freire_el grito manso

7/29/2019 Freire_el Grito Manso

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paulo freirel grito manso

SKI sigloveintiunoeditores

paulofreires uno i In lo:; 1 1 u i| ( m u y n i i V idestacados pedagogo del (IflluXX,N.'IUO (III l'l!' I un I (ni lid. I li.r.ll (unplolllMll I In II' .1 IH'l .l, < |r.. l, I. il < In l, In iy i Inl I I ; u i u h i "Mol H lo I 'mili 1 1 i < > >I ' , l . i innliii li ili H|ln ii u 1 i ilili.'iH In niiI !l;i:,il ni nip.iiM i |n , ldil mil, ni I.n iy l < ! .-|i:;illnn l, i | u ir i |> n i |i In. i|i,,||, ,i,L 'l pn:; ln'.| illi'ni i |n| , |, ,|| n i i, , l.190-1 y un Inrgo tixllln,( ) i n i M I n < v i i|i ii i' u i n i ' i i ni ,h u |i' l l l l l l l l l l | l I II Illll . 1 1 I . l i l i l .n II 1 , 1corn|) lo| l ( l iu I ilnl < : i m i l i liulcuino p i l u .u | io hoil/oi iliu lu , , , i1 , 1 ilii |llli lu I y . i n i Inil. l ,Sur, o ilM U, | ii iMi u i >| lilil! | " H .' ,li|l I I illln ni Uklna:; diiiiui y u iliin. i y :;ui|n|niili.'. ,i| ilullllfl A llllItlMlo:; loi.l.iiii'i Km il.li.nl mu.. ,|nI )ocloi I I ii i n iIIIIIVI l ' l I , I, II ll , i 'i i il -lllllllnl. > ' , . i!i l l ni, .1 ,1 IIIelPromlollNI IIpara la I n/, tin lUHlAldli:.IlililI IIII 1:1 I . | .1,1 ,|,|,.11 ,||, I,, - .Estado:; A n i m l i n i n do lo:; ( ii mili ii > n l , ,n i n ien San I nlilo un luu

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ELEMENTOS DE LA SITUACIN EDUCATIVA

(Segundo da de Seminario-taller)(Antes de iniciar, Roberto Iglesias anunci que Paulo Freir no seencontraba del todo bien, que hablara una hora y luego se retirara.E n los hechos. Freir lo desm ent ir a: terminara hablando casi t reshoras)

Agr adezco la c o m p r e n s i n de ustedes. No es sola-m e n t e e l t rabajo, es la e m o c i n , y la em oc in desgas ta .No es s lo e l e n c u e n t r o co n ustedes, es la m e m o r i a . Noes s o l a m e n t e po r lo que hice ayer, es lo que hice antes 31de ayer, lo que h ice e l m e s pasado, es la s u m a de m i sdas la que viene cansada. No es s imp lemen te cues t inde apretar un botn y poner la m em or ia a fun c ionar .. .

Estoy contento de percibi r que ustedes m e c o m p r e n -den. Si pudiera me quedara e l da entero.

Ahora, respondiendo a una sugerencia de RobertoIglesias voy a intentar decir algunas cosas, qu e proba-b lemente us tedes ya sepan o ad iv inen , en torno de ltem a de la edu cacin y de la form acin docente.

M e gustara in ic iar con un ejercic io intelectual, el depensar en la situacin qu e l l a m a m o s situacin educa-tiva. La situacin educat iva n o e s cualqu ier s i tuac in.Una situacin de almuerzo po r e jemp lo , puede tene r e ns alguno s m om entos e ducativos , pero n o e s necesar ia-


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m ente una s i t ua c in ed uca t iv a . P od r a m os p ens a r enu n a s i tuac in educat iva en la casa, en la re lac in entreel padre, la madre y los h i j os , pero pref iero pen sar en lare lac in e ducat iva t p ica, entre las profeso ras y los a lum -n o s . No im por ta qu escu ela sea, pr im ar ia , secu ndar ia ,un ivers i tar ia o c rculo de cul tura . Lo que quiero hacer e sana l izar y d es cubr i r co n us ted es cu les son los e l e m e n -tos const i tu t ivos de la s i tuac in educat iva .

