frege - vida e obra (os pensadores)

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  • 8/18/2019 Frege - Vida e Obra (Os Pensadores)

    1/12

    F R E G

     1848-1925

    VIDA

    e OBRA

    Consultoria de Luís Henrique dos Santos

  • 8/18/2019 Frege - Vida e Obra (Os Pensadores)

    2/12

    178

     

    S P•NSADORF:S

    A

    s sistematizações das leis ideais

    do pensamento, elaboradas pela

    filosofia antiga e pelos lógicos da

    Idade Média, podem ser sintetizadas em

    torno de quatro características funda-

    mentais. São bivalentes, admitindo

    como valores lógicos apenas o verda-

    deiro e o falso; são normativas, apoian-

    do-se no pressuposto de que o verda-

    deiro deve ser procurado, e o falso,

    evitado; vinculam-se a uma metafisica

    essencialista, supondo que os conceitos

    lógicos expressem a própria realidade

    dos seres; permanecem quase completa-,

    mente presas ao âmbito

    da

    linguagem

    corrente.

    Esse panorama geral da lógica come-

    çou a se alterar na Idade Moderna, em

    virtude, sobretudo, do surgimento da ál-

    gebra. Leibniz (1646- I 716) colocou os

    princípios de uma lógica simbólica,

    atraves de seu projeto de uma linguagem

    artificial, desprovida de qualquer ambi-

    güidade. Contudo. somente no século

    XIX alguns pensadores conseguiram

    construir uma lógica formal liberta dos

    entraves que impediram o desenvolvi-

    mento da lógica clássica.

    Entre os trabalhos nesse sentido,

    salientam-se os realizados por George

    Boole

    1815-1864),

    que desenvolveu

    uma álgebra da lógica, os de Georg Can-

    tor 1845-1918),

    criador da teoria ma-

    temática dos conjuntos, os de De Mor-

    gan (1806-1871) e os de Giuseppe

    Peano (1858-1932). Mas as investiga-

    ções mais importantes nesse período

    foram as realizadas por

    Cottloh Frege,

    considerado por muitos historiadores

    como o verdadeiro fundador da moderna

    lógica matemática.

    Frege nasceu em 1818 na cidade de

    Wismar, Alemanha. Seus estudos primá-

    rio e secundário foram feitos no ginásio

    da cidade natal e o superior nas univer-

    sidades de Gõttingen e Jena. \ esta últi-

    ma, tornou-se livre-docente, em 1874, e

    professor titular, em 1896, e nela per-

    maneceu até sua morte, ocorrida em

    1925, em Bad Kleinen.

    Durante toda a sua vida, Frege dedi-

    cou-se quase exclusivamente à matemá-

    tica e à lógica. O desenvolvimento das

    idéias que formulou a respeito desses

    assuntos pode ser estudado de acordo

    com quatro períodos distintos. O pri-

    meiro e marcado pela obra Conceito

    grafia, uma linguagemformular do pen-

    samento puro, imitada da linguagem

    aritmética,

    publicada em 1879 e na qual

    sintetizou suas pesquisas sobre opera-

    ções de negação e implicação e sobre os

    conceitos de identidade e de quantifi-

    cador universal, além de desenvolver

    uma teoria lógica das séries. No segundo

    período, que corresponde a Os Funda-

    mentos da Aritmética

    1884),

    Frege ocu-

    pou-se com o esboço informal da defini-

    ção lógica de número e com a

    demonstração lógica das leis aritméticas

    fundamentais, a partir de leis lógicas. O

    terceiro período estende-se de

    1881 até

    1903, quando Frege completou a publi-

    cação de

    As Leis Fundamentais da Arit-

    mética,

    na qual procurou formalizar e

    completar Os Fundamentos da Aritmé-

    tica

    e, por essa razão, foi levado a alte-

    rar alguns aspectos da sua conceito-

    grafia e a inserir em seu contexto a

    distinção entre sentido e significado.

