fisiologia do sistema digestório relacionada à clínica médica integrante da med7017 profa. dra....
TRANSCRIPT
Fisiologia do Sistema Fisiologia do Sistema Digestório relacionada à Digestório relacionada à
Clínica MédicaClínica Médica
Integrante da MED7017Integrante da MED7017
Profa. Dra. Cristina Maria Henrique PintoProfa. Associada II do Depto. Ciências Fisiológicas
CCB-UFSC
Como citar este documento: PINTO, Cristina Maria Henrique. Fisiologia do Sistema Digestório relacionada à Clínica Médica. Disponível em:
<http://www.cristina.prof.ufsc.br>. Acesso em: (coloque a data aqui)
Profa. Dra. Cristina Maria Henrique PintoProfa. Associada II do Depto. Ciências Fisiológicas
CCB-UFSC
Assuntos:Conceitos gerais sobre a regulação das funções do
TGI
Movimentos do TGI
Fisiologia da secreção ácida gástrica
Fisiologia da absorção e secreção de água e eletrólitos
Digestão e absorção dos principais nutrientes
Fisiologia da defecação
Fisiologia das secreções pancreáticas
Estas aulas e outros materiais relacionados estão disponíveis na página dedicada à
MED da 6ª fase em meu website:www.cristina.prof.ufsc.br
porém o acesso é restrito e exige os seguintes:
login : digfisiomed6 e senha: mercurio
Caso interesse o acesso à Med 2ª fase: login: fisiomed2 senha: saturno
Defecação
Copyright © 2004 Pearson Education, Inc., publishing as Benjamin Cummings
Funções do intestino grosso
Absorção de alguns eletrólitos, água (<1,5L/dia) e algumas vitaminas (K e algundo complexo B).
Não possui funções digestivas na espécie humana, exceto aquelas realizadas por bactérias e das quais não nos beneficiamos diretamente.
Exceto pelo desconforto, o IG não é essencial à vida.
Reserva (continência) e expulsão (defecação) do material fecal.
Copyright © 2004 Pearson Education, Inc., publishing as Benjamin Cummings
Funções do intestino grosso
Reserva (continência) e expulsão (defecação) do material fecal.
Devido às propriedades fisiológicas do cólon humano (absorção, propulsão, estoque e expulsão das fezes), o IG possui atividades motoras únicas, diferentes daquelas observadas no ID que propele seu conteúdo de maneira contínua.
O conteúdo colônico necessita de horas ou até dias para ser deslocado através do IG.
Suas atividades motoras variam de acordo com o segmento do IG.
Copyright © 2004 Pearson Education, Inc., publishing as Benjamin Cummings
Atividade motora colônica
•Estudos manométricos em humanos indicam
que a atividade colônica pode ser dividida em
atividade segmentar (contrações únicas;
surtos de contrações, rítmicas ou arrítmicas)
e atividade propagada [contrações de
propagação de alta amplitude (HAPC) e
contrações propagadas de baixa amplitude
(LAPC)].
http://www.gastroslides.org - Digestive Health and Disease in Women
http://www.gastroslides.org D Digestive Health and Disease in Women
Motilidade colônica normalatividade segmentar
T: cólon transverso; D: cólon descendente; S: sigmóide; R: reto
Amplitude varia entre 5-50mmHg
Relacionada à alimentação
Pode ser única ou em surtos
Propelem o conteúdo distalmente
Permite a otimização da absorção
de fluidos, AGCC e metabólitos
bacterianos.
Contrações propagadas
Motilidade colônica normalcontrações propagadas
T: cólon transverso; D: cólon descendente; S: sigmóide; R: reto
HAPC: contração propagada de alta amplitudeAmplitude > 100mmHgOcorre ocasionalmente:3-6x/diaFunção: movimento da massa contida no cólonIntimamente associada à defecação
LAPC: contração propagada de baixa amplitudeAmplitude < 50mmHgOcorre freqüentemente: >100x/diaFunção: transporte de fluidosAssociada com distensão abdominal e flatos
http://www.gastroslides.org D Digestive Health and Disease in Women
ocorrem ao despertar e durante a alimentação
Copyright © 2004 Pearson Education, Inc., publishing as Benjamin Cummings
Atividade motora colônica
cap. XIV Gastrointestinal Motility Disorders Michael Camilleri, M.D., 2002 (caso interesse, peça uma cópia à Profa. Cristina http://acpmedicine.com
•Após a ingestão de pelo menos 500 kCal,
existe maior probabilidade das HAPCs
ocorrerem, o tônus do cólon aumenta e leva a
movimentos propulsivos nas primeiras 2
horas após a alimentação.