L51-s

I m a g i n e m o s qu e es ta m os en e l aula , qu e est la pro-fesora o e l p r o f es o r y los a l u m n o s . C u l es la ta rea dela p r o f es o r a ? En p a la br a s s e nc i l l as d i r a m o s que la ta reade la p r o f es o r a es ens e a r , y la ta rea de los a l u m n o s ,aprender .

V e m o s e n t o n c e s q u e e l p r i m e r e l e m e n t o c o n s t i t u -tivo de la s i tuac in educadora e s la presencia de un

sujeto, el educador o la educadora, que t i ene unadeterminada tarea espec f ica que es la tarea de educar .

La s i tuac in educat iva impl ica tambin la presenciade los educandos, de los alumnos, s egund o ele-mento de la s i tuac in educadora .

Q u m s d es cubr im os en la prct ica de esta expe-r ienc ia? En p r im er l uga r d es cubr im os que la p r es enc iadel educador y de los educandos no se da en e l a i re .Ed u c a d o r y ed uca nd os s e encue n t r a n en un d e te rm i -na d o es p a c io . Es e es p a c io e s e l es p a c io p ed a gg ico ,espac io q ue l os d ocen tes m ucha s v eces no t o m a n en lad eb id a cons id e r a c in . Si nos o t r os n o s detuv i ramos aanal izar la im p or ta nc ia de l es p a c io p ed a gg ico no sp a s a r a m o s la m aana discut ien do por e jem plo sobre lasim p l i ca nc ia s de la fa l ta de respeto de los poderes pbl i-co s con respecto a es tos espacios . Aun con d i ferenc iasentre sitio y sitio, sta e s casi u n a tradicin histrica e nAm r ica Lat ina . Cu ando en 1989 fu i inv itado a a s u m i rcomo responsable de ia educacin pbl ica de la c iudadde Sao Paulo, haba 675 escuelas, cerca de un m i l ln dea lum no s y 35 .000 profesores . E l 60% de las 675 escue-las estaban en f ranco proces o de deter ioro m ater ial .Much as, en la poca de la in form t ica , s iqu ie ra tenantizas'. En m u c h a s e s c u e l a s lo s ba os e r a n a bs o lu ta -m e n t e inut i l izables, era una aventura ingresar a un bao.

33 IEl espaciopedaggico


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El tiempopedaggico

PAULOFREIR

Faltaba la mer ienda escolar , lo s m a te r ia l es . D e m a n e r aque las cond ic iones mater ia les del espacio pueden ser ono ser en s m is m a s p ed a gg ica s . C m o p ued e la pro-fesora , por m s d i ligente que sea, por m s disc ip l in ada ycu idadosa que sea, ped ir .a los a l u m n o s q ue no ens uc ienla sala, que no r o m p a n las si l las, que no escr iban lo spup i t res , cuando e l p r o p i o gobierno que deber a dar e le j em p lo no r es p e ta m n im a m en te esos espac ios? C ua n toms la Direcc in de la escuela , la Secretara de edu-cacin, los d i ferentes centros de poder demuestren a losch icos y a las fami l ias su celo por el cuidado de laescue la, por reparar el t e c ho y las paredes, por entregartizas y plantas, tanto ms esta demostrac in de respetoeducar a los n i os . Me h a n d icho, no s s i ser verdad,que en la Admin is t rac in de trenes de Sao Paulo hay unsector encargado de sacar d iar iamente lo s v a gonesdaados o con los as ientos rotos . Este sector saca e lcarro, lo repara y lo devuelve inm ed ia tam ente de m ane-ra que los ca r ros and en s iem p r e l im p ios y enteros . La co-rreccin del carro inhibe al destructor de asientos. Hayuna re lac in in dudable entre las cond ic ione s m ater ia les ynuestras cond ic iones menta les , esp ir i tua les , t icas, etc .

