l . •«• i o. 1 f i es. i «u. j | lll.'8il j 1 í ¦$ wk ? ôa ... · tro aparece ao lado...

14
. 1 '<~^ff»B-8SK___^ f-__fl|||j_g«^ Li O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il _J 1 n_S. •«•í "¦$ Wk ? ôa ül D___B ~ ¦ %í ' tf íl ¦ ^~I BH ,l- ,(*í,||j mm * s-jj kr- _________ _9 ^1^m - _B m " i Mt __- BL1^______Í i KH ANO II Rio de Janeiro, semana de 30 de dezembro de 1960 a 5 de janeiro de 1961 N* 96 Diretor Executivo Orlando Bomfim jr. Diretor Mário Alves Redator-Chefe Fragmon Borges Com a Simpatia de Milhões de Pessoas em Todo o Munda CUBO FESTEJO ^mm$^. ouvir Pfestes na ABI MO PRÓXIMO dia 3 de janeiro, dia de seu aniversário, Prestes pro- nunciará na Associação Brasileira de Imprensa, sob o patrocínio de NOVOS RUMOS, uma palestra sobre a Confe- rência dos Partidos Comunistas e Ope- cários, recentemente realizada em Mos- «ou. Nesta Conferência, à qual compa- teceram delegados de 81 partidos co- munistas e operários de todo o mundo, os comunistas brasileiros estiveram re- preientados por Luiz Carlos Prestes o Noaquim Câmara Ferreira. A palestra (t.rp lugpr no .Auditório, da ABI, à» 19 KUMOS pòdffifãó procurar os seus con- vites na gerencia deste jornal, na av. [(Rio Branco, 257, sala 905, na revista MEstudos Sociais (rua São José, 50, sa- 'ia 502), na Editorial Vitória Irua Juan íPablo Duarte, 50 sob.) e na «evisla Presidente da CO AP da Bahia fugiu com medo do povo Texto na 4' pá?, do I' cad. Os comunistas e as eleições municipais em São Paulo Artigo dt RAMIRO LUCHESI na 6* página Greve geral paralisou os serviços públicos em Minas Gerais Texto na 4* pág. do cad. Trajetória do Movimento Sindical em 1960 Artigo dt J0VER TELLES na 2* página f*OM a presença de dezenas de de- legações de quase todos os países do mundo, o povo cubano comemora festivamente a passagem do segundo aniversário da vitória de sua revolu- ção, que derrubou a tirania de Batista e libertou a ilha dr; dominação dos trusles norte-americanos. Durante esses dois anos, sob a direção de Fidel Cas- tro, o povo cubano realizou profundas transformações sociais e políticas. Nu- ma justa homenagem à luta daquele heróico povo, NOVOS RUMOS dedica todo o segundo caderno desta edi- ção às grandes conquistas cia revolu- ção cubana. Na foto abaixo, Fidel Cas- tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS Leia reportagens no 2 caderno desta edição Governador Lacerda ê o pafronç da corrupção J_9fc#ÍF$0Í!I ¦'¦___ t- tara m Problemas da Paz e do Socialismo (rua da Assembléia, 34, sala 304). Pracinhas: heróis e mártires do povo Texto na 8? página Operários e estudantes santistas realizam! sua II Convenção I IDERES operários e estudantis san- tistas, representando dezenas de entidades realizaram sua segunda con- venção (foto abaixo), durante a qual aprovaram importante declaração . de princípios e criaram o Centro Operário- Estudantil. Na 5." página deste ca- demo damos completa reportagem a respeito. tfs ¦-.> n y-wm vi dir CAMPANHA DÉ^ p t «f _ ^ R -IO - ES TU D AN T S _|§§ 1 JwBBMNfc:. ¦ m/m ^^^£££^^^ D E ^6Q'j \Mà \ 1 _y*" 'ííf^^í*' .í$*F^^^iP_¦'¦.'¦¦' '¦¦'Ü?''¦' 'J__h__'',-'-':-íl*.:*:^ mt %miI TStY -'_¦;¦'B_¦____< '/' '"' r4' ''"¦ '''^^lY'' >'^4_^H ——Ms! I lÉflW^^ '¦*** ¦_'•¦'_»* v*.f3M Wít^mSK ¦ ______w^- «__• - - - ^_H _B_s_^f____^ _H HiB _ ;*^Ü*«'--** *:¦-.-:¦-V':BB _B_F &ft£ã_ _B '" '- '•!_¦__a^ >¦_•*'•¦¦* . > ¦'¦¦¦«••_ ,BB __^-\v*_5_l BB 'BJB^i »• ^ > %-¦ ^.B B *_D_jjn> ' •' >n _____%>____, ______ _H_^_ÜK^.. sfí _____r <—. - ¦ ^^^| _____níviv_>~f~_____ _____l ^H__T^ "f /_né __ ¦ * ' - .-^i _E^_ffi_» B -'w_lB'''* "'/&'¦' .' ' __! BHP _ü_ -K . - jjLgfc^fc _______^____r 9_u i ' *^H B_. -__¦_________ y-- ^tHr ^ Yaa_________É____ÉE______l_H____É___,'k ''* ' ''''"' :^P3_B __^___Í_^S "*'"* «a^^^^_i___l______ . ¦ ' ''" ' v_H 1I_1É____I_1 '/^^_b_^_B_E_________H ' ' ^(ÉJmH _Flt^___^_'oW^_H __^_«_Bu%<^ía__IHL-, ,*á^H__d__I BfeMtf.^^HE______P^_H BwS^^E^_i___B____: •'.'.* ¦••¦% ¦•<>¦ ... Ir. H ¦¦ Hl^ll l_íi-#Íí_i_HK_s_!_*____BB^_ ¦¦___!__•¦ ~I!___¦ _____P-?.' aKS_B __r^^_B ___Bt_____^S_.a_a _PnlÍS_Í__lBi •'j|__*i_J". \B Br&iv^.:|ísl_B_B _____£__ ltí#^___BB. Jr""BiiíL''* -^Bi K'i '''/' _il!_a B3_fe"w 9F>C__JDUPu«_u_____i_______ - ' ''¦'">'9r.' ' "¦-"itvr * *'_'x,: ¦"''' íí't'J___l _D^____I ___i_K__9__l ^W^H BM^|' ^iY_f _¦_¦mmYf* ****'$'.*^Át ¦' w^Ht£F'Y *__Bv____l _____L i_J.'_*-'HiHk¦¦ -ms . "v-v ' . __r?'.-_a _i ___g_a~ ______ )ÉLS_____r_l______t '.'' (vTvI. ¦ a* i' . j^m%mÈhüÊÈÈ IB?jíflBa_i __B /^¦ÍBr_'_____—' _TH,<iX P_nP'w _U " _.¦-¦'~._v _____i___¦.fc** mWW a___^~_P^Jmh_3_^J__B_B. '_•_. * fl*wí,M__H_____L. __^.' ^J,i^ ^~ar^á__B_P__r_ff~><>.-__B BB . _-'<_£'-~__i_____F__?9^_i ___B _r *&/*¦' _>*->_¦_ í^ w_r __H B^f1*? tV''__________l -__I K<_l __i^__w'-._É_'u^. ir ___.____¦ __fl__l______Lx__l __B _______________________! ____^_____i ___E____9 Hf_____¦__! _______E__^^-VM^KSB____tt_^__iT_i2_5__k ^8i~^^^^ ^^H ____Nn nbsp -__HJt^^__ ___ B|Br^^;'< /y*^%1I_B_I1 _B_^¦ *> lB RP^^*v '* ' fflP ^ül 1 B^^^feyP,í''"^- '.-'* '.'.ti wk&WI&t*Wm B B !-^_r / ^B B "'*^-i".^^wv*iB B SS______S^Í ¦"'-^H»P%S_I _______»** .?' - 'Y;:V' .y__H ___P^ -^'^„§\^^__^J^S__E nH ¦K—BBH—iKlSíSç'/-^:*/ ¦.¦ ¦¦ ^i:.*^__i_ _?_B__t___B BBHftg ~EI.IH_B_«''.: ;*¦ ->__^_&-&>^^ BB _BrV*JJF t-^lfl aírT^ ? ^T___ÜJh *"¦' ¦iÍÍ3k$^1í ^'.íliá^SrruríííFaH ^-^—ai-,-.—'" ¦_¦-«¦--. _aíl,! I '' -_ ''-a jíB^'p B I assagem de ORLANDO BOMFIM JR. j TERMINA o ano de 1960. Mais um ano que passa sem guerra. Houve, sem dúvida, graves perigos, pro- vocações e ameaças. As forças agressivas do imperia- '.lismo resistem à coexistência pacifica e insistem -na temeridade da guerra frio. Continua a corrida arma-i mèntisia. O monstro das duas faces tenebrosas a da exploração do homem pelo homem e a do exler- minio do homem pelo homem ainda respira. Mas não coi-seque impor, como qnles, sua ,vontade es- poliadorp ,e í-isumçinp., Ppr i.so a püz foi'asscguiacla em ')9ó0..".'¦• C A P&1 è o^randç Ije^i do bumanidcfde. Na epoc I jPl estufai,| s|gnif|cc| livrar os povos da l!rajgád|a \ mlcq, 'de nolrotes naAa^s tvisic"sM dp %destruiçã- de .populações morta do que viva. caracteriza por esse Mas o tempo icjue passai não se aspecto caduco. Ab'.tqnlrário,' 'seu sentido verdadeiro se contém no. hôvo.que cresce é.'se fortalece; expressão dc vitjo'r e juventude, que per- torce, ©s carnin/ios do fulurç. ^SSISTIMOS travadas e. mesmo países teriais e espirituais acumulados lia lia hd dojhomlenj. £ leli fcddi Pela'primeira vez naTHIstór çao imboc nteiros, de bens mq- durante séculos pelo J ,' I ' i ' ' ade, agora,, ser assegu- ao desenrolar das gigantescas batalhas entre os dois sistemas sociais opostos, o do socialismo e o do capitalismo. E o desfecho não constitui nenhuma incógnita. Vemos, de um lodo, a conquista de êxitos sem precedentes na produção, na ciência e na técnica, permitindo sejam satisfeitas, em jráu ^epipr. crescente, as necc-S-idadás materiais e es- |e'conslroe(ii| tinia sociedade nova J ... .11 ro lt> " "' ¦ ' ' \ mm i :^5 ifituais povb^ . Qo outro' Itnlld, ivfemos, o1 cloc/açlêntia, e ,a de- 1 L S * i * _ _,_»_l''^'»\' ' ¦. ' i > \ j ' ' ^^ft __ÉSi::; É_ '__ •w1*»"»»»»»»»»»», * . *^iS*m^'^6^M^IMfm^ fi*X»*mimtimt»i OUILINAT > f^?.^;,W.:/: ;:.v.>v- ;•¦;.¦¦.;;: ;¦".'; .;- MEND Jy "^Pl^V n_kS_f^_n'-''' ^'- / ^^_BIB_Hmi "• ' , ! ! I / i < db. jPéla' pT-irríei. 've_ PtalHistória, alpaz é defendida por forças poderosas que sobrepujam os fautores de guerra. A ação vigilante e ativa dessas forças será cappz/de .afastar o perigo de uma catástiof Tfmwlti,,,1; A PAZ é também conforme sia ^ teimo- m> .composição, e o niàis 'rièo dos países capitalis^,- y Estados .Unidos, torna-se o campeão _o desemprego crónlcq, incapaz de utilizar lodo o potencial de indústria, com a produção cnlravada, submetido a .frè quentes crises econômicas, intensificando a espoliação de seu próprio povo e sugando a riqueza de oulrps países: Está se aproximando, pois, o dia em que o capitalisnjioj |erá derrotado na esfera decisiva da oti- ração da Conferência dos partidos comunistas e joperários .-—- um aliado fiel do socialismo, uma vei que o tempo trabalha pelo socialismo e contra o ca- pitalismo. Nesse terreno, como em tantos outros, a vida , , ' ' \ \ \ \ Cidade humana,' ti .da produção material. se afirma na Decla-. . -, ,;.•, '. , ASSIM caminha o mundo, ncsja possqgen\'de . 1^60. para 1961. Enfrenta tropeços e dificuldades, rigos e ameaças, que exigem trabalho e luta. Mas o presente justifica a realização no futuro das mais mostra, çoncre/cyripnte, que o socialismo, <jxpieísando( nobres esperanças. Nosso pais ainda sofre as conse- À. _____.___'-i:__>__-._!____ .!_..__. i •'.'.. 9... Hf I $ Ít"-f"565 especifiçO|S da jcljajsé pipejrãna, que jbiuka sua emancipação social, 'expressa'iguaJmente os ou ¦seios mais profundos de toda a humanidade. . ANO que passou sem guerra, 1960 foi também um ano em que grandes e decisivas transformações se descnYolyerarp np myndo. A imogem do velhinho cpiji-. balido não fjojde sej aceijal doi|n<{ fiel. ÍAlgurficj ttjisp' é certo, está perecendo, festa h.jel ha verdade, rncSi*! quencias, d^n opressão eda exploração do imperialis- , mo norte-americano, que. tolhe nossa independência, entorpece e deforma nosso economia. Mas, com o mo- vimento domocrótico e' nacionalista sempre mais vigo- roso, avançamos no sentido de nos transformar em donos de nossa casa. E atingiremos nosso objetivo. Jnevitàvelmentc. Porqyç de nçsso lado é que estão as fôrçds|çiie exericfcrp a influência decisiva nos destinos clq 'humanidade. •_1 9I á i t .',?.•.¦.'ti.V.Vii .V.V:. 111 ml., i. M,

Upload: phammien

Post on 19-Aug-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

.

1 '<~^ff»B-8SK___^

f-__fl|||j_g«^

• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il _J 1n_S . •«• í "¦$ Wk ? ôa ül ___B ~ ¦ í ' tf íl ¦ ^~IBH ,l- ,(*í ||j mm * s-jj kr- _________ _9 ^1 • ^m - _B m " i Mt __- BL 1^______Í

i KH

ANO II Rio de Janeiro, semana de 30 de dezembro de 1960 a 5 de janeiro de 1961 N* 96

Diretor Executivo — Orlando Bomfim jr. Diretor — Mário Alves Redator-Chefe — Fragmon Borges

Com a Simpatia de Milhõesde Pessoas em Todo o Munda

CUBO FESTEJO^mm$^.

Vá ouvir

Pfestesna ABIMO PRÓXIMO dia 3 de janeiro, dia

de seu aniversário, Prestes pro-nunciará na Associação Brasileira deImprensa, sob o patrocínio de NOVOSRUMOS, uma palestra sobre a Confe-rência dos Partidos Comunistas e Ope-cários, recentemente realizada em Mos-«ou. Nesta Conferência, à qual compa-teceram delegados de 81 partidos co-munistas e operários de todo o mundo,os comunistas brasileiros estiveram re-

preientados por Luiz Carlos Prestes oNoaquim Câmara Ferreira. A palestra(t.rp lugpr no .Auditório, da ABI, à» 19

KUMOS pòdffifãó procurar os seus con-vites na gerencia deste jornal, na av.

[(Rio Branco, 257, sala 905, na revistaMEstudos Sociais (rua São José, 50, sa-'ia 502), na Editorial Vitória Irua JuaníPablo Duarte, 50 sob.) e na «evisla

Presidente da CO AP

da Bahia fugiu

com medo do povoTexto na 4' pá?, do I' cad.

Os comunistas e

as eleições municipais

em São PauloArtigo dt RAMIRO LUCHESIna 6* página

Greve geral paralisouos serviços públicosem Minas Gerais

Texto na 4* pág. do I» cad.

Trajetória

do Movimento Sindicalem 1960

Artigo dt J0VER TELLESna 2* página

f*OM a presença de dezenas de de-legações de quase todos os países

do mundo, o povo cubano comemorafestivamente a passagem do segundoaniversário da vitória de sua revolu-ção, que derrubou a tirania de Batistae libertou a ilha dr; dominação dostrusles norte-americanos. Durante essesdois anos, sob a direção de Fidel Cas-tro, o povo cubano realizou profundastransformações sociais e políticas. Nu-ma justa homenagem à luta daqueleheróico povo, NOVOS RUMOS dedicatodo o segundo caderno desta edi-ção às grandes conquistas cia revolu-ção cubana. Na foto abaixo, Fidel Cas-tro aparece ao lado de Célia Sanchez,jma das heroínas de Sierra Maestra.

RSDO REVOLUÇÃO

CONQUISTASLeia reportagens no 2 caderno desta edição

Governador Lacerdaê o pafronçda corrupção

J_9fc#ÍF$0Í!I¦'¦___t- tara m

Problemas da Paz e do Socialismo (ruada Assembléia, 34, sala 304).

Pracinhas:heróis e mártires

do povoTexto na 8? página

Operários e estudantessantistas realizam!

sua II ConvençãoI IDERES operários e estudantis san-

tistas, representando dezenas deentidades realizaram sua segunda con-venção (foto abaixo), durante a qualaprovaram importante declaração . deprincípios e criaram o Centro Operário-Estudantil. Na 5." página deste ca-demo damos completa reportagem arespeito.

tfs ¦-.> n

y-wm vi dirCAMPANHA DÉ^

p t «f _ ^ R -IO - ES TU D AN T S _|§§ 1JwBBMNfc:. ¦ m/m ^^^£££^^^ D E ^6Q'j \Mà \ 1

_y *" 'ííf^^í*' .í$*F^^^iP_ ¦'¦.'¦¦' '¦¦'Ü?''¦' 'J__h__'',-'-':-íl*.:*:^mt %mi I TStY

-'_¦;¦'B _¦____< '/' '"' r4' ''"¦ '''^^lY'' >'^4_^H ——Ms! IlÉfl W^^ '¦*** ¦_'•¦'_»* v*.f3M Wít^mSK ¦___ ___w^- «__• - - - ?¦ ^_H _B_s_^f____^ _H?¦ HiB _ ;*^Ü*«'--** *:¦-.-:¦-V':BB _B_F &ft£ã_ _B'" '- '•!_¦ __a^ >¦_•*'•¦¦* . > ¦'¦¦¦«••_ ,BB __^-\v*_5_l BB'BJ B^i »• ^ > %-¦ ^.B B*_D _jjn> ' •' >n _____%>____, _______H_^ _ÜK^.. sfí _____r <—. - ¦ ^^^| _____níviv_>~f~_____ _____l^H __T^ "f /_né __ ¦ * ' - .-^i _E^_ffi_» B-'w_l B'''* • "'/&'¦' .' ' __! BHP _ü_ -K

. - jjLgfc^fc _______^ ____r 9_u i ' *^H B_. -__¦_________

y-- ^tHr ^ Yaa_________É____ÉE______l _H____É___,'k ''* ' ''''"'

:^P3_B __^___Í_^S"*'"* «a^^^^_i___l ______ . ¦ *¦ ' '¦ ''" ' v_H 1I_1É____I_1'/^^_b_^_B_E______ ___H ' ' ^(ÉJmH _Flt^___^_'oW^_H

?¦ __^_«_Bu%<^ía__I HL-, ,*á^H__d__I BfeMtf.^^HE______P^_HBwS^^E^_i___B ____: •'.'.* ¦••¦% ¦•<>¦ ... ;¦ Ir. H ¦¦ Hl^lll_íi-#Íí_i_HK_s_!_*____B B^_ ¦¦___!__•¦ ~I!___¦ _____P-?.' aKS_B __r^^_B ___Bt_____^S_.a_a_PnlÍS_Í__l Bi •'j|__*i_J". \B Br&iv^.:|ísl_B_B _____£__ltí#^___B B. Jr""BiiíL''* -^Bi K'i '''/' _il!_a B3_fe"w

9F>C__JDUPu«_u_____i _______ - ' ''¦'">'9r.' ' "¦-"itvr * *'_'x,: ¦"''' íí't'J___l _D^____I ___i_K__9__l ^W^H BM^|'

^iY_f _¦_¦ mmYf* ****'$'.*^Át ¦' w^Ht£F'Y *__Bv____l _____Li_J.'_*-'Hi Hk¦¦ -ms • . "v-v ' . __r?'.-_a _i ___g_a~ ______)ÉLS_____r_l ______t '.'' (vTvI. ¦ a* i' . j^m%mÈhüÊÈÈ IB?jíflBa_i __B '¦

/^¦ÍBr_'___ __—' _TH,<iX P_nP'w _U "_.¦-¦'~._v _____i ___¦. fc ** mWW a___^~_P^Jmh_3_^J__B _B. '_•_. * •fl*wí,M__H _____L. __^.' ^J,i^ ^~ar^á__B_P__r_ff~><>.-__B BB ._-'<_£'-~__i _____F__?9^_i ___B _r *&/*¦' _>*->_¦_ í^ w_r __H B^f1*? tV''__________l -__I

K<_l __i^__w'-._É_'u^. ir ___.____¦ __fl__l ______Lx__l __B _______________________! ____^_____i ___E____9Hf_____¦__! _______E__^^-VM^KSB____tt_^__iT_i2_5 __k ^8i~^^^^ ^^H ____Nn nbsp -__HJt^^__ ___

B|Br^^;' < /y*^%1I_B_I1 _B_^¦ *> lB RP^^*v '* ' fflP ^ül 1B^^^feyP,í''"^- '.-' * '.'.ti wk&WI&t*Wm B B !-^_r / ^B B "'*^-i".^^wv*iB B

SS______S^Í '¦ ¦"' -^H»P%S_I _______»** .?' - 'Y;:V' .y__H ___P^ -^'^„§\^^__^J^S__E nH¦K—BBH—iKlSíSç'/-^:* / ¦.¦ ¦¦ ^i:.*^__i_ _?_B__t___B BBHftg ™ .¦ ™ ~EI.IH_B_«''.: ;*¦ ->__^_&-&>^^ BB_BrV* JJF t-^lfl aírT^ ? ^T___ÜJh *"¦' ¦iÍÍ3k$^1í ^'.íliá^SrruríííFaH

^-^—ai-,-.—'" ¦_¦-«¦--. _a íl,! I ''

-_ ''-a

jíB ^'pB I assagem de

ORLANDO BOMFIM JR.

j TERMINA o ano de 1960. Mais um ano que passa semguerra. Houve, sem dúvida, graves perigos, pro-

vocações e ameaças. As forças agressivas do imperia-'.lismo resistem à coexistência pacifica e insistem -natemeridade da guerra frio. Continua a corrida arma-imèntisia. O monstro das duas faces tenebrosas — ada exploração do homem pelo homem e a do exler-minio do homem pelo homem — ainda respira. Mas

já não coi-seque impor, como qnles, sua ,vontade es-

poliadorp ,e í-isumçinp., Ppr i.so a püz foi'asscguiaclaem

')9ó0. .".'¦•

C A P&1 è o^randç Ije^i do bumanidcfde. Na epoc

I jPl estufai,| s|gnif|cc| livrar os povos da l!rajgád|a\ mlcq, 'de nolrotes naAa^s tvisic"sM dp %destruiçã-

de .populações

morta do que viva.caracteriza por esse

Mas o tempo icjue passai não seaspecto caduco. Ab'.tqnlrário,' 'seu

sentido verdadeiro se contém no. hôvo.que cresce é.'sefortalece; expressão dc vitjo'r e juventude, que já per-torce, ©s carnin/ios do fulurç.

^SSISTIMOStravadas

e. mesmo paísesteriais e espirituais acumuladoslia lia hd dojhomlenj. £ leli fcddi

Pela'primeira vez naTHIstór

çao imbocnteiros, de bens mq-durante séculos pelo

J ,' I ' i • ' 'ade, agora,, ser assegu-

ao desenrolar das gigantescas batalhasentre os dois sistemas sociais opostos,

o do socialismo e o do capitalismo. E o desfecho nãoconstitui nenhuma incógnita. Vemos, de um lodo, aconquista de êxitos sem precedentes na produção, naciência e na técnica, permitindo sejam satisfeitas, emjráu ^epipr. crescente, as necc-S-idadás materiais e es-

|e'conslroe(ii| tinia sociedade nova J... .11 ro lt> " "' ¦ ' '

\

mmi:^5

ifituais dí povb^. Qo outro' Itnlld, ivfemos, o1 cloc/açlêntia, e ,a de-

1 L S * i * _ _,_»_l''^'»\ ' ' ¦. '

i > \ j ' '

^^ft __ÉSi::; É_ '__

•w1*»"»»»»»»»»»»,

* .

*^iS*m^'^6^M^IMfm^fi*X»*mimtimt»i

OUILINAT> f^?.^;,W.:/: ;:.v.>v- ;•¦;.¦¦.;;: ;¦".'; .;-MEND

Jy "^Pl^V n_kS_f^_n'-''' ^'- / ^^_BI B_H mi "•

' , d»! ! I / i <

db. jPéla' pT-irríei. cá 've_ PtalHistória, alpaz é defendidapor forças poderosas que sobrepujam os fautores de

guerra. A ação vigilante e ativa dessas forças serácappz/de .afastar o perigo de uma catástiof

Tfmwlti,,,1;A PAZ é também — conforme

sia

^ teimo-

m>.composição, e o niàis 'rièo dos países capitalis^,- yEstados .Unidos, torna-se o campeão _o desempregocrónlcq, incapaz de utilizar lodo o potencial deindústria, com a produção cnlravada, submetido a .frèquentes crises econômicas, intensificando a espoliaçãode seu próprio povo e sugando a riqueza de oulrpspaíses: Está se aproximando, pois, o dia em que ocapitalisnjioj |erá derrotado na esfera decisiva da oti-

ração da Conferência dos partidos comunistas e

joperários .-—- um aliado fiel do socialismo, uma veique o tempo trabalha pelo socialismo e contra o ca-pitalismo. Nesse terreno, como em tantos outros, a vida

, , ' ' \ \ \ \ Cidade humana,' ti .da produção material.

se afirma na Decla-. . -, ,;.•, '. ,

ASSIM caminha o mundo, ncsja possqgen\'de . 1^60.para 1961. Enfrenta tropeços e dificuldades,

rigos e ameaças, que exigem trabalho e luta. Mas opresente já justifica a realização no futuro das mais

mostra, çoncre/cyripnte, que o socialismo, <jxpieísando( nobres esperanças. Nosso pais ainda sofre as conse-À. _____.___' -i: __>__-._ !____ .!_.._ _. i •'.'.. ...

Hf I $ Ít"-f"565 especifiçO|S da jcljajsé pipejrãna, que jbiukasua emancipação social, 'expressa'iguaJmente os ou¦seios mais profundos de toda a humanidade.

. m§

ANO que passou sem guerra, 1960 foi também umano em que grandes e decisivas transformações se

descnYolyerarp np myndo. A imogem do velhinho cpiji-.balido não fjojde sej aceijal doi|n<{ fiel. ÍAlgurficj ttjisp'é certo, está perecendo, festa h.jel ha verdade, rncSi*!

quencias, d^n opressão eda exploração do imperialis- ,mo norte-americano, que. tolhe nossa independência,entorpece e deforma nosso economia. Mas, com o mo-vimento domocrótico e' nacionalista sempre mais vigo-roso, avançamos no sentido de nos transformar emdonos de nossa casa. E atingiremos nosso objetivo.Jnevitàvelmentc. Porqyç de nçsso lado é que estão asfôrçds|çiie exericfcrp a influência decisiva nos destinosclq 'humanidade.

•_ 1Iá

i • t .',?.•.¦.'ti.V.Vii .V.V:. 111 ml., i.

M,

Page 2: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 30 de dezembro de 19Ó0 a 5 de janeiro de 19Ó1 —

Trajetória do Movimente*Operário em 1860

-.,

y

Nos úitimos anos, em conseqüênciaáa aplicação, pelo governe do sr. Jus-c:lino Kubitscheck, de uma política in-flacionária que objetivo sobrecarregaros massas com o ônus do desenvolvi-mento econômico,, feiio em benefíciodps grandes capitalistas e dos inver-sionistas imperialistas, principalmentenoile-cmericanos, o povo assiste n ele-

PRODUTOS

Cerne de primeira Acúca.- .j Arroz, amarelãoFsijão preto L;iie .'¦...,Ciarque B^nlia de porco ... •

P„o

A manteiga, em 1959, custava100,00 o quilo, atualmente custa de . .

Ói0,00 a 340,00 o gás foi majorado,ei,: 195ó até julho deste ano em ,40,64%. Um par de sapatos, que

cc:iava em 1956: 450,00 hoje custa aci-na de 1.500,00. E o mesmo sucede,e:m exceção dos trens da Central, nosetor dos transportes. Segundo o De-

partamento intersindical de Estatísticae Estudos Scício-Econômicos, do Estadode São Paulo, o aumente do custo devida atingiu a 72%, até outubro desteano, tomando-se por base janeiro de1959. Em 31 de dezembro de 1939, osaldo do papel-moeda emitido atingiaa 154,6 bilhões de cruzeiros e, para oencerramento do atual, exercício finan-ceiro, prevê-se que atinja a 205 bi-lhões, o que significará uma emissão,neste ano, acima de 50 bilhões de cru-zeiros.

Diante desse brutal agravamento do

processo inflacionário e, conseqüente-mente, da situação de miséria das mas-sas, em resposta à carettia crescente •defendendo a dignidade da seu nívelde vida, oi trabalhadores, expressandoe sentimento de protesto datada a povocontra a política reacianàtia, entreguis-ta e de fome, executada paio aluai «o-virno, vem Intensificando tuai latas. Omovimento grevista, a partir de 1951,vem adquirindo maior envergadura. Em1959, fomente na Estado de Sao Paulorealizaram-se 309 greves.

Neste ano, verifica-se um ascense,«em precedente* em nono pais, do ma-vimento grevista, no qual participaramacima de 1 milhão e 500 mil trabalha-dores. Entre essas lutas destacaram-se,pela sua importância: a greve geralcontra a careitia no Rio Grande do Sul,que paralisou todo o Estada; a grevegeral dos trabalhadores da cidade deSantos, em solidariedade aos operáriosdo Moinho Santista; a greve do* rodo-viários, no Estado do Elo; a greve na-cional dos estivadores; a greve gsroldos metalúrgicos e gráficos de Mo Pau-Io, que atingiu a circo de 300 mil tra-balhadores; o greve doe trabalhadoresem carris-urbanos, no Estado do Gua-nabara, e da CMTC, na cidade de SaoPaula; a greve dos trabalhadores emialinas e na Fábrica Nacional de Alça-Ih, em Cabo Prlo; a greve dai ferrovia-ros da Estrada de Perra leite-Brasileiro;a greve geral dai professores e profes-sôras no Estado de Minai Gerais; a gre-ve nacional dos marítimos, portuários eferroviário! que, paralisando por trêsdias esses setores básicos da economiado país, íbarcou cerca de 400 mil tra-bolhador/s; a greve nacional dos ae-rovlários e dos aeronautai; e diversosoutros movimentos. Cabe assinalar quenum setor relativamente novo da indús-tria — o petrolífero — os trabalhado-tti recorrem à greve, como aconteceurecentemente nas refinarias dé Mdtaripée de Cubatdo. Per outro lado, ferrovia-rios da Central do Irasil e do Morte eNordeste do país, bem come os oráfi-cos da Bahia, apás multo* anos de si-líncio ergueram novamente suas vozes

reincorporaram-se ativamente ao mo-vimento operário. Este ano foi moreado,também, por um incrementa do movi*mento grevista entre os funcionários pó-bllcos em diversos Eitadoi e Municípios,Oi quais conquistaram, na prática, o dl-reito de greve. Nesse sentido, assumiugrande importância a greve geral dosservidores do Estada de Minas Gerais,recentemente realizada. Por outra lado,diversos setores da classe operária timrealizado novos movimentai grevistaspe.o quebrar a resistência do governoa abrigá-lo a cumprir de acordai este-belecldgi como fruto da hifoe auferia*rei. Isso vem acontecendo, iego,domort-te, com ai marítimo», orrumadarai, etc.,

agora com ae ferfoviéiéee d* laepel-dlna, da {Estrada da Parvo do Nordeste,iate. Tam$e% ttktmk»\kmmm de JgggmílâM -¦-¦*¦-¦- — "*-*¦—--' — -j- amé «¦¦joma^iitoaftéWei mm-•1 !*¦/ ^m^fmwfWwmfWWif *eftw mf^JqPTTWITT»*» WTWMnifestações de massa, a oquioevcõo da¦alário mínimo daqveto üfitt» ao quevigora no Estado da Goanabema. Aiaim,

jpade-sa afirmar que o formo p-ênopalaWihsta eeept-egada. pela^ejMe»,opera-riev neste a*»©, véwode utaaisjar suasrávmoScocâes, foi a trrflrtoçfto do direi-b) comtitucional de greve.

fHaior orgamzaçioUma dai características do movi-

mento operário, neste ano, consiste noampliação das greves. No país inteiro,o proletariado patsa dás greves Ideaisde âmbito da empresa à realização de

\

vação constante dos preços dos gênerosessenciais à sua alimentação. Tambémas principais utilidades como o gás, o

transporte, o luz, etc, se tornam, da

noite paro o dia, menos acessíveis à

bolsa do povo. Para se ter uma idéia

da carestia, vejamos a seguinte tabela

sobre a majoração dos preços:

I950 Novembro de 1960

42,00 170,00 a 180,00

13,00 25,4015,00 -40,00

20 00 40,00 a 60,00

8'70 20,00 a 21,00

50'oo 140,00 a 160,00

40'oO '40,00 a 160,00

10,00 40,00

greves por setor profissional, nos âm-

bitos estadual e nacional, a greves que

abarcam, no âmbito estadual, a todos

os setores da classe operária, como

aconteceu no Rio Grande do Sul, e a

greves de diversos setores profissionaisno âmbito nacional, como aconteceu

com a recente luta dos marítimos, por-tuários e ferroviários. Deve-se constatar,

ainda, que são justamente os setores

mais importantes da classe operária,

não só do ponto-de-vista numérico, co-

mo de sua significação econômica e po-lítica, aqueles que mais firmemente vêm

lutando. aA classe operária, este ano, atuou

mais organizadamente. Em sua maioria,as greves realizadas foram precedidasde assembléias preparatórias com gran-de participação de massa, contaramcom programas reivindicativos prévia-mente elaborados, com a ampla ativi-dade dos piquetes de greve, e com co-mandos livremente eleitos e, por issomesmo, com o prestígio e a autoridadenecessários junto às massas. Isso possi-biiitou ao proletariado atuar mais dls-

ciplinadamente, com o máximo de flr-mesa na luta para obter suas exigênciase, simultaneamente, com a Indlspensá-vel flexibilidade, a fim de evitar as

provocações urdidas pela reação, obje-tfvando o desgaste de suas forcas. Ostrabalhadores souberam avançar e re-cuar quando preciso, sempre de formaorganizada, mantendo, consolidando eampliando suas fôrços, com vistas ásnovas batalhas que deverão enfrentar.Isso demonstra que o proletariadoacumula experiência e adquire a cons-ciência de que na luta por seus interês-ses imediatos e mediotos deve contar,fundamentalmente, com a força de suaunidade e organização, de sua solida-riedade e disciplina no combate.