Copyright © 2004 Pearson Education, Inc., publishing as Benjamin Cummings
Moduladores da atividade colônica
cap. XIV Gastrointestinal Motility Disorders Michael Camilleri, M.D., 2002 (caso interesse, peça uma cópia à Profa. Cristina http://acpmedicine.com
•Alimento•Resposta gastrocólica pós-prandial:
•Distensão gástrica é um estímulo potente•Atividade colônica é pronunciada após a refeição.
•Constituintes do alimento:•Rico em gordura induz respostas motoras mais sustentadas•Cafeína é estimulante•Fibras aumentam o peso da massa fecal e diminuem o tempo de trânsito colônico
•Despertar•Atividade colônica é maior ao despertar
Defecação: o reflexo gastrocólico
Despopoulos´s Color Atlas of Physiology, 2003 Thieme
Geralmente é voluntária, dependendo das condições ambientais e da massa fecal no I.G.
É controlada pelo núcleo de Barrington (formação reticular pontina), o mesmo que controla a micção.
Este, por sua vez controla:
-núcleo de Onuf (motoneurônios sacrais): mm. assoalho perineal, abdominais esfíncter anal externo
-motoneurônios simpáticos (coluna intermédio-
lateral tóraco-lombar): inibição da mm. do cólon, reto, estimulação do esfíncter anal interno
-motoneurônios PS sacrais (S2-S4): mm. lisa sigmóide, reto e esfíncter anal interno (relaxamento)
Defecação
núcleo de Barrington
Texto extraído de Douglas-Cisternas, 2004 – ilustrações: Netter, 2002
A urgência de defecarO reto normalmente está vazio. Porém, após uma onda peristáltica, ele pode ser preenchido pela massa fecal vinda do sigmóide e, graças à sua complacência...o reto acomoda até 300mL sem aumentos marcantes de pressão intraluminal (relaxamento receptivo). A primeira sensação de preenchimento do reto ocorre entre 11-68mL, porém a urgência de defecar ocorre quando esse volume ultrapassa os 200mL. Mas a tolerância máxima de volume de massa fecal gira em torno de 220-510mL
Nyam , 2000 e Despopoulos´s Color Atlas of Physiology, 2003 Thieme
Nyam , 2000 e Despopoulos´s Color Atlas of Physiology, 2003 Thieme
A urgência de defecar
•Em doenças inflamatórias nas quais há a perda dessa complacência retal, o reto deixa de ser reservatório para se tornar um conduto, levando à incontinência fecal. •A perda de SNE nessa região, aumenta a complacência -> megareto (doença de Hirschsprung)
A urgência de defecar
Então, em condições normais e a partir do momento que a defecação torna-se conveniente, ocorrem diversas respostas motoras que determinam o esvaziamento do conteúdo retal.
Nyam , 2000 e Despopoulos´s Color Atlas of Physiology, 2003 Thieme
A urgência de defecar
O preenchimento do reto provoca um reflexo de inibição da musculatura lisa circular à frente, incluindo a do esfíncter anal interno que relaxa transitoriamente (reflexo reto-anal inibitório). Esse reflexo permitiria a percepção do conteúdo retal, também chamado de “reflexo de amostragem”. Em estudos de manometria ambulatorial, observou-se que esse reflexo ocorre de 4 a 10 vezes por hora em indivíduos sadios.
Nyam , 2000 e Despopoulos´s Color Atlas of Physiology, 2003 Thieme
http://www.med.howard.edu/anatomy/gas/wk6/lect19gi.htm
Via aferente (sensorial): avaliação do conteúdo retal. Geralmente, permite distinguir entre flato e massa fecal.
Vias aferentes e eferentes relacionadas à defecação
http://www.med.howard.edu/anatomy/gas/wk6/lect19gi.htm
semelhanças com aquelas relacionadas à micção
Vias aferentes e eferentes relacionadas à defecação
Quando o volume do conteúdo do sigmóide é suficientemente grande, provoca contrações as quais esvaziam seu conteúdo para o reto.