E l t e r ce r e l em en to constitutivo de la s i tuac in educa-tiva e s en tonces e l es p a c io p e d a gg ico . Y c o m o n o h a yespacio s in tiempo, e n t o n c e s e l tiempo pedaggico

EL GRITO MANSO

es otro e l e m e n t o const i tu t ivo de la s i tuac in educat iva .L a m en ta b lem en te ed uca d or es y educadoras pocas vecesnos p r egun ta m os : qu hago c o n m i tiempo p ed a gg ico ,cm o p ued o a p r ov echa r l o m s e f i ca zm en te . Cas i nuncan o s preguntam os: a l serv ic io de q u i n , de qu cosa este l tiempo educat ivo. Y se trata d e u n a pregunta funda-m e n t a l. O b v i a m e n t e e l t i e m p o educativo est al serviciode Ja produccin de l saber . Y c o m o no hay produccindel saber que no es t d i rectam en te l igada o asoc iada aideales, la p r egun ta qu e d ebem os ha cer nos es: al serv i -c io de q u i nes , d e q u idea les producim os, conjun ta-m e n t e con los a lum nos , e l saber dent ro d e l t i e m p o - e s -pacio de la escu ela . Y cuando uno se det iene sobre es tepunto d es cubr e q ue e l t i em p o-es p a c io p ed a gg ico s eus a sobre todo contra los in tereses de los n ios p o p u l a-res, a unq ue n o s o la m en te con t r a e l l os .

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os chicos echandoafuera el alma...y las profesoras

en la sala

P o n g a m o s c o m o e j e m p l o que los n i os l l ega n a laescuela a las 8. A las 8 : 15 t oca la c a m p a n a , lo s n i o sentran en fila militar, a lgunos p r o f es o r es o profesorastodava n o l le g a r o n , l a m e n t a bl e m e n t e e x i s te e s t o . A las8:20 hs. los n i os es t n l l ega nd o a la sala. La p r o f es o r at o m a a s i s t e n c i a , ah se van o t r os d iez m inu tos . So n 8:30y la p r o f e s o r a -e n esta car ica tura qu e es toy haciendo- s iest c a n s a d a no har na d a im p or ta n te p u es y a est p e n -sado que a las 10 hs. s i r v en la m e r i e n d a . A esa h o r atoca n la c a m p a n a y los n i os s a l e n cor r i end o , g r i ta nd o ,y la s p r o f e s o r a s s e q u e d a n e n u n a s a l a , no van a l re -c r e o , dejan de par t ic ipar d e e s e m o m e n t o p e d a g g i c or iq u s im o qu e e s e l m o m e n t o e n qu e l o s c h i c o s es t nsacando afuera s u s m ied os , s u s rabias, s u s angust ias ,su s alegr as, s u s t r is tezas y s u s d e s e o s . Los n i o s e s t ne c h a n d o s u a lm a a f ue r a e n e l recreo y las p r o f e s o r a s e nla sala, a jenas a e s t a e x p e r i e n c i a h u m a n a e s e n c i a l !D e s p u s de l r ec r eo s e t o m a la leche y ah se van m n i -m a m e n t e t r e i n t a m i n u t o s , sin con ta r o tr os t iem p osm u e r t o s . C u a n d o l l e g a e l f in de l d a los n i os t uv ie r on ,e n e l e s pa c i o p ed a gg ico de las cuatro h o r a s , do s h o r a sy m e d i a o t res horas de c lase . Ha n perd ido u n a hor a .Esta hora perd ida e s u n a hor a de a p r end iz a j e qu e n ohubo. Y lo p e o r e s qu e n i s iq u ie r a d i s cu t im os es ta pr-dida de l tiempo para la p r od ucc in de l saber, p or q ue s ilo h i c i r a m o s , al m e n o s h a b r a m o s a p r e n d i d o a lg o .

L a m e n t a b l e m e n t e la j o r n a d a esco lar en t r a en la rut inaco t id ia na , no se la p i e n s a , s i m p l e m e n t e se la vive. staes u n a ref lex in pend iente qu e raram ente se da en lasu n i v e r s i d a d e s . Lo d igo co n t ri s t ez a . C o m o p r o f es o r es ,c o m o p r o f e s o r a s , t e n e m o s la ob l iga c in de c o n o c e r , dedebatir , de a na l i z a r estas cosas .