Manifestações de roaOutra característica consiste em que,

no curso das greves, os trabalhadoresvêm realizando grandes manifestaçõesde rua — passeatas, concentrações,eomfcios, etc. —, nas quais, ao ladode suas reivindicações econômicas, le-vantam bandeiras políticas, tais comoa da limitação da remessa para o ex-terlor dos lucros das empresas estran-geiras, a da nacionalização dosfrigoríficos e das empresas de ener-gla elétrica norte-americanas, a ban-deira da reforma agrária, a ddnacionalização dos bancos estrangei-ros de depósitos, a do restabe-lecimenfo das relações diplomáticas ecomerciais com a União Soviética e aChina Popular, a da defesa e da am-

pliação da Petrobrás, a bandeira da so-lidariedade à revolução cubana e à lutaemanclpadora do povo argelino, a dainterdição das armas atômicas- e de hi-drogênio, pelo desarmamento universale completo, etc. Nesse sentido, se é ver-dade que a maioria das lutas do pro-letariado se reveste, no inicio, de umcaráter essencialmente econômico, ad-quire no processo um conteúdo político,por força da ação reacionária do poderconstituído, chegando, muitas vezes, achoques violentos, entre operários e oaparelho de repressão do governo, co-mo aconteceu recentemente em SãoPaulo, por ocasião da greve dos traba-

Ihcdores da CMTC e da dos melalúrçii-cos, e no Estado do Rio, na greve dostrabalhadores de Cabo Frio e de Ca-xias. A ação patronal e a do governo,contra os postulados democráticos caConstituição da República e conlra o»direitos estatuídos nas leis trabalhislc:,vêm determinando a ampliação da soil-dariedade política no movimento opi-rário e no seio das amplas massas po-pulares. O governo vai aparecendo,diante dos trabalhadores, tal que óiuma instituição no fundamental a servi-co das classes dominantes, e, no pro-cesso da luta, vai amadurecendo nciconsciência das massas a necessidadede lutar pela formação de um govòr-no de coligação nacionalista e demo-erótica,,que realize uma política conse-qüentemente antiimperlalista, democrá-tica e antlfeudal, em consonância comos interesses e a aspiração de progr.v,-so e bem-estar de nosso povo. No en-tanlo, a principal característica das lu-tas, foi a de que as massas operárias,lanto das empresas privadas, como dasdo Estado, objetivamente, deram umaenérgica resposta à orientação impres-sa no governo do Sr. Juscelino Kubifs-check, e aos seus teóricos, de que o de-senvolvimento econômico em nosso paísdeveria continuar a ser feito na depen-dência da «ajuda» dos imperialistasnorte-americanos, adaptado à manu-tençõo da estrutura agrária semlfeudalvigente no campo brasileiro, • sêmen-l« ò custa de inauditos sacrifícios dostrabalhadores e das mossas populares(Teoria do «Desenvolvimenlismo. ).Não conseguiu o governo e nem seusprincipais defensores e, também, seuaparato de repressão, impedir e opoisecom êxito aos grandes movimentos rei-vindicotórios, que atingem.as atividadesfundamentais do pais, notadamente ostransportei. Esses movimentos traduzemo espirito de luta das massas, seu desa-côrdo com a situação reinante no país,bem como a aspiração de todo o nos-so povo, que deseja úm novo curso, ver-dadelramente independente, paro o de-senvolvimento econômico político e so*ciai do Brdill.

Maior participação de maiuaA realização de congressos e con-

venções sindicais vem contribuindo parafortalecer a organização e a unidade,bem como a solidariedade de classe, epara tornar mait clarai ai reivindica-ções dos trabalhadores e ai questõesnacionais e democráticas que a élcsmai» Interessam. Em 1958, realizaram--se conferências ou congressos sindicaisem 12 Estados, 8 conferências nacionaisde setores profissionais e a I Conferên-cia Sindical Nacional, com mais de ...1.000 delegados, representando maisde 600 sindicatos. Em 1959, realiza-ram-se 14 congressos sindicais de àm-blto estadual ou de setores profissionaisem âmbito nacional e a II Conferên-cia Sindical Nacional, da qual partici-param acima de 1.500 delegados, re-presenlando 4 Confederações, 60 Fe-derações e, aproximadamente, 1.000sindicatos. Em 1960, realizaram-se con-feréncias ou congressos sindicais em 16Estados, e 6 congressos nacionais desetores profissionais, sendo todas es-sas reuniões coroadas com o lll Con-gresso Sindicai Nacional, que repre-sentou o fruto de um longo trabalhounitário em que se empenharam os co-munistas, os trabalhistas e outras fôr-ças atuantes no movimento operário,e do qual participaram cerca de 2.500delegados, representando confedera-ções, federações e acima de 1.000 sin-diecito. A característica dé todos essesconclaves neste ano, consiste em quecontaram com uma maior participaçãode massa • que os trabalhadores nãose limitaram a discutir e a decidir lò*mente sobre suas reivindicações espe-cificâmente sindicais, mas tomaram,também, decisões de conteúdo políticoligadas à luta geral de nosso povocontra os imperialistas norte-ameriea-nos e os latifundiários. Nesse sentido,adquire grande importância o Progra-

JOVER TELLES

ma elaborado pelo lll Congresso, do-comento que continua a nortear a açãodo movimento operário em nossa terra.

Novas formas de organizaçãoNão obstante o caráter estritamente

vertical da atual estrutura sindical, for-mas de organização de tipo horizontalvõm sendo forjadas pelos trabalhado-res. Em todos os Estados já existemorganismos intersindicais eleitos demo-cràlicamente e reconhecidos, na prática,pelas autoridades e pelos trabalhado-res. Esses organismos vêm desempe-nliando importante papel na unificaçãodas lutas e na ampliação da solidarie-dade da classe operária. Na marcha

para o lll Congresso, reforçaram-se di-versos Conselhos .cindlcais Estaduais,como os de São Paulo, do Estado doRio, do Rio Grande do Sul. Criaram-senovos organismos intersindicais no Es- ,tado da Guanabara e no Nordeste. E'

positivo o fato de surgirem, nos últimostempos, organismos intersindicais nosmunicípios como acontece nas cidadesde São Paulo, Porto Alegre e Recife.Reveste-se de grande importância, tam-bém, a unidade de ação alcançada pe-los marítimos, portuários e ferroviáriosna última greve e sua maferíallzaçãonum organismo intersindical desses trêssetores da classe operária. A criação,no lll Congresso, da Comissão Perma»nente do IV Congresso e a eleição daComissão Executiva Nacional constituemoutra conquista de grande Importância

para que seja assegurada a coordena-ção da atividade dos trabalhadores sobuma única direção nacional. Os traba-II,adores compreendem que tais orga-nismos não se contrapõem à atual es-trulura sindical prevista na CLT, nem po-dem ser pretexto para o abandono oua subestimação das Federações e Con-federações sindicais. Ao contrário, otrabalho nas entidades que compõem aatual estrutura sindical deve ser inten-sificado e, simultaneamente, é justo en-vidar esforços para dar vida às orga-nlzações intersindicais que a classe ope-rória vem criando, visando suprir as de-ficléncias inerentes ao sistema sndicalvige

Solidariedade internacionalNeste ano, fortaleceram-se os vín-

culos entre o movimento operário bra-sileiro e o movimento operário interna-cional, representado pela FederaçãoSindical Mundial. Dirigentes da FSM edo, movimento sindical da América La-tina participaram dos trabalho! do lllCongresso Sindical Nacional. Represen-tantes da FSM estiveram presentes aoCongresso Sindical dos TrabalhadoresPaulistas e à Conferência Nacional dosEmpregados em Estabelecimentos deCrédito. Realizou-se em Volta Redondao Encontro Latino-Amerlcano dos Me-falúrgicos e, no Rio, o Encontro Lati-•Americano dos Bancários. Numerososdirigentes sindicais viajaram, este ano,para os países socialistas, principalmen-te para a União Soviética e para a Chi-na Popular. Verificou-se uma maior li-gação do movimento operário brasilei-ro com as organizações sindicais dosoperários cubanos e com os objetivosda revolução daquele povo irmão. Es-sas iniciativas revelam o elevado espí-rito de solidariedade Internacional quepreside à ação dos trabalhadores, econstituíram novos elos da corrente daunidade mundial da classe operária.

O crescimento das lutas da classeoperária, o fortalecimento de sua orga-nização e unidade, determinaram umasérie de vitórias no terreno econômico epolítico, como o aumento dos saláriospara a maioria dos setores operários,num nivel mais alto do que o do» anos

precedentes; a conquista, pelos marlti-mos, portuários e ferroviários, da pa-ridade de vencimentos entre o funciona-lismo civil e militar, o que significou umaumento de 44%; a aprovação do Pia-no de Classificação do funcionalismo; arevisão dos níveis do salário mínimo,

que foram aumentados em mais de60%; a prorrogação da Lei do inqui-

nw^ifiiriiiiNff^ffí"'^

' IWM m . \«íi ¦$•¦'

" .'It^-OjBI IjteysJB

«3v- Mliff^V^^B BB*Jf.l II^BbI m\r»t-w •-¦' rt^mmwmmwaFmjmMmjjm

j»MÉirffilftiffi

¦j^ t HbV B-^V^^bI re*

Wmm\^lmW-mmKl bp£LWL_ f Jkl IBBl^M m^l^B IM * K'mm^^LWm] BB^^klr^Bfl BB

Rh Kl; 1 Q

BB m\\vMm\mwÊÊímTXÍm ^^Bnmmk$t£^m\\ mmmm\\\

IfiBIxOTpJv •*« BI I

NH ^fl Ri^IfLIIbjCWtl^^^BBll^B^B^B^B^bT mr\%%W^Wm%%%m^Wm%%%\%%%%m • *^>.i 3 ^9 k^HilfeTf^iW'/^HÉ4i?rsl Hrréfl| ^feBH ÍU MÍZaiMI IBUbVII* ^^^smí^ 'mmm^MM mmm*WwMi-^y^8B P»b»«^bb e»c^MWWmK jBt'vfl b^^Bv.^bwíJbI VkH bm^5Vti IfÍpm»)^\-f imm Kbh7%-'| ízHPBn l^tMHI Bsil''^ *^ W mmwM WmrmWÊ mF'rl liXfjIrlvni I ii '--"B MBBBfiBBB BU mm BRB KP^B BIl* iMB iiii Ilh. iHEbl^h ¦!¦ ÍQ 1PtVilÉ §)>¦ ¦BS^wni steB ¦ ^M- ÃBflB^ss^BMflBlHEr B^ sVuBZ ¦BBBBB)[Jl o '^1 iBflD linnl'«Trl>a mwmmf: ^*m Ii^BBk*,: jP-» B

¦í^bIII m^mmWBmml^ármmlmm ¦BfT' ^«^bW^^ imLJlF^\ Wj Bl^sB BBltÊ'mmrfw^mm BM^JdlÉl Br^- ^B Bfffgrjdl

%É BflLyFVi lll mmMjM m BliflyillRim -ymTM Kl W&ÊMèÊM il VMm

A grande batalhaunitária

Marítimos, portuários e ferroviário! realizarem, durante o mêe de novembro,grandiosa manifestação unitária em defesa da paridade. A greve das trêseategorlai reveitlu-se de completo êxito, apesar das violências e ameara» de umbanho de sangue prometido pelo ministro da Justiça, Armando Falcão. Acreve, que durou quase uma semana, foi total e só terminou quando o governoprometeu satisfazer as reivindicações doi trabalhadores.

III CongressoSindical Nacionallinato; uma lérie de vitoriai parciais,como a libertação de grevistas encar-cerados pelo polícia; a desinterdiçãode diversos sindicatos. O mais impor-tante é que o movimento operário, uni-do aos estudantes e a outras forcas na-cionalisias e democráticas, conseguiubarrar, por ocasião da greve dos marí-timos, portuários e ferroviários, a cons-piração palaciana que visava ferir aConstituição da República e estabelecero Estado de Sitio, para esmagar pelaforça as lutas do proletariado e do po-vo e paralisar, assim o ascenso domovimento nacionalista em curso nopaís. Importante vitória, fruto dé umaluta que durava já 13 anos, foi a apro-vação da Lei Orgânica da PrevidênciaSocial, a qual, embora apresente as-pectos negativos, mantém fo'dos os be-nefíclos que já vinham sendo concedi-dos pelos Institutos, criou novos benefí-cios e modificou o sistema da admínis-.ração das instituições de previdênciasocial, possibilitando aos operáros exer-cer certa influência nas mesmas. Apli-cando essa Lei, os trabalhadores alcan-çaram algumas vitórias na eleição dasJJR e na administração de certos Ins-titutos. Ao lado do máximo aproveita-mento dos aspectos positivos da lei Or-

"gânica, os trabalhadores mantêm er-

guida a bandeira da luta que exige aentrega aos sindicatos da gestão do sis-tema previdenciário no Brasil.

Debilidade* e obstáculosOs êxitos, entretanto, não nos de-

vem impedir de observar atentamenteas debilidades. de que se ressente o .mo-vimento sindical. A sua base nas em-presas continua muito fraca, são rarosos Conselhos Sindicais de empresa oque, afora os movimentos mais intensosdas lutas reivindicativos, limita a vidados sindicatos à cúpula c a um circulobastante restrito de ativistas. Continuabaixo o nível de sindicalização em re-lação ao número de operários. Os jo-vens e as mulheres que, em certas in-dústrias, constituem a maioria dos tra-balhadores, não vivem praticamente avida dos sindicatos. Os assalariadosagrícolas, que ultrapassam de 4 milhõesem nosso país, continuam desorganiza-dos, e a ação do movimento operárionas cidades para ajudar a organizaçãodos trabalhadores agrícolas, com rarasexceções, continua incipiente, aquémdas possibilidades. Continua débil a lu-ta pelo reconhecimento dos sindicatosdos trabalhadores rurais junto ao Mi-nistério do Trabalho. A interferência mi-nlsterialista ainda é forte na vida dasorganizações sindicais. Contra essa in-terferêncla não temos lutado com sufi-ciente vigor. As tendências oportunis-tas de direita, que se manifestam nesteparticular, devem ser erradicadas, por-que conduzem ò passividade e o adap-tação ao estado de coisas existente. Aburguesia intensifica sua ação ideoló-gica e política no movimento operário,visando pô-lo a reboque de seus inte-résses de classe. Procura Inocular nosoperários os princípios da «Rerum-No-varum», da «Paz Social», etc, e des-caracterizar c; sindicatos, fransforman-do-os de órgãos da luta de classe quedevem ser, em instituições de assistênciasocial, etc. E contra essa ação nefasta,que se amplia, não temos realizado ummelhor trabalho Ideológico e políticono seio do movimento operário. Nãoobstante a força de atração das idéiassocialistas e do exemplo que emana dashistóricas realizações do povo soviético,chinês e de todo o campo onde imperao socialismo, nosso trabalho de propa-ganda « de educação, no seio do movi-mento operário, é fraco, defensivo eaquém das possibilidades e necessída-des existentes.

Ao lado dessas debilidades já crô-nicas do movimento operário, este vemencontrando novos obstáculos em suamarcho. A êle se contrapõe a oção dochamado Movimento Renovador, a dooito cloro, através do MOS, • a ocãodos lídoros do CNTI, CNTC, CNTTT eCNTTMFA. Oj senhores Dooel-çícmo d*Holanda. Ari CaniDisla. Ànaolo Palm!'

O III Congresso Sindical Nacional, reu»niclo em agosto nesta cidade, com apresença de centenas de delegados de'todo o pais, representou Importantepasso no caminho da unidade do me*vimento sindical.

giani, Sindulfo Pequeno c Alfredo Nu*nes, à medida em que avança o movi*mento operário, passam a uma ativlda-de dlvislonlsta mais aberta e vlrulenta.Rechaçados pelos trabalhadores, aotentarem Introduzir a política partida»ria nos sindicatos, ao pretenderem su«bordinar os sindicatos ao PTB, e ao pro-curarem, com o Manifesto de 1° deMaio, legalizar junto as massas a filia-ção do movimento sindical às organiza-ções internacionais divisionistas, àORIT e a CIOSl, repudiados pelos fra-balhadores no lll Congresso SindicalNacional, que tentaram dividir, deses-perados, voltam-se para a falida poli-tica do anticomunismo e passam, indig-namente, a adjetivar a greve dos marí-timos, portuários e ferroviários, e a ou-trás lutas, de movimentos comunistas,subversivos, etc. Tendo sido, também,essa posição condenada pela classeoperária, desesperam-se ainda mais echegam ao cúmulo de destituir, dos pos-tos que ocupam no Conselho Consulti- •;

vo da CNTI, os dirigentes sindicais Be- j

nedito Cerqueira e Giovani Romltta. Osr. Ari Campista st demite da presidên-cia da Comissão Permanente das Orga-nizaçÕes Sindicais do Estado da Gua-nabara, num acinte à Convenção Sin-dical que o elegeu. Esses senhores, aoinvés de honrar o mandato que recebe-ram do movimento operário, preferemreunir-se em Washington e cumprir aiordens de seus patrões da CIOSL e daORIT, com o objetivo de Impedir o pro-cesso de unidade e organização dostrabalhadores em nosso pais. Preten-dem, assim, evitar que a classe opera*ria exerça seu benéfico papel orienta-dor na luta emancipadora e democrá!!*ca de nosso povo.

A caminho de novas vitóriasMas, se os indivíduos citados se de-

sesperam e passam a «meter os péspelas mãos», desmascarando-se diantedos trabalhadores, os comunistas nãotêm razão para perder a calma e con-tinuarão executando sua política demassas, de unidade e de luta. Não nesarrependemos de nossa atividade nasconfederações e apenas lamentamos a

posição antidemocrática que tais pos-soas vêm assumindo. Os trabalhadoresnão confundem a posição desses «lide-res» com as entidades que dirigem.Consideram as Confederações como or-

ganizações da classe operária, não aiabandonarão e, ao contrário, reforça*rão o trabalho no Interior dai mesmas,visando democratizá-las, para que pos-sam vir a ocupar o lugar de honra quelhes está destinado no movimento sin*dical brasileiro.

Os comunistas constituem, no movi*mento sindical brasileiro, uma forco doprimeiro plano e a sua atuação temcontribuído, de modo deciiiva para ele»var o grau de unidade, de organizaçãoe a consciência do movimento operário.Fazendo esforços para romper com osectarismo que nos isolava dai grande»massas trabalhadoras, temos consegui»do neutralizar a ação dai forcai anti*unitárias no movimento operário, reforcando nossas posições e ampliando ocampo de nossos aliados, pare deiei»péro dos elementos reacionários lnterei*<sados em manobras divisionistas. Vaificando para trás o tempo em que oitubarões do sindicalismo brasileiro,mancomunados com as forças obscuran-tistas do imperialismo • da reação in»terna, podiam facilmente enganar asmassas e impor a elas sua vontade. Vi-vemos na grande época da transiçãodo capitalismo ao socialismo. Nestaépoca é difícil marchar contra a cor-rente. Avoluma-se e acelera sua mar-dia o caudal da luta emancipadora ademocrática, que as massas d» nossopovo impulsionam para a fronte. Isto éo decisivo e irresistível. Ao impacto des-sa torrente anular-se-ão Iodas as ma-nobras malsãs e quebrar-se-ão Iodas asresistências. Estamos no limior de umnovo ano. Ao$ comunistas cabe, pois,tudo fazer para que a experiênciaacumulado fru;K!,;ui cm novas vitóriasno ano filie mn «o inirm

Page 3: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

Rio de Janeiro, semana de 30 de dezembro de 1960 a 5 de janeiro de 19ól NOVOS RUMOS

A Conferência Dos Partidos Comunistas e OperáriosLUIZ CARLOS PRESTES

' Ao ensejo das comemorações do43» aniversário da Grande Revolu-ção Socialista de Outubro, reuni-i-am-se em Moscou os representantesde 81 partidos comunistas e opera-rios dos 87 hoje existentes no mun-do, partidos que se guiam pela vito-riosa doutrina marxista-leninista eque agrupam mais de 36 milhõesde militantes.

Após a Conferência de 1957, foia atual Conferência o aconteci-mento mais importante do movi-mento comunista internacional. Re-flexo da força e influência alcança-das pelo movimento comunistamundial, permitiu uma ampla tro-ca de experiências, a análise apro-fundada do desenvolvimento dasituação internacional nos três últi-mos anos, o esclarecimento de pro-blemas importantes, como o do con-teúdo de nossa época, os relativosàs notáveis conquistas do sistemasocialista mundial e ao ulterioravanço na construção da sociedadesocialista, o da guerra e da paz, orelativo ao desenvolvimento dosmovimentos de libertação nacional,o da luta revolucionária nos paísescapitalistas e ainda os relativos aofortalecimento dos partidos comu-nistas e de todo o movimento comu-nista mundial.

A discussão de todos os proble-mas constituiu espetáculo empol-gante e inesquecível para todos quedele participaram. Jamais fora pos-sível uma análise de tal maneiramultilateral dos acontecimentos in-ternacionais, o acúmulo de tão va-riada e fica experiência, a reuniãode informações e dados aparente-mente tão divergentes, apreciadostodos, no entanto, sob o prisma damesma ciência e na base dos mes-mos princípios inabaláveis do mar-xismo-leninismo e do internaciona-lismo proletário.

A Conferência pôde, assim, apro-var por unanimidade uma Declara-ção dos partidos comunistas e ope-rários, bem como um Apelo aospovos de todo o mundo. Na Decla-ração confirma-se a validez da De-claração de 1957 e do Manifesto daPaz, como documentos programa-ticos do marxismo-leninismo que«continuam a ser bandeira de com-bate e guia para a ação de tolo omovimento comunista internacio-nal». Dá-se a caracterização deta-lhada da situação mundial contem-

porânea, generaliza-se a experiên-cia dos movimentos comunista,operário e de libertação nacional,faz-se um balanço das conquistas dosistema socialista mundial. A De-claração traça ainda as tarefasmais imediatas que se apresentamaos comunistas de todos os países,ao proletariado internacional e aospovos do mundo inteiro que lutampela paz e pela liberdade. Quantoao outro documento, é üm apelocaloroso que conclama todas as pes-soas amantes da paz no mundo in-teiro a que lutem contra a políticaimperialista de agressão e pela pre-servação da paz.

A unidade do movimento comu-nista mundial obteve, assim, novae significativa vitória, golpeandomais uma vez e seriamente todasas manobras imperialistas, todas asespeculações de seus escribas, que,após a derrota por eles sofrida comos resultados unitários da reuniãode 1957, tentavam ultimamente ex-piorar apreciações divergentes sobreacontecimentos mais recentes naarena internacional para tentarapresentar o movimento comunistamundial como dividido e enfraque-cido!, Os resultados unitários daConferência de Moscou, expressosnos dois documentos unanimementeaprovados, desmantelaram nova-mente os planos e as especulaçõesda reação imperialista.

Durante a realização da Confe-rência, alguns jornais da reaçãotentaram ainda especular a respeitode sua duração, afirmando ser ex-cessivo o tempo dispendido nos de-bates e que isto traduzia as diver-gências que opunham uns aos outrosos principais e maiores partidos co-munistas. Os jornalistas da reaçãoeram, assim, vitimas de suas pró-prias mentiras, das calúnias que di-fundem a respeito dos partidoscomunistas, apresentados por elescomo meros caudatários das deci-soes tomadas pela direção do Par-tido Comunista da União Soviética.Os partidos comunistas são, naverdade, organizações autônomasou, como se afirma na Declaração,«independentes e iguais em direi-tos». Vemos todos no PCUS o des-lacamento mais experiente e pro-vado do movimento comunista in-ternacional, mas repelimos acalú-nia daqueles que falam nas preten-sas ordens de Moscou. Cada partidocomunista elabora a sua própria

política «baseando-se nas condiçõesconcretas dos seus países, orientan-do-se pelos princípios do marxismo--leninismo, e prestando-se apoio mú-tuo». A Conferência de Moscou foium conclave democrático em quecada um participou em pé de igual-dade, trazendo sua própria experi-ência e apreciando de um ponto devista próprio o desenvolvimento dasituação internacional, colaborandoassim na elaboração dos documen-tos que traduzissem, como de fatotraduzem, a aplicação criadora domarxismo-leninismo às novas con-dições mundiais. A relativa duraçãoda Conferência refletia evidente-mente a riqueza da experiênciaacumulada e a profundidade de uradebate que devia levar à generali-zação dessa experiência na base dosprincípios do marxismo-leninismo edo internacionalismo proletário.

Mais que nunca se comprovaagora a verdade leninista a respei-to do marxismo que não é uma ci-ência morta, mas um guia para aação que se desenvolve criadora-mente com o próprio desenvolvi-mento do processo social. A histó-ria avança a ritmo acelerado. Vive-mos dias em que o processo do de-senvolvimento social é cada vezmais rápido. Sucedem-se aconteci-mentos e mudanças de importânciaextraordinária. E isto coloca tam-bém a necessidade de desenvolverde maneira criadora a teoria e aprática do destacamento dirigentedo progresso social. Por isto, aConferência, sem deixar de reafir-mar a necessidade da luta contra orevisionismo que «continua sendoo perigo principal», dedicou parti-cular atenção à luta contra o sec-tarismo e o dogmatismo que, comose afirma também na Declaração,«não permitem apreciar com opor-tunidade e justeza as mudançasconstantes da situação e a nova ex-periência». Diz ainda a Declaração:«O dogmatismo e o sectarismo pri-vam os partidos revolucionários dacapacidade de desenvolver o mar-xismo-leninismo à base da análisecientífica e de aplicá-lo de modocriador de acordo com as condiçõesconcretas». Na Conferência deMoscou evidenciou-se com novovigor o caráter vivo e atuante domarxismo-leninismo criador.

Foi, pois, na base de uma análiseaprofundada e multifacética darealidade que se chegou à caracte-rização de nossa época, como dasupremacia dás forças sociafistas e

Lacerda é o Patronoda Corrupção

Os trabalhos da AssembléiaConstituinte tiveram até agoraum mérito: o de mostrar aos ca-riocas a hipocrisia de toda a pre-gação moralizadora feita durante

Boas Festase Feliz

Ano NovoRecebemos, agradecemos e re-

tribuimos os votos de Feliz Natale próspero Ano Novo das seguintes[pessoas e entidades:

Sindicato dos Jornalistas Libe-rais do Estado da Guanabara, An-jlúnio Carvalho Ramos e EmílioCarvalho Ramos, Teixeira, Caldas,Ivlpntenegro & Cia., Osmundo Diaside Oliveira, Honório Peçanha, Se-•jgundo Secretário da Embaixadatia República Socialista da Tche-fcoslováquia e Sra. Vacula, Irineu(Ferreira e família, "A Voz do Po-ivo" — Alagoas. Cia. T. Janér Co-ínércio e Indústria, José VieirajMotla, Sindicato dos Trabalhado-res nas Industrias Metalúrgicas,Mecânicas e de Material Elétrico'.Io Estado da Guanabara, José Li-ma da Silva, Sindicato dos Traba-lhadores em Empresas de CarrisUrbanos, Trolley-Bus e Cabos Ae-reos do Rio de Janeiro, Centro ciosisegocian'-" A'" , _.,lancloCeccon, lUiamar Ridolph, JasonGonçalves de Lima, Oswaldo Gar-cia, Instituto Internacional ae iaPaz — Áustria, Antônio Rechia efamília, Sociedade Agrícola dePecuária dos Plantadores de Per-nambuco (Ligas Camponesas) —Núcleo do Jardim S. Paulo, Edito-rial Vitória, Joaquim TeixeiraChaves, Sindicato dos OficiaisMarceneiros nas Indústrias deISerrarias e Móveis de Madeira do[Estado da Guanabara, Sindicatodos Trabalhadores nas Indústriasd? Produtos Químicos para finsIndustriais, de Produtos Farma-cânticos, Sabão e Velas, de Expio-si vos, Tintas e Vernizes, Adubos eColas, Lavanderias e Tinturariascio Vestuário de Curitiba, e Uniãodoa Servidores Municipais.

todos esses anos pelos líderesudénistas, particularmente o srCarlos Lacerda. Uma vez no Po-der, para o qual foi conduzido porum quarto apenas do eleitorado

Vá ouvirPrestes

na ABI

Reserve agora o seu convitese ainda não o fêz. No próxi-mo dia 3, às 19 horas, LuizCarlos Prestes fará uma pales-tra sobre a Conferência dosrepresentantes de 81 partidoscomunistas, recentemente rea-lizada em Moscou. Em nomedos comunistas brasileiros, LuizCarlos Prestes e Joaquim Câ-mara Ferreira participaramativamente dos trabalhos da-quela importante conferência.

Os convites podem ser en-contrados na Gerência de NO-VOS RUMOS, que patrocina apalestra, na av. Rio Branco,257, 9" andar, sala 905.

São Paulo:

Coquetel de

confraternizaçãoRealizar-se-á, às 17 horas do pró-

ximo dia 6, nos salões de recepçãoda API, a rua Alvares Machado,22, 5'' andar, coquetel de confrater-nização pela entrada do ano novo,oferecido por NOVOS RUMOS aosintelectuais, líderes políticos, sindi-cais e estudantis de São Paulo. Naocasião, usará da palavra o jorna-lista Orlando Bomfim, diretor-exe-cuttvo de NR.

do Rio, o fundador "do Clube da

Lanterna se encarrega de desía-zer, logo nos primeiros dias, asilusões que nele ainda depositavauma parte de nossa população.Atacava furiosamente os que com-pravam e os que se vendiam. Einiciou o seu governo comprandoos politiqueiros mais desmoraliza-dos do Estado: Amando Fonseca,Sami Jorge, Silbert Sobrinho e ou-tros do mesmo naipe. Bateu-se fu-riosamente contra a cassação dopróprio mandato e, no ano passa-do, defendia com ardor a sobrevi-vencia da Câmara de Vereadores.Agora, comanda a sua bancada naConstituinte na batalha pela cas-sacão dos mandatos dos antigosvereadores, através da imoralida-de chamada Ato Constitucional.Garantiu que no dia seguinte àsua posse resolveria o problemados telefones. E o que fêz foi afarsa da "intervenção" na CTBpara dar o que a Light quer — oautofinanciamento.

A bancada governista na As-sembléia Constituinte, por suavez, segue fielmente o exemplo dosr. Lacerda: atua por meio de ar-dis, quando não prefere recorrerao "rolo compressor". A atitudedo "jurista" Temístocles Cavai-canti, na reunião da última sexta--feira da Comissão de Constitui-ção, foi típica da "moralidade"udenista: presidindo a reunião,ora decidia que estava em vigor oregimento da própria Constituin-te, ora que vigorava o regimentoda Câmara Federal. Essa duplici-dade vem sendo uma caracteris-tica marcante de todo o GovernoLacerda. Uma duplicidade vergo-nhosa, jesuítica, em que semprepredominam os interesses contra-rios ao povo carioca.

da passagem do capitalismo para osocialismo. «É a época da luta dedois sistemas sociais opostos, a épo-ca das revoluções socialistas e dasrevoluções de libertação nacional, aépoca da ruina do imperialismo,da liquidação do sistema colonial, aépoca do ingresso de um númerocada vez maior de povos no cami-nho socialista, a época do triunfodo socialismo e do comunismo emescala universal». É certo que oimperialismo não perdeu seu cará-ter agressivo, mas, como se afirmana Declaração, «não poderá detero desenvolvimento progressivo dahistória». O mundo avança e suacaracterística principal na épocaatual «consiste no fato de que o sis-tema socialista está se transfor-mando no fator decisivo do desen-volvimento da sociedade humana».Ao mesmo tempo que o sistema so-cialista mundial torra-se cada diamais poderoso e aproxima-se domomento em que se colocará àfrente na esfera decisiva da ativida-de humana, a da produção material,o sistema capitalista mundial vêagravar-se a crise geral do capita-lismo, a qual, como se afirma naDeclaração, entrou em nova etapa.O imperialismo não mudou de na-tureza, mas ja não faz o que quer.O mundo contemporâneo, divididoem dois sistemas mundiais em com-petição, é muito diferente daquelede antes da segunda guerra mun-dial e da derrota do nazifascismo.Como vimos no debate de nosso VCongresso foi fundamentalmente aincompreensão das conseqüênciasdecorrentes das profundas modifi-cações por que passou o mundoneste após-guerra que não permitiua alguns camaradas compreender oacerto da linha política vitoriosaem nosso Congresso.

É partindo da caracterização daépoca atual que se chega na De-claração à reafirmação da tese jálevantada no XX Congresso do Par-tido Comunista da União Soviéticae na Declaração de 1957 a respeitoda guerra mundial que já não éinevitável. Sobre a questão da guer-ra e da paz, os representantes dospartidos comunistas e operáriosreunidos em Moscou chegaramagora a novas conclusões da maiorimportância. Partindo do fato deque uma guerra mundial seria nascondições atuais uma guerra termo-nuclear, catástrofe de proporçõesinimagináveis, contrária aos interês-ses dos povos, da civilização e dacultura, e contra a qual não podemdeixar de estar os. mais amplos se-tores da população mundial, afirma--se na Declaração que é possível aospovos dos países capitalistas impora seus governos a política de coe-xistência pacifica e chegar-se, atra-vés de um processo difícil mas viá-vel, ao desarmamento universal ecompleto. Reconhecendo que só coma vitória do socialismo no mundointeiro será definitivamente elimi-liada a causa social do surgimentode qualquer guerra, afirma, no en-tanto, a Declaração que «mesmoantes da completa vitória do sócia-lismo sobre a terra, embora o cari-talismo subsista em uma parte domundo, surgirá a possibilidade realde banir a guerra mundial tia vidada sociedade:. Somos revoluciona-rios, mas jamais afirmamos que aguerra entre Estados seja indispen-sável à vitória da revolução social.Os comunistas estão convencidos deque se os imperialistas desencadea-rem a guerra os povos sepultarão ocapitalismo; consideram, porém, oscomunistas que é possível salvaguar-dar a paz r que a luta pela paz étarefa primordial e de primeiraprandeza. «Coexistência pacificaentre Estados com diferentes regi-mes sociais ou uma guerra destrui-dora — assim se coloca hoje aquestão, Não há outra alternativa».

