f è ^ fc - dadun: homedadun.unav.edu/bitstream/10171/29905/1/fa.137.683_3.pdfen' eja, a...

21
w f è ^ fc 1 .. M i

Upload: others

Post on 27-Jan-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • wfè ^

    fc1

    ..• Mi

  • /■

    /t , -

    'U'--'*■8?.: " i»i/

    V

    . A

    X

  • S E R M A MN A P 'R I M E I R A S E X T A F E I R A

    D A

    a V A R E S M A-P R E G O r

    O R . P. A N T O N I O D E S A A da CoiDpanhia delefus, na Freguezia de S.

    luliao anno de 1674.

    L I S B O A ?

    N a O fficinadelO A M D A 'C O S T A ;

    M. D C . L X X I V.

    C o i» todas aslicengM necefJ^tUs.

    A cuftadeM anoel Craueiroda Sylua, M etjadpr dcJiutps ao I^einolatcs;

    ÙWVERSIDAD DE NAVARRA BIBLIOTECA D2 H'JMANIDADES

  • M A JÄ M B SA Ä l l i T . A T X a Í A ; i I 3 M I A ,

    / a

    • A 1 4 ñ "■: ; t A V

    A A ? H v I 0 I -̂1 O I V i A , / i C

    . r ' s b £ i i \ iL tT > D * t l £ .7 i / r l f i r n

    ..¡. sGi 30 onosouiui

    ? ■ •• .• -■y. '■

    .•A O r ? . I d

    A ' I ,v : a C l : ' ■'

    .*0. 'h c a li t i w n D

    s b o i i i .V i 'ì ì J \

    ■1ÏjÌH « O tn ^ /Ì UJÎ

  • T H E M ABgo au tm Jico VoÌìj : diligite inimicos vejìros, Vf yí/íj f'tj

    patris veftriy^ui in C aIìs efi. Match 5.

    N T R E todàs as coufas do m u n d o , que noíTos olhosvem , cu noíTosentendirrentos a ican^áo^o maior milagre,& om aisnotaucl,heverdadeiram éi* te o homcm : oriente do C co, & da terra,com term ino da cternidade,& do tem po, vinculo do Cread o r ,&; da creatura, na vida fcmelhante as plantas,

    -i no fentido igual aos animaes, no entendim éto có- panheiro düs Anqos,na m ageftadequaíihum íégúdo D éos, compofto de duas naturezas,táodiueríás,& táo aduerfas,pom ofaó ; o efpirito , & a carne, das qua.es,hua he celeftial,& ou tra terrcna ,húa he «aduca, &: outra im m orta l,húa helm agem dcD eos,* . uucra Ícm elhan9a d ü r brutos, o erpirito ofaz p ío , a carne o faz im p io jo cfp irito o leu an ta ao C eo , a carne o abate ao Inferno, o efpirito o reforma em Déosla carne o transform a em an im al} ha rn a io rm ilag req u eo home> pois ainda ha Q utrom aiorm ilagre. A vnica admira^áo, a m arauilhavnicacn* tre todosos'hom ens,hè o C hriftáo verdadeiro; hefeliciflim o, porque cfpcraem prem io o Ceo,heinfeliciífim o, porque eftácm deííerró n i terra; he fortifllm o,porqué vence ao D em onio,he fraquiílimo porque asvezes o vence a carne; he antmofiflimo. porque nao teme a m orte , he pufilanime , porque o afflige a vida : he nobiliílimo» porque he ir- m áo de C hrifto , he yiliíTimo, porque he fabula do m undo;he prude- ttífimo * porque fabe o cam inhodafadua^áo >he fideíiílimo. pdíque cree,& nao vé;he todo íolicito ,perqué nunca ama o defcan^o.-h'c to - dodefcuidado, porque fe dcixa rcger em tudo de C hrifto ; pa.dtce c5- tinuos combates de fóra,& goza con tinua paz de dentro,Biorre navi-. da,& vlue na m orte, todas as coufas ama por C hrifto, & háoam a a íi mclm o por C hrifto, nao o defuanecea fortuna , nem ex entriftece a ' dcfgra^ajno mefmo tem podefeja m o rre r, & no ineímo tem po dtíéja viuer,m orrer pera eftar com C hrifto ,& viuer peraferuir a Chrifto. .

    N a o vos parece ,que he mil^grola coufa C hriftáos ì milagre da n a - ■A i j u ircza .

