e l o s m a t e r i a l e s c o m p l i c a aím más e l m e t a b o l i s m o d e r e c i c l a j e n a t i n a l , y a q u e c o n c e n t r a m a t e r i a l e s i g u a l e s f u e r a d e l o s e c o s i s t e m a s d o n d e f u e r o n g e n e r a d o s .

M o d i f i c a c i o n e s d e nivel, p o r q u e l a utilización d e l a f u e r z a d e l v a p o r p r i m e ­r o , y d e l o s c o m b u s t i b l e s fósiles c o m o e l carbón y e l pet róleo, o l a e l e c t i i c i d a d p e r m i t i e r o n u n g r a n s a l t o e n l a s f u e r z a s p r o d u c t i v a s , c o n l o c u a l n u e v o s m a t e ­r i a l e s y más d i s t a n t e s , t a n t o e n extensión c o m o e n p r o f i m d i d a d , f u e r o n p o s i ­b l e s d e s e r a p r o p i a d o s p o r e l s e r h u m a n o , l ' e r o , a l m i s m o t i e m p o , h u b o u n l a m b i o e n l a f u e n t e d e energía. M i e n t r a s l a s s o c i e d a d e s p r e i n d u s t r i a l e s u t i l i z a ­b a n energía d e r i v a d a d e l a fotosíntesis (básicamente m a d e r a y o t r o s s e r e s v i v o s ) , l a s o c i e d a d i n d u s t r i a l h a b a s a d o , b a s t a a h o r a , s u energía e n c o m b u s t i b l e s fósiles. E s t a d i f e r e n c i a c u a l i t a t i v a t i e n e i m p o r t a n t e s i m p l i c a c i o n e s e n l a depredac ión y contaminación d e l o s e c o s i s t e m a s .

C o n l a t e r c e r a revolución i n d u s t r i a l ( d e l a micro-opto-electrónica y e l saté­l i t e , y l a biotecnología) q u e comenzó e n l a década d e l o s s e t e n t a d e l s i g l o x x o t i o s e l e m e n t o s s e a g r e g a r o n a l o s a n t e r i o r e s . Por u n l a d o , u n a modificación e n l a profundidad d e transformación d e l a n a t u r a l e z a , c o n l a creación d e p r o d u c t o s n o b i o d e g r a d a b l e s y d e n u e v o s s e r e s v i v o s .

I b r o t r o , u n a modificación e n l a conciencia hegemtmica. L a ideología d o m i ­n a n t e , q u e d u r a n t e c a s i d o s s i g l o s d e c a p i t a l i s m o n o prestó m a y o r atención a l o s e l e c t o s d e g r a d a n t e s d e l a acción h u m a n a s o b r e e l m e d i o a m b i e n t e , comenzó a p r e o c u p a r s e explícitamente. A l g u n o s d e l o s r e c u r s o s n a t u r a l e s p a r a e l p r o c e s o p i o d u c t i v o parecían a g o t a r s e , y l a contaminación d e c a u c e s d e a g u a y e l a i r e d e l a s c i u d a d e s g e n e r a b a r e s u l t a d o s p e r j u d i c i a l e s p a r a l a s a l u d h u m a n a y d e g r a n c o s t o económico. A l c o n c e p t o d e d e s a r r o l l o , q u e pareció s e r s u f i c i e n t e h a s t a l a década d e l o s c i n c u e n t a , h u b o q u e a g r e g a r l e e l a d j e t i v o i U i í ^ n t o i / í , p a r a c o n s i d e ­r a r l a n e c e s i d a d d e u n desarrollo sustentable, o s e a , i m d e s a r r o l l o p e r m a n e n t e .

E l concepto de desarrollo sustentable y l a apropiación humana de los ecosis temas

K l c o n c e p t o d e d e s a r r o l l o s u s t e n t a b l e q u e s e divulgó e n t o d o e l m u n d o f u e e l a n o t a d o e n e l l i b r o Nuestro fiüuro común, u n i n f o r m e s o b r e l a cuestión a m b i e n ­

t a l e n c o m e n d a d o p o r l a Organización d e N a c i o n e s U n i d a s a u n g r u p o d e e x ­p e r t o s y p u b l i c a d o e n 1 9 8 6 . L a definición r e z a así: " D e s a r r o l l o s u s i c i u a b l e e s a q u e l q u e s a t i s f a c e l a s n e c e s i d a d e s d e l p r e s e n t e s i n c o m p r o m e t e r l a s p o s i b i l i ­d a d e s d e l a s f u t u r a s g e n e r a c i o n e s d e s a t i s f a c e r s u s p r o p i a s n e c e s i d a d e s " ( w c K . i ) . 1 9 8 7 : 4 3 ) .

E s a definición e n c i e r r a , e n sí m i s m a , d o s e l e m e n t o s q u e d e b e n s e r c o n s i ­d e r a d o s . P o r u n l a d o , l a e q u i d a d i n t r a g e n e r a c i o n a l ; p o r o t r o , l a e q u i d a d i n t e r ­g e n e r a c i o n a l . N o o b s t a n t e , e l a r g u m e n t o p a r a l o g r a r a m b a s e s l a utilización d e l o s r e c u r s o s n a t u r a l e s e n u n a f o r m a q u e n o p e r j u d i c j u e s u utilización l u t i u a . E n r e a l i d a d , y c o m o p u e d e s e r d e m o s t r a d o m e d i a n t e e l análisis d e l a s políticas d e d e s e n v o l v i m i e n t o s u s t e n t a b l e , o d e l o s i n d i c a d o r e s q u e s e u t i l i z a n p a r a n i c d i i -l a , e l o b j e t i v o d e l d e s a r r o l l o s u s t e n t a b l e h a s i d o p r o t e g e r l a n a t i u a l e / a e x i e i i i a . P a r a e l l o s e c o n s i d e r a a l a s o c i e d a d h u m a n a c o m o u n a u n i d a d , c o m o s i e n s u i n t e r i o r n o e x i s t i e s e n d i f e r e n c i a s . E s d e c i r , p r e c i s a m e i U e l a p a r t i c u l a i i d a d d e l c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o c o n s u a m b i e n t e , c | u e e s e l d e s e r u n r e s u l t a d o d e l t i p o d i f e r e n c i a d o d e r e l a c i o n e s s o c i a l e s d e producción e s p e r m a n e n t e m e n t e i g n o r a ­d o . Las relaciones de producción capitalistas no son discutidas en l a teoría del desarro­llo sustentable.

U n o d e l o s o b j e t i v o s d e e s t e l i b r o e s m o s t r a r q u e l a cuestión a m b i e n t a l c o n ­t emporánea n o sólo i m p l i c a u n a l t o g r a d o d e r i e s g o p a r a l a s g e n e r a c i o n e s f i i -t u r a s , s i n o q u e también p r e s e n t a u n i m p o r t a n t e n i v e l d e i n c e r t i d u m b r e e n c u a n t o a l o s c o n o c i m i e n t o s q u e s e t i e n e n . N o o b s t a n t e , l o q u e parecería e s t a i f u e r a d e discusión e s q u e e l s e r h u m a n o h a l l e g a d o a t e n e r u n a p r e s e n c i a e n l a b i o s f e r a n u n c a a n t e s v i s t a y c o n u n g r a d o d e extensión y p r o f u n d i d a d i r r e v e r ­s i b l e e n m u c h a s e s f e r a s . L a s i g u i e n t e c i t a d e V i t o u s e k el al. r e s u m e , a p r e t a d a ­m e n t e , e s a p r e s e n c i a h u m a n a e n l a b i o s f e r a :

L a alteración h u m a n a d e l a T i e r r a e s c o n s u b s t a n c i a l c o n s u c r e c i m i e n t o . E n ­t r e u n t e r c i o y l a m i t a d d e l a s u p e r f i c i e d e l s u e l o h a s i d o t r a n s f o r m a d a p o r l a acción h u m a n a , l a concentración d e l dióxido d e c a r b o n o e n l a atmósfera se h a i n c r e m e n t a d o e n a p r o x i m a d a m e i u e 3 0 p o r c i e n t o d e s d e e l c o m i e n z o d e l a Revolución I n d u s t r i a l ; más n i t n ' ) g e n o atmosférico e s fijado p o r l a h u m a n i ­d a d q u e p o r c u a l q u i e r o t r a f u e n t e n a t u r a l c o m b i n a d a ; más d e l a m i t a d d e l a g u a f r e s c a a c c e s i b l e e n l a s u p e r f i c i e e s u s a d a p o r l a h u m a n i d a d ; y c e r c a d e u n c u a r t o d e l a s e s p e c i e s d e pájaros d e l a t i e r r a h a n s i d o c o n d u c i d o s a l a e x ­tinción. M e d i a n t e e s t o s y o t r o s i n d i c a d o r e s , e s c l a r o q u e v i v i m o s e n u n p l a ­n e t a d o m i n a d o p o r e l s e r h u m a n o ( V i t o u s e k et al., 1 9 9 7 : 4 9 4 ) .