Outra problema importante abor-dado na Declaração é o relativoaos caminhos e formas da revoluçãosocialista. É reafirmada expressa-mente a tese da Declaração de 1957em que se diz que a classe operáriae sua vanguarda «aspiram à revo-lução socialista por meios pacíficos».A questão é agora tratada, porém,de maneira mais detalhada, na baseda rica experiência adquirida nosúltimos anos. Mostrando a impor-tância da luta pela democracia, con-siderada como parte integrante daluta pelo socialismo, diz a Decla- a-ção que a realização de uma sériede medidas de caráter democrático«seria um passo importante no ca-minho do progresso social e corres-ponde aos interesses da maioria danação». São medidas que não eli-minam a exploração do homem pelohomem. A sua realização, no en-tanto, «limitaria o poder dos mo-nopólios, aumentaria o prestígio eo peso político da classe operáriana vida do país, contribuiria para oisolamento das forças mais reacio-nárias e facilitaria a união de todasas forças democráticas». São medi-das ainda — como conclue a De-claração — que «levam as massasa compreenderem as tarefas da re-volução socialista e a necessidadede sua realização». É justamentenisto que consiste a diferença radi-cal entre os partidos comunistas,marxistas-leninistas, e os reformis-tas, que vêem nas reformas no âm-bito do regime capitalista seu obje-tivo final.

v Apreciamos neste artigo algunsaspectos apenas do importante eriquíssimo documento aprovado naConferência de Moscou — platafor-ma programática do movimentocomunista mundial, bandeira da vi-tória do marxismo-leninismo, ban-deira da coesão, em torno da qualse agrupam todos os comunistas,armados para realizar com êxito suatarefa histórica de vanguarda naluta dos povos pela paz, pela demo-cracia, pela libertação nacional epelo socialismo. Os dois documentosaprovados na reunião de Moscouconstituem elemento inspiradorpara o movimento comunista mun-dial e muito contribuirão em nossopais para facilitar uma melhor com-preensão da linha política dos co-munistas brasileiros, aprovada peloV Congresso e sintetizada na Reso-lução Política do Congresso. Ambosos documentos — tanto a Declara-ção dos partidos comunistas e ope-rários como a Resolução Política denosso V Congresso — baseiam-senas teses vitoriosas do XX Con-gresso do Partido Comunista da

União Soviética e da Declaração de1957. O estudo aprofundado da novaDeclaração, que reflete a riquíssimaexperiência de todo o movimentocomunista mundial, facilitará, noentanto, uma melhor assimilação denossa linha política e permitirá aulterior elaboração, na base da rea-lização prática das tarefas que en-frentamos, de muitos de seus ele*mentos mais importantes.

Os inimigos de nossa causa nãose conformam evidentemente comas vitórias que alcançamos e tudoindica que já se movimentam emnosso país, aproveitando pretextos,como a derrota eleitoral da candi-datura do marechal Teixeira Lott,para introduzir em nossas fileirasa dúvida a respeito da justeza denossa linha política e fazendo esfor-ços para tentar desacreditar a dire-ção de nosso Partido a fim de maisfacilmente golpear sua unidade.Precisamos estar vigilantes e nãoesquecer as recomendações da De-claração quando diz que «nas con-dições atuais os problemas ideoló-gicos adquirem um significado es-pecial» e que «os comunistas con-sideram como sua tarefa desenvol-ver decididamente uma ofensiva nafrente ideológica para conseguirlivrar as massas populares do jugoda ideologia burguesa de todas asespécies e formas».

Ajuda aNOVOS RUMOS

Respondendo ao apelo feito porNOVOS RUMOS, leitores dos maisdiversos ponte* do país tem-nosenviado suas contribuições finan-ceiras. Agradecendo a todos os quejá nos honraram com sua ajudavaliosa e indispensável, reiteramosaqui o apelo por nós feito, há doismeses, no sentido de que nosso»leitores e amigos realizem um tra-balho de finanças especialmentededicado a NOVOS RUMOS, a fimde que possamos fazer frente àscrescentes despesas com a circula-ção deste jornal.

Abaixo damos as contribuiçSeirecebidas esta semana:Amigo do Flamengo 500,00Amigos de Copacabana 2.500,00J. Damiâo (Camaragibe) 200,00Pedro A. de Araújo 500,00Marceneiros de S. Cris-

tóvão 350,00Jornalistas 1.800,00Amigos de Cascadura .. 2.400,00

8.250,00

JK: Natal de ViolênciaContra os Operários

O Governo do sr. Juscelino Kubi-tschek faz questão de encerrar oseu mandato deixando bem ciara asua face antioperária. Depois deassumir com as ferroviários, por-fuários e marítimos o compromis-so de assegurar-lhes as vantagens daparidade, recorreu a toda sorte doardis, traindo a palavra empenha-da. Foi necessário que os operáriosameaçassem deflagrar nova grevenacional para que o Governo tives-se de recuar em suas negaças.

Ardis igualmente revoltantes fo-ram utilizados contra os servidoresdo DCT. No instante em que, naGuanabara, foram esses funciona-rios receber os seus vencimentos,que já deviam estar majorados comos benefícios da paridade, tiverama comunicação de «as folhas nãoestavam prontas», «as verbas nãoforam liberadas», etc Justamente

indignados, protestaram. A polícianão vacilou: passou a espancar bru-lalmente os funcionários, chegando,segundo denunciaram alguns jor-nais, ao assassínio de uni dos ma-Dif estantes.

Tudo isso aconteceu nas vésperasdo Natal, poucos dias antes do sr.Kubitschek falar à Nação, entoai.-(Io as maiores loas ao seu próprioGoverno c exaltando a fraternida-de humana. É assim mesmo que go-vemos como o de JK entendem afraternidade: lucros crescentes paraos exploradores, sobretudo os trus-tes imperialistas, o violência e fomepara as massas trabalhadoras. Osoperários brasileiros, contudo, jánão se conformam eom esses estra-nhos conceitos. E a prova aí está:em 19(50, mais dé um milhão e meiode operários foram à greve em de-tesa de seus direitos.

Fora de Rumo '«•"Paulo Motta lima

Transcorreu o Natal com a ruado Ouvidor cheia de gente a fazercompras e a rua da Alfândegaainda mais cheia. A busca do maisbarato, no entanto, fêz com quese sentissem os efeitos da lei daoferta e da procura. E a carestiatornou-se fenômeno inapelávcl, emtodos os escalões comerciais da he-róica e leal Cidade de São Sebas-tião do Rio de Janeiro.

Sua Santidade, o Papa JoãoXXIII, escolheu a verdade comotema de mensagem de Natal. As-sim, exortou os sacerdotes e os re-llgiosos a se distinguirem no cultoà verdade, "desde o representantedas mais altas autoridades atéos mais humildes fiéis"., A reco-mendação vem a tempo, Que nãoa esqueça o inefãver D. Jaime Câ-mara. D. Jaime precisa ter emmente que não se pode servir adois senhores. Ou bem a verdade,ou bem o penabotismo, doençagrave, resultante de uma das pio-res manifestações do ódio, que éa do próprio ódio a serviço da ex-ploração do homem pelo homem.

Em frente à Galeria dos Em-pregados no Comercio, trombonis-tas de uma pequena charanga pro-testante, envergandn o gloriosouniforme do Exercito de Salvação,sopraram, a plenos pulmões e debochechas inflamadas, canções dosclimas frios, sob quarenta grausao mormaço. Enquanto isso o go-vernador eleito (por um quartodo eleitorado) voava de elicópte-ro, cedendo à fatal influência dosestadistas do Posto Seis, mania quedeu celebridade, na história dosvôos planetários, ao cx-presiden-te Café Filho. Papai Noel, usandoo mesmo instrumento de trans-porte, semanas antes, chegara aoRio, aumentando a confusão dotrânsito terrestre. O primeiro, dis-tribuindo promessas, gênero mui-to barato em tempo de vida cara.O segundo, presenteando brinque-dos, gênero caro, em íódas as si-tuacões.

Enquanto o governador nãomuito eleito prometia ao carioca,entre outros brinquedos de luxo,uma usina siderúrgica, a antigaimprensa da oposição, hoje trans-formada em imprensa rósea, apon-

tava como ridículas as queixas dosque não encontram água nas tor-neiras. Argumentos em favor dafalta dágua: a população aumen-tou, os mananciais próximos es-tão totalmente utilizados e alémdisso "não há mais condições pa-ra se resolver o problema da águacm seis dias, como fêz o notávelprefeito engenheiro Paulo de Fron-tin".

Nesse ambiente chegaram ascinzas dos pracinhas, entre discur-sos cncabulados, Evitaram-se re-ferências excessivas ao hitlcrismo.Os amigos de Adenaucr e do re-vanchismo não falam muito emnazismo, nem aludem ao rancoranti-socialista. Não falam na subs-tituição de Roosevelt por Trumane Eisenhowcr, nem nos Batalhõesde Trabalho e.nas "Schutzkompa-nien" da Alemanha de Bonn, hojetransformados cm força que dis-põe de armas nucleares, organi-zada sob o mesmissimo pretexto deconstituição de um "escudo contrao comunismo", pretexto que Hi-•ler invocava. No entanto os 466pracinhas morreram para dar fimao fascismo.

r

\ í

Page 4: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

— 4\

Rio de Janeiro, semana de 30 de de7embro de 1960 a 5 óe janeiro de 1961

NR em Minas Gerais

breveas Re

Paralisapartições Estaduais

Os funcionários do Estado e daPrefeitura de Belo Horizonte se en-cerniram empenhados em um grandemovimento visando a conquista de me-llior.s vencimentos. Os servidores doE;.ado, cujo número é superior a 70mil, pleiteiam um aumento de 50'/. JÔ-bis os seus atuais vencimentos, comum mínima de 5.000,00 e um máximotis 10.000 cruzeiros. O pessoal da Pre-feilura reivindica melhoria quase idên-tica a cios funcionários.

No ano passado as professorasprimárias do Estado e os trabalhadoresca Prefeitura chegaram a realizar me-moráveis greves que tiveram repercus-soo nacional. Terminaram o movimentovitorioso. Este ano, diante da firmezacios funcionários do Estado, a Assem-biéia Legislativa resolveu conceder-lhes

NRna Paraíba

um abono provisório de Cr$ 3.180,00,com o que não concordaram.Movimento de rua

A luta dos funcionários do Estadojá foi levada para a tua. Diariamenteos «barnabés» de Minas realizam con-centraçõei em frente à Assembléia e aoPalácio do Governo, levando a essesrepresentantes do povo as suas reivin-dicações e o ttv protesto contra o ir-risório abono concedido pela Assem-bléia. Comanda essa luta a União Mi-neira dos Servidores Públicos, que con-seguiu unificar as várias entidades defuncionários do Estado, fato novo nahistória das organizações de servido-res de Minas, m campanha conta coma participação de milhares de «barna-bés» e a cada dia que passa, tomanova feição com o apoio que aumenta

LAVRADORES FUNDAM, ASSOCIAÇÃOE LUTAM CONTRA VIOLÊNCIAS

João Pessoa (do CorrespondenteVlacümir Carvalho) — Com a presen-ça de líderes estudantis, camponeses e

jornalistas, instalou-se no dia 4 do coi-

rente, no município de Alhandra, um

dos mais próximos da Capital, a Asso-

ciação dos Lavradores Rurais de Alhon-dra. A entidade, que congrega meio

milhar de assalariados do campo, (o-

reiios, etc, fdi fundada há mais de

três meses, durante a efervescência da

última campanha eleitoral. Agora vem

de inaugurar a sua sede social, numa

sessão que foi das mais movimentadas,nao só pelo entusiasmo reinante entreseus associados como pelo caráter pra-tico das questões levantadas.

Camponês expulso da terraApós rápido ato em que se con-

siderou instalada a sede da Associa-

ção, entrou-se a debater questões de

ordem imediata. O representante do Es-

critório das Ligas em João Pessoa, co-

municou que estava ali para ouv.r os

problemas dos camponeses, levando cs

em seguida à consideração dos advo-

gados daquele organismo. Foi então

que veio à baila o caso do lavrutíotJoão Bezerra de Oliveira, ali presente,e que declarou, secundado por duastestemunhas, haver sido expulso da ter-ra depois de ter sua casa desnulda

por capangas armados pela FazendaAbihay, da qual é foreiro. Acrescen-tou como agravante do tevardo aten-fado ao seu lar, o fato de sua jovemesposa encontrar-se em vésperas oedar à luz.

SolidariedadeQuando João Bezerra terminou o

seu relato, vários foram os companhei-ros que se levantaram para oferecer asuu ajuda, no sentido de ser recons-truído o casebre, de se tomar provi-dências junto ao dono da terra e dasautoridades, contra o abuso praticado.Depois de muita discussão resolveu-sequ_ se restauraria a morada do cam-ponis, sendo que todos ficaram deacordo que o prejudicado se deslocas-se no outro dia, segunda-feira, até a

CaDÍlol a fim de, juntamente com jmadvogado, ser ouvido pelas autorida-des policiais e solicitar indenização pe-Io; danos que lhe foram causados.

Na PolíciaNo d i a seguinte ao da reunião,

o camponês e ai duas testemunhas,acompanhadas do advogado Bento daGamo, do Escritório das Ligas, presta-ram depoimento na Chefia de Policia,em João Pessoa. Inteirando-se das ar-bilrariedades praticadas contra JoãoBezerra e sua família, • Chefe de Po-licia oficiou ao delegado de Alhandrapara que êle proceda e lavantamentodos estragos feitos na casa e. na rocado foreiro e notifique ao proprietárioda Fazenda Abihay para a respectivaindenização.

NR na Bahia

sempre, na mesma proporção do entu-siasmo dos seus participantes.Na Prefeitura

Também o pessoal da Prefeituraestá todo mobilizado para a luta. Nasemana passada uma grande comissãoesteve no Gabinete do prefeito Amin-tas de Barres, que na. oportunidadeafirmou que a municipalidade não es-tava em condições de atender os seusservidores, passando a fazer ameaçascontra qualquer movimento de- rebel-dia dos seus subalternos. Os lideres domovimento protestaram- energicamentecontra as palavras do prefeito, afir-mando categoricamente que utilizarãode todos os meios de luta para con-quistar o aumento, que pleiteiam.Ameaça de freve

Não resta dúvida de que os fun-cionárlos do Estado e da Prefeitura deBelo Horizonte Irão culminar o seu mo-vimento com uma greve, inicialmentesimbólica e que poderá depois se trans-formar em greve geral, paralisando tô-da a máquina burocrática do Estado eda Municipalidade. Os funcionários járeclamam abertamente de suas entida-des a decretação da parede, uma vezque estão desesperançados de obter oaumento por vias pacificas.Unidos contra os servidores

A UDN que sempre se arvorouem defensora do funcionalismo e quequando da greve das professoras,aproveitou do movimento para desmo-ralizar o Governo pessedista e realizarpropaganda política em torno de seuentão candidato a governador, destafeita, depois de ver o sr. MagalhãesPinto eleito, traiu os funcionários tor-pedeando todas as tentativas de seconceder um aumento mais digno paraos «barnabés». Para sua política detraição, contou com a co'aboraeão dabancada do PSD, PR e parte do PTB,em troca de favores do próximo go-vêrno, que antes mesmo de ser empos-sado já dá uma prova de sua alergiapelas reivindicações dos servidores doEstado.

Camarinha Foragiao: Primeiras VitóriasInício da luta

Surpreendida com o escandaloso au-mento da carne verde e, sensível aosprotestos de populares e lideres sindi-cais, a Câmara de Vereadores da Ci-dade do Salvador lançou um ultima-tum ao presidente da COAP, sr. Mau-ro Camarinha, para que revogasse aPortaria que tabelou em Cr$ 145,00 oluilo da carne verde, ou se demitisse.

Nesse encontro ficou patenteada adesonestidade do presidente da COAP.Expondo as razões daquele encontro,disse o vereador Ebert Castro ao sr.Camarinha:

Seu antecessor, ao deixar o car-go, declarou aos jornais que tinha sidoforçado pelos abatedores a aumentaro preço da carne verde para Cr) 140,00,em troca de 3 milhões. Vem V.S., ma-nifesta-se alarmado com os preços dosgêneros alimentícios em Salvador,opondo-se a qualquer majoração. Ime-dlatamente, sem que ninguém espera-se, somos surpreendidos com um au-mento maior que o pleiteado pelos aba-tedores.

E acrescentou:Correm rumores de que o senhor

ATUALIDADES SOVIÉTICASNOVA "HISTÓRIA DEL PARTIDO COMUNISTA DE LA UNIONSOVIÉTICA'.' Edição de Moscou, 1900, 921 pags., encadernado Cr$ 400,00PSICOLOGIA DE LOS SENTIMIENTOS, de Iakobson. A vidaemocional e os sentimentos em seu desenvolvimento e educação " 780,00EL PENSAMIENTO Y LOS CAMINOS DE SU INVESTIGACION,de 8. L. Rublnsteln. Análise do pensamento do plano psico-lógico experimental " 300,00ÁLGEBRA RECREATIVA, de Perelman. O ensino da materna-tica, divertindo " 140,00GEOQU1MICA RECREATIVA, de Fersman. Exposição científicae amena " 350,00MANUAL DE LÍNGUA RUSSA, de Nina Potapova, 72 lições " 320,00

Pedidos àAGÊNCIA INTERCÂMBIO CULTURAL

JURANDIR GUIMARÃESRua dos Estudantes, 84 — sala 28Telefone: 37-4983 — São Paulo

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Teligráficas,Radiotelegráficas e Radiotelefônicas

R. dos Andradas, 96-17" and. - Rio de Janeiro - E. da Guanabara

SALVE 1961!

No limiar do Ano Novo, enviamos as nossas saudações

aos companheiros e Exmos. Famílias e, as organizações sindicais,

augurando que no decorrer de 1961 tenham completo êxito em

suas aspirações e iniciativas.

A DIRETORIA

WILSON JUVENATO REIS — Presidente

EDUARDO CORDEIRO VIANNA — Secretário

REGINALDO ANSELMO FREITAS — Tesoureiro

recebeu dinheiro grosso. Fala-se em 5milhões de cruzeiros.

E concluiu: i—• Desejamos saber das medidas que

V.8. vai tomar, porque, do contrário,nós tomaremos as nossas providências.

O Camarinha, da camarilha de cel.Romano, tergiversou, desmanchou-seem suor, desconsertou-se e, por íim.pediu 24 horas para responder à CA-mara Municipal.

ComícioEnquanto essas providências eram

encaminhadas, movimentavam-se lide-res sindicais, estudantis, populares evereadores, visando a realização deuma concentração-monstro em frente àCâmara de Vereadores.

Iniciada as 18 horas de sexta-feira,dela participaram mais de 3 mil pes-soas. Diversos oradores se fizeram ou-vir, dentre os quais anotamos: verca-dores: Aurélio Lisboa, Carlos BarbosaRomeu, Osório Vilas Boas, João Mar-tins, Ebert Castro e Demosthenes Pa-ranhos, lideres sindicais: ManoelAraújo, Idelírisdes Silva Santos e Be-nedito Souza Ramos, lider universltá-rio Edvaldo Campos, economista Ari,s-teu Nogueira, deputado Arnaldo Sil-veira.

Porto parou 60 minuto;As 17 horas do mesmo dia, os por-

tuários, em sinal de protesto contra apermanência de Camarinha, paralisa-ram as Docas da Bahia, por 1 hora,realizando em seguida com lideres sin-dlcals, um comicio em frente à COAP,exigindo o/afastamento do presidentecorrupto.

Foragido CamarinhaAté o momento continua desapare-

cldo o sr. Mauro Camarinha, temero-so de uma ação do próprio povo. Pre-sume-se que Já se encontre no Rlosprovidenciando a confirmação, pelaCOFAP, da Portaria que lhe rendeufabulosa propina. Basta dizer que osimples aumento a mais, de Cr$ 5,00(os abatedores solicitavam Cr$ 140,00),atinge a astronômica soma de 5 mi-lliões de cruzeiros.

Primeiras vitóriasEm conseqüência da luta, as prl-

meiras vitórias não tardaram a che-gar. Na manhã de sábado foi firmadopela Câmara de Vereadores e peque-nos abatedores o seguinte acordo:

TERMOS DO ACORDO

O acordo, assinado pelos vereadoresÁlvaro da Silveira, Osório Vilas Boas,Ebert de Castro, Aurélio Lisboa, PedroGóes, Paulo Pablo Dantas, FernandoCarneiro, João Martins da Costa Ne-to, Demostenes Paranhos e DlonlzioAzevedo e pelos representantes da As-soclação doa Pequenos Abatedores doComércio da Cidade do Salvador, srs.Hlgino Teixeira, Miguel Moreira de Car-valho e Ângelo Bastos Ribeiro, fixa:

1) A carne de primeira, sem osso,será vendida ao preço de cento e trin-ta e cinco cruzeiros o quilo.2) A carne de segunda, com osso se-rá vendida ao preço de Cr$ 85,00, nãopodendo em nenhuma hipótese o per-centual de ossos ultrapassar a 30 porcento.

3) Para a manutenção desses pre-

eos os pequenos Abatedores aqui men-cionados írulrão da dispensa das ta-sr z de abate, nos termos da Lei Mu-nicipal já tramitando na Câmara e fi-carão também sujeitos a penalidadeno caso de infração, consoante a mes-ma lei estabelecerá.

4) O prazo do presente acordo seráüe noventa dias dentro do qual a Cá-mara de Vereadores se compromete aemoreender todos os esforços junto aosPodêres Públicos, especialmente o Go-vérno do Estado e a Prefeitura do Sal-vador, no sentido de obter outraá dis-pensas de impostos, caso em que o pre-ço da carne poderá ainda ser reduzi-do. E por haverem assim acordado ese responsabilizarem pelo cumprimen-to das cláusulas aqui estabelecidas, fir-mam o presente termo nesta Cidadedo Salvador, aos 17 dias do mês de de-zembro do ano de 1960.

NR no R. G. do Sul

Crise na BrigadaOj soldados da Brigada Militar

do Rio Grande resolveram manifestarseu descontentamento com os baixos ia-lários que recebem. Assinaram um ma-nifesto reivindicatório. Algun.". foram

presos, mas o protesto ficou.

Arrumadores esfâcvigilantes

O Presidente do Sindicato dos Ar-rumadores, O m a r Balbuono declarouque está aguardando ordens da Fe-deração Nacional dos Trabalhado: t.sem Comércio de Armazenagem. Se et-tas vierem e recomendar a gre *, osarrumadores d; Porto Alegre paralisa-rão o serviço.

Barnabés querer.,outubro

Os empregados da Prefe«tu"i dePorto Alegre não retebsm desde ou-tubro. Cansados d. espiar realizaramum comício diante de residência ^oprefeito Loureiro da Silva! Depois per-correram as ruas da cidade gritando:Fome I Barnabó com fome ! Fome I Bar-nobé com fome !. A população viu omovimento com grande simpatia. O pie-feito é que se escondeu...

A resposta de ClayO titular da Pasta de Trabalhe

no Rio Grande, sr. Cl.y dt Araújo,foi acusado por alguns deputados dtnão estar fazendo discriminação con-tra os dirigentes sindicais comunisia..Os deputados resolveram convocá-lo àAssembléia para saber por que os co-munistas não são perseguidos. O Se-cretário do Governo foi . deu um ba-nho de legislação social nos depu-tados, reafirmando sua disposição denão perseguir ninguém sem distinção deideologia.

Donos do pãecontra um homem

Os panificadores de Porto Ale-gre estão descontentes com a atuarãodi representante do Banco do Brás Ino plenário da COAP. ê que este .se-nhor que se chama Ney Carpes da Sil-va é um homem honesto que vetou seuslucros, impedindo um escabroso au-mento no preço do pão. Os tubarõestentam a sua substituição por olguémq.e seja mais «m-jriov.

Petróleo é soberania

Isto disse o cel. Jocelyn Brasil cmuma conferência que se tealizou naCâmara dos Vereadores de Porto Ale-

gre E acrescentou: «Os homens que lu-taram pelo Petróleo no Brasil e quese sacrificaram para erigir a Petrobrás,realizando pichamentos ou comícios ou

pressionando os governos, náo se en-contram nem no CNP nemna própriadireção da Petrobrá;. Vamos lutar paraque a turma do «Petráloo é nosso», cs-soma a direção da Petrobrás. Aí nãohaverá Links nem Fleiuss.

(Do correspondente Paulo Derem-

go e João Suscelal.

Sèêp':} , ''','* %'A\:-.-J:)^l'--\

'tyx''i': .: -:: :¦'¦%.''¦ '

¦&'¦:

rÂJy

pHlí-7 - ¦¦ *

MARA GARCIA ELEITA RAINHA

Mara Garcia (foto), foi eleita ru-inha da festa de Confraternização Na-taüna promovida pelos moradores daLccpcldina no sitio São Bento, no dia18 último.

Mara foi eleita com 5.800 votnj.A primeira e a segu.iJi princesas, se-nheritas Rany Azeredo e Maria .Lima,obtiveram, respectivamente, 4.900 e . .1.600 votos.

Ao ser proclamada eleita, Mara

NR em Sergipe

Garcia fo; indicada, seb intensa salvnde f-olmas, candidau da Zona da Leo-poldina no Concurso <>c Kamha da fe-, •ta de confraternização carioca, qunserá realizada no me.n.o local, nopróximo dia 8 de jane.io. Naturalme.i-te Mara Garcia te :i que exigir t!-issus vcabos elei orot<>. um eifôrçr.mcri. pois terá de enfrentar condida-t:is dn outros bairro-, cia J'lads, irte-resrnrioí na eleição cií suas can'-';-da'c.s.

DEPUTADOS SERGIPANOS APOIAMGABRIEL PASSOS E DEFENDEM A PETROBRÁS

Aracaju, dezembro (do Corres-pandente) — A Assembléia Legislativade Sergipe aprovou, por unanimidade,;ior iniciativa do deputado Viana deAssis, requerimento de apoio à denún-cia formulada pelo deputado GabrielPassos, na Câmara Federal, contra oplano que se preparava, com o relato-rio de mr. Link, para destruir a Petro-brás.

Durante a discussão do requeri-mento, falou o deputado udenista JoséOnias, solidarizando-se integralmentecom os termos do mesmo.

Presfes vai falarna ABI sobre aConferência de Moscou

No próximo dia 3 de janeiro, às19 horas, no Auditório da AssociaçãoBrasileira de Imprensa, Luiz CarlosPrestes pronunciará, sob o patrocíniode NOVOS RUMOS, uma importantepalestra sobre a Conferência dos Par-tidos Comunistas e Operários, realiza-da em Moscou, e na qual êle estevepresente representando os comunistasbrasileiros.

Os convites para a palestra dePrestes podem ser encontrados na Ge-rência deste jornal, na av. Rio Branco,257, sala 905.

Também a Câmara MunicipalDa mesma forma que a Assem-

bléia, o legislativo de Aracaju aprovoumoção de apoio à denúncia do depu-tado Gabriel Passos. O documento desolidariedade, apresentado pelo verea-dor Agonalto Pacheco, foi enviado aopresidente da República, ao ConselhoNacional de Pesquisa, à Petrobrás, eaos presidentes da Câmara e do Sena-do, e linha os seguintes termos: «Povodo municipio de Aracaju, através dosseus representantes na Câmara dos Ve-readores, manifesta seu decidido apoioao discurso patriótico pronunciado pelodeputado Gabriel Passos, denunciandoo «plano sinistro para destruir a Pe-trobráss, que expressou corajosamenteo pensamento genuinamente naciona-lista do nosso povo. Os incapazes, cor-ruptos e subservientes devem ser ime-dialamente afastados da direção daPetrobrás, a fim de evitar maiores pre-juizos à Nação e não comprometer opróprio governo».

DEMISSÃO DE AEROVIÁRIOSCAUSA PROTESTOS NO PAÍS

Baseados no decreto-lei 9.070, e

nas declarações do sr. Nilton lima,, di-

reto do DNT, de que teria sido ilegal

a recente greve dos aereviários. os pro-

prie*ários das empresas de aviação co-

mercial demitiram cerca de três mü

operários, muitos dos quais contan'o

de 10 a 30 anos de casa, como r«-

projália por sua participação no mo-

vimento paredista.' A onda de demissões atingiu a

inúmeros diretores de síndicalo, incluin-

do toda a Diretoria do Sindicato dos

Aeroviários de Belo Horizonte, o Cur>-

tolho Fiscal do Sindicato Nacional dos

Aeroviários, inclmivi o presidente do

referido Conselho, o líder Alicir Hes-

panha, que trabaha há 21 anos r.j

Panair.As demissões, louvadas no Idniige-

rado decreto-lei 9.070, que nem mes-

mo o governo se seníiu com coragem

para aplicar sôor» os trabalhadoresautárquicos e funcionários civis daUniõo que fizeram várias greves no de-coirer deste ano, estão determinandoumu mobilização geral dos líderes .sin-d' ris e das masjns trabalhadoras, emtodo o país, e a promoção de atosde protestos contn mais essa tentati-va te se sufocar os justos movimentesreivindicatórios da classe operário.

O próprio presidente da Repúbli-ta ao tomar conhecimento da ondade revolta que aquelas demissões ar-biliorias estão causundo em todo oteii'tório nacional, determinou jos teusministros, particularmente aos co Tra-belho e da Aeronáutica, que tomemlòdi: as providêri-iqi destinadas a pro-iiicvei a volta doj aeoviáríos ao tra-bnMio, com todos os :eus direitos. Inú«rrees empresas cometeram u rea<.'mi-tir réus eu.pregado,.

NOVOS RUMOS

Diretor. ' Mário Alves

Diretor ExecutivoOrlando Bomíim Júnior

Redator CheíeFragmon Borges

SecretárioLuiz Fernando Cardoso

GerenteGiittemberg Cavalcanti

RedatoresRenato Arena, Paulo Motta Lima,Nilson Azevedo, Fausto Cupertino,

Rui Facó, Solon Pereira NetoRedação: Av. Rio Branco. 257, 17'

andar. S/17113 — Tel: 42-7344Gerência: Av. Rio Branco, 257,

9f nndar S/905SUCURSAL DE S. PAULORua 15 de Novembro, 228

8.° andar — .s/827Tel: 37-52 64

Endereço telegràflco —"NOVOS RUMOS"

ASSINATURASAnual Cr$ 500,00Semestral '.. " 250,00Trimestral " 130,00Aérea anual, mais ... " 200,00Aérea semestral, mais. " 100,00Aérea trimestral, mais " 50,00Número avulso " 10,00Número atrasado " 16,00

1

i

Page 5: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

— Rio de Janeiro, semana de 30 de dezembro de 1960 a 5 de janeiro daf 1961

'..f':

NOVOS RUMOS 5 —

Notas Sobre Livros. Contam-se pelos dedos os livros brasileiros, dedicado» -o estudo dos

problemas brasileiros, cuja elaboração se tenha feito à luz do marxismo.Somos de uma pobreza mais do que franclscana neste particular. Dai quea publicação de um livro desse tipo tome desde logo as proporções deverdadeiro acontecimento, como é o caso agora do volume de Rui Facó —Brasil Século XX, dado a lume pela Editorial Vitória cm bonita apresen-tação gráfica.

O livro. de Rui Facó destaca-se, na abundante safra bibliográficadas últimas semanas, precisamente por constituir uma obra de escritormarxista, um escritor que amadureceu o seu espirito realizando assíduaspesquisas nos domínios da história política, econômica e social do Brasil.E' o seu primeiro livro, mas livro maduro, de rico e substancioso conteúdoc de escrita sóbria, accessível á qualquer leitor. Digamos ainda que Brasil

Século XX é obra baseada em copiosa documentação, não a documentaçãopura e simples, a documentação em grosso, mas aquela que rcsultadeuma adequada seleção crítica.

O livro divide-se em cinco partes, na primeira das quais traça oautor excelente esboço histórico da formação da nacionalidade, assina-lando os fatores básicos que condicionaram o surgimento do nosso povo.Na segunda parte delincia-sc o "encontro do passado com o presente",e aí são apontadas certas particularidades que caracterizam a nossa evo-lução como povo, particularidades que entretanto não fogem, como pre-tendem os historiadores c sociólogos das classes dominantes, à lei universalda luta de classes como fundamento da história de todos os povos antesde atingirem ao estágio socialista. A terceira parte estuda a período emque se inicia em nossa história a ruptura dialética com o passado, li'o período cujos primórdios datam de um primeiro surto industrial que severificou no Pais, ainda em meados do século XIX,. desenvolvendo-se a poucoc pouco, avançando e recuando, até tomar impulso mais decidido a partirde 1918-20 e sobretudo a partir de 1930. E' o período de lenta ascensão daburguesia e do surgimento paralelo do proletariado, o período de aguça-mento das lutas de classe — latifundiários no poder, burgueses que dispu-tam o poder, proletários que se batem contra a exploração e a opressão.E' o período igualmente de crescente penetração do capital imperialista.

Na quarta parte apresenta-se um quadro vivo das forças de classeem choque no Brasil atual, com os seus partidos, as suas manobras po-líticas, os seus instrumentos de ação política, econômica e ideológica, epor fim — o movimento nacionalista, que possui um nítido caráter revo-lucionário nas nossas condições de pais subdesenvolvido e peado em seusanseios de progresso pela dominação imperialista. Na parte final, a afir-macão do presente se desdobra em clara perspectiva dos caminhos dofuturo. As lutas pela independência econômica e conseqüente consolidação«Ia independência política, pela reforma agrária, pela industrialização pro-gressista, pela democracia, pela elevação do nível de Vida material e cul-tural das massas — eis os grandes caminhos que palmilhamos atualmente,com as vistas voltadas para o futuro. O futuro iluminado pelo Socialismo.

Em apêndice, organizou Rui Facó uma utilissima cronologia políticac econômica do Brasil, que se completa por alguns dados relativos à insta-bilidade do poder central c às Constituições Brasileiras; e ainda algunsquadros estatísticos que servem para ilustrar certas passagens do texto.

Pela simples descrição que estou fazendo do livro, creio que se podefazer uma idéia aproximada da sua orientação e da sua importâncH.Acrescentarei apenas que o Brasil Século XX me parece um livro já age iindispensável a leitores brasileiros e estrangeiros que desejam adquirir i; iconhecimento panorâmico exato, traçado com a melhor orientação ciei-tifica, do Brasil c das lutas do povo bra-sileiro no século presente.

Como não há neste inundo nenhumlivro perfeito, é óbvio que podemos apontarno livro de Rui Facó alguns senões em pas-sagens menos felizes, que em nada entre-tanto prejudicam a excelência da obra.

Astrojildo Pereira

VARIAÇÕES SOBRE NflTAISempre que chega dezembro e começam os preparativos para festejar

Natal e Ano Novo, fico pensando onde e como nosso povo tão mal remu-nerado sempre, de salário tão baixo, encontra dinheiro para dar presente^de Natal. Sei que nesse momento se fazem empréstimos, que muita genteempenha jóias, que a necessidade de comemorar as festas de dezembro levaaqueles que nada têm a endividarem-se por multo tempo. Compras a pres-tação, compras de coisas que acabam muito antes do final do pagamentodo crédito.

O comércio.tomou conta de todas as datas; Irritam-se com isso o.sque queriam que o mundo ficasse parado no tempo da vovó ou do vovó.Mas nada há a estranhar. O Natal mudou (ah! esse poema de Machadode Assis, tão batido que parece táboa de lavar roupa) é mudamos nós. Omundo mudou e tudo o que já foi apenas sentimento, hoje significa dlnhel-ro, compra, venda. Não sei bem como era o Natal do meu tempo de meninaporque creio que só há pouco c que realmente começamos a comemoraro dia 25 com espalhafato. Lembro-me apenas que na casa rica de meu paihavia ceia, havia peru — a pobre vitima dos natais — muitas castanhas,nozes,, essas coisas que nem gostosas são. Há quem goste, eu sei, mas entretodas essas comidas na noite de Natal, o que sempre foi de meu especialagrado, além do mencionado peru, foram as rabanadas que na minha terra

- a mui bem amada cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará —são chamadas (desculpem o leio nome) "fatias de paridas" porque assenhoras que tem bebes podem corne-las sem receio.