  • tiiréza h e re rh o m e tn ^ m ila g rc d a g ra ^ a h e f c r C h r i f t « o ,& q u a n to h i m a io r a g ra d a ,quc a n a ru reza ,u n c o he f jp i r io r o C h r i f ta j a todosi o?hom cns . Pois a vift » dcf^e prodigio de gra^a, a tn d a h a oucro p r o digio iTìaiòr, Se qual i a ‘à ,he aqiK-Ile ChríftáoqiK^chega a execurar o q u e hoie ordena Chrìf ìo àqi elle Ch-'iftao , q-ie ama a q u e m o n a o ama : dilt^rte itìtm ì oitef^i'es C hrif tao que faz beTi,a q'.iviiiJhe C iz mal, htnefttcite o Ieri*- aquclle C hrif tào q u c r o g ia Dwos p o r q lem o p.i f t^u c a eli.* : O *»

  • ̂ îq u ê q u a n d b Ghrîfto m anda que os amemos »que lhe façam O s bem j q u e reguem os por elles , ali nos m anda que Ibc perdoemos , porèm n a o manda claranncnte pcrdoar, le n â o amar, rogar , f ixer bem , po r i |U e p e rd o a rab lo l« tam e r te , he p e rd io de quem re m e te o agg rauo , ' porèm perdoar rogando , p c id o a rfa icn d o bem , h e p e r d â o d c q u e m remite o f lg g rau o .& jun ta trcn tc Je compadece do p^rdoado : a forte dos in im igoshe ta n to p«.ra com p.idccid.^quedt pu ra laftima Ihcsde-] u«.mos os aggrauadoso p c rd â o ; Asinjuíia^s mais faô materia de com-*¡ p a ix âo ,q u ed e vingança^hum in ;m îg o , he ta n to mais para o b ' td io d é lag r mas, q u e de rij»ores^,que i iâo lô merece hum p e rd â o , que rem ita offenias. Il n â o hum p e rd á o q u e moftre laftimas , tandalè efta lafti^ ma,& cóp.iixáo q u e deuem os ter de noiTos in im igos na caufa,d: o r i - gem de Tua in in . izad t ,p o rq u e ahi n á n h a o d io . que n a o fcia filho d t en ' eja, a defigiialdade das piendas oca iîonaa diÂlrcnça nos an im os; r»is guem ou n era abc rrecido , Te n inguem ouucra in t lh o r . Agora vejam os ifto brcuet-'ent.-,para q u e a>nhtcc»ido p o ren u e io fo a t o d o o ipiiwfgo, r o s re ib luam cs em que nos merece iTíSÍs compadecidos,- do que vingados.

    Primc'iramcüte f /. înimigos a graça, nem ha mifter maïs razao pera fe r m ilito pcTieguîdo , que o f tr mais aj'-ftado, ou haueis dedeixar a.v rtude propria , ou hjueis decxpvi iineocai u ^burretim ento alh tio , A primeiram< rte que ouue no Niundo,fi \ a de hum jufto, porque fè a m orte no jiiizodc Det^Kii cpfligo da culpa , na delordi m dos ho- m tns foi prirreira pena da lantid.idej íc A b .l fizera víúam inos pc-r- K-ica, clletiucram aisannt s de vidaj n.as quiz proceder be ĵ j quando Cairn p ro cfd ijm al. Se aind que k)a irm áo , náo ha Cairn quefofra05 melhores cenum ts i^e A be l} com o a bond- de alh^ ia , ftja t íFenía da m a'icia propria , náo iflp ira o coraçâud^ 'pj:ccídor , fe n á o arde íua indignrçao contra o por ¡lio lia c, qu». rendo r ̂parar com E l.u a bençào,qiie Ibe fur tara, lac( b Iht diíic ; ^ iH'S >ngl.i io. Efaú- viuîràs naefpad ; .'ois nae^pada viuefì'e j com tila fe pode p tÍrijar ̂mas v iu tr nvlla ? Os Efau íi,viuem n a d p a d a ; pera os liuiros hear- lí’a com que pelei.áo,pera os F.laús,he alentode que vine v., porque co!j o ráopodcm ver a I.C i.bí rclp iiáo ñas t lp .ra rç a i Je que pode- fáo náo o vtr,& tan to le coni. lái< em velo viucr,eni quanto eíj?eráo que o háo t ê m .tar. T rabalholacoulahe viuer bem ,entre gente que viue mal, porque vos náo háo de faltar, ou C airn , ou Elaù.