V i t o u s e k et al. ( 1 9 9 7 ) p r o p o n e n u n m o d e l o c o n c e p t u a l q u e p e r m i t e v i s u a l i z a r l o s e f e c t o s d i r e c t o s e i n d i r e c t o s d e l a a c t i v i d a d h u m a n a s o b r e e l s i s t e m a T i e r r a

Page 5: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

(véanse el diagrama 2 y 3 ) . E l crecimiento poblacional y el aumento de la utiliza­c ión de los recursos se mantienen a través de emprendimientos humanos como la agricultura, industria, pesca y comercio internacional. Estos emprendimientos transforman la superficie de la T ierra , alteran los ciclos b i o g e o q u í m i c o s y modifi­can la c o n d i c i ó n b io lóg ica de los ecosistemas. Los dos principales resultados que los autores anotan son el cambio climático y la pérdida de la diversidad biológica.'^

D I A G R A M A 2

M O D E L O Q U E I L U S T R A L O S E F E C T O S D I R E C T O S E I N D I R E C T O S D E L A A C T I V I D A D H U M A N A S O B R E E L S I S T E M A T I E R R A

Tamaño Población humana

Uso del recurso

Agricultura Industria Actividades humanas

Recreación Comercio internacional

y Modificación

del suelo Deforestación

Forestación Pastoreo

Intensificación

Ciclos biogeoquímicos

glofmles Carbono

Nitrógeno Agua

Químicos sintéticos

Otros elementos

Y Pérdidas y adiciones hióticas

Invasión Caza Pesca

Cambio climático Aumento del efecto estufa

Aerosoles Cobertura del suelo

Pérdida de diversidad biológica

Extinción de especies y poblaciones

Pérdida de ecosistemas

F u e n t e : V i t o u s e k et al, 1 9 9 7 .

' " E s t o s c a m b i o s r e l a t i v a m e n t e b i e n d o c u m e n t a d o s a s u v e z i m p l i c a n o t r a s a l t e r a c i o n e s a l f u n c i o n a ­m i e n t o d e l s i s t e m a d e l a n c r r a , prirtcipnlmente cmducieniio el cnmhio ilim/ítiro glolml v raiisandn pérdidas i r r e ­versibles de diversidad biológica" ( V i t o u s e k el al., 1 9 9 7 : 4 9 4 ; c u r s i v a s d e l o s a u t o r e s ) .

E l diagrama 3 muestra la amplitud de la actividad humana en porcentaje so­bre el total de diversos elementos (suelo, concentrac ión de CC).¿, uso de agua, lija-c i ó n d e n i t r ó g e n o , invasión de plantas, ex t inc ión de pájaros, y pesquerías marinas).

Si bien estos cambios es tán "relativamente bien documentados", existen muchas incertidumbres y controversias sobre sus implicaciones. iConstituyen estas transformaciones d e la biosfera un problema para las futuras generaciones? L a c u e s t i ó n no es que el ser humano haya avanzado significativamente en la utili­z a c i ó n y m o d i f i c a c i ó n de la biosfera, sino si dichos cambios empeoran o mejo­ran las condiciones para perpetuar la vida humana.

L a p r o b l e m á t i c a ambiental presenta dos característ icas combinadas que di­ficultan una "toma de pos i c ión" por parte del púb l i co . L a primera es (lue abar­ca u n a cantidad tan amplia de conocimientos c ient í f icos que con facilidad lleva a convertirla en una d i s cus ión de especialistas. L a segunda es que los elementos e s tán tan interrelacionados que no es posible modificar uno de ellos sin que sus repercusiones alcancen a los d e m á s .

D I A G R A M A 3

D O M I N I O O ALTERACIÓN HUMANA D E VARIOS DE LOS l'RINC.ll'.M.ES C O M P O N E N T E S DE L O S S I S I E M A S DE L A T I E R R A ,

(Expresados, de izquierda a derecha, como porcentaje: de la siipcrlicic del sucio inins-formado, de la concentración actual de CO.. resultado de la acción htimaiia, del agua fresca accesible utilizada, de la fijación de N terrestre por uso humano, do especies de plantas en Canadá que la humanidad ha introducido de otros lugares, de especies de \yÁ-jaros que han sido extinguidos en los tjltimos 2,000 ai'ios como consecuencia, la mayoría de ellos, de la actividad humana y de las principales capturas marinas que han sido to­talmente explotadas, sobreexplotadas o depredadas).

ft)rcentaje d e c a m b i o

100-

8 0 -

60-

4 0 -

2 0 -

Trni is fomii i- C n n t c i K n i - l ' so de- Fij i ición de liUiiNÍón Kxtiticii'iii

cirtn de l ción de C O j ajuia i i i t iógcno de pliinias de ave^

suelo

(•.ipitiia i i i juina

F V i e n t e : V i t o u s e k et al., 1 9 9 7 .

Page 6: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

E l r e s u l t a d o e s q u e e n a l g u n o s m e d i o s l a problemática a m b i e n t a l a p a r e c e c o m o "catastrófica"; e n o t r o s , a p a r e c e c o m o a l g o fácilmente s u p e r a b l e p o r m e ­d i o d e l a c i e n c i a y s u s i m p l e m e n t a c i o n e s técnicas. E n l o s d o s c a s o s , l a discusión l i e n d e p r i o r i t a r i a m e n t e a r e a l i z a r s e s o b r e u n t e r r e n o f o r m a l , técnico y apolíti­c o , c u a n d o e l p r i n c i p a l p r o b l e m a a m b i e n t a l n o e s d e u n a m b i e n t e a j e n o a l s e r h u m a n o , s i n o q u e r a d i c a e n l a p r o p i a n a t u r a l e z a i n t e r n a d e l a s o c i e d a d h u m a ­n a , a l t a m e n t e d i f e r e n c i a d a y c o n t r a d i c t o r i a e n s u relación c o n e l m e d i o a m ­b i e n t e . D e m a n e r a q u e a l o s d e s a c u e r d o s y l a g u n a s d e l c o n o c i m i e n t o científico se s u m a n l o s i n t e r e s e s d e d i s t i n t a s c l a s e s , países y s e c t o r e s d e l a s o c i e d a d h u m a ­n a , q u e s o n d e f i n i t i v o s c u a n d o s e p r e t e n d e e v a l u a r l a g r a v e d a d d e l p r o b l e m a , y más aún c u a n d o s e b u s c a diseñar políticas p a r a s u corrección.

Los grandes problemas ambientales contemporáneos

Cambio climático

l ' o r c a m b i o climático s e e n t i e n d e u n a s e r i e d e t r a n s f o r m a c i o n e s e n e l c l i m a d e l a T i e r r a q u e i m p a c t a n s i g n i f i c a t i v a m e n t e l o s e c o s i s t e m a s , l a v i d a e n g e n e r a l y l a \a h u m a n a e n p a r t i c u l a r . S e t r a t a d e u n o d e l o s p r i n c i p a l e s p r o b l e m a s a m ­b i e n t a l e s contemporáneos , j u n t o a l a pérdida d e l a b i o d i v e r s i d a d y e l " a g u j e r o " d e l a c a p a d e o z o n o . A u n q u e l o s p r o b l e m a s están i n t e r r e l a c i o n a d o s y e j e r c e n s i n e r g i a s e n t r e e l l o s , s e a t r i b u y e a l a u m e n t o d e l a t e m p e r a t u r a p r o v o c a d o p o r e l s e r h u m a n o l a p r i n c i p a l c a u s a d e l c a m b i o climático.

E l S o l i r r a d i a c a l o r a l a T i e r r a d i a r i a m e n t e e n f o r m a d e l u z . A p r o x i m a d a ­m e n t e u n 5 0 p o r c i e n t o d e e s a l u z e s r e f l e j a d a n u e v a m e n t e a l e s p a c i o , s e a p o r l . i s n u b e s o p o r l a p r o p i a t i e r r a . E l o t r o 5 0 p o r c i e n t o c a l i e n t a l a t i e r r a c o n v i r ­t iéndose e n energía térmica. P a r t e d e e s t a energía térmica v u e l v e n u e v a m e n t e a l e s p a c i o c o m o radiación i n f r a r r o j a ( a p r o x i m a d a m e n t e 4 0 0 v a t i o s p o r día p o r m e t r o c u a d r a d o ) . P e r o , u n a p a r t e ( 1 6 0 v a t i o s p o r día p o r m e t r o c u a d r a d o ) , q u e d a a t r a p a d a p o r l a atmósfera, l o q u e p r o v o c a e l e f e c t o i n v e r n a d e r o . E s t e e l e c t o s e m o d i f i c a c o n t i n u a m e n t e p o r d i v e r s o s f a c t o r e s , c o m o l a a b u n d a n c i a y a l t i t u d d e l a s n u b e s q u e h a c e n q u e l a r e f i e c t i v i d a d a u m e n t e o d i s m i n u y a : l a s partículas e n l a atmósfera q u e p u e d e n i n t e r c e p t a r l a l u z , l o s g l a c i a r e s c u y o a u ­m e n t o r e f l e j a más l a l u z , e l v i e n t o q u e l e v a n t a o l a s q u e h a c e n d i s m i n u i r e l r e ­flejo d e l m a r , l a circulación atmosférica q u e varía l a disposición d e l a s n u b e s , etcétera. D e n t r o d e e s t o s e l e m e n t o s también están l o s l l a m a d o s g a s e s d e e f e c t o i n v e r n a d e r o , p r o d u c i d o s p o r l a evaporación d e l a g u a , l a acción d e l o s v o l c a n e s , l a producción d e g a s e s p o r l o s a n i m a l e s , l a fermentación e n l o s p a n t a n o s , etcéte­r a . E s t o s g a s e s s o n e l v a p o r d e a g u a , e l dióxido d e c a r b o n o , e l m e t a n o , e l o z o n o , l o s c l o r o f l u o r o c a r b o n o s , óxidos n i t r o s o s y o t r o s d e m e n o r i m p o r t a n c i a ; t o d o s

e l l o s r e t i e n e n e n l a atmósfera l o s r a y o s i n f r a r r o j o s e m i t i d o s p o r e l s u e l o a u ­

m e n t a n d o l a t e m p e r a t u r a atmosférica. E l s e r h u m a n o también g e n e r a e s t o s g a s e s m e d i a n t e e l c o n s u m o d e c o m ­

b u s t i b l e s fósiles, l a q u e m a d e b i o m a s a , l a cría d e g a n a d o y o t r a s a c t i v i d a d e s . E n a l g u n o s c a s o s l a producción e s d i r e c t a , c o m o e n l a q u e m a d e c o m b u s t i b l e s fósiles, o e n l a fermentación d e l o s d e s e c h o s d e l a a g r i c u l t u r a , o e n l a cría d e g a n a d o q u e e x p u l s a m e t a n o . E n o t r o s c a s o s e s i n d i r e c t a , c o m o e n l a deforestación, d o n d e s e d e s t r u y e vegetación q u e d e j a d e c o n s u m i r y a l m a c e n a r c a r b o n o , a u m e n t a n ­d o s u m a g n i t u d e n l a atmósfera.