A distensão do reto estimula receptores de estiramento da parede retal, do assoalho pélvico e da porção superior do canal anal.
A distensão retal intermitente e progressiva inicia uma resposta reto-anal inibitória, resultando no relaxamento do EAI e contração simultânea do EAE.
http://www.gastroslides.org - Digestive Health and Disease in Women
A fisiologia da defecação
A natureza ou qualidade do conteúdo retal é percebida pela rica inervação sensitiva local do canal anal proximal (“amostragem”) enquanto a continência é mantida pelo mecanismo de contração tônica do EAE.
Caso seja tomada a decisão de evacuar, são realizadas manobras que permitem o aumento das pressões intra-abdominal e intra-retal que devem exceder aquela realizada pelo EAE contraído.
http://www.gastroslides.org - Digestive Health and Disease in Women
A fisiologia da defecação
O aumento das pressões resultam em um reflexo coordenado de relaxamento dos EAI e EAE, assim como dos m. puboretais. O relaxamento do m. puboretal, sentar ou agachar aumentam o ângulo anoretal
A inibição dos músculos que formam o assoalho pélvico também resultam no abaixamento do assoalho perineal (2cm) o que aumenta o ângulo anoretal e forma um funil cujo topo está no canal anal.
http://www.gastroslides.org - Digestive Health and Disease in Women
A fisiologia da defecação
http://www.gastroslides.org - Digestive Health and Disease in Women
A pressão intra-abdominal então é direcionada para o bolo fecal, que é expelido.
Uma vez iniciada, a defecação ou é contínua ou ocorre em surtos intercalados por períodos de descanso.
Esse padrão é influenciado pela consistência e tamanho da massa fecal e do hábito indivi-dual.
Uma vez completada a defecação, ocorre o reflexo de encerramento . Os músculos puboretais e anal interno transitoriamente contrem e restauram o ângula anoretal. Isso permite que o EAI restabeleça seu tônus e feche o canal anal.
A fisiologia da defecação
Se a ocasião não for conveniente socialmente, a defecação pode ser voluntariamente interrompida pela contração dos músculos puboretais e EAE.
O conteúdo do canal anal superior retorna ao reto que o recebe sem que ocorra aumento de pressão e vias corticias suprimem a urgência de defecar.
http://www.gastroslides.org - Digestive Health and Disease in Women
A fisiologia da defecação
http://www.gastroslides.org - Digestive Health and Disease in Women
A musculatura do assoalho pélvicoem repouso pronta para a defecação
Copyright © 2004 Pearson Education, Inc., publishing as Benjamin Cummings
Manutenção da continência fecal
http://www.sma.org.sg/smj/3903/articles/3903ra1.html
Esfínter anal interno (EAI):Responsável por 70-80% do tônus.Músculo liso.
Esfínter anal externo (EAE):Responsável por 20-30% do tônus.Mm. esquelética e alguma lisa.
Músculo puboretal:sua contração voluntária cria o ângulo anoretal (efeito “estilingue”). Crianças com EAI e EAE ausentes, são continentes.
Fatores anatômicos:1. Barreira pélvica
2. Curvatura retal e dobras retais transversasretardam a passagem das fezes do sigmóide para o reto.
Fatores funcionais:1. Sensibilidade reto-anal (reflexo de inibição do EAI)2. Complacência retal
(repare que é semelhante à constituição de nosso organismo)
Despopoulos´s Color Atlas of Physiology, 2003 Thieme
• Em média, a produção de massa fecal é de 60-180g/dia, dos quais cerca de ¼ é de massa seca e os demais ¾ de água, variando com o tipo de dieta e com a ingestão de água.
Composição da massa fecal
Profa. Dra. Cristina Maria Henrique PintoProfa. Associada II do Depto. Ciências Fisiológicas
CCB-UFSC
Assuntos:Conceitos gerais sobre a regulação das funções do
TGI
Movimentos do TGI
Fisiologia da secreção ácida gástrica
Fisiologia da absorção e secreção de água e eletrólitos
Digestão e absorção dos principais nutrientes
Defecação
Fisiologia das secreções pancreáticas