    Com essas modificações, Frege tornou

    possível o uso generalizado do sinal de

    identidade, sem provocar perplexidades

    filosóficas, bem como conseguiu expli-

    car por que as equações aritméticas são

    ao mesmo tempo analíticas e informati-

    vas. Além disso, Frege introduziu a

    noção de

    percurso de valor de

    unes fim

    ção

    (todo conceito é urna espécie de fun-

    ção. a extensão de um conceito

    é

    seu per-

    curso de valor e

    todo número é urna

    extensão de certo conceito) e criou uma

    notação simbólica correspondente ao

    que Russell, posteriormente, chamaria

    descrição definitiva,

    isto

    é,

    expressões

    do tipo o tal-e-tal

    -

    . A esse terceiro

    período do pensamento de Frege. perten-

    cem, além de

    As

    Leis Fundamentais da

    Aritmética,os

    mportantes artigos

    Fun

    çào

    e Conceito, Conceito e Objeto

    e

    Sen

    tido e Significado.

    Pouco antes da publicação do segundo

    volume de

    s

    Leis Fundamentais da

    Aritmética

    (1903),

    Frege recebeu de

    Bertrand Russell uma carta, na qual o

    filósofo inglês lhe comunicava um pro-

    blema que, posteriormente, ficaria famo-

    so como paradoxo das classes . Segun-

    do Russell, o paradoxo das classes

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    a

    .........................

      Quando um conceito, que serve de base a uma importante ciência, oferece

    dificuldades, torna-se tarefa irrecusável investigá

    -

    lo de modo mais preciso e

    superar essas dificuldades . . . Frege dedicou toda sua vida à investigação

    dos conceitos fundamentais da aritmética, desde sua juventude em Gõttingen.

    (V ista de Gõttingen, Prefeitura e Praça do Mercado; Foto Biiuerle, Munique.)

    F R E G E

     

    1 79

    poderia ser dem onstrado no sistem a ló-

    gico proposto por Frege, o que obrigou

    este a escrever uni apêndice a

    A s L eis

    Fundamentais da Aritmética,

    propondo

    uma maneira de corrigir seu sistema a

    fim de evitar a contradição apontada por

    Russell. Contudo, essa solução não

    satisfez a Frege, na medida

    m

    qu e

    ameaçava o caráter lógico do sistema,

    isto é, sua evidência imediata. Iniciou-se

    então o quarto período, no qual Frege

    procurou outra solução para o proble-

    ma, mas logo desanimou e voltou-se

    para outros assuntos. A m aior parte dos

    escritos desse período somente foram

    publicados em 1969. E ntre eles salien-

    tam-se três artigos,

    O Pensamento, A

    Negação, Conexões de Pensamento

    (dos

    poucos publicados em vida), que F rege

    pretendia reunir sob a designação de

    Investigações Lógicas.

    Uma quarta in-

    vestigação

    (Generalidade Lógica)

    ficou

    inacabada devido à morte do autor.

    Além desses trabalhos, Frege redigiu

    dois outros textos pequenos, num dos

    quais reconhecia explicitamente a im-

     

    ossibilidade de reduzir a aritmética à

    ógica e propunha o novo projeto de

    reduzi-la a geom etria. O projeto, contu-

    do, ficou apenas esboçado.

    Uma nova lógica

    Os três prim eiros períodos da obra d e

    Frege centralizaram-se no projeto de

    redução da aritmética à lógica, projeto

    que poderia ser sintetizado em dois

    objetivos. O primeiro consiste em definir

    toda expressão aritm ética em term os ló-

    gicos e com isso mostrar que toda

    expressão aritmética significa o mesmo

    que uma expressão lógica determinada.

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    I 80

     

    OS PENSADORES

    truir deduções ilegítimas e toda

    ilegitimidade pode ser facilmente cons-

    tatada, na medida em que o conjunto de

    passagens permitidas é pequeno e as re-

    g

    ras que as comandam são formais, isto

    e, são do tipo de sentenças de tal e tal

    forma, pode-se deduzir uma sentença de

    tal outra forma . Com isso, a dedução

    torna-se um cálculo, uma série de opera-

    ções sobre símbolos. É importante,

    porém, notar que, para Frege, isso é ape-

    nas um recurso útil e acidental. Frege

    não pode, portanto, ser confundido com

    os formalistas, segundo os quais a lógi-

    ca é simplesmente uma teoria sobre sím-

    bolos sem significado. Para Frege, os si-

    nais de conceitografia têm significado e

    o conjunto de axiomas e regras é estabe-

    lecido de acordo com esse significado.