Dcem-me peru e rabanadas e estou feliz com minha ceia de Natal.Mas peru, vocês sabem, hoje é coisa cara, tão cara que não c para todomundo. Só come peru quem pode e muito pouca KC-ntc pode.

O comércio tomou conta do Natal (ele que criou dias especiais paramães, namorados, pais, etc> c com isso estabeleceu o império do papelcelofanc. Tudo já está embrulhado com fitas multlcores, laçarotes do refe-rido papel, um espalhafato total. Pode-se encontrar assim desde a "His-tória do Brasil" de João Ribeiro até às geladeiras mais caras. Tudo prontopara ser comprado e — o que parece impossível — tudo é realmente vendido.

O.s que pensam que as crianças de hoje ainda acreditam em PapaiNoel, estão redondamente enganados. O que há de fabuloso nas criançasde agora ó que elas fingem acreditar para não decepcionar o.s adultos, opai, a mãe, os parentes. Mas bem sabem quem compra os presentes e porquenão recebem o que pedem quando pedem coisas caras.

Não creio que menina eu tenha jamais acreditado cm Papai Noel.Tive uma mãe muito preocuparia em me fazer amar a Vida não em inúteisinvenções como a de Papai Noel, mas em amar a vida no que ela tem degrande e de belo, na maravilha que cja émesmo quando a miséria, a pobreza, a dore tanta coisa ruim perturba e mancha essamaravilha. A vida é ótima; a sociedade cque faz tudo para tomá-la desgraçada.Esse ensinamento jamais esqueci.

Eneida

Tópicos Típicoslivemos oportuniàYcTc de reler, há dias, "A Rebelião das Massas" de

Ortega y Cassei ensaio famoso em que o filosofo espanhol procura inter-pretar de uma perspectiva idealista, as transformações sociais verificadascm nosso século. A impressão deixada por esta releltura foi mais penosado que a do primeiro contato que havíamos tido com o livro. Vlmo-nosdiante de uma analise superficial, impressionista, cheia de conclusões arbi-trárias c de pensamentos cuja pobreza um certo brilho estilístico nào

' conseguia encobrir.

Ortega y Gasset denuncia como fenômeno característico da crisesocial de riosso tempo a ascensão das massas ao poder político. Esta ascen-são, segundo èle, criou'uma "hiperdemocracia" em que "as massas gozamdos prazeres e se valem dos utensílios inventados por grupos seletos e dosquais, antes, somente ésles usufruíam". Tal situação (vista pelo filósofo)é antinatural e fere o princípio mesmo de toda sociedade humana. "Disse,e continuo a crè-lo, a cada dia com mais enéryica convicção, que a socie-dade humana è serupre aristocrática, queifa-o ou não, por sua própriaessência" — proclama. $ *

Aos processos revolucionários na luta política, o escritor espanholconfesa francamente preferir os métodos tradicionalistas do imperialismobritânico.— e não se envergonha ,de afirmar: "é consubstanciai às revo-luções o fracasso". A revolução soviética de 1917, acontecimento que pràti-eamente mudou-a face da Terra, parece-lhe "uma revolução que é, em sua•forma, Idêntica a todas as anteriores c nas quais não se corroem em nadaos defeitos e erros das antigas (.,.); .mia monótona repetição da revoluçãode sempre". .<• *

O mais notável, pbreni,' ê quando Ortega chega à conclusão de quea revolução soviética não e marxista e sim que adotou o murxismo comocamuflagem, porque "os povos jovens não têm idéias" e a Rússia não erasuficientemente industrializada para que ali se verificasse uma revoluçãocomunista. Aqui, ao dar exemplo de um povo no qual "tudo c autóctone"c que jamais importaria uma ideologia de camujlagem, o velho escritor(que estava escrevendo tal barbaridade antes da revolução na China) indi-cou justamente o povo chinês.

Poucos anos mais tarde, o povo chinês empreendia a sua revolução,inspirada, tanto quanto a revolução soviética, nos princípios do marxismo.E a China, por ocasião da vitória do movimento comimista, não era absolu-lamente mais industrializada do que a velha Rússia,..

Os fatos, mesmo, melhor do que qualquer refutação teórica, se encar-regaram de aplicar no respeitável traseiro do filósofo espanhol o pon-ta-pé que èle fèz por merecer, com suapseudociència. Querendo teorizar sobremassas, teria sido melhor o velhoOrtega haver se dedicado aos talharins,lasanhas « espaguetes.

OPERÁRIOS E ESTUDANTES SANTISTAS APROVAM PROGRAMA COMUM

DEFESA DB REVOLUÇÃO UUBANhE REFORMO AGRARIA

Pedro Severino

Reuniu-se em Santos, de 18 a22 de dezembro, convocada peloCentro dos Estudantes, a II Con-venção Operário-Estudantil, paradebater os seus problemasespecíficos, bem como questões deinteresse geral do país. Tal en-contro é o segundo realizado nogrande porto bandeirante. O pri-meiro realizou-se em janeiro de1959. '

O tempo decorrido entre asduas convenções de trabalhado-res e estudantes demonstrou bemcomo evoluíram ris acontecimen-tos e a compreensão de seus pai-ticipantes; enquanto na primeiraapenas algumas entidades estu-dantis e operárias se representa-vam, à segunda estiveram presen-tes 10 entidades estudantis, 2 or-ganizações de servidores públicosestaduais e 22 sindicatos, entreeles os dos operários portuários,estivadores, trabalhadores em car-ris urbanos e empregados na ad-ministração do porto, os mais po-derosos da cidadeA organização

Após a deliber. jao da Diretoriado Centro dos Estudantes de con-vocar a II Convenção, em virtudedos graves problemas a discutir eda necessidade de ser reforçadaorgânicamente a unidade opera-rio-estudantil, foram expedidosconvites a todos os órgãos de cias-se e entidades estudantis parauma reunião preparatória. Delasaiu a Comissão Organizadora,que no prazo de duas semanas vol-tou a comunicar-se com sindica-tos, centros acadêmicos, grêmiosestudantis, associações do funcio-nalismo, credenciando 170 delega-dos ao certame, muitos deles esco-lhidos em assembléias. A possibi-lidade de esquecimento ou poucaimportância de alguns órgãos foiprevista pela Comissão, que nãodeixou a cargo das entidades oenvio das delegações, mas voltouno prazo indicado nos ofícios ini-ciais para recolher o nome dos de-legados.

Devido a essa pressão formal, ,a composição do plenário expres-'sòu com fidelidade a situação dascamadas sociais representadas naConvenção: maioria de trabalha-dores, predominando os operáriosem transporte, do porto e das con-duçõès urbanas; entre os estudan-tes, 'maior número .de secundaris-tas, em virtude de haver poucasfaculdades locais e apenas dois .centros acadêmicos (os de maiorexpressão) se fazerem represen-tar; por fim, duas numerosas de-legações de servidores públicos(considerados operários) que pelaprimeira vez participaram de en-contro desse tipo.0s trabalhos

Com a presidência dos traba-lhos exercendo-se em rodízio en-tre trabalhadores e estudantes,desenvolveram-se os cinco dias daConvenção. Além das sessões so-Ienes de instalação e encerramen-to (dias 18 e 22), foram efetuadastrês reuniões plenárias, dedicada?!respectivamente a problemas cs-tudantis, problemas operários eproblemas gerais, cada uma comuma Comissão de Teses para exa-minar os trabalhos e dar parecer.

Na discussão dos problemas es-tudantis, prevaleceu nitidamenteo amor à escola pública, expres-são cultural da democracia: nãosó foi repudiado o projeto de dire-trizps e bases da educação ora noSenado, mas exigida a construção,pelo Estado, de ginásios nos bair-ros populosos de Santos e de umaEscola Profissional Agrícola no li-toral, para atender às necessida-des do desenvolvimento agrícolada região.Salário não é renda

Na sessão dedicada aos proble-mas dos trabalhadores, foram exa-minadas as mais diferentes quês-toes: não só problemas locais, co-mo a criação de postos médicos cieemergência na faixa portuária,instalação de uma escola da Ma-rihha no litoral, encampação dosserviços de força c luz elétrica pe-Io Município (para cobrir os "de-ficits" do Serviço Municipal deTransportes Coletivos, que obri-gam o constante aumento das ta-rifas', mas assuntos de ordem cs-tadual e nacional foram aborda-dos: solidariedade aos aeroviários,então em greve; respeito às liber-dades sindicais e democráticas,protestando o conclave contra aprisão do líder camponês JofreCorreia Neto; apoio ao projeto850/55, do deputado Aarão Stein-bruch, que elimina os intermedia-rios do serviço de estiva, bem co-mo ao do deputado FloricianoPaixão (619/59), que favorece ostrabalhadores em autarquias.

O "abono de Natal obrigatório,o cumprimento do dispositivoconstitucional que obriga a parti-eiuação dos trabalhadores nos lu-

cros das, empresas, a isenção dossalários inferiores a cinco vezes omaior salário mínimo do pais doimposto de renda e a modificaçãoda Portaria do Ministério do Tra-balho que regulamenta a eleiçãopara as Juntas de Julgamento eRevisão, para que a representaçãodos trabalhadores seja proporcio-nal ao número de sócios de cadasindicato, foram outras teses apro-vadas.

Mereceu o mais amplo desta-que o apoio dos trabalhadores sin-dicalizados e estudantes às justasreivindicações do funcionalismopúblico estadual, que pleiteia au-mento de 60% , contra a usura dogovernador Carvalho Pinto, quequer sujeitá-los ao abono de fomede 30%.Apoio à Petrobrás

A terceira sessão plenária, de-dicada a problemas gerais, revê-lou o apuro com que operários eestudantes reunidos examinaramos mais diversos problemas. Nosassuntos internacionais, reafir-mou-se a confiança na paz e nodesarmamento, a solidariedadeaos povos cubano, argelino e con-goles, condenando-se veemente-mente a política colonialista dasgrandes potências ocidentais.

No que diz respeito aos proble-mas nacionais, reafirmaram-se asteses nacionalistas: apoio à Petro-brás, contra as manobras de suaatual Diretoria, de mr. WalterLink e do CNP; exigência da san-ção da lei da Eletrobrás; propostapara execução de uma verdadeirareforma agrária, que dê a terra aquem trabalha; apoio ao projetode Sérgio Magalhães, que limita aremessa de lucros das empresasestrangeiras; propostas de relaçõescom todos os* povos do mundo, deencampação dos frigoríficos e in-vernadas pela Fribrás c de refor-çamento da Cia. Valo do Rio Doce.Centro Operário-Estudantil

Em virtude da impossibilidadede as entidades estudantis filia-rem-se ao Fórum Sindical de De-bates, a fim de estabelecer formasorganizadas para a aliança do li-vro e do martelo foi aprovada te-se no sentido de se criar um Cen-tro Operário-Estudantil, cuja di-retoria será eleita nas convenções,que se tornarão encpntros trádi-,cionflis" de trabalhadores c estii-dantes, onde as entidades serão

representadas por bancadas pro-porcionais ao número de seus as-sociados, escolhidos os represen-tantes qm assembléias.Declaração de princípios

Na sessão de encerramento, olíder estudantil Osvaldo Leituga,presidente da entidade patrocina-dora, após vèrberar a não partici-paçào de dirigentes sindicais, quequalificou de irresponsáveis, deua palavra ao relator da Declara-ção de Princípios, aprovada poraclamação, cujo teor é o seguinte:"A II Convenção Operário-Es-tudantil realizada em Santos,após debater os mais candentesproblemas na nacionalidade, en-cerra os seus trabalhos "declaran-do os seguintes princípios, que de-vem transformar-se em bandeirade luta dessas duas camadas dapopulação:

1.°) somos pela paz e o desar-mamento, pois acreditamos que oshomens podem resolver todos osseus problemas, por mais difíceisque se apresentem, sem recorrerao flagelo da guerra;

2.°) somos contra todas asformas de colonialismo, porque oconsideramos incompatível com adignidade dos povos em nossoséculo. Por isso, saudámos com en-tusiasmo a Revolução Cubana,curvamo-nos ante o heroísmo dosque se batem pela independênciada Argélia e nos manifestamos pe-Ia realização de um plebiscito noCongo, a fim de que o mundo co-nheça qual o governo que o povodessa jovem nação africana de-seja;

:$.") somos pelas liberdadesdemocráticas em sua mais amplaexpressão. Exigimos dos governose das autoridades constituídas orespeito aos movimentos reivindi-catórios, às entidades sindicais eestudantis — baluartes tlessasduas classes —e aos seus líderes.Condenamos veementemente, porisso, a prisão do líder camponêsJofre Correia Neto e exigimos suaimediata libertação, para que seafirme a democracia no'Brasil;

4.") Temos para nós que a li-herdade de opinião, de reunião ede imprensa são direitos inaliená-veis do homem. Condenamos, porisso, a existência de presos e exi-lados políticos de nossas duasmães-pátriá — Portugal' e Espa-nha — e conclamamos todos os

brasileiros a lhes prestarem a maisampla solidariedade;5.'') Somos pelo monopólio es-

tatal das nossas principais fontesde energia, porque consideram^sua preservação essencial para asoberania do pais. Reafirmamosnossa fé na Petrobrás, exigimos asanção da lei da Eletrobrás, propo-mos a defesa dos nossos minérios-de ferro e manganês, bem como aencampação dos serviços de forçae luz em nosso Município;

6.°) Somos pela escola públi-ca, universal e gratuita ~• pririci-pai expressão da democracia — econtra o atual projeto de diretri-zes e bases da educação, que a to-lhe e a extingue gradualmente;7.°) Consideramos que os tra-balhadores devem ter um nível devida digno dos que constituem oalicerce da Nação, cóm saláriossempre emparelhados com o custode Vida e condições de atividade /compatíveis com a pessoa humana.Entre os trabalhadores estão osfuncionários públicos, que, por sededicarem aos serviços fundamen-tais do Estado, devem ser respeita-dos e muito bem remunerados, nãoadmitindo nós outros que seusreajustes salariais sejam inferio-res ao de qualquer categoria pro-físsional;

8.") Somos pela reformaagrária, porque a atual estruturavigente no campo é retrógrada,prejudica o desenvolvimento daeconomia nacional e mantém namiséria e fora da vida do país mi-lhões e milhões de camponeses;

9.") Somos pela reafirmaçãoconstante, através de atos, da so-berania nacional. Por isso, deveo Brasil limitar imediatamente asremessas de lucros das empresasestrangeiras — que lhe exaurem aeconomia, encampar os frigorifi-cos e invernadas estrangeiros —que privam o seu povo de carne,e estabelecer relações comerciais,diplomáticas e culturais com ospovos do mundo inteiro;

10.°) Lutamos para que aaliança entre operários e estudan-tes se fortaleça e assuma formasorganizadas. Propomos a todos ossindicatos e entidades estudantisque se unam, quer através de or-ganizações específicas, quer atra-vés de pactos, para que, como íòr-ças vivas da nação, possamos in-fluir decididamente nos destinosdo Brasil".

ÊmWmprtm» i ;

f- $ í''WÈÊ£'wê pjÉI '^Wi^H VIST ¦: wwWwnBTL i • v JíSjr ?1||| ¦ aKm H2IK

wC4^}''''c^%iÈ'^ÊmWmÊÊ^-'Í •¦'* ¦'¦¦'- wnsrémml :^:-' ¦¦ 'WÊÍw v ^™^(Km\\

Operários cestudantes

Du tribuna, um trabalhador cm carrls urbanos dirifre-.se ao pidendo ii direilo de todos os trabalhadores a se reunirem emII Convenção Operário-Estudantil debateu os seus problemasmuitos outros ilc âmbito ffcral. Quase duas centenas de delereceram a Convenção.

enario, tlcfcn-sindicatos. Aespecíficos „

fiados eompa-

UM LIVRO S0BF.E II ILHA HERÓICA d«uidio JURANDIR•lá cm terceira edição brasileira

11 livro tle Paul ,M. Sweezy e L«oHuberman, «Cuba, Anatomia tleuma Revolução», tradução deWaltensir Dutra, lançado por /a-liar Editores. Não por força deiiiuiiii publicidade. iVlns pelo int-s-rôsse a respeito de Cuba, cada vezmaior entre nós, como deve aeon-tecer paio unindo. Não há bloqueioe ameaça, não há massa de lelevi-são, rádio e imprensa que possa se-parar a verdade <!:• Cuba. A ilha,agora, ó a nossa ilha, povoada tlenossa paixão e de nossa confiança,na solidão deste continente.

A «amarga por dentro», de quetalava o seu grand* poeta, transíor-ma o amargor, num vinho tle. quetanto necessitamos, nós, também,mais 011 menos cubanos desta Amé-rica muito nossa, de milhões de fa-mJnros, analfabetos, doentes e de-serdados. Falava-se de uma juvcii-Imle universalmente trnnr:v'"ílsi, deuni Dean coniu o símbolo de uma

«geração perdida», e, de repente,aos misses pés, diante de nossa apn-lia, desilusão ou magros sonhos, re-benta aquela geração cubana, bro-Iam uns barbudos jovens em Cubaque falam por Iodos os moços duAmérica. Magníficos rapazes, sim,senhor. Ali eslão continuando adescer de Sierru Mnestra sobre osnossos espantos. Subitamente fica-mos com vinte unos, contemplandoa ilha transfigurada.

Como explicar? Como foi queaqueles rapazes tomaram Cubados ianques? O livro de Paul M.Sweezy e Loo Huberman explicamliem. Podemos mesmo dizer é umlivro didático. Os autores viram ailha, ouviram o povo, encontram arevolução' em marcha, dão a suaopinião honrada. Em alguns casosnão concordam, casos quo não mo-difiram a impressão geral do aeon-(ocimeiito, V. posso mesmo dizer quenão devemos deixar em silêncio oserros dtf 1111111 revolução tão autên-tien, tão vera/., como a de Cuba.

Cada erro descoberto é nova ocasiãopara acertar melhor o confirmar alegitimidade du luta. Queremos hrevolução cubana como se fossenossa, aqui de dentro do peito, e,por isso, não a endeusamos. Sabe-mos que ali os jovens vão errarmuito, certos tle que irão acertarmuito mais.

«Anatomia tle uma Revolução»,meus amigos, é livro que se devedar de presente de Natal e AnoBom e por todo ano, porque, nasua simplicidade objetiva, na sualucidez sabe responder a tudo quesòrdidamente se diz, em alto falan-te, contra a ilha heróica. Um livroem (nu- está uma verdade clara erevelador». Êle nos mostra como ailha é rica e como o povo é pobree como os ianques sugaram a ilha.Depois nos descreve a revolução emmarcha o 11 revolução no poder.Confesso que um livro desse, fazchorar, faz compreender que, emCuba, também está a nossa luta, anossa honra, a nossa esperança.

Page 6: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

NOVOS RUMOS Rio d* Janeiro, semana de 30 de dezembro de 1960 a 5 de janeiro de 1961 —

SAO PAULOv-t IOs Comunistas e

as Eleições Municipaisun\ sessenta e cinco municípios do

Estado, entre os quais estão Santos,São Caetano e a Capital, realixai-se-ão eleições em março próximo. O elei-lorado escolherá novos prefeitos • emalguns municípios serão renovadaslambem as câmaras. Dada a impor-lância do ocontecimento mobiliiam-seIodas as -ôrços políticor locais • o pró-prio governador Carvalho Pinto parti-cipa oberlamenle da escolho de can-didatos, tendo em vis!a que dos resul-iado dos elei"ies municipais muitodepende o áxitc de suo >:orrente poli-tica no pleito de 196;.

A populaçoo e chamada às urnos

quando as condições de vida vão-seagravando codo vei móis; mas tom-bém em umo época e<* qu« aumentamas lutas de nosso ?'*<•? sí* o liderem-ça indiscutível (Jo pr^éiasktào.

Procuionco ap*B•¦'•'!•' O caminho

paro novos escorchcs, os ccíta-voiesdo governo JK e os ce JôtWO Quadrosprocuram pintar um quadro ttn que aexploração é opresenrcco como umafatolidcde. Não temera conhecimentodas soluções potriótices apontadas pe-los comunistas e por outras fSr-ças democráticos e tentam d~f-conhecer a disposição de lula o

povo. Este, na defesa de seus i-

LEIA A NOVA

HISTORIAPARTIDO

COMUNISTADt IA

UNIONNOYIHTIOA

Edição 1960921 páginas, encadernado.

Apenas Cr$ 400,00Pedidos a:Agência Intercâmbio Cultural

Jurandir GuimarãesKnn dosTelefone:

Estudantes, 84 s/2837-4983 — São Paulo

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da EnergiaElétrica o da Produção do Gás, do Rio de Janeiro

EDITALRESULTADO DAS ELEIÇÕES

Cumprindo o disposto no Art. 40 das Instruções aprovadas pela Por-taria n.° 146 do M.T.I.C. faço saber aos que o presente virem e que deletomarem conhecimento que em 16 de dezembro de 1960, foram realizadaseleições para renovação da Diretoria, Conselho Fiscal e Representantes Juntoao Conselho da Federação tendo votado 7.038 associados de um total de 8.817associados em condições de votar.

Concluídos os trabalhos de apuração, presididos pelo Dr. FernandoEsteves Kelly, Procurador da Justiça do Trabalho, foram conhecidos os se-guintes resultados:

PARA DIRETOR!.'

Chapa n.° 2 — Encabeçada por Argemiro Rocha JúniorChapa n.° 3 — Encabeçada por Sadi Coutinho ,

Votos NulosVotos em Branco

Chapa n.° 2Chapa n.a 3

PARA CONSELHO FISCAL

Encabeçada por José Alves Barbosa ....Encabeçada por Casslano Pereira DiasVotos Nulos Votos em Branco

PARA REPRESENTANTES JUNTO A FEDERAÇÃO

Chapa n.° 1 — Encabeçada por Domingos Ferreira de Andrade ..Chapa n.° 2 ¦— Encabeçada por Ivan Gonçalves da Costa Chapa n.° 3 — Encabeçada por Wilson Ferreira Amorlm

Votos Nulos Votos em Branco

votos4.4442.248

113233

votos4.1542.091

2285651

<otos1.1283.7431.642

152383

Assim sendo foram eleitos as seguintes associados para exercer o man-dato durante o biênio 1961/1962:

PARA DIRETORIA — EFETIVOS

Argemiro Rocha JúniorJorge AssumpçãoPaulo CéBar HenriquesDlnorah Medeiros CamposJosé Martins da RochaSebastião Esteves da SilvaJason dos Santos

PARA CONSELHO FISCAL —EFETIVOS

José Alves BarbosaJorge de SanfAnnaMario Menezes"ARA O CONSELHO DAFEDERAÇÃO — EFETIVOS

Ivan Gonçalves da Costa

Álvaro Silva MorgadoFrancisco Gomes Alteiro

PARA DIRETORIA — SUPLENTES

Lourlval José LopesArgemiro Velasco da SilvaHeitor da CostaRubens Ribeiro do AmaralHenock Augusto MagalhãesSebastião José da SilveiraLourlval Gomes

PARA O CONS"T.no FISCAL —SUPLENTES

Wilson Vieira da MottaHildebrando de SouzaJoão Moura Teixeira

PARA O CONSELHO DAFEDERAÇÃO — SUPLENTES

Newton da Costa PereiraNelson Spolldórlo de FreitasWalter Tavares

Rio dc Janeiro, 20 de dezembro de 1960

Pela Diretoria,ARGEMIRO ROCHA JÚNIOR

— Presidente —

RAMIRO LUCHESIreitos tem conquistado expressivas vi-tórias, como verificamos atrévé» daslutas do proletariado e de outros sete-res do população, como os funciona-rios públicos civis e militares. Estes úl-timos, servidores do Estado, têm emCarvalho Pinto o teu patrão, • deixamclaro parc todo o povo o caráter de-magógico e reacionário de um governoque, surgindo das urnas acenando combeloi promessas de melhoria de vidaparo ^s paulistos, na verdade se coris-tituiu num agrupamento de grandes se-nhores dos bancos c do latifúndio, res-ponsável pela política de esfomeamen-to que cada dia atinge a novas áreasda população. •., • •

As massas populares em SãoPaulo têm revelado cada dia maior in-terêsse por eleições. Tanto assim é quea abstenção é mínima, em relação aospleitos de dez anos atrás. Acredita oeleitorado que através das urnas con-seguirá a atenção para os seus pro-biemas cotidianos, para aquelas reivin-dicações que, solucionadas, possamtrazer maior conforto à sua familia:água, luz, transporte, ensino, assistên-cia médica e outras. Nas eleições in-terioranas de março, todos esses pro-biemas constituirão a espinha dorsalda campanha eleitoral e a vitória pen-dera para aqueles que com objetivi-

Bahia: Sindicato

Metalúrgicos tem

novo presidenteTomou posse na noite do Uia 17 a

nova diretoria do Sindicato dos Meta-lúrgicos da Cidade do Salvador, en-cabeçada pelo sr. João Ribeiro dos Pas-EOS.

Estiveram presentes à solenidade deposse, João Mansul de Carvalho, repre-sentando o governador, dr. AmadlsBarreto, Delegado do Trabalho, Idel-frisdes Silva Santos, presidente emexercido da Federação dos Trabalha-dores na Indústria, Martins Dlogo Cor-rela, presidente do Sindicato de Fuma-gelros, José Nilo dos Santos, presiden-te do Sindicato de Carris Urbanos, Sil-vestre de Jesus, presidente do Sindica-to dos Panificadores, além de outroslideres sindicais.

Agradecendo a confiança nele depo-sitada, disse o novo presidente que osassociados não se arrependerão de té-•lo colocado à frente do Sindicato eque tudo fará para continuar mere-cendo a mesma confiança.

dqde cuidem dessas questões e mere-çam a confiança do povo. ¦

Os comunistas, conseqüentes de-fensores dos interesses populares, parti-ciparão dessas eleições com o maiorentusiasmo, compreendendo cloramen-te que o embate das urnas é uma dasformas de luta mais importantes paraa conquista de um governo que satis-faça os interesses nacionais e democrá-ticos exigidos pelo povo brasileiro.

Ao participarem das eleições oscomunistas, em cada município, levamem conta o quadro político nacional, e .estadual e as peculiaridades locais.Orientam sua participação no sentidode unir as amplas forcas do município,tomando por bate as forcas popularesnacionalistas e democráticas, com opropósito de derrotar os inimigos dopovo. Lutam pelo estabelecimento decoligações -eleitorais que. adotem pro-gramas de reivindicações gerais, masparticularmente aquelas que são do in-terêsse mais imediato dot munícipes,com o objetivo de conquistar o poderpara as correntes coligadas. Procuramsempre reforçar a frente única nacio-nalista t democrática em formação eao mesmo tempo manter uma posiçãoindependente. Nesse processo, os co-munistas procuram levar às massas a

orientação que adotam e buscam tam-bém o fortalecimento de suas fileiras.

A posição que adotamos, portan-to, leva-nos a não fortalecer qualquercomposição de forças que apoiem Jâ-nio e Carvalho Pinto; leva-nos à liga-ção mais estreita com as massas, au-mentando assim nossa influência econtribuindo para que as forças repre-sentativas dos interesses populares se-ir.i vitoriosas.

Nossa orientação terá pleno êxitose soubermos organizar e planificar a

. atividade na campanha eleitoral de talmaneira que a conquista de votos se-ja o resultado da defesa intransigentedas reivindicações locais mais sentidas,e daquelas que dizem respeito ao Es-todo e à Nação. Seremos realmente vi-toriosos se soubermos nos colocar àfrente das mossas em suas lutas e aomesmo tempo criticar a política postaem prática pelo governo federal e es-tadual, denunciando suas responsabi-lidades no agravamento das,condiçõesde vida do povo. Esta deve ser a prin-cipal atividade se quisermos ganhar asmassas, o eleitorado, para as posiçõesque correspondem aos seus verdadei-ros interesses, isto é, no sentido de quevotem nos candidatos apoiados peloscomunistas.

O SINDICATO DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA DEENERGIA TERMO ELÉTRICA DE PORTO ALEGRE, pela passagem daFesta da Cristandade • de Ano Novo, deseja, aos trabalhadores!,aos dirigentes sindicais e, ao povo gaúcho e de todo o pais,um.Feliz Natal e um Próspero Ano de 1961, cheio de nrwasvitórias pelo progresso social e democrático.

JORGE CAMPEZATCPresidente

ASSINE:LA MUJER SOVIÉTICA

Revsita mensál-ilustrada, cuja assinatura pode ser feita em espanhol, íran-cês, inglês, alemão, japonês e russo.

informa sobre a vida da mulher na URSS e de sou papel na vida sociale ná familia;trata dos problemas do Ensino, da educação infantil, de esportes e modas;mantém suas leitoras ao par das novidades da literatura e da arte so-viéticas.

Assinatura anual CrS 400,00Via aérea

Pedidos, acompanhados de cheque ou vale postal à tAGÊNCIA INTERCÂMBIO CULTURAL

JURANDIR GUIMARÃESRua dos Estudantes, 84 — sala 28Telefone: 37-4983 — São Paulo

REVISTAS CHINESASPara tomar conhecimento dos grandes êxitos alcançados na cons-

trução socialista da República Popular da China, suas condições políticasgerais, sua política interna e externa e a vida feliz do povo chinês.

ASSINE:CHINA ILUSTRADA. Revista Mensal, cujo conteúdo é principal-mente fotográfico, suplementado por artigos. 44 páginas, 12 em cores.

Aparece em 17 Idiomas entre os quais espanhol, inglês, francês, japonês ealemão. Assinatura anual: Cr$ 400,00.PEKINQ REVIJSW. Semanário. Uma fonte segura e de primeira mãode noticias t opiniões oficiais chinesas. E' publicada em inglês. Assinatura

anual: Cri 650,00.LA CHQíE POPULAIRE. Mensal. Aparece em francês, japonês eindonésio. Assinatura anual: Cr$ 250,00.CHINA RECONSTRUYE. Mensal. TO páginas, amplamente ilustrada.

Editada em inglês e espanhol. Assinatura anual: Crs 250,00.CHINESE LITERATURE. Mensal. 150-170 páginas. Aparece em in-

glês. Assinatura anual: CrS 450,00.WOMEN OF CHINA. Bi-Mensal. 40 páginas. Sai cm inglês. Assina,

tura anual: Cr$ 150,00.• EVERGREEN. 8 números ao ano. Revista para juventude e estudan-tes. 24 páginas. Aparece em inglês. Assinatura anual: Crt 150,00.

CHINA'S SPORT8 — Bi-Mensal. 32 páginas. Se publica em inglês.Assinatura anual: Cri 150,00.

EL POPOLA CINIO. Bi-Mensal. 36 páginas. Editada em esperanto.Assinatura anual: CrS 200,00.

Pedidos i:

AGÊNCIA INTERCÂMBIO CULTURALJURANDIR GUIMARÃES '

Rua dos Estudantes, 84 — sala 28Telefone: 37-4983 — São Paulo

Subscreva, hoje mesmo, qualquer destas revistas. Terá direito avaliosos brindes, originais da CHINA.

A CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE saúda o povobrasileiro na data em que se comemora o Natal de Cristo, dese-

jando a todos Boas Festas e que o ano de 1961 seja de pro-gresso e felicidade.

JOSÉ ALOISIO FILHOPresidente

Sindicato dos Oficiais Alfaiates, Costureiras e Trabalhadoresna Indústria de Confecções de Roupas de Porto AlegreSede social: Rua 7 de Setembro, 1142 — T andar — sala 4

Desejamos a todos os dirigentes sindicais e aos trabalha-"dores brasileiros, um feliz Natal e um próspero ano de 1961-Pela unidade dos trabalhadores.

LOURIVAL SOEIRO DA SILVEIRAPresidente

SINDICATO DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA DEFIAÇÃO E TECELAGEM DE JUIZ DE FORA

ÊSetie própria: Rua Farmacêutico Vospaslano Vieira, <16 — Telefone 170üCaixa Postal 335.

f '"

MENSAGEM DE NATAL' . .

\O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e

lecelagem de Juiz de Fora, por seu Presidente Infra-assinado, aoensejo da passagem da festa máxima da Cristandade, deseja aosDirigentes Sindicais aos Trabalhadores na Indústria de Fiação eTecelagem e de um modo geral a todos os trabalhada-. WtBrasil, um feliz Natal e um próspero e venturoso ano de 19ól.

JAIR REIHN — Presidente

Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado da GuanabaraRua Santa Luzia, 173, 3.° andar, grupo 303.

r. * j ^auÍa' po^ Intermédio de NOVOS RUMOS, a todos os músicos doEstado da Guanabara e Exmas. famílias, a todos os associados, pela pas-sagem de mais um ano dc luta, desejando para 1961 maiores êxitos emtodos os nossos empreendimentos c aspirações.A DIRETORIA

PEDRO LUIS DE ASSTS - Presidente; CARLOS A. C. Souza - Secretário'ALEXANDRE SUCUPIRA LIMA — Tesoureiro; CLÊLIO DE BRITO RI-BEIRO — Diretor dò Trabalho; DANTE FANTAUZZI - Diretor de Assis-tencia Social; PAULO MOURA — Diretor Bibliotecário

Feliz Ano NovoAo ensejo das festas natalinas e a aproximação do Ano Novo, os Sin.

dicatos de São Paulo, abaixo relacionados, po r intermédio de NOVOS RU-MOS levam aos seus associados e aos demais trabalhadores — da cidade edo campo — e a todo o povo brasileiro, sua saudação fraternal c calorosa,desejando-lhes melhores dias.

Que o ano que vai nascer seja o de novas vitórias para a classetrabalhadora no âmbito das conquistas sociais e realmente abra, para opovo brasiieiro, os caminhos de sua emancipação econômica em um climade liberdade e democracia.

Que o ano de 1961 seja o da maior confraternização entre os povos,o da unidade cada vez mais firme e poderosa dos trabalhadores do Brasile do mundo inteiro cm torno do ideal da paz, a fim de que a humanidadepossa, afastado o perigo de guerra, alcançar, com o concurso da ciência eda técnica, novos niveis de progresso.

Que o ano que se avizinha afirme a superioridade do trabalho sobrea exploração, da cultura sobre a Ignorância, da liberdade sobre a escravidão,da paz sobre a guerra.

São Paulo, dezembro dc 1960.

Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similaresde São Paulo

Rua Quirino de Andrade, 57, Io andar — Fone: 32-0396

Presidente: Luiz Cristofoletti; Io secretário: Antônio Pedro Rossin;2o secretário: Osmar Venanclo de Melo; tesoureiro: Ricardo Segundo Guerra,e arquivista: José Ferreira Neves.

Conselho Fiscal: José Luiz da Silveira, Antônio de Almeida e OrlandoVenancio.