    Fez in im igos a natnreza , ou refpland. çaisettie:i ado nos dote* da aima, ou nas calidades d o c orpo • q u a n to tiuere» de Itizes, canto podci^ pruü '.e ie ruosde layos , n u n c a vcrcis E fìre l la , cujo te p L n d o r

    A iij «h ga

  • çhcga a terra fem v îr t ro p eçan d o era multa« iòmbras.' O S ò Ip c r t iT c Z od iaco jpor onde faz feu ardente curlbj vai dii 'ps;nfandoluzes,amea- ç a d o jà d a s «empeftadcs de hun i A quario , jà dos encourras de h u m C arne iro , ja d a s po n tas de h u m T a u r o , das vnhas de h»m C ancro , jà das garras de h'.im L e a o , jà d o s d .n tc» de hum Scorpiào, jados t i r o i d e bum Sagitario, jà dos golpes de hu-.n C apr ico rn io 5 n a o ha rem edio , ou n á o haueisde lu 2,¡r S o l , ou ha-ueis de ter paciencia , po rq u é vos n á o háo de faltar tcmpeftadeSjque vos afogué,cncontros qup vos offèndavi, p o n c a sq u e v o s p e r f i ¿ á o v n h a s q u e vos rafguem, garras que vos dérpfid4cem,dentcs que vos m o rd ao ,t i ro s q u e vos mole-' f tem ,3: golpes que vos firao. A quella m ulher do A poca lyp íe ,o mef» m o foi o parecer tn o n f t ro de refplahdores , que ver armado cm lu;^ ru in a , o m o n f tro das efcuridade* f l ' í u l i e r a v t iíla Sóle ^ r a c o Sietit ante m n lu re m , braua teima de D rag áo , em que teo ffcn d co cfte p rod ig io luz ido pera te rcpre íen tar irr i tado ;m a s lu z ia m u i to , 5; ta n to luíi:nento feu , nao podiadeixar de prouoear em oppoiiçacj tuas treuas, L u z e s d irpo rao fo fr im en to ,que vos h a o d e perfegair,ma$ Conlblar luzes ,que vos háo períeguir íombras.

    F a z in i .n igos aforce , ácbaftáo aindafortUnás fon hadas,para g ran- gear inimiftadçs verdadeiras jS o n h a d a e ra a mageftadede N ab u co na-r que lla efta tua ,C him era prodigioía úc metaes, mas logo veiodefpedi- da em d a ñ o vltim o, de .tan to metal, & de tan ta g ran d eza , húa p iq u e r a pedra , q u e iem m a o s íe a r ra n co u de hum m o n te ;q u e co n tra huii^ a fo r tunado , quem m enos m áos tem , efle tem o rd ina r iam en te mais m áo . E n i fonhos fe vio lo fep h m aior que fcus irmaos, & cuftoulhe a.re laçaodo fonhado, hüaefcrau idáo vcrdadcita^ hebem verdade que paííario íepih , ta n to apreíl'ado do campo ao Ceo,acharíe; na p rím eira no ite a4 o rad ad e paucas,áfcintroduziríe logo na o u t r a , adorado dos aftros, fuaapparenc ia faz iaefcanda lo ; hon tem m a io r q húaspaueas y & hoje mais que as E áre l las ,m a is q u e a L u a ,& m aisqu^;aSol,hon-, tem éfcaçam ente leuantadodasm efm as p a ih a s , & hoje j á d d p r e z a n f áo as tnaiores luzes; bem parece q u e merecia in jm ig o s , erte mais voo q u e fobidadeloíéph-, po rém fe tudo.era lb n h o ,q u e culpa tem lolcph- em íb n h a r ,a g ra n d e z a lonhada , 5: lofepH v endido . O V izo -R ey n a - d o em fonhos, & Q fa tiue iroern rea l idade , he t i ran a execuçio do* aborreciinento hum an o ; mas aífi íe offendem os homés das excellent cias alheias, q u e n e m p o r tonhos , mérecenifer ílias.