Según l a s e s t i m a c i o n e s , e l s e r h u m a n o h a a u m e n t a d o s i g n i f i c a t i v a m e n t e l a s e m i s i o n e s d e dióxido d e c a r b o n o a l a atmósfera p o r l a combustión d e carbón y petróleo e n e l últ imo s i g l o y m e d i o . A m e d i a d o s d e l s i g l o x i x l a atmósfera c o n ­tenía 2 8 0 p a r t e s p o r millón ( p p m ) d e C O 2 , h o y t i e n e 3 6 7 , o s e a , u n i n c r e m e n t o d e l 3 0 p o r c i e n t o . D e allí, s e d e r i v a l a conclusión d e q u e l a atmósfera t e r r e s t r e s e h a v e n i d o c a l e n t a n d o p o r e s t a c a u s a a razón d e 0 . 5 g r a d o s centígrados e n e l últi­m o s i g l o . D e m a n e r a q u e e l c a l e n t a m i e n t o g l o b a l h a p a s a d o a s e r e l t e m a c e n t r a l d e l c a m b i o climático, y l a producción d e C O 2 e l p r i n c i p a l c u l p a b l e . C l a r o está q u e e s t o n o sería u n p r o b l e m a d e n o s e r p o r l o s e f e c t o s q u e e l c a l e n t a m i e n t o podría p r o v o c a r p a r a l a h u m a n i d a d , c o m o v e r e m o s a continuación.

E f e c t o s d e l c a l e n t a m i e n t o g l o b a l

S e e s t i m a q u e e l c a l e n t a m i e n t o g l o b a l provocará e f e c t o s s i g n i f i c a t i v o s e n l o s e c o s i s t e m a s , c o n e x t i n c i o n e s m a s i v a s d e e s p e c i e s q u e n o p o d r á n a d a p t a r s e a l r áp ido c a m b i o d e l c l i m a , y c o n m i g r a c i o n e s e n o t r o s c a s o s . P a r a e l s e r h u m a ­n o l a s c o n s e c u e n c i a s serán múltiples, l a s p r i n c i p a l e s están e n u m e r a d a s e n e l c u a d r o r e s u m e n . P e r o , d e t o d a s l a s c o n s e c u e n c i a s h a y d o s q u e d e s t a c a n p o r s u i m p o r t a n c i a . L a p r i m e r a e s l a elevación d e l n i v e l d e l o s océanos, q u e s e e s t i m a será d e e n t r e 1 5 a 9 5 centímetros c o m o m e d i a e n u n s i g l o . E s t o implicará c a ­tástrofes p a r a l a s p o b l a c i o n e s c o s t e r a s q u e h a b i t a n e n i s l a s y e n d e l t a s , c o n l a s c o n s e c u e n t e s m i g r a c i o n e s . L a s e g u n d a e s e l c a m b i o d e l a s a c t u a l e s z o n a s d e c u l ­t i v o q u e s e verán d e s p l a z a d a s h a c i a n u e v a s . E s p r o b a b l e q u e e l d e s p l a z a m i e n ­t o h a c i a l a t i t u d e s más a l t a s ( p o l o s ) s e a d e e n t r e 1 5 0 a 5 5 0 kilómetros e n u n s i g l o . E s t o implicará u n a redistribución geoeconómica y geopolítica d e l o s c u l ­t i v o s e i n d u s t r i a s a s o c i a d a s . P a r a l e l a m e n t e , z o n a s a c t u a l m e n t e húmedas y fér­t i l e s p o d r á n d e s e r t i f i c a r s e . E s c l a r o q u e l i g a d o a e s t o s c a m b i o s e n l o s e c o s i s t e ­m a s están l o s r e l a c i o n a d o s a l a s r e s e r v a s d e a g u a d u l c e , q u e s e verán a f e c t a d a s p o r l o s c a m b i o s e n l o s p a t r o n e s d e precipitación y evaporación. Y , también, d e m u c h a s e n f e r m e d a d e s t r o p i c a l e s q u e avanzarán a z o n a s n u e v a s , c o m o e s e l c a s o d e l a m a l a r i a , fiebre a m a r i l l a , d e n g u e y o t r a s .

Page 7: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

Biodiversidad

l ' o r biodiversidad p o d e m o s e n t e n d e r l a d i v e r s i d a d o variación d e o r g a n i s m o s a t o d o s l o s n i v e l e s , y a s e a n v a r i a c i o n e s genéticas d e u n a m i s m a e s p e c i e , ^ h a s t a d i v e r s a s s e r i e s d e e s p e c i e s , géneros, f a m i l i a s y o t r o s n i v e l e s taxonómicos s u p e ­r i o r e s . E l c o n c e p t o c o n s i d e r a l a v a r i e d a d d e e c o s i s t e m a s , ' ' a b a r c a n d o t a n t o l a s c o m u n i d a d e s ' d e o r g a n i s m o s d e u n o o más h a b i t a t , * ^ c o m o l a s c o n d i c i o n e s físi­c a s e n l a s c u a l e s v i v e n ( W i i s o n , 1 9 9 4 ) .

E l e s t u d i o d e l a b i o d i v e r s i d a d p r e s e n t a d o s ámbitos d e t r a s c e n d e n c i a c l a ­v e . P o r u n l a d o , t i e n e i m p l i c a c i o n e s ecológicas s u s t a n t i v a s a l a h o r a d e c o m ­p r e n d e r e l f u n c i o n a m i e n t o d e l o s e c o s i s t e m a s y , p o r l o t a n t o , e n l a generación d e l o s r e c u r s o s y s e r v i c i o s q u e s o n c r u c i a l e s p a r a l a e x i s t e n c i a h u m a n a . P o r o t r o , l a s i m p l i c a c i o n e s económicas s o n t r a s c e n d e n t e s c u a n d o s e d i s c u t e n l a s c a u s a s económicas d e l a pérdida d e b i o d i v e r s i d a d , c u a n d o s e v a l o r a n económicamen­t e s u s c a m b i o s y c u a n d o s e v i s u a l i z a s u p a p e l e n l a e s t r a t e g i a d e d e s a r r o l l o s u s ­t e n t a b l e ( T o l e d o , 1 9 9 8 ) .

I m p l i c a c i o n e s ecológicas d e l a b i o d i v e r s i d a d

L a d i v e r s i d a d d e e s p e c i e s t i e n e c o n s e c u e n c i a s f u n c i o n a l e s s o b r e l o s e c o s i s ­t e m a s , y a q u e e l n i j m e r o y t i p o d e e s p e c i e s p r e s e n t e s d e t e r m i n a n l a s caracterís­t i c a s orgánicas q u e i n f l u e n c i a n l o s p r o c e s o s ecosistémicos. L a s características d e l a s e s p e c i e s d e t e r m i n a n l a mediación d e f l u j o s d e energía y m a t e r i a d i r e c t a ­m e n t e y p u e d e n a l t e r a r l a s c o n d i c i o n e s abióticas q u e r e g u l a n l a s t a s a s d e l o s ¡nocesos. E l c o m p o n e n t e d e l a d i v e r s i d a d d e e s p e c i e s q u e d e t e r m i n a e s t a expresión d e características i n c l u y e e l n i j m e r o d e e s p e c i e s p r e s e n t e [ r i q u e z a ) , s u r e l a t i v a a b u n d a n c i a {uniformidad), p r e s e n c i a d e e s p e c i e s p a r t i c u l a r e s (composi­ción), l a s i n t e r a c c i o n e s e n t r e e s p e c i e s (efectos no aditivos) y l a variación t e m p o r a l y e s p a c i a l e n e s t a s p r o p i e d a d e s . E n adición a s u s e f e c t o s s o b r e e l f u n c i o n a m i e n -

^Espfrif e s l a u n i d a d básica d e clasificación y c o m p r e n d e u n a población o s e r i e d e p o b l a c i o n e s d e o r g a n i s m o s s e m e j a n t e s e ín t imamente e m p a r e n t a d o s . E n l o s o r g a n i s m o s s e x u a d o s s e d e f i n e c o m o e s p e ­c i e biológica u n a población o s e r i e d e p o b l a c i o n e s d e o r g a n i s m o s q u e s e r e p r o d u c e n l i b r e m e n t e e n c f ) n -d i c i o n e s n a t u r a l e s p e r o q u e n o s e c r u z a n c o n o t r a s e s p e c i e s . E l c o n c e p t o de población h a c e r e f e i ^ - n c i a a u n g n i p o d e o r g a n i s m o s p e r t e n e c i e n t e s a u n a m i s m a e s p e c i e e n e l m i s m o t i e m p o y l u g a r ( W i i s o n . 1 9 9 4 ) .

^EcosistenuLS s o n c o m u n i d a d e s biológicas q u e interactúan c o n e l a m b i e n t e físico y químico c o m o i m s i s t e m a u n i f i c a d o , i n t e r a c t u a n d o s imul táneamente c o n o t r o s e c o s i s t e m a s y c o n l a atmósfera ( B a r b i e r , 1 0 9 4 ) .