Sindicato dos Trabalhadores em Construção Civil deSão Caetano

Rua Santa Catarina, 55, 4o andar — S. Caetano — S. P.Presidente: Pedro Daniel de Souza; Io secretário: Newton Cândido;

2" secretário: Dario de Albuquerque; Io tesoureiro: Otávio Teixeira; 2otesoureiro: João de Amorim.

|^ mU M MM^íMm^ãʦM BiP R.TK '

mW>y<£iú'- ¦¦ veilijiK^I Be

PARA 1961

ASSINE:

Agora mensal, mnlnr numero dr pásl-nns, mais colorida e mais bunlla!

.Apenas í>$ 400,00 anuais!

Subscreva hojo mesmo e fará Jm aum belíssimo calendário 19(11 e inulsum valioso brinde, original» da China!

1'cdldos, acompanhadus docbeiiuo ou valo postal a:

AGÊNCIA 1NTKHCAMBIO Cl I.TIHAI.Jl KANIMK GUIMARÃES

itiia dos Estudantes, 84 — sala 1STelefone: 31-4883 — São I'aulo

Assinaturas da revista

CHINA ILUSTRADA para 1961Anual 330,00Semestral 170,00Preço do exemplar 30,00

Em 1961 CHINA ILUSTRADA aparecerá mensalmente com maiornúmero de páginas.Escreva para EDITORIAL VITÓRIA LIMITADA enviando em chequeou. vale postal a quantia correspondente ao seu pedido.

Rua Juan Pabio Duarte, 50 sob.Caixa Postal 165RIC DE JANE!R0 Guanabara

Page 7: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

\

¦¦¦-¦¦- mRio de Janeiro, semana de 3C de dofcembro de 1960 a 5 de janeiro de 1961 NOVOS RUMOS

K;K:, , ' l:UI~W~y

m ?'¦¦ ü& I? I¦¦*¦¦ '' ' ¦ } v%t,'s4í. J^^'^"™*""™^™^™*^'^^

\\^m^Wmm\wW^^^^^ ¦' mmXwLí^^^mm^^^m^^Ê^^í^^^^^^k'' '' / '- • í' ^^ V''; ' ^ ,il^;.: '-7* -ií'y%'^í|; '%$&w$Íwil ¦-¦ >&í;lif«r$^^

I B^BpM& «Ma^^^âlP^B BpPWB (Bi IPiP™*!'^' WüMsv****». JJmnHM v ;i*;-f ,¦ ^v-^^p?^-^' ¦ - '^'"«^ví»«; ^^ip|PK I

flHMfeltt^^^^^^tfj^^dflífl^tí^^^^ab^MÜ^tf^tfl^^^^J^^^M^^^^^M^-.^fl^^l B^J^^^^W VBW^^^^^^^ ' ^^^^*^^^** >T^^^^mmWBmUmm/m&- ^. emmmm^1m\\Wtiim' fmWmm^m^ÉmwÊmmWmWÊm^mm\

bI ' :'* V:;' BWMfet ^^m, . ' ^^^ • -iiftiM.l ¦' jiuh «^ ' inj-^nij1 jiM- ¦ —.vi- '-• ^l^ÍBBuBRMBl36I^BB^BBl^flBBBBB^BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBB

B ¦ L^/fl ¦ vi ^L JMflBB. vd Bjf íh ÍP^ Eé 9?B »^#j [ mi ^>mM mm wwi B£* «? il.'*sJi UBBI fibB bb^^BI H» ^^^^^H bb-- ^^ ^flii |)Bw> **1m||BB|^8B 9Ps%lir ip^y^t w» #^i»^ mjh b^t ^^H ^^^^b ** bbbvbB

mWÊÊÊmm mw/^mm*. . ^^BBBBBBBBBBBBBBBBbeMÍI8IIeB1§3Í11« ^BBfiKSlB^B^BBi^BB^KBlMy pi «B Bk fllH ¦ ¦ ^B »KÍ^JHtí''^^:-^w''' 11 IJ kI 1 ~*. * nrw ^S ¦

%^'ÍtÊ^WÊÈ W' ¦ ¦'.¦>*¦'.^^1 ^.:' KS ^1 Bm 1B< I iL J* WÊÊm\ Ikl BmeséI ÜHwpi Br.. B P^BPPÜI í KJPfW

BI ¦ ' - ^^y|BBMBBBBBBBBBBBBBnr^i^^^LBBBBBBBBBBBwBnwMBB«Biir in^TB£> ^BpwJk T^^^T SH^SHJBHr V ^>-...-^Üe|II *• - ^Mnift^iivtiAir^Ti ÜW ^B b IÉIL2! K ^^B

j^^A b RW| ®?WÈí

BS* fl im MIV IKv ¦ e gs ;': í»Brff!"': "'•."'ílB f ifl MH^nÉ

^B Mr^-v ::--'^-'"'':;-ií^BI ¦ Vfl BB,^b1 BBflB ^^¦¦¦iw^ra. '/ÍJíl\vw^^^^0W^^^^^^^mW BBBP^B BkbB bVi ¥ IBByWKTOMffrSr ¦ ¦$»'$,' -!' \ ^,^^-í^y-*

BK B(BH BB^^uliJÉBI „. ^^BJ Br' t| Bf JBBBbmm^k^* í^?> Wjjt* 'ÍHSBíSSI#f«S*: v,í3E' * BB^^Bj¦B tar b1 HffiBVlSll l >^B B .jfii bbwH BBBy-j' ^ • ^* M^^Pg^ SS&j :. ^£*rfVflffa^

Garotada faz bailadosOs filhos dos bancários fizeram uma excelente exibição de bailados para a*,centenas de pessoas que compareceram à festa organiz.ac1- selo Sindicato dos

Bancários de São Paulo

NA1AL EM SÀO PAULO

Sindicato LevouPapai NoelAos FilhosDos Bancários

A

exemplo dos anos anieriores, o Sindicato dosEmpregados em Esfabeie-

cimentos Bancários de São Pau-Io promoveu pafa os .seus as-sociados e famílias uma bonitafesta de confraternização, pormotivo da passagem do Natal,reuninco centenas de pessoas.

Papai Noel compareceu de-vidamente acompanhado do

líder Osvaldo Soares Carezzc-to, presidente da entidade,distribuindo doces.

A festa foi realizada noenorme salão da AssociaçãoAtlética Banco do Brasil, onde,além da farta distribuição debrindes feita pelo velhinho de;,barbas brancas, os filhos dosbancários de São Paulo reali-znram uma exibição d«» heii-lados.

BMBbI ^Lv^f^kí^mÊmWiii &bbbV li ;uffilL.--BB Bt-31 BB %' vFSPSbbH

'f^yffyjj B ^u H'l bV ' ¦TiB^íÍi!^T^^BftT^BB»B<W^i^íTO BtBiil I^V '^fl iD wBl ^iuB BV '•¦ .'«'Bfc^*Kwr'*'-*-1|

Papai \\mm\ e o presidenteO presidente cio Sii:'.'iccilo, sr. OovciWo Soares Carezznto, fnz una saudação aos presentes, enquanto Papai Noel faz uma

pausa na distribuição de brindes

Crianças cercam o velhinhoQuando Papai Noel chegou ao local da festa, foi cercado pela garotada ávida de receber os presentes quo ele tiazia

na sacola

Espetáculo cosia salão repletoO enorme saldo da AABB cie São Pr.iulo ficou lotado na fes ei d< fim de ano promovida pelo Sindicato dos Bancários.

No lolo, enredo da platéia que assistiu aos bailados dos filhos dos bancários

Page 8: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

II sls^^^^^í l^HHlfl^lHÍHSlH^^9^IPBll^|jft^H|jft^|jft^|jBHÉ0 iH Iffic HUfll _^^H^HflflHBfl^Hfl^HI^I^H^lHflH

^^ijH I Jjttfl i^i^T^^I m\r^

I *¦ ¦¦¦¦ ak-*;í.-.v H i^B ¦ ÍP /À * ^iiil

-,**¦ <'¦¦ i^^ *¦•.'" ¦ví;*aS í Vi" V-íí** A' -iü H ¦' £s ^W^sm -!-

/'v.'V''"¦•*/V'^" ''-''"T"':;!" ^i^i^i^i^i^i^i^i^i^R w\- vJ-t^ x»*'i^i^i^Hij^i^lifli^H |:

¦^¦::*t:^': ' ¦^¦/'''^¦:!)^i^i^i^i^i^B|>^í'^ -• ^i| H|

'. ;¦¦ i^B ••" '-.'v-^ I B

^k ^^BT'^i^Wi^Hj^*^^p iB -'^L **mdLm^^m^mmWm J* •t^9* t^St£*~ x*^ jT. jx i_ **

I Ik^^DSfl Dí/iâl Utt ^M - -áV- ^»*» '^mmmltSM1mtoi.^,y^r^É «*»¦-•» * -~. Ê y

As homenagens prestadas à me-mória dos pracinhas brasileiros, ao se-rem trasladados os seus restos mortaisdo cemitério de Pistóia para o nossopaís, não se revestiram do calor patri-ótico e do entusiasmo popular que ele-veriam ter marcado Ase acontecimen-to. Todo o programa foi limitado peloGoverno a solenidade de caráter es-triiamente oficial, não havendo lugar

'para a participação das organizaçõesdos trabalhadores e do povo, Além deuma concentração militar e dos discur-SOS protocolare5 pronunciados pelasautoridades, inclusive o presidente daRepública, nehnum outro ato de re-

percussão assinalou a chegada das cin-ias de nossos mártires na luta contrao nazi-fascismo. As homenagens qua-se se reduziram ao frio monumento

que se ergue na Praça do Congresso.Essa frieza, entretanto, nada tem

de cemum com o sentido, profundamen-te popular e democrático, de nossaparlicipação, através da FEB, na guerracontra o fascismo. Nem com a bravu-ra e o heroísmo com que lutaram naItália os filhos do povo brasileiro,conquistando sobre as hordas de Hi-tler vitórias como a de Monte Castelo.

Uma vitória do povoO rompimento de relações com

os países do Eixo fascista e, mais tar-de a declaração de guerra e o envio

da Força Expedicionária Brasileira fo-ram vitórias alcançadas pelo povo br..-sileiro, num dos mais difíceis períodosde. nossa vida política. Sobretudo a

partir de 1935, depois do fechamentoda Aliança Nacional Libertadora e da

|s,isão em massa dos melhores palrio-tas brasileiros, o governo do sr. Ge-túlio Vargas se orientava abertamenteno sentido de apeio e da submissãoás potências fascislcs, que se prepc-ravam para dominar o mundo e, em1939, se lançaram à guerra de rapina.O aparelho de Estado se achava «n.-Ircgue a agentes declarados do nazis-mo, que montavam em nosso pais umasinistra máquina de espionagem a ser-viço de Hitler. A sua frente estava oentão chefe de Folícia e hoje senadorFelinto Müller. Uma das figuras de proadessa quinta-coluna era o aluai líderudenisla Raimundo Padilha, formal-mente apontado no Livro Azul do De-

parlamento de Esiaclo como espião na-zisla.

O Governo piocurava por todosos meios acorrentar o Brasil à jventu-ra liberticida dc Eixo. Os patriCas edemocratas, particularmente os comu-i.stas, eram r/,e:os e torturados. Asoiganizações operárias e populareseram ferozmente perseguidas. O Go-vêrno esme-gcive: o liberdade para fa-cililar a O2ne!ircráo do nazi-fosdsmoc a ação cie sua quinla-colunci.

- in 'fy'j ***¦*¦'*'-- <? j .''^ Sm*v7i WmÊ&mmV&iSÊb : ^^^ÉÉSnfflBwMnSâtfh^N**'' ¦*¦.. *$*¦'' • '

Lutarampela liberdade

Soldados; marinheiros c aviadores doBrasil participaram com entusiasmo cvibração patriótica da luta dos povoscontra os tiranos nazi-fascistas. Osque se sacrificaram deram suas vidaspela liberdade.

Os demociaros, porém, '•ninais

deixaram de iut"i. E em suas prure,-ras filas estavam cempre os comui.j as,apesar de submetidos >à mais seivegemrepressão.

Com o desencadeamento da guer-ra na Europa e, especialmente, a per-fida agressão do Exército nazista àUnião Soviética, logo se tornou claropara os patriotas brasileiros que o seuprincipal dever consistia em libertar onosso pais da esfera de influência doEixo fascista e levá-lo a participar, aolado de todos os demais povos amar-tes da Liberdaae, entre as nações qualutavam contra a amedça hitlerista.Fci uma luta extremamente dura, so-bietudo porque o seu principal diri-gente — o Part!do Comunista — sofriaem 1940 e 194 i tais perseguições quelevaram inclusive à prisão dos mem-bros de sua direção, central.

A luta se trava nas rua*»Apesar de todas as enormes difi-

culdades e não temendo quaisquer sa-ciífícios, os pa'r'.olas brasileiros nã-cessavam um so instante a sua luta.Papel decisivo fveram nessa luto or-ganizações como a Liga de Defesu Na-cional, a União Nacional dos Estudan-tes e, em geral, as Uniões Estaduais,a Sociedade dos Amigos da Américai algumas outras organizações opera-rias, populares e estudantis, do Rio edos Estados, formadas sempre por mi-ciativas dos comunistas. O apoio ma-ciço dado pelo povo brasileiro a essasorganizações e às campanhas por e'aslançadas, começou a quebrar a pre-potência do Estado Novo. Homens co-mo o embaixador Oswaldo Aranha, o

general Manuel Rabelo, o almiranteAri Parreiras, e outros já podiam con-denar abertamente o fascismo e recla-mar do Governo a mudança de sua

política. E ao chegarem ao povo asnotícias — que o DIP e o ministro daGuerra, Eurico Dutra, procuravam portodos os meios ocultar — dos ataquesdos submarinos nazistas aos navios bra-sileiros, ruíram todas -as barreiras dacensura e da policia nazista de FelintoMuller. As massas populares, revelan-do toda a sua bravura, ganhanm asruas e em gigantescas demonstrações,que se repetiam em todo o país, pas-"saram a exigir do Governo o rumpi-mento .de relações e a declaração degueira ao Eixo nazi fascista. Abundoainda na clandestinidade, eram os co-munistas os principais inspiradores eorganizadores desse grandioso movi-mento democrático e patriótico. Já en-tão a polícia se revelava impotente pa-ra conter a revolta das massas popu-tales contra as afrontas lançadas pelofascismo ao nosso pais.

Lutar de armas na m?.:O envio de uma Força Expedicio-

nária Brasileira para a lula contra osagressores nazistas na Europa tornou-se, em seguida, a grande exigência denosso povo: não podíamos continuarassistindo de braços cruzados os imen-sos sacrifícios que outros povos faziam— e, antes de tudo, o glorioso povosoviético — para salvar a Humunida-de da ameaça fascista. Não podíamosaceitar a liberdade como uma dádivace outros povos, que tudo sacrifica-vem para derrotar a besta hitlerista.

Foi outra difíril batalha. Em geral,os homens de maior influência no Go-vêrno tudo fazism para impedir aorganização e o envio da FEB. Entreè:;es homens, o próprio ministio daGuerra, general Eúrico Gaspar Dutra,era violentamente contrarie à idéia de

nossa participação efetiva na guerra.Sabiam eles que, contribuindo concre-lamente para a derrota militar do fas-Utrrio, conseguiríamos mais ràpidamen-to ;cnquisfar a liberdade para o nossopovo. Mas o envio da FEB já era umaexigência nacional. Centenas de jo-vens, em todo o país, apresentavam-seàs Regiões Militares pedindo seu en-gajamento na Força Expedicionária.Foram os comunistas os primeiros vo-luntários que se apresentaram aos co-mandos do Exército. '

E assim, no dia 2 de julho de1944 seguia para a Europa o primeirocontingente de soldados brasileiros pa-ro a luta armada contra o fascismo. NaItália, para oiido feram destinados, ospracinhas enfrentaram com honra edestemor as tropas hitleristas, impon-do-lhes derrotas como as de Casfel-r.uovo e Monte Caslelo. Deram, pelonosso povo, a sua contribuição de san-gue para o esmagamento do hitlers-mo. No ano seguinte— 8 de maio de1945 — os soldados ;oviéticos arria-vam do Reichstag j odiada cruz suas-lica, simbolizando a derrocada do na-z,smo.

Os pracinhas brasileiros que vol-taram vivos ao país foram recebidospelo nosso povo numa demonstraçãotalvez a mais grandiosa e mais festivade todas as que já se realizaram noRio. Entre as centenas de milhares de

pessoas que os saudavam nas ruas es*tavam Luís Carlos Prestes e toda a di-reção do Partido Comunista do Brasil,os principais inspiradores do movimen-to patriótico que resultou no envio daFEB. A legalidade do Partido Comu-nista e toda a reviravolta política quese verificara no país eram um frutoda vitória que os pracinhas do Brasilajudaram a conquistar sobre o fascis-mo.

A luta continuaAgora, são trasladadas pára a

nossa terra as cinzas dos que caíramsob as balas dos hitleristas. Sao cin-zas de nossos heróis, guardadas em umfrio e exótico monumentt».

A luta pela qual deram suas jo-vens vidas — a luta pela liberdade ea independência dos povos, a luta pora que dos escombros do nazismo sur-gisse um mundo do qual a guerra fãs-se para sempre banida — ainda nãoterminou. A Alemanha, de onde partiua agressão, está sendo rearmada pe-Ias potências imperialistas, principal-mente os Estados Unidos, no mais au-dacioso desafio aos povos pacíficos.Antigos generais de Hitler que coman-davam inclusive as ações contra aFEB, dirigem esse rearmamento e falamsem rodeios em um novo revanche.Mais uma vez os imperialistas estimu-Iam o militarismo germânico pretenden-do, através dele, conter a marcha li-bertadora e progressista- dos povos.Desta vez, porém, em condições radi-calmente diferentes: agora o campodo socialismo, o movimento operário eo movimento de libertação nacional dospovos têm força suficiente para impediro desencadeamento de uma nova guer-ra, ou para esmagar os que a provo-quem logo nos seus primeiros atos cri-minosos.

A luta dos gloriosos pracinhas daFEB continua, conduzida por todo onosso povo. E' a luta em defesa,dapaz, a luta pela emancipação nacio-nal, a luta pela democracia. Levar adi-ante até à vitória, esse combate emcujas primeiras filas estão os comunis-tas — ç honrar o exemplo e a memó-ria dos heróis da FEB.

0 povo viude longe

¦•-**¦*->

Autoridades civis e militares, repre-icntantes dos diversos países que lu-

taram contra o fascismo, as bandei-ras de todos (com exceção do pavi-lhão da URSS) hasteadas no monu-mento. Só o povo ficou de longe.

¦ I' a k^J 0 I ™*^S s i | i| ^f ii g 1 ¦¦"•wPfé'91 u l I riil JuL r*:Mll

Ano MovoSem EscoI

MKi8Kai|aaMM|pjMmwM*H|^^ ¦saÊ&rasxs? Pll^ HÍbII Hf MÊÊmWÊIÊÊWImWlmWm MWÊÊÊWÊWÊ ¦' & •¦••¦''i8Bü»i Któli

'jâfàM:^^ap fâÊÉÊÊÊÊS Ttta^B8wWis^t«'i Ülo I Si9 '' -1 V* VIS&?» life^n K^mwSÈMt) ^•5**aÊwSfemw --ftiiliWll*! Lsssff^B Br ^rfHÉBwMisM U ItfM iH . .«•"¦¦ * *'JS> ^H ibbbbbbbH

3ra sW&^&ffiw mWÀ&M&Ri Mm ¦ ' ~~ • ^M Wmm&MffiW^^amm iV 9 ^^m%\ iHIfgf W& Mi mWm^ ™®&mmBBtâ, . ,1 MPP'* '^mmm m 9 H •¦ ''i- *'* ?^B

I K'^H Br ^«sfek 'tfciÊIÈsàtàà ¦¦¦xx wÊmÊnÊSpmm ^;»í ¦ %*S9^HB ibb^|-''*^B - x&^-M ¦ ¦{¦Itl-ÊmummmmmíM-^^^^^' '

ffijfffiW^MtÊM Mg ¦'¦¦ -"¦ ¦* '^^i^B' ^-'^ÍíHEbI

g&fiãfl mmm^àaBmW&^m mfívi)é\^^^m (ni^Spí^^Xt 'í'^***^ ¦ --*5RS BBasssr-^1 ijBB'1''1^^ ¦" ¦¦'¦¦':'*^?^JB1 Lssssl

lu *^^^V ¦«¦¦¦¦

1 ^^^^Ê^^^^^^^^^^^^sè^Wi^^K^^S^IMs^íKMummma fÈ$?£ato IÜR?:. " ^»| H»^B RüftiiIMBy^P'™™*' '^''y"' '^Itfr ¦**tof^mffiDm .y~%fim9Sti W* WiMsxS^wSS^St wmsOÊMm

Ele voltouà sua terra

Depois dc 16* anos, ele atravessou o oceano. Veio das tnras loneinauas da Itália e agora repousa, ao lado dos•estos mortais de centenas de jovens como de que deram a vida cm troca de um mundo melhor, sem tiranos nemnjusUçasv Ele foi praçlnha^ que partiu cantando porque sabia que a sua missão era nobre, porque sabia que daiua luta dependia o futuro dc milhões de seres em todo o mundo. Muitos voltaram, outros ficaram caídos no campo,nas todos deram o seu quinhão para reslituir a liberdade aos povos c ao Brasil também.

No começo de cada ano, cada pessoa se pergunta sobre o que lhereservarão os doze "meses seguintes, anunciados, sempre, sob o signo demuitas esperanças. Aproveito, então, para perguntar o que a nossa so-ciedade reservará, em 1961, para as crianças, para as duzentas mil, porexemplo, que não conseguiram matrículas nas escolas públicas desta ei-dade. Adiantaria, por acaso, perguntar pelos sete milhões que, no paísinteiro, vão crescendo na mesma situação?

Depois da negativa do pão, a das letras é a que mais revolta, numbalanço das necessidades que o Novo Ano não poderá satisfazer numpasse de mágica. Milagres, lendas, fantasias, histórias de fadas e de anjossoam muito bem no Natal, que já passou, e aos ouvidos de crianças paraquem Papai Noel, realmente, existe na verdade do pão, das alegrias e dasletras. De crianças para quem os pais podem pagar escola.

Entrar nur,> jardlm-de-infáncia no Estado da Guanabara não é5 ia questão de necessidade social, mas dc sorte. Antes das primeiras noçõesias coisas às crianças, a sociedade lhes ensina a jogar. Sim, porque éam jogo de azar esse sorteio que se faz todos os anos para o ingressonos jardins-de-infãncia públicos. O Estado põe a, sua roleta para funcio-nar, e as mães, que não têm outra alternativa, se transformam em joga-doras. A maioria, naturalmente, perde o tempo, e o que é muito pior, tam-bém as esperanças guardadas com tantos sacrifícios, pois esperar nemsempre é fácil, em meio às ocupações e às preocupações que atormentam,particularmente, as mulheres que trabalham.

Mas a vida continua em 1961, como já continuou em todos os anosanteriores. E as crianças vão vivendo sem jardins-de-infància. Vivem atéchegar o dia de baterem às portas das escolas públicas, que, também, sefecham sobre outras esperanças. Não tiveram sorte, costuma-se dizer. E,aí, o jogo é mais sério, porque é o jogo da própria vida, que pode começar,,aqui, na esquina da rua cm que moramos e acabar em qualquer prisão,E nesse dia de um ano que pode estar começando ou acabando, não im-porta, o promotor e o juiz não se lembrarão ou não terão meios de con-denar, também, os que fecharam as portas das escolas ou os que instalaramuma roleta para decidir a sorte de uma criança. Não se lembrarão ou nã«terão meios de cobrar as promessas que não foram cumpridas, nem de per-guntar pelos cem milhões de cruzeiros que, como está acontecendo, agora,vão ser distribuídos às escolas particulares.

Que reservará o ano de 1961 às duzentas mil crianças que ficaramsem escola, aqui? Como a cidade é muito grande, cresce para o céu e sedesdobra entre os terrenos desocupados nos subúrbios, elas terão muitoespaço para viver e esperar... um novo anoqualquer. E aqueles sete milhões têm oitomilhões e quinhentos mil quilômetros qua-dradós para povoar com a sua ignoràncicc o seu sofrimento. Mas começa um novo anode vida e nâo se pode viver sem esperança...

Anq'Montenegro

Page 9: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

JORNALISTA INGLÊS QUE VISITOU CUBA AFIRMA;

CONTRA-REVOLUÇÃOÉ SINÔNIMO DE TRAIÇÃO

Por E. J. HOBSBAWN(Serviço Especial "New Statesman"Prensa Latina para NR)

^ tONDRES — Cuba será,

relativamente cedo, o primeiropaís socialista no hemisfério ocidental,a menos que os norte-americanos levemo cabo ump intervenção armada. 70%de sua indústria, todas as usinas açu-careiras e 60% da agricultura (inclu-siv« o açúcar) estão sob controle do

governo ou dos cooperativas, sem fa-lar no comércio exterior. Já há mais

, de duas mil cooperativas de consumo

(«tiendas dei pueblò.»), quose tôdqsno campo, as quais vendem artigosaos camponeses por preços pouco aci-ma do cusio. O ritmo de transforma-

' ção acelerou-se recentemente com aexpropriação das companhias petroli-feras e bancos norle-americcnos, a na-

cionalização da indústria do tabaco, a

encampação das usinas de açúcar, de

grandes lojas e das indústrias têxteis.

Essa enternecedora eestimulante revolução

hó dois fatores extraordinários em

relação com esse processo, O primei-ro é o enorme/ apoio popular queo governo conservou e, enlre os tra-

balhadores, inclusive aumentou. Um

inquérito de opinião pública realizadoem junho, por uma organização priva-da não ligada ao governo, assinaloua assombrosa cifra de 88% de cubanos

que davam ao governo um completoe incondicional apoio: 94% no campo,91 % no grupo de 20 a 30 anos deidade, 92 por cento na classe operária.Por outro lado, a provincia de Havanaassinalou «apenas- 77'/. de apoio in-

condicional, os empregados de escrito-rios 73'/. (uma redução severa com-

parada com 1959) e a pequena cias-se de proprietários, funcionários gra-duados e profissionais liberais, 61%.

Interrogados sobre quais eram, emsua opinião, as melhores realizaçõeséo governo, 49% indicaram a refor-•na agrária; 42"/. apontaram o pro-.grama de mais escolas e professores;!39% a construção de novas moradias,.«stradas, etc; 30% a diminuição do-custo de vida na cidade (mediante a¦rebafxa de 50% nos aluguéis, no eus-Io da eletricidade, etc.) e 57'/. assi-

fnalaram uma coleção incontável de

/coisos lais como «libertação, «bene-Wício « ajuda ao pobre*, *a atenção.dada ao camponês<-, «democracia e li-berdade-», -paz, segurança e felicida-de para todosi, «preocupação com o

povo», «bom governo:;, «p fato de. ser uma verdadeira revolução, rom-

pendo com o passado», «justiça revo-lucionáriaí, ele.

Perguntados sobre qual teria sido,em sua opinião, a pior obra do go-vêrno, a única queixa apresentada

por mais de 1 % dos interrogados foia concernente a arbitrariedade e inca-pocidade na reforma agrária (2,5%)

e o suposto pró-comunismo do govêr-no (1,5%). Interrogados sobre o queo governo havia deixado de fazer, osconsultados fizeram uma série de su-gestões, mas o grupo maior (34%)respondeu simplesmente: «tudo vai per-

feitamente bem». Para os que nunca es-tiveram em Cuba estas cifras poderãoparecer quase incríveis. Para os que vi-ram essa extraordinária, enternecedorae estimulante revolução, apenas con-firmam o que se vê ali todos os r1'-

Ao socialismopela força dos fatos

O segundo ponto que desejariaassinalar é que o socialismo não era,evidentemente, a aspiração conscientedo Movimento 26 de Julho. Como amaioria dos intelectuais latino-ameri-canos, os primeiros fidelistas estavamligeiramente embuídos de marxismo,mas a tese econômica do movimento

(1957) não era em sentido algum umdocumento socialista. E ainda agoraa propaganda da revolução não des-loca o socialismo. Pode ser resumidanuma' frase: «uma Cuba próspera e fe-liz deve ser livre do imperialismo, da

pobreza e da ignorância». Os princi-pais lemas — todas as revoluções pro-duzem aforismos populares em incrível

profusão — são simplesmente patrió-ticos, como «pátria o muerte», «ven-

ceremos>, «Cuba sim, ianques não», ou

vagomente a favor dos pobres, como

«quem Irai o pobre Irai Cristo-, ou

anliimperialistas. Sem dúvida, os so-

cialistas do movimento fidelista e o in-

fluente Partido Comunista tinham em

mente objetivos socialistas. Mas o queos impôs na realidade, foi a força da

necessidade prática.Todos os planos governamentais

de melhoramento requerem ação plane-

jada: as revoluções não podem espe-rar. Assim_ uma grande parte do corpode oficiais do Exército Rebelde con-verteu-se imediatamente no INRA

(Instituto Nacional de Reforma Agra-ria) organizando cooperativas e gran-

jas estatais, construindo vivendas e es-

colas, operando fábricas, planificandoa industrialização e abrindo lojas. Umavez que Castro fêz a descoberta cru-

ciai de que os trabalhadores sem ter-

ras na realidade não queriam a pro-

priedade parcelada, mas podiam agru-

payse imediatamente em unidadesmaiores, as irresistíveis vantagens téc-

.nicas da agricultura planificada singe-lamente exigiam seu aproveitamento. Oempirismo, * não a doutrina, está fa-zendo de Cuba um pais socialista.

A solução clássicaA velocidade e serenidade da

transformação até esta dala devem-sea' uma combinação de sorle históricade Cuba e da natureza clàssicamente

pura de sua revolução. Cuba tem asorte de possuir uma terra fabulosa-mente fértil, subpovoada e pobremen-te cultivada que torna possível um

grande aumento imediato da produ-ção agrícola, uma abundância de meiosde comunicação (principalmente a le-levisâo) que pode produzir algo mui-to semelhante á democracia direta. Ocatolicismo dos cubanos, na maioriados casos, é nominal: apenas 10%, in-

_<_¦_ IIP W^^^^^M^^^m ' wÈÈ ''mmmw-fâíÊmWX&wv &_&d&VlÉMfe-.: ..; *. • .0sfPflw >-'___Pl_-itlG

íí&íMiJzãimmmmmrÊÊÈ ^-^m\ ^mWÊÊ>' 'A>-s "V^i: ^B BÉfl ~m2?Lj!iltiÊfm~~\wkw '" «flmwQl BkâeS flflmm 'mMMÊ mm m~~V~M&?'l&£ifm~ Bfl fl

m~~mm^Bmmm0*^mm flfl W~^ MWmmmm

M ¦ R^flll H IHf-'„*-v3fl [___*•' .\vi_nB;fl flifS _R_UL 1

iX:r,/Xi ,mm::-- 'W-:ÍX:':

Artigosa preço de custo

Para combater a caresiia de vida, umadas medidas tomadas pelo governo foicriar mais de duas mil tendas encar-regadas de vender artigos de primeiranecessidade, onde os compradores pa-gam quase que apenas o preço de custo

cluíndo qs mulheres, vão à missa. Aespanholidade do país permite-lheatrair com facilidade peritos de outros

países latino-americanos; muitos doseconomistas que trabalham para a Re-volução são chilenos. Sobretudo, umséculo de monocultura salvou o govêr-no atual dos mais difíceis conflilosi-amponeses. Em suma, as caracleiísti-cas da escravidão econômica transfor-maram-se em seus opostos, em carcie-terísticas revolucionárias.

Além disso, a revolução cubananão apenas foi, em seu tipo, um exem-exemplar de experiência (um núcleo deintelectuais, um movimento de massade camponeses), mas esteve limpa denoções preconcebidas. Enquanto a

maioria dos socialistas aceitavam a im-

possibilidade de passar diretamentedo latifúndio à cooperativa, Castro viua realidade , cubana tal como era.Quando já trinta anos de complexida-de internacional haviam confundido o

problema do Estado e da revolução,os homens da Sierra redescobriram es-

pontâneámente o solução clássica.Qualquer homem da rua explicará co-mo Fidel compreendeu que o velhoexército tinha de ser completamentedestruído, e que era preciso armar o

povo se se queria evitar o estaciona-mento de Betancourt na Venezuela o-a derrota de Arbenz na Guatemala.E o antigo exército foi dispersado. Umavasta- milícia urbana t 400.000 cam-

poneses armados protegem a revoluçãocontra os exilados e os «condottieri»'o Caribe. O que não daria a maioria

cios governos para ter uma liberdadede ação política tão grande « umapoio tão absoluto das massas?

Dificuldades de dois tiposTão extraordinário foi o que se

realizou até agora que as dificuldadesindiscutivelmente surgidas correm o ris-co de «trem descuidadas em um ex-cesso de euforia. Essas dificuldades sãolento técnicas como políticas, emboraas de caráter técnico se aliviem peloóbvia disposição da URSS e da Chinaem manter em marcha a economiacubana. No final das contas, essa aju-da nâo'euftaria muito"e'os lucrov po-liticos seriam enormes. Mas uma parleda administração cubana ainda estáluma confusão de ineficiência que pre-

cisa ser superada. Politicamente, o go-vêrno enfrenta, com uma socializaçãoe um desenvolvimento 'cada vez maisrápido, não apenas a dissensão da pe-quena parte da classe média de cola-rinho branco, como também algumaoposição camponesa. O programa eco-nômico não oferece possibilidade deaumentar os salários urbanos duranteos próximos anos, enquanto o boicoledos Estados Unidos (que afeta espe-cialmente as peças para reposição eos bens de consumo duráveis) fai-se-ásentir mais severamente nas cidades *

povoados. A rapidez com que poderáavançar a revolução sob essas circuns-tâncias — sempre que a situação in-lernacional não esteja condicionandoseus movimentos — é o principal pro-blema a que têm de fazer frente osrevolucionários.

Emboro em toaos os grupos hri|a.cautelosos e audazes, creio adivinhar

que (paradoxalmente) os fidelistas in-clinam-se mais para a rapidez en-

quanto que os comunistas inclinam-se

para a cautela.

Não obstante, nenhum desses

problemas é insuperável nem tem porque ser muito sério. Nenhum desses

problemas poderia inclinar, dentro deum futuro razoável, nenhum setor im-

portante de opinião pública cubana emfavor de uma contra-revolução, a qual,graças à política norte-americana, o

povo identifica com a traição. Não hárazão conclusiva para que meu ami-go Pepe, um refugiado espanhol, an-glófilo, bevanista e protestante, nãocontinui explicando a quem quei-ra ouvi-lo:

«Esta é uma boa revolução. Nãohouve banhos de sangue, como na Es-panha. Não se tortura ninguém. Te-mos o império da lei. Este é o primeirogoverno que atua em nosso favor enâo mente ao povo1.

A não ser, desde logo, que omundo permita aos norte-americanosconverter Cuba em um novo Suez.