    Faz inimigos a aplaufo, a maior op in ijáo ,& 4T>aiornomp,& açfti- maçâo maior he hum vinculo de co m ra4içaen s ,h u m dcfpertadordí^ odios pera c ruc iácar a C h r i d o } que crimes imaginaes a 'legaráo os: 1 ■ Pha-

  • Pharlfeos ? n c e tatm wmeÌHSpoft eant v a d i i , qué era bum hom cm tal q u e to d o o m u n d o hia a poz e lfej ha crim© com o eíTc 5 le Chrifto a n da ta obfcquíofo a t r a í d o m u n d o , fe a n d a ra vendendo Uíbnjas, p a ra com pra r eftima^jáO) m uito juftofora que o perfcgUífTcm j mas fe o m u n d o fe vai apo?. Cferifto, fem q u e e l le , nem com oblequ ios 9 nem c ó lifonjas a p re tende , períiguafe q u an d o m u ito o m u n d o qeftim a , porem C hr if to o cñ im ado , o feguido, em que razao cabe iíTo "i C laro e f tá q u e nao cabe em algüa razáo : mas fefoís eftimado j foisaplaudi* dO)pois leja como for^ aínda que n a o compréis o ap lau fo co m l i íb n - }as, a índa que nao lolliciteis aeftíma^ao com obléquioSj& o q u e mais t c a in d a ,q u e f e } a i s f i lh o d e D è o s ,v o s haucis de ver aborrecido , & n a o faltaràó hom ens p hariza icam en tearrojados q u c vos p o n h a o cin liiia C ru z ; & ie vofla d o u tr ìn a he o m o tiu o de voiTo eftima^ao^ pera vos d iro inu irem aeft im a^ào s elles vos desfaràó n a d o u tr ìn a j ellcs vos trocaràÓ as pàlauras, eiles vos pcruerteràÓ o fe n t id o , elles diràÓ, q u e fallaes do tem pio ,quàndo fallaes do c o rp o j f í i f dtxit^pojffim dt-’ ftru e re tem plnm D « , clles d i rà ó q u c dizeis hùa blafpiiemia, q u an d o d ize is hùa verdadei ^ c U tm v e Jtim tn ta Ju a jo la s fh e w ñ m t , cIlcs d iràó , q u e fàllaes em E l ia s ,q u a n d o faliaes cm D eos : E lt a m v 9cat tfie-C,om cftes encargos Te log rào OS aplauibs d o m u n d o ; m a s m e lh o f h e ier V n r i f to ,q u e PhariieO.

    Faz finalmente inim igos o beneficio ̂ que dos obrigados fe iìze- rao fem pre,os deíagradecidos; aquan tos leuantafíes cía terra , com o fez o Sol aos vapores, que defpois fe vospuzeraonuuens »aquclIc^ recoIheficsavoíTo amparo neceífitados,comofaz a nuuem á exhala-fá o em feü fcy o , que defpois vos defcom puiérao ra y o s ; o mefmo fo i cm Deos fazer fauores, que criar ¡nim ígos, le D eos náo le- m n ta ra a A d á o d e b a r ro ,n á o tiu c ra h o m e n s q u e o aggrauaílcm , fe

    náo tirar* a Lucifer do nada, náo tiuera D iabos,que o aborrc- «eiiem jd en tro de húa hora leuaniou a Adáo de barro a hom em , 9c d e homcm a fcnhor, nao cráo bem corridas aS tres ̂ quando jà eftaua»nirnigodc^Deos Adáo;^.m hum m o m e n to t i io u a lucif(,T do nada a A n jo , & n á o e ra o m u ic o s paffados , q uando jàef ìaua fi-ito D em onio J ^ c i f c r , re g u lo u fe a prfíTadainim izade,pello exceíTo d o fauor-* n oO ̂ f vAvvilu uu iduur^ noiK)mcraqi*e fo im enos lauorecido , efperou a ínin:i/,ade por horas ro A n jo q u e foi mais ju an ta adoíchegou por momentos ainitrtizadc* qucm cuidaes que in tr0dullo o arrepcndim crto nom undo , os benc- n tio sm a l pagos,oprìm eìroarrepend iincn to q u «ouue ,o arrependi-

    o de fazer mcrce,roi Deos: penitm t tw n ^uod komtnem . ? u u o de pagai ellas no m u n d o , que quando o arrependimíncQ ie

    deuera

  • tdeucra achar fò nos que fi2efTem mal ; pello prím eíro que fez bèni J comc^ou o arrepcndiiTiento. Se o dar nao obrigara , m enos ingratos ouuora jm as corno o bcm -fcitorem tudo o quc ms dà j me obriga, & cm tildo o q u e ob rig i, fé me auantaia , por nao conheccr vcntagen* alheias, nego obnga9oens p ro p r ia s ,& o le n d o in im igo ,aquem deaera corrclpondc»'aftcl^oado.