    Ocorre apenas que se pode operar com

    os símbolos como se fossem vazios, gra-

    ças ao artificio da formalização.

    As duas vantagens da lógica de Frege

    em relação à lógica clássica, isto é, a

    ampliação de seu campo e a formaliza-

    ção, não devem ser postas em pé de

    igualdade. A primeira é fundamental;„

    p

    ois, sem a nova teoria do conceito e a

    incorporação da teoria dos conjuntos, /

    não seria possível reduzir a aritmética à/ -

    lógica. O mesmo não pode ser dito da,

    formalização, porque não

    é indispen-

    sável a construção de uma linguagem

    artificial; bastaria usar a linguagem

    comum com algumas correções e acrés-

    cimos que incorporassem as vantagens

    da conceitografia. Prova disso encon-

    tra-se no fato de Frege usar nos

    Funda-

    mentos

    a linguagem comum. Em suma, a

    ampliação do campo da lógica é condi-

    ção de realização do projeto de Frege, a

    formalização apenas torna as coisas

    mais fáceis.

    O segundo objetivo dependeria dos

    resultados alcançados pelo anterior e,

    em caso positivo, consistiria em mostrar

    que as proposições lógicas obtidas pode-

    riam ser deduzidas de leis lógicas

    imediatamente evidentes.

    Para cumprir esses objetivos, a lógica

    clássica mostrava-se duplamente insufi-

    ciente. Primeiro, por ser incompleta,

    pois as relações e propriedades aritmé-

    ticas seriam relações e propriedades ló-

    gicas muito mais complexas do que as

    que a lógica clássica era capaz de repre-

    sentar. Em segundo lugar, esta última

    não é suficientemente formalizada, dei-

    xando-se contaminar pela imprecisão da

    linguagem comum. Por causa dessas

    insuficiências, o projeto de Frege passou

    a exigir a elaboração de uma nova lógi-

    ca. A essa tarefa, Frege se dedicou na

    obra

    Conceitografia, uma linguagem

    formular de pensamento puro, imitada

    da linguagem aritmética

    e nos artigos

    Funçáo e Conceito, Conceito e Objeto

    e

    Sentido e Significado. A nova lógica ela-

    borada nesses textos comporta uma

    nova teoria do conceito, que conduz a

    uma nova maneira de analisar proposi-

    ções, à ampliação das possibilidades de

    expressão de propriedades e relações ló-

    gicas e, conseqüentemente, à ampliação

    das possibilidades de definição de pro-

    priedades e relações em geral. Além

    disso, Frege incorporou à lógica a parte

    da matemática posteriormente conhe-

    cida como teoria dos conjuntos.

    Por outro lado, a nova lógica elabo-

    rada por Frege expressa-se

    lógica

    de

    uma linguagem simbólica artificial. A

    linguagem comum (utilizada pela IO-

    gica clássica) é inadequada para expri-

    mir com exatidão propriedades e rela-

    ções lógicas, em virtude de sua

    gramática não se orientar por necessi-

    dades puramente cognitivas, servindo

    também a outras necessidades humanas,

    como a estética. Uma dedução em lin-

    guagem comum contém, assim, lacunas

    e premissas implícitas que dificultam o

    reconhecimento das conclusões logica-

    mente legítimas. A conceitografia de

    Frege, ao contrário, contém um conjunto

    bem determinado de regras de dedução e

    de axiomas lógicos, supostamente evi-

    dentes. Assim, com a conceitografia, tor-

    na-se gramaticalmente impossível cons-

    Lógica e matemática

    O núcleo da ampliação do campo da

    lógica realizada por Frege encontra-se

    em sua teoria do conceito. Frege substi-

    tui a clássica distinção entre sujeito e

    predicado pela distinção entre função e

    argumento, como par de categorias lógi-

    cas básicas. Essa substituição corres-

    ponde a uma mudança mais radical de

    ponto de vista: a unidade lógica deixa de

    ser o conceito e passa a ser a proposição.