-**rr

- * - '' : ' ^'"r 'v-.'P,1 r. - ¦ -.''. ÍA,'T W""*í' -.' ','- ¦*'V.'*--*'l.*T»**:'-V;W"..>T?;*-jÍjnr~rt .'t-*—**-*£/?¦ yTiffih—,»-¦-——. >wtFW-fiMM__j<_ffi_V—_^-.Jffi*&-JS.-. ... J*H.üfc_.... . . .-rfí ', lft»t MHfifc—-. ...... , .¦^ryfTOt, ¦¦¦iaM»^_*_ff^lTnir»rl1fcWíBflm - í

,|3_4_j_&'*_M_i_^''_^_Í_U,*__^___t <^^&y_KájUMÜLj^>|ÉÉfaM^dÉt |M^jj|£4jKi^UjHMttAjfJ|ú|jAH __Bi !¦¦} ~Smv mmtSS I

^¦-¦7'X'7i ¦'¦¦'--:--l~m~mmW~~Í:~~~~'~~~~ ¦' ~m~m~~~~\'-~~~~l~~~~t '" ~MW~í~~~Wj~~W ~~~~i BBHe^H L^fl Smm wBtffifi-'frVAs£'.:>'.^V/:'^ ¦ ¦ ...''.- 'Fy"">.i^rÂzS~x&£~S~~f. '¦ :¦ :.'.'.;¦ m~^Jm~~~Jmlkm^~~~m~ ~~—fm~i ~m? BHfl mmtB&

_Afl_^__J_M_B_^fl _S_J_5B_fl_flflu_-^_Mfe£*^B BB^^^HwtBnpBJ l^^v M~!S~^~~~~u~~^~T~9~/~~~~~~~~~\~~~~~~~'~~~~~~WLt^~^ CJkJB mW- » >$*__T^^^^^^^^^^^^^^^B^_^_^_^_^_M_^_P_Ml^_M__Mr^^_rTrm_fc^T_K _^P3Pl ^^^^mm~r ~ _______^ _________________________ ^^^^^^ ^^^^^ L ^_________________ _________ ^____. ^i—Tfr >^^Pi... — A. Af^^S~.I..T~ '^.^jjjCjMBBul—

i ', i -*

HKBB _BBvww>"í™r-1t~' __^^->->_--a_^_i»^»^H jL JB-B-flB BLBc irt^ •dÈP^^tÊm ^KSHBf^Mt jU-__flfl

'__^JB _^^^W _fc ^.^fliWirB i^i^C-B §^^^<JWii^^r ^^r^aT^j^^^^f^y T-I \_^^ WmmmVmt mm*^^^Àr "fl

^flr_^_^K__k^B * ~WÊ|H_r>_£/'iK-

rÊ~*~mm mSr *I__J _H'_B'''JH BiH^il »VIB E^S '

' <«ítf8^;'^3_9fi^9pa^' **^flW*Bk^^WP^"r^ ,ã ,..|

Povxcm arma.

O segredo da manutenção e consolidação das conquistas da revolução cubanaé que o governo entregou armas ao povo, para que as defenda. Cada cidadãocubano, excetuandu-se uma minoria ínfima, r uma sentincla atenta contratudo que possa vir a prejudicar as medidas estabelecidas pelo- comandado*

c Fiucl Castro, medidas todas benéficas ao povo

Nossos Deveres Frenteà Revolução Cubana

MARCO ANTÔNIO COELHODois anos já se passaram desde

quando as agências telegráficas come-çaram, nervosamente, a relatar a marchaespantosa das colunas chefiadas porCamilo Cienfuegos e '.-Che- Guevara, in-vadindo as provincias ocidentais em de-mando de Havana. Contavam os jornaisque trabalhadores das grandes cidadesdecretavam e realizavam a greve geral,impedindo que o tirano pudesse articular

qualquer defesa mais séria contra osheróicos «rebeldes •-.

Dois anos já se foram mas ninguémdá conta disto, tal é o titmo, lais sãoos grandes acontecimentos que marcamo curso vitorioso da revolução. Doisanos de luta em que se completou o

esmagamento dos homens e grupos queserviam à ditadura de Batisla, dois anosem que se iniciaram as profundas trans-

formações sociais, que criaram na Amé-

rica a primeira República verdadeira-

menle democrática. Dois anos de diu-lurne combate conlia a hidia imporia-

lisla, seus agentes sabotadores, provo-cadores e caluniadoies. Dois anos, tam-bém, de difícil combate contra a ala di-reiia do movimento, que procurou, as-sustc.da. travar o curso da revolução,e cesfigurá-la, reduzindo-a a uma sim-

plss mudança de governantes no po-di-. Eis, em linhas singelas, a súnnlada lula de um valente povo, que pro-voca universal admiração.

A Revolução Cubana encena pio-fundos ensinamentos para nossa Pó)ria.Como a teimosia dos fatos concretos, en-sina o que devemos fazer e comofazê-lo. Claro que não pensamos ser

possível se repetir no Brasil uma segundaedição da epopéia de Fidel Castro. Di-ferencas imensas existem enlre a situa-

ção brasileira e as condições cubanosde antes de 1959. Mas, o sentido geialde nossa luta é o mesmo — revoluçãoantiimperialista t antifeudal, nacionale democrática. A grande importânciaila Revolução Cubana leside no fatode ler transformado esse esquema leó-rico em realidade viva. Se antes, a fimde convencermos o nosso povo, linha-mos que apelar para uma explicaçãoteórica das mudanças almejadas, hojebasta-nos indicar que o necessáiia a sefazer aqui é aquilo que se faz em Cuba.Isto é: a reforma agrária com a divisãodos latifúndios; a lula sem quartel con-

' tro as empresas imperialistas; a solu-ção do gravíssimo problema da habita-

ção popular, através da reforma urba-na t da construção de dezenas de mi-lheres de casas populares; a modifica-ção radical do sistema de educação

paia liquidar o analfabetismo e darescolas aos trabalhadores, etc. Assim,o nesso trabalho para educar revolu-cionàriamente o povo brasileiro foi fa-cilítedo de forma extraordinária, como exemplo cubano emocionante e con-vincente.

Não ficam nisto as lições da Revo-ção Cubana. Veio ela trazer a demostração prática de que mesmo um povo dealguns milhões de habitantes, vivendonum país relativamente pequeno, eainda mais, encostado no -colossonorte-americano, pode destruir e vencercom golhardia o imperialismo ianque.O» acontecimentos da Guatemala, queforam utilizados largamente para as-sustar os povos latino-americanos, po-dem ser evitados, como ensina a expe-riência da bela pátria de Marti, se osdirigentes revolucionários buscarem o

solide apoio do bloco dos países sócia-listas. Cuba revelou nitidamente lôdaa frequeza do monstro imperiolista. Ohomem simples da ruo leva i 11o muitoem conta.

AMO II Rio de Janeiro, semana de 30 de dezembro de 1960 a 5 de janeiro de 1961 N" 96 Os acontecimentos cubano!-' influemdecisivamente na luta política t_ui na-

vanies no Brasil. Por exemplo, nunca csforças democráticas e progressistas tive-ram tão bons argumentos para o des-mascaramento da sórdida política do• State Deparlamenh, com suas OEA,Doutrina de Monroe, pan-americanis-mo, etc. Realmente- a política de BoaVizinhança do Presidente Roosevelt, po-siliva no quadro geral da guerra con-Ira o nazifascismo, havia apagado namente do povo brasileiro as lembrançasda política norte-americana da épocado *;big stick ., das intervenções na Ni-carágua, em Cuba, no Panamá, etc.Já os fatos da Guatemala, em 1955,haviam trazido magníficas provas con-crelas às nossos acusações ao govêr-no ianque. Agora, a estúpida políticados Eisenhowers e Herters, em relaçãoao novo regime da ilha das Caraíbas,comprovou cem vezes o que sempredissemos: os Estados Unidos são o gran-de inimigo da humanidade, o quartel-general das forcas mais reacionárias e

rrtiogados do mundo.

Em contraposição, todos os fatos

nos ajudam a remarcar o papel desem-

penhado pela União Soviética e os de-mais paises socialistas, como amigos ealiados seguros daqueles que lutam porse libertar do imperialismo, prestandonão so ajuda econômica decisiva a és-ses povos, mas, também, a soiidarieda-

¦ política e, se necessária a militar.

Outra imensa contribuição da Revo-lução Cubana está em que a dinâmica

do piocesso leva os governantes servis

a Washington a revelarem a sua face

verdadeira, pondo um ponto final no

palavriado enganador e vazio da -so-

lidariedade continental ¦, da defesa

cio hcmisféiio . Hoje, o dilema é claio— com Cuba que se defende dos Irusles

rio Noite, ou com os Estados Unidos

com sua - Esso , Bond and Share»,Hanna . Caria um que se defina, as-

sumindo as conseqüentes responsabili-

dades política- ante seu povo.

Em conclusão, Cuba prestou e conli-

nucua pieslando um auxilio considerável

a nossa luta. Mas, em contrapartida

temos deveres rnuito sérios em relação

àquela Revolução. O curso da batalha

tilànica de fidel Castro e sua gente

pode ser modificado, ou grandementereiarriticlo, se o imperialismo ali conse-

guir intervir militarinente. Isto depende

em grande medida, da posição dos po-vos latino-americanos, e o Brasil, quedesempenha um papel singular no Con-

lir.ente, é decisivo em tal combate po-litico.

Qual a posição do nosso povo? A

simpatia popular pela revolução é ine-

gável. Somente o< círculos mais reacio-

nario; lêm a coragem de alacar públ.i-comente a lula de Fidel. O movimento

sindical esta ao lado da boa causa,

como indicam as resoluções dos con-

gressos e convenções realizados neste

ano, oí centenas de mensagens apro-

vadas nas assembléias sindicais e os

pronunciamentos dos líderes opetários

de meior prestigio. Quanto aos estu-

dantes, a questão cubana tornou-se pa-ra eles uma questão de honra, e os re-

centes acontecimentos de Goiânia com-

provam o pensamento das organizações

esturientis e da própria massa das esco-

Ias. A intelectualidade, pelo que tem de

mais representativo, saudou Jean Paul

Sartrc com entusiasmo, pela sua cora-

josa posição ao lodo dos continuadores

de Maceo, Cespedes, Garcia, Agramonte

e Marti, e jornalistas de maior prestígiocombatem com firmeza os que caluniam

a Revolução. Ao lodo disso, dezenas de

conferências, comícios, passeatas têm

<ido feitos pelos patriotas e democratos.Ho Fcrlamenlo o deputado Barbosa li

ma Sobrinho leu um expressivo pronun

ciamenlo, assinado por 65 deput jçfos,

lenadcrt* » doí» govírnadai*» d»

Estado, de protesto contra qualquer in-lerferência imperialista. Grande reper-cu'são alcançou o manifesto de lança-mento da «Comissão Brasileira contraa Intervenção em Cuba», subscrito por300 personalidades de renome em vá-rios Estados, como senadores, depu-todo: federais e estaduais, pretei'05,vereadores, líderes sindicais e esludan-tis, escritores e jornalistas. Tudo ísíocaracteriza a posição de nosso povoao lado de Cuba.

A situação atual _ muitosingular nestes dias. Dentro de um mêsteremos novos homens à frente do go-vêrno federal, o que é um excelentemotivo para forçarmos a retificação dapolítica que o Itamarati vem seguindodiante de Cuba. Ora, o Sr. Jânio Qua-dros fêz durante a sua campanha elei-loral as criticas as mais contundentesá política exterior do Brasil e ninguémse etqueceu da sua viagem e das suasdeclarações favoráveis à Revolu-ção Cubana. Muitos homens cp-e oapoiaram, assim o fizeram, em gran-de parle, porque querem que o llama-rali de uma guinada de 180 graus.Estamos, pois, em boa situação porquebasta lembrarmos do novo pre-sidenle que muitos gravaram aquela suafraie. já famosa: -O Pf-;i i«-> foliaráa- Fidel Castro -.

Não temos, no entanto, qualquerilusão que a política exterior do Brasilvai ser modificada por obia e graça doSr. Jânio Quadros. Muito ao contrário.Só uma intensa pressão de massas per-milirá lais modificações. Sentimos niti-don cnle como as forcas reacionáriasaumentaram nos últimos meses a cam-panha de calúnias contra a RevoluçãoCubana. Toda a grande imprensa, pra-lican-ente, voltou-se contra Cuba emeimc — -Ultima Hora vem lendo,ncsl, terreno, posições vacilantes.Em particular, o clero católicomais reacionário esla sendo mobilizadopara influir no pensamento de nos<opovo. Temos consciência das dificulda-des que surgem, mas estamos conven-cidos de que uma acào de massas encr-gica, desencadeada pelos democratas *nacionalistas, podeiá impedir que e^taação leledirigida de Washington, pro-voque maioies danos. O nó da questãoesta na promoção de um amplo traba-Ilio de esclarecimento sobre o que real-mente sucede no pais irmão. Enfim,anularmos a cortina de mentiras dasagências de informação e da imprensavenal e mentirosa.

De um ponto-de-vista imediato, ocentro da atividade deve ser a campa-nha insistente conlia a intervenção es-tranaeiro em Cuba. Nisto icside a possi-bilidade de realizai o mais vasto movi-mento de frente única em nosso pais emfavor de Cuba, pois que até pessoas efôrços que discordam de vários ospec-tos da revolução, talvez por desconhe-cimento do que lá ocorre, nâo aceitama planejada intervenção militar impe-lialisla em Cuba.

Mais do que nu-ica, '.om o conheci-rio entusiasmo das grandes e memora-veis campanhas, nos, os comunistas, da-remos lôda colaboração às Comissõesde apoio a Cuba organizadas ou emfase de estruturação, nos Estados, Mu-nicípios ou em setores profissionais, •auxiliaremos os sindicatos, os organi-zaçóes estudantis e populares no seu

justo esforço de manifestar a irrestritasolidariedade do povo do Brasil ao po-vo irmão de Cuba. De cidade em cido-de, desde o Amazônia aos Pampas, averdade- sôbr» a R«-vrsltiçào Cubana serátransmitida a nossa g*nt« e o clamardo nossa luta seta tào grande que at«em Washington escutarão o eco do bta-do vigoroso. -Cubo um, isnqufii nua!,»

Page 10: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

— 2 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 3C de dezembro de 1960 a 5 de janeiro de 1961

y

MUNDO SOCIALISTA AJUDA UM POVO A DERROTAR 0 IMPERIALISMO

Cuba Não Está Sozinhana BatalhaPelo Desenvolvimento

f No dia 1.° de janeiro de 1959,descendo das montanhas e ocupan-do as estradas que levavam a Ha-vana, o exército popular coman-dado por Fidel Castro preparava-¦-se para dar o golpe mortal na di-'tadura

que durante anos fez dePCuba uma imensa prisão, repri-Imiu com a violência mais bárbarajos anseios de libertação e de indojpendência do povo, entregou o paísjnerme ao saque dos imperialistasnorte-americanos. A revoluçãotriunfante transformou a peque-na ilha num vulcão que derrama-,va as lavas da liberdade por todo

[o Caribe, inaugurava um novo ei-feio na vida dé um povo antes opri-'mido e explorado.( A política de Fidel e cie seus; companheiros de Sierra Macstra.

Iapoiada

pelos trabalhadores, cam-poneses, estudantes, pequenos pro-prietários, por todos democratas e

jípatriotas, de libertar o pais dosubdesenvolvimento, de liquidaras formas de exploração atrasadaexistentes no campo, realizando areforma agrária, e de pòr um pa-radeiro f dominação do imperia-,lismoj conquistou logo o apoio e asolidariedade dos povos da Ame-rica, da Europa, da Ásia e da.África. Fèz bilhões de amigos esimpatizantes, como fèz, também,inimigos...

As primeiras batalhasÀ medida que o governo revu-

lucionário levava à prática as me-didas destinadas a tornar realida-de os anseios de independênciaque despertaram o povo para aluta, os círculos imperialistas nor-te-americanos começavam, pri-meiro nos bastidores, depois abei-tamente, a batalha contra Fidel eseus companheiros, órgãos de im-prensa que nos primeiros momen-tos aplaudiam hipocritamente aderrubada de Batista e "saúda-vam" a instauração do novo re-gime, já cantavam outras músi-cas. A certeza definitiva de que ogoverno revolucionário iria até o(jfirn na aplicação das reformas/preconizadas, levou-os ao desespê-po e à ação aberta e desmascara-da. Contra a bandeira de uma es-pela levantou-se, com todo o seugjêso, o pavilhão das 50 estrelas.P governo norte-americano, abei-

lente, passou a estimular aítra-revolução fora e dentro da

ia, a adotar medidas oficiais de[desagrado para com a Revolução.©ai para a agressão econômica foinm passo. A reforma agrária queatingiu os latifúndios, entre elestuna percentagem enorme de pro-priedade de grandes companhiasestadunidenses, a principal delasa United Fruit (a famosa Ba-lianera, que até então empossa-va e derrubava, à sua vontade,governos nos países do Caribe),íoi o pretexto. Eisenhower resol-3teu acabar com a história de umajrez, já não se admitia mais a exis--ência de um pais na América, nasjproximidades dos Estados Unidos,capaz de se opor ao domínio dosIrustes. E, começou a agressãoeconômica, a batalha do açúcar,

acompanhada de ameaças diretasde ação armada para defender osinteresses norte-americanos nailha.

A marcha da Revolução, aocontrário do que esperavam osianques, não se deteu, o povo seuniu mais ainda em torno de seuslideres. O primeiro fracasso dogolpe veio daí. Mas, ainda resta-va uma esperança: fazer Fidel eseu povo se dobrarem ante o boi-cote econômico...0 mundo hoje é diferente

A 4 cie fevereiro cie 1960 de-sembarcava no aeroporto de ha-vana, Anastás Mikoyan, vice-pre-sidente cio Conselho cie Ministroscia URSS. So fosse, por exemplo,4 de fevereiro cie 192U. ou mesmo1030, quem sabe o mundo teriaassistido ao desembarque de fuzi-leirps navais comandados por umalmirante qualquer nascido naGarolina do Sul. Mas. o ano era1960, e, nesse ano, as coisas nomundo são bem diferentes.

A visita de Mikoyan, cujo pre-texto era a inauguração de umaexposição soviética, foi o segundoe decisivo golpe nas intençõesagressivas ianque. Nos 9 dias quepassou na ilha, o dirigente sovié-tico manteve conversações com osgovernantes cubanos, falou comoperários e camponeses, estudan-tes e intelectuais, comerciantes eagricultores. Às vésperas de seuembarque, do regresso à Europa,as estações de rádio e televisão deCuba, as agencias telegráficas di-vulgavam a notícia: havia sido as-sinado um acordo comercial entreCuba e a União Soviética. Era oprimeiro ato entre os dois países,era o começo de uma nova era pa-ra a vida do povo cubano, eratambém o começo do fim para osdesígnios cios imperialistas.

O comunicado anunciava quea URSS concedera um crédito de100 milhões de dólares ao govêr-no cubano, cobrando juros de 2,5'.ao ano; que a URSS adquiria, ime-diatamente. 425 000 toneladas deaçúcar e se comprometia a adqui-rir, anualmente, nos 4 anos se-guintes. 1 milhão de toneladas deaçúcar. O acordo, logo seguido deoutros concertados pelo governorevolucionário com outros paísessocialistas, jogava por terra a ma-nobra norte-americana de sufocara Revolução através de medidaseconômicas, cortando Cuba da lis-ta dos fornecedores de açúcar es-trangeiros aos Estados Unidos. Abatalha do açúcar terminou coma derrota do imperialismo. Maseste não desanimou e logo voltouà carga. Começou então...A batalha do petróleo

Ao lado da política de reformaagrária, uma das grandes preo-cupações do governo de Fidel Cas-tro foi o problema do petróleo.Fonte permanente de evasão dedivisas, a refinação e a distribui-ção do ouro negro no pais era mo-nopólio dos grandes trustes mun-diais (Standard e Shell). Contro-lando 96'< da refinação e 99'. dadistribuição, as grandes empresas

estavam em condições de provo-car um colapso na economia cuba-na e de paralisar a vida do pais.Ciente desse fato, Fidel e seus com-panheiros, através do INRA, ini-ciaram estudos para resolver oproblema, intensificando a pes-quisa estatal do produto no torri-torio cubano e auotando medidaseconômicas para aliviar a sangriade divisas representada pela im-portação de petróleo. Inicialmen-te compraram uma grande paru-da do produto da "Superior OilCompany", estabelecida na Vene-zuela, ao preço de USS 2.10 o ga-lão de óleo cru, o que representa-va uma economia de USS 0,70 emrelação aos preços que pagava àsgrandes companhias. O negócioiracassou em virtude da intarfò-réncia das grandes companhiasque, dominando o transporte ma-ritimo do produto, impediramque os vendedores enviassem-no aCuba. Diante desse fato, o govêr-no cubano recorreu aos países so-cialistas, principalmente à UniãoSoviética.

Em 17 de abril aportava emHavana o navio-tanque soviético"Andrei Vichinski", transportamdo um carregamento de 80 639barris de óleo cru. Logo depois,cie acordo com os termos do con-vênio Cuba-URSS, o Banco do Co-mércio Exterior daquele país ne-gociava a compra de 900 mil to-neladas de petróleo da URSS.

Era o novo pretexto para osianques tentarem a intervenção.Quando o petróleo soviético come-çou a chegar, o governo cubano,cuja refinaria estatal situada emCamaguey não tinha capacidadepara refiná-lo todo, distribuiu-oem cotas de 300 mil toneladas pa-ra as refinarias da Standard e daShell. Estas se recusaram a rece-bé-las, praticando verdadeiro aten-tado contra a soberania do pais eprocurando tumultuar a vida in-terra de Cuba. O governo reagiuà altura. Decretou a intervençãonas grandes companhias pctrolí-feras estrangeiras do pais e sepreparou para resistir a qualquertentativa de agressão por partedos norte-americanos.

Os homens de Washingtonpensaram, no primeiro momento,que Fidel lhes entregara de mãosbeijadas a grande arma para des-truir a Revolução.

— Não enviaremos mais petró-leo, faremos com que os grandesarmadores se recusem a transpor-tar petróleo de outras procedén-cias para Cuba e. pronto, eles te-rào que se curvar.

A coisa ficou só no pensamen-to. A ajuda da União Soviética,além de proporcionar, com os pri-meiros fornecimentos, uma eco-nomia de mais de 1 milhão e meiode dólares ao governo cubano, sa-üsfez plenamente às necessidadesdo país em matéria de petróleo.De abril a agosto os barcos sovié-ticos descarregaram em Cuba ...4 363 528 toneladas do produto.

Vencida a primeira etapa, ogoverno cubano começou a levarà prática, efetivamente, com aajuda da URSS, da Romênia e da

bbI BBE ^^B BBT •"' ^^LW

¦ - /¦ Br .&i_f-'tBE/ > ^B fl^íPfl hY T' ' wlP^vE B

;¦ _BM\ ¦ .'.«_&¦¦:.¦¦¦ J_B] mw yy '¦' ~J_i __rvv 7v''7-a7í.;7-: rfflPJ ¦fl Eir- w-:' *TB fl**^** **ÍS fl, imm B' WS wWk-¦¦!¦ ¦ ¦ ...íímfl^-V7»,' ¦¦ "^v; y>9$kBH BI .':3HH ¦fl B^tP^^^- <^J li «v-'-*tB _Lw ' ¦••'¦•'¦ ¦'jMnWRmWmmXmXmmXWLWmVW^' -^ fl K. --* Ãm\ VwÊj' ^jÍÍEPP^V 3H_|B ' ^ «fl I* '**,--__i(B B^»_jí^^Vw&íí«*-$ i1- ¦'¦"¦'yi¦¦£% *>»& < <Hn^B^H^H^BH' ''^£"Z?$I IÍ^H^bT^-..«Tífc .' V¦Ktw j:y ,. «K'_| _k 'f^*3™J _BK^aT''fflí'-í''"-¦¦¦ ¦'¦>%•' ' <\í?r '.y- '; ' afl _^_v _^fl K^4l4 41. i"H HW^HI HT*¦¦-..-7¦"¦•¦ ¦ ¦ mT , >\m BB mm^yy, i

,'"/¦ fl&i&SÁ-' ""'':'i' í BI BF'"-,*;'<: ¦fl _r, ,1 .TM Wy

ràfl EB W ¦' '¦¦¦yy ^\mÊ mTWgÊÊ I ;S^» ¦

;i »st HW:g&s^ii!a8y«B WJy». ^9ra mmÈJÊLWÉÊÈ WLw w £ ' ' VU-'?;; __..*„<:¦»»•¦**'<'%: ^Hsí WmzÊÊ?:Ê?Êt BBr *'ir ' aEHHIÍ P^'' '•"¦'¦:?*^

f nmyyyyy. ¦¦¦¦¦y.y Í.--.-&1 y-yyWmÊ^'-^ yyyy< >¦..;¦- ¦ ¦ >¦•.¦* yy ' ¦' 'yy:':yyy , ¦ >'' y-^yyy -"'í¦ yy :%¦;¦.:,..: -yy. ... .,'¦¦' . " .:¦¦' ;f,.-iyyBy '¦" ~" ':f.yí~ >-<¦¦ .yyyyyyy- >y'.yywyyyyy. y;;yyf\.y'.

'"'!"'. ' .,:¦— ¦¦:.. y /' < , ¦. «;,;W .'; ¦-¦¦,:¦-/. \yy ';¦:.:':'..:;.,'; ¦ • :,Ai ./.,;....¦. :.a .' y,y.,.i:,''.,,J .,'¦•¦ , .... '

... :/ '¦$,

m ' ./i^- ' , , '* ' ^í ¦ ^j* ' '->L ¦ •'•.'.-' i/L' ¦; ..> '.'¦'. . y.\ '.-..w •rn0^fi9^fr f ' ¦'. •'-',', •...'.'•', .-.',r J- . ' v ; í . Vy". r" * vi1 •-)£-£. víí

ggBjy_ia_BB_M_8-_t_l_M_-B_B_M__h_W_BaMBM^^ í

mw" ¦ '•' 'BJ _¦*>¦ _% |HH_HHHHHHHV9PHH_H_H| _g_| Ufl fl'.V'.' ¦mW9¦> "IráJI P^l f :•¦•-"y^m H^fl Hrfl w^m H99%m 99%mm^^^W999%K^i^^^iWk^bkHMH EPffl P '" ™m kFfl mwmmtmm\\ wMksM W ^hv- jPI H^SHbHHB>:;< ¦; >^8gB_B£aJ_iafeii;^»aBI WÊÕm^iMÈ^^-wztmRmM

1 fláfl R^ 1 ¦'• ¦ I '^^Êm_M_E _PÍ ¦*•'•¦'- .Wk'^yyWiWL\ ''Wm

mWm Wj^WmàWÈ Wffy X' ¦¦ ¦ í-IW-j. êWSmX Vwàw^' yyyiym

HHIPIIBmI »%;-'' ' li _r m Wik. ¦¦ ;:wlBwWÊmWÊfwiW^mÊÊÊM WÊLjm^ y> fl B _. M W Tf - f 'y>* ¦ tiijs ¦¦t|KwlS«.^w?/Vir ,'e^H itiv • ' 1 I f m W Jm yy:4y-^^^w^^M9ÍP^^ ifl BII M W-- iã -y ,y... ¦^^^S^^Ifcíil^lHBm -y| ILI 17/ i: >k¦¦"¦$^m*Mm{> wí&fôw* ¦ fWÊÊmWmmk lw':_f_í] ¦ wMm I^hI |He/í' \ À-^t^mm tu I H l| V;; ;- mf •>- '/ 'Jr!'%_H Hb1h\ fl HuS H /JK ~. yyyyy.y\m K^mjfl^lE I BhE •W wÍâWÊM hV fl Em/¦¦¦ ».iííyòfiMMSÊmàMM^Êi^^^m HnnBl H\ Hl HMl BJB7'' ..¦¦.. y.> ¦¦ ¦¦¦.^^^ãàímM \\ li y y-y, ¦. y

* I ^^wÊÊÊ^mkm\m W fl HEm¦• ¦¦ ym^^mt^SfáigSmmmm HbBBÍ BBb HBBfliH HwflmWBaMHil''PíMBH Efl E

' ' 1 ^'*'^^_É^S^_P '«.-'¦*

Fazendo um((negócio dá China»

A visita fio "che" Guevara à China Popular (na foto o comandante cubano comMao T.sc Tung), resultou na assinatura dç um acordo cnlrc os dois paisesque bem pode ser chamado de uni "negócio da China" para Cuba. Atravésdele os cubanos receberão um credito de 60 milhões de dólares sem pagar umtostão de jurus.

Amizadee fraternidadeTchecoslováquia, os trabalhos depesquisa, exploração e refinaçãodo petróleo na ilha. Para o gran-de programa de desenvolvimentoda indústria petrolífera, o govêr-no cubano receberá substancialajuda material e humana dos pai-ses socialistas.

A história dos foguetesQuem conhece os Estados Uni-

dos sabe da importância que exer-cem na vida desse país os gran-des trustes petrolíferos, a Stan-clard de Rockfeller principalmen-te. Quando o governo cubano,após a intervenção, decidiu na-cionalizàr as propriedades das em-presas petrolíferas em Cuba, areação na América do Norte foiviolentíssima, havendo inclusive,de parte de numerosos setores doDepartamento de Estado, do Pen-tágono e no Parlamento, que ad-vogavam a intervenção armadapura e simples como "remédio"para salvaguardar as posições doimperialismo na região.

Em Moscou, concomitante-mente, o primeiro-ministro NikitaKruschiov, em declarações queprovocaram sensação no mundo,anunciava que os foguetes daURSS estavam preparados pararesponder à agressão armadacontra Cuba. A União Soviética,coerente com a sua política derespeito à soberania de todos ospaises, se mostrava disposta, comoo fizeram durante a agressão an-glo-francesa ao Egito, a colocartodo o seu poderio bélico para de-fender a integridade de Cuba, osanseios do povo cubano que co-meçaya a construir uma nova ei-vilizaçáo no seu pais, livre do do-minio do imperialismo. As amea-ças de agressão norte-americanaencontraram também o repúdiode todos os países do campo sócia-lista. Nos outros países, principal-mente na América Latina, as ma-riifestações de solidariedade foramunânimes e chegaram a tal pontoque fizeram fracassar a tentativade intervenção legal contra a Na-ç«o cubana, tentada na conferên-cia de Costa Rica.

Colaborandopara o progresso

Enfrentando e vencendo as ba-talhas políticas, garantindo cadavex mais a coesão do povo em tôr-no do governo revolucionário e dosseus objetivos, Fidel e seus compa-nheiros lançaram-se decididamen-té na batalha dé construção dopaís, de desenvolvimento da agri-cultura e da indústria. Contandocom a .'.olidariedade dos povos dospabes socialistas, compreendendoa realidade nova, o governo cuba-no foi procurar nesses países osrecursos indispensáveis que lhepermitirão imprimir um ritmomais rápido ao desenvolvimentodo país. De acordo com os prin-cípios que regem a sua política,os países socialistas oferecem aajuda material aos países subde-s?nvolvidòs sem exigir em trocanenhum compromisso de subordi-nação política e sem pretenderatravés dela exercer domínio eco-nômico, isso o compreendeu mui-to bem Fidel Castro. E por issomeimo não teve dúvidas em pro-curar no campo socialista a ajudanecessária à industrialização dopais.

Em junho e julho de 1960 umamissão econômica cubana partiucom destino à Europa a fim denegociar acordos comerciais comdiversos países. Chefiada pelocomandante Nunez Jiménez, a co-mitiva visitou a União Soviética,

Na Assembléia Geral da ONU, realizada cm setembro, Kruschiov e Fidel seencontraram. O abraço trocado representou a fraternidade entre a jovem Re-pública de Cuba, revolucionária e democrática, c o mundo socialista, repre-sentado pelo primeiro-ministro da União Soviética, o apoio dos povos de ummundo novo ao povo cubano.

Polônia, República DemocráticaAlemã e Tchecoslováquia. Nessespaíses a missão assinou tratadosde ajuda e assistência que permi-tiráo a instalação em Cuba, du-rante os anos de 1961 e 1962 de57 estabelecimentos industriais,desde usina siderúrgicas até íábri-cas de artigos plásticos. Os acór-dos assinados prevêem também ainstalação de usinas hiclro e ter-mo-elétricas. Somente a Alemã-nha Democrática e a.Tchecoslová-qui. edificarão em Cuba, nos anosde 1961 e 1962, 11 fábricas queproduzirão artigos de consumo po-pular, entre as quais uma de gela-deiras com a capacidade de pro-ciuçào de 40 mil unidades anual-mente e empregando mais de ...1 600 trabalhadores.

Os contratos assinados peloJrno cubano para a instalação

de fábricas no país contribuiráenormemente para a utilizaçãototal da mão-de-obra existente,criando condições para a elimina-ção completa do desemprego.

Os acordos assinados por Nu-nez Jiménez e, depois, por RaulCastro, incluem também o fome-cimento de créditos ao governocubano, assim como a importaçãode produtos cubanos, principal-mente couros, frutas tropicais,açúcar, cacau e café.

Estreitando seus laços econô-micos com os paises do campo so-cialista, Cuba criou condições pa-ra realizar uma política exteriorindependente, reafirmada pelo re-conhecimento do governo da Chi-na Popular, pelas posições assumi-das durante a conferência de Cos-ta Rica e na Assembléia da'ONU.A justeza da política externa dogoverno cubano vem recebendo oaplauso de todos os povos domundo.

Um negocio da ChinaNo quadro do programa de de-

senvolvimento que está sendoexecutado por Fidel Castro, gran-de importância tem a visita queo comandante Ernesto "che" Gue-vara realizou aos paises socialis-tas.

O presidente do Banco Nacio-nal de Cuba féz verdadeiros "ne-gócios da China". Na terra deMao Tsé-tung assinou um trata-do comercial através do qual ogoverno da China Popular conce-dera a Cuba um empréstimo de60 milhões de dólares SEM CO-BRAR JUROS, sim, SEM COBRARJUROS! Além disso, Pequim secompromete a importar, anual-mente, 1 milhão de toneladas deaçúcar produzido por Cuba.

Cem fábricas

Em Moscou, Guevara assinoutambém um acordo de capital im-portãncia para o seu país, princi-palmente no que se refere à solu-ção do problema do açúcar. AUnião Soviética, através dele, secomprometeu a adquirir, somenteem 1961. 2 milhões e 700 mil to-neladas de açúcar de Cuba, o quecorresponde a metade da produ-ção do pais. Além disso, peloacordo os soviéticos, completandoos outros tratados assinados comos demais países socialistas, serãoinstaladas e estarão funcionandona ilha, já em 1961, 100 fábricas.

A ajuda desinteressada dos pai-ses socialistas, constitui um subsí-clio valioso para o dèsenvolvirn-u'to do país, além de permitir aogoverno de Fidel Castro amplaspossibilidades de vencer em todaa linha as tentativas de agressãodo imperialismo norte-americano.Cuba mostra que o mundo de hojeé diferente.