    D e todocfte difcurlo po is i fefegue qu an tas iiiimizades ha no m ud o , todas faó parto infame de enueja , cftai eert«* n ingucm mais defcubertamente vos louua, que aqueU r,qac m enos ocu ltam ente vos aborrece $ a valcn tiade leu odio , l>e h u m prejg;ào de voÌTos m erecimé- to s ; f e o inicnigo náo achara eoi vò^as flores dem uitas prendas , .eile t iue ra m enos de quefozer pe§onhas para vos m o le f ta r , fe n i o fentir^ cm vòs o ch e iro d e m u i ta sv e n c a g en s , elle fé m atara m enos em vo^ perfcguir. P o is i f to n a o merece mais c o m p a ìx a o , o u laftima,de q u c r ig o r , & v ingan§a ,que ha iahom em tao defgra^ado , q u e ande a v in - gar Tua dor na luz alhciarque vos pe rf iguáo ,po fque n á o vos iguaiem ,

    vos aborrecáo p o rq u e foi*? m e í h o r , ce rto q u e n á o pode hauer . coufa mais jufta para húa com paixáo. Po is p o r i íTonáo diz C h r if to abfo lu tam ente , que perdoem os aos Inímigos, íe náo que os am em os, q u e Ih« fagamos bem, & q u e reguem os po r ell«s, p o rq u e n a vcrdade tu d o nos m erecefcii od io : dU igne po rque he ju(lo ,que n á oaborre^aes a q u em com to rm en to ícu , publica exeelleneias voíTas r Í í i í í / r f m / j f a z e i lh e b e m , p o rque he ju f to , que vos com padcfaei

  • rcft^nós Ceos] de m áneira i^ué íér F ílh o d e D é o s , bíi nao fer F ílhb deD co*> he a diftcrer^a que ha, enlJC a vingan^a , & o perdáo , íe perdoainosjttm fenos Déos por filhos, fe nos v ingam os.rao tem o fa D ees por Pay. D iga agora o .m undo ,q u e accáohc niais honrofa , fe o perdaÓ., lea vingan^a? fe C hrifto qu iz,ou pode engañarnos? bem pudera Terquea víngan^a fe ja,inais honrofa, q u e o p e rd 'a ó ; porém íe erem os,com o deuemos crer,que Chrifto,ncm qnvz, n tm pode engalla rnos,nao fe pode negar.que o perdaó, he tanto mais licnrozo, que a vingan^ajquanto.hem ais honrado o fcr'F ilho de D to s ,

  • IO

    A iìlhon/à^aÌT taucIiorlfa, a ífien g rin d ecé n iverda(lc :ín fai;üe l á ¿ -C hr if to ; & no Jiiizo iìnccro de S. P au lo ,a fron ta gencrofamcnce p e r - doada, & qiie fen d o Hloailìm , n a o vejamos hoje no m u n d o agg ra - iiadps,(jLic fcjào filhos de D c o s , n á o vejamos offendìdos que fc jaa blasj>!icinados , que codos vìuamos ceganicncc perfiradidos, cm qwc a optiiiaó de honrados, confífte na dem onlìra^aó de v inganuos,po i» defc^n-ganemle no{Tasimagina?oens erradas , q u c « a ó h a m a io r oftcn- la d a authoridadc p r o p r ia , do no dia de íua aíTump^ao ao R eino de Ifrací,' que vingaíTe na vida d cS im e i, as injuftas , & repetidas afrontas que tinha rcccbido de fuá proterua lin g u a , & que Ihe refpondcria D auid >. A*!i^ncr0 iod ittne faíÍU fnrt^em y por ventura i^ n o ro e u , que eftoii hoje feito Rey, pois D auid ,que repofta he eíla,diz-vos A - bÍ7ai que vlngticis os aggranos,que reccbeftes,^: rerpondcis que naó ignorare a- pcíioa que íbij^Siicom o conhecimeto do que era re fp o n - dc D auid à vingan^a que Ihc propunhaÓ ,o ti I^iuid naó fe hade co- nbeccr, pera fe vin«ar, oír naó fe ha de vingar,híia vez «jue íéconhe- ccr i porque fe conferuaó mal jimras , vingarr^a , Se authoridadej que fó pódeem penharfe cm vm gatiuo , quem íe defeonhecer authoriza- do, a vingan^a de ag ^rau o s, he hüa transforma^aÓ de calidades. O homem q u e fe vinga, jà naó he homem que fora, por ifloba de en - tregrar o q u e he aoeíquecim ento rp a ra refoluer a víngarfe com a vantadc ,h ad e ignorarfc antes , para fe vi ngar defpois, c f teh eo en - gano dos vin-gatÍuo$ , o imaginarem queem aÓ tcm mais na m em oria úia nobreza , quando íbfrem menos no peito húa offenfa , íéndo ^ue Datúd por ÍíTo naó vingaua fuas offcnfas^ porque the faltaua o e f- jjucciinento de fuá n o b rez^ ^ e n i c m «onfigo os que fc-gloriaó de