^Comunidades s o n t o d o s l o s o r g a n i s m o s , s e a a n i m a l e s , p l a n t a s y m i c r o o r g a n i s m o s , q u e v i v e n e n u n í le te rminado h a b i t a t y s e a f e c t a n m u t u a m e n t e c o m o p a r t e d e l a r e d a l i m e n t a r i a o a través d e s u s múlti­p l e s i n f i u e n c i a s s o b r e e l m e d i o a m b i e n t e ( W i i s o n , 1 9 9 4 ) .

^ H a b i t a t e s u n m e d i o a m b i e n t e d e u n t i p o d e t e r m i n a d o , c o m o p o r e j e m p l o , l a p l a y a d e u n l a g o o u n d e t e r m i n a d o a m b i e n t e d e u n a región, o u n a floresta d e montaña . U n bioma e s u n a g r a n categoría d e h a b i t a t e n u n a d e t e r m i n a d a región d e l m u n d o , c o m o p o r e j e m p l o , l a H o r e s t a l l u v i o s a d e l a c u e n c a a m a -/(Hiica ( W i i s o n , 1 9 9 4 ) .

t o , l a d i v e r s i d a d d e e s p e c i e s i n f l u e n c i a l a r e s i l i e n c i a y r e s i s t e n c i a d e l o s e c o s i s ­t e m a s a l c a m b i o a m b i e n t a l ( C h a p i n I I I et ai, 2 0 0 0 ) .

L a d imensión ecológica d e l a b i o d i v e r s i d a d t i e n e q u e v e r c o n e l r o l q u e c u m p l e c u a n d o c o n s i d e r a m o s e l f u n c i o n a m i e n t o y p r o p i e d a d e s d e l o s e c o s i s t e ­m a s . E l f u n c i o n a m i e n t o d e u n e c o s i s t e m a p u e d e c o m p r e n d e r s e m e d i a n t e e l m o d e l o d e e s t a d i o s o f a s e s p r o p u e s t o p o r H o U i n g ( 1 9 8 6 apud B a r b i e r et ai, 1 9 9 4 ) . E s t a s c u a t r o f u n c i o n e s o e s t a d i o s s o n : explotación, conservación, liberación (reléase) y reorganización. L a estabilidad^ y productividad" del e c o s i s t e m a s o n p r o p i e ­d a d e s d e t e r m i n a d a s p o r l o s e s t a d i o s d e explotación y conservación, m i e n t r a s q u e l a resiliencia ( c a p a c i d a d d e u n s i s t e m a d e r e c u p e r a r s e l u e g o d e u n stress)'^ e s d e t e r m i n a d a p o r l o s e s t a d i o s d e liberación y reorganización.

L a p r i n c i p a l i m p o r t a n c i a ecológica d e l a b i o d i v e r s i d a d e s s u r o l e n l a p r e s e r ­vación d e l a resilimcia d e l o s e c o s i s t e m a s . E s t e r o l s e c u m p l e d e b i d o a q u e l a b i o ­d i v e r s i d a d p r o v e e l a s d i f e r e n t e s u n i d a d e s a través d e l a s c u a l e s fluye l a energía y p o r e l a p o r t e a l s i s t e m a d e l a c a p a c i d a d p a r a r e s p o n d e r a e v e n t o s s o r p r e s i v o s ( S o l -b r i n g , 1 9 9 3 , a p i i d B a r b i e r et ai, 1 9 9 4 ) . L a acumulación d e g r a n c a n t i d a d d e i n f o r ­mación genétíca p e r m i t e q u e e l f u n c i o n a m i e n t o ecosistémico p u e d a s e r r e c o n s t i ­t u i d o b a j o u n a e n o r m e g a m a d e c o n d i c i o n e s y c i r c u n s t a n c i a s . S i b i e n n o t o d a l a información t i e n e l a m i s m a i m p o r t a n c i a p a r a e v e n t o s h i t u r o s , se d e t e c t a u n a g a m a d e e s p e c i e s q u e e x i s t e n e n c o n d i c i o n e s subóptimas, a l g u n a s d e l a s c u a l e s s o n d e g r a n i m p o r t a n c i a p o t e n c i a l p a r a r e c o n s t i t u i r l o s e c o s i s t e m a s s i l a s c o n d i c i o n e s c a m b i a n ( H o l d g a t e , 1 9 9 6 ) . E s a s e s p e c i e s , d e n o m i n a d a s e s p e c i e s p a s a j e r a s (passen-ger species) o e s p e c i e s q u e a s e g u r a n l a v i d a (Ufe insurance species, B a r b i e r et al., 1 9 9 4 ) , j u e g a n u n r o l q u e n o p u e d e s e r i g n o r a d o c u a n d o c o n s i d e r a m o s l a e v o l u ­ción d e l o s e c o s i s t e m a s a través d e l t i e m p o . S o n e s p e c i e s q u e n o s o n c l a v e p a r a l a performance a c t u a l d e l s i s t e m a , p e r o e n d e t e r m i n a d a s c i r c u n s t a n c i a s p u e d e n t r a n s f o r m a r s e e n e s p e c i e s c l a v e (keystone process species) d u r a n t e l a reorganización i n t e r n a d e u n e c o s i s t e m a . L a s passenger species p u e d e n s e r c o n s i d e r a d a s c o m o u n

' 1 . a d i v e r s i d a d está v i n c u l a d a a l a u m e n t o d e l a e s t a b i l i d a d d e l o s e c o s i s t e m a s . t . a d i v e r s i d a d p u e d e v i s u a l i z a r s e c o m o u n r e c i p i e n t e p a s i v o d e m e c a n i s m o s d e i m p o r t a n c i a ecológica. A l g u n a s e s p e c i e s d e i n ­teracción débil c o n l o s r e c u r s o s e s t a b i l i z a n l a d inámica d e l a c o m u n i d a d y a q u e a m o r t i g u a n i n t e r a c c i o n e s f u e r t e s - p o t e n c i a l m e n t e d e s e s t a b i l i z a d o r a s - e n t r e o t r o s c o n s u m i d o r e s y l o s r e c u r s o s ( M c C a n n , 2 0 0 0 ) .

* L a producción p r i m a r i a n e t ; ' (fijación d e c a r b o n o p o r p l a n t a s v e r d e s ) e s u n b u e n i n d i c a d o r d e l f u n ­c i o n a m i e n t o d e l o s e c o s i s t e m a s . E x i s t e u n a correlación p o s i t i v a e n t r e p r o d u c t i v i d a d y b i o d i v e r s i d a d , a l i g u a l q u e c o n l a b i o m a s a ( m o n t o t o t a l d e c a r b o n o p r e s e n t e e n l a b i o t a v i v a ) , a p e s a r d e q u e a l a h o r a d e c o m p a r a r d i v e r s o s e c o s i s t e m a s , l a s d i f e r e n c i a s e n s u s b i o d i v e r s i d a d e s s o n m u c h o m a y o r e s q u e c u a n d o c o m ­p a r a m o s s u s p r o d u c t i v i d a d e s . 1.a relación e s p o s i t i v a p e r o débil , e s d e c i r , a l t a s t a s a s d e d i v e r s i d a d n o s o n n e c e s a r i a s p a r a a l t a s p r o d u c t i v i d a d e s . N o e x i s t e u n a relación d i r e c t a e n t r e d i v e r s i d a d d e e s p e c i e s o g e n e s p r e s e n t e s e n u n e c o s i s t e i t i a y s u b i o m a s a , p n i d u c t i v i d a d o n ) l e n l o s c i c l o s biogeoquímicos. D e t o d a s f o r m a s , e x i s t e u n a t e n d e n c i a g e n e r a l a q u e l o s s i s t e m a s c o n a l t a s b i o m a s a s y p r o d u c t i v i d a d e s , también s e a n más d i v e r s o s . L a relación n o n e c e s a r i a m e n t e e s d i r e c t a m e n t e c a u s a l ( H o l d g a t e , 1 9 9 6 ) .

' E s t a concepción d e r e s i l i e n c i a d e r i v a d e l a p r o p u e s t a d e H o l l i n g ( 1 9 7 3 ) , q u e s e b a s a e n e l m o n t o d e d i s t u r b i o q u e p u e d e s e r s u s t e n t a d o y a b s o r b i d o a n t e u n c a m b i o q u e o c u r r e e n e l s i s t e m a d e c o n t r o l o e s t r u c t u r a ( B a r b i e r «/a/., 1 9 9 4 ) .

Page 8: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

. „ . ^ . . . . . . . . ^ . ( • . « « j , i j t j i i i . t K / v i l J l t > L / \ U O K I , J A V I E R T A K S

s e g u r o d e c a p i t a l n a t u r a l p o r q u e podr ían s u s t e n t a r l a generación d e s e r v i c i o s ecológicos e n e l f u t u r o ( B a r b i e r et al., 1994).'°

I m p l i c a c i o n e s económicas d e l a b i o d i v e r s i d a d

L a s i m p l i c a c i o n e s económicas d e l a pérdida d e b i o d i v e r s i d a d s e r e l a c i o n a n c o n l o s i m p a c t o s p a r a e l b i e n e s t a r h u m a n o . L a s p r i n c i p a l e s f o r m a s p u e d e n r e ­s u m i r s e e n l o s s i g u i e n t e s í tems:

• e l b i e n e s t a r d e l a s p r e s e n t e s g e n e r a c i o n e s p u e d e s e r a f e c t a d o p o r i m p a c ­t o s e n l o s r e c u r s o s biológicos y s e r v i c i o s ecológicos d e b i d o a l a disminución d e l a b i o d i v e r s i d a d a c t u a l ; " • c o m p l i c a c i o n e s a íu turo p u e d e n s e r g e n e r a d a s p o r l a i g n o r a n c i a d e l o s i n d i v i d u o s , q u e l o s l l e v e a n o r e c o n o c e r l a s i m p l i c a c i o n e s g l o b a l e s d e l a pé rd ida d e b i o d i v e r s i d a d ; • p u e d e e x i s t i r p reocupación t a n t o p o r l a e q u i d a d i n t r a g e n e r a c i o n a l c o m o p o r l a i n t e r g e n e r a c i o n a l .