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    Investigando sobretudo o conceito de núm ero, Frege lançou novas luzes sobra

    o

    problema d as relaçóes entre a ma temática e a lógica. Com isso, constatou us

    insuficiências da lógica tradicional, particularm ente sua incapacidade puro

    abran ger o pensa men to matemático. Igreja de São Jacó, em Gõttingen, orat

    e

    Cottlob Frege iniciou seu s estud os un iversitários: Foto Bd uerle, Alunique.)

    FREGE

     

    81

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    O S PE N S A D O R E S

    Segundo Frege, toda proposição admite

    um processo de decomposição que a

    reduz a uma expressão incompleta,

    comportando um ou m ais lugares vazios

    e a um a ou m ais expressôe

     s-que-pOdem -

    preencher esses lugares a fim de recom-

    por a proposição. Assim, dois é um nú-

    mero decompõe-se em dois e ( ) é

    um número . A primeira expressão é

    completa, tem como significado um

    objeto;

     

    a segunda é incompleta, tem

    como significado uma função. Essa

    forma de an álise estende-se a toda espé-

    cie de expressão. A capital do Brasil ,

    por exemplo, decompõe-se em A capi-

    tal de ( ) e Brasil , a primeira signifi-

    cando um a função, a segunda, um obje-

    to. Estende-se, assim, à lógica a noção

    m atemática de função. Do mesm o modo

    que em matemática a expressão o

    dobro de ( ) significa uma lei que faz

    corresponder a cada número, tomado

    como argumento da função, outro núm e-

    ro que é

    o valor da função para o argu-

    men to (argumen to 1, valor 2; argum ento

    2, valor 4, etc.), também a capital de

    ( ) significa um a lei que faz correspon-

    der, por exemplo, o valor Brasília ao

    argumento Brasil o valor Londres,

    ao argum ento Inglaterra : No caso de a

    expressão decomposta ser um a proposi-

    ção (como no exem plo dois é um núme-

    ro ), o valor da função é um valor de

    verdade, que Frege diz ser a circuns-

    tância de ser ela [a proposição) verda-

    deira ou falsa . Os valores de verdade

    são dois: o verdadeiro e o falso. Assim, o

    valor da função ( ) é um número para o

    argum ento 2 é o valor de verdade verda-

    deiro, pois preenchendo-se o lug ar vazio

    do nome da função com o nome do argu-

    mento obtém-se uma proposição verda-

    deira; pelo m esmo m otivo, o valor dessa

    função para o argum ento Brasíl ia é o

    valor de verdade falso. Assim, o que

    tradicionalmente se chama conceito

    nada mais é para Frege do que uma fun-

    ção que tem para qualquer argumento

    um valor de verdade com o valor. Anali-

    sar logicamente uma proposição é de-

    compô-la em u ma parte significando um

    conceito e uma ou mais partes signifi-

    cando os argumentos. A proposição é

    encarada com o nom e próprio, expressão

    que significa o valor de verdade assu-

    mido pelo conceito para aquele(s) argu-

    Comtemporaneamente a Frege, o

    matemático Giuseppe Peano contribuiu

    de maneira decisiva para a formulação

    de urna nova lógica, que sanasse as

    insuficiências da lógica tradicional.

    mento(s). Essa maneira de conceber a

    análise lógica rompeu com toda a tradi-

    ção e tornou-se o fundam ento da lógica

    m oderna e o fio condu tor na construção

    dos modernos sistemas de cálculos de

    predicados.

    Os conceitos, segundo F rege, podem

    ser classif icados conforme o núm ero de

    lugares vazios, podendo ser preenchidos

    por diferentes objetos. Em cada um dos

    exem plos anteriores, trata-se de concei-

    tos simples, com um só lugar vazio. Ao

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    A figura acima representa uma etapa na construção de urna curva de Peano.