    " ‘ • n - - ............ nobres^

  • t í __ __________gû? v íñ g a á ó i, /aî5 rao butros do qu? erao ¡ q u Í déuém com'?5

    f a r o defconheceríe, defJe que intentarem viagarfe, a razaó de uido ifto ifto he porque a vîngança, nao he em preza de ánimos foberanos, hcexecuçno fempre de homens humilde*. Sao extremos ta ó d iftan- tesav ingau fA , ¿kánobreza , que a in d a a v o z d a vingança he ind igna de peitostiobres,a nobreza n iftode oft'enías,nem hade ter máos,' ncm ha de ter vozes, nem ha de term áos vingadoras > nem fe Ihe hao ¡de ouu ir vexes vingatiuas.

    M atou Caim afeu irm aó A b e l, Se o fangue do m orto clam ou ; yoxfnngm tH s fr^ttristm cU mat n itn e de ttrr-M. Sanco Ambrofio ex plicado eftaspalauras: QUmét ad me dt te'^ra.Diz quem oftrara Déos que o fanguede Abel,que Ihe pedia a vozes vîngança, nao era o que íicara ñas veas, ma* o quefe derramara ua té rra : P^ox fangumis acu--

    \ efnem tpfefH difit, de íb rteque asvozes da vingança craó lóm ente dadas pello langue que fe derramou na te rra ,& porque as nao daua tam bem o fangue , que ficou ñas veas \ tanto de Abel era efte , como aquellc faD ^uejpo isíe hu’Ti clam avingatiuo , porque n a ó c la m a a o u t ro , porque ha fangue a que toca a voz da vingança , 5: ha fangue

    que a voz da vîngança nao toca , o fangue que fi«ou era fangue puro de Abeh fem que perdeíTe a nobvcza propria de (uas veas , o fau- guc que íe derramou ,erafanguequeeftaua ja m ífturadocom a te rra , nao conferuaua a nobreza que poífuia ñas veas de Abel , tin h a já ■fuá m iftura j pois por iflo calle aquelle, & p o riífo clame efte,porque voze^sde vîngança nao fe achaó cm fangue , que he to d a puro , Se a- chaáfc «m fangue q nao he d e to d o lim p o ; vejao ago^-a osv ingati- uos de que coña pode dizerfe,que he o ieu fangue , fe do que ficou a Abel ñas veas, fedo quefe Ihe derram ou na te rra , vejaú como po de a execuçaô da vingança fcr confcruacaó da nobreza, quando fó na Vileza le achaó aínda as veas da vingança , laftvma grand i em verda- de , que acertemos menos cm conferuarnos honrados, quando leua- m osm aís nos olhos a honra , no perdaÓ ficis co.iílfte a conleruaçao da calidade , queréis conferuar aquillo que Ibis, náo viiigueis j per- doai ofFettfa*.

    M tiito pondera S. Ago'ftinlio , que nao diíTeífeChrifto ,vos que w is f i lh o s de D é o s , amaí zosiD \inU ¿os^(ci-\z6 : dJt^itevtJítis'^SL- ^ A i aos^ in im igos , para q u e fejaÍs filhcis de D é o s , 6c cem razaó : os ChriftaÓs pello b a p t i fn o , to d o s ficamos f i lhosde D é o s , n í f tao cca - i iao com Os Ciirjftáos faílaua^poís fe ja foœos filhos de D c o s , como d Í 2 que pctdocmos para o fcrmos , po rque q tiiz moftrarnos q u e o jn e io vnico para conle iuar o que í b m o s , q h t perdoar as in ju r ia s , ^

    B i]