L a b i o d i v e r s i d a d p u e d e a f e c t a r e l b i e n e s t a r d e l f u t u r o , e n l a m e d i d a q u e s e a p e n s a d o c o m o o p u e s t o a l b i e n e s t a r d e l a s a c t u a l e s g e n e r a c i o n e s ( B a r b i e r et ai, 1 9 9 4 ) .

I n d i c a d o r e s d e b i o d i v e r s i d a d y d e s u pérdida

L a b i o d i v e r s i d a d s e e n c u e n t r a p o b r e m e n t e c a r a c t e r i z a d a d e s d e e l p u n ­t o d e v i s t a geográfico, t axonó mi co y ecológico. N o c o n t a m o s a i i n c o n u n a i d e a a p r o x i m a d a d e l a c a n t i d a d d e e s p e c i e s q u e e x i s t e n . L a s e s t i m a c i o n e s g l o b a l e s var ían e n t r e 5 y 5 0 m i l l o n e s d e e s p e c i e s , " ' p e r o l a s d e s c r i t a s t a x o -

' " A l a r g o p l a z o e s i m p o r t a n t e c o n s e r v a r n o sólo l a s e s p e c i e s c l a v e íkfysímif process species) e n l o s e c o ­s i s t e m a s , s i n o también l a s Ufe insurance species p a r a a s e g u r a r s u f u n c i o n a m i e n t o y l a h a b i l i d a d d e l a s e s p e ­c i e s , p o b l a c i o n e s y c o m u n i d a d e s p a r a r e s p o n d e r a l a s a g r e s i o n e s q u e o p e r a n s o b r e l o s e c o s i s t e m a s ( B a r ­b i e r a / . , 1 9 9 4 ) .

" l ^ s servicios de los ecosistemas c o n s i s t e n e n f l u j o s d e m a t e r i a l e s , energía e información d e s d e e l stock d e c a p i t a l n a t u r a l , l o s c u a l e s s e c o m b i n a n c o n s e r v i c i o s d e c a p i t a l m a n u f a c t u r a d o y h u m a n o p a r a p r o d u ­c i r b i e n e s t a r h u m a n o . L x ) s p r i n c i p a l e s s e r v i c i o s d e l o s e c o s i s t e m a s s o n : regulación d e l o s g a s e s atmosféri­c o s , regulación climática, regulación d e d i s t u r b i o s ( t o r m e n t a s , i n u n d a c i o n e s ) , regulación d e l f l u j o h i d r o ­lógico, a b a s t e c i m i e n t o y retención d e a g u a , retención d e s e d i m e n t o s y c o n t r o l d e l a erosión, formación d e s u e l o , c i c l o d e n u t r i e n t e s , t r a t a m i e n t o s d e d e s e c h o s , polinización, c o n t r o l biológico (regulación d e p o ­b l a c i o n e s ) , r e f u g i o , producción d e a l i m e n t o s , m a t e r i a s p r i m a s , r e c u r s o s genéticos, recreación, c u l t u r a l ( C o s t a n z a rt a / . , 1 9 9 7 ) .

" A p e s a r d e más d e 2 5 0 años d e investigación sistemática, l a s e s t i m a c i o n e s s o b r e e l t o t a l d e númei t ) d e p l a n t a s , a n i m a l e s y o t r a s e s p e c i e s varían a m p l i a m e n t e , d e s d e c i f r a s c e r c a n a s a ?> m i l l o n e s h a s t a c i f r a s d e más d e 3 0 m i l l o n e s . U n c o n o c i m i e n t o d e l número t o t a l y l a distribución d e l a s e s p e c i e s e s f u n d a m e n t a l p a r a d e s a r r o l l a r p r o g r a m a s r a c i o n a l e s d e conservación d e l a d i v e r s i d a d r e s t a n t e ( M a y , 1 9 9 2 ) .

n ó m i c a m e n t e n o s u p e r a n l o s 1 .7 m i l l o n e s . D e m a n t e n e r s e e l r i t m o a c t u a l d e descr ipc ión d e n u e v a s e s p e c i e s , q u e o s c i l a e n 1 3 , 0 0 0 p o r año e n p r o m e d i o y s u p o n i e n d o l a es t imación más b a j a ( 5 m i l l o n e s ) serían n e c e s a r i o s 3 8 5 años p a r a q u e l o s t a x ó n o m o s c o n t a r a n c o n u n i n v e n t a r i o c o m p l e t o ( T o l e d o , 1 9 9 8 ) . "

E n relación c o n l a pé rd ida o erosión d e l a b i o d i v e r s i d a d , e x i s t e n v a r i a s e s ­t i m a c i o n e s q u e d i v e r g e n m u c h o e n l a s t a s a s d e extinción d e e s p e c i e s r e g i s t r a ­d a s . H o l d g a t e ( 1 9 9 6 : 4 0 9 ) p r e s e n t a e s t i m a c i o n e s r e a l i z a d a s p o r d i v e r s o s a u t o ­r e s e n d o n d e s e p u e d e a p r e c i a r e s t e h e c h o , a s a b e r : 1 millón d e e s p e c i e s e n t r e 1 9 7 5 y 2 0 0 0 ( M y e r s , 1 9 9 5 ) ; 1 5 a 2 0 p o r c i e n t o d e t o d a s l a s e s p e c i e s e n t r e 1 9 8 0 y 2 0 0 0 ( L o v e j o y , 1 9 8 0 ) ; 2 , 0 0 0 e s p e c i e s d e p l a n t a s p o r año e n trópicos y subtró­p i c o s ( R a v e n , 1 9 8 7 ) ; 2 5 p o r c i e n t o d e l a s e s p e c i e s e n t r e 1 9 8 5 y 2 0 1 5 ( R a v e n , 1 9 8 8 ) ; a l m e n o s 7 p o r c i e n t o d e l a s e s p e c i e s d e p l a n t a s ( M y e r s , 1 9 9 5 ) ; e n t r e 0 . 2 y 0 . 3 p o r c i e n t o d e t o d a s l a s e s p e c i e s p o r a ñ o ( W i i s o n , 1 9 8 8 , 1 9 8 9 ) ; 2 a 1 8 p o r c i e n t o d e t o d a s l a s e s p e c i e s e n t r e 1 9 9 0 y 2 0 1 5 ( R e i d , 1 9 9 2 ) . " C o m o p u e ­d e a p r e c i a r s e , l a s v a r i a c i o n e s s o n m u y i m p o r t a n t e s , p e r o a u n así, p u e d e s o s ­t e n e r s e q u e e l g r a d o d e p é r d i d a q u e s e r e g i s t r a a c t u a l m e n t e e s m u y g r a n d e . L a t a s a a c t u a l d e p é r d i d a d e v a r i a b i l i d a d genét ica d e p o b l a c i o n e s y e s p e c i e s e x c e d e e n u n o r d e n e n t r e 1 0 0 y 1 , 0 0 0 v e c e s l a q u e ocur r ía a n t e s d e l a d o m i ­nac ión h u m a n a d e l p l a n e t a ( P i m m el ai, 1 9 9 5 ) .

Conclus iones

L a c r i s i s a m b i e n t a l e s m o s t r a d a , p o r a l g u n o s m e d i o s o a u t o r e s , c o m o a l g o p r o ­p i o d e l s i s t e m a i n d u s t r i a l . E s t o e s p a r c i a l m e n t e c i e r t o . D e h e c h o l a h u m a n i d a d s i e m p r e pasó p o r c o n t r a d i c c i o n e s c o n s u m e d i o a m b i e n t e y c r i s i s . L o i m p o r t a n ­t e e s v e r l a e s p e c i f i c i d a d q u e l a problemática a m b i e n t a l p r e s e n t a b a j o p r o d u c ­ción i n d u s t r i a l . L o s límites físicos e n términos a b s o l u t o s p o c o e x p l i c a n . S i l o s ritmos h u m a n o s d e degradac ión d e l a m b i e n t e e s t u v i e s e n e n sintonía c o n e l r i t ­m o d e r e c i c l e q u e l a n a t u r a l e z a r e a l i z a , n o habría p r o b l e m a a l g u n o . E n t o n c e s , l a cuestión c e n t r a l d e b e c o l o c a r s e e n l o s r i t m o s h u m a n o s , l o c u a l n o s l l e v a a l a f o r m a d e producción, o s e a , n u e v a m e n t e s o n l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s d e p r o d u c ­ción q u e c o n s t i t u y e n e l p u n t o d e p a r t i d a p a r a e n t e n d e r c u a l q u i e r relación d e l a s o c i e d a d a c t u a l c o n s u m e d i o a m b i e n t e .

" A p r o x i m a d a m e n t e sólo I millón d e e s p e c i e s están d e s c r i t a s y m e n o s d e 1 0 0 , 0 0 0 ( v e r t e b r a d o s t e r r e s ­t r e s , a l g u n a s p l a n t a s v a s c u l a r e s e i n v e r t e b r a d o s c o n c a p a r a z o n e s o a l a s " b o n i t a s " s o n b i e n c(>n(KÍdos). I.os pájaros s o n u n a excepción, e x i s t i e n d o a p r o x i m a d a m e n t e e n t r e 8 , 5 0 0 y 9 . 5 0 0 e s p e c i e s d e s c r i t a s , t x i s i e 1 millón d e i n s e c t o s d e s c r i t o s p e r o s e e s t i m a q u e s u s e s p e c i e s e x i s t a n e n u n r a n g o q u e v a d e 1 0 a 1 0 0 m i ­l l o n e s ( P i m m et al. 1 9 9 5 ) .