    Continuando-se o processo de construção, todos os pontos da superfície seriam

    preenchidos pela curva, demonstrando-se, assim, que uma curva, elaborada

    convenientem erzte pode ocupar todo a plano. Fatos como esse considerados

    "anormais" na época, exigiram a reformulação das bases lógicas da matemática.

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    FREGE

     

    8 3

    contrário, o conceito maior que com-

    porta dois lugares vazios: trata-se de

    uma função de dois argumentos possí-

    veis, um conceito relacional.

    A todo conceito, segundo Frege, está

    associado um objeto lógico, sua exten-

    são entendida como caso particular de

    uma noção mais geral definida para fun-

    ções. Se duas funções assumem os mes-

    mos valores para os mesmos argumen-

    tos, diz-se que elas têm o mesmo

    percurso de valor. 'No caso dos concei-

    tos, assumir os mesmos valores para os

    mesmos argumentos é equivalente a

    assumir o valor verdadeiro para os mes-

    mos argumentos, ou seja, subsumir os

    mesmos objetos. Assim, dizer que dois

    conceitos têm o mesmo percurso de valor

    é apenas outra maneira de exprimir o

    que a lógica tradicional exprimia como

     ter a mesma extensão . A extensão de

    um conceito pode também ser entendida

    como o conjunto de objetos que caem

    sob o conceito. Desse modo, Frege incor-

  • 8/18/2019 Frege - Vida e Obra (Os Pensadores)

    8/12

    1 8 4

     

    S PENSADORES

    g

    ora a teoria dos conjuntos à lógica, isto

    e, à teoria que trata de conceitos

    enquanto elementos possíveis de propo-

    sições. Para Frege, uma extensão de

    conceito (conjunto) distingue-se de um

    mero agregado fisico de coisas, pelo fato

    de comportar uma mediação lógica: ser

    determinada por um conceito.

    Que é o número?

    Assentadas as bases da nova lógica,

    Frege dedicou-se à tarefa de mostrar que

    as leis aritméticas fundamentam-se nas

    leis lógicas. O núcleo desse trabalho

    encontra-se em sua teoria do número. O

    exame dessa teoria vincula-se estreita-

    mente à segunda tese exposta em Os

    Fundamentos da Aritmética, segundo a

    qual uma expressão só chega a signifi-

    car alguma coisa .i3uando no contexto de

    uma proposição.' Nesse sentido, para

    definir o número é necessário examinar

    a espécie fundamental de proposição

    onde aparecem . numerais, ou seja, a

    equação. Para Frege, equações da forma

     o número que convém ao conceito F =

    número cl

    ue contém o conceito G podem

    ser consideradas como equivalentes a

    proposições da forma o conceito F é

    eqüinumérico ao conceito G'', ou ainda a

    proposições da forma F e G podem ser

    postos em correspondência blunívoca .

    Frege pretende, assim, uma vez que a

    unidade da análise lógica, para ele, não

    é o conceito mas a proposição, chegar à

    definição de número através da análise

    dessas proposições.

    Conforme a lógica de Frege, a todo

    conceito está associado um objeto lógi-

    co: sua extensão. Assim, uma vez que é

    possível demonstrar que dois conceitos F

    e G são eqiiinuméricos se, e somente se,

    a extensão do conceito eqiiinumérico

    ao conceito F é igual à extensão do con-

    ceito eqüinumérico ao conceito C ; e

    uma vez aceito que a proposição o nú-

    mero que convém ao conceito F = o nú-

    mero que convém ao conceito G equi-

    vale à proposição F e G são

    eqiiinuméricos , pode-se facilmente con-

    cluir que a proposição o número que

    convém ao conceito F = o número que

    convém ao conceito G equivale à propo-

    sição a extensão do conceito 'eqüinu-

    mérico ao conceito F' = a- extensão do

    conceito 'eqüinumérico do conceito G—;