"tVSfííl^l^-M." ' '' \í ^Êàtmmmmm^ ' ^flwV '^f '"'*"'¦¦_¦

' ,_fli Aviam ™i» fmVÊkJ ESbSI jm* ''^*áH_¦^BjEMWPÜfl Bh ^~" JPfli ^_R» ÀmÈk H¦'WÊnm hw ^mr V** Çj fl'mã _CT àé^L\

fcJFm- JL I&$* J?»^^HbB HV EbBBHF ^"fj/fil fl_H_H_|_L ^^_EE_á__PP__Í _^ÉÉV ^^HH^D^H* MmmWft*B Ba ¦BB_lJI Bk !5r»^!Hi —B

Hm ¦__^E^hblEb-J bk BnHHt^aav _^buI H

A_::;,;_fl B_ flfl

gftjfl _^^^T_PSM Bf-íff|':Hy

Y*\ _fl B-MBfl Eki-fl H:

bIÍh^h^h^h^h^h^h^b^h^^b^bH

IHfl B^bH BKW-i '-33>fÍB_fl _HBEh^He HfcflK-rT-rt iflB _W <

HKE H»'_^&#'^aHflBB _H*»I

'iodos,

ajudam

O ministro da Defesa de Cuba, cònian-dante Kaul Castro, visitou diversospaises socialistas da Europa, entroeles a Tchecoslováquia (loto). Nessapais assinou um tratado comercial

Page 11: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

Rio de Janeiro, semana de 30 de dezembro de 1960 a 5 de janeiro de 1961 NOVOS RUMOS — 3

QUTRA experiência original oferecidapela revolução cubana é a cria-

ção dos. Círculos Sociais Operários. Seupropósito é que sejam centros de ca-ráter recreativo-educacional, capazesde atrair, orientar e conduzir o povoao uso adequado e feliz das horas delazer depois de cada dia de trabalho.A filosofia e o espírito que inspiram suacriação visam à política de integraçãoe consolidação social que é o postuladodefinitivo da Revolução e da nova Cuba.

A idéia de criar os Círculos SociaisOperários surgiu quando o Governo Re-volucionário requisitou para o povocubano a exclusiva e aristocrática so-ciedade Havana Biltmore Yacht andContry Club, que a tirania presentearacom cerca de um milhão de pesos (ummilhão de dólares) par.a a construçãode um galpão para iates. Era uma elitede grandes latifundiários, poderososproprietários de imóveis e políticos quegozava a praia, as instalações despor-tivas, os salões de recreio, luxuosos re-feitórios e gabinetes de leitura no Ha-Vana Biltmore. Quando o Governo Re-volucionário assumiu, em nome do povocubano, a propriedade dessa institui-ção, seu orçamento de manutençãoanual alcançava a cifra de meio mi-Ihão de pesos. Fechar suas portas sig-nificava lançar no desemprego váriasdezenas de empregados, além de queninguém gozaria de suas comodidades.Foi então que o primeiro-ministro, co-mandante Fidel Castro, sugeriu que secriasse no Havana Biltmore um CírculoSocial Operário que tomou o nome au-tóctone de Cubanacan.

Cubanacan, como centro experimen-tal, conseguiu imediatamente um êxitonem sequer imaginado. O princípio es-tabelecendo que os operários e funcio-nários paguem uma quota social deacordo com seu* vencimentos determinouque o número de inscrições se elevas-se nos dois primeiros meses a nove mil.Dessa idéia partiu o projeto de criaçãoda Organização Nacional de CírculosSociais Operários. Já a AdministraçãoRevolucionária do Município de Havanaestá construindo quatro na capitalcubana. Sua localização em bairros di-ferentes facilita ao funcionário, em suashoras noturnas e dias feriados, fazeruma vida de verdadeira convivência hu-mana.

A Organização Nacional dos CírculosSociais Operários anunciou o ambicio-so plano de ter, acabados de construir,em maio de 1961, um círculo social ope-rário para cada uma das 161 usinas

WM^íy;X'ii''Xm%k>SX&Tm$~i''.:'' '.'¦¦'¦"

''í1* :¦ ¦;''¦""¦

Ww&v^iiirf'-fi' '¦'' ' "¦ ''¦'2:'-'¦' '¦ ¦¦'¦''". '-' '¦' Y, ¦.,-,,¦'¦•'¦¦:- .(.-''• ¦'' .-Í&.V.: '¦>'.'¦ fi-vy^y-fi- .'•¦'¦¦¦¦' ' ;¦ ;¦ v y"yy ¦

WBBÊmt*** ' ¦t%-'"'' r* i j"7!. ***Ta. * , ^n^^ES^^^^ jitíw *___H_fifcL__^^^!l_i_fl __k^41

i&iáSiiagraffW >«--J-*^^MPP_M—t—BH^—HBBfflH _ytOM_m_B_K_M—

^wWimaS^rafflBÉKBiM^TTgiWTPgBi «feffiW P****_KiírlSre —I

Foi um clubede aristocratas

"Cubanacan" antigo clube aristocrático de Havana, centro de jogatina e de grandes bacanais, transformou-se coma Revolução libertadora, em sede do Circulo Social Operário piloto. O que antes era um centro de recreio' paraalguns privilegiados, c hoje um clube que abriga mais de !) mil associados, proporciunando-lhes tertúlias, sessões decinema acompanhadas de debates. Seus amplos salões transformaram-se em também amplas bibliotecas oude os tra-balhadores podem encontrar as melhores obras da literatura universal.

SER CULTOS PARA SEREM LIVRES

Centros RecreativosPara Um Milhão de Operários

PEDRO LUÍS PADRON

(Serviço Especial de PRENSA LATINA para NR)

de açúcar do Pais. Por outro lado serãocriados centros desse tipo em cada umdos 126 município» da República • doisem cada capital de província. Projeta--se, ainda, para o futuro, estabelecê-losnas cooperativas agrárias.

Como base para o cálculo do mon-tante da quota a oaaor estabelece-se

#*X. ¦ %m#Íw^ -y ¦¦¦ vN .* 'y. . ,. :í.!#?7"*^^»|çv-v;,-&':>*•*" ¦" y$ y,: ....

:,í'< ¦'¦"' -yfixfifix».y.y&y''. ¦ .» • ¦„ • •- .*

- • .,- S r § #<-. ->y^7'> • • . ¦. v-1 "•

o vencimento mensal do trabalhador deacordo com a seguinte tabela:

De $ 60.00 a $100.00 $1.00$100.00 a $150.00 $1.50$150.00 a $200.00 $2.00$200.00 a $250.00 $3.00$250.00 a $300.00 $4.00$300.00 a $350.00 $5.00$350.00 em diante $6.00

Os desempregados, estudantes e pen-cionistas pagarão uma quota de cin-quenta centavos mensais. 0 direito dochefe de família estende-se à sua es-posa e filhos menores de 16 anos.

Estrutura dos centros

A estrutura dos Círculos Sociais Ope-rários parte de sua Direção Geral comseu corpo du assessoramento, a qualterá função deliberativa, planificadorae executiva. Da Direção Geral tomamforma os grupos de aplicação, orienta-ção e supervisão em forma de Superin-tendência, um para cada área centrai

da programação, a saber: atividades fí-sícas, atividades culturais e atividadessociais. As unidades de aplicação da po-lítica de recreação operária serão osCírculos Sociais Operários.

O programa de atividades físicasabarcará desde as formas mais ele-mentores, até as mais técnicas, de cs-porte recreativo c de competição parajovens e adultos. Dentro desse progra-ma incluem-se também as atividadesrelativas ao aprimoramento e adestra-mento físicos por meio da utilizaçãodas instalações próprias do ginásio.

As atividades culturais se projetamcom largueza de vistas e justificado pro-pósito de levar os cidadãos a se supe-rarem. Esse programa basear-se-á nosfatores vocacionais e de aptidão dosparticipantes. Haverá formas de parti-cipação orientadas para o desenvolvi-mento de nossa cultura musical, artísti-ca, pietórica, literária, do amor ao es-tudo, à natureza e ao trabalho criador.

As atividades sociais se orientam pa-ra todas as formas suscitadas pela pró-pria vida de relação com nossos seme-

lhantes e a necessidade de aprender aconviver socialmente adaptado ao meio,com critério firme de comunidade e ei-dadania. No programa estão incluídasdesde as reuniões informais de amigosaté as grandes reuniões sobre interês-ses comuns. Desde as festas infantischeias de fantasia e ilusão até as festasde adulto repletas de objetiva ansieda-de e diversão. Desde as pequenas reu-niões de crianças para ouvir históriasaté o agrupamento de massas para ver,ouvir ou participar ativamente dessassituações que esclarecem as dúvidas,abrem novos horizontes de entendimen-to e compreensão ou reafirmam os prin-cipios da Revolução.

Um milhão de associadosPara prestar todos esses serviços à

comunidade, os Círculos Sociais que seconstróem contam com instalações ade-quadas para a prática de desportoscomo o futebol, beisebol, voleibol, bns-quetcbol, box, luta-livre, natação, te-nis, pista de atletismo e local para gi-nástica.

Esses centros disporão, para as ati-vidades culturais e literárias, de locaispara bibliotecas, concursos, redação,composição, imprensa, conferências,pintura, desenho, escultura, teatro doei íadores, canto, artesanato, dança,r sica instrumental, corais e música po-P'j|ar. Os círculos Sociais Operáriosabarcarão outras atividades de carátersocial como festivais, banquetes, tor*neios, tômbulas, excursões e outras detipo cívico, como congressos, orientaçãorevolucionária, debates, forums, confe-rências, etc.

O direito a férias anuais longe dolugar onde o operário ou funcionáriodesenvolve suas atividades está incluídono plano da Organização Nacional dosCírculos Sociais Operários. No transcur-so de vinte meses o Governo Revolu-cionário providenciou dezenas dopraias, centros de pesca, balneários, lu-gares turísticos para desfruto do povocubano a preços reduzidos. A condiçãode associado do Círculo Social Operáriodá direito a um desconto nesses centrosde recreio que varia entre 50 e 5 porcento, de acordo com os vencimentosrecebidos pelo operário ou funcionário.

Nesse sentido o Instituto Nacional daIndústria Turística e a Organização Na-cional de Círculos Sociais Operários pro-jetaram para os associados desses cen-tros um plano de férias anuais finan-ciado pelo INIT. O pagamento será feitopelo trabalhador em doze cômodasprestações.

Instalações para serviços

Jamais o cubano pôde gozar as be-lezas de sua pátria. E isso porque ne-nhum Governo se preocupou com o tu-rismo interior. Cuba, a despeito de suacondição de ilha, não dispunha de ins-falações em suas praias incomparáveitpara quem quisesse fazer ali curtas oulongas temporadas. Em menos de doisanos o Governo Revolucionário entregouao povo 63 praias com confortáveiscabanas, cafeterias, quadras para jogos,jardins e locais de estacionamento.

Agora, na nova Cuba, é possível paraaquele que trabalha passar suas fériasem lugares onde se combinam o con-fôrto, a comodidade e o pitoresco.

Cerca de um milhão de trabalhado-res organizados na Confederação daTrabalhadores de Cuba serão inicial-mente sócios dos Círculos Sociais Ope-rários. Calcula-se que essa cifra ultra-passará os três milhões quando os fun-cionários públicos, camponeses e estu-dantes solicitarem sua inscrição noaCírculos, cuja principal finalidade, comojá disse, é o uso adequado e feliz dotempo livre.

«Ser cultos para ser livres», procla-mou o Apóstolo José Marti. Agora ocubano que trabalha e produz para suaPátria tem a seu alcance, nos CirculosSociais Operários, os meios para que osonho de Marti seja uma linda realida-de. A música erudita, a pintura, a life-ratura e o teatro na nova Cuba não se-rão patrimônio exclusivo de uma redu--zida minoria. Tudo pertence às grandesmassas da população para satisfazersua ânsia de saber e de superar-se.

A educação física e o esporte para«fazer um povo sadio numa pátria fe-liz» será preocupação permanente daOrganização Nacional dos Círculos Ope-rários. Com esse fim já se arregimenta-ram dezenas de professores de educaçãofísica e treinadores de esporte que co-locarão seus conhecimentos a serviçodos associados. O resultado desse vastomovimento de educação física e des-portivo será conhecido na ocasião emque os atletas cubanos competirem nosIV Jogos Olímpicos Pai americanos. En-tão poder-se-á notar também o avançocultural do povo cubano, para o qualcontribuirão poderosametne os Circ IasSociais Operários.

BHí ,'í '**f!jmmmWB£ "illíl i'

( :oI"iflB"l />iív»3'i*. Cí Í'.W|'iíí ti Upí/I Cll «Wkj

i\'o bairro dt- Ponton, a prefeitura deHavana constrói um grande circulo so-ciai operário que disporá de todos o.srequisitos para. facilitar as atividadesculturais c recreativas

uno nacionalde educação cultural

O governo revolucionário executa um grande plano nacional de construção de circulos sociais para trabalhadores como objetivo de proporcionar tortos os recursos paia operários c camponeses desenvolverem seus gostos e aptidões cultu-rais. Tanto cm Havana (a fdto mostra a construção de um círculo no Parque Marti, da capital cubana) como nas de-mais filiados da ilha, estão sendo c.dificados os clubes, preparando o governo um plano mie estenderá a construção de

tais circulos ás cooncraliv is agrícolas c colônias' de lavradores.

Page 12: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

— 4 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 30 c'e dezembro do 1960 a 5 do janeiro de 1961

CUBA PRODUDÁ REFORMA AGRÁRIA

DEPOIS

HAVANA (PL) — Quando re-gressei a Havana depois de unia ex-cursão pelos campos de Cuba, visi-tei o grande edifício de vinte anda-res onde, funciona o I.N.R.A.(Instituto' Nacional de ReformaAgrária) e expus aos responsáveispela produção agrícola o meu pa-recer de que muitas coisas na Re-forma Agrária estavam envere-dando por um caminho errado. Fi-caram meio espantados: ninguémme convidara.a visitar Cuba, eu ha-via viajado por minha própria ini-ciativa, no entanto me facilitaramamàvelmeníe o acesso a todos os lu-gares... Tinra algum cabimento eulnes fazer criticas''

Entretanto foi-me concedidaaudiência, com os chefes de depar-tamento no gabinete do Diretor daProdução, Pino Santos. Durou 2horas e 35 minutos, muito emboraeu não tenha falado mais que uns25 minutos. A todo momento entra-va alguém na sala com papéis paraserem assinados; os chamados tele-fônicos eram constantes assim comoas visitas inesperadas. FinalmentePino Santos disse para mim: «Com-preendi pouca coisa do que o senhorexplicou, mas senti que é impor-tantej»."^Pescando

No dia seguinte realizou-se umasegunda conferência, dessa vez comdiretores saindo da qual, César Ro-driguez (diretor da industrializa-çãoi falou-me: «Suas criticas pre-cisam ser ouvidas nas altas esferas.Amanhã mesmo levo-o para conver-sar com um economista socialista, osenhor precisa falar com êle.» Ha-via um certo ar de mistério nas suaspalavras. No dia seguinte fiquei co-nhecendo o economista socialistaque era o diretor do jornal comu-nista «HOY»; recebeu-me em seugabinete, sob um vasto retrato deLenin e foi logo me dizendo:

«Nossa revolução, muito fortenos planos militar e político, não oé bastante no setor econômico. E'neceseário que tome consciênciadisso para corrigir seus pontos fra-cos. Por isso é tão útil a visita dehomens como o senhor. Nó entanto,para um resultado verdadeiramentepositivo, é preciso o senhor falarcom Fidel».

Chamou pelo telefone o secreta-rio particular de Fidel Castro eaquele lhe respondeu «que o sr. Du-mont nos indique seu programa pa-ra o dia de amanhã e onde pode serencontrado». E' o método adotado.Como Fidel nem sempre sabe ondeestará, cabe aos interessados infor-

1 marmos sobre os nossos passos. Háde chegar o momento em que a suatrajetória coincida com a nossa.

Com efeito, às 7 horas da ma-nhã do dia seguinte, quando eu iapartir para Pinar dei Rio, comuni-caram-me que Fidel eslava à minhaespera no I.N.R.A. Fomos paralá num jeep e subimos ao gabinetede Nuhez Jimenez, diretor executi-vo do Instituto; mas Fidel não es-tava. Às 9,30 uma mensagem do rá-dio de seu navio informava-nos deque se encontrava em pleno mar.Como o Conselho de Ministras hou-vesse terminado às cinco da manhã,achou inútil.ir deitar-se e resolveupescar, sua distração favorita. Na-turalmente, esquecera-se do com-promisso; mas pedia-me que fosseencontrá-lo em Pinar dei Rio, du-zentos quilômetros para oeste, on-de naquele dia devia presidir uma-manifestação de camponeses."Mouros e cristãos"

Onde poderia vé-lo? «Não é difi-cil — telegrafou Fidel —: no palan-que». De fato o palanque era visívelde longe mas, para chegar até lá,era preciso atravessar uma multi-dão calculada pela imprensa em ...200.000 pessoas. Gastei nisso horae meia. Por fim, às 4 da tarde, fi-quei a seu lado, assistindo ao des-file. «Facão afiado contra a agres-são estrangeira», dizia um cartaz,enquanto passavam as milícias cam-ponesas orgulhosamente montadasno pêlo dos seus cavalinhos.

Encontrava-me à esquerda deFidel, que respondia às saudaçõesdas mulheres que lhe atiravam flõ-res e beijos. Atrás de mim, a rádiodava uma descrição vociferada dodesfile. Em meio àquele tumulto,meu intérprete — Jacqucs Chon-chol, filho de um médico francêsemigrado para a China e técnicoposto pela F.A.O. à disposição deCuba — ia traduzindo p&ra Fidelminhas principais críticas à Re-forma Agrária.

Ao cabo de três quartos de hora,levantou-se para falar, mas teve queesperar vinte minutos até que amultidão cessasse de aclamá-lo.Uma ovação notável. Seu discurso,durou uma hora e um quarto. As-sim que terminou a cerimônia, dis-se-me: «Até logo» sem mencionaronde nem quando deveria vê-lo ou-

-j' V mw^^D Rpj&nr^ Tfc^*]£JtoMfaA.. ^^MÊÊI^ mmuÊÊÊÊ^Êk

tf ' '¦ - ^^3KW5S"3B •^¦BffiÉr^^illi^^l^íl^^^^EB BralÍÉrK^B!

%m± ^ÊmM I H I fl iB^k^Rtf Dl Bf^M^Iy^^HI^Mp^H^rHllp^B >^K^^^BX;;BéÍhSu^^wk3S?H.íHR^B >^B.^H BVll>Hi MB\mm\ H^Bf B^B p^^B mmrmwà jf^ -. Bfc^^^^^^^lBr^^EZ"*

Do latifúndioà cooperativatra vez. Mas o agrônomo cubanoque me acompanhava, meu amigoAlohso Ülivia, não pareceu inquie-tar-se. «Vamos para debaixo de umchuveiro — falou-me (bem que cs-távamos precisando). Mais tarde te-lefonaremos para êle.»

Foram necessários cinco ou seischamados telefônicos para localizarFidel, que se achava em um dosquartéis que ainda não foram trans-formados em escolas, a 15 quilôme-tros de Pinar dei Rio, lá ficando ànossa espera. Chegamos ao salãodos oficiais às 8,30 da noite; per-guntaram-nos imediatamente se ti-nhamos fome e nos instalaramdiante de um prato de «mouros ecristãos». («Mouros e cristãos» diz--se do arroz cozido em feijão pre-to, base da alimentação cubana;ali acrescentaram-lhe frango).

Momentos depois vi, no outroextremo da vasta mesa, alguém queme olhava comer com apetite: eraFidel, risonho, havia checado semque eu o percebesse. Levantei-meimediatamente carregando comigomeu prato e o intérprete Chonchole fomos para junto dele."Chamei você para vir aquiporque me disseramque você critica"

Fidel tinha um aspecto cansadoe evidentemente o'estava. Como eusabia muito bem que precisava depelo menos duas horas para expor--lhe minhas criticas, quase que fi-quei com pena dele. Mas aquele ho-mem esgotado bastou que comessedez minutos de «Mouros e Cristãos»e coxinhas de galinha para que seuaspecto se tornasse outro, fazendo--me sentir que estava disposto a es-

Entre as maiores realizações da revo-lução cubana figura, sem a menor dú-vida, a reforma agrária. Os grandeslatifúndios foram transformados di-retamente em cooperativas de pro-dução, fato inédito.

cutar o tempo que fosse preciso. Ja-mais vi um homem tão cansado re-cuperar-se tão depressa (algumassemanas depois cederia a um «sur-menage» mas não tardou a restabe-lecer-se).

Durante duas horas, na mesa, elogo em seguida ao café, pude exporpara êle minhas observações sobrea reforma agrária cubana. Disse--me:

«Você compreende (todos setratam familiarmente no regime fi-delista: 2? me houvesse tratadocom cerimônia teria sido um mausinal); quis que viesse até aqui por-que me disseram que você criticanossa reforma agrária. Pois liem:todos os estrangeiros que vêm aquise entusiasmam com ela (estariapensando em Sartre?) e nos afir-mam que é perfeita. Você não estáde acordo. Diga-me por quê.»

Expliquei-lhe que não tinha cri-tica alguma a fazer quanto à pri-meira fase da revolução: a «incauta-ção do terreno», a desapropriaçãodos latifúndios pelo exército rebel-de e a instalação das primeiras es-truturas; mas que agora era neces-sário iniciar uma nova fase: a dosorganizadores e dos economistas.Isso exigia a mudança de certosmétodos de trabalho e talvez asubstituição de certo número dehomens. No tocante ao plano prò-priamente da Reforma Agrária,disse-lhe quais eram, na minha opi-niào, os erros principais que erapreciso corrigir.

Reformas comparadasO que mais me surpreendeu, nas

reações de Fidel, foi a enorme mas-sa de seus conhecimentos agrícolase sua preocupação de entrar nos de-

Professor RENÉ DUM0NT

talhes, de compreender tudo. Cer-tamente, alguns dos membros deseu Estado Maior agrícola, que seacham à testa do I.N.R.A., pos-suem um nível de conhecimentos in-ferior ao seu, o que é bastante gra-ve. Fidel não somente compreendetudo o que a gente lhe explica comose interessa pelos assuntos apaixo-nadamente — e mais tarde eu iriaver como êle os retém por completo.

No final de nossa conversa, dis-se-me:

«E' preciso que você me faça umrelatório. Quando pretende voltar?»

Respondi-lhe que estava às suasordens.

Êle disse, então, para Chonchol:<A;océ fica incumbido de fazê-lo

voltar», e com essas palavras nosseparamos.

Foi assim que, dois meses depois,voltava à ilha, dessa vez chamadocomo técnico pelo governo cubano.Durante esse periodo havia redigidopara o I.N.R.A. e para Fidel umprimeiro relatório.

Diferente em Cuba

Em Cuba encontrei uma refor-ma agrária completamente diferen-te das realizadas no México, na Eu-ropa Oriental e na China. Consiste,em linhas gerais, numa mudança di-rota do latifúndio para as cooperati-vas de produção — algo que não sefez em parte alguma.

A população cubana está com-posta em sua maioria, não de cam-poneses mas de proletários agríco-Ias, isto é, trabalhadores que luta-ram em seus sindicatos pelo aumen-to de seus salários e em quem quasenão se nota qualquer aspiração àpropriedade. Juntamente com70.000 famílias de pequenos (emuito pequenos) proprietários, exis-tem cerca de 150.000 trabalhadoresdos canaviais e 60.000 famílias detrabalhadores de outros plantios oude pecuária. Os proprietários mé-dios não foram atingidos pela re-forma, não se tocando nas proprie-tlades menores de 30 «caballeraas»— ou seja 400 hectares. E" esse olimite mais alto que já se fixou pa-ra uma reforma agrária. Na Europaoriental variava de 20 a 50 herta-res, conforme o país.

Uma separação rígida

Fidel não quer — seja pelo quefôr — atrir a hostilidade dos cam-poneses. Quando o chefe da zona16, na província de Las Villas, co-municou-lhe que próximo a SanctiSpiritus havia-se criado uma coope-rativa com uma porção de terrasincorporadas por pequenos proprie-tários, perguntou logo: «Eles en-tregaram suas terras espontânea-mente?» Não deseja de modo ai-gum que se faça pressão sobre oscamponeses em proveito da coleti-vização. Por ora, basta-lhe empe-nhar seus esforços nas coopera-tivas de assalariados agrícolas,para as quais não há nenhumproblema por ser completa a adesãodos trabalhadores.

Jfl H Vp^H Àm\ JmW IjB mm^9mWwÊ ' iI I I ¦Bi IfiSlinrSi lÀ'

^D m^M iH^v^ 4JQ U>1| \ 3«l íyQfJÍ'*;£*-

In ^j li jb BB BI B JShhm^mT^'kmm >^9r^H >^A ^^fl .^B^vnG^Sk * ^^^^* **•

mWIÊ^Ê Wrff^^Ummm àmmWmml mmm\mr **' -"*- -¦**¦*¦ -^ -¦mlmWmWmwmWMmmWB^mrWOtr ^mm\ ^Wm^Wtm^mmmwUmWKMmWmw^mmBmmmw^m^^T^mmWwmm. ^ T. Sn. mWÊKmm

Aumentadaa produção

Mas havia muito que dizer só-bre a administração dessas futurascooperativas, que atualmente sãodirigidas como granjas do Estado.Em primeiro lugar, não têm orça-mento «unitário». Jamais pude sa-bor, em nenhuma delas, se o saldoacusava realmente lucros, Os mem-bros da cooperativa não são remu-nerados em função da produção ob-tida, mas sim de acordo com con-vênios coletivos. Por serem relati-vãmente elevados os salários cuba-nos (os mais altos das Caraibas) ehaverem sido aumentados aindamais depois da revolução, cabe in-dagar se algumas cooperativas queherdarão dividas das granjas do Es-tado já não estão virtualmente emdéficit. Por ora, é impossível sabe--Io. Os créditos do Estado chegamde diversas partes e ninguém sepreocupa com estabelecer um ver-dadeiro balanço.

Na província de Camagüey vi-sitei «El Cenigo», uma cooperativade arroz. Depois da colheita, cmmeio úmido, os arrosais produzemuns brotos que constituem pasto ex-celente. Pois bem: naquela coopera-tiva não havia gado para aprovei-tá-lo, ao contrário do que ocorria naépoca dos cultivadores particulares.Era, portanto, uma forma nova dedesperdício.

O mais grave era a separaçãorigida entre os diversos setores deprodução: pecuária, cana de açúcare outras culturas. Ao norte dessamesma provincia de Camagüey, per-to da usina «Senado», em uma coo-perativa em formação, quis-se di-versificar o plantio semeando-se ai-godão nos terrenos reservados paraplantar cana no ano seguinte. Maso campo foi invadido pelas ervas da-ninhas e ninguém se preocupara emextirpá-las. E isso apesar de seraquele um periodo morto — em quetodos os trabalhadores da coopera-tiva estavam sem ter o que fazer,podendo muito bem trabalhar,..Por que não eram utilizados? Por-que o algodão depende de um servi-ço central e o administrador da co-operativa não havia recebido a or-dem para fazer os reparos, nem os

lSSB-MkP^P A*. mmWt J* '¦¦ • A'i" EB&. <r*S*. ^mm ' ***' ^^^Wb^Lmu^imm^. BB^?i3%iKgB mmtmm^ BBI mV i-^Hj <¦>*¦ -, RItf»B^ %% xêmmmtm ^B k9e" .:-.. ** Wâ* ¦ f AAw ^ ^v^HBaSk 'fl B^Ml^B V:-'BI BlÁ;> m^mw^^^fs

$&m Wkmm mi&zl bLÉBÍK*! IL lá -^ 11 II k 11^1 [ia lii'^ kJ hui *r"*r^ ^^^ f ã?%$¦ ''$mW ÍBmÍ mmm§}ÍWÈmmfà'+£mmW Wmr" •'^VlB^^Klir^^L ^Bi'>.V'M ^^B mmwSÈt, :.•>'' >$/&'?* jáPnH¦'¦* **^ Wm\ KHF^--^B m ^Jm W*m\. mWÊjmmmX. Hfl wLL. ¦ i mmVia&

W ~l^m mA^Ar "4B

W**r^^ ^^Sa

BJ '_mm Jrm P ^ hÈ^ÊFv*-"hE p^lyfffl B»i -W^Âm wrW -v tfB r^ mm^ ^^MgÊmmT^mmmm^^mml mWSKPy^mmm^^-^U mmíWMm^m] mKí' kx* '*£ ^mWFmm mm*\ ^wSMTlÉ^I^^£¦

tA^MmMmmW^K^ ,^kW':^mmm%é^km\ BE^& v^E BifflB 1 Jim% ¦ ~Âm\ Wlm ^fÇ».¦ |É|S!i9 Bw^Sh^^B'' ml mWmu lÁm wM^Ê ¦'•¦' ;! '

^ÈiíÉÉtâíÊF 'ílm?' '^B mWÍ Jb-^v^ V^^H ¦ >^E

''%,'tf ;.AÊi; ¦¦¦¦::':Mi-': ¦'¦¦' W tf- tf '''..íJUAjÊr ' mmm%'.A&^Sí : r?v'. BL^rr r 1 \m\¦¦¦:êr ,, -WÊ^Wm ^JémáW ^mFmWÍÍiÍmt JSk. "'-'?"' '' &**> .^mmWÊÊaBʦ'ixifó- W^kmmm^Am¥~àámm^2B!&mWmWr> wMmmMmWr^mwSkm MmT h, ãmm. jmmt" 'Wx '' Mm B^mmW'^ %3Í ff%99 ^~

>^B ^mm***"'rr ^à^^Mmm ^fll

¦¦ -Jf ' ''* ',jtí3?'':' ^Pl IBè-'^" "

.'^^E •^gyyjJHS Wm ^m ^J^&jJSkmwmmmmMm- mmmmW&s$fc>%r$'

* • *•'' tf B^"**1^ """^ril^^É^J^^^i %^W; ^Êm\'A ''• "' t 'mmmmWÊL^l V JmX^^W^hmní^ÊÊ^Í^mW^^^^^''- ^^^

;• *^~^í:W B^ '"*"C«^^B KJb^B^'' '-:à^âmW^ -'' tMwSÊÊ&.^wF ^ '

A entregade títulos

Não se porlc achar estranho que todas as vezes que o Rovêrno revolucionário convoca o povo para tomar umadecisão mais audaciosa este acorra imediatamente, sempre pronto a apoiar as medidas apontadas pelos dirigentesDespojados de todos os bens, os camponeses da ilha viviam em extrema miséria, arrastando seus infortúnios pc-las ternis dos latifundiários. Uma das primeiras medidas do governo de Fidfl Castro foi eliminar o latifúndio cdistribua as terras pelos que nelas trabalham. Os títulos de propriedade são entregues coletiva e festivamente, comovemos ròa foto

Desde o primeiro ano da revoluçiiocubana a produção aumentou, <¦ o ni-vcl de vida dos proprietários agrico-las, que era muito inferior ao dosoperários'das cidades aumentou con-sideràvelmenle. j

créditos necessários. Aquele lio-mem, educado entre o paru as ca-nas, não tinha maior interesse pelosplantios.

iNo extremo oeste de Cuba, napenínsula que avança ale o México,vi os resultados de um erro aindamais elementar que não recomenda-va muito a corporação agronômica,porque o chefe daquela zona de de-sénvolvimento PR4 (há lí<S zonas nuilha) era professor de economia 111-ral na Faculdade de Agronomia daUniversidade de Havana, Fez revol-ver o solo de um bosque debaixo doqual havia rochas calcáreas em foi'-ma de «dentes de cachorro» queemergiam irregularmente. Entreessas rochas havia espaços de terramuito boa enquanto existiu o bos-que. Plantaram-se bananeiras o umtubérculo alimentício da Oceaniachamado «Taros»; mas, uma vezderrubadas as árvores, o plantio sóera possível durante um ano, en-(planto o terreno ainda permaneciarevolvido. No ano seguinte endure-cia e o arado que tivesse que reme-xclo não poderia circular por ali porcausa das rochas.

Ksse é um exemplo apenas decertas talhas de funcionamento doI.N.R.A., pelo menos no seu ini-cio. Na direção geral, ninguém to-mou a iniciativa de providenciar acorreção desse erro, cuja evidenciasalta aos olhos de todos os visitau-tes, mesmo que não sejam especia-listas. Acredito, no entanto, que ho-je não se produziria semelhante des-perdicio de créditos.

0 entusiasmo cubanoOutro exemplo: uma leguníinosa

chamada «Marabu» invade rápida-mente em Cuba os terrenos baldios.Disse-me Fidel que detesta os ma-rabus. Utilizaram-se centenas fie«bulldozers» para arrancar esse ma-rabu, mas com freqüência tem-sedescoberto uma camada de areiamuito pobre, sensível a erosão porcausa de sua inclinação natural.Existem, entretanto, solos ricos, co-berfos de vegetação medíocre e de-dicados a criação do gado emgran-de escala, que uma simples aradura.— custando muito menos -- permi-tiria dedicar-se a culturas úteis. Orefugo dessas culturas fornecei.auma forragem excelente permitiu.oalimentar o gado tanto quanto o ia-riam essas terras se houvessem per-manecido como pasto — somando--se a isso o proouto das novas cül-turas.

a margem desses fatos, há rea-lizaçôes notáveis que se explicampelo entusiasmo dos trabalhadoresagrícolas e a importância das inver-soes do Estado. A revolução cubanaé a primeira a fazer descansar qua-se todo o peso de seu esforço no de-sénvolvimento de sua agricultura eno bem-estar de seus trabalhadoresagrícolas, a primeira que não baseiaseu desenvolvimento sobre a misé- jlia camponesa. Os resultados se fa- 1zem notar: a produção aumentou'desde o primeiro ano, ainda que

'<

com um custo pouco elevado. O im- jportanto é que o nível de vida dos;proletários agrícolas, muito infe-jrior ao dos operários da cidade,!melhorou.

No tocante ao fervor dos traba-,'lhadores agrícolas cubanos, pude'constatá-lo perto da usina de açúcar («PALMA», em Oriente, propriedade]norte-americana que acabava de ser;nacionalizada. Disse para os traba-lhadores de cana que me rodeavam:

Uma vez que os Estados Uni-dos reduziram sua quota de impor-tação do açúcar cubano a preço fa-vorecido, o agora Cuba tem que ven-der sua produção ao preço correntemundial, estariam os senhores dis-postos, para assegurar a Indepen-dència econômica do pais, o aceitaruma drástica diminuição de salário?

Responderam-me:Nosso salário aluai é de 2 dó-

lares e 50 centavos por dia. Esta-mos dispostos a aceitar até .1. pesoe 25 centavos

Page 13: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

— Rio de Janeiro, semana de 30 de dezembro de 1960 a 5 de janeiro de 1961

FIOEL ASSUME 0 CONTROLE DAS COMPANHIAS ESTRANGEIRAS

NOVOS RUMOS 3 -

eiLE st

de N acionalizaçâoremeceu a A mericâ

CÉSAR LEANTE(Serviço Especial de PRENSA LATINA)

* HAVANA (Pt) — Raul Castro avi-sara na véspera: «Amanhã verão co-mo Fidel está forte», disse comum ar irônico respondendo aos que es-lavam empenhados em «adoecer gra-vemente» o primeiro-ministro cubano.