H e m o s v is to hasta aqu qu e n o h a y s i t ua c in ed uca -tiva sin la figura del profesor y del alumno que se en-cuen t r a n e n cier to e s pa c i o a lo la rgo de c i e r t o t i e m p od o c e n t e . Pero h ay algo m s q u e e s e s e n c i a l a la s i tua-c in ed uca t iv a , y e s e a lgo m s s o n l o s contenidoscurriculares, lo s e l e m e n t o s p r o g ra m t ic o s de la e s c u e -la, que c o m o p r o f e s o r t e n g o la ob l iga c in de e n s e a r yqu e l o s a l u m n o s t i e n e n la ob l iga c in de a p r end er . C on -ten id os q u e e n l engua j e m s a c a d m i c o , e n t eo r a de lc o n o c i m i e n t o , s e l la m a n objetos cognoscibles, ob j e tosque los j v e n e s qu e s e f o r m a n p a ra s e r p r o f e s o r e s de -be n conocer . C r eo qu e inc luso en la prct ica de la edu-cac in p op u lar e l p ueb lo t i ene d e r echo a dom ina r e l len-g u a je a c a d m i c o . Y d igo es to p o r q ue h ay ed uca d or esp o p u l a r e s q u e e n n o m b r e de la r ev o luc in encuen t r a nqu e lo cor recto e s r o m p e r con la a c ad e m i a . A m i juicioes u n error, e s u n a tra icin al p ueb lo . Lo cor recto e scambiar la a c ad e m i a y no dar la es p a ld a a la a c a d e m i a .N ues t r o p r ob lem a n o e s estar contra la a ca d em ia s i no

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Cambiar la academia,ponerla al serviciodel pueblo


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Todo tiempo educativoes tiempo de pregunta

rehacer la , poner la a l serv ic io de los in tereses de la ma-yor a de l p ueb lo . Hay que p r es t ig ia r a la a ca dem ia , es toes , p oner l a al serv ic io de l p ueb lo . D es d e qu e h o m b r e s ym u j e r es inventaron la vida en c o m n , lo s objetos cog-nosc ib les f u e r o n perc ib idos y estud iados a travs de le jerc ic io de la cur ios id a d . El p ueb lo t i ene d e r echo a sa-ber , neces i ta saber que los con ten id os esco lares s e l la-m an objetos cognosc ib les , es dec ir : objetos que puedense r conoc id os .

Y a q u s u r ge otro t em a im p or ta n te . Lo s objetoscognoscibles son percibidos mediante del ejerci-cio de la curiosidad. D e all el cu idado que nos o t r osc o m o p r o fe s o r e s de b e m o s t e n e r e n relacin a preservarla cur ios id a d de los n i os . C u n ta s veces habrn obser -vado e n casas de a m i g o s , a l p a p y la m a m c o n v e r s an -do con la visi ta, de pronto e l nio de t res , cuatro aos,v ie n e cor r iendo con una pregunta y e l pap: ca l lad i to ! N o ves que es toy h a b la nd o con o t r a p e r s on a ? C m oven s con es a pavada? Pucha! D ios m i ! A m n o m egusta t irar piedras a nad ie n i c r ea r s en t im ien tos deculpa , pero es ta conducta e s absurda . Es un c o m p o r -ta m ien to ca s t r a dor qu e cercena una de las cosas m sim p o r ta n tes qu e t e n e m o s y que es la cur ios id a d . Sinc u r i o s id a d s iqu ie ra tendr am os la pos ib i l idad de ser papo m a m . T o do tiempo educat ivo e s tiempo de p r egun ta

EL GRITO MANSO

y de r es p ues ta , t ie m p o de d isc ip l inar , de r eg la m en ta r laprop ia p r e gu n t a , la prop ia respuesta . Una tarde, hacem uchos a os , en Recife, e l rector de la Unive rs idad v inoa nues t r a casa para conversar sobre u n p r o b l e m a de laU n ive r s id a d . E s t ba m os en la t e r r a z a cua nd o de r ep en -te uno de mis h i j os , que deba tener unos cuatro o c incoa os , v ino a p r egun ta r a lgo . Par la conv er s a c in , es cu -ch a l nio, le contest y despu s le d i je : m ira , tu p apes t conv er s a nd o c o n u n a m i g o qu e ta m b i n t i ene p r e -g u n t a s q u e h a c e r y q u e t a m b i n c o n t e s t a p r e g u n t a s .Po r es o , s tenes otra pregunta para hacer , te s ug ie r oq ue la m e m o r i c e s y p r e g u n t e s d e s p u s , as tu papp u e d e s e g u i r c o n v e r s a n d o c o n s u a m i g o . Es p r e c i s od e f end er e l d e r echo q ue t i ene e l n i o de preguntar, desat is facer s u cu r i os id a d , p e r o a l m i s m o t i e m p o decir leque hay m o m e n t o s para p r e gu n t ar y momentos paraabstenerse, l o q ue en ti ca d e f i n im o s " a s um i r l os l m i t esde la l iber tad". Sin lmites no hay libertad, comotampoco ha y autoridad. La f o r m i dab le cuest in qu ese nos plantea a los educadores es cm o e stablecer losl m i tes , en qu cons is ten rea lme nte, y cu les entre todo sel los son los que hay que m p le m e n ta r .