    sendo assim uma igualdade entre núme-

    ros reduzida a uma igualdade entre

    extensões de conceito. O último passo

    consiste em identificar números e certas

    extensões de conceito. Em suma, os nú-

    meros são definidos por Frege como

    extensões de conceito. Dizer que algo é

    um número é dizer que existe pelo

    menos um conceito F tal que este algo

    seja extensão do conceito eqüinumérico

    a F . Na medida em que uma equação

    numérica é assim reduzida a uma igual-

    dade entre extensões de conceito, e na

    medida em que esta igualdade pode ser

    regulada por critérios lógicos, toda

    equação numérica é pois reduzida a uma

    igualdade lógica, definida como propo-

    sição da lógica.

    Estabelecida essa nova concepção do

    número em geral, Frege define os núme-

    ros singulares de maneira recursiva, isto

    é, define o número zero como o primeiro

    da série dos números naturais e, em

    seguida, indica como obter a definição

    do número n+ 1 a partir da definição do

    número n. Define ainda os números

    infinitos.

    Frege pretende também que as leis

    aritmeticas sejam logicamente demons-

    tráveis a partir de leis lógicas. Em

    As

    Leis F und am entais da Aritmética,

    Frege

    iridica um sistema lógico axiomático,

    constituído por pequeno número de axio-

    mas e regras de inferência lógica, de

    modo que toda lei aritmética, transcrita

    logicamente pelas regras de definição,

    poderia ser demonstrada.

    Esse sistema lógico axiomático, con-

    tudo, revelou-se fragil, quando Bertrand

    Russell apontou a Frege uma inconsis-

    tência fundamental que poderia ser

    encontrada no axioma lógico referente

    às extensões de conceito. Segundo Ber-

    trand Russell, a partir desse axioma

    (conceitos F e G subsumem os mesmos

    objetos se, e somente se. têm a mesma

    extensão) pode-se deduzir que (1) para

    todo conceito F e todo objeto X. F subsu-

    me X se, e somente se. X pertence à

    extensão de F. Pode-se deduzir também

    que a todo conceito corresponde uma

    extensão. Tomando-se, então, o conceito

     extensão de conceito que não pertence

    a si próprio , como F em (1), e tomando

    com X a extensão desse conceito, ob-

  • 8/18/2019 Frege - Vida e Obra (Os Pensadores)

    9/12

    As obras do matemático inglês George Boole (1815-1864) marcaram época na

    história da filosofia e da ciência. Boole desenvolveu, sobretudo, uma álgebra

    da lógica e o cálculo de classes, habitualmente conhecido como álgebra

    booleana de classes. Para muitos historiadores, a lógica simbólica moderna

    somente ganhou consistência e consciência de sua novidade a partir de Boole.

    FREGE

     

    8 5

  • 8/18/2019 Frege - Vida e Obra (Os Pensadores)

    10/12

    1 8 6

     

    S PENSADORES

    O filósofo Gottlob Frege nas ceu e

    passou a infinda em W isma r, no

    litoral do mar Báltico.

    Afofo

    mostra

    o centro de W ismar, com e difícios

    em estilo holan dês rena scentista.

    tém-se o seguinte resultado (2): o con-

    ceito extensão de conceito que não per-

    tence a si próprio subsume sua

    extensão se, e somente se, essa extensão

    pertence a si própria. Mas dizer que F

    subsume X é dizer que X é F, o que con-

    verte (2) na contradição: a extensão do

    conceito extensão de conceito que não

    pertence,a si própria não pertence a si

    própria se, e somente se, pertence a si

    própria.

    O axioma que Frege julgava tão evi-

    dente revelava-se, portanto, falso. Não

    apenas ruía o fundamento de sua crença

    no caráter lógico dos números, como

    também tornava-se dubitável a própria

    possibilidade de se falar coerentemente

    em extensões de conceito. O próprio

    Frege ainda tentou salvar o sistema com

    alguns leves arranhões, mas não se con-

    tentou com o resultado e sentiu compro-

    metido seu projeto de redução da arit-

    mética à lógica. Em vista disso, passou a

    procurar os fundamentos da aritmética

    na geometria. Não abandonou a idéia de

    que a indicação numérica é enunciado

    sobre conceito, mas acreditava que as

    relações entre números deviam ser redu-

    zidas a relações entre segmentos de

    retas e que toda lei aritmética reduzida

    pode ser derivada dos axiomas da geo-

    metria. Tudo isso, porém, não passou do

    nível de projeto, pois a morte inter-

    rompeu suas pesquisas.