O dia seguinte foi o domingo 7 deagosto. No Estádio do Cerro, em Ha-Vana, encerrando a sessão do primei-ro Congresso Latino-Americano da Ju-ventude, Fidel Castro fêz a leitura deum dos decretos mais audaciosos ja-mais ditados por um governo na Amé-rica Latina. Por êle ficavam naciona-lizadas propriedades norte-americanascom um valor aproximado de 800 mi-Ihõei de dólares, incluindo 36 usinasde açúcar, 2 refinarias de petróleo eas companhias de eletricidade e tele-fone.

Fidel Castro consumou assim a se-gunda indopendência de Cuba: a eco-r.ômica.

A miséria ficava longe

Enlre as 36 usinas nacionalizadasfiguravam 2 da United Fruit: A Bostone a Preslon, localizadas na provínciade Oriente e possivelmente as maioresde Cuba.

A história da United Fruit em Cubaé semelhante à de outros países la-tino-americanos onde esta companhiaconseguiu peneirar e exercer seu do-minio todo-poderoso. Em 1901, sob aprimeira intervenção norte-americana,chegou a Cuba Mr. Preston, que doisanos antes, em 1899, tinha constitui-do em Chicago, junto com' outro sócio,Mr, Keith, a United Fruit Company, des-finada a comprar terras na AméricaLatina e estabelecer plantações aguço-Ias.

Mr. Preston esteve viajando pelopaís, chegou à província de Oriente,e ali começou a comprar terras. No mu-nicípio de Mayari comprou 5.000 «ca-ballerias» (67.000 hectares) • mais1.000 em Banes, pagando o incrívelpreço de 10 centavos de dólar por «ca-ballerla».

Nesse mesmo ano, 1901, a UnitedFruit construiu a primeira usina de açú-car nas terras que com tanta facilida-de havia adquirido, a «Boston»; e em1907, durante a segunda intervençãonorte-americana, a «Preston».

Com o passar dos anos, a Fru-teira foi absorvendo mais e mais ler-ras entre as mais férteis de Oriente,até chegar a 8.000 «caballerias», de-dicando-as exclusivamente ao cultivode cana. A produção de açúcar eraum negócio multo rendoso: Cuba erapraticamente a fornecedora do mundo.

Esta febre de produzir açúcar, quealcançou seu ponto culminante na Pri-meira Guerra Mundial (especialmentecm seus últimos anos) foi nefasta pa-ra a economia do país, pois transfor-mou Cuba em fabricante de um só pro-dulo — vendo-se obrigada a importarquase todos os demais — e introduziuei monocultura nos campos.

As 36 usinas nacionalizadas pelogoverno cubano tinham um valor dequase 400 milhões de dólares, man-davam anualmente para os EstadosUnidos mais de 30 milhões de lucrose cobriam mais de 25% da produçãoaçucareira cubana.

Milhares e milhares de camponesesviviam em terras da Fruteira. Ao lon-go das 8.000 «caballerias», estendi-am-se os «barracões» de seus trába-lhadores. «Barracón» em Cuba é a rt-pública das «favelas» brasileiras, das«callampas» chilenas, dos «rancherios»uruguaios, das «villas-miséria» argen-tinas, quer dizer: agrupamento do cho-cas infectas onde famílias inteiras seaglomeram em condições inumanas.

Os «barracones» ficavam afastadosdas usinas de açúcar, entre as planta-çoes de cana, talvez porque lncomo-dasse aos administradores norto-ame-liamos da United ver a miséria queces mesmos tinham criado.

Quem visitasse a central Preston,por exemplo, linha uma impressãomuito diferente: avenidas margeadas decoqueiios, formosos «bungalows» comjardins na frente, campos desportivospara as crianças, uma piscina, um clu-be... mas os que desfrutavam dessascomodidades eram os funcionários ad-minislradores norle-americanos e emsegundo lugar os empregados de «con-fiança» cubanos, embora mesmo istesnão tivessem acesso ao clube.

A miséria ficava longe, dentro docampo, onde não Incomodava a vista.

A separação estabelecida pelaUnited Fruit era total, abrangia até amorte: na usina Preston havia dois ce-mltérios: um para os norte-americanose empregados de «confiança» e outro— um matagal — para os pobres enegros.

Havia um hospital. Todos os ope-rários tinham que contribuir para êlecom 21% de seus salários. Mas, comoludo na usina, só era para norte-ame-ricanos e empregados de «confiança»,pois quando um camponês adoecia ti-nha que pagar para ser atendido. Is-to, se a côr de sua pele não era ne-gra. A companhia não ignorava queaqueles camponeses não tinham paracomprar nem o mais barato dos reme-dios.

Trabalhavam três ou quatro mesespor ano, conforme o safra. Ganhavamuns trezentos dólares. Com isso tinhamque viver o ano inteiro. Naturalmen-te, não podiam. A United Fruit sabiadisto. Durante o tempo morto, quer di-zer as oito os nove meses que st se-guem à conclusão da safra, concediam-lhes créditos para que adquirissem nosarmazéns da companhia os escassos vi-veres de que precisavam para não mor-ler'de fome. Ao começar a safra se-guinte, a United lhes descontava a dí-vida, que em média era o total do queganhariam durante os meses de colhei-Ia. Dêsle modo, poucas vezes o campo-nês recebia dinheiro, mas sim vales, eencontrava-se preso em um círculo de

que não podia sair. Vivia eternamenteendividado com a companhia.

Havia muita lerra, mas não podiacultivá-la. Era da United e a Unitedtinha proibido que se semeasse nela.Não lhe dava mais que o pedaço delerra ocupado por seu mísero casebre.

Milhares de chapéus de guano sal-taiam das mãos dos camponeses daUnited Fruit no dia em que Fidel anun-ciou a nacionalização de suas duasusinas.

Uma companhia "cubana"

A Companhia Cubana de Eletrici-dade (CCE) era subsidiária da Ameri-can Foreign Powor, operadora interna-cional da Eletric Bon & Share, mono-palio com sede nos Estados Unidos quecontrola o serviço elétrico em váriospaíses da América Latina.

Fixou-se em Cuba em 1928, quan-do governava o ditador Machado.Fará obler a concessão do monopólioeíétiico, a CCE comprou generosamen-te as usinas de energia elétrica queMachado possuía na provincia de LasVillas, desbancou a antiga fornecedorade eletricidade, a Havana Eletric Com-pany, constituída por capital america-no, espanhol e cubano, t apoderou-sede quase todas as pequenas usinasque existiam no interior da Ilha.

Organizou-se sob as leis do Esta-do da Flórida, U. S. A., • até 1934funcionou com uma escassa regulamen-tação de uma ordem militar do govêr-no interventor norte-americano de1901.

Dona do mercado elétrico cubano,a primeira medida da CCE foi impora elevadíssima tarifa de 18 centavospor qullowatt-hora aos consumidores deHavana. As que vigoravam para as po-pulações do interior eram muito maiselevadas.

Com a queda de Machado, em1933, a CCE sofreu o primeiro golpe

em seu poderio. O ministro do governoAntônio Guiteras (assassinado depoispor Batista), regulamentou as compa-nhias elétricas e obrigou a CCE a dimi-nuir sua tarifa de 18 centavos a lücomo máximo.

A CCE alegou que assim cobrariamenos que o custo, negou-se a acatar

a ordem de diminuição de preço, eGuiteras leve que fazer uma interven-ção. A orgulhosa companhia não per-doou isto e sua influência no Departa-menlo de Estado foi fator determinantena intervenção norte-americana, queprovocou a queda do primeiro e fu-

gaz governo revolucionário que Cubaleve.

Entretanto, a CCE não se atreveua elevar novamente a tarifa elétrica,mesmo quando no poder um governodócil às ordens de Washington, com o

que ficou demonstrado que suas ale-gações de custo eram totalmente fal-sas.

Mas, apesar da diminuição, o po-vo cubano continuava pagando preços

excessivamente altos em comparaçãocom oulros países e recebendo um ser-viço elétrico deficiente.

Com o triunfo da revolução em 1de janeiro de 1959, a companhia«cubana» de eletricidade (que o povode Cuba tinha satirizado com o apelidode «Polvo Elétrico») conheceu mt se-gundo revés. Em fevereiro desse anotornou a sofrer intervenção. O govêr-no designou uma comissão para invés-tigar as tarifas e a situação econômi-ca da empresa. O resultado foi o se-guinle:

— As usinas e propriedades daCCE estavam avaliadas em mais de 90milhões de dólares. Deste modo, acompanhia reduzia ficticiamente seu lu-cro. Não obstante, em 1958 obteve56% de lucros.

— Os ganhos por quilowatt-horaeram o dobro dos de qualquer empré-sa similar em outros países. Assim,comparando os lucros por kwh da CCEem 1958 com os de dez companhiaselétricas norte-americanas, verificou-seque haviam ganho 2.14 centavos dedólares contra 1.07, 0.94 e 0.96 dasoutras empresas nos Estados Unidos.

— A planificação, serviços ecompras feitas à Ebasco Internacional(subsidiária da Foreign Power à qualsuas filiais têm que submeter sua pia-nificação , compras, etc), tinham si-do ineficientes e dispendiosíssimos. Poresse sistema, a companhia pagava osmateriais de que necessitava a preçosmuito superiores aos que existiam nomercado. Calcula-se que nos últimosanos a CCE pagou à EBASCO mais deó milhões de dólares em excesso pelascompras que fêz. Mas isto se explicafacilmente levando-se em conta que opresidente da EBASCO, G. C. Hylander,é vice-presidente da Foreign Power(matriz da CCE) e ao mesmo tempofigurava na junta diretiva da CCE. Dor10 milhões de dólares que recebeu aEBASCO em 1958, Cuba contribuiucom 4 milhões.

— Os gastos, de representação,legais, propaganda e outros eramexorbitantes. Só em propaganda acompanhia pagou em 1958 mais de ummilhão de dólares. Havia uma verbachamada «propaganda indireta» paraos jornais, que ou era inexistente oueslava destinada ao suborno da im-prensa. A CCE gastava em propagandaquatro vezes mais do que suas congê-neres norte-americanas.

— O serviço público prestadoera inadequado e a produção de ener-gia insuficiente. A CCE mantinha emuso caldeiras e turbo-geradores quedeviam ter sido retirados anos atrás. Osmedidores, especialmente os de uso do-mestiço, não eram testados nunca. Ha-via medidores que não tinham sido ins-pecionados em 20 anos. E o públicotinha que pagar por um serviço elé-tricô que não tinha consumido. Em ju-lho, agosto e setembro do ano passa-do as queixas dos consumidores fqram

a m^MWéi'A,A i l&PlÉii^KA a W!$ÊaM W?aa§ a'l: aa/aa;y Ílíl^f& 1ÔK5lfelÍK Iftss -' '¦¦¦"# •¦'A..aA:AaAV;AA;AA-!'AY-A"AA|A;AYA A-. Í^i»k*P" 3tim AAAY,.

^^^^^B^^B BBé^^^^^m ^^hí hH BB t^K- §^B jê ^^B^^ft^Bifl^^^^ s**^^^^^BBB^^I^& ¦ isF t<& > jhé^ú j^iiajé ^rJJL>i/-fV,Jl^^fl

• ^T^H ^V^AvS/ji^HJiHJ ^H 'j^^ÉIH ^Kí»í%Y

Comemoradofuneral

Quando Fidel Castro anunciou a nacionalização das empresas imperlalistas que sugavam o povo :ubano, houve o maiordelirio nas setenta mil pessoas que lotavam o estádio do Cerro, no domingo 7 de agosto. No d,a seguinte, os ataúdescontendo os "restos mortais" das companhias foram desfilados pelas ruas de Havana, promovendo o povo o enterromais alegre de que se tem noticia. Depois de um velório de 24 horas, no Capitúlio Nacional, os cauôcs foram lançadosao mur. Como <iuc por cuincidéncia, tomaram o rumo Nuile..

Acabou-seo que era doce

tantas que alcançaram o número de230 diárias. Os consumidores eram li-teralmente assaltados pela crise medi-ante os «erros» e as «irregularidades»na leitura dos medidores.

Um telefone de ouropor 5 milhões

A Cuban Telephone Company —irmã gêmea da CCE — era subsidiáriada International Telephone and Tele-graph Company (ITT). Estabeleceu-seem Cuba em 1909, poucos meses de-pois de terminada a segunda interven-ção norte-americana. O quadro de es-cândalos que apresentava era seme-lhante ao da CCE:

— Tanto suas instalações comoo equipamento telefônico, estavamsupervalorizados. O objetivo era o mes-mo que o da CCE: aparentar lucros pe-quenos.

— Como a CCE com a EBASCO,a companhia de telefones remetiaanualmente para os Estados Unidos900.000 dólares por crédito de «aces-sérios técnicos» e compras da ITT. Opreço em excesso que pagava à ITTpela compra de materiais e equipamen-tos ia de 30 a 80%.

— Invertia 400.000 dólaresanuais em propaganda. Em 1957,quando procurava elevar suas tarifas(o que conseguiu) distribuiu quase ummilhão em «propaganda» pelo rádio,televisão e jornais, o que não foi maisque um suborno para calar a imprensa.

— Por causa dos preços que pa-gava à ITT, o custo de um telefoneem Havana era de 643 dólares, ao pas-so que em Nova York era de J05 e emCincinatli de 277.

— Durante a ditadura de Batista,

principalmente nos anos 56 e 57, en-quanto preparava o caminho para umaelevação de tarifas, controlou um «ser-viço secreto» no palácio presidencialque a mantinha informada das visitase conversações que Batista sustertavasobre a negociação telefônica, e inclu-sive alé do estado de espírito do di-tador. Quando a companhia sofreu in-tervenção encontrou-se um arquivo se-creto com reverências como esta: «OPresidente amanheceu de bom humor;i um dia propício».

— A companhia obteve de Ba-tista um aumento de tarifas em mar-ço de 1957, assinado no dia seguinteao atentado presidencial feito por jo-vens do Diretório Revolucionário, em13 desse més. O sangue de dezenasde estudantes estava fresco. Mas o di-tador assinou o decreto que aumentavaem mais de 5 milhões de dólares oslucros da companhia. As chamadas emtolefones públicos subiram de 5 para10 centavos de dólar e os consumido-rei viram suas chamadas reduzidas aum máximo de 5 por dia. Passado esselimite tinham que pagar um preço ex-tra por qualquer outra ligação que fi-zessem. Arthur Gardner, na ocasiãoembaixador dos E. U. A. em Cuba, nãoestava alheio a esta negociação; emprova de agradecimento a Cuban Te-lephone Company obsequiou Batistacom um telefone de ouro e concedeuações a familiares e amigos do ditado.r

— O serviço que prestava erapéssimo, devido a seu equipamentoantiquado renovado de maneira mui-to insatisfatória. Para conseguir o au-mento nas tarifas, anunciou um plan^de ampliação. Mas nunca o levou acabo. Conseguir a instalação de um te-

Depois de uma longa história pon ti-lhada de escândalos e fraudes, a"Cuban Telephone Company" foi na-cionalizada por Fidel Castro. Na foto,vemos milicianos guardando a portada empresa.

lefone era quase impossível, algumaspessoas tinham feito o pedido de ins-talação há dez ou doze anos • aindaestavam esperando. O que conseguiaque a companhia lhe instalasse um te-lefone em casa podia considerar-se umprivilegiado, as casas comerciais davamcem dólares ou mais pela obtenção doum telefone.

A Cuban Telephone Company so-freu intervenção em março de 1959 pe-Io governo revolucionário, que imedia-lamente aboliu as tarifas aumentadaspor Batista.

Hoje os operários apagam a gol-pes de martelo e cinzel as letras daempresa nacionalizada, esculpidas nofrontispício do edifício que ocupa nu-ma rua central de Havana.

0 ouro negro

Quanto às duas refinarias petroli-feras nacionalizadas, a ESSO e a TE-XACO, sua história recente é bastanteconhecida. Junto com a SHELL, emprê-sa inglesa não nacionalizada, mas sobintervenção, monopolizavam o merca-do cubano de combustíveis. Neste ano,o governo tentou quebrar esse mono-pólio e para isso criou o Instituto Na-cional do Petróleo (INP), que adqui-riu 900.000 barris de óleo bruto daUnião Soviética, determinando que seurefinamento fosse feito nas companhiaspetrolíferas estrangeiras.

Estas, de acordo com a lei de1938, estavam obrigadas a refinar pe-tróleo do Estado. Negaram-se e tenta-rcim boicotar o governo deixando opois sem combustível. Reduziram suaprodução de forma alarmante e nasduas últimas semanas de junho nãoimportaram uma gota de óleo bruto. Ogoverno percebeu a manobra e semperda de tempo decretou a intervençãodas empresas.

Para encarecer o combustível, a Te-xaco e a Esso — e também a Shell —só importavam petróleo de seus cam-pos da Venezuela, que se vendiam asi mesmas por preços superiores aosdo mercado mundial.

Funeral alegre

A lei de nacionalização despertouintenso júbilo nos cubanos. A noite queFidel Castro leu o decreto no EstádioDel Cerro mais de 70.000 pessoas oaplaudiram e apoiaram levantando osbraços quando o primeiro-ministro per-guntou se estavam de acordo com êle.

Todas as organizações operáriaslhe deram seu apoio e a Confederaçãode Trabalhadores de Cuba (CTC), re-servou uma semana de júbilo popularpara festejá-lo. Quarenta féretros con-tendo os «restos» das companhias nor-te-arnericanas nacionalizadas foram ve-lados pelo povo durante 24 horas noCapitólio Nacional e lançados ao marno dia seguinte, no Litoral de Havana,onde os ataúdes tomaram rumo Norte.

As usinas de açúcar foram rebati-zadas com nomes de paises latino-americanos. A Preston da UnitedFruit", chama-se agora Guatemala.Jacobo Arbenz foi padrinho do batis-mo da nova usina cubana.

Enquanto Fidel lia, no Estádio, osnomes das companhias norte-america-nas nacionalizadas, o público repetia:

— Chamava-se!Esta expressão acentuou adequada-

mente o entusiasmo produzido pelo de-creto que estremeceu a América.

\

Page 14: L . •«• i O. 1 f i es. I «u. J | lll.'8il J 1 í ¦$ Wk ? ôa ... · tro aparece ao lado de Célia Sanchez, jma das heroínas de Sierra Maestra. RS DO REVOLUÇÃO CONQUISTAS

wy.iiAAA ,¦¦-¦-¦<.,.;.¦•>.'¦.;•;•.¦.

Na RevoluçãoinfilMm

Lutou Como' Melhor Soldado¦ ¦y,:-y^->;-.:¦

.ii^d:~<yy.;-:. ¦.-.¦:¦¦ ¦.:¦¦:¦/::¦¦-v

A/A ¦•*":¦ ',¦:':.¦ ,:J_J8_S_-^t--.-:.i '• '..AA-yA^- A'.a'AA:A:, A A

yi'*A^im*^"'t t .. ' .. ^$W. •¦ "Brf > ^C^^_____%%^^íV^*ln_^___Bn^3flC^ u ¦**¦_?'"' ^***'' . , ¦¦ ¦' «.¦.*>¦ *•:*

v 'ti*'' ¦', .-::*",-a,v íír "t' v^áiB _^Kh '¦'^¦'¦¦_^_^_B_^_È_^viw_fc'^' mK ' *7*w" '¦¦<^(ti.' r*,*T'-" '",wtfe_»¥*í-"*"'"' :

*v ¦«)¦ ''*2jJH BauimiiMI^ri^r^ '' —^'"'^"^PB _JB_Bfl _-IB_k_l^***'^ ^w^T^S,.-.**'^

"^^ír* T_lflV_fl mm ——3ir^5BBB i^^^^^JBa B««í-''•*¦'¦'*' ::*vi^/S».—MEy J*fB_í_^___^_i^_i_.^fl^**^(w&'jT"' -v '.' ^j^fl ^B^ V _Bl! i_—ü^S-S-BEfl^*fivs>^j^^Ba.^^__________fl_y^.'^'''''y"'''''-'^^^:TH_Í_____fli_h. _ i^^Üfoati^-M

Célia: anjo da guarda de Fidel

Quando Fidel, à frente de suas tro-pas entrou em Havana a 8 de janeiro de1959, ao seu lado ia uma mulher fran-zina, miúda, de rosto anguloso, grandesolhos bondosos e uns trinta anos deidade.

— E* Célia — gritava a multidão.Célia Sanchez!

Quem tra Célia? Todos a conheciam,mas ninguém dava informações concre-tas sobre ela. Nunca falou no rádioou na televisão, jamais concedeu umaentrevista. Entretanto, onde quer queesteja Fidel, lá está ela. Sua vida derevolucionária começou cedo. Filha deum médico famoso, desde cedo tomou

contacto com a mísera vida dos com-poneses da região onde vivia, conheceuFidel antes da revolução e simpatizoulogo com suas idéias políticas. Quandosoube do desembarque subiu imediata-mente a Sierra Maestra para esperar olíder. Depois, passou todas as horas,as mais difíceis e amargas, ao lado deFidel, como sua secretária e verdadeiroanjo da guarda. Participou de todas asbatalhas, dezenas de vezes enfrentoua morte sem temê-la, é o símbolo daforça de vontade, da disposição de lutada mulher cubana, do desejo de liber-dade de um povo tiranizado até bempouco tempo.

.__&_'íV. vMB_-^_K^¦ ¦ ?j_i-i-tMffi»-H---wK«S-ffi"-!*-TgJ-Hj-frj-ttW-WMWP-i j__j_t_u_____ _n______________________________________________________E____V^?_^'' y_, ¦ v.\ .^ "-*-£-HmH-M-W'' x5-o • ?lTlff&%S;í_ff^ alvfl£&- _k« _£u9 m9MmmXy^ •>¦'•+ '¦ '-¦'.'çls^-. }.

BlJaiR-.ft; 5,,' ¦¦ -j^fl fl____n____________r ' ^mm\ mmA^&A '•'

M ¦ sll _-B_fe. '¦&*?-. âp^T$

Hiíli^H-i-^fl WÊÊL)í Af^ . _^^áM B_^_ l:-Éi kg|^3k|ggfl __Hk.'' ___¦ 'l 1 Jül

''' T^Wffi1^?!-^'''': '^-Bl--B^-l--l-r^P^r^mn' *' * '^mrffiffflri^'^_IB^^-l--l--l--l--l--l--l--l-ll--l--l--l--l--l--Br %1I_B BnSmNlflP^ -tu. '^^fl Bvaí ^fl _l_B3_r^_H_-H-- ¦'"¦''*¦'>'"•¦¦ .;'í'-;^^':'':'*^_B!jB^>^í-V- i' ^^BBfcí^H _«^1,_$^_íí$V?^^ £&?mF^^^^

^^ ^B-Ui-t* Wfjl flt ^fll ^^ErW^fpfls-:"-:1!»^^

^Mc^: '¦'''¦ ^_B_í^^_--EP^lHHr^ "' >^PI _I__B. 4m*'*" v_flY ¦¦

'^sfÉUu^E ¦¦ '0¦M^^^^^^^tmSvQ/M^ I ) < \

Wiíma:estahta eorganizadora

Anita, Mercedes, Amparo, dezenasde jovens se entregaram à luta contraa ditadura e conferiram à mulher cuba-na o direito de dizer que a sua con-tribuição, além dos entes queridos quetombaram na luta do dia a dia, nosbatalhas q u e se travaram desde osprimeiros momentos, foi direta. Elasempunharam os fuzis, serviram de esta-feias, exerceram a espionagem, luta-ram bravamente quando se tornou ne-cessário. -

Dentre elas havia uma mocachamada «Débora», Wilma Espin, fi-lha do cônsul da Franja em Santiagode Cuba e estudante de engenharia.Conheceu Raul, de quem mais *arda

se tornaria esposa, no México, ondeo irmão de Fidel vivia exilado. Slea convenceu da necessidade de lutarpara liquidar a ditadura. No seu re-gresse a Cuba, ela se dedicou inteira-mente à causa. Organizou, juntamentecom Frank Pais (mártir da revolução),o «Movimento 26 de Julho» na pro-víncia de Oriente. Dotada de fibra eentusiasmo ihçomuns, estimulou campo-neses e moradores da região a lutarcontra a ditadura e foi de grande uti-lidade as forças revolucionárias quan-do, na ocasião em que Raul Castroabriu a segunda frente na provínciade Oriente, passou a servir de contactoentre este e Fidel. Participou tambémativamente da operação-seques-tro, quando os rebeldes de Fidel rapta-ram marinheiros norte-americanos paraforçar negociações e através delas exi-gir que os EUA suspendessem o enviode eviões e armas ao ditador Batista.Tem uma filha, a quem pcf o nome deDébora, seu antigo nome de guerra.

'¦ é^^ÊmrMmW^^^Mm^' -' t'"' **_£_jt_^'<S&^Í_J_fl KL|H |K-^Hr^_i BP'^_Í_^_H_I_F $^-|PÍbB ml^mWm\^m\ BW _J_T *'¦ »*

': -—*W _R?' SB' *ik_É__^B<*^ "\'*_^ l&~lti-l _^_fl lK'_Pfl" 'imWmml mmmãms^mmm9--^. imÊ flPB¦¦¦ .í_fr mmmf Mm£- ¦ -mm mmmm WM'-- ¦&'A2mmmM mW- JmmWMm mm* s >/fimmrL% 'iMf íP^WE?«S^t^* :l'^ElBr| Bm |h K"';', w

^B _l__fl_#my^_' _ri_É_l__^_B mmh 'Asê^'' - -Mm¥ Jmm\ m9A*-"rM\ mmAmF^Êmmi&mmMmMm mmWM mM^ÊlBm%ÊáMM\ WM ¦v'1"iK-_-H _I__K:''* #^_B mÊ^mmmj mMWM -m—. ^V1_H _I__B mm ^Lw*mm*Bm*MM .HPjflB mm^>__i _^_k ***; *H H ü H-^ _-t.jJ4.*fc_J__i K^^-i _B_íf?fmWí:™m BB~J~_B BL ¦fl K^^_9 RiPv

v^fà&mmWmíkESmt&^mm.^Wá- 'J*' y.Amm ^MX^^i^àmmM WÊmÊiSá^mw^ ¦ .^âS , ¦>¦; ¦» . ^^______________i.' w ¦** '¦¦'ív.,5 sj_Hk : -^B' v ¦ '^^í nBF . ¦ wmmmmmj':. ' J& '>''Mw^^mmmsA^\.iffif^mMm\l - ' :mmmWmmmtmmmm^Ê^mv * ÚMW _B "'^^^ 'y;>S, '' ' • \_i_ti__B_--_fl'ÍW'A- -wV í ¦'mmm^'^i'£M ¦' ' ^'tUT, ^H _I_B yMV'-

'¦¦Mf:'jfflT "- .^^^H

c_Ub _»'.!:':,:^o:m _y *_WP^r "#s. il .j&jf^tr/-'. __B _P^* '^ :-. \ ''a*i8Sr^ JÜ^ÈSfc r''A'<y!i^Ê-Mm. mW*m'A''' V:_^6__ ¦'B^;!•¦>,¦ . .,_____?*. ^«*r ;¦ \yAjtJÊÊ^'':f^i/•'''¦¦ mÊ ^Mmmim.'

'-..A-y . . ._u___B -3bW**- ¦ mmW?mm¥ 'a.aMM;H_Ç~H^_| ___f^__r_r-¦>; *eB-S8 -JeS.-A-.jfe^-rfSP^^^ . .'<M_iL-<t : •. '.'ifSH _^_^_É': '*4_H_-_J-P' <-J-Vr'BW V->'.:'::jH

': "_B_fl_^_í^^ ^ v*^__Bi_^ * '* ___. ' * ^ \jj_^_^_i i^-HÍ-É-í-^-B _^-Bt*-'i'' 'xv'' ^/"" _^_^_l _^_^__"' víjÉ* _fl___l _____B *¥-' ^^^^^^^t^_B _^_^_T n^w^_^_^B_^ 'Vh ^ ^Bep .'".<':-"'.V:,."*^K

____H$j_fl_?&»(. . ¦& ".:'''"'' * ^1 Bli_(V^._jfl B_KiÉ_-fiJ_D Mm "t;..¦;. "^B ^^^Hji^^H Hb_B ¦ '"¦''^'¦¦"i^i-^^S-'»

¦_Ks?#'': ' ''--VI K^J li-l Bi lU IBI ¦<:m ¦ ^m J<*y'«

fl, * J **^sA^B _fl_í^?^_B^ Si i >Hfe. ' wB Bt-a^'J?tt::MÍ-Í

H^^^i^_^B_^^_P*V ''^jH ''" <4mm\ mtÁmr^^Ê mW* Br «_Ta_PJI .0B^^'' «!_»^ ' '''''^'MwmmJ^

JM ^UM^m WÈà<- ¦ ¦ ¦ ¦ ^'^'.Ér^^lfl B^wBI

-^Ks^ki Jm:w^. _B_v ÜSÉL-^-i -K-w « ¦¦ _^B SPl ¦ aF Ir'^fl.v?l :.-. :.^v.«":-'%Mr3B? 'MmM%»<- .M^^sMm W^^mm^mm mmm''- mü- ¦•MMmmWf '. JB^^.IHupM_K^^Éw^_HÍ»íS_.''!'vi; J^-K--. J3P1J3I B—jB _Pi' li' ^*i_? ' -üB-i • -"BB-H u fm ^Êy JH;W. -a/fÍ-I B-ff i-J _P*B_I_^"BI KL '

Jf '.ü_)|_6k 4M _L_«B K-HL

* 1' ^feiÉilBH *&"'¦ ¦ ¦ • ¦ '^ltt_i_Br^Btí^^flw'' ''¦'__« w^~';i-^-8 fl'i-BiB-k " B-^bI fl-rift-R U^A/:MàimÊ H-A ^m"'BJ _Kí •*_•>' fl-ÍH'''.''"1 B] IK-â-ã BI BVib^fl ^fl BB _^fl bB k* BB'-.--* tbb BP^*™"I^iufl BfB _B-/'','j_fl BL^* x'Ay ¦ '.J—W MW ¦ Mma^A^mr. _I-B' _¦ _B^^ B| B ____¦ Hti' ___^b_. t_WB_ -*_Bi-KWpJM _B

^i^Bfcw^--.^-- ;.^i^iWi_B^i^l^B^_i^B^i^^i^i^i^i^i^^i^i^"^wi^i^"^"^^pK**»«IMW^>W^^piriR;s.:ç:1^B|^^^

;¦¦ '$Mm mm^Mm mWAíMm mM"'>ÍMm mm ¦ :»Bl BBB '; JBJfl p^: ¦: ,3^fl _I-_B'-:".':M_BJI BBl

ts?'1"'''- 3*>^_H bB '^^mm bB' ,!:JB bB:''¦¦'^_!_B ^Bi'"' ubB bB'''Í:bB BB .•JBBBt' : '¦¦>'

$w%toÊÊ!Ê--/%Mm bB ' S'^^B _I_B':''

''-íí^^H B ^:^B bB^-^bB I '-''^B _B*:^^_B _H':^fl _I_B" b^h'"^b ?^ 'bB bB '~^B bB

v^/HM-I BB • ¦¦A.jMm BB/ ' " . :'¦¦"'.'/jí' .f^H _B '. ^sB B i W<:fl H^_BHy_BflW(IÍ i:fll fl ' '«fl _I_H 'à£Ma _H ^:fl fl: :>' ''¦'¦ ^ ¦':*''-'-^IIH bB' *»B BW ' - 'íBB1M_^^Í_H bB '' _H ¦K_^@PI^!fK : ^B _H 'flB _H;

%1, ^H _fl/'-:í^_i _^_L_.'' ::-:V '¦:"'^_E^^. V4fB ^B' ;:-tífl _|V ' ¦ :'^bB fl;.:^fly|| ^g ::fl B-.:B _fl-€i In B ;:'B B '"' 'Bk.:' Í^_bB H ''A^MMmmr a ¦ ¦ ¦¦ ¦y^r'<-'-A.mm mm 'II Iw^üfl l:B It'1

Vr- ''-_^__3__i_3____________________B ¦ ¦'<___.^ "*_B'v* '*ifrb' ' >flr -¦-'." *4|hk

^Bfl B^_F 3HBJ BBj J^^B _^_^E rnBBBBBBBBBB_t^:J ' '^* "¦¦ *.I^B^BV_B'>b '"-Bh -

W^^^y^/^^Êmkw -«E ^^fl _l_Bi_BÍ ;bB bB'* ;'^B B«-<\ ¦''*?______B£?íí's_-l_Br*

-^ ^bB bB' r^^H BlB^-^^BK^ '

V T

NA LUTA DESDE AS PRIMEIRAS HORASTarde do dia 26 de julho de ..

1953. Por um dos corredores da som-

bria guarnição do quartel Moncada,

avciriçam duas mulheres, quase duas

garotas, levadas por diversos solda-

dos. Aquelas maças, que haveriam deviver as 72 horas mais espantosas quepossa viver um ser humano, eram Hay-dée Santamária e Melba

" Hernández,

as duas únicas mulheres que fomeram

purte no ataque de Fidel Castro uo

quartel Moncada. Foram também c'c.5mulheres que perticiparam ativamente¦Ia luta revolucionária pela libertaçãode Cuba desde os primeiros momentos.Haydèe e Melba, que tiveram um com-

portomento extraordinário durante otempo que passaram nos cárceres daditadura, se projetaram também durin-te o julgamento dos atacantes do quai-tel de Moncada, ocasião em que Mel-bc salvou a vida de Fidel ao apresen-tar, om pleno tribunal, um documento

provando que os esbirros de Batistaplanejaram «suicidara o líder d._ re-volucão.Após a vitória na luta contraa aitadura, Melba e Haydée se entre--çjaram de corpo e alma à tarefa dereconstrução do país, A primeira exerçaum alto cargo administrativo no lns<titulo Cubano do Petróleo c a segun-dn, que é casada com o ministro daEciutação cubano, Armando Har', di-r:ge c Casa das Américas.

*P

SOLDADOS DA < REVOLUÇÃODesde as primeiras horas após o pele queda do ditador Batista. Anò-

desembarque dos grupos revoluciona- nimas, diligentes, dotadas de grande

nos que se refugiaram na Sierra Mães- esl:írito de ^niiáo, enfrentaram a ou-reza, os péssimas condições de vido

tra, as mulheres cubanas se integra- dos primeiros tempos no Wa 5en) ju_ram na luta pela libertação do país, meis se abater. Foram enfermeiras e

soldados, cozinheiros e costureiras, mot-rerarn nos campos de batalha e foramtorturadas nas prisões. Foram verda-

deiros e valentes soldados da revolu-

cão de um povo contra a tirtinia.

'¦B BB* ^H 5f fí^ jM Wí fW&wÍ ^mví ^^ ^I^wBht fflff^^^^^T Tflij^^^ac.

HB • 'ifmti "'• ^mm\ Biv l-( ^^w *•< àaàI jífieK fe| Br ;- \ t ^ ^g _B'"'V_H wJBt'- -" '

A