V o l v a m o s a hor a a la cues t in de los objetos de lc o n o c i m i e n t o . C u n t o m s p e n s a m o s e n qu e sensear, qu es aprender , tanto m s d e s c u b r i m o s q u e

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Sin lmitesno hay libertad


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en las personas..

n o h a y u n a c o s a s in la otra, que los dos m o m e n t o s s o ns i m u l t n e o s , q u e s e c o m p l e m e n t a n , de ta l m a n e r a qu equien ensea, aprende al ensear y quienaprende, ensea al aprender. No c a s u a l m e n t e enf rancs e l m i s m o v e r b o s i g n i f i c a e n s e a r y a p r end er , e lverbo apprendre. La cues t in e s cm o l id ia r co n estaa p a r e n t e con t r a d icc in . En este momento, ' h a b l a n d oco n us ted es , y o e s t o y r e c o n o c i e n d o estas cosas , es toyr e s a b ie n d o estas cosas . D e m a n e r a q u e e n e l p r o c e s o e nqu e us ted es a p r end en , us ted es m e e n s e a n . C m o ? Atravs de la m i r ad a , de sus a c t i t ud es . El p r o f e s o r atento,e l p r o f es o r d es p ie r to , no a p r end e s o la m en te en l osl ibros , aprende en la clase, a p r end e l ey end o en las per-s o n a s c o m o s i f ue r a n u n texto. Mientras le s hablo, y oc o m o d o c e n t e , tengo q ue d es a r r o l la r en m la ca p a c id a dcr t ica y afect iva de l ee r e n l o s o j os , e n e l m o v i m i e n t ode l c u e r p o , en la i nc l i na c in de la ca bez a . D ebo s e rcapaz .de p er c ib i r s i hay en t r e us ted es a lgu ien qu e n oen tend i l o que dije, y e n e s e caso tengo la ob l iga c inde repet i r e l concep to e n f o r m a clara p a r a r ep oner a lap e r s o n a e n e l p r oces o d e m i d is cu r s o . En c ie r to s en t id o ,u s t e d e s es t n s i end o a hor a p a r a m un t ex to , un l ib r oqu e neces i t o l ee r al m i s m o tiempo-que ha b l o . En Bras i l ,lo s buenos p o l t i cos s a b a n ha cer es to , saban tocar las e n s ib i l i d a d d e q u i e n e s lo s e s c u c h a b a n . A h o r a con lat e l ev i s in es to s e es t a ca ba nd o . D e m a n e r a que la

prct ica d ocen te v a m s al l de l acto de en t r a r al aula ydar, p o r e j e m p l o , la clase de s us ta n t i v os . La prct icaed uca t iv a e s m u c h o m s q u e eso.

Volv iendo a nuestro tema, no ha y en tonces s i t ua c inp ed a gg ica s i n un s u j e to q ue ens e a , s i n un s u j e to q uea p r end a , s i n un es p a c io - t i em p o en q ue estas r e la c ionesse d a n y n o h a y s i t ua c iones p ed a gg ica s s in objetos qu ep ued a n s e r c o n o c i d o s . Pero n o t e r m in a a qu la cues t in .Ha y otra ins tanc ia const i tu t iva de la s i t ua c in e d uca t iv a,a lgo qu e va m s all de la s i tuac in educat iva y qu e s i nem ba r go f o r m a p a r te d e e l la . N o ha y s i t ua cin ed uca t i -va q u e n o a p un te a ob j e t i v os qu e es t n m s all de la u la, q ue no t enga q ue v e r con conce p c iones , m a ner a sd e v e r e l m und o , a nhe los , u top a s . D es d e e l punto devis ta tcnico, esta ins tanc ia , e n f i l os o f a de la ed uca c inrec ibe el n o m b r e de direccionalidad de la edu-cacin. M ucha gen te con f und e d i r ecc iona l id a d cond i ri g i s m o , co n a u t o r it ar i s m o . S in e m b a r g o , la d irec-c iona l id a d p ued e viab i l izar tanto la pos ic in autor i ta r iac o m o fa d e m o c r ti c a , de la m i s m a m a n e r a que la faltade d irecc iona l idad puede v iabi l iz ia r e l espontaneismo.Esj u s ta m en te la d i r ecc iona l id a d la que expl ica e sa cua l idade s e n c ia l de la prct ica educat iva q u e y o l la m o la politi-cidad de la educacin. La politicidad de la prct icaeducat iva n o e s u n a i nv enc in de los s u b v e rs i v o s c o m o

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La politicidad esa la prctica

educativa

piensan los reacc ionar ios . Por e l contrario, es la natu-raleza m i s m a de la prc t ica educat iva la que c o n d u c e aleducador a ser poltico. C o m o educador yo no soy polti-co po r q u e q u i e r a s i n o po r q u e m i m i s m a c o n d i c i n d ee d u c a d o r m e l a i m po n e . Esto no s ign i f ica se r par t idar iod e e s t e o d e a q u e l pa r ti d o , a u n c u a n d o yo c o n s i d e r o q u etodo e d u c a d o r d e be r as u m i r u n a pos ic in par t idar ia .

La politicidad es en tonces inherente a la prct icaeducat iva . Esto s i g n i f i c a q u e c o m o p r o f e s o r d e bo t e n e rclaras m i s o pc i o n e s po l t ic as . , m i s s u e o s . P o r q u e a l final q u e s l o q u e m e m u e v e , m e a l i e n t a c o m o profesor , , s igano tan poco , s i estoy tan desprest ig iado en estas o c i e d a d d e m e r c a d o ? Q u s u e o tengo para soar ,para d iscu t i r c o n m i s a l u m n o s ? La po l i t ic idad revelao t ras do s c a r a c t e r s t i c a s de la s i t u a c i n e d u c a t i v a .R evela que en la prc t ica educat iva , esttica y ticavan de la mano. La prc t ica educat iva e s be l la com oe s bel la la f o r m a c i n de la cu l tu ra , la f o r m a c i n de unindividu libre. Y al m i s m o tiempo esa estt ica es tica,pu e s trata de la m o r a l . D i f c i lm e n t e u n a cosa be l la s e ainmoral. Esto n o s pone frente a la neces idad de recha-za r e l p u r i ta n i s m o q u e m s qu e t ico e s h i po c r e s a y fa l -s i f icac in de la tica,, de la libertad y de la pu reza .

R e c a p i tu l a n d o e n t o n c e s : n o h a y p r c t i c a e d u c a t i v as i n s u j e t o s , s i n s u j e t o e d u c a d o r y s i n s u j e t o e d u c a n d o ;

EL GRITO MANSO

no hay prct ica educat iva fuera de ese espacio-tiempoq u e e s e l e s p a c i o - ti e m p o p e d a g gi c o ; n o h a y prc t ica.educativa fuera de la exper ienc ia de c o n o c e r que tc-n i c am e n t e l la m a m o s experiencia gnoseolgica, quee s l a e x pe r i e n c i a d e l p r o c e s o d e produccin de lc o n o c i m i e n t o e n s ; n o h a y p r c ti c a e d u c a t i v a q u e n ose a po l t ica ; no hay prc t ica educat iva que no este n v u e l t a e n s u e o s ; n o h a y p r c t i c a e d u c a t i v a q u e n oi n v o l u c r e v a l o r e s , p r o ye c t o s , u t o p a s . No h a y e n t o n c e s ,prc t ica educat iva s in t ica .