    Sentido e significado

    Especialmente importante dentro dos

    trabalhos de Frege é a distinção entre

    sentido

    esignificado,

    surgida quando o

    filósofo se defrontou com o problema da

    identidade. Em seu escrito

    Sentido e

    Significado,

    Frege indaga se a identi-

    dade seria uma relação entre objetos ou

    entre os sinais dos objetos. Tomando-se

    a primeira hipótese como verdadeira,

    Frege mostra que nesse caso a afirmação

      a= b deveria significar o mesmo que

     a= a , se a= b '

    é

    verdadeira. Isso

    porque se a = b é uma proposição

    verdadeira, então a e b' são dois

    nomes para o mesmo objeto, e a = 13

    não é capaz de informar nada além de

      a = a . A identidade seria uma relação

    que uma coisa manteria consigo própria

    e com nenhuma outra. Assim, essa inter-

    pretação das afirmações de identidade

    apresenta grandes dificuldades, pois

    afirmações do tipo a = b são algumas

    vezes sumamente informativas, e a = a

    jamais o é. Foi muito importante, por

    exemplo, a descoberta astronômica de

    que a estrela da manhã e a estrela da

    tarde são apenas o mesmo planeta.

    Frege também não aceita a segunda

    hipótese, ou seja, a de que a identidade é

    uma relação entre nomes ou entre sinais

    de objetos. Em tal caso, a = h afirma-

    ria que o nome a e o nome b são

    nomes da mesma coisa. Essa análise não

    pode estar correta, segundo Frege, pois

    o fato de que a é um nome para a e h

    é também um nome para a resulta de um

    acordo puramente arbitrário acerca des-

    sas marcas ou sons, nada tendo a ver

    com as propriedades das coisas designa-

  • 8/18/2019 Frege - Vida e Obra (Os Pensadores)

    11/12

    Quase nada se sabe sobre a vida pessoal de Frege, apesar do papel decisivo

    que ele desempenhou na histón

    tz da ciência. Sua vida foi inteiramente voltada

    para a reflexão e elaboração de trabalhos filos('fico., além de dedicar-se ao

    ensino de lógica e matemática na

    Universidade

    de Jena.. 1 foto mostra o

    edifício da Faculdade dos Operários e Camponeses da Universidade de .Icno.

    FREC, E

     

    8 7

    das. Também neste caso não se poderia

    explicar que a = b tenha valor de

    conhecimento, transmita informação

    sobre a coisa nomeada por a e b .

    Ern virtude de tais dificuldades, Frege

    estabeleceu a distinção entre

    sentido

    e

    significado

    dos sinais. O significado

    seria o objeto denominado ou denotado

    pela expressão; já o sentido conteria o

    modo de apresentação pelo qual o sinal

    fornece seu significado. Por exemplo:

    sejam a,

    b

    e

    c

    as linhas que ligam os vér-

    tices de

    um triângulo com os

    pontos mé-

    dios

    dos respectivos lados opostos;

    nesse caso, o ponto de intersecção de a e

    b

    é o mesmo que o de

    b e c.

    Disso resul-

    tam diferentes designações para o

    mesmo ponto e essas designações

    ( ponto de intersecção de a e b e ponto

    de intersecção de b e c ) indicam dife-

    rentes modos de apresentação e, conse-

    qüentemente. a afirmação contém conhe-

    cimento efetivo. Desse modo, pode-se

    dizer que as duas expressões ( ponto de

    intersecção de a e b' e ponto de inter-

    secção de b e

    c ) têm o mesmo signifi-

    cado, mas diferem quanto ao sentido.