' ^ V a r i a s d e e s t a s e s t i m a c i o n e s están b a s a d a s e n l a metodología ( ] u c u t i l i z a l a relación especie-área. E s t a metodología d e i n f e r e n c i a d e pérd ida d e e s p e c i e s n o e s a c e p t a d a unán imemen te ( L u g o et al, 1 9 9 3 ) .

Page 9: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

C A M B I O C L I M Á T I C O

Caracterización y datos significativos Causas antrópicas

del problema Controversias e incertidumbres

Caraaerización: a u m e n t o d e l a t e m p e r a t u r a m e ­d i a m u n d i a l

1 . L a t e m p e r a t u r a m e d i a atmosférica b a j a e s h o y e n t r e 0.3°C y O . e o C más e l e v a d a q u e e n l a e r a p r e i n d u s t r i a l ( L e g e i t , 1 9 9 2 ; G l o b a l C o m m o n s I n s -t i t u t e ) . E n 1 0 0 años l a t e m p e r a t u r a d e l a T i e r r a subirá e n t r e I y 3.5°C.

2 . H a c e 1 5 0 años l o s g h g ( g a s e s e f e c t o e s t u f a ) e s ­t a b a n e n 2 8 0 p p m . H o y 3 0 p o r c i e n t o más ( R i v e ­r a , 2 0 0 0 ) .

3 . E n l o s últimos 1 0 0 años e l n i v e l d e l m a r a u m e n ­tó e n t r e 1 0 y 2 5 c m . S e e s t i m a q u e e n e l p róx imo s i g l o aumentará e n t r e 1 5 y 9 5 centímetros ( L e B r a s , 1 9 9 7 ) .

4 . V e i n t e p o r c i e n t o d e l a población m u n d i a l (paí­ses i n d u s t r i a l e s ) s o n r e s p o n s a b l e s p o r e l 8 0 p o r c i e n t o d e l o s g h g d e o r i g e n antrópico (según W o r l d W ^ t c h I n s t i t u t e p a r a 1 9 8 9 - L e B r a s , 1 9 9 7 ) . 5 . P o s i b l e s c o n s e c u e n c i a s p a r a e l s e r h u m a n o ( L e B r a s , 1 9 9 7 ) : a) elevación n i v e l d e l m a r , b) desertificación d e z o n a s d e a c t u a l c u l t i v o , c) d e s p l a z a m i e n t o d e l monzón, d) fiisión d e l o s c a s q u e t e s p o l a r e s , e) expansión h a c i a z o n a s t e m p l a d a s d e l m o s q u i t o d e m a l a r i a , f i e b r e a m a r i l l a , m e n i n g i t i s , etcétera, ¡) a u m e n t o d e l a s p r e c i p i t a c i o n e s g l o b a l e s y t o r ­m e n t a s t r o p i c a l e s , g) catástrofes c o s t e r a s .

Políticas p a r a enfirentar Tema en el problema discusión

a) Q u e m a d e c o m ­b u s t i b l e s fósiles. b) D e f o r e s t a c i ó n ( b o s q u e s d e j a n d e c o n s u m i r y a l m a c e ­n a r CO2). c) Fermentación d e v e g e t a l e s p r o d u c e n m e t a n o .

1 . O t r o s f a c t o r e s i n t e r v i e n e n e n l a t e m p e r a t u r a ( c i c l o s d e M i l a n k o v i t c h , m a n c h a s s o l a r e s ( H a l e y H a l e d o b l e ) , emisión d e v o l c a n e s , n e b u l o s i d a d , extensión d e g l a ­c i a r e s , etcétera) ( U B r a s , 1 9 9 7 ; I s l a , 1 9 9 8 ) . 2 . N o h a y t o t a l e v i d e n c i a d e u n a correlación e n t r e l a e m i ­sión d e C O 2 y e l a u m e n t o d e l a t e m p e r a t u r a ( e l a u m e n t o p o ­dría d e b e r s e a o t r o s f a c t o r e s ) ( L e n o i r , 1 9 9 5 ) . 3 . N o s e c o n o c e : a) e l p a p e l d e l p l a n c t o n e n l a fijación d e l C O . ; b) e l c o m p o r t a m i e n t o d e l n i v e l d e c a l c i t a e n l a s p r o f u n d i d a d e s oceánicas ( q u e r e g u l a n e l C O - ^ ) ( L e B r a s , 1 9 9 7 ; I s l a , 1 9 9 8 ) . 4 . N o e s c l a r o q u e e l a u m e n t o d e l a t e m p e r a t u r a s e a p e r j u d i ­c i a l ( p u e d e a u m e n t a r l a p r o ­d u c t i v i d a d v e g e t a l ) ( L e n o i r , 1 9 9 5 ) .

Técnicas; a ) C o n t r o l d e e m i s i o n e s d e C O j . b) S e c u e s t r o d e c a r b o n o e n b o s ­q u e s ( D . W o j i c k , 1 9 9 9 ; L a l etal. 1 9 9 9 ) .

c) S u m i d e r o m a r i n o . í) S u m i d e r o e n s u b s u e l o ( f o x M a r k e t w i r e , 2 0 0 0 ) . Económicas: a ) C u o t a s d e emisión n e g o c i a ­b l e s . b) I m p u e s t o s "Carbón T a x e s " ( A . Baranzíni et al., 2 0 0 0 ) . c) A s o c i a c i o n e s e n t r e países d e ­s a r r o l l a d o s q u e t r a n s f i e r e n t e c ­nología y knuw-how s o b r e p r o ­tección c o n t r a e l c a l e n t a m i e n t o h a c i a países e n d e s a r r o l l o ( S c h -w a r z e , 2 0 0 0 ) . d) M e c a n i s m o s l i m p i o s d e d e ­s a r r o l l o .

C o n t r a c t i o n C o n v e r g e n c e

a n d

B I O D I V E R S I D A D

Caracterización y dalos significativos Causas antrópicas

del problema Controversias e incertidumbres

Políticas p a r a e n f r e n t a r Tema en el problema discusión

Caracterimíión: S e e n t i e n d e p o r b i o d i v e r s i d a d e l r a n g o d e v a r i a ­ción o d i f e r e n c i a s e n l o s o r g a n i s m o s v i v o s y s u s a m b i e n t e s . E l c o n c e p t o c o n s i d e r a t r e s p r i n c i p a l e s n i v e l e s d e jerarquía biológica; g e n e s , e s p e c i e s y e c o s i s t e m a s ( B a r b i e r a / . , 1 9 9 4 ) . L a t a s a a c t u a l d e p e r d i d a d e v a r i a b i l i d a d genética d e p o b l a c i o n e s y e s p e c i e s e x c e d e e n u n o r d e n e n ­t r e 1 0 0 y 1 , 0 0 0 v e c e s l a s q u e (Kurrían a n t e s d e l a dominación h u m a n a d e l p l a n e t a ( P i m m et al., 1 9 9 5 ) . ImpOTtanaa: ecológica: f u n c i o n a m i e n t o y r e s i l i e n c i a d e l o s e c o ­s i s t e m a s , económica: s e n - i c i o s d e l o s e c o s i s t e m a s ( B a r b i e r et al., 1 9 9 4 ; P i m e n t e l , 1 9 9 8 ; C o s t a n z a etnl., 1 9 9 7 ) . Problenui pnncipai: m a n t e n e r u n n i v e l d e b i o d i v e r ­s i d a d q u e g a r a n t i c e l a r e s i l i e n c i a d e l o s e c o s i s t e ­m a s d e l o s c u a l e s d e p e n d e l a producción, c o n s u ­m o v e x i s t e n c i a h u m a n a ( P e r r i n g s et al., 1 9 9 2 ) .

Transformación y pérdida d e h a b i t a t y e c o s i s t e m a s e s l a c a u s a más i m p o r ­t a n t e d e extinción d e e s p e c i e s . A l t e r a c i o n e s e n l o s c i c l o s d e c a r b o n o y nitrógeno y e l c ; m i -b i o climático a n t r o -pogénico también t i e n e n iníluencia ( V i ­t o u s e k o / . , 1 9 9 7 ) .

1 . N o e s c o n o c i d a l a p r o p o r ­ción e x a c t a d e b i o d i v e r s i d a d q u e e s e s e n c i a l p a r a e l f u n c i o ­n a m i e n t o d e l o s e c o s i s t e m a s ( P R . E h r i i c h el ai, 1 9 9 9 ; P e ­r r i n g s «ín/., 1 9 9 2 ) . 2 . L a s t a s a s d e extinción n o s o n fáciles d e e v a l u a r d e b i d o a q u e aún l a s e s p e c i e s s o b r e l a t i e r r a n o h a n s i d o i d e n t i f i c a d a s e n s u u u a l i d a d ( P i m m fí a / . , 1 9 9 5 ) . 3 . L a compicnsión q u e t e n e ­m o s s o b r e e n d c m i s m o e s i n s u ­ficiente p a r a c o n o c e r e l f u t u r o d e l a b i o d i v e r s i d a d c o n p r e c i ­sión. ( P i m m cía/ . , 1 9 9 5 ) . 4 . L a s t a s a s d e extinción d e e s p e c i e s n o p u e d e s e r e x p l i c a ­d a s o l a m e n t e p o r c a m b i o s e n l a s áreas d e b o s q u e . E l m o d e ­l o especie-área s o b r e s t i m a l a s t a s a s d e extinción ( L u g o et al.. 1 9 9 3 ) .