La e d u c a c i n n o pu e d e d e j a r d e t o m a r e n c u e n t at o d o s estos e l e m e n t o s . Se trata de una tarea ser ia yc o m p l e j a y c o m o ta l d e be r s e r a f r o n t a d a tanto p o rlo s r e s p o n s a b l e s de las po l t i c as e d u c a ti v a s c o m o por l ospropios docentes. T e n e m o s la responsabil idad, no de in-t e n t a r a m o l d a r a los a l u m n o s s i n o de desaf ia r los e n e lsentido de que ellos participen como su je tos de su pro-p i a fo r m a c i n . E n e s t o s das e s t o y t e r m i n a n d o u n libron u e v o co n ideas v ie jas, donde trato e s t e t e m a de laf o r m a c i n d o c e n t e y d o n d e r e s a l to d o s o tr e s s a be r e s om x i m a s q u e c r e o d e be r a n f o r m a r pa r t e d e l ba g a j e d etodo pr o f e s o r o pr o f e s o r a . U n a d e e s t a s m x i m a s , qu em e a c o m p a a d e s de h a c e tiempo, es la que s o s t i e n e :cambiar es difcil pero es posible. Q u testimoniopo d r a d a r a l o s j v e n e s s i m i po s i c i n fr e n t e a l m u n d o

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El alumno como sujetode supropia formacin


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fuera la de qu ien est convenc ido de que nada puedese r h e c h o , qu e nada puede s e r c a m b i a d o ? Y o dira qu een es e caso es m e j o r qu e a b a n d o n e e l m a g i s te r i o , qu ei n t en t e sobrevivir de a lg u n a o t ra m a n e r a . N ad i e p u e d edar clases s in te n e r la conv icc in de lo que h a c e . Nopuede dec i r : y o s o y s i m p l e m e n t e u n tcn ico , d i s tantede l mu ndo, de la h i s to r ia . No so lame nte debo dar test i -m o n i o d e m i vo lun tad de cam bio , s ino qu e a d e m s d e bo .d e m o s t r a r q ue en m , m s q ue una creenc ia, es una c o n -viccin. Si no soy capaz de dar te s t i m o n i o d e m is conv ic -c iones p ie rdo m i base t ica y soy un ps imo educadorporque no s transm i t i r e l va lo r de la transform ac in .

Otra conv icc in qu e c o n s i d e r o f u n d a m e n t a l , es laqu e so s t i e n e : es necesario aprender a escuchar.Hay qu i e n e s c r e e n qu e hablando se aprende a hablar,c u a n d o e n real idad e s e s c u c h a n d o que se aprende ahablar . No puede hablar b ien qu ien no s abe escuch ar . Ye s c u c h a r i m p l i c a s i e m p r e n o di sc r im i n a r . C m o p u e d oc o m p r e n d e r a los a l u m n o s de la vi l la si e s to y c o n v e n c i -do de que son su c ios, que t i enen m al o lo r? Si soy i nca-p az d e c o m p r e n d e r qu e e s t n s u c io s p o r qu e n o t i enena gua para baarse? Nadie op ta por la m i se r i a . En Ro deJane i ro , un h o m b r e qu e o r g a n i za una de las Escolas des a m b a de l carnaval , dijo una vez una gran verdad: "Sloa lo s i n te le c tu ale s p e qu e o b u r g u e se s le s gusta la m i s e -

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ria. Al pueb l o le s gustan la s cosas b o n i ta s " . Ob v i a m e n teal pueblo le gusta e l b ienestar , aque l lo que no puedetener . Lo que nosotros debemos querer , no es que e lpueb lo s iga en la m i se r i a , s i n o qu e su p e r e la m i se r i a .Ha y que pe lear para que e l pueb lo v iva b ien , que tengacamisas como sta, que en los aos se ten ta hub ie ra s idocons id e r a d a s e a l de b u r g u e s a . Hay que d e m o c r a t i za rlas cosas b u e n a s y no su p r i m i r la s . Y o no rechazo lascosas b u r g u e sa s s i n o la concepc in burguesa de la vida.Ha y qu e s u p e r a r a lg u n o s e qu v o c o s d e l p a sa do , c o m opensar que la so l idar idad con los o p r i m i d o s es unacuest in de geograf a, q ue es necesar io sa l i r de l reae le g a n te de la c iudad e ir a v iv i r en la miser ia parae n to n c e s s s e r a b so lu ta m e n te so l i d a ri o con los o p r i m i -dos. Esto no s iempre resu l ta . Aprender a escuchar impli-ca n o m i n i m i za r a l otro, n o r i d i c u lar i za rlo . C m o p u e d eu n pro fesor tener buena comun icac in c o n u n a l u m n oal cual p rev iamente desvalor iz o i ron iz? Cmo puedeun pro fesor m a ch is ta escu char a una m u jer, o un pro f e -s o r racista a un n e g r o ? D i g o e n e l l ibro, s i usted esm a c h is ta , a sm a se c o m o m a c h i s ta p e ro n o se presentecom o dem crata, usted no t i ene nada que ver con lad e m o c r a c i a . Si en cam bio usted ins i s te con los su e o sd e m o c r t i c o s , e n to n c e s va a te n e r qu e pensar en i rsu p e r a n d o su m a c h i s m o , su c l a s i s m o , su r a c i sm o . En losEstados Unidos acaban de q u e m a r ig les ias de n e g r o s