    Analogamente, estrela da manhã e

     Vênus têm o mesmo significado, mas

    diferem quanto ao sentido. Devido a essa

    diferença, a afirmação Vênus é a estre-

    la da manhã transmite conhecimento

    verdadeiro, ao passo que Vênus é

    Vênus não o faz, a saber, o conheci-

    mento de que a estrela que aparece pela

    manhã é a mesma que aparece à tarde.

    Em determinadas construções de fra-

    ses, segundo Frege, o significado das

    palavras refere-se, não ao significado

    habitual das mesmas, mas ao seu senti-

  • 8/18/2019 Frege - Vida e Obra (Os Pensadores)

    12/12

    188

     

    OS PENSADORES

    do habitual. Ao se supor, na afirmação

     Paulo sabe que Vênus

    éa estrela da

    manhã , que a expressão Vênus tem

    seu significado habitual, deveria ser

    possível substituí-la por qualquer outra

    que se referisse a Vênus. Mas se a

    expressão estrela da manhã for subs-

    tituída por estrela vespertina', a afir-

    mação pode se tornar falsa, pois não há

    qualquer indicação de que Paulo saiba

    que a estrela da manhã e a vespertina

    são a mesma coisa, ou seja, Vênus.

    Assim, conclui Frege, é necessário dis-

    tinguir entre o significado

    costumeiro

    de

    uma expressão e seu significado

    indire-

    to;

    da mesma forma, é

    necessário distin-

    guir entre o sentido

    costumeiro

    e o senti-

    do

    indireto. O significado indireto de

    uma palavra corresponde, para Frege,

    ao seu sentido costumeiro.

    Todas essas distinções estabelecidas

    por Frege foram extremamente impor-

    tantes para o desenvolvimento da aná-

    lise semântica da linguagem, embora

    seu objetivo não tivesse sido esse. Frege,

    na verdade, tinha como alvo a solução de

    um problema de filosofia da matemá-

    tica. A distinção entre sentido e signifi-

    cado permitiu-lhe sustentar, contra

    Kant, que a lógica não é estéril por ser

    analítica, o mesmo ocorrendo com a

    matemática.

    CRONOLOGIA

    1848

     

    m Wismar,

    manha, nasce Gottlob Fre-

    ge.

    1850 — Herman von

    l-lelmholtz postula os fund a-

    mentos

    da termodinâmica.

    1851 — O

    poeta alemão

    Heinrich Heine publica o

    Romanceiro.

    Publica se a

    Teoria sobre as Funções de

    uma Variável Complexa,

    de

    Georg Riemann.

    1860 - O matemático in-

    glês

    George Boole publica

    seu tratado acerca do

    Cál-

    culo das Diferenças Finitas.

    1874 ---

    Frege torna-se li-

    vre-docente em Jena. Publi-

    ca a

    Conccitografia. Franz

    Brentano publica

    A Psicolo-

    gia do Ponto de Vista Empí-

    rico.

    1879 — Nasce

     

    Albert

    Einstein.

    1884 --

    Frege publica

    Os

    Fundamentos da

    Aritméti-

    ca. Edita se

    Assim Falou

    Zaratustra,

    de Nietzsche.

    1891

    Morre o matemá-

    tico alemão Lcopold Kro-

    necker.

    1892 —

    Poincaré inicia a

    publicação do tratado

    Méto-

    dos Novos da Mecânica Ce

    leste.

    1896 —

    Frege

     

    torna-se

    professor titular em Jen a.

    1899

     

    Hilbert

     

    publica

    Os Fundamentos dit Geo-

    metria.

    1900 —

    Morre Nietzsche.

    1901 —

    Thomas Mann

    publica

    Os Buddenhrooks:

    Decadência de uma Famí-

    lia.

    1903 --

    Publicam se

    As

    Leis Fundamentais da Arit-

    mética,

    de Frege.

    1925 —

    Morre em ad

    Kleinen.

    1969 —

    São publicados

    alguns de seus mais impor-

    tantes escritos, até então

    inéditos.

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