E l c o n o c i m i e n t o podría p e r m i ­t i r l a restauración d e p o b l a c i o ­n e s y s e r \ i c i o s ecosistémicos. U n a m e j o r tecnología p a r a c o n s e r v a r s e m i l l a s u o t r o s p r o ­p a g a d o r e s ( b a n c o s genéticos) p u e d e n a y u d a r a s u p l i r l o s n e ­c e s a r i o s e l e m e n t o s d e r e s t a u r a ­ción. ( E h r i i c h , 1 9 9 9 ) . Políticas e d u c a t i v a s , e x t e n d e r l a p r o p i e d a d p r i v a d a , m e j o r a r distribución d e l i n g r e s o p a r a e v i t a r de sa l en tó a c e l e r a d o d e l f u t u r o p o r l o s p o b r e s , m e c a n i s ­m o s d e autorregulación s(K¡al pública { f t r r ings f ía / . , 1 9 9 2 ) .

¿Quién e s p r o p i e t a r i o d e l a d i v e r s i d a d g e ­nética? ( g u e r r a d e l o s g e n e s ) . Países d e s a r r o ­l l a d o s s u s t e n t a n l a t e s i s d e l l i b r e a c c e s o (aún r e m u n e r a n d o ) países n o d e s a r r o l l a ­d o s , d o n d e se l o c a l i ­z a l a b i o d i v e r s i d a d , s u s t e n t a n q u e e l a c ­c e s o d e b e s e r r e g l a ­m e n t a d o p o r a c u e r ­d o ( c r i t e r i o s d e país p r o p i e t a r i o ) (García d o s S a n t o s . 1 9 9 4 ) .

Page 10: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

¿4 l U I M I U R T O T f l M M A S I N Í ) . ( . O I I I I H M O l O I A D O K I , | A V I I R T A K S

P o r Ot ro l a d o , u n análisis d e t e n i d o de l a información científica g e n e r a d a e n t o r n o a l a s d o s problemáticas a m b i e n t a l e s más i m p o r t a n t e s , e l c a m b i o climáti­c o y l a pérdida d e b i o d i v e r s i d a d , i n d i c a q u e e x i s t e n n u m e r o s o s p u n t o s d e i n ­c e r t i d u m b r e , c o n t r o v e r s i a y f a l t a d e c o n o c i m i e n t o . A d i f e r e n c i a d e l o q u e l o s g r a n d e s c e n t r o s d e difusión científica i n t e r n a c i o n a l v i n c u l a d o s a l a temática, o l o s m e d i o s m a s i v o s d e comunicación p r o c l a m a n c o m o h e c h o s i n c o n t r o v e r t i d o s y científicamente d o c u m e n t a d o s , e x i s t e n e n o r m e s l a g u n a s d e c o n o c i m i e n t o científico y c o n t r o v e r s i a s r e f e r i d a s a l a s c u e s t i o n e s c e n t r a l e s d e l a c r i s i s a m b i e n ­t a l . C o m o p u e d e v e r s e e n l o s d o s c u a d r o s p r e c e d e n t e s .

L a s c o n t r o v e r s i a s e i n c e r t i d u m b r e s de m a y o r d imens ión s e l o c a l i z a n e n e l t e r r e n o d e l c a m b i o climático. E x i s t e n científicos q u e c u e s t i o n a n l a e x i s t e n c i a r e a l d e l a problemática e , i n c l u s i v e , s o s t i e n e n q u e l o s e v e n t u a l e s c a m b i o s climá­t i c o s podr ían s e r benéficos p a r a l a h u m a n i d a d . E n e l c a m p o d e l a b i o d i v e r s i ­d a d e x i s t e l a c e r t e z a d e q u e l o s r i t m o s d e pérdida d e e s p e c i e s s o n m a y o r e s a l o s q u e existían a n t e s d e l a dominación h u m a n a d e l p l a n e t a , p e r o a l a h o r a d e c n a n t i f i c a r e l fenómeno, n o e x i s t e n i n d i c a d o r e s c o n s o l i d a d o s , n i u n á n i m e m e n ­t e a c e p t a d o s . A s i m i s m o , e n e l m o m e n t o d e e s t a b l e c e r u m b r a l e s críticos d e b i o ­d i v e r s i d a d p a r a e l f u n c i o n a m i e n t o d e l o s e c o s i s t e m a s y c o n s e c u e n t e m e n t e e l c u m p l i m i e n t o de s u s s e r v i c i o s , n o e x i s t e n i n d i c a d o r e s q u e o b j e t i v e n l a d i m e n ­sión d e l fenómeno. E n e s t e c a s o , s e i n v o c a e l p r i n c i p i o d e precaución, i n t e n ­t a n d o e v i t a r p o s i b l e s e f e c t o s p e r v e r s o s d e u n a pérd ida d e b i o d i v e r s i d a d q u e n o p o d e m o s , p o r e l m o m e n t o , c a r a c t e r i z a r m e d i a n t e i n d i c a d o r e s científicamente sólidos.

J u n t o a e s t e e n o r m e cúmulo d e i n c e r t i d u m b r e s y c o n t r o v e r s i a s e x i s t e i m a d imensión política d e l a discusión q u e m u c h a s v e c e s n o e s v i s i b l e y o t r a s s e v i s ­t e c o n r o p a j e científico.

L o s a c u e r d o s i n t e r n a c i o n a l e s y n a c i o n a l e s q u e p r e s i o n a n p a r a m o d i f i c a r l o s p a t r o n e s a c t u a l e s d e p roducc ión y tecnología p r o v o c a n , d e f o r m a i n m e ­d i a t a , u n g i r o e n l a o r ien tac ión d e l a s g a n a n c i a s . L o s d o s c a s o s q u e a n a l i z a -t n o s , e l d e l a b i o d i v e r s i d a d y e l d e l c a m b i o c l imát ico s o n e l o c u e n t e s d e e l l o . K n e l c a s o d e l a b i o d i v e r s i d a d , l o s E s t a d o s U n i d o s r e c h a z a r o n e l a c u e r d o de Río p o r l a p res ión d e l a s t r a n s n a c i o n a l e s fa rmacéut icas q u e r e c l a m a b a n p a r ­t ic ipación e n l a p a t e n t e d e l e v e n t u a l m a t e r i a l gené t i co d e s c u b i e r t o e n l o s países d e l T e r c e r M u n d o , c o m o d i j o e l p r e s i d e n t e B u s h ( p a d r e ) e n s u m o ­m e n t o , " e n c u a n t o a l a b i o d i v e r s i d a d e s i m p o r t a n t e p r o t e g e r n u e s t r o s d e r e ­c h o s , n u e s t r o s d e r e c h o s económicos" ( c i t a d o p o r K a r l i n e r , 1 9 9 7 : 5 5 ) . E n el c a s o d e l c a m b i o c l imático, l a s n e g o c i a c i o n e s p a s a r o n r á p i d a m e n t e d e l a s r e s t r i c c i o n e s e n l a s e m i s i o n e s d e g a s e s d e e f e c t o i n v e r n a d e r o a c ó m o n e g o ­c i a r l a s c u o t a s y o t r o s m e c a n i s m o s de m e r c a d o . E s t a t r ansmutac ión d e i n t e ­r e s e s e n l a con t aminac ión física p o r i n t e r e s e s c o m e r c i a l e s h a l l e v a d o a l a p e -

l A C R I S I S A M B I C N T A l C O N T I M P Í m A S J I A 25

r i o d i s t a R i v e r a - e x p e r t a e n l a s n e g o c i a c i o n e s s o b r e c a m b i o c l imá t ico- a e x ­

p r e s a r s e así:

D o n d e h a c e u n o s años p rác t i camente s e h a b l a b a t a n sólo d e a u m e n t o d e l a t e m p e r a t u r a m e d i a d e l a T i e r r a , d e i m p a c t o s d e l c a m b i o climático y d e m e d i d a s polít icas q u e deb ían t o m a r s e , s e d i s c u t e a h o r a d e c o t i z a c i o ­n e s e n B o l s a , d e crédi tos d e emis ión, d e l r i e s g o d e q u e s e f o r m e n m o n o ­p o l i o s , d e v a i v e n e s d e m e r c a d o s f u t u r o s y d e pólizas d e s e g u r o s p a r a q u i e n n o p u e d a p e r m i t i r s e c o m p r a r e s o s crédi tos c u a n d o l e h a g a f a l t a ( R i v e r a , 2 0 0 0 : 1 6 6 - 1 6 7 ) .

D e s d e l a C u m b r e d e l a T i e r r a r e a l i z a d a e n Río d e J a n e i r o e n 1 9 9 2 s e h a n m o v i l i z a d o g r a n d e s s u m a s d e d i n e r o d e l a s N a c i o n e s U n i d a s p a r a e n f r e n t a r e l c a m b i o g l o b a l . E s t o s f o n d o s s o n a d m i n i s t r a d o s p o r e l B a n c o M u n d i a l , a p e s a r d e l a s f u e r t e s críticas q u e h a t e n i d o p o r i m p u l s a r p r o y e c t o s c o n t a m i n a n t e s . N o e s n o v e d a d q u e l a s g r a n d e s c o r p o r a c i o n e s t r a n s n a c i o n a l e s efectúan u n ftierte lobby p a r a o r i e n t a r e s t o s f o n d o s e n s u b e n e f i c i o , l o q u e h a l l e v a d o a l a e c o l o g i s ­t a V a n d a n a S h i v a a d e c i r q u e " l o s r e c m s o s financieros ( | u e v a n p a r a e l T o n c l o d e l P r o t o c o l o d e M o n t r e a l p a r a t i a i i s l ' c r e n c i a d e tecnología s o n e n e f e c t o s u b ­s i d i o s p a r a D u PüiU [ y o t r o s ] y n o p a r a [ q u e ] e l T e r c e r M u n d o [ r e o r i e n t e s u p r o ­ducción c o m o e s t a b a p r e v i s t o ] " ( c i t a d o p o i K a i l i n c r , 1 9 9 7 : 5 1 ) .