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No rechazo las cosasburguesas, sino laconcepcin burguesade la vida

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como s i l o s negros e n primer lugar n o tuvieran alma ye n segundo lugar, e n e l caso qu e admititiramos qu etienen alma, como s i e l alma negra estuviera s u c i a yensuc iar a la oracin. D a pena cuando la blanquitud s ea r r o g a e l derecho de ser la pedagoga de la democraciadel mundo. Increble cinismo!

Otra d e l a s convicciones propias d e l docentedemocrtico consiste en saber que ensear no estransferir contenidos de su cabeza a la cabeza delo s alumnos. E n s e a r e s posibilitar q u e l o s alumnos,desarrollando s u curiosidad y tornndola cada v e z m scrtica, produzcan e l conocimiento e n colaboracin co nlo s profesores. A l docente n o l e cabe transmitir e lconocimiento, slo le cabe proponer al alumno elaborarlo s medios n e c e s a r i o s para construir s u propia compren-s in del proceso de conocer y del objeto estudiado.

La complejidad de la prctica educativa e s tal, qu en o s plantean la necesidad de considerar todos l os e le-mentos que puedan conducir a un buen proceso educa-tivo, nos impone la necesidad de inventar situacio-ne s creadoras de saberes, s in las cuales la prcticaeducativa autntica no podra darse. Y digo esto porquela s virtudes y las condiciones propicias a la buena prc-tica educativa no caen hechas del cielo. No hay un D i o sque enva virtudes de regalo, no hay una burocracia d-

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v i n a encargada de distribuir virtudes. Saberes y virtu-des deben ser creadas, inventadas por nosotros.Nadie nace generoso, crtico, honrado o responsable.Nosotros nacemos co n estas posibilidades pero tenemosqu e crearlas, desar r o l la r las y cultivarlase n nuestra prc-tica cotidiana. S o m o s l o q u e estamos siendo. La condi-cin para q u e y o s e a e s q u e est siendo. Cada u n o e s u npr o c e s o y u n proyecto y n o u n destino. Es preciso qu een mi propia experiencia social, en mi propia prctica yodescubra los caminos par a hacer mejor lo que quiero ha-cer . En m i prctica docente aprend la necesidad de lacoherencia, que no poda tener un discurso alejado demi prctica, que tena que buscar una identificacin ca-si absoluta entre l o que deca y l o que hac a . Y sta e su n a virtud q u e s e llama coherencia. Descubr tambinque la efectividad de mi prctica estaba ligada a la ne-c e s i d a d de aceptar el protagonismo de los dems,a la necesidad d e n o pensar q u e s o y e l nico e n e l mun-d o q u e puede hacer ciertas cosas , y a la necesidadd e n o

tener resentimiento con las personas que pueden hacerlas cosas q u e m e gustara h a c e r y n o hago porque n os o y capaz. Descubr q u e n o poda odiar a quien estabafeliz en el mundo simplemente porque estaba feliz, pe-ro aprend tambin que deba continuar indignado antela difcil situacin qu e c r e a la infelicidad de los dems.Este respeto al derecho de los otros, este reconocer

Cada uno es un procesoy no un destino i

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que los otros pueden hacer las cosas qu e nosot ros n oh ac e m o s , se l lama humildad. Y la humildad n o implicae l gusto de ser humillado, por e l contrario, la personahumilde rehusa la humillacin.

En c o n c l u s i n , p r o f e s o r e s y pro fesoras , educadoresy e d u c ad o ra s , alu m n o s y a l u m n a s , p r e o c u p m o n o s p o rla creac in y la recreac in en n o s o t r o s y e n n u e s t r o slugares de trabajo de aq u e l las c u a l idade s fu n dam e n ta le sque son las que nos van a p e rm i ti r real izar nuestross u e o s .

freire_el grito manso

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