  • iS-¿Seet>lmo5, fots vói Ctiriftò ; fbiij^fìlhò àc D éof; Pohydtli^ìityViJp^ ù s , paraquc Ìejaìs iiTam erm oque jàfois-> perdòai os^aggrauos , porJ q u e le o s naó per«loardes,naó ncarejVcomo lots,filhos deDcos^ foíí tÒ sh o n rad o s, foís nobres : ^oh^diligite v t Jtt'is, para que iè}ais if*io mefmo q u e jàiois , n aó vingueis-as afrontas , porque fe a sv in - gardes, naó ficareis como fois, nobres,, exaqui corno a vingan^a de- ftroe o que fomos , 8ì èx. aqui. corno o que fomos , ic con» ferua no perdaój beinhelogo-, que p o r am or de nós perdoemos a noiTosiniinigos ,p ara .q u c naàpercam os-o que fom os, ou a beneficio da.natureza, ou o quc. hem ais,afauoresdagra§a; D ilig i« inimi^ tetvefircSyVtfuisfilf^ P am s tiefiri

  • í jf i t m ierré^ c m h ü m ín í¿ iité lecó ire páláüFÍ

    •entre todas arcreacuras, para ihe obedecerem rendidas ̂ aínda etd ̂•coiifasàfùaxalidade contrarías .* ^ e h t ia r cuyrtt f e m ^ tjHí.\3iY rendo ad íu ina p a le r a , c h e g aán e u o a ,^ le íhem anda Deos, arg-tiSc. que no«mandeDi.“oshom ens,quefauo- re^amos a quem nos perlegue tOratepro-ftrfei¡utnt¡hHS vos^Sc que os n ao fauore^amos, que náo tire D eos o m enor agrado da ncuoa eí* peza de noíTas ind igna^nens, O lí ÍTomens mais que a neiios, a D eoí injuftainentc ingracosí-dancue paila ad íu in a piiUuia> ao chriftal-, & fc llie manda Deos, que ie fa^a como pao em bocados, contra lúa na- tíua dureza, le. desfaz-em bocados de pao o chriftal v A im i t cknítaH »

    Jkaw fH H t ¡íHcelUi , & q u e nos mande D eo ih o m en s que fagamos ,a.quem nos'qui.rm al tB cnefzc ite kis^qHiodtrunt vos ,, Se qu«

    n á o Ihe fagamos-bem , & que. n á o tire D eos-om enorbenefic io d ò ■«hríftal du ro d cn o íT a i i r a s : do chriítal paílá a d iu in a p a b u r a ' , ao e* J e m e n to d o a r , Se le Ihe manda D eos , q u e com hum atFopro r t f o lu i de no u o ,em ;ag i ia s niiuens, ch r if tacs^& neuoas /e n repugnancia a l - gúa,qutiram os exccutar a w n ta d e ’ d íu ina , po r Icguir a o p in iáo faifa, de dud iñ asb Ia sp h em o s , ,q u c rem i n i r ^ u z i d o por materia d ee f t jd o no m u n d o ,q u c fe pe rdeahonra^ fe|c n a o v i n g a a a g g r a u o j i f t o n á o h e m a t c r i 4.d e e f t á d o , he erro ^he- bfasph 'jm u ', he heregia , lefus C h r i l io ordena^ que perdocmos as in jurias ,. I d u s C h n f to 'p ro h ib e , que-vtnguemos ofíc-nfas-• Pois dízcí- m e , cm guardar Imm preccito de Chrif to , pode nunca perderle a h o ra ; tal efta an o íT a , ou a voíTa C I ir if tandàde ,quccorre d e sh o n ra ^ a:iguard^daliCX' de C h r i f t o , f ó e u (jue de C c f a r , diíTe com grande a -

    píauíífc

  • H ^______________ ^

    ^ lau fo ¿06 ouu in tes , C îcèro 5 l u i f w jH riÀ f^ a e d e to d o fe lê b r i i i a , ie nao dos aggrau.os; fcfoi lo u u o r ,a « m o b ra Ì « a Cefar, k foi lifonja m oftrou C icero , qucaffim e rabcm q u e o b ra P fe , & q u e quaisdo entre G en tío s ,fe aprouaua,& fc aplaudía o efqiie-^ c j incn to dosaggrauos, ho jc e n tre Chrif tâos.fe r e p ro u a ,& lè c o n d e - ‘ na ,q u e fc recebacom general defeftim?, no lu m ed en o ffa f è ,o q u e t i - « h a paiticularesaclamaçoess na c tgueira da idolatria , q n e a mcfma obra , q u a n d o a fazia Cefar,foiTe g loría , ^ quando a manda D eos fe- ja in fam ia; porvcnt^ira tinlia Cefar m aisau tho ridade , paraengran-Î decer obrando o e lquccim ento das ofFenfas , do que D eos tc m m a g e - ftade para acreditar o b rad o ,& mâdando o eiquecimetodas afrÔtaSjOcr»«' t o , que ncm em boa ChrLftandade,nem em boni jÎVizo poderàó achar à ifto repofta noiTas refoluçoens vingatiiiaSj& qu e ro q ue adefiAenciai 4 a vingança, fc4Te deslionr» de volTa pcfi*oa,& lera bem ,que por n a o ieresdcfeftimadQjVÒs que fois homem,delelíÍmeí$ a Deos>ahi nao ha vingar agg rau o s /cm oftcndcr a D eos , q u ep ro h ib io apertadam entc v ingalos, pois cabe em algûa lu?, de razào,qiie defprezeis vôf a D eos p o rq u e vos n á o defpreze a vos o m u n d o , fois mais dignos de honras,: q u e D e o s , val mais o voifo c re d i to , que o feurefpe ito , para que à eufta do fe u rc lp c i to , reparéis as Faltas do vollo credito , le he couia in d ig n a ,q u e vos offenda o u t r o hom cm ,& por l iTovosvingaes , n á o h e coula m u ito mais ind igna , que vos ofR-ndaisa D c o s ,p a ra q u e por iiîb vos vingueis, todo hum Deos fe atrauefla en tre vôs,& voifo in i - migOi & nâo ha v ingança ,que poiTa lograr o go lpe no In im igo , Fem co r ta r p rim eiro peila M ageftadede Deos, &. que p o r D eos vos arrojéis a executar a v ingança,que hadeficar o ffendido, & g rauem cnté oiFendido,porque vos fiqueis d tfagrauado. A h offcndido ôcnhor , Sc t a ó ind ignam ente oftendido,que inobedientes hom ens criaftts > ah defprezado Îcfus C h r if to ,& tao in ju f tam cnce dcfprczado; que in g ra tas almas remiftes, ah !iomens,que parecéis hom ens fem a im as , ah aimas,que naô pareccis aimas de homens,fe D eos vos perdoa as offenias que Ihe Farcis,por amor de v ó s q u e jh o pedis, po rque naó perdoareîs osa^tí,rauos,que vos f jz e m ,por amor de D eo$,quevo lo m anda, ( t le - fus Cbrifto,ioFrco por am o rd e vos opp rob rio s ,blasfemias, bofetadas, prizocs,açout^*s,erpinkos,C ru z ,crauos ,lança;porquenâo Ibfxcràs po r a m o rd e lelu« Chrif to hua palaura ?

    LAVS DEO-

  • > • r . •

    ■; i " ■ ,^ ' ■ . , ' - Í.'"-í'-. . » • . - ■ • • - «■ . /■' - .•■.'*

    ii'f''-'■;x¿.

    ;\. .

    - i l c i f ' W ' s * ? - é à ■ „ , '

    y i ^ ^ j Q î r r i 5 r â uü a - í•• • , i/

    ; . . . .̂ y . - i ^ \ JrtV/ ■ -

    r ..■ ^^;í.'.T ..r . ________ _ _

    r .•>' ;(s-im'«í -yí: 4 *;--ïC îî.rç*^»-‘

    :^. ■ ; ! -îftt'ûft*'*

    ¿3

    ; á

    V

    Iv

    ; ^ 4'4 * , * - » • ' ; - - -,

    ■ ■•■-" & j :.i í . - l.-'rfí. fÍ^f>í| 'Ï - '. -'((

    í" ' Î* Ì . . t í- 'tJiJ'UÜOt niTClfi'* ^

    ' 4*ï^^ 4 - t Í ^i ’ :'■ ' ' , , ,. ■ ' , í-v . • ' - j a l m i m t i ' i.-:'..«-;: < p n :M iífd ekvr* » .

    r̂ V- ■ t: • f;J, i '

  • -1■■Cl . ' t ' i i r J l n • wî- -sf-it '

    P I

    . id g iiy ti

    ...................................[ d i ' i i ? 4 . • . • ' ■ ? Â t . i i ’ ' V ~ ........................................................................

    üiW hi *îV2i=\|

  • fl: p>f : \ e 5 ^

    ‘ r>'îÂ^ »til.̂ * -Ü

    Í - V! - ; ■

    >v - - ■

    1» i ■-■v.

    : - V -

    /

    r Í» • .. ^ ; i ^

  • e r m o î v

    Varios en.j, T o r t \ ï g j L f i : ^ ^

    &{ tr■ ^

    i r , • L

    >*

    i i

    Jt' *A - ' . -

    • JS.r>