E n u n e s t u d i o s o b r e l a s g r a n d e s c o r p o r a c i o n e s y e l m e d i o a m b i e n t e , K a r l i ­n e r ( 1 9 9 7 ) m u e s t r a cómo l a presión d e l o s m o v i m i e n t o s a m b i e n t a l i s t a s y t a m ­bién d e l o s g o b i e r n o s y r e g l a m e n t a c i o n e s i i U e r n a c i o n a l e s , fiieiv.a a l a s g r a n d e s c o r p o r a c i o n e s , q u e s o n l a s q u e más c o n t a m i n a n e l m e d i o a m b i e n t e , a i n v e r t i r g r a n d e s s u m a s d e d i n e r o e n tecnologías d e c o n t r o l , d a n d o s u r g i m i e n t o a u n a " i n d u s t r i a a m b i e n t a l " . S e g i i n u n e s t u d i o d e l a O K C D e l m e r c a d o m u n d i a l d e l e q u i p a m i e n t o y s e r v i c i o s a m b i e n t a l e s alcanzaría e n e l a ñ o 2 0 0 0 l o s 3 0 0 , 0 0 0 m i ­l l o n e s d e dólares, y según u n o d e l a Corporación I n t e r n a c i o n a l d e T i n a n z a s , u t i l i z a n d o u n c r i t e r i o más a m p l i o l l e g a b a a l o s ( ) 0 ( ) , ( ) 0 ( ) m i l l o n e s d e dólares. S i s e c o n s i d e r a q u e l a i n d u s t r i a d e p r o d u c t o s químicos e s d e 5 0 0 , 0 0 0 m i l l o n e s y l a a e r o e s p a c i a l d e 1 8 0 , 0 0 0 m i l l o n e s , p u e d e v e r s e q u e e l l l a m a d o " n e g o c i o d e l o v e r d e " e s p r o m i s o r i o ( K a r l i n e r , 1 9 9 7 : 3 5 ) .

L a preocupación p o r e l c a m b i o climático también c o n s t i t u y e u n a d i m e n ­sión a p r o p i a d a p a r a l a globalización política. P o r p r i m e r a v e z e n l a h i s t o r i a , l a h u m a n i d a d e s c o l o c a d a f r e n t e a r e t o s d e e s c a l a p l a n e t a r i a . E l c l i m a a f e c t a prác­t i c a m e n t e c u a l q u i e r a c t i v i d a d p r o d u c t i v a así c o m o l a v i d a c o t i d i a n a y s a l u d d e l a población m u n d i a l y l o s demás s e r e s v i v o s , a l m i s m o t i e m p o q u e c u a l c j u i e r a c t i v i d a d p r o d u c t i v a t i e n e c o n s e c u e n c i a s climáticas. Y , p o r s i e s t o f u e r a p o c o , a m b a s i n t e r r e l a c i o n e s están m a r c a d a s p o r e l h e c h o d e s u g l o b a l i d a d , d e d o n d e

Page 11: La Crisis Ambiental Contemporánea-Tommasino

26 H U M B E R T O T O M M A S I N O , G U I L L E R M O l O L A D O K I , J A V I E R T A K S

l a s f r o n t e r a s políticas y económicas deber ían s u b o r d i n a r s e a l a lógica físico-na­t u r a l . S e s u m a a e s t o q u e u n a n u e v a " c o n c i e n c i a a m b i e n t a l " p e r m i t e l a c o n c e p ­ción d e l a s más v a r i a d a s utopías, p r o v e n i e n t e s d e l o s más d i v e r s o s s e c t o r e s , y a p a r t i r d e l a s más d i s t i n t a s ideologías, y a q u e e l p r o b l e m a e s p r e s e n t a d o c o m o u n a contradicción e n t r e l a s o c i e d a d h u m a n a y s u e n t o r n o físico-natural. T o d o s e s t o s g r u p o s p a s a n a t e n e r u n " e n e m i g o " comíin o , m e j o r d i c h o , t i e n e n l a n e ­c e s i d a d d e r e c u p e r a r u n " a m i g o común" - e l m e d i o a m b i e n t e - , más allá d e l a s d i f e r e n c i a s . E s t a e s l a b a s e más sólida p a r a e l p a s o d e l a globalización econó­m i c a a l a globalÍ7.ación política, y l o s a c u e r d o s s o b r e e l m e d i o a m b i e n t e s o n sólo e l c o m i e n z o .

E l r e s u l t a d o g e n e r a l a l q u e l l e g a m o s e s q u e l a discusión s o b r e l a c r i s i s a m ­b i e n t a l n o p u e d e r e s t r i n g i r s e a s u n i v e l técnico, s i n o q u e d e b e i n c l u i r s u s b a s e s s o c i a l e s , políticas y económicas. U n a visión e x c l u s i v a m e n t e técnica significaría u n c o n t r o l e l i t i s t a y ant idemocrát ico d e u n f u t u r o i n c i e r t o p e r o q u e c o r r e s p o n ­d e a t o d o s ; también p o r q u e l o s a s p e c t o s s o c i a l e s y políticos q u e están p o r detrás d e l c o n o c i m i e n t o científico l o c o n t a m i n a n c o n i n t e r e s e s económicos q u e o b l i g a n a t o m a r c o n r e s e r v a s u s r e s u l t a d o s ; p o r último, p o r q u e l a s i n t e r c o n e x i o n e s y s i ­n e r g i a s q u e " e l c a m b i o g l o b a l " c o n l l e v a , h a c e q u e l a s i n c e r t i d u m b r e s e i m p r e v i -s i b i l i d a d e s s e a n a m p l i a s .

Capítulo 2

Historia del concepto de desarrollo sustentable

Naína Pierr i

Introducción

E L P R I M E R o b j e t i v o d e e s t e capí tu lo e s r e c o n s t r u i r e l c a m i n o i n t e l e c t u a l y p o ­lítico r e c o r r i d o h a s t a l a p r o p u e s t a d e d e s a r r o l l o s u s t e n t a b l e . N o s m o t i v a l a percepc ión d e q u e m u c h a s p r e s e n t a c i o n e s d e e s t o s a n t e c e d e n t e s s u e l e n s i m ­p l i f i c a r l o c o m o u n a evolución más o m e n o s l i n e a l , q u e n o e x p l i c a cómo e s q u e , p a r t i e n d o d e p o s i c i o n e s m u y d i f e r e n t e s s o b r e l a cuestión a m b i e n t a l a p r i n c i p i o s d e l o s s e t e n t a , t o d o s c o n f l u y e n , años después, e n l a i d e a d e d e s a r r o ­l l o s u s t e n t a b l e . B u s c a m o s e x p l i c a r e s e p r o c e s o a p a r t i r d e i d e n t i f i c a r e l e s c e ­n a r i o i n i c i a l d e l a discusión a m b i e n t a l , y cómo s e c o n f o r m a n e n él f o r m a s d e in te rpre tac ión d i f e r e n t e s q u e c o n s t i t u y e n , d e ahí e n d e l a n t e , l a s p r i n c i p a l e s c o r r i e n t e s d e p e n s a m i e n t o d e l a m b i e n t a l i s m o contemporáneo. ' L u e g o , l e d a ­m o s s e g u i m i e n t o a l a discusión, c o n t e x t u a l i z a d a e n l a situación s o c i o a m b i e n -t a l m u n d i a l , y v a m o s v i e n d o cómo e v o l u c i o n a n l a s p o s i c i o n e s e n e l p r o c e s o polí t ico q u e l a s e n f r e n t a , i n t e n t a n d o c a p t a r l a d inámica q u e a l t e r a l a c o r r e l a ­ción d e f u e r z a s e n t r e e l l a s y a g r e g a o r e s t a e l e m e n t o s , o c a m b i a e l énfasis d e s u s a r g u m e n t o s . E s e x p l i c a d a l a c o n f l u e n c i a e n l a p r o p u e s t a d e d e s a r r o l l o s u s t e n t a b l e n o c o m o u n a disolución d e l a s d i f e r e n c i a s , s i n o c o m o u n m o m e n ­t o d e homogenización d e u n a d e l a s c o r r i e n t e s ( l a d e l a m b i e n t a l i s m o m o d e r a ­d o ) q u e , e n e l m i s m o m o m e n t o q u e s u s i d e a s r e s u l t a n u n a c u e r d o g e n e r a l , d a m a r g e n a l a p e r s i s t e n c i a d e l a s m i s m a s . L u e g o , y c o m o c o r o l a r i o d e l o a n t e r i o r , p r e s e n t a m o s e s t a s d i f e r e n c i a s , m o s t r a n d o q u e l a s d i s t i n t a s i n t e r p r e t a c i o n e s s o ­b r e e l d e s a r r o l l o s u s t e n t a b l e s o n l a f o r m a e n q u e a p a r e c e n e s a s g r a n d e s c o n ­c e p c i o n e s e n e l d e b a t e a c t u a l .

R e c o n o c e m o s t r e s g r a n d e s c o r r i e n t e s e n d i s p u t a q u e , i n d e p e n d i e n t e ­m e n t e d e s u s m a t i c e s y evolución, s e m a n i f i e s t a n a l o l a r g o d e l d e b a t e a m ­b i e n t a l i s t a :

' E l u s o d e l a expresión ambintlalismo a l o l a r g o d e e s t e t e x t o s e r e f i e r e a l c o n j u n t o d e i d e a s y m o v i ­m i e n t o s s u r g i d o s e n d e f e n s a d e l a m b i e n t e e n l a s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o x x , p o r l o q u e n o s e a s i g n a a n i n ­g u n a d e l a s d i f e r e n t e s c o r r i e n t e s d e p e n s a m i e n t o q u e d i s p u t a n l a interpretación d e l p r o b l e m